Educação Física
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Item A fadiga mental como fator condicionante do desempenho no futebol: uma perspectiva cognitiva, tática e física(Universidade Federal de Viçosa, 2019-05-20) Kunrath, Caito André; Costa, Israel Teoldo da; http://lattes.cnpq.br/4924679505970676Até o momento, poucos são os estudos que se propuseram a investigar a fadiga mental como um fator condicionante do desempenho no futebol. Desde a primeira publicação em 2015, oito artigos estão disponíveis nas bases de dados PubMed, Web of Science e SCOPUS. Nestes artigos, observa-se que a fadiga mental origina uma redução na tolerância ao exercício em testes físicos, enquanto em jogos reduzidos estes efeitos ainda não são explicados com clareza. Também são verificados efeitos negativos sobre a precisão de passes e a qualidade geral das ações em formato de testes e jogos reduzidos, e na capacidade dos jogadores em tomar decisões, de modo a aumentar o tempo necessário para fazê-las e diminuir sua acurácia. A fadiga mental também parece reduzir a capacidade dos jogadores em coordenar movimentos verticais e horizontais em uma equipe. No entanto, estes indicadores possibilitam avaliar apenas a sincronia entre os jogadores das equipes, e não necessariamente representam o desempenho dos jogadores. Na presente dissertação foram considerados indicadores de desempenho cognitivos, táticos e físicos, através da percepção periférica, dos princípios táticos fundamentais e da distância percorrida pelos jogadores, respectivamente. No primeiro momento, foi conduzido um estudo piloto em que foi observada uma redução sobre a eficiência do comportamento tático, especialmente em ações relacionadas aos princípios táticos de equilíbrio (p=0,028) e unidade defensiva (p=0,008), além de maior distância percorrida em intensidades médias (p=0,032) e elevadas (p=0,002) sob fadiga mental. No segundo estudo empírico, foi verificado como a fadiga mental influencia a percepção periférica, o comportamento tático e o desempenho físico dos jogadores. A fadiga mental reduziu a percepção periférica dos jogadores (p=0,035), condicionando-os a priorizarem ações de penetração (p=0,042) e mobilidade (p=0,005), e de cometerem maior número de erros nas ações de contenção (p=0,003), equilíbrio (p=<0,001), concentração (p=0,001) e unidade defensiva (p=0,001). Os jogadores também percorreram maior distância total (p=0,008) e em corrida leve (p=0,001), além de menor distância em caminhada (p=0,027). De acordo com estes resultados, conclui-se que a fadiga mental é um fator que condiciona o desempenho de jogadores de futebol.Item A influência da percepção periférica e da atenção sobre a eficiência do comportamento tático de jovens jogadores de futebol(Universidade Federal de Viçosa, 2016-11-29) Andrade, Marcelo Odilon Cabral de; Costa, Israel Teoldo da; http://lattes.cnpq.br/9198932352212534O presente estudo teve por objetivo verificar se há diferenças na percepção periférica e na atenção de acordo com a eficiência do comportamento tático de jovens jogadores de futebol. A amostra foi composta por 80 jogadores de futebol do sexo masculino (média de idade: 13,90 ± 1,08 anos) de clubes brasileiros. Para avaliar a percepção periférica e a atenção dos jogadores foi utilizado o Sistema de Testes de Viena, sendo aplicados os testes de percepção periférica e cognitivo. Para avaliar a eficiência do comportamento tático dos jogadores foi utilizado o Sistema de Avaliação Tática no Futebol. Os jogadores avaliados foram divididos em grupos menos e mais eficientes taticamente, tendo sido esses grupos comparados quanto à percepção periférica e atenção. Os resultados demonstraram que os jogadores mais eficientes taticamente apresentaram melhores níveis de percepção periférica no que refere às medidas de campo visual (p = 0,029; r = 0,345), tempo de reação (p = 0,010; r = 0,400) e desvio do tracking (p = 0,011; r = 0,399) em comparação aos jogadores menos eficientes taticamente. Ainda, os jogadores mais eficientes taticamente apresentaram melhores níveis de atenção no que refere às medidas de total de reações corretas (p = 0,011; r = 0,398) e total de não reações incorretas (p = 0,011; r = 0,398) em comparação aos jogadores menos eficientes taticamente. A partir dos resultados dessa pesquisa, conclui-se que há diferenças na percepção periférica e na atenção de acordo com a eficiência do comportamento tático de jovens jogadores de futebol. Dessa forma, o aprimoramento da percepção periférica e da atenção possibilitará aos jovens jogadores uma maior eficiência na realização dos comportamentos táticos no jogo.Item A influência das habilidades perceptivo-cognitivas sobre a eficiência do comportamento tático em jogadores de futebol(Universidade Federal de Viçosa, 2016-07-22) Assis, João Vitor; Costa, Israel Teoldo da; http://lattes.cnpq.br/0703206245080689O presente estudo teve por objetivo verificar se há diferenças nas habilidades de antecipação, tomada de decisão (TD) e nas estratégias de busca visual (BV) de acordo com a Eficiência do Comportamento Tático (ECT) em jogadores de futebol com similar tempo de prática deliberada. Foram avaliados 90 jogadores de futebol masculinos das categorias de base de clubes de Minas Gerais com média de idade de 14±1,06 anos e tempo de prática deliberada em média 5,12 ± 2,7 anos. Para a coleta de dados recorreu-se a utilização do FUT-SAT para avaliação da ECT, testes de simulações de vídeo para avaliar a antecipação e TD, e a utilização do Mobile Eye Tracking-XG para avaliação das estratégias de BV. Os jogadores avaliados foram divididos em grupos, mais eficientes e menos eficientes taticamente. Para a avaliação da antecipação e tomada de decisão, utilizaram-se as seguintes medidas: acertos da ação, acertos da direção da ação e pontuação total do teste. Para a avaliação das estratégias de BV utilizou-se: número de fixação, duração, locais de preferência para a fixação e movimentos sacádicos. No primeiro artigo o objetivo foi verificar se há diferenças na antecipação e nas estratégias de BV entre os grupos. Os resultados sugerem que as estratégias de BV e antecipação se diferenciam entre os grupos. Os jogadores mais eficientes taticamente são melhores na antecipação e realizam maior número de fixações visuais de curta duração, preferencialmente no portador da bola e na bola, em comparação aos jogadores menos eficientes taticamente. No segundo artigo o objetivo foi verificar se há diferenças na TD e nas estratégias de BV entre os grupos. Os resultados sugerem que a TD e estratégias de BV se diferenciam entre os grupos. Os jogadores mais eficientes taticamente são melhores na TD com maior número de fixações visuais de curta duração, preferencialmente nos jogadores adversários em comparação aos jogadores menos eficientes. Portanto, conclui-se que em relação à ECT em jogadores de futebol com similar tempo de prática deliberada, há diferenças na antecipação, na TD e nas estratégias de BV.Item Alterações dos comportamentos humanos habituais e autopercepção da saúde durante a pandemia de COVID-19 numa comunidade universitária(Universidade Federal de Viçosa, 2022-11-25) Guilherme, Larissa Quintão; Amorim, Paulo Roberto dos Santos; http://lattes.cnpq.br/2014056040579843A COVID-19 ocasionou mudanças nos comportamentos de movimentos da população devido às suas sequelas e o isolamento social, impactando o estado de saúde e tornando suas consequências a longo prazo desconhecidas e/ou inconclusivas. Assim, o principal objetivo do estudo foi identificar alterações de hábitos relacionados à saúde, nível de atividade física (NAF), comportamento sedentário (CS) e índice de massa corporal (IMC) numa população universitária. Trata-se de um estudo transversal com 1655 indivíduos de ambos os sexos (17 a 72 anos) vinculados a Universidade Federal de Viçosa. Aplicou-se um formulário online adaptado do "ConVid: Pesquisa de Comportamentos" e a versão curta do International Physical Activity Questionnaire. O teste de McNemar foi utilizado para a comparação dos indicadores relacionados ao NAF, CS, consumo de tabaco, álcool e IMC, considerando os momentos “antes versus durante” a pandemia (α=5%). Realizou-se também, regressões multinomiais apresentando como desfecho a autopercepção do estado de saúde (AES) e o número de sintomas, associadas com medidas sociodemográficas e comportamentais. Observou-se que durante a pandemia houve um aumento de indivíduos que não atingiram as recomendações nas três categorias do NAF (p<0,001), caminhada (42,8% para 80,6%); AF moderada (74,3% para 80,6%) e AF vigorosa (64,6% para 71,8%). Além de aumento do CS (p<0,001), considerando o tempo de uso elevado (≥4h) para TV (2,4% para 12,7%) e de computador/tablet (58,1% para 81,8%). O consumo de álcool passou de 64,1% para 64,9% (p<0,001) e o uso de cigarros foi de 5,7% para 7,8% (p<0,001). Foi constatado aumento do percentual de obesidade (7,7% para 11,1%) e sobrepeso (22,6% para 28,1%). Quando avaliado a associação entre a AES e número de sintomas com medidas sociodemográficas e comportamentais, observou-se que não ser da cor branca (OR= 1,62; p=0,029); ter ensino médio completo (OR= 3,21; p<0,001); ter renda diminuída ou ficar sem (OR=3,67; p<0,001); autoavaliar-se com uma piora na mudança da saúde (OR=20,20; p<0,001); conter diagnóstico para 1 doença crônica ou mais (OR=4,78; p<0,001; OR=5,60; p<0,001); apresentar 5 ou mais sintomas da COVID-19 (OR=3,23; p<0,001) e 3 ou 4 sintomas (OR=3,02; p<0,001), foram fatores que contribuíram para chances elevadas da AES “ruim/péssima”. Entre os fatores comportamentais, destaca-se, não atingir as recomendações do NAF, caminhada (OR=2,52; p=0,01), AF moderada (OR= 3,83; p=0,002), AF vigorosa (OR=3,05; p<0,001); tempo de tela elevado (OR=1,79; p=0,041); obesidade (OR=1,17; p<0,001) e fumar (OR=2,59; p=0,002). Em relação ao número de sintomas, conter 1 DCNT (OR=2,31; p<0,001); autoavaliar-se com AES “ruim/péssima” (OR=1,86; p=0,044), contribuíram para chances elevadas de apresentar “1 a 3” sintomas. Enquanto má qualidade de sono (OR=2,00; p<0,001); consumir bebida alcóolica (OR=1,68; p<0,001); fumar (OR=1,80; p=0,008) apresentaram maiores chances de “4 ou mais” sintomas. Tais resultados demonstraram que a população avaliada apresentou um estivo de vida menos ativo, mais sedentário e com aumento do excesso de peso. Ademais, medidas sociodemográficas e comportamentais apresentaram influência sobre a AES e no número de sintomas da COVID-19. Tais comportamentos podem aumentar os fatores de risco à saúde, necessitando, portanto, de intervenções multidisciplinares. Palavras-chave: Atividade física. Comportamento sedentário. Hábitos. COVID-19. Indicadores do estado de saúde.Item Análise cinemática da mecânica respiratória: efeitos da atividade física e idade(Universidade Federal de Viçosa, 2019-07-17) Rodrigues, Isabella Martins; Pereira, Eveline Torres; http://lattes.cnpq.br/7967693005855826O envelhecimento pode causar diversas alterações fisiológicas e estruturais nos sistemas do corpo humano. O sistema respiratório sofre alterações como diminuição da capacidade respiratória, complacência pulmonar e torácica, calcificação das cartilagens costais e diminuição da força muscular. Entretanto, as alterações mecânicas causadas pelo envelhecimento ainda são pouco descritas pela literatura. Nesse contexto, o objetivo geral da dissertação foi descrever os padrões de movimentação toracoabdominal durante a respiração de mulheres fisicamente ativas através da análise cinemática tridimensional, além de avaliar os efeitos do envelhecimento e de um treinamento físico. Para analisar os movimentos respiratórios, foram utilizadas as manobras de volume corrente e capacidade vital. As coordenadas tridimensionais dos 32 marcadores retro-reflexivos posicionados no tronco foram adquiridas por câmeras optoeletrônicas, e posteriormente utilizadas para estimar o volume do tórax superior, tórax inferior e abdômen, para cálculo subsequente das variáveis para a definição do padrão respiratório. No primeiro estudo, o objetivo foi investigar os efeitos do envelhecimento e caracterizar o padrão e a coordenação dos movimentos respiratórios dos compartimentos toracoabdominais. Setenta e três mulheres fisicamente ativas foram divididas em três grupos: jovens, meia idade e idosas, com idade entre 19 e 80 anos. O percentual de contribuição inspiratório e o coeficiente de correlação foram calculados com o objetivo de analisar o padrão e a coordenação de movimento toracoabdominal durante a respiração, respectivamente. Os resultados mostraram que o envelhecimento causa uma mudança no padrão de movimento em ambas as manobras, que inicia com uma respiração torácica superior, passa por uma fase de transição com o aumento da contribuição do tórax inferior e chega a uma maior contribuição abdominal com o aumento da idade. Além disso, a diminuição da coordenação de movimento foi observada com o envelhecimento, apesar das participantes não apresentarem assincronia de movimento. No segundo estudo, o objetivo foiavaliar os efeitos de 12 semanas de um treinamento físico multicomponente no padrão e na coordenação dos movimentos toracoabdominais respiratórios de mulheres fisicamente ativas acima de 40 anos. Trinta e duas mulheres foram divididas em 2 grupos: meia idade e idosas. O treinamento físico multicomponente foi aplicado durante 12 semanas, sendo dividido em 3 sessões semanais com duração de 50 minutos. A variação de volume total inspiratório, o percentual de contribuição inspiratório e o coeficiente de correlação foram calculados com o objetivo de analisar o padrão e a coordenação de movimento durante a respiração pré e pós-treinamento. Os resultados sugerem que 12 semanas de treinamento físico multicomponente podem causar efeitos como o aumento do percentual de contribuição inspiratório do tórax inferior, sendo mais enfatizado na capacidade vital. Além disso, foi observada uma diminuição do percentual de contribuição inspiratório do abdômen, que pode estar relacionada com um aumento da contração abdominal durante uma inspiração forçada, podendo diminuir a mobilização de ar. Todas as participantes apresentaram movimentos respiratórios coordenados, com ênfase na coordenação entre os compartimentos torácicos. Em conclusão, essa dissertação sugere que existe uma mudança no padrão respiratório e uma diminuição da coordenação de movimento, que podem ser reflexos mecânicos das alterações fisiológicas e estruturais do envelhecimento. Além disso, apesar de não ser um treinamento especificamente respiratório, o treinamento físico multicomponente pode proporcionar alterações positivas, como o aumento da contribuição do tórax inferior e, consequentemente, da ação do diafragma. Palavras-chave: Padrão respiratório. Cinemática. Envelhecimento.Item Análise da influência das funções executivas no comportamento e desempenho tático de jogadores de futebol(Universidade Federal de Viçosa, 2013-09-20) Gonzaga, Adeilton dos Santos; Malloy-diniz, Leandro Fernandes; http://lattes.cnpq.br/1906784092048967; Amorim, Paulo Roberto dos Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784479Z2; Costa, Israel Teoldo da; http://lattes.cnpq.br/8364970814095329; http://lattes.cnpq.br/4713860187767739; Greco, Pablo Juan; http://lattes.cnpq.br/4651135192327539; Albuquerque, Maicon Rodrigues; http://lattes.cnpq.br/6882672148403531O presente estudo tem por objetivo analisar a influência das funções executivas no comportamento e desempenho tático dos jogadores de futebol. Este trabalho foi organizado em três artigos sobre o tema. O primeiro artigo teve por objetivo verificar a influência da tomada de decisão afetiva no comportamento tático dos jogadores de futebol da categoria Sub-15. Foram analisados os dados de 153 participantes. Para avaliação do comportamento tático foi utilizado o Sistema de Avaliação Tática no Futebol (FUT-SAT) e para avaliação da tomada de decisão afetiva, o Iowa Gambling Task (IGT). Os valores do comportamento tático dos jogadores foram agrupados em quartis. Os resultados da tendência geral do IGT obtidos pelos jogadores de maiores e menores valores do comportamento tático ofensivo, defensivo e de jogo foram comparados através do teste não paramétrico Mann-Whitney. Foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre os grupos no comportamento tático defensivo (Z=-3,133; p=0,002; r=-0,355) e do jogo (Z=- 2,267; p=0,023; r=-0,260). Os resultados apresentados revelaram que a tomada de decisão afetiva influenciou o comportamento tático defensivo e de jogo dos participantes. O segundo estudo teve por objetivo verificar a influência do controle inibitório no comportamento e desempenho tático dos jogadores de futebol da categoria Sub-15. Foram analisados os dados de 166 participantes. Para avaliação do comportamento e desempenho tático foi utilizado o FUT-SAT e para avaliação do controle inibitório, o Conners Continuous Performance Test (CPT). Os valores do comportamento e desempenho tático dos jogadores foram agrupados em tercis. Os resultados do número de erros por omissão, número de erros por comissão e tempo de reação do CPT obtidos pelos jogadores de maiores e menores valores de comportamento e desempenho tático ofensivo, defensivo e de jogo foram comparados através do teste não paramétrico Mann-Whitney. Foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre os grupos no número de erros por comissão, no comportamento tático ofensivo (Z=-2,071; p=0,038; r=-0,192), e no tempo de reação, no desempenho tático do jogo (Z=-2,317; p=0,021; r=-0,221). Os resultados revelaram que o controle inibitório influenciou o comportamento tático ofensivo e o desempenho tático de jogo dos participantes. O terceiro estudo teve por objetivo verificar a influência da flexibilidade cognitiva no comportamento tático dos jogadores de futebol da categoria Sub-15. Foram analisados os dados de 160 participantes. Para avaliação do comportamento tático foi utilizado o FUT-SAT e para avaliação da flexibilidade cognitiva, o Wisconsin Card Sorting Test (WCST). Os valores do comportamento tático dos jogadores foram agrupados em tercis. Os resultados do número de categorias completadas do WCST obtidos pelos jogadores de maiores e menores valores de comportamento tático ofensivo, defensivo e de jogo foram comparados através do teste não paramétrico Mann-Whitney. Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre os grupos. Os resultados revelaram que a flexibilidade cognitiva não influenciou o comportamento tático dos participantes. Em todos os estudos apresentados, foi adotado um nível de significância de p<0.05. A partir dos resultados apresentados, é possível concluir que as funções executivas influenciaram o comportamento e o desempenho tático dos jogadores de futebol, no que refere à tomada de decisão afetiva, no comportamento tático defensivo e de jogo, e ao controle inibitório, no comportamento tático ofensivo e no desempenho tático de jogo.Item Análise de métodos antropométricos na determinação da obesidade e fatores de risco cardiovascular em mulheres(Universidade Federal de Viçosa, 2011-07-06) Cerqueira, Matheus Santos; Marins, João Carlos Bouzas; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728340H6; Amorim, Paulo Roberto dos Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784479Z2; Doimo, Leonice Aparecida; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4782616Y6; http://lattes.cnpq.br/6361335703569227; Franceschini, Sylvia do Carmo Castro; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766932Z2; Franco, Frederico Souzalima Caldoncelli; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4772690D2Doenças cardiovasculares (DCV) são as principais causas de morte no mundo moderno. A prática regular de atividade física é relatada como uma forma de prevenção e tratamento dessas doenças. Apesar dos benefícios, os exercícios físicos não são acompanhados de uma avaliação dos fatores de risco cardiovasculares (FRC). A obesidade, um importante FRC, considerada uma doença de prevalência elevada e crescente, deve ser diagnosticada com precisão para ser precocemente tratada, evitando dessa forma agravos à saúde. Métodos tradicionais de avaliação do estado nutricional como o índice de massa corporal (IMC) e métodos recentes como o índice de adiposidade corporal (IAC) têm sido propostos, entretanto devem ser analisados para verificar a adequação, especialmente em grupos populacionais específicos. Desta forma, foram desenvolvidos os seguintes estudos: Estudo 1 - Objetivo: Analisar a presença de FRC em um grupo de mulheres praticantes de ginástica. Método: Foram coletados dados sobre o estado nutricional, nível de atividade física, parâmetros sanguíneos e padrão alimentar. Resultados: O estado nutricional avaliado pelo IMC, o percentual de gordura corporal mensurado pelo DXA e a circunferência abdominal mostraram elevadas prevalências de obesidade. O número médio de passos classifica as avaliadas como fisicamente ativas. Observaram-se valores inadequados para colesterol total em 58,4% das avaliadas, LDL-c em 20,8%, HDL-c em 43,8% e 29,2% para os triglicerídeos. A avaliação nutricional apresentou elevada inadequação no consumo de carboidratos e lipídeos, sobretudo de ácidos graxos saturados. Conclusão: Apesar da prática regular de exercício físico, a amostra avaliada apresentou elevada prevalência de vários FRC. A adoção de outras estratégias para promoção da saúde, aliadas à atividade física, mostra-se necessária para redução desses fatores de risco. Estudo 2 - Objetivo: Verificar a validade do IMC ≥ 30 kg/m2 para diagnóstico de obesidade e determinar os pontos de corte de maior sensibilidade e especificidade para obesidade em mulheres adultas e idosas. Métodos: Foram obtidas curvas ROC para determinar os valores de IMC com melhor relação entre sensibilidade e especificidade para o valor de critério de obesidade. O padrão ouro para determinação da gordura corporal foi a DXA. Resultados: O IMC apresentou boa correlação com a gordura corporal avaliado por DXA tanto em mulheres adultas quanto em idosas. Entretanto, o valor de IMC ≥ 30 kg/m2 apresentou baixa sensibilidade para detecção de obesidade nos dois grupos. Conclusão: O valor de IMC de 30 kg/m2 mostrou-se inadequado para diagnosticar obesidade, e os valores de 25,36 e 27,01 kg/m2 foram melhores pontos de corte para obesidade para adultas e idosas respectivamente. Estudo 3 - Objetivo: Verificar a validade do IAC para predição da gordura corporal em mulheres brasileiras. Métodos: Foi utilizada a DXA como método padrão ouro para determinação da gordura corporal. A concordância entre o percentual de gordura medido por DXA e estimado por IAC foi obtida através do coeficiente de Lin e da análise de Bland-Altman. Resultados: O coeficiente de Lin e a análise de Bland-Altman apontaram uma baixa concordância entre os métodos. Conclusão: O IAC mostrou-se inadequado para a predição da gordura corporal para mulheres brasileiras.Item Análise de métodos indiretos para avaliação da composição corporal, da prevalência de sarcopenia e fatores de risco cardiovascular e da relação entre osteopenia e mobilidade funcional de membros inferiores em mulheres não sedentárias(Universidade Federal de Viçosa, 2012-03-19) Castro, Eliane Aparecida de; Lima, Luciana Moreira; http://lattes.cnpq.br/2013048264104100; Amorim, Paulo Roberto dos Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784479Z2; Doimo, Leonice Aparecida; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4782616Y6; http://lattes.cnpq.br/5834021475772340; Gobbi, Sebastião; http://lattes.cnpq.br/5384743643617207Dentre as modificações na composição corporal decorrente do processo de envelhecimento, destacam-se a diminuição da massa livre de gordura, o aumento da gordura corporal e a redução da densidade mineral óssea. A sarcopenia corresponde à perda de massa e potência musculares ocasionadas pelo processo de envelhecimento. A manutenção de uma quantidade adequada de massa e força muscular é um fator extremamente importante nesse processo, podendo significar a independência funcional do indivíduo bem como uma menor incidência de acidentes devido à fraqueza muscular. A obesidade, caracterizada por um aumento considerável da quantidade de gordura corporal, está direta ou indiretamente relacionada a outras situações patológicas como, por exemplo, as doenças cardiovasculares. Osteopenia diz respeito à redução da massa óssea e alterações da microarquitetura do tecido ósseo, levando à diminuição da força óssea e ao maior risco de fratura, estando associada à mobilidade funcional a qual, em especial a mobilidade de membros inferiores, é extremamente importante para a capacidade de deambulação e adequada independência da pessoa idosa. Dessa forma foram propostos os seguintes estudos: Estudo 1 Objetivo: Verificar a concordância do percentual de gordura corporal (%GC) calculado através de seis equações estimativas com aquele obtido pela absorciometria por dupla emissão de raio X (DXA) em mulheres de meia-idade e idosas não sedentárias. Métodos: Amostra composta por 46 mulheres saudáveis, idade média de 65,9 ± 8,0 anos. Resultados: Apesar da alta correlação encontrada entre todas as equações e a DXA, observouse baixa concordância entre os métodos. Conclusão: Embora nenhuma das equações tenha se mostrado inteiramente confiável para estimar o %GC em mulheres de meia-idade e idosas, uma das equações pareceu ser mais vantajosa, superestimando o %GC em menor grau que as demais equações. Do ponto de vista clínico, a superestimação do %GC pode ser aceitável por implicar na adoção de hábitos de atividade física e alimentação mais saudáveis como medidas intervenientes no decréscimo de gordura corporal. Estudo 2 Objetivo: Verificar a prevalência de sarcopenia e sua associação a fatores de riscos cardiovasculares em mulheres de meia-idade e idosas não sedentárias. Métodos: A amostra foi dividida em grupo controle (GC; n = 33; 24,5 ± 2,9 anos) e grupo de estudo (GE; n = 91; 61,9 ± 8,7 anos). Foram avaliadas medidas antropométricas, parâmetros sanguíneos, composição corporal (DEXA), além da aplicação de questionários para verificação do nível de atividade física. A associação entre fatores de risco cardiovascular e sarcopenia foi verificada por modelos de regressão logística. Resultados: Sarcopenia foi definida como um desvio-padrão abaixo da média para a população jovem, considerando a soma de massa magra de membros inferiores e superiores dividida pela estatura ao quadrado, e correspondeu a 7,3 kg/m², classificando 34,1% das mulheres do GE como sarcopênicas. A prevalência do risco para desenvolvimento de doenças cardiovasculares (DCV) considerando baixo risco, risco moderado e alto risco foi, respectivamente, de 21%, 60% e 19%. Conclusão: Não houve relação estatisticamente significante entre sarcopenia e fatores de risco para DCV, exceto para o IMC como fator de proteção. Estudo 3 Objetivo: Verificar a relação entre a mobilidade funcional de membros inferiores e a osteopenia avaliada em dois sítios distintos (colo do fêmur direito (CF) e membros inferiores (MI)) em mulheres não sedentárias pós-menopáusicas. Métodos: Amostra dividida em grupo controle (GC; n = 33; 24,4 ± 2,9 anos) e grupo de estudo (GE; n = 28; 65,9 ± 4,9 anos). Para cada sitio adotado, o GE foi subdividido em grupo normal (GN) e grupo com osteopenia (GO). A densitometria óssea e a composição corporal foram avaliadas por meio da DEXA. Avaliação da mobilidade funcional de membros inferiores foi realizada através dos testes de sentar e levantar (SL), levantar e caminhar (LC) e caminhada 6 minutos (C6M). Resultados: Variáveis de composição corporal apresentaram diferenças significantes entre GC e GE. Houve diferença significante entre os grupos com e sem osteopenia na análise multivariada nos dois sítios analisados para algumas variáveis de composição corporal. Conclusão: Não houve diferença na mobilidade funcional de membros inferiores com e sem a presença de osteopenia, medida em dois sítios distintos, em mulheres não sedentárias pós-menopáusicas. Níveis de atividade física de intensidade moderada a vigorosa parecem contribuir na manutenção da mobilidade funcional mesmo com a diminuição da massa óssea.Item Análise do comportamento de equipes de futebol por meio das ações ofensivas e defensivas com bola: uma perspectiva a partir da pedagogia do esporte(Universidade Federal de Viçosa, 2023-12-19) Anon, Iago Cambre; Lopes, Mariana Calabria; http://lattes.cnpq.br/9037408103211809O objetivo geral da presente tese foi compreender a análise de jogo e o seu papel no futebol à luz da pedagogia do esporte, sendo que para isso foram escritos dois artigos científicos. O primeiro estudo teve como objetivo identificar o grau de explicação do saldo de gols para as diferentes equipes em uma competição, neste caso a Bundesliga. Os resultados apontaram que o conjunto de variáveis explicativas é específico para cada clube, indicando assim sua singularidade nas demandas do jogo enfrentadas pelas equipes. O segundo estudo teve como objetivos: i) analisar a associação da métrica de expectativas de gols obtida por meio do processo de Markov com o saldo de gols da partida; ii) e identificar o grau de explicação das variáveis com bola acerca da métrica de expectativa de gols em diferentes fases das competições, sendo elas Copa do Mundo Feminina 2019 e Copa do Mundo Masculina 2018. Observou-se que a expectativa de gols, obtida por meio do processo de Markov, é representativa do contexto do jogo e que as mudanças no grau de explicação e as variáveis significativas no modelo indicam o ineditismo do contexto. Pode-se concluir, no geral, que quando a análise de jogo é realizada com base na pedagogia do esporte, há uma sensibilidade maior aos contextos, o que permite melhor adequação de seu uso no cotidiano de equipes de futebol, direcionando assim aspectos pedagógicos e de treinamento. Palavras-Chave: Futebol; Análise de Jogo; Pedagogia; Performance; Análise explicativa; Demandas do jogo.Item Análise do comportamento tático em diferentes configurações de jogo: contribuições para o processo de formação no futebol(Universidade Federal de Viçosa, 2020-08-31) Silvino, Marcos Paulo de Freitas; Costa, Israel Teoldo da; http://lattes.cnpq.br/0048597082759174Objetivou-se com esse trabalho analisar o comportamento tático de jovens jogadores em diferentes configurações de jogo e identificar as suas contribuições para o processo de formação no futebol. O trabalho é composto de 3 artigos científicos. O primeiro objetivou revisar a literatura sistematicamente a fim de compreender o comportamento de jogadores e equipes de futebol em jogos realizados em diferentes configurações de jogo, de modo a contribuir para a identificação de lacunas para a realização de futuros estudos. Com este estudo observou-se que há uma pluralidade de fatores que influenciam os comportamentos de jogadores, que emergem durante os jogos, devendo estes serem elementos basilares na construção das estruturas dos treinos e jogos, objetivando a melhora no desempenho de jogadores e equipes. O segundo estudo analisou o comportamento tático de jovens jogadores (sub-08 ao sub-12) em jogos formais e jogos reduzidos, sob a perspectiva da modelação tática e da dinâmica de interações. Foram realizados três jogos por categoria em cada formato (formal e reduzido), dos quais foram analisados os comportamentos nas fases e momentos do jogo, através das variáveis da modelação tática, e as interações realizadas através dos passes, por meio das variáveis de análise de redes sociais. Os jogos reduzidos, demandam um jogo com maior velocidade e amplitude na circulação da bola, porém com menor duração. Em contrapartida os jogos formais podem contribuir para uma maior participação, por terem mais espaço e tempo para agir, diminuindo a pressão dos adversários durante as ações. O terceiro artigo teve por objetivo comparar o comportamento tático de jovens jogadores (sub-08 ao sub-12) ao de jogadores profissionais, de modo a identificar qual é a contribuição dos jogos formais e reduzidos no processo de formação. Além da realização da análise dos jogos formais e reduzidos, foram analisados nove jogos do Campeonato Brasileiro 2018 como padrões de referência de comportamento. Comparou-se os comportamentos em cada formato de jogo com os das equipes profissionais, objetivando identificar as contribuições para o processo de formação. Em termos de participação, o jogo formal, tal qual é jogado nos profissionais, pode contribuir de forma melhor, por terem mais espaço e tempo para agirem. Já os jogos reduzidos, proporcionam um ambiente com demandas semelhantes às dos profissionais, como a velocidade e a amplitude na circulação da bola, mas respeitando as condições dos jovens jogadores. Além do mais, oferece estímulos importantes para a formação, contribuindo com a motivação e a manutenção do foco no objetivo do jogo. As adaptações nas estruturas se justificam pelas diferenças entre crianças e adultos, além de apresentar demandas benéficas para o alcance dos objetivos do processo formativo, alinhados aos conteúdos e respeitando as capacidades e as etapas do desenvolvimento dos jogadores. Palavras-chave: Futebol. Formação. Jogos reduzidos.Item Análise do desempenho cognitivo, tático e físico de jogadores de futebol: uma abordagem a partir da fadiga física(Universidade Federal de Viçosa, 2021-01-29) Dambroz, Felipe Ruy; Costa, Israel Teoldo da; http://lattes.cnpq.br/1820724787843546No futebol, os jogadores realizam um elevado número de tomada de decisões em um ambiente com restrição de tempo e espaço, a fim de ajustarem de forma contínua seus comportamentos estratégicos e táticos ao contexto dinâmico do jogo. Isso tem resultado em aumento substancial na sobrecarga cognitiva e física dos jogadores. Dessa maneira, investigar como o desempenho esportivo de jogadores de futebol é influenciado pela fadiga física tem sido objeto de interesse nas ciências do esporte. Assim, o presente trabalho teve por objetivos: i) analisar, descrever e discutir o estado da arte no que diz respeito aos efeitos da fadiga física sobre o desempenho de jogadores de futebol e as lacunas científicas existentes na literatura; ii) verificar como a percepção periférica e a tomada de decisão de jogadores de futebol são influenciadas pela fadiga física; e iii) verificar como a percepção periférica, o comportamento tático e o desempenho físico de jogadores de futebol são influenciados pela fadiga física. Na revisão sistemática, os estudos mostraram resultados divergentes quanto ao desempenho cognitivo, variando conforme a tarefa cognitiva e o protocolo de indução de fadiga física empregados. Por sua vez, as componentes, técnica e física, sofreram efeitos negativos da fadiga física, sendo encontrada queda no percentual de acerto dos fundamentos técnicos (passe, drible e finalização) e redução na capacidade de sprint e distância percorrida, respectivamente. Por fim, para a componente tática, os resultados indicaram que a capacidade de sincronia dos movimentos verticais e horizontais da equipe apresentou aumento após a indução de uma fadiga física. Em relação ao segundo objetivo, o tempo de resposta na tomada de decisão apresentou diminuição; já o percentual de acerto na tomada de decisão e a percepção periférica não sofreram alteração após a indução de uma fadiga física. Quanto ao terceiro objetivo, os resultados indicaram manutenção da percepção periférica, redução no número de ações táticas dentro do centro de jogo e aumento na eficiência do comportamento tático nos princípios de espaço com bola, cobertura ofensiva e concentração após a indução de uma fadiga física. Por outro lado, houve redução na eficiência de realização dos princípios táticos de equilíbrio defensivo, equilíbrio de recuperação, unidade defensiva e no total defensivo, bem como no desempenho físico. De acordo com esses resultados, conclui-se que o desempenho esportivo de jogadores de futebol sofre influência da fadiga física. Palavras-chave: Fadiga Física. Tomada de Decisão. Percepção Periférica. Comportamento Tático. Avaliação.Item Análise do processo de treinamento dos esportes coletivos em equipes escolares(Universidade Federal de Viçosa, 2013-06-17) Silva, Adriana Bitencourt Reis da; Salles, José Geraldo do Carmo; http://lattes.cnpq.br/9840214095117786; http://lattes.cnpq.br/5331150375939640; Baía, Anderson da Cunha; http://lattes.cnpq.br/4790819454267242; Paixão, Jairo Antônio da; http://lattes.cnpq.br/2974745504874619O esporte é um fenômeno presente em vários setores da sociedade e que, portanto, se relaciona também com as instituições de ensino. A Lei Federal 9.615 reconhece o esporte em três manifestações: o desporto educacional, o desporto de participação e o desporto de rendimento. Dentre esses, o desporto educacional compreende as práticas nos sistemas de ensino, com a intenção contribuir na formação integral do indivíduo, evitando-se a seletividade e a hipercompetitividade. Uma das ações desenvolvidas no Brasil, considerando-se a prática esportiva educacional, é a competição que envolve equipes escolares. Os Jogos Escolares são eventos consolidados que ocorrem em âmbito nacional desde 1969. Portanto, o objetivo geral desta investigação foi verificar o processo de treinamento de equipes escolares das modalidades coletivas: handebol, futsal, basquetebol e voleibol, participantes dos Jogos Escolares em níveis municipal, estadual e nacional, nas competições de 2011. Os objetivos específicos foram: realizar um levantamento da produção literária sobre o esporte escolar em periódicos nacionais da área da Educação Física e Esportes entre 1990 e 2011; mapear o processo de treinamento das equipes escolares das modalidades de esportes coletivos em níveis municipal, estadual e nacional; e comparar as condições de treinamento dos esportes coletivos entre as escolas públicas e privadas participantes desses Jogos. Os métodos utilizados foram a revisão sistemática, em que a busca de dados foi realizada nos periódicos dos extratos B1, B2, B3 e B4 da CAPES; e a aplicação de questionários a 195 treinadores participantes dos seguintes eventos: Olimpíadas Escolares Brasileiras, Jogos Escolares de Minas Gerais, Jogos Escolares de Belo Horizonte, Jogos Internos de Juiz de Fora e Seletiva de Viçosa. Diante dos textos analisados entre 1990 e 2011, foram selecionados 57 artigos, em que foram avaliadas as propriedades das publicações, a temática, os métodos, as técnicas, as modalidades esportivas, a descrição e a fundamentação teórica dos estudos. Observou-se que a produção científica acerca da relação entre o esporte e ambiente escolar, em geral, carece de melhor aprofundamento teórico e metodológico. Observou-se ainda que para as equipes se classificarem para o nível nacional dos Jogos Escolares, algumas características foram determinantes. O estudo evidenciou que os Jogos relacionaram-se predominantemente com o esporte de rendimento, bem como identificou uma defasagem no conceito de esporte educacional, diante da realidade dos Jogos e das proposições governamentais nos dispositivos das Leis. Foram reveladas ainda algumas diferenças em detrimento das instituições privadas e públicas, nas características que permeiam a condição de treinamento; tanto os recursos humanos, no que diz respeito à capacitação profissional, quanto os materiais e físicos apontaram a superioridade da rede privada.Item Assistência à saúde de crianças nascidas com a síndrome congênita do Zika vírus e qualidade de vida e nível de atividade física de suas cuidadoras(Universidade Federal de Viçosa, 2018-12-20) Lopes, Jaqueline Salgado; Pereira, Eveline Torres; http://lattes.cnpq.br/4325200601034259Nesta pesquisa, o objetivo foi verificar a realidade do atendimento de crianças com Síndrome Congênita do Zika Vírus (SCZK) no Estado de Pernambuco e a Qualidade de Vida (QV) e o Nível de Atividade Física (NAF) de suas cuidadoras primárias. Para tanto, foi utilizada uma abordagem quanti-qualitativa do tipo descritiva. A amostra foi composta por 78 mulheres, mães e cuidadoras, tendo como critérios de inclusão os seguintes itens: ser mãe/pai ou cuidador de crianças de 0 a 3 anos de idade com diagnóstico confirmado de SCZK. Como instrumentos para a coleta de dados, utilizaram-se a entrevista semiestruturada (anotações e gravação das respostas) e o diário de campo. As análises quantitativas foram realizadas por meio do software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) Statistics 23 e as qualitativas, o software Interface de R pour les Analyses Multidimensionnelles de Textes et de Questionnaires (IRaMuTeQ) 0.7 alpha 2. Por meio da investigação, obteve-se um perfil amostral predominante de mães biológicas, com a média de idade de 29,32 anos (DP ±7,36), casadas ou em união estável (73,1%); e 71 (94,7%) crianças com SCZK pesquisadas possuem acesso a pelo menos um atendimento de estimulação precoce, entretanto com baixa frequência e duração nas sessões. Além do acesso a EP, buscou-se compreender o perfil das cuidadoras quanto ao QV e ao NAF. Diante dos resultados, percebeu-se a insatisfação com relação ao tempo de lazer e à prática de AF nesse período (lazer). Sabendo da importância da EP para crianças com deficiência e o importante papel da família e, principalmente, dos cuidadores primários, faz-se necessário repensar políticas públicas de atenção e cuidado dessas mães e cuidadoras tanto em seu suporte de autocuidado quanto de orientação com ferramentas para o estímulo e cuidado de seus filhos.Item Associação entre o desenvolvimento motor e a participação esportiva em crianças dos 6 aos 10 anos de idade(Universidade Federal de Viçosa, 2020-11-30) Silva, Danielle de Campos; Santos, Fernanda Karina dos; http://lattes.cnpq.br/9348499972457538Como uma das áreas do comportamento motor, o desenvolvimento motor considera a complexidade do movimento para compreender o sujeito ao longo da vida. No decorrer das fases do desenvolvimento motor, espera-se que seja alcançada a proficiência para a realização de habilidades motoras, ou então a competência motora. Além disso, outro aspecto motor importante do desenvolvimento motor é a coordenação motora global (CMG), considerada como uma condição precedente a aquisição das habilidades motoras. Um aspecto fundamental associado à competência motora durante a infância é a prática da atividade física. Dentre as práticas de atividade física, sabe-se que o esporte sistematizado pode potencializar a aquisição do repertório motor ao longo da infância. Contudo, torna-se necessário fortalecer as evidências quanto a relação dos aspectos do desenvolvimento motor com a participação esportiva sistematizada em crianças dos 6 aos 10 anos de idade, entendida como uma fase crucial para a progressividade das fases do movimento. Assim, o objetivo do presente trabalho foi investigar a relação entre o desenvolvimento motor e a participação esportiva em crianças dos 6 aos 10 anos de idade. Para isso, dois artigos foram conduzidos. O primeiro artigo foi uma revisão narrativa para compreender os aspectos motores do desenvolvimento motor e, posteriormente, o estado da arte da relação dos mesmos com a participação esportiva das crianças na segunda infância. Já no segundo artigo, foi realizado um estudo de desenho transversal, com 100 crianças que praticavam 2 esportes ou mais, com pelo menos 1 ano de prática. O objetivo foi analisar a CMG associada às características da prática esportiva (tempo de prática e diversidade de atividades esportivas). Para isso, foi utilizado o teste Körperkoordinationstest für Kinder para mensuração da CMG e uma entrevista semiestruturada com os pais/responsáveis legais para determinara prática em atividades esportivas das crianças. Foi observada relação positiva e regular entre a CMG e o tempo de prática (ρ = 0.172, p<0,05) e a não associação significativa entre a CMG e a diversidade de atividades esportivas (ρ=0.056, p>0,05). Sendo assim, torna-se evidente que a relação entre os aspectos motores do desenvolvimento motor e a participação esportiva é importante para compreender o sujeito em movimento, em especial a CMG, compreendida como uma condição imprescindível para a progressão da aquisição das habilidades motoras e posteriormente ao desenvolvimento motor. A interveniência entre os aspectos do desenvolvimento motor e a prática de esportes sistematizados permite compreender a individualidade da progressão do movimento de cada sujeito e tal informação pode enriquecer o conhecimento de profissionais da Educação Física para particularizar a intervenção motora quando necessário. Palavras-chave: Desenvolvimento Motor. Coordenação Motora Global. Habilidade Motora. Participação Esportiva. Participação esportiva sistematizada. Criança.Item Associação entre o nível de atividade física, competência motora, competência motora percebida, aptidão física relacionada à saude e índice de massa corporal em crianças(Universidade Federal de Viçosa, 2018-10-26) Pereira, Elenice de Sousa; Santos, Fernanda Karina dos; http://lattes.cnpq.br/5067088133353125O presente estudo objetivou analisar a associação entre nível de atividade física (NAF), competência motora (CM), competência motora percebida (CMP), aptidão física relacionada à saúde (AFRS) e índice de massa corporal (IMC) em crianças de 6 a 10 anos. O delineamento do estudo foi caracterizado de corte transversal. A amostra foi composta por 217 crianças (117 meninos, 100 meninas), na faixa etária de 6 a 10 anos. O NAF foi mensurado através de pedômetro (Yamax, Digi-Walker, modelo SW 200, Japão); para a análise da CM foi utilizada a bateria de testes TGMD-3; a CMP foi avaliada através Escala Pictográfica de Avaliação da Competência Percebida em Habilidades Motoras; para mensurar a AFRS foram realizados os testes curl up (força abdominal), push up (força de membros superiores), salto horizontal (força de membros inferiores), sit and reach (flexibilidade) e corrida/caminhada de 6 minutos (aptidão cardiorrespiratória); o índice de massa corporal (IMC) foi utilizado para caracterização do estado nutricional das crianças. As diferenças entre os sexos nos NAF, CM, CMP, AFRS e IMC foram testadas através dos testes t de Student e “U” de Mann-Whitney, conforme determinado pelo teste de normalidade para verificar a distribuição dos dados. Para analisar a relação entre as variáveis, foi utilizada o teste de correlação de Spearman. A associação entre NAF, CM, CMP, AFRS e IMC foi testada no Modelo de Equações Estruturais (MEE). As análises estatísticas foram realizadas nos softwares SPSS 22.0 e Mplus 6.12 para windows. Os resultados demonstram que houve diferenças significativas entre os sexos para as variáveis: NAF, nas componentes da AFRS: força abdominal, força de membros superiores, aptidão cardiorrespiratória e escore da AFRS (p<0,05). Os resultados da correlação de Spearman revelaram que a CM correlacionou positivamente com a AFRS (p = 0,001) e com a AF (p = 0,003). As análises do MEE revelaram que a relação entre CM e NAF foi mediada pela AFRS (p=0,032) e o efeito total dessa relação foi estatisticamente significativo (p=0,002). Na relação entre CM e IMC o efeito indireto (mediação) ocorreu somente pela AFRS (p=0,021) e o efeito total da relação foi estatisticamente significante (p=0,034). Desta forma, conclui-se que, o presente estudo, fornece evidências de que bons níveis de CM e AFRS na segunda infância relacionam- se com o estado nutricional do sujeito. Assim, parece imperativo promover o desenvolvimento da CM e AFRS nos primeiros anos da infância para amenizar a possibilidade de desenvolver trajetórias negativas de CM e AFRS (ou seja, sem alteração ou desempenho reduzido) e sobrepeso/obesidade em idades futuras.Item Associação multivariada e múltipla da saúde mental com medidas sociais, condições de saúde e comportamentos humanos habituais de uma comunidade acadêmica durante o período pandêmico da COVID-19(Universidade Federal de Viçosa, 2023-04-27) Bedim, Natiele Resende; Amorim, Paulo Roberto dos Santos; http://lattes.cnpq.br/2282887851374933Esta dissertação teve como objetivo geral avaliar a saúde mental (SM) por meio da investigação dos sentimentos de isolamento, tristeza-depressão e ansiedade-nervosismo e associar com fatores sociodemográficos e comportamentais, estado de saúde e índice de massa corporal de uma comunidade universitária. Trata-se de um estudo observacional e corte transversal, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal de Viçosa (UFV), composto por uma amostra de 1655 voluntários, de ambos os sexos, com faixa etária de 17 a 72 anos, dos segmentos da comunidade acadêmica (discentes e servidores ativos) da UFV, nos campi Florestal, Rio Paranaíba-MG e Viçosa. Foi utilizada uma versão adaptada dos questionários “ConVid: Pesquisa de Comportamentos” e versão curta do “International Physical Activity Questionnaire” aplicados de forma online correlacionando a SM com fatores sociodemográficos, estado de saúde, COVID-19, comportamentos de rotina, de movimento e sedentários, sono, hábitos sociais e índice de massa corporal, assumindo o nível de rejeição de hipótese de nulidade de α=5% para as análises estatísticas. Os sentimentos foram avaliados individualmente por meio da regressão logística binária e de forma multivariada pela Análise Correspondência Múltipla. O modelo Two Step Cluster apresentou 7 classes ajustadas com a melhor medida de separação e coesão = 1,0 (Bom), valor de Bayesian Information Criterion igual a 236,511, razão do tamanho entre as classes de maior e menor prevalência igual a 13,65, as quais resultaram em 3 classificações da SM: “pior SM” com 54,7% dos participantes que sentiram “muitas vezes ou sempre” os sentimentos de solidão, tristeza, depressão, ansiedade e nervosismo; “moderada SM” com 34,1%; e “melhor SM” com 11,2% dos indivíduos que sentiram “poucas vezes ou nunca” os sentimentos. A regressão multinomial mostrou que a faixa etária até 39 anos (60 anos ou mais OR: 0,223; p<0,001; 40 a 59 anos OR: 0,168; p<0,001), sexo feminino (masculino OR: 0,288; p<0,001), apenas Ensino Médio completo (OR: 3,876; p<0,001), mantiveram a renda (OR: 3,281; p=0,0020) e a diminuíram (OR: 9,724; p<0,001), receberam Auxílio Emergencial (não receberam OR: 0,330; p<0,001), diagnóstico de doença crônica não transmissíveis (2 ou mais OR: 4,120; p<0,001; apenas 1 OR: 3,747; p<0,001), caso grave ou falecimento da família ou amigos (OR: 1,850; p<0,001), diminuíram o trabalho doméstico (mantiveram o trabalho doméstico OR: 0,349; p=0,035), moderada (OR: 5,985; p<0,001) e muita dificuldade na rotina (OR: 49,926; p<0,001), moderada (OR: 5,088; p<0,001) e muita dificuldade no trabalho e estudo (OR: 30,572; p<0,001), má qualidade do sono (OR: 13,487; p<0,001), não atingiram as recomendações de atividade física (AF) moderada (OR: 1,720; p=0,005) e AF vigorosa (OR: 1,787; p=0,001), ≥4horas/diárias de TV (OR: 1,941; p=0,002) e computador/tablet (OR: 2,131; p<0,001), eutróficos (sobrepeso OR: 0,68; p=0,039) apresentaram mais chances de serem classificados com pior SM que as classes moderada e melhor SM. Concluímos, a partir dos agrupamentos e das análises multivariadas, que as mudanças dos comportamentos, no estilo de vida e o impacto socioeconômico provocados pelo isolamento social da COVID-19, aumentaram as chances de percepções negativas nos sentimentos e na SM da população avaliada. Palavras-chave: Saúde Mental. Solidão. Depressão. Ansiedade. Atividade Física. Tempo de Tela. COVID-19.Item Autismo e integração sensorial - a intervenção psicomotora como um instrumento facilitador no atendimento de crianças e adolescentes autistas.(Universidade Federal de Viçosa, 2012-09-19) Andrade, Mariana Pereira de; Pereira, Eveline Torres; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4797481T0; http://lattes.cnpq.br/5633928169162575; Gediel, Ana Luisa Borba; http://lattes.cnpq.br/4847726396513108; Costa, Israel Teoldo da; http://lattes.cnpq.br/8364970814095329A psicomotricidade apresenta-se como uma alternativa não invasiva de minimizar os prejuízos dos distúrbios da Integração Sensorial, comuns em indivíduos autistas, norteando a proposta de intervenção do estudo. Nessa perspectiva esta pesquisa, de cunho qualitativo, tem como objetivo identificar as possíveis contribuições, em diferentes aspectos do cotidiano de crianças e adolescentes autistas, da estimulação psicomotora com foco na integração sensorial. Foi realizado o acompanhamento de cinco alunos, com idades entre 7 e 14 anos, com diagnóstico de autismo e levantados os possíveis benefícios obtidos ao longo de dez meses de intervenção. As sessões foram semanais, com duração aproximada de 50 minutos, no Laboratório de Estimulação Psicomotora do Departamento de Educação Física da Universidade Federal de Viçosa. Todas as sessões foram registradas por meio de relatório de observação semiestruturado, sendo realizadas entrevistas com o responsável e acompanhadas as atividades cotidianas por meio de relatos dos pais averiguados em todas as sessões. Os principais resultados observados foram alterações no comportamento desses alunos, que apresentavam inicialmente aproximações significativas com os quadros de autismo descritos na bibliografia norteadora deste trabalho: repulsa ao toque, isolamento, desinteresse por brinquedos e brincadeiras adequadas à sua idade, uso inadequado dos objetos, entre outros. Essas alterações comportamentais, somadas à tolerância às variações do ambiente e ampliação da capacidade de comunicação qualificaram positivamente os resultados.Item Avaliação da percepção térmica de homens e mulheres durante o exercício autorregulado(Universidade Federal de Viçosa, 2018-07-13) Araújo, Samuel Ribeiro; Gomes, Thales Nicolau Prímola; http://lattes.cnpq.br/1613312446670484Este estudo teve como objetivo comparar as respostas térmicas subjetivas de homens e mulheres durante o exercício físico autorregulado. A amostra foi composta por 10 homens e 11 mulheres, com idade média de 21,3 ± 1,89 anos e 23,36 ± 2,69, respectivamente. O percentual de gordura foi estatisticamente diferente entre os grupos, sendo 9,50% ± 1,98 para os homens e 21,88% ± 2,67 para as mulheres. O peso e a estatura foram diferentes entre os grupos: 65,44 ± 5,37 kg e 174,20 ± 6,31 cm para os homens e 57,23 ± 4,44 kg e 161,14 ± 3,23 cm para as mulheres. A área de superfície corporal específica (ASC/kgcm 2 ) não diferiu entre os grupos, sendo 273,50 ± 10,88 cm 2 para os homens e 279,18± 10,36 cm 2 para as mulheres. O VO 2max não foi diferente entre os grupos, consistindo em 40,48 ± 7,74 ml/km/min -1 para os homens e 38,28 ± 6,87 ml/km/min -1 para as mulheres. Os voluntários receberam uma refeição padrão na noite anterior ao teste e, na manhã antes da realização dos testes, as refeições foram elaboradas por uma nutricionista (CRN9 – 6421). Os voluntários foram submetidos a duas sessões de exercício autorregulado, sendo uma sessão realizada com aquecimento passivo da face por convecção, na qual a temperatura e velocidade do ar direcionado para a face foram 36,83 ± 1,45 oC e 0,91 ± 0,23 m/s para os homens e 36,58 ± 1,315oC e 1,06 ± 0,80m/s para as mulheres. As sessões controle foram realizadas sem o aquecimento passivo da face. A temperatura da sala foi controlada a 25 oC em todas as sessões experimentais. Os exercícios foram realizados no período da manhã, e, antes do exercício, a densidade específica da urina era avaliada para atestar o estado de hidratação. Foram medidas a temperatura do canal auricular (T central ), a temperatura da pele (T pele ), a pressão arterial, a frequência cardíaca (FC). As variáveis subjetivas foram avaliadas por meio de escalas de conforto térmico, sensação térmica, percepção de esforço, sede e sensação de sede. Os dados foram analisados pelo programa estatístico SigmaPlot 11.0., e a normalidade destes foi realizada pelo teste Shapiro-Wilk. Os dados de características dos grupos foram analisados por meio do teste estatístico T- Student. Os dados de T central , T pele, pressão arterial, hidratação, FC, dados do desempenho e parâmetros subjetivos foram analisados por meio do procedimento estatístico ANOVA TWO WAY de medidas repetidas. Os dados de acúmulo de calor (AC), a taxa de acúmulo de calor (TAC), a perda hídrica, o limiar e a sensibilidade termoaferente da pele foram analisados utilizando-se o método estatístico ANOVA ONE WAY de medidas repetidas. As correlações foram realizadas pelo método de Spearman. Os indivíduos estavam fisicamente ativos e todos se encontravam hidratados no pré-exercício. Não foi observada diferença entre os grupos para os dados de desempenho, carga (W), cadência (rpm), velocidade (km/h) e distância (km). Em relação às variáveis cardiovasculares, foram observadas diferenças entre homens e mulheres. Na situação com aquecimento passivo, os homens (HCA) obtiveram valores mais elevados de pressão arterial sistólica (PAS) (minutos 5, 30, 35, 50 e 60), na pressão arterial diastólica (PAD) (minutos 30-45 e 60) e na pressão arterial média (PAM) (minutos 20, 30-45, 55 e 60) em comparação às mulheres (MCA). A FC não diferiu entre os grupos. Não foram observadas diferenças entre os grupos na T central . A T pele dos HCA foi maior que MCA (minutos 20 e 52-58) e que HSA (minutos 52-60). A T pele dos HSA foi maior que das MSA no minuto 30. A temperatura da testa (T testa ) foi maior para HCA e MCA do que para HSA e MSA. Não foram observadas diferenças para AC, TAC, limiar e sensibilidade termoeferente da pele. A sudorese foi diferente para HSA e MAS, tendo HSA alcançado sudorese total maior. Não foram observadas diferenças entre os grupos na percepção de esforço. As MCA apresentaram maior desconforto térmico que os HCA (minutos 3-16 e 21-35) e que MSA (minutos 3- 18 e 21). MSA apresentaram maior desconforto térmico que HSA (minutos 23,25 e 28-60). As MCA sentiram mais calor que HCA (minutos 1, 5-16 e 27- 31), e que MSA (1-15,17 e 19). As MSA sentiram mais calor que HSA (minutos 25-32 e 36-60). As MCA sentiram mais sede que as MSA (minuto 2-60). Quanto à sensação de sede, as MCA apresentaram valores maiores em comparação às MSA nos minutos 30 e 35 da questão 3 (Q3). As correlações foram realizadas em função da T cental , T pele , do conforto térmico e da sensação térmica. Para os HCA, todas as correlações foram fortes. Para as MCA, a maioria das correlações com a T pele variou de fraca a moderada; a FC e rpm apresentaram correlações fracas em todas as comparações. Para os HSA, a pele apresentou correlações para a maioria das comparações; as correlações foram fortes apenas com a sensação e com a T central . As demais correlações variaram de moderadas a fortes, exceto quando as correlações foram feitas com a FC e rpm. Mediante isso, concluímos que mulheres durante o exercício autorregulado apresentam respostas diferentes dos homens quanto à percepção térmica.Item Avaliação do estado mental de pacientes com hipertensão e diabetes atendidos pelo Centro Hiperdia de Viçosa após programa de exercícios físicos supervisionados(Universidade Federal de Viçosa, 2016-05-16) Teixeira, Robson Bonoto; Lima, Luciana Moreira; http://lattes.cnpq.br/1475381289272317A hipertensão arterial sistêmica (HAS) e o diabetes mellitus (DM) são desordens muito comuns na atualidade, ocasionando disfunções físicas e também neuropsicológicas, como os transtornos depressivos, de ansiedade e o déficit cognitivo. Estudos relatam que a prevalência desses transtornos psicológicos são maiores em hipertensos e diabéticos do que na população em geral, e que hipertensos possuem risco de desenvolver demência vascular três vezes maior que indivíduos normotensos, aumentando para seis vezes quando a HAS está associada com o DM. Neste contexto, a prática de exercícios físicos vem sendo utilizada como instrumento fundamental para a atenuação de possíveis sintomas depressivos, ansiosos e déficit cognitivo que esses pacientes possam apresentar. O objetivo geral dessa dissertação foi verificar e analisar possíveis melhoras na saúde mental em pacientes atendidos no Centro Hiperdia de Viçosa, Minas Gerais, submetidos a um programa de exercícios físicos supervisionados composto por exercícios de características aeróbica e anaeróbica. A presente dissertação contempla três artigos distintos, sendo que os objetivos específicos foram: descrever o estado mental, quadros de declínio cognitivo, bem como quadros de depressão e ansiedade em pacientes hipertensos e diabéticos atendidos num centro de atenção secundária de uma cidade do interior de Minas Gerais, candidatos à participação em programa de treinamento físico; Analisar possíveis benefícios da prática regular de exercícios nos níveis de ansiedade, depressão e déficit cognitivo de diabéticos e hipertensos pertencentes a um programa de exercícios físicos supervisionados, além de avaliar e comparar os resultados entre programas de exercícios aeróbicos e resistidos; E verificar se a prática de exercício físico supervisionado, com duração de 12 semanas, é suficiente para impor modificações no estado cognitivo de pacientes diabéticos e hipertensos, através da utilização do Mental Test and Training System (MTTS). No primeiro estudo, avaliou-se 34 pacientes (23 mulheres e 11 homens), sendo 17 hipertensos (59 ±10 anos) e 17 diabéticos (54 ± 10 anos), onde foram aplicados os seguintes questionários: Mini Exame do Estado Mental (MEEM), Inventário de Beck para Depressão (BDI) e Ansiedade (BAI) e o Self Reporting Questionnaire (SRQ-20). Detectou-se que 82% dos hipertensos e 65% dos diabéticos apresentaram suspeição de transtorno mental, não havendo diferença entre os dois grupos (p=0,246). Já, 76% dos diabéticos e 65% dos hipertensos foram classificados com depressão de moderada a grave, enquanto que 64% dos hipertensos e 48% dos diabéticos demonstraram ansiedade de moderada a grave. Não foram encontrados quadros de déficit cognitivo. Foi evidenciada, assim, elevada porcentagem de quadros depressivos e de ansiedade na amostra estudada, reforçando a importância do diagnóstico pelo médico que o acompanha. No segundo estudo avaliou-se 17 pacientes, (55 ± 9 anos) sendo 9 hipertensos (de 57 ± 8 anos) e 8 diabéticos (53 ± 8 anos) que foram submetidos a um programa de exercícios físicos resistidos supervisionados, utizando o método circuito alternado por segmento e aeróbicos em esteira e bicicleta ergométrica, por 12 semanas, com frequência semanal de 3 dias e de intensidade moderada. Os mesmos questionários do trabalho anterior foram aplicados antes e após o período de intervenção. Observou-se queda de 61% (p=0,001) na pontuação alcançada pelo BDI, assim como queda de 53% (p=0,02) na pontuação do BAI após o período de 12 semanas de exercícios. Também registrou-se diminuição de 73% dos pacientes classificados com suspeição de transtorno mental. Não foram observadas melhoras nos níveis cognitivos através do MEEM após o período de intervenção, e não houve diferença entre os grupos de exercícios aeróbico e resistido. Foram demonstrados assim efeitos positivos nos quadros depressivos, ansiosos e de transtornos mentais não psicóticos em hipertensos e diabéticos, após um período de 12 semanas de realização de exercícios físicos supervisionados, independente da característica do exercício. O terceiro estudo foi realizado com 13 pacientes, (55 ± 12 anos) sendo 6 diabéticos (49 ± 13 anos) e 7 hipertensos, (60 ± 9 anos) onde aplicou-se testes que avaliam atenção e concentração, atenção seletiva e tempo de reação no equipamento MTTS antes e após o período de 12 semanas de realização de exercícios, por um grupo aeróbico e por outro resistido supervisionado. Os resultados demonstraram que houve melhoras significativas no teste de Atenção e Concentração, na variável "não reações incorretas" para hipertensos (p = 0,031) e diabéticos (p = 0,013), além da variável "reações corretas" (p = 0,013) e "reações incorretas" (p = 0,028) para diabéticos. Não houve diferença entre os grupos que realizaram exercícios aeróbico e resistido. O desenvolvimento do estudo permitiu concluir que apesar da alta prevalência de quadros depressivos e ansiosos nos hipertensos e diabéticos que participaram desta pesquisa, o exercício físico foi capaz de minimizar esses transtornos psiquiátricos consideravelmente após um período 12 semanas de treinamento com modalidades de exercício de característica aeróbica e resistida. Neste contexto, o protocolo de exercício sugerido foi também eficaz na melhora dos níveis de atenção e concentração dos pacientes. Conclui-se que o exercício físico supervisionado pode ser utilizado como instrumento eficaz não apenas no tratamento das comorbidades cardiometabólicas presentes em hipertensos e diabéticos, mas também nas suas prevalentes comorbidades neuropsiquiátricas.Item Avaliação do nível de atividade física habitual e comportamento sedentário dos pacientes diabéticos com e sem neuropatia periférica atendidos pelo Centro Hiperdia Minas – Microrregião de Viçosa(Universidade Federal de Viçosa, 2016-08-31) Nascimento, Fernanda Ribeiro; Amorim, Paulo Roberto dos Santos; http://lattes.cnpq.br/9354398916092020O diabetes mellitus é um grupo heterogêneo de distúrbios metabólicos que pode levar a várias complicações de saúde como a neuropatia periférica diabética. A neuropatia periférica diabética é a complicação crônica mais comum e incapacitante do diabetes, pois com a degeneração dos nervos o paciente passa a apresentar sintomas e sinais que levam a um risco aumentado para úlceras e amputações, principalmente nos membros inferiores. O manejo da neuropatia periférica diabética inclui principalmente tratamento medicamentoso, pois os efeitos da atividade física nesse público ainda são pouco explorados. O objetivo principal deste trabalho foi avaliar o nível de atividade física habitual e comportamento sedentário dos pacientes diabéticos com e sem neuropatia periférica diabética atendidos pelo Centro Hiperdia Minas – Microrregião de Viçosa. Foram avaliados 75 indivíduos divididos em três grupos de 25 indivíduos, sendo grupo neuropatia periférica diabética (NPD), grupo diabetes (D) e grupo controle (C), com idades entre 35 e 70 anos, de ambos sexos. Para avaliação do nível de atividade física habitual e comportamento sedentário foi utilizado o acelerômetro tri-axial WGT3X-BT (Actigraph, USA) na cintura por uma semana. A avaliação da neuropatia periférica diabética foi realizada por enfermeira treinada no próprio Centro Hiperdia. Foram avaliados ainda a capacidade funcional e a qualidade de vida dos indivíduos e para caracterização da amostra, medidas antropométricas de massa corporal e estatura com posterior cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC). As médias de idade foram de 55,60 ± 8,47 anos, 56,56 ± 8,92 anos e 49,48 ± 7,67 anos para os grupos NPD, D e C. As médias de massa corporal foram de 80,46 ± 16,5 kg, 77,15 ± 16,29 kg e 67,62 ± 13,60 kg para os grupos NPD, D e C. As médias de estatura foram de 1,65 ± 0,11 m, 1,59 ± 0,10m e 1,64 ± 0,10m para os grupos NPD, D e C. As médias de IMC foram de 29,55 ± 6,9 kg/m 2 , 30,40 ± 7,45 kg/m 2 e 25,07 ± 3,97 kg/m 2 para os grupos NPD, D e C. Não foram verificadas diferenças significativas entre o nível de atividade física habitual dos grupos avaliados sendo encontradas médias de 299,28 ± 185,64 minutos/semana, 312,71 ± 177,68 minutos/semana e 340,53 ± 165,52 minutos/semana para os grupos NPD, D e C. Também não foram encontradas diferenças significativas no comportamento sedentário sendo encontradas médias de 682,35 ± 63,08 minutos/dia, 695,59 ± 56,98 minutos/dia e 702,85 ± 40,10 minutos/dia para os grupos NPD, D e C. Na avaliação da capacidade funcional foi verificado que o grupo C obteve melhores escores para todos os testes aplicados e que os grupos NPD e D tiveram desempenhos similares nos mesmos. Na qualidade de vida avaliada pelo “SF-36” também obtiveram os melhores escores em todos os domínios o grupo C sendo similares os valores dos grupos NPD e D para quase todos os domínios, exceto para o domínio de dor onde o grupo NPD apresentou escore pior do que os demais grupos. Na avaliação do nível de atividade física habitual do grupo neuropatia periférica diabética de acordo com o desenvolvimento da neuropatia foi verificado que aqueles pacientes sem sensibilidade protetora plantar apresentaram valores significativamente menores do que os pacientes com sensibilidade protetora plantar presente (194,89 ± 152,34 minutos/semana vs. 381,30 ± 171,18 minutos/semana) e os pacientes com maior grau de sintomas neuropáticos apresentarem menores tempos de atividade física habitual que aqueles com quadro menos grave da doença (243,87 ± 174,82 minutos/semana vs. 417,01 ± 158,12 minutos/semana), no entanto, com relação aos sinais neuropáticos não foi verificada diferença significativa no nível de atividade física habitual entre os pacientes com quadro mais grave ou menos grave (306,42 ± 188,38 minutos/semana vs. 276,65 ± 191,96 minutos/semana). Concluímos que não houveram diferenças significativas entre os grupos no que diz respeito ao nível de atividade física habitual e comportamento sedentário, porém verificamos que o grau de desenvolvimento da neuropatia pode interferir no nível de atividade física habitual desses pacientes.