Economia Aplicada

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    Avaliação de insolvência das cooperativas de crédito rural do estado de Minas Gerais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2002-02-22) Bressan, Valéria Gama Fully; Braga, Marcelo José; http://lattes.cnpq.br/0249079418500669
    Esta pesquisa trata da avaliação da situação de insolvência nas cooperativas de crédito rural do Estado de Minas Gerais. O cooperativismo de crédito rural é uma alternativa que possibilita ao produtor obter crédito com mais facilidades. Minas Gerais possui o maior número de cooperativas de crédito, razão por que, para atender a essas demandas de crédito, é necessário que as cooperativas não estejam em estado de insolvência. A importância de avaliar a situação de insolvência advém das mudanças decorrentes da redução do Crédito Rural oficial e da implementação do Plano Real, que provocaram mudanças no sistema financeiro. O objetivo deste trabalho foi avaliar, a partir da estrutura financeira, se as cooperativas de crédito estavam em estado de solvência ou insolvência, mediante verificação de indicadores financeiros das cooperativas do Estado de Minas Gerais, de 1998 a 2000, além de verificar a probabilidade de insolvência e o risco relativo de insolvência em decorrência dos indicadores financeiros. Na literatura, não há consenso a respeito da metodologia para determinar solvência/insolvência. Dessa forma, utilizou-se o conceito de insolvência como o fechamento da cooperativa, patrimônio líquido negativo e 40% de resultados finais negativos. Foram utilizados os modelos empíricos logit e o modelo de risco proporcional de Cox. O primeiro permite estimar a probabilidade de ocorrência de um evento e identificar as variáveis independentes que contribuem para a sua predição, enquanto o de Cox define o risco relativo de insolvência com base nos indicadores econômico-financeiros. Constatou-se que os indicadores importantes para predição de insolvência foram capitalização, cobertura voluntária e crescimento da captação total, e, para avaliação do risco relativo de insolvência, liquidez geral, encaixe e despesa com pessoal. Verificou-se, em agosto de 2001, que 98,06% das cooperativas de crédito rural do Estado de Minas Gerais estavam solventes e 1,94%, insolventes, O que indica que a maior parte das cooperativas encontrava-se solvente e o sistema tinha cumprindo seu papel de atender às demandas de crédito por parte do produtor rural.
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    Análise do excedente de reserva legal: propostas para reduzir o desmatamento no Brasil
    (Universidade Federal de Viçosa, 2023-06-30) Suela, Attawan Guerino Locatel; Trotter, Ian Michael; http://lattes.cnpq.br/3000612984699227
    Com a necessidade de aumentar a produção de alimentos para suprir a demanda global por calorias, algumas nações se destacam. O Brasil tem uma vantagem competitiva devido ao seu potencial produtivo e vasto território disponível para a produção agropecuária. No entanto, a conversão de florestas nativas em atividades agrícolas é uma das principais causas de perda de biodiversidade, especialmente nas regiões tropicais. Lidar com a degradação ambiental requer ações pró-ambientais combinadas. O objetivo desta pesquisa foi simular uma redução nas conversões de florestas nativas utilizando o mecanismo de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) no Excedente de Reserva Legal (ERL) das macrorregiões brasileiras em 2030, com foco no bioma Cerrado e, mais especificamente, na região de fronteira agrícola conhecida como MATOPIBA. Utilizamos o modelo de Equilíbrio Geral Computável Estático, BREA, que inclui as macrorregiões brasileiras e a região do MATOPIBA em seu banco de dados. Foram desenvolvidos cinco cenários, com diferentes níveis de conversão de florestas nativas, e uma simulação específica para calcular o total de PSA necessário para tornar os produtores indiferentes em converter ou não seu ERL. Em todos os cenários, a simulação prevê a conversão de florestas nativas entre 6 e 12,5 milhões de hectares em todo o Brasil até 2030. A perda de bem-estar pode chegar a R$ 4,4 bilhões, dependendo das restrições impostas ao modelo. O maior impacto simulado no PIB brasileiro foi de 1,35%. As regiões mais afetadas pela conversão de florestas seriam o Norte, Centro-Oeste e a região do MATOPIBA. O bioma Cerrado (Centro-Oeste e MATOPIBA) apresentaria uma conversão florestal entre 1 e 3 milhões de hectares, dependendo da simulação. Ao calcular o PSA necessário para tornar os produtores de soja indiferentes em converter ou não seu ERL, foram simulados valores entre R$ 5.777,00 por hectare/ano para a região Sudeste e R$ 14.014,00 por hectare/ano para a região Sul. Na região do MATOPIBA, o valor do PSA simulado foi de R$ 6.830,00 por hectare/ano, aproximando-se da realidade da região. É importante ressaltar que os valores calculados são alternativas que os tomadores de decisão podem considerar como parâmetros para futuras políticas públicas. Propor aos produtores rurais a escolha de converter ou não seu ERL, mediante um valor mínimo, pode colocá-los em uma posição vantajosa e oferecer-lhes opções de escolha. Palavras-chave: Equilíbrio Geral Computável. Conversão Florestal. Bem-estar Econômico.
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    A relação entre diferentes faixas de rendimento e ingressos do 'Brasileirão' em um período de hipermercantilização
    (Universidade Federal de Viçosa, 2023-08-14) Ximenes, Daniel Dias da Silveira; Lirio, Viviani Silva; http://lattes.cnpq.br/5277614125561206
    Analisando a transformação dos estádios de futebol em arenas multiuso e a “hipermercantilização” deste esporte, estudos em diversas áreas das ciências sociais apontam que camadas populares têm sido excluídas dos novos estádios, dando lugar a torcedores-consumidores de perfis socioeconômicos mais elevados. Pesquisas em economia aplicada que investigaram sobre as características da demanda por ingressos de futebol na primeira divisão do campeonato brasileiro divergem quando se trata das conclusões sobre a elasticidade-renda da demanda. Dessa forma, o presente estudo busca analisar como diferentes faixas de renda, com dados retirados da PNAD contínua, se relacionam com o público pagante, tanto nas arenas de “Padrão FIFA” quanto em estádios com características mais antigas, entre 2014 e 2019. Para isso, empregou-se o Método dos Momentos Generalizados Sistêmico, utilizando variáveis instrumentais (como o preço médio do ingresso, tratado como uma variável endógena). Foram analisados dados de jogos ocorridos durante o período mencionado, abrangendo quatro faixas de renda distintas em cada cidade onde os jogos foram realizados, além da renda domiciliar per capita. Os resultados revelaram diferenças nas características da demanda entre estádios antigos e arenas modernas, indicando uma atração de público com níveis mais elevados de renda para estas últimas. Além disso, observou-se que os jogos realizados em arenas estão associados a uma maior maximização de preços por parte dos tomadores de decisão. Palavras-chave: Demanda. Renda. Brasileirão. Ingressos.
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    Emergência energética: impactos econômicos do aumento do consumo de energia pelo setor de energia
    (Universidade Federal de Viçosa, 2023-03-02) Gonçalves, Iago Gomes; Trotter, Ian Michael; http://lattes.cnpq.br/7570487883032589
    A energia é um elemento essencial para o bem-estar da humanidade e está intrinsicamente ligada à atividade econômica. No entanto, a alta dependência de recursos fósseis e o aumento da demanda por energia geram incertezas em relação às implicações na economia. Por essa razão, este estudo investigou como um aumento no consumo de energia pelo setor de energia afetará o restante da economia. O estudo iniciou-se calculando o indicador "Energy Return on Investment" (EROI) para os países selecionados pela base de dados da OCDE e globalmente de 1995 a 2018, usando matriz insumo-produto para identificar os insumos diretos e indiretos usados pelo setor energético na produção de energia. Em seguida, verificou-se o comportamento da série de tempo do EROI global e foi feita a previsão do EROI global até 2049. Por fim, avaliaram-se os impactos do EROI global estimado para 2049 sobre a produção total, considerando as observações disponíveis até 2018. Os resultados indicam que a maioria dos países apresentaram valores de EROI baixos com quedas graduais ao longo dos anos, assim como o EROI global. As estimativas sugerem que a produção de energia atual não é sustentável e que os insumos de produção, principalmente energia, precisam ser alocados no setor de energia para fornecer a sociedade a quantidade mínima de energia, para que o sistema econômico continue operando. Identificou-se uma tendência decrescente nos dados observados e, ao realizar a previsão até 2049, as estimativas mantiveram a tendência de queda esperada. Ao avaliar a produção total, identificou-se um aumento de 3,19% na produção total entre 2018 e 2049, indicando que é necessário aumentar a produção total da economia em cerca de 3,19% para satisfazer a demanda energética. Especificamente para o setor energético, observou-se um aumento de 25,16% na produção total entre 2018 e 2049, o que significa que é necessário que a produção do setor de energia aumente em 25,16% para satisfazer a demanda interna do setor de energia e garantir o mesmo nível de produção da economia como um todo. Palavras-chave: EROI. Consumo de energia. Energia incorporada. Insumo-produto.
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    The effect of a carbon permit market on the size of stable coalitions of an International Environmental Agreement on climate change: a differential game approach
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-02-23) Ferreira, Thiago Corni; Lirio, Viviani Silva; http://lattes.cnpq.br/9196901245684842
    In this study an International Environmental Agreement with the presence of a market for pollution permits is analyzed. A two-stage differential game is formulated, where in the first stage agents decide whether to joint or not the agreement and in the second stage agents negotiate over the level of emissions. The non-cooperative approach is adopted, termed the self-enforcing approach, which takes in to account the lack of supranational authority who can enforce the full cooperative outcome. The literature using this approach is usually pessimistic regarding the possibility of a large stable number of signatories to the agreement. The aim thus was to introduce the permit market system to investigate if the existence of such market creates any further incentive of agents to form a large coalition. Two such markets were introduced: the regulated market, where signatory of the agreements have access to and the voluntary market, which non-signatories have access to. Our results were positive in the sense that the presence of permit market, a larger number of signatories is achieved when compared with the baseline case without the permit market system. However, it is shown that if the cap set on signatories is too stringent then the incentive diminishes. This result have been corroborated with some robustness checks performed by varying relevant parameters, which also have highlighted some limitations in the model. It is also shown by calculating the steady-state of the stock of pollution that cooperation among agents is fundamental given that the larger the number of signatories the smaller is the steady-state of the stock of pollution. Keywords: International Environmental Agreements. Climate Change. Carbon Markets. Differential Games.
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    Tolerância à corrupção em democracias latino-americanas
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-02-22) Lieberenz, Thaysa Viana Almeida de; Lirio, Viviani Silva; http://lattes.cnpq.br/6893043596905117
    A corrupção é uma conduta - ou prática - que se desvia das expectativas padronizadas no desempenho das funções do poder confiado. O que é ou não percebido como corrupção varia entre os indivíduos, no espaço e no tempo. Sempre haverá um certo grau de permissividade em relação à corrupção na sociedade. Esta dissertação concentra-se em compreender os elementos que condicionam a tolerância à corrupção, em nível individual, nas democracias latino-americanas. Para tanto, calculou-se um modelo probit ordenado, usando dados do Latinobarômetro de 2020. Os resultados indicam que os homens, em média, são mais propensos a ter menor tolerância à corrupção do que as mulheres; que indivíduos com menor nível de escolaridade têm maior probabilidade de serem mais tolerantes à corrupção; e que níveis mais elevados de prática religiosa tendem a estar associados a atitudes mais duras em relação à corrupção. Os resultados também evidenciam que os funcionários das empresas privadas têm maior probabilidade de serem mais tolerantes do que os de empresas públicas. No que se refere à percepção da extensão da corrupção, os indivíduos que acreditam que a corrupção aumentou ou aumentou muito no ano de 2020, tendem a ser menos tolerantes à corrupção e que aqueles que estão mais satisfeitos com a democracia mostram uma tendência menor de tolerar a corrupção. Confiar em muitas instituições governamentais - nacionais e internacionais - também está associado a uma menor tolerância à corrupção, resultado semelhante para indivíduos que preferem uma sociedade mais livre. Pode-se perceber que, ao se comparar com ano de 2016, os condicionantes da tolerância à corrupção se mantiveram, à exceção do resultado por sexo. Este estudo fornece evidências relevantes sobre os determinantes individuais da tolerância à corrupção nas democracias da América Latina e, portanto, nos ajuda a compreender por que a corrupção é mais resistente em algumas sociedades do que em outras. Palavras-chave: Tolerância à corrupção. Latinobarômetro. Probit ordenado.
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    Acordos comerciais e seus impactos no comércio dos países sul-americanos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-02-22) Silva, Raphael Gomes da; Silva, Fernanda Aparecida; http://lattes.cnpq.br/5572343001011680
    Os acordos comerciais são ferramentas de fomento ao comércio internacional que vêm sendo utilizadas pelos países desde o fim da Segunda Guerra Mundial. A expansão dessas relações ocorreu durante as décadas de 1980 e 1990, em que várias relações bilaterais e multilaterais se mostraram eficazes em integrar e aproximar comercialmente os membros. Na América do Sul, os países seguiram políticas comerciais diferentes, alguns se organizaram em blocos regionais como MERCOSUL ou Comunidade Andina, enquanto outros buscaram abertura comercial através de relações bilaterais como Chile e Colômbia. Este estudo quantificou os efeitos gerados sobre o comércio pelos acordos formados pelos países sul-americanos. Utilizou-se como método uma versão estrutural do modelo gravitacional com efeitos fixos. Para verificar o impacto exercido, foi montado um painel com quarenta anos de comércio, abrangendo o período 1980 – 2020, para uma amostra de 86 países. Os resultados indicaram que Chile, Colômbia e Peru, que possuem política comercial direcionada a formação de mais acordos comerciais, principalmente com países de fora da região, apresentaram melhores resultados nos efeitos gerais e individuais. O Mercosul se mostrou eficiente no fomento ao comércio dos membros, com maiores benefícios para o Paraguai e Uruguai. O bloco segue exercendo impacto no comércio dos membros mesmo após 30 anos de seu início. Em relação à duração dos acordos, aqueles formados com outros países em desenvolvimento mostraram efeitos mais duradouros. Foi testada a possibilidade de criação ou desvio de comércio gerada pelos acordos da região e pode ser constatado que a maioria deles fomentou as relações a partir da criação de comércio. No que tange aos setores produtivos afetados pelos acordos, os que sofreram impacto positivo foram relacionados aos produtos agropecuários e minerais, confirmando a especialização dos países da região em produtos de menor valor agregado. Palavras-chave: Acordos Comerciais. América do Sul. Comércio Internacional.
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    Relação entre consumo de eletricidade e PIB no Brasil: uma análise a nível setorial e regional
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-02-23) Barbosa, Paulo André Manhães; Mattos, Leonardo Bornacki de; http://lattes.cnpq.br/1667857910792473
    Diante da relevância da eletricidade como uma das principais fontes de energia utilizadas em diferentes atividades produtivas, o presente estudo investigou o papel do consumo de energia elétrica na sua relação com o nível de produto da economia brasileira, tendo como base uma análise agregada e desagregada a nível setorial/regional para o período de 1989 a 2017. A partir de uma abordagem baseada em técnicas econométricas no contexto de dados em painel, o teste de não causalidade de Dumitrescu e Hurlin (2012) foi empregado para examinar a existência e a direção da relação de causalidade no sentido de Granger entre o Produto Interno Bruto (PIB) e o consumo de eletricidade na economia brasileira como um todo e, para dois importantes setores produtivos, indústria e comércio/serviços, considerando um conjunto de dados a nível estadual. Os resultados apontaram para a presença de causalidade bidirecional entre o nível de produto agregado e o consumo agregado de eletricidade (hipótese de feedback). Para o setor industrial, foi constatada a presença de causalidade unidirecional partindo do PIB setorial para o consumo de eletricidade setorial (hipótese de conservação). Já para o setor de comércio/serviços, foi constatada causalidade unidirecional do consumo de eletricidade setorial para o nível de produto setorial (hipótese de crescimento). No que se refere à análise a nível regional, os resultados se mostraram bastante heterogêneos tanto a nível agregado quanto setorial, indicando a importância do emprego de políticas energéticas que levem em consideração as especificidades de cada estado e região do país. De modo geral, os resultados permitiram concluir que tanto políticas de incentivo à ampliação da oferta de energia elétrica quanto de incentivo à conservação do seu consumo têm o poder de influenciar a atividade econômica do Brasil a depender do setor e da região em que são empregadas pelos formuladores de políticas econômicas e energéticas. Palavras-chave: Consumo de eletricidade. PIB. Brasil.
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    Despesas com serviços de habitação no Brasil: o papel dos fatores sociodemográficos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-02-18) Lins, João Augusto Barcellos; Coelho, Alexandre Bragança; http://lattes.cnpq.br/8422790354157997
    O fornecimento de serviços de habitação básicos como água, esgoto, energia elétrica e gás é um dos principais problemas enfrentados pelos gestores públicos, assim como pilar fundamental para o desenvolvimento econômico. Entender como as mudanças nas características sociodemográficas influenciaram o consumo de tais serviços é um avanço para entender o comportamento da sociedade e promover políticas públicas mais eficientes para a população, como a conta-social, auxílio-gás, tarifa social e outros. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi analisar o dispêndio das famílias brasileiras por serviços de habitação (água e esgoto, energia elétrica, gás encanado, internet e telefonia) no Brasil, assim como comparar os níveis de consumo e sensibilidade, por nível de rendimento familiar, entre regiões geográficas brasileiras, e localização em área urbana ou rural, utilizando os microdados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 2017-2018. Utilizou-se neste estudo um procedimento de estimação em dois estágios, de modo que o 1º Estágio buscou solucionar o problema do consumo zero utilizando o procedimento de Shonkwiller & Yen, em seguida no 2º Estágio, estimou-se um sistema de equação para os gastos per capita com serviços de habitação a partir de regressões aparentemente não relacionadas. Os resultados deste estudo indicaram que as variáveis foram significativas para explicar os gastos per capita com serviços, e principalmente as de caráter geográfico. Pode-se constatar que do conjunto de variáveis de localização domiciliar, composição domiciliar e arranjo familiar, destacaram-se o efeito das variáveis referentes a localização geográfica, e o logarítmo da renda. No entanto, as variáveis de composição domiciliar e arranjo familiar apesar de possuírem menores efeitos, também se demonstraram importantes na análise, como a presença de crianças e idosos no domicílio, idade do responsável, etnia, e o número de eletrodomésticos e estrutura familiar (domicílios unipessoais e monoparentais). As conclusões do estudo indicaram que regiões urbanas possuem um maior gasto com serviços de habitação, assim como o Norte se mostrou como uma das regiões com maior gasto per capita de energia elétrica. A renda se mostrou negativa para os gastos com Energia Elétrica, no entanto, seu efeito quadrático se mostrou positivo, enquanto para Internet, a renda se mostrou positiva mas com um efeito quadrático negativo. Pode-se observar também que a medida que a faixa de renda aumenta, o efeito negativo da renda sobre os serviços mais essenciais tende a diminuir. Todos os arranjos familiares, em comparação com as famílias tradicionais (casal com filho(s)) apresentaram maiores gastos per capita para todos os tipos de serviço, com exceção do serviços de gás encanado, onde os arranjos tiveram menor gasto per capita. Constatou-se que famílias compostas por pais solteiros tendem a gastar mais com energia elétrica, enquanto famílias com mães solteirasse tiveram um maior gasto per capita com serviços de internet e pacotes de entretenimento. Por fim, pode-se observar que os gastos com serviços essenciais são influenciados por economias de escala, de modo que para famílias maiores, os gastos são menores. Palavras-chave: Energia Elétrica. Água e Esgoto. Dispêndio domiciliar. POF
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    Alimentação e desempenho escolar: uma análise sobre os impactos do Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-02-17) Deus, Caroline da Costa Nascimento de; Silva, Maria Micheliana da Costa; http://lattes.cnpq.br/6695385365656289
    A insegurança alimentar é um fator importante na influência sobre o desempenho escolar. A literatura tem aproveitado os programas de alimentação escolar como objeto de estudo. Nessa seara, este estudo avaliou o efeito do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) sobre o desempenho escolar, medido pelas proficiências dos alunos do 5º e 9º anos no exame do SAEB. A influência do PNAE foi analisada a partir de dois componentes separadamente: as escolas com nutricionistas; e o percentual de compras de alimentos da agricultura familiar. A fim de conceder evidências robustas, foi adotada uma estratégia de identificação, considerando o viés de seleção do programa. Embasando-se nas suas diretrizes, utilizou-se a abordagem do Local Average Treatment Effects (LATE), uma vez que há endogeneidade e efeitos heterogêneos no programa. Por isso, diversas bases de dados foram reunidas para ambas as análises. Os efeitos do programa foram positivos, mostrando que um aumento de 1 ponto percentual (p.p.) no valor destinado à aquisição de produtos da agricultura familiar eleva em 1,15 e 1,4 pontos nas proficiências de português e matemática, respectivamente. Já para o 9º ano, o aumento é de 0,9 e 1,2 pontos nos referidos testes. Em relação aos nutricionistas, as escolas que contam com sua presença proporcionam um acréscimo, em média, de 9,5 e 18,4 pontos nas notas de português e matemática, para o 5º ano. Com relação ao 9º ano, o aumento é de 28 e 89,09. As evidências encontradas contribuem para mostrar a importância do PNAE, dos alimentos da agricultura familiar no cardápio da escola e do papel do nutricionista sobre o desempenho escolar, já que os dois componentes promovem alimentação escolar saudável, o que contribui para o desenvolvimento cognitivo infantil. No âmbito familiar, fomenta a conscientização sobre a importância da alimentação saudável para o desempenho escolar e econômico e guiar o comportamento alimentar das famílias. No que tange à construção de políticas públicas, o estudo traz a reflexão sobre a aprovação do projeto de Lei 3.292 de 2020, que altera a Lei nº 11.947/09, ao estabelecer percentual mínimo de 40% para compra de leite em forma fluida, o que pode desfavorecer a diversidade alimentar regional e os mecanismos construídos em prol de uma alimentação saudável. Palavras-chave: Desempenho Escolar. Alimentação Escolar. PNAE. LATE.