Economia Aplicada
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Item A competitividade do açúcar brasileiro no mercado mundial no período de 1974 a 2004(Universidade Federal de Viçosa, 2005-12-05) Silva, Leonardo Augusto Gomes da; Lima, João Eustáquio de; http://lattes.cnpq.br/1668437238523295Devido à abertura comercial brasileira, no início da década de 90, o país reduziu barreiras tarifárias e não-tarifárias, desse modo tanto exportações quanto importações de diversos produtos da pauta brasileira sofreram aumentos e, ou, reduções. A maxidesvalorização da taxa de câmbio também contribui para a elevação das exportações de vários produtos, uma vez que se aliou a maior produtividade de vários setores produtivos brasileiros, advinda da abertura comercial já citada que propiciou a modernização sistemas produtivos e parques industriais pela compra de bens de capital importados. Estes fatos, em especial, motivaram o presente trabalho a examinar a competitividade do setor açucareiro brasileiro via identificar e analisar quais fatores foram responsáveis pelo crescimento das exportações brasileiras de açúcar. Foram estimadas equações representativas da quantidade exportada e da quantidade importada de açúcar, em função da taxa de câmbio e da renda externa, e da taxa de câmbio e do produto interno bruto, respectivamente. Foram feitos também testes de estacionariedade das séries de dados. Para a quantidade exportada de açúcar, a renda externa (efeito-renda) mostrou-se significativa a 5% e no valor de 3,53, indicando que se este parâmetro se elevar em 1%, a quantidade exportada crescerá em 3,53%. Os resultados mostram que o câmbio desvalorizado não ajudou a alavancar às exportações de açúcar brasileiras. Para a quantidade importada do produto em questão, o parâmetro produto interno bruto (efeito-renda) apresentou significativo a 10% e no valor de 2,10, indicando que se este indicador se elevar em 1%, a quantidade importada de açúcar se elevará em 2,10%. Como o efeito- renda do parâmetro renda-externa foi mais elástico que o parâmetro produto interno bruto, 3,53 a 2,10, respectivamente, pode-se inferir que o Brasil não apresenta o menor problema de competitividade no setor açucareiro.Item A importancia da produção e do processamento do café na economia mineira(Universidade Federal de Viçosa, 2005-12-06) Santos, Venússia Eliane; Gomes, Marilia Fernandes Maciel; http://lattes.cnpq.br/5135070179716972Objetivou-se, neste trabalho, analisar os setores de produção e de processamento de café na estrutura econômica de Minas Gerais, determinando a importância destes e seus encadeamentos na estrutura do Estado. O referencial teórico utilizado foi o modelo insumo-produto, bem como o de desenvolvimento regional. Foram calculados os índices de Rasmussen-Hirschaman, o campo de influência, os índices puros de ligações e 03 multiplicadores de produção, renda e emprego. Para tanto, utilizou-se a matriz regional de insumo-produto de 1995, para Minas Gerais. Os resultados decorrentes desta análise permitem caracterizar a estrutura produtiva de Minas Gerais, os seus setores-chave e o efeito multiplicador de cada setor econômico em termos de produção, renda e emprego. De acordo com os resultados, os setores considerados como chaves pelas abordagens adotadas (índice de Rasmussen-Hirschman e índice puro de ligação) e que apresentaram grande campo de influência foram: (4) Produtos não metálicos, siderurgia e metalurgia, (5) Mecânica, material elétrico e material de transportes e (10) Outras lndustrias de Produtos Alimentares. Quando se consideram apenas o índice de Rasmussen-Hirschman e o campo de influência, inclui-se entre os setores-chave o setor (1) Café em coco, (6) Produtos de madeira, papel, borracha e plástico e (9) Indústria do café. Com relação a análise dos multiplicadores, observou-se que os setores: (4) Produtos não metálicos, siderurgia e metalurgia, (9) Indústria do Café e (10) Outras Indústrias de Produtos Alimentares foram os que apresentaram os maiores valores em termos de geração de produto; os setores (13) Comércio, (2) Agropecuária e (3) Café em coco, em termos de geração de renda; e 03 setores (16) Serviços, (1) Café em coco e (2) Agropecuária em termos de geração de emprego. Por meio desses resultados, pode-se inferir que a indústria de café apresenta fortes Iigações para trás; já o setor de produção de café é importante em termos de encadeamentos para trás e para frente. O setor de produção do café também apresentou poder de contribuir para a geração de renda e emprego na economia mineira e a indústria de café, para a geração de produto. Em face dos resultados, conclui-se que políticas que incentivam o aumento no consumo de café podem, de maneira indireta, produzir o crescimento no próprio setor e nos outros setores da economia. Tendo em vista que a indústria de café torrado e moido tem capacidade para crescer e modernizar-se para ampliar a sua competitividade, é também um setor com potencial para receber investimentos.Item A influência da taxa de câmbio no valor das exportações brasileiras, na ótica da abordagem das elasticidades(Universidade Federal de Viçosa, 2004-12-21) Cassuce, Francisco Carlos da Cunha; Santos, Maurinho Luiz dos; http://lattes.cnpq.br/0648788156222081O Brasil, ao longo da história, tem enfrentado sérios problemas relativos à balança comercial e de serviços, os quais, na maioria das vezes, eram contornados pela desvalorização da moeda. Este trabalho, apoiado na teoria da Abordagem das Elasticidades, objetivou mostrar a influência da desvalorização cambial no valor das exportações brasileiras. Para isso, utilizaram-se os modelos SVAR e VEC para calcular as elasticidades de oferta de divisas, determinando se desvalorizações na moeda aumentariam ou reduziriam o valor exportado das mercadorias brasileiras. Dos sete produtos analisados, quatro apresentaram elasticidade de oferta de divisas menor que 1, o que indica que desvalorizações cambiais reduziriam o valor exportado desses produtos, e três apresentaram elasticidade maior que 1. Esse resultado indica que políticas de desvalorização cambial nem sempre são mais adequadas para tentar eliminar o déficit na balança comercial. Neste trabalho, verificou-se também que variáveis importantes para determinar o valor exportado, como a renda externa, não apresentaram os sinais esperados, o que mostra que barreiras fitossanitárias, dentre outras, podem ser mais importantes, para determinar a quantidade exportada e importada do que renda externa, taxa de câmbio e preço de exportação.Item A intensidade da exploração agropecuária na região dos cerrados e potencial de degradação ambiental(Universidade Federal de Viçosa, 2005-12-19) Cunha, Nina Rosa da Silveira; Lima, João Eustáquio de; http://lattes.cnpq.br/3142635757586338Neste estudo, analisaram-se a intensidade da exploração agropecuária no núcleo do Cerrado e seus efeitos sobre o potencial de degradação ambiental, em 1995-1996, bem como se esse potencial estava associado a intensidades diferentes de exploração agropecuária. De modo geral, identificaram-se heterogeneidades nas características e intensidade da exploração agropecuária e na degradação ambiental localizadas no núcleo do Cerrado. Visando identificar os fatores explicativos da relação entre exploração agropecuária e degradação ambiental no Cerrado, aplicou-se a análise fatorial, em razão da gama de variáveis envolvidas, sendo obtidos três fatores: intensidade de exploração agrícola do solo e do uso de tecnologias mecânica e bioquímica (F1), outras dimensões da agricultura (F2) e intensidade de exploração pecuária (F3). Com os escores fatoriais e considerando a relação direta entre intensidade de exploração e degradação, construiu-se um Indicador Geral de Degradação (IGD), percebendo- se desigualdades microrregionais. O maior nível de degradação concentrou-se no noroeste de Minas Gerais, em parte do sul de Goiás e em parte do sudeste de Mato Grosso. O IGD máximo (0,705) coube à Primavera do Leste (MT) e o mínimo (0,117), a Jalapão (TO). Pelo IGD, ranquearam-se as microrregiões, permitindo conhecer a sua dispersão espacial, através do indicador I de Moran e do mapa de espalhamento. Os resultados indicaram que o padrão de exploração e degradação não se manifestou de forma difusa no espaço, mas com dependência espacial. Com relação aos determinantes da intensidade da exploração da agropecuária e da degradação ambiental, os resultados apontaram a disponibilidade de crédito, a assistência técnica e a pressão demográfica. Dos resultados obtidos, concluiu-se que a desigualdade na intensidade de exploração refletiu em graus de degradação diferentes nas 73 MRH, que poderiam estar sendo pressionadas por atividades econômicas, como a cultura de grãos em escala industrial, pecuária intensiva e culturas temporárias, dentre outras. Assim, as políticas de apoio ao desenvolvimento do setor agropecuário devem levar em consideração as diferenças microrregionais nas características da exploração agropecuária. Deve-se também considerar o impacto dessas políticas na intensificação da exploração e, por conseguinte, no aumento do potencial de degradação ambiental, comprometendo, de certa forma, a sustentabilidade da atividade na região do Cerrado. É preciso, pois, compatibilizar a capacidade de suporte do meio ambiente com o tipo de exploração utilizado, para que a sustentabilidade ecológica possa acontecer. Há de se analisar, então, a região, bem como verificar as suas condições, ou seja, a sua aptidão agroecológica, procedendo-se ao zoneamento ecológico-econômico.Item Abordagem evolucionária da dinâmica do setor agrícola(Universidade Federal de Viçosa, 2004-01-20) Vieira Filho, José Eustáquio Ribeiro; Campos, Antônio Carvalho; http://lattes.cnpq.br/6253038922618654Uma das principais tarefas intelectuais no campo da e t oria e história econômica tem sido, certamente, compreender de que maneira as mudanças tecnológicas e o complexo das organizações econômicas transformam o curso do crescimento econômico. É nesse cenário que a mudança técnica passa a ser compreendida dentro de um processo dinâmico e evolutivo do sistema econômico. O estudo aqui realizado visa analisar a economia agrícola sob o enfoque da teoria evolucionária e, nesse sentido, a competição tecnológica na agricultura é análoga à competição biológica. As firmas devem passar por um teste de sobrevivência imposto pela concorrência no mercado. O referencial teórico a ser objeto de estudo, contrário às concepções ortodoxas, baseia-se nas pressuposições de incertezas do ambiente, racionalidade limitada dos agentes, no desequilíbrio dinâmico e na instabilidade estrutural. Nessa perspectiva, podem-se caracterizar os agentes dos sistemas de produção envolvidos como concorrentes schumpeterianos, que buscam permanentemente a diferenciação e a formulação de estratégias no intuito de obter vantagens competitivas, as quais possam proporcionar lucros de monopólios. Nesse caso, a idéia de competição está associada à concentração de mercado. No intuito de comparar a evolução tecnológica na agricultura com os padrões regionais dos sistemas agroindustriais brasileiros, procurou-se, de um lado, realizar, por meio de indicadores de localização e especialização, uma análise de métodos regionais e, por outro, construir um Modelo Evolucionário de Crescimento Agrícola , aqui denominado MECA, o qual possa representar o comportamento da agricultura produtora de grãos ou mesmo a agricultura de mercado. Desta maneira, foi possível identificar a região dinâmica agroindustrial bem como padrões de comportamento das mudanças técnicas na agricultura. Para construção do modelo, foi preciso definir uma nova concepção do capital, sendo este capital uma composição de proporções fixas de fatores produtivos em uma situação dinâmica limitada. O capital na agricultura está dividido em dois tipos: o capital estoque como representativo das benfeitorias, máquinas e equipamentos, e o capital fluxo como sendo os defensivos, fertilizantes e sementes. O crescimento agrícola depende do crescimento do capital. Entretanto, para conciliar esta nova concepção de capital, o crescimento, por exemplo, do capital estoque está limitado ao crescimento do capital fluxo, e vice versa. Por fim, em um ambiente de competição tecnológica, o modelo procura mostrar que a competição pelos recursos produtivos nos complexos agroindustriais produtores de grãos leva à busca permanente de inovações, caracterizando uma dinâmica evolucionária entre as atividades e uma maior concentração do capital setorial e regional.Item Ajustamentos na agroindústria de segundo processamento de trigo no Brasil, de 1995 a 2001(Universidade Federal de Viçosa, 2003-02-11) Ferreira Júnior, Sílvio; Gomes, Marília Fernandes Maciel; http://lattes.cnpq.br/7789533222493903O Brasil, na década de 90, passou por significativas mudanças em sua economia, e essas contribuíram para modificação do ambiente competitivo da agroindústria de segundo processamento do trigo no país. As regras de livre mercado, o acirramento da concorrência em nível global e a estabilização econômica caracterizam, desde então, o novo ambiente competitivo, exigindo da sua agroindústria a adoção de novos parâmetros de competitividade como questão de sobrevivência. Nesse contexto, uma estratégia comum observada nos segmentos de massas alimentícias e de biscoitos e bolachas tem sido a ocorrência de fusões e, ou, aquisições que sugerem processo de concentração de mercado. Essa concentração, se por um lado possibilita a obtenção de economias de escala e, ou, escopo, bem como agilidade no processo de distribuição, por outro lado, pode criar condições estruturais para que essas grandes empresas exerçam ações prejudiciais à ordem econômica. Dada a importância da agroindústria de segundo processamento de trigo no Brasil, e em razão das mudanças ocorridas no seu ambiente competitivo, este trabalho teve como objetivo geral avaliar ajustamentos ocorridos nos segmentos de massas alimentícias e de biscoitos e bolachas, enfocando o período de 1995 a 2001. Adotou-se, neste estudo, a hipótese de que, nesse período, em face da queda das barreiras à entrada - abertura comercial, estabeleceu-se no Brasil um processo de concentração de mercados na agroindústria de segundo processamento de trigo, o que permitiu melhor desempenho econômico deste segmento. Como modelo teórico foi utilizado, basicamente, o paradigma Estrutura-Conduta-Desempenho da Teoria da Organização Industrial. Entretanto, considerou-se, ainda, a visão da Escola de Chicago sob o arcabouço da Teoria dos Mercados Contestáveis, que adota pressupostos, como a inexistência de barreiras à entrada, aplicáveis em algumas situações específicas de mercado. Os resultados obtidos permitem inferir que o novo ambiente competitivo, caracterizado principalmente pela queda das barreiras à entrada, permitiu a intensificação da concorrência e restringiu o poder de mercado das maiores empresas. Os segmentos foram obrigados a seguir o processo de adequação às exigências do consumidor no mercado, como a melhoria da qualidade, o aumento da variedade e a redução nos preços dos produtos. Todo esse processo foi liderado pelas maiores empresas, que realizaram investimentos em tecnologia e aumentaram, gradualmente, sua participação no mercado, permitindo a obtenção de economias de escala e escopo. O resultado desses ajustamentos se traduziu, portanto, em melhor desempenho econômico e maior benefício para a sociedade, corroborando a hipótese delineada neste estudo.Item Alianças estratégicas no cooperativismo: o caso da Central Leite Nilza(Universidade Federal de Viçosa, 2005-03-30) Santos, Karina Dobscha; Gomes, Sebastião Teixeira; http://lattes.cnpq.br/1828924512108441Este trabalho objetivou analisar a estratégia de aliança nas cooperativas de leite no Brasil, identificando fatores que levaram à sua implementação e seus resultados. O estudo foi realizado nas cooperativas associadas à Central Leite Nilza, criada em 2001 através da joint venture de três cooperativas singulares: Coonai, Casmil e Coopercarmo. Sabe-se que a aliança é uma estratégia eficaz, que é utilizada quando a organização deseja alavancar o crescimento e melhorar sua competitividade, sendo atualmente muito usada nas cooperativas dos principais países produtores de leite. No Brasil, a aliança foi adotada em poucas cooperativas, pois muitos fatores dificultaram sua implantação, como o receio de demissões por parte dos funcionários e a perda do status de dirigentes, entre outros. A abordagem deste trabalho considerou a Teoria de Crescimento da Firma, que procurou identificar os fatores que levaram as cooperativas a adotarem a estratégia, e a análise do setor financeiro, de produção, de recursos humanos e a eficiência social. A razão que levou as cooperativas a formarem a aliança foi a possibilidade de resolverem as dificuldades que cada uma possuía na época. Os principais resultados positivos foram o aumento da escala produtiva e a consolidação da marca. A Coonai foi beneficiada com a estratégia porque repassou sua dívida para as associadas e conseguiu aumentar o indicador de liquidez corrente, porém sua receita operacional líquida diminuiu. Na Coopercarmo houve aumento do endividamento, os índices de liquidez reduziram e sua rentabilidade permaneceu em baixos patamares, mas a receita operacional líquida aumentou, ao contrário do que ocorreu nas principais cooperativas de leite do país. A Central apresentou aumento dos índices de liquidez, redução da rentabilidade e aumento do endividamento no período analisado. A cooperativa Casmil não forneceu dados à pesquisa, o que impossibilitou analisá-la através de indicadores. A divergência de interesses entre os próprios dirigentes dificultou o processo de estruturação da aliança e impulsionou a saída da Casmil em 2004. Portanto, conclui-se que, para as cooperativas de leite terem resultados positivos ao formarem alianças estratégicas, devem primeiramente realizar reformas “internas”, ou seja, que visem melhorar o funcionamento da cooperativa, como a liquidação de dívidas, a profissionalização da gestão e a transparência na administração, por exemplo. A aliança estratégica tem o intuito de alavancar e melhorar a eficiência das cooperativas que estão preparadas, não trazendo resultados positivos para aquelas que tentam utilizar essa estratégia para solucionar os seus problemas.Item Análise da cadeia agroindustrial do chocolate no Brasil(Universidade Federal de Viçosa, 2000-09-12) Chaves, Carlos Moisés Oliveira; Leite, Carlos Antônio Moreira; http://lattes.cnpq.br/4103336569195357Este estudo pretende avaliar a Cadeia Agroindustrial do Chocolate no Brasil, por meio da estrutura, da conduta e do desempenho dos seus principais segmentos, buscando maior compreensão sobre este segmento da economia. Utilizou-se medidas de estrutura, especialmente as de concentração, como o Coeficiente de Concentração (CR), relacionado às quatro e às oito maiores firmas e índice de Herfindahl-Hirschman (HHI). O cálculo destes índices demonstrou que, com exceção do setor primário de produção de cacau, o restante da cadeia é bastante concentrada e existe uma tendência concentradora no mercado nacional de cacau e chocolate. A conduta do setor moageiro fica restrita na criação de vantagens competitivas, quanto ao atendimento ao cliente, marca etc., pois os preços dos derivados do cacau são formados no mercado internacional. A indústria chocolateira cria vantagens com a publicidade, diferenciação dos produtos e estratégias de ampliação da produção. Os indicadores de desempenho, mais precisamente a quantidade produzida de cada setor da cadeia, mostram que a diminuição da produção baiana está repercutindo, proporcionalmente, sobre a produção do setor moageiro, enquanto que a indústria chocolateira está aumentando a sua produção. O desempenho do setor exportador também é ruim e existe uma transformação da estrutura de exportação em uma estrutura de importação de amêndoas de cacau e chocolate. Conclui-se que os setores de cacau e chocolate, no Brasil, merecem a atenção dos agentes públicos de desenvolvimento por dois motivos: primeiro, as grandes perdas verificadas na cacauicultura e a grande parcela de mercado dominado por poucas firmas na moagem, na indústria chocolateira e no setor exportador.Item Análise da gestão de recursos humanos em empresas de bovinos de corte na região do Triângulo Mineiro(Universidade Federal de Viçosa, 2001-11-13) Pereira, Mariana de Aragão; Vale, Sônia Maria Leite Ribeiro do; http://lattes.cnpq.br/9299570670392668As pressões mercadológicas por sistemas de produção economicamente viáveis, socialmente justos e ecologicamente corretos têm exigido dos produtores rurais novas formas de gerenciamento, objetivando aumentar a escala de produção, melhorar a qualidade dos produtos ofertados e reduzir custos. A histórica utilização de mão-de-obra abundante, barata e desqualificada no meio rural tem representado uma barreira à adoção de sistemas mais tecnificados. Neste trabalho, procurou-se descrever as práticas de gestão de recursos humanos que têm sido utilizadas pelos pecuaristas de corte, bem como analisar a eficiência do gerente nesta área. Seu desempenho foi ainda comparado à sua eficiência na área técnica. Por fim, foi observado o grau de importância atribuído à gestão de recursos humanos, conforme a opinião dos pecuaristas. Foram remetidos 320 questionários aos produtores do Triângulo Mineiro cadastrados na ABCZ, obtendo-se uma taxa bruta de resposta de 14,4%. Os dados foram processados pelo Statistical Package for Social Sciences (SPSS) e avaliados por meio de tabelas de freqüência e média. Os pecuaristas foram estratificados conforme o nível de produtividade. A escala de Likert foi usada para mensurar o grau de xiiimportância conferido pelos produtores à gestão de recursos humanos. Os resultados indicaram que os sistemas que compõem a área de recursos humanos têm sido parcialmente adotados e não se apresentam interconectados. Apesar de as empresas, em geral, apresentarem bons índices zootécnicos, superiores à média nacional, notou-se diferença de desempenhos entre estratos. As propriedades que obtiveram melhor “performance” na área técnica apresentaram melhores indicadores de recursos humanos. Esse resultado foi reforçado pelo uso da escala de opinião, através da qual se observou que à medida que, a importância atribuída à gestão de recursos humanos aumentava, a produtividade média do estrato mostrava-se maior. Portanto, a gestão com enfoque em desenvolvimento de recursos humanos possibilitou incrementos de eficiência produtiva. Aos pecuaristas cabe a utilização de modelos de gestão condizentes com a valorização do conhecimento e das pessoas, pois são elas as promotoras do desenvolvimento das empresas rurais. Para tanto, a capacitação gerencial e operacional se faz necessária, e a motivação e o comprometimento dos funcionários se tornam um desafio a ser vencido.Item Análise da situação econômico-financeira das cooperativas do setor leiteiro no Estado de Minas Gerais(Universidade Federal de Viçosa, 2002-02-07) Carvalho, Blair de Faria; Braga, Marcelo José; http://lattes.cnpq.br/7773361904166833Este trabalho objetivou realizar o levantamento do fluxo de caixa e dos índices financeiros e a situação financeira e econômica de cooperativas agropecuárias. A partir de uma amostra de 11 cooperativas agropecuárias de leite com sede no Estado de Minas Gerais, procedeu-se ao cálculo dos valores componentes do fluxo de caixa e dos índices que evidenciaram a situação acima, no período de 1995 a 1999. Foram utilizadas as operações financeiras fornecidas pelas cooperativas, compreendendo balanços e demonstrações de resultados dos exercícios. As cooperativas, embora apresentassem boa liquidez e reduzidos endividamentos, não apresentavam boa rentabilidade. No geral, apresentavam margens operacionais inferiores a 10% ao ano. De acordo com a análise do fluxo de caixa, pode-se concluir que essas instituições apresentavam grandes dificuldades financeiras, não havendo equilíbrio de suas contas devido aos maus negócios, que podem ser ocasionados por ineficácia administrativa, falta de estrutura ou pelos desacertos econômicos desencadeados pelo momento político do país.Item Análise da viabilidade da previdência privada para os produtores rurais(Universidade Federal de Viçosa, 2002-08-12) Melo, José de; Leite, Carlos Antônio MoreiraA preocupação com a invalidez e com a velhice, que tolhem inevitavelmente a capacidade laborativa, fez com que fosse desenvolvido o seguro social. Tendo em vista a hipótese de que, no ciclo de vida, as poupanças são resultantes, principalmente, dos desejos dos indivíduos de viabilizarem o consumo na velhice e de que a teoria de renda permanente defende que as pessoas gerem seu comportamento de consumo em relação às oportunidades de consumo de longo prazo, e não de acordo com o nível de renda corrente, faz-se necessário o estudo de uma alternativa que transforme essas poupanças em uma renda vitalícia na vida pós-laborativa. Atualmente, uma das alternativas para garantir renda na velhice é direcionar as poupanças dos trabalhadores para a Previdência Oficial compulsória e, facultativamente, para a Previdência Privada. O produtor rural sempre esteve à margem das políticas de previdência social, em quase todos os países do mundo. O problema fundamental, quando se trata de previdência social para o setor rural, reside no fato de que o modelo tradicional de previdência - o bismarkiano, que se baseia em contribuições do segurado sobre seu rendimento, para financiamento do esquema e para determinação do acesso aos benefícios - foi idealizado, em primeira linha, para trabalhadores urbanos, primordialmente industriais, que tinham emprego assalariado e rendimentos regulares. No Brasil, apenas em 1971 o governo reconheceu alguns direitos do rurícula. Conforme Lei Complementar 11, de 25 de maio de 1971, foi reconhecido o direito à aposentadoria por invalidez e velhice; posteriormente, vieram outros dispositivos legais que modificaram novas regras até a última reforma da previdência, consolidada na Emenda Constitucional 20, de 15 de dezembro de 1998. Como segurado especial, a inclusão no sistema previdenciário oficial é facultativa, tendo o segurado que contribuir, mensalmente, com 20% de sua renda, limitada ao teto de R$ 1.430,00, o que, na maioria dos casos, inviabiliza sua participação, tendo em vista que seus rendimentos não são constantes, pois são obtidos apenas em algumas épocas do ano. Uma solução para esse problema seria a criação de uma entidade de Previdência Privada Fechada, para a qual o produtor rural direcionaria parte de sua poupança, nas épocas de comercialização da safra, visando obter, no futuro, renda vitalícia que lhe garantisse a velhice. Essa possibilidade só foi possível com o advento da Lei Complementar Fechada aos associados ou membros de pessoas jurídicas de caráter profissional, classista ou setorial, o que abrange os produtores rurais.Item Análise do processo produtivo de granito no Espírito Santo: um estudo de caso(Universidade Federal de Viçosa, 2005-02-18) Andrade, Laysa Christianny de Souza; Braga, José Luís; http://lattes.cnpq.br/5652803891431517O setor de rochas ornamentais, apesar da taxa de crescimento elevada apresentada nos últimos anos, tanto na produção quanto na exportação, carece de estudos que permitam a identificação, análise e estruturação das variáveis que afetam diretamente as principais decisões a serem tomadas pelos empresários. A cadeia produtiva de granito é constituída por empresas integradas verticalmente e por empresas que se especializam em um único elo (extração, desdobramento, beneficiamento ou recorte) e o conhecimento desta estrutura é essencial à tomada de decisões que envolvam a análise da viabilidade dos investimentos no setor. O objetivo geral do projeto foi verificar se é mais rentável promover a integração vertical da cadeia produtiva do granito ou se concentrar em apenas um dos elos. Para chegar ao objetivo principal do projeto foi necessário antes sistematizar, na forma de fluxo de trabalho, os elos da cadeia de produção do granito e descrever as suas relações, associando aos elos as principais decisões relativas ao seu resultado operacional, para posteriormente promover a modelagem do processo e a análise de risco. Os resultados obtidos indicaram que é mais rentável realizar a integração vertical da cadeia, em função da economia de custo e da maior coordenação entre os seus elos. A principal razão encontrada para a maior rentabilidade da cadeia integrada se deve ao controle da matéria-prima, principal fator na determinação dos custos dos produtos resultantes de cada fase do processo. A análise de risco foi promovida através do Software @Risk, a técnica de simulação utilizada foi a de Monte Carlo e a distribuição de probabilidade foi a triangular. Para que o software @Risk gerasse as distribuições de probabilidade para as variáveis, foram informados ao sistema os seus valores mínimos, médios e máximos. A análise de sensibilidade indicou que as variáveis mais significativas na determinação do lucro da cadeia produtiva de granito são o preço do bloco, a produção da pedreira, o preço das chapas beneficiadas e as quantidades produzidas pela serraria e pelo beneficiamento. Estes resultados demonstraram que o desempenho da cadeia produtiva de granito depende principalmente da detenção do controle sobre a produção de blocos, pois o resultado operacional é definido pelo custo de aquisição da matéria-prima ao longo da cadeia.Item Análise do Retorno Salarial à Educação no Brasil no Período bianual de 1999 a 2011(Universidade Federal de Viçosa, 2014-02-17) Uceli, Amanda Ferrari; Lima, João Eustáquio de; http://lattes.cnpq.br/8732959303854361A educação é considerada como o mecanismo central de desenvolvimento social e crescimento econômico, além de ser o meio mais eficaz de superação às desigualdades sociais e regionais no país. Por essa razão, na última década observou-se no Brasil um esforço crescente para que os investimentos em educação sejam suficientes para que as deficiências seculares desse setor possam ser superadas. Apesar disso, são escassos os estudos que determinem o ganho, mensurado pelos retornos salariais, desse investimento nos anos recentes para o Brasil. Mais que isso, poucos estudos consideraram que, sendo o Brasil um país em desenvolvimento, esse retorno é melhor mensurado a partir de uma análise longitudinal. O presente estudo propôs então a formação de uma base de dados com esse perfil, que capte o efeito da educação sobre a renda salarial ao longo do tempo. A partir dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), é construída uma amostra de pseudo-painel, que agrupa os dados de cross-sections repetidas. O período considerado vai de 1999 à 2011, e se divide em intervalos bianuais. Essa base de dados foi desenvolvida seguindo os trabalhos de Deaton (1985), Moffitt (1993), Collado (1997), Mckenzie (2004) e Verbeck e Vella (2005). As coortes, que são a unidade de análise nesse estudo, foram determinadas por gênero, raça, região de residência e período de nascimento. A hipótese feita foi de que o retorno salarial à educação quando medida em uma amostra longitudinal é menor do que aquele medido para dados de cross-section. Partindo de um modelo de Efeitos Fixos para dados em pseudo-painel, e contrapondo seus resultados àqueles obtidos pelo método de MQO, essa hipótese foi verificada. Os retornos para a escolaridade foram definidos em três formatos distintos: escolaridade contínua, por grupo de escolaridade e por diploma. Além disso, esses retornos foram diferenciados por gênero e raça. O retorno médio estimado para a educação, em sua medida contínua, foi de 0,06%. Já os resultados por grupos educacionais, mostrou que o retorno por ano adicional de educação não é homogêneo entre os ciclos educacionais. No grupo com 5 à 8 anos de escolaridade o retorno à renda de um ano adicional de educação é de 0,18%, já no ciclo de 11 anos ou mais de escolaridade esse mesmo aumento de escolaridade eleva a renda em 0,83%. O retorno por diploma mostrou-se persistente em remunerar melhor os diplomas de maior escolaridade relativa. A obtenção do título de graduação representa, na amostra considerada, um ganho salarial de 1,42% em relação ao diploma do ensino fundamental de quatro anos.Item Análise financeira do carvão vegetal e do coque na siderurgia mineira, no período de 1995 a 1999(Universidade Federal de Viçosa, 2001-04-11) Paiva, Maria Cristina Silva de; Gomes, Marília Fernandes Maciel; http://lattes.cnpq.br/5644330234102632Analisou-se, neste trabalho, a competitividade do termorredutor carvão vegetal em relação ao termorredutor coque mineral, em uma empresa siderúrgica localizada na região do Vale do Aço, Estado de Minas Gerais. O objetivo principal foi a análise financeira da utilização do carvão vegetal adquirido pela empresa siderúrgica no mercado local, do carvão vegetal de produção própria e do coque mineral importado usado na produção do ferro-gusa. Incorporou-se a este estudo a análise de risco, com a finalidade de determinar as condições de competitividade relativa dos termorredutores, em razão das alterações nas variáveis econômicas que determinam o custo da empresa com o carvão vegetal e com o coque. As análises financeiras basearam-se na determinação do preço médio posto-usina do carvão adquirido no mercado, do preço médio posto-usina do coque mineral importado e do custo médio de produção do carvão vegetal produzido pela unidade florestal da siderúrgica. As análises de riscos foram realizadas pela técnica de simulação de Monte Carlo, processadas pelo software @RISK. Mediante essas análises, concluiu-se que a taxa de câmbio é a variável decisiva para que o carvão vegetal adquira vantagem em relação ao coque. Determinou-se que a taxa de câmbio, que viabiliza o carvão vegetal de mercado em relação ao coque mineral, deva ser igual ou maior a R$/US$ 0,80. Dada essa taxa de câmbio, o preço posto-usina favorável ao carvão vegetal de mercado deve ser menor ou igual a R$ 70,00 por tonelada, e o preço posto -usina que inviabiliza o coque deve ser maior ou igual a US$ 120,00, por tonelada. Verificou-se que o carvão de produção própria será favorável, em relação ao carvão vegetal, ao mercado quando seu custo posto-usina for menor que R$ 70,00, por tonelada. Verificou-se que os reflorestamentos da empresa siderúrgica conseguem trabalhar com custos de madeira compatíveis com o custo competitivo do carvão, com taxa de juros abaixo de 12% ao ano e com produtividade dos reflorestamentos de 45 estéreis por hectare.Item Aplicação de um modelo mundial para cafés diferenciados por origem(Universidade Federal de Viçosa, 2003-02-27) Viana, José Jair Soares; Silva, Orlando Monteiro da; http://lattes.cnpq.br/5727031233026272Sabe-se que existem quatro tipos principais de cafés produzidos e comercializados no mundo: o suave colombiano, com produção principalmente na Colômbia e no Quênia; outros suave, com origem nos países centro- americanos, México, Papua Nova Guiné, Equador e Peru; o arábica brasileiro, que predomina no Brasil e na Etiópia; e o robusta, originário do Vietnã, da Indonésia, da Costa do Marfim, de Uganda, da Tailândia e do Brasil. No entanto, a maioria dos estudos que tem sido desenvolvi do no âmbito do mercado mundial do café considera que os cafés provenientes de quaisquer países ou regiões exportadores em um dado mercado importador são substitutos perfeitos. O presente estudo, ao contrário, considerou a diferenciação conforme o país, ou região, exportador (Brasil, Colômbia, México, América Central, África e o Resto do Mundo - composto pelos outros países exportadores) e, portanto, pressupõe que os mercados importadores de café (Estados Unidos, Alemanha, Japão, França, Itália, Espanha, Canadá, Inglaterra, Holanda e a região denominada Resto do Mundo - formada pelos demais países importadores) fazem distinção entre os cafés de origens diversas, que, em virtude disso, deixam de ser substitutos perfeitos. Foram estimadas as elasticidades de substituições para os principais mercados importadores mundiais de café com procedência dos principais mercados exportadores mundiais. A seguir, em conformidade com a pressuposição de Armington, utilizada no estudo, os cafés das diferentes origens compuseram um grupo separável na função de utilidade de cada país, ou região, importador. Em virtude disso, a demanda total interna é atendida por um bem resultante de uma agregação Constant Elasticity Substitution (CES), entre os bens com origem nos vários mercados exportadores. Para isso, foram obtidos os valores médios da elasticidade de substituição em cada mercado importador, os quais foram utilizados para calcular os índices CES de quantidade e de preço. Esses índices, juntamente com uma proxy para a renda, foram usados para estimar as elasticidades-preço e renda da demanda total de importações do café nos vários mercados importadores do produto. Mediante a aplicação das fórmulas de Armington, estimaram-se as elasticidades-preço diretas e cruzadas para os diversos países ou regiões exportadores nos mercados importadores estudados. Os resultados encontrados apontaram que as elasticidades-preço diretas da demanda foram inelásticas para todos os mercados, com exceção da Holanda, que apresentou demanda unitária para o café. No que se refere às elasticidades- preço cruzadas da demanda de Armington, os resultados indicaram que os cafés com origem nos diversos mercados exportadores apresentam pouca substitubilidade em todos os países ou regiões exportadores considerados. Portanto, concluiu-se que a demanda de café pelos mercados importadores leva em consideração, ao se decidir sobre suas importações, a sua região de procedência. Desse modo, apesar de serem substitutos, os cafés com origem nas diversas regiões ou países exportadores eles não são substitutos perfeitos nesses mercados. As simulações feitas em relação ao comércio internacional do café reforçam os resultados anteriores. De fato, os diversos países e regiões exportadores são afetados distintamente em razão da ocorrência de choques exógenos no mercado internacional do café.Item Aplicação do método de desdobramento da função de qualidade na produção de iogurte: um estudo de caso(Universidade Federal de Viçosa, 2002-07-17) Chaves, Onaldo; Silva Júnior, Aziz Galvão da; http://lattes.cnpq.br/4927440273945336No Brasil, o agronegócio do leite é o mais importante empregador de mão-de-obra no campo, visto que, em 1998, o valor bruto da produção da atividade leiteira correspondeu a 30% do valor da produção da pecuária. Segundo CAMPOS (2000), a cadeia de leite gera 3,5 vezes mais empregos que a construção civil, proporcionando ocupação a mais de dois milhões de pessoas na produção, no campo e no processamento industrial, nos centros urbanos. O leite é, então, importante formador da renda agropecuária brasileira, dada a produção de mais de 22 bilhões de litros anuais e dado um faturamento da indústria transformadora da ordem de 19% do movimento da indústria de alimentos no Brasil. Atualmente, o agronegócio vive um processo de transformações, resultante de um ambiente caracterizado pela abertura de mercados e por significativo aperfeiçoamento tecnológico. O ambiente tecnológico do sistema agroindustrial do leite encontra-se em um patamar elevado, com inúmeros pacotes de novas tecnologias disponíveis, a todo momento, ao produtor de leite, à indústria láctea e ao sistema de distribuição, sendo sua imediata absorção um imperativo para garantir a competitividade e a sobrevivência das empresas desse setor. O desenvo lvimento e a aplicação dos conceitos de Qualidade Total transformaram-se em alternativa eficiente para auxiliar essas empresas a desenvolver produtos e atender às expectativas e necessidades dos clientes. O Método de Desdobramento da Função de Qualidade (QFD) é uma poderosa ferramenta de Gerenciamento da Qualidade, já que consegue traduzir, eficientemente, os desejos de um mercado consumidor em especificações de produto e parâmetros de produção, reduzindo tempo de desenvolvimento e custos de produção. Neste trabalho, foi desenvolvido um projeto baseado em um estudo de caso na Indústria de Laticínios da FUNARBE, em Viçosa-MG, em que se aplicou, objetivamente, a técnica do Desdobramento da Função de Qualidade (QFD) em um produto existente (iogurte) no mercado consumidor da região. Por meio do QFD, conseguiu-se definir, quantitativamente, os aspectos relevantes desse produto, na visão dos consumidores, bem como estabelecer padrões de comparação entre o produto produzido pela FUNARBE e os demais produtos disponíveis nesse mercado. Essas informações, além de importantes, por permitirem perfeito entendimento das exigências dos consumidores, fornecerão a base necessária à adequação dos parâmetros da linha de produção existente e ao desenvolvimento de um novo produto no mercado, segundo as expectativas do mercado consumidor.Item Avaliação de insolvência das cooperativas de crédito rural do estado de Minas Gerais(Universidade Federal de Viçosa, 2002-02-22) Bressan, Valéria Gama Fully; Braga, Marcelo José; http://lattes.cnpq.br/0249079418500669Esta pesquisa trata da avaliação da situação de insolvência nas cooperativas de crédito rural do Estado de Minas Gerais. O cooperativismo de crédito rural é uma alternativa que possibilita ao produtor obter crédito com mais facilidades. Minas Gerais possui o maior número de cooperativas de crédito, razão por que, para atender a essas demandas de crédito, é necessário que as cooperativas não estejam em estado de insolvência. A importância de avaliar a situação de insolvência advém das mudanças decorrentes da redução do Crédito Rural oficial e da implementação do Plano Real, que provocaram mudanças no sistema financeiro. O objetivo deste trabalho foi avaliar, a partir da estrutura financeira, se as cooperativas de crédito estavam em estado de solvência ou insolvência, mediante verificação de indicadores financeiros das cooperativas do Estado de Minas Gerais, de 1998 a 2000, além de verificar a probabilidade de insolvência e o risco relativo de insolvência em decorrência dos indicadores financeiros. Na literatura, não há consenso a respeito da metodologia para determinar solvência/insolvência. Dessa forma, utilizou-se o conceito de insolvência como o fechamento da cooperativa, patrimônio líquido negativo e 40% de resultados finais negativos. Foram utilizados os modelos empíricos logit e o modelo de risco proporcional de Cox. O primeiro permite estimar a probabilidade de ocorrência de um evento e identificar as variáveis independentes que contribuem para a sua predição, enquanto o de Cox define o risco relativo de insolvência com base nos indicadores econômico-financeiros. Constatou-se que os indicadores importantes para predição de insolvência foram capitalização, cobertura voluntária e crescimento da captação total, e, para avaliação do risco relativo de insolvência, liquidez geral, encaixe e despesa com pessoal. Verificou-se, em agosto de 2001, que 98,06% das cooperativas de crédito rural do Estado de Minas Gerais estavam solventes e 1,94%, insolventes, O que indica que a maior parte das cooperativas encontrava-se solvente e o sistema tinha cumprindo seu papel de atender às demandas de crédito por parte do produtor rural.Item Avaliação do Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar – Pronaf, Grupo “B”, em Porteirinha – Minas Gerais(Universidade Federal de Viçosa, 2005-04-13) Alvarenga, Ana Bárbara Cardoso de; Carvalho, Fátima Marília Andrade deO acirramento da crise da dívida externa e das condições fiscais e financeiras do Estado, nos anos 80, provocou a redução do volume de crédito rural, exigindo a adoção de mudanças profundas na atuação do Governo. A falta de recursos, na década de 90, reduziu a participação do Estado na economia, direcionando sua atuação para o desenvolvimento de programas específicos de apoio a pequenos e médios produtores. Dentre eles, destaca-se o Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), com suas diversas linhas de ação. Este estudo trata da análise de uma dessas linhas – o Pronaf “B”, no Estado de Minas Gerais, no município de Porteirinha, como instrumento de desenvolvimento socioeconômico do público beneficiário das ações do Programa. Os dados utilizados nesta pesquisa foram de caráter primário, obtidos a partir da aplicação direta e aleatória de 62 questionários a pequenos produtores do município de Porteirinha, caracterizando um método exploratório de identificar as vantagens e desvantagens do Programa ao longo do tempo. Especificamente, procedeu-se à análise da evolução dos indicadores econômicos e sociais e dos efeitos indiretos do Programa, além da capacidade de pagamento do crédito obtido. Quanto à evolução do desempenho da exploração agrícola e pecuária, numa área de intervenção governamental, pode-se concluir muito mais por uma tendência à conservação que a mudanças em termos de práticas e comportamentos. Foram observados pequenos acréscimos de produtividade na pecuária leiteira, avicultura e suinocultura, atividades diretamente beneficiadas pelo microcrédito do Pronaf “B”. Verificou-se que a principal fonte de renda é a atividade agropecuária, não tendo sido observadas mudanças representativas nem no que se refere a fontes de renda nem quanto a valores monetários. Quanto à infra-estrutura social, as melhorias ocorridas nos aspectos relacionados à escolaridade, à moradia, a saneamento, à saúde e à educação, ao longo do tempo de atuação do Programa, não podem ser creditadas ao Pronaf, pois não fazem parte de suas ações diretas. No entanto, na medida em que o Programa proporciona ampliação da produção, produtividade e renda, ou seja, nas condições econômicas, as melhorias nas variáveis poderiam vir como conseqüência. Constatou-se que, em todas as três atividades que receberam crédito, leite, suínos e aves, ocorreu elevação da relação Margem Líquida Média Auferida e Crédito Médio Obtido, entre 2000 e 2004, apesar de o valor médio de cada receita ser pequeno e o índice superior à unidade somente no caso da bovinocultura de leite, nos dois anos, e no caso da suinocultura em 2004. Ressalta-se, no entanto, o fato de a tendência de crescimento desse indicador ser importante para as perspectivas de manutenção e ampliação do Programa.Item Avaliação do rendimento financeiro e risco de investimento da cultura do milho irrigado no Triângulo Mineiro(Universidade Federal de Viçosa, 2001-06-13) Fernandes, Leandro Maia; Leite, Carlos Antônio Moreira; http://lattes.cnpq.br/4482048914307851A irrigação é uma atividade que tem contribuído de forma significativa para o aumento da produtividade das principais culturas no Brasil. Em algumas regiões, a sua utilização tem apresentado incrementos superiores a 200% nos níveis de produtividade do milho. Conseqüentemente a irrigação torna-se um fator atenuante dos riscos advindos das oscilações climáticas inerentes à agricultura. Entretanto os altos investimentos requeridos para implantação de um sistema de irrigação do tipo Pivô Central e os altos custos com a sua operacionalização tornam a produção do milho irrigado passível aos riscos financeiros, caso não haja um bom dimensionamento do sistema de irrigação. Assim, neste trabalho objetivou-se analisar os retornos financeiros e os risco de implementação da produção da cultura do milho irrigado no Triângulo Mineiro e compará-los com os resultados da cultura do milho não irrigado na mesma região. Como metodologia, primeiramente, foram formulados os fluxos de caixa dos investimentos na cultura do milho irrigado e não irrigado. Posteriormente, com base nos resultados dos fluxos de caixa, utilizou-se as técnicas de desconto para a análise dos coeficientes de rentabilidade financeira de cada um dos projetos. Para analisar os riscos financeiros do projeto utilizou-se duas opções. A primeira, mais expedita, consiste na análise de sensibilidade do projeto à variações nos parâmetros e variáveis do fluxo de caixa do projeto de irrigação do tipo Pivô Central. A outra alternativa, consiste na utilização da análise de probabilidade. Por conseguinte, explicou-se o funcionamento do processo de simulação utilizando-se da técnica de Monte Carlo, que é a metodologia básica de análise de risco empregada nesta pesquisa. Em linhas gerais pôde-se concluir, por meio dos coeficientes de análise financeira, VPL, TIR e do período de retorno do capital, que o projeto sem irrigação é inviável financeiramente e que o projeto irrigado apresenta-se amplamente viável para o período em questão. Tal comportamento pode ser explicado pelos diferencias nos níveis de produtividade existentes entre a cultura irrigada e não irrigada. Na análise de sensibilidade pôde-se concluir que as variáveis preço do milho e o custo do adubo são as variáveis que mais influenciam nos resultados do projeto sem investimento na irrigação. Na análise para o projeto irrigado as variáveis mais passíveis de risco foram: preço do milho, preço do Pivô Central, energia elétrica e adubo, respectivamente. A exemplo do projeto sem irrigação, notou-se que o preço de mercado do milho também é a variável mais sensível no projeto irrigado. Pela análise de risco pôde-se observar que o empreendimento que envolve a produção de milho sem irrigação aparece como sendo o projeto de maior risco financeiro, pois não apresenta probabilidades de sua TIR ser igual ou superior a taxa de desconto do mercado. Por outro lado o projeto irrigado apresentou significativas probabilidades da TIR ser igual ou maior a taxa de desconto de mercado.Item Avaliação econômica do programa de erradicação da febre aftosa no Brasil(Universidade Federal de Viçosa, 2004-12-03) Müller, Carlos André da Silva; Carvalho, Fátima Marília Andrade deO Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa foi implantado em 1992, com vistas em erradicar essa doença do Brasil. Os benefícios diretos foram evitar perdas produtivas, registrada principalmente na bovinocultura, e retirar barreiras sanitárias que impactavam, diretamente, as exportações de produtos de origem pecuária, em especial, a carne bovina in natura. Com o propósito de identificar a viabilidade do Programa, medir riscos inerentes a esse processo e identificar o rumo desta política pública, foi realizada a análise custo-benefício econômica, utilizando o software @risk, versão 3.5. Observou-se, no caso brasileiro, que os benefícios de perdas produtivas evitadas na bovinocultura de corte e leiteira e na suinocultura não pagam a erradicação da febre aftosa, o que faz com que as exportações de carne bovina in natura sejam variáveis que determinam a viabilidade do Programa. Portanto, verificou-se que a erradicação da febre aftosa foi viável em quatro dos cinco cenários-erradicação propostos neste trabalho. A análise de sensibilidade ratifica a importância das variáveis de exportação para o resultado final do Programa. No entanto, à medida que o cenário se tornava menos otimista, a busca pela eficiência dos custos do Programa tornava-se essencial, quando comparada às variáveis de exportação. De acordo com o registro do modelo, o atraso na suspensão da vacinação reduzia, significativamente, o resultado final do Programa, e o atraso no acesso ao Pacific Rim ou a variação da cota cedida por esse mercado pouco o impactavam. Na simulação Latin Hypercube verificou-se que, nos três cenários mais otimistas, não havia riscos inerentes ao processo de erradicação; no Cenário 4, no qual se previu elevada queda na demanda mundial de carne bovina in natura, esse risco era baixo; por fim, no cenário menos otimista, o risco era alto. Concluiu-se que a implementação do Programa apresentou benefícios expressivos e de baixo risco, razão de ser aconselhável a manutenção deste. Contudo, problemas relativos à efetivação do Programa nos Circuitos Pecuários Norte e Nordeste devem ser equacionados, para que os benefícios econômicos sejam apropriados de forma sustentável, no longo prazo.