Defesa Sanitária Vegetal
URI permanente para esta coleçãohttps://locus.ufv.br/handle/123456789/189
Navegar
Item A certificação fitossanitária como ferramenta de prevenção e controle de Meloidogyne spp. em mudas de café produzidas em Rondônia(Universidade Federal de Viçosa, 2023-02-24) Simões, Lindomar Pereira; Neves, Wânia dos Santos; http://lattes.cnpq.br/3436143563188555Os nematoides do gênero Meloidogyne são vermes fitoparasitas do cafeeiro, infectam as raízes das plantas afetando a absorção de água e nutrientes, causam grandes prejuízos e comprometem a viabilidade econômica da lavoura. O estado de Rondônia é o quinto maior produtor de café do país e seu cultivo constitui-se em uma importante fonte de renda para a economia do estado. Em Rondônia, tem-se observado a presença e a disseminação do patógeno nas lavouras cafeeiras de diversos municípios, sendo o uso de mudas infectadas a maior fonte de disseminação. O patógeno é de difícil controle e erradicação, devendo-se evitar sua disseminação para novas áreas, para tanto se recomenda o uso de mudas certificadas e livres de Meloidogyne spp. A certificação de mudas de café em Rondônia teve início quando a Portaria N° 558 de 08 de janeiro de 2016 entrou em vigor. Passados cinco anos da implantação do processo de certificação fitossanitária, tornou-se importante conhecer os resultados obtidos com o programa. Este trabalho teve como objetivo determinar o impacto da certificação fitossanitária como ferramenta de prevenção e controle de Meloidogyne spp. em mudas de café produzidas em Rondônia. Para tanto, foram utilizados os dados do programa de certificação fitossanitária, disponibilizados pela Agência IDARON. Tais dados revelaram que houve produção de mudas de café certificadas em 126 viveiros distribuídos por 24 municípios do Estado, com destaque para o município de Nova Brasilândia D’Oeste que foi o maior produtor e consumidor de mudas. No período de 2017 a 2021 foram produzidas 70.678.332 mudas, das quais 2,67% apresentaram resultados laboratoriais positivos para Meloidogyne spp. O município de Alta Floresta do Oeste apresentou o maior percentual de contaminação. Do total de mudas comercializadas, 96,52% foram destinadas internamente à Rondônia, sendo o restante das mudas destinadas a outros 11 Estados, com destaque para Mato Grosso que recebeu 2,1% das mudas. No que se refere às ocorrências de Meloidogyne spp., houve contaminação em 56 viveiros, distribuídos por 16 municípios, sendo que mudas produzidas em sacolas de polietileno, alocadas no solo e contendo solo como substrato representaram 96% das mudas contaminadas. Foi verificada a preferência dos viveiristas em enviar as amostras para análise ao Laboratório Agronômica localizado no Estado do Rio Grande do Sul. Quanto às alterações no sistema de produção de mudas, constatou-se que apenas 8,7% dos produtores realizaram alterações, com destaque para as alterações do tipo de substrato utilizado e da fonte de captação de água para irrigação. A certificação fitossanitária da produção de mudas de café preservou uma área de aproximadamente 567 hectares e garantiu a comercialização de mudas livres de Meloidogyne spp. A qualidade do sistema de produção de mudas apresentou leve evolução ao longo do programa de certificação fitossanitária. Palavras-chave: Nematoide-das-galhas. Fitoparasitas. Cafeeiro. Certificação de mudas. Defesa sanitária vegetal.Item A efetividade das barreiras fitossanitárias internas: o caso das barreiras nas centrais de abastecimento (CEASAs) de Minas Gerais(Universidade Federal de Viçosa, 2016-04-08) Fernandes, Lucélia Vasconcelos Paolinelli; Silva, Orlando Monteiro da; http://lattes.cnpq.br/3014036420249471As barreiras fitossanitárias interestaduais têm papel relevante na fiscalização do trânsito de vegetais e suas partes, visando diminuir o risco de introdução e disseminação de pragas regulamentadas. Este trabalho teve como objetivo geral avaliar a efetividade das barreiras fitossanitárias das CEASAs na Defesa Sanitária Vegetal do Estado de Minas Gerais. Especificamente, buscou-se avaliar a estrutura de funcionamento das barreiras instaladas em CEASAs, bem assim com os dados do Sistema de Controle e Fiscalização em Barreiras (SISCOF), para fazer avaliação da efetividade das ações das CEASAs como barreiras fitossanitárias. Através de um estudo de caso, com dados do SISCOF, procurou-se demonstrar as funcionalidades do sistema como ferramenta de gestão e planejamento de ações de fiscalização de trânsito no Estado. A metodologia consistiu no levantamento e análise das estruturas de funcionamento e das ações de fiscalização nas barreiras CEASAs, por meio de um questionário e da análise estatística dos dados das fiscalizações do trânsito nas barreiras fixas interestaduais e das CEASAs, em Minas Gerais, constantes no SISCOF. Gráficos e tabelas foram utilizados para ajudar na análise. Os resultados indicaram que as barreiras das CEASA-Contagem e CEASA-Juiz de Fora apresentaram condições ideais de funcionamento, fiscalizando 100% das cargas. Nas demais barreiras analisadas (CEASAs de Barbacena, Caratinga, Governador Valadares e Uberlândia), há necessidade de melhorias, principalmente, nas parcerias com a polícia militar, para que a fiscalização de trânsito seja otimizada. Uma avaliação dos dados do SISCOF reforçou a importância da fiscalização nas barreiras CEASA-Contagem e CEASA-Juiz de Fora, já que mais de 80% das cargas de produtos com restrição fitossanitária que entram em Minas Gerais não são fiscalizadas pelas barreiras interestaduais. O estudo de caso das cargas de banana, citros e uva que entram no Estado permitiu apontar como as informações obtidas pelo Sistema de Controle e Fiscalização em Barreiras servem para o assessoramento dos gestores no planejamento de estratégias de controle fitossanitário.Item A questão fitossanitária em zonas de processamento de exportação: o caso da ZPE Acre(Universidade Federal de Viçosa, 2016-06-08) Osorio, Frederico Caran; Silva, Orlando Monteiro da; http://lattes.cnpq.br/3208704074803475O desenvolvimento industrial com base na política de Zona de Processamento de Exportação (ZPE) pode ter seu sucesso comprometido por falhas nos processos de controle fitossanitário. Assim, este estudo teve como objetivo analisar a questão fitossanitária em ZPE sob a ótica legal. Analisaram-se os trâmites legais no que tange às questões relativas ao controle fitossanitário de produtos de origem vegetal em ZPE e a possibilidade de flexibilização dos procedimentos. Conjuntamente, foi descrito o processo para obtenção do Certificado de Fitossanidade Internacional, assim como a possibilidade de inserção de novos agentes agregadores. Analisou-se, também, a legislação que regulamenta a implantação de novas ZPE e de novos projetos industriais destinados às ZPE em face das questões relativas ao controle fitossanitário de produtos de origem vegetal. Por meio do estudo de caso da ZPE do Acre, fez-se a análise da escolha do processo produtivo com os entraves fitossanitários vegetais impostos pelo mercado externo. Os resultados indicaram que alterações nos procedimentos, processos e métodos, no que diz respeito às medidas fitossanitárias dentro do país exportador, sem a anuência do país importador, podem fazer que todo o processo seja desacreditado. Partindo da premissa de que os controles fitossanitários a que estão sujeitas as empresas instaladas em ZPE são os mesmos das empresas do regime comum, pouco, ou quase nada, pode ser feito para que haja simplificação dos procedimentos, processos e métodos. A simplificação deverá ocorrer, portanto, em outra esfera: a burocrática. Sugere-se a criação de uma Central de Serviços de Controle Fitossanitário para dar suporte e agilidade ao processo de exportação. No processo de obtenção do Certificado de Fitossanidade Internacional, demonstrou-se a participação dos inúmeros órgãos anuentes/intervenientes no processo, bem como a possibilidade de participação de outros órgãos de apoio como EMBRAPA, SEBRAE e outros. Como resultado dessa interação, pode-se se obter a dinamização dos processos de inspeção, vigilância e fiscalização sanitária. Com relação à legislação que define os requisitos para aprovação de novas ZPE e de novos projetos industriais, não há previsão de verificação de questões relativas ao controle fitossanitário. Não constam nas comprovações solicitadas aos órgãos competentes, no que tange à adequação do projeto industrial aos serviços e à infraestrutura local disponível, os relacionados diretamente à fitossanidade. A ausência de verificação prévia da estrutura disponível (tanto física quanto de pessoal) compromete o processo de exportação e, consequentemente, a política industrial com base em ZPE. Outra constatação no estudo do processo de aprovação dos projetos foi a ausência do MAPA no Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportação (CZPE) e no Grupo de Apoio Técnico do Conselho (GAT). A presença do MAPA como membro permanente tanto no CZPE quanto no GAT poderia trazer ganhos significativos na política da ZPE e, consequentemente, nas exportações nacionais. No estudo de caso, observou-se que a opção por parte das indústrias da ZPE do Acre foi por processos produtivos com baixa ou nenhuma exigência de requisitos fitossanitários. As empresas optaram por produtos finais com alto grau de processamento. Sobre os produtos finais não irão incidir nenhum Requisito Fitossanitário. Isso garante que os produtos não sofrerão atrasos ou empecilhos no processo de exportação. Na análise da infraestrutura estadual e regional disponível para o tratamento fitossanitário exigido para exportação, detectou-se deficiência de empresas credenciadas e autorizadas pelo MAPA para realizar tratamentos fitossanitários quarentenários. Essa deficiência pode comprometer o atendimento de eventuais exigências dos mercados internacionais e, consequentemente, o sucesso da ZPE-Acre.Item A situação da Cydia pomonella no Cone Sul: avaliação das normas e do programa nacional de erradicação no Brasil(Universidade Federal de Viçosa, 2013-12-05) Testasecca, Silvio Luiz Rodrigues; Silva, Orlando Monteiro daO aumento da produção brasileira de maçã, nas últimas décadas, tornou o país um dos principais produtores mundiais. A introdução de pragas quarentenarias pode ser considerada consequência de um processo intensivo de produção. Cydia pomonella e praga-chave da cultura, presente em praticamente todos os países produtores, incluindo tradicionais exportadores ao Brasil, como Argentina, Chile e Uruguai. A praga foi detectada em áreas urbanas da região Sul do Brasil, no início dos anos 1990, o que levou a criação do Programa Nacional de Erradicação da Cydia pomonella (PNECP). Esta dissertação objetivou avaliar as ações implementadas no âmbito do PNECP, a partir do levantamento de normas e procedimentos utilizados e de entrevistas com atores da cadeia produtiva, levando-se em conta aspectos ambientais, econômicos e sociais. As respostas das entrevistas foram analisadas pelo software ALCESTE. Os resultados mostram que a base legal e adequada às normas internacionais e que ações como o Sistema de Mitigação de Risco (SMR) na Argentina, a participação de Fiscais Federais Agropecuários em inspeções na origem, o monitoramento da praga e a erradicação de plantas hospedeiras em áreas urbanas contribuíram para uma efetiva diminuição de Cydia pomonella no Brasil. Ficou evidente a importância da organização da cadeia produtiva brasileira da maçã na efetivação das políticas públicas do Ministerio da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para o controle e a erradicação da praga. Pode-se dizer que o PNECP alcançou o objetivo da não introdução da praga no Brasil, o que deve levar a sua erradicação no país, mas e necessário o contínuo monitoramento da praga, de forma a evitar sua reintrodução.Item Alternativas para o controle químico de biótipos de plantas daninhas resistentes a herbicidas nas culturas de soja, milho e algodão(Universidade Federal de Viçosa, 2020-08-31) Silva, Ana Caroline Augusta da; Silva, Antônio Alberto da; http://lattes.cnpq.br/2023600307503287A maioria dos produtores rurais do Brasil e do mundo adotam o uso de herbicidas no controle das plantas daninhas. Isso ocorre porque o método químico é de fácil utilização, está profissionalmente desenvolvido para pronta utilização, é eficiente e tem custo atrativo quando comparado aos outros métodos. Entretanto, o uso predominante do controle químico tem resultado em problemas ambientais como o surgimento de biótipos resistentes de diversas espécies de plantas daninhas em culturas de grande importância econômica mundial. Atribui- se esse rápido surgimento e disseminação dos biótipos de plantas resistentes a herbicidas a não adoção às recomendações do manejo integrado de plantas daninhas e do manejo de resistência a herbicidas para garantir a sustentabilidade agronômica, econômica e ambiental do sistema produtivo. Esta pesquisa tem como objetivo apresentar as alternativas de herbicidas registrados para controle dos biótipos resistentes ao glifosato nas culturas de soja, milho e algodão a fim de disponibilizar informações que possam auxiliar o produtor no planejamento do controle químico e na adoção do manejo de resistência a herbicidas e também discutir como os requisitos regulatórios do Brasil podem influenciar na disponibilidade desses produtos no mercado. Após análise dos dados identificou-se que as espécies Coyza sumatrensis, Conyza canadenses e Amaranthus palmeri estão carentes de herbicidas registrados, enquanto que para o controle Conyza bonariensis, Digitaria insularis, Euphorbia indica e Amaranthus hybridus observou-se diversidade e grande quantidade de herbicidas registrados, facilitando assim, a adoção da rotação de herbicidas com mecanismo de ação distinto, uma das principais práticas recomendadas do manejo de resistência a herbicidas. Identificaram-se oportunidades de melhorias no que diz respeito aos estudos de eficácia requeridos pelo MAPA para registro de um produto e, por fim, acredita-se que flexibilizar as exigências regulatórias pode suprir em velocidade acelerada a necessidade de herbicidas por meio de ampliação de plantas daninhas para as quais são recomendadas em suas bulas. Palavras-chave: Controle Químico de Biótipos. Plantas Daninhas. Herbicidas. Culturas de Soja. Milho. Algodão.Item Amostragem de tripes em cultivos de melancia(Universidade Federal de Viçosa, 2016-03-29) Pinto, Cleovan Barbosa; Picanço, Marcelo Coutinho; http://lattes.cnpq.br/0064535366233383A produtividade da cultura da melancia (Citrullus lanatus (Thunb.) Matsum & Nakai) no Brasil é bastante comprometida principalmente devido ao ataque de pragas e doenças. O tripes Frankliniella schultzei (Thysanoptera: Thripidae) é uma importante praga nos cultivos de melancia no Brasil. O uso de programas de manejo integrado de pragas é um fator importante para o controle das pragas em bases sustentáveis. Os planos de amostragem são partes essenciais dos programas de manejo integrado de pragas. Apesar da importância do tripes F. schultzei como praga da cultura de melancia e dos planos de amostragem até o momento não existe pesquisa sobre este assunto. Assim, o objetivo deste trabalho foi determinar um plano de amostragem para o tripes F. schultzei em cultivos de melancia. Este trabalho foi realizado em cultivos comerciais de melancia em Formoso do Araguaia, TO nos anos de 2014 e 2015. Neste trabalho foram selecionadas a amostra e técnica de amostragem. Posteriormente foi determinado o número de amostras a compor o plano de amostragem. A folha 1 (mais apical do ramo) foi a melhor amostra para amostragem de F. schultzei em plantas de melancia nos estádios: vegetativo, floração e frutificação. A contagem direta dos insetos na folha 1 (mais apical do ramo) foi a melhor técnica para amostragem de F. schultzei. O número ideal de amostras para compor o plano de amostragem foi 69 amostras por talhão. Esse plano de amostragem teve duração de 38 minutos e custo de R$ 4,51 por amostragem. Portanto o plano de amostragem do tripes F. schultzei determinado neste trabalho possibilitará a avaliação das populações desta praga em cultivos de melancia de forma praticável, já que ele é simples, rápido e de baixo custo.Item Análise da fiscalização fitossanitária das áreas cultivadas com soja na região leste do Maranhão, na microrregião de Caxias/MA com foco no vazio sanitário(Universidade Federal de Viçosa, 2020-02-19) Bezerra, Nahelton Cardoso; Neves, Wânia dos Santos; http://lattes.cnpq.br/4463289743985307A introdução e expansão da produção de soja (Glycine max L.) para a região leste do Maranhão, na microrregião de Caxias/MA, é considerada recente e concentrada até presente momento nas cidades de Afonso Cunha, Caxias, Parnarama, Matões e São João do Sóter, estando relacionadas aos trabalhos de fiscalização fitossanitária no controle das diversas doenças que atacam a cultura soja, principalmente, da ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi) à Agência Estadual de Defesa Agropecuária (AGED/MA). Nesse sentido o objetivo do trabalho foi acompanhar as atividades de monitoramento e avaliação, realizados pela AGED/MA, das áreas que estão sendo cultivadas com a soja na região leste do Maranhão, na microrregião de Caxias/MA, uma vez que se trata de uma nova área agrícola para o cultivo da mesma e adoção do vazio sanitário nas propriedades, como medida de controle da ferrugem asiática. Os dados referentes às áreas cultivadas e aos métodos de controle da ferrugem asiática na soja foram obtidos na Unidade Regional da AGED/MA na cidade de Caxias/MA. Outra parte dos dados foi coletada junto aos fiscais da AGED/MA em visitas a produtores, nas cidades de Afonso Cunha, Caxias, Parnarama, Matões e São João do Sóter, em que foram levantadas questões sobre o sistema de produção, levando em consideração a área cultivada, tecnologia empregada, uso de fungicidas e herbicidas e produtividade das safras de 2015 a 2018. De acordo com os dados obtidos foi observado que as condições climáticas da microrregião de Caxias não proporcionam condições favoráveis para a disseminação da ferrugem asiática, o que deixa a atividade livre da ocorrência da doença em sistemas de cultivo de sequeiro. As principais doenças relatadas foram a mancha alvo (Corynespora cassiicola), antracnose (Colletottrichum dematium var. truncata), oídio (Erysiphe difusa) e mancha parda (Septoria glycines) e o método de é controle é o químico preventivo com o uso dos fungicidas: Fox, Difere, Rivax, Mancozebe, Priori Xtra, Orkestra, Score Flexi, Cypress, Aproach, Sphere Max, Unizebe Gold, Difeconocolazole e Tebuconazo De acordo com os dados obtido foi possível perceber o aumento significativo nas áreas cultivadas com soja e umaevolução na produtividade com o emprego do pacote tecnológico no cultivo, endossando os aspectos positivos para o desenvolvimento da atividade sojicultora desta região. Palavras-chave: Glycine max L. Ferrugem Asiática. Pacote TecnológicoItem Análise de risco de introdução de Erwinia amylovora em áreas de cultivos de macieira no mundo(Universidade Federal de Viçosa, 2019-08-02) Vieira, Roberta Duarte Avila; Zambolim, Laércio; http://lattes.cnpq.br/9921057451123045O cultivo de macieira (Malus domestica Borkh.) ocorre em todos os continentes e apresenta grande relevância social e econômica. A maçã é susceptível a bactéria Erwinia amylovora, agente causal da doença fogo bacteriano. Embora, já existam registros de ocorrência desta bactéria em vários países do mundo ela não está na América do Sul, e região centro-sul da África e a maior parte da Oceania. O uso de modelos de nicho ecológico possibilita a determinação da distribuição potencial de espécies e mensurar o risco de invasão de pragas. Este trabalho teve como objetivo elaborar modelos de adequação climática para E. amylovora e cultivos de maçã no mundo e determinar as regiões mais adequadas à ocorrência destes organismos utilizando o software MaxEnt. Foram obtidos um total de 254 e 295 pontos de ocorrência, de E. amylovora e de cultivos de maçã, respectivamente. A maioria dos dados de ocorrência de E. amylovora, foram observados acima da linha do Equador (93%), distribuídos entre as latitudes 63°54’N e 14°34’N, em regiões da África, América Central, América do Norte, Ásia e Europa, com exceção, de alguns pontos observados na Nova Zelândia (Oceania) sendo estes, as únicas ocorrências desta bactéria no hemisfério sul. Já os cultivos de maçã estão amplamente distribuídos no mundo sendo observados nas latitudes entre 61°33’N e 44°25’S, em países da África, América do Sul, América Central, América do Norte, Ásia, Europa e Oceania. As regiões do sudeste Africano, Argentina, Austrália, do sul do Brasil, Bolívia, Chile, China, Estados Unidos, praticamente toda Europa, Madagascar, Marrocos, México, Nova Zelândia, Peru, Tunísia e Uruguai, apresentaram adequabilidade, tanto para a bactéria E. amylovora, como para os cultivos de maçã. Estes resultados apresentam informações, do risco de distribuição mundial de E. amylovora, em cultivos de maçã, e a adequabilidade de ambas as espécies. Este estudo permite a elaboração de estratégias para prevenir a introdução, dispersão e o estabelecimento de E. amylovora, além de subsidiar pesquisas e fundamentar práticas de biossegurança. Palavras-chave: Malus domestica, bactéria patogênica, modelagem, MaxEnt.Item Análise de risco de pragas como política de viabilização de importação de produtos vegetais e de prevenção de entrada de organismos potencialmente prejudiciais à agricultura brasileira(Universidade Federal de Viçosa, 2015-03-30) Stancioli, Andréa Ramos; Pallini Filho, Ângelo; http://lattes.cnpq.br/4195563106817132O Acordo de Medidas Sanitárias e Fitossanitárias (Acordo SPS) estabelece que os países, através de suas Organizações Nacionais de Proteção Fitossanitária (ONPF), têm o direito de estabelecer as medidas fitossanitárias necessárias e suficientes para resguardar seus agroecossistemas e a flora nativa da entrada de organismos potencialmente nocivos. Nesse contexto, a Análise de Risco de Pragas (ARPs) tem papel fundamental, pois, através desse procedimento, são estabelecidos os requisitos a serem seguidos por um país interessado em realizar a exportação de plantas, suas partes ou produtos, de forma a garantir que o país importador não esteja exposto a riscos significativos. Portanto, para garantir o livre comércio, os países devem estar devidamente aparelhados para realizar as ARPs de maneira eficaz, ou seja, rápida o suficiente para atender às demandas do comércio internacional e com o rigor necessário para evitar a entrada de organismos que possam representar ameaça aos sistemas produtivos. Este trabalho está dividido em duas partes: na primeira, discute- se a eficácia das ARPs realizadas pela ONPF brasileira de 2005 a 2014, buscando verificar que fatores afetam a duração dos processos desde o momento em que o interessado formaliza sua intenção de realizar a importação até o momento em que os requisitos fitossanitários são publicados no Diário Oficial da União. Os processos de Análise de Risco de Pragas não foram analisados pela data de entrada no Ministério da Agricultura, e a média de duração foi de 1.186 dias, variando de 37 a 4.380 dias. Foi verificado que produtos vegetais classificados como categoria de risco fitossanitário 2 foram analisados mais rapidamente do que produtos vegetais das categorias 3 e 4. Já com relação ao ano de publicação da Instrução Normativa, 2007 apresentou maior rapidez na análise dos processos de ARP. Não foi constatada relação entre continente de origem e duração das ARPs. Na segunda parte, é apresentada uma análise histórica dos eventos de entrada de pragas no Brasil, bem como um levantamento dos organismos que, em função do trânsito de pessoas e mercadorias a partir dos países da América do Sul, apresentam alto risco de entrada nos próximos anos no país. Das 565 pragas regulamentadas pelo Brasil, pelo menos 221 ocorrem em, no mínimo, um país da América do Sul.Item Análise de risco: uma ferramenta para a fiscalização de agrotóxicos e afins no Brasil.(Universidade Federal de Viçosa, 2013-11-20) Inácio, Álvaro Ávila do Nascimento; Zambolim, LaércioA fiscalização de agrotóxicos no Brasil é competência da União, dos Estados e do Distrito Federal, cabe ainda aos municípios legislar supletivamente sobre o uso e o armazenamento. À União cabe fiscalizar a produção, importação e exportação e aos Estados e ao Distrito Federal cabe a fiscalização do armazenamento, transporte interno, comércio e uso. A União deve prestar apoio aos Estados que não possuírem meios necessários para realizar a fiscalização. Ocorre que o aumento na demanda por esses produtos, devido a expansão da agricultura brasileira, trouxe a necessidade de se intensificar as ações de fiscalização para que o controle seja mantido em níveis adequados. Contudo, a estrutura de governo não acompanhou este crescimento o que trouxe a necessidade de repensar estratégias para direcionar as ações de fiscalização naquilo que realmente importa. Este projeto é um estudo piloto para ser utilizado no planejamento das ações de fiscalização de agrotóxicos a nível federal. Com o auxílio da ferramenta de análise de risco verificaram os pontos mais críticos segundo a percepção dos próprios fiscais federais a fim de se obter indicadores que possam direcionar as ações de fiscalização atendendo a demanda, ainda com escasso recurso humano e financeiro. O estudo abordou os parâmetros de maneira geral, sendo necessário um estudo mais específico para cada parâmetro.Item Análise do risco fitossanitário da introdução do nematoide Ditylenchus destructor Torne no Brasil por produtos vegetais de importação autorizada(Universidade Federal de Viçosa, 2015-12-11) Valente, Clidenor Mendes Wolney; Parizzi, Paulo; http://lattes.cnpq.br/4978416381767485Os objetivos deste trabalho foram determinar, entre os artigos regulamentados já com autorização fitossanitária de importação para o Brasil ainda não submetidos à análise de risco de pragas (ARP), as possíveis vias de ingresso do nematoide parasita de vegetais Ditylenchus destructor Thorne, 1945, praga quarentenária ausente no Brasil; avaliar o risco fitossanitário da introdução de D. destructor a plantas cultivadas na agricultura, horticultura e silvicultura, plantas não cultivadas, flora selvagem, habitats e ecossistemas no Brasil por esses produtos importados, a partir de avaliações semiquantitativas das suas probabilidades de entrada e estabelecimento em território nacional e dos seus potenciais de disseminação e de causar danos econômicos no Brasil; e propor medidas fitossanitárias a serem estabelecidas em normas oficiais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para mitigar para um nível aceitável o risco fitossanitário associado à introdução e disseminação de D. destructor pelas vias de ingresso no Brasil para as quais o risco fitossanitário fosse julgado inaceitável. A ARP foi conduzida por meio do esquema de apoio à decisão para ARP da Norma de Medidas Fitossanitárias n.o 5/3 (5), da Organização Europeia para Proteção de Plantas (EPPO), executada no software CAPRA (“Computer Assisted Pest Risk Analysis”). Os produtos vegetais de importação autorizada (PVIA) que são possíveis vias de ingresso para D. destructor foram determinados, filtrando-se os registros da base de dados de PVIA do MAPA a partir dos registros de espécies vegetais hospedeiras do nematoide, de países que têm registros de sua ocorrência e das partes vegetais para as quais há registros de que o nematoide possa se abrigar em alguma fase do seu ciclo de vida. As probabilidades semiquantitativas de entrada e de estabelecimento e os potenciais semiquantitativos de disseminação, de impacto econômico e de risco final da praga em cada via de ingresso, bem como os valores de suas incertezas, foram compostos a partir das respostas dadas às questões individuais do esquema da EPPO no CAPRA, utilizando a modelagem de decisão com atributos múltiplos por regras expressas em matrizes, contida no próprio software CAPRA e executada dentro do software livre de ambiente de modelagem “GeNIe”. O risco fitossanitário final de Ditylenchus destructor nas diversas vias de ingresso avaliadas foi considerado baixo, com incerteza média. Foi, portanto, considerado aceitável, não tendo sido necessária a adoção de medidas fitossanitárias adicionais para mitigar esse risco, além das medidas fitossanitárias gerais atualmente em vigor.Item Análise do vazio sanitário na incidência de ferrugem asiática da soja no Tocantins(Universidade Federal de Viçosa, 2017-03-31) Michelin, Luís Henrique Fróes; Vilela, Evaldo Ferreira; http://lattes.cnpq.br/9621931231419692A ferrugem asiática da soja, causada por Phakopsora pachyrhizi, foi descrita pela primeira vez em 1902 no Japão e era limitada à Ásia e à Austrália até 1997, quando foi encontrada em Uganda. Na safra 2001/02 ocorreu no Brasil, nos estados do RS, PR, MG, SP, MT, MS, GO e SC. O objetivo deste trabalho foi analisar o efeito da implantação do vazio sanitário da soja na incidência de ferrugem asiática no Estado do Tocantins. Os dados foram obtidos das fiscalizações da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Tocantins – ADAPEC e das ocorrências registradas de ferrugem asiática da soja pelo Consórcio Antiferrugem - CAF. O Brasil acumulou 2.250 ocorrências e o Tocantins aparece com poucas notificações junto ao Consórcio, porém, nos períodos de entressafra os números da ADAPEC mostram um total de 416 ocorrências no período de 2011 a 2016. A incidência no Tocantins no período de safra foi ínfima conforme consta no site do Consórcio, porém, esta relação na entressafra variou de 0,03 em 2011 a 0,098 no ano de 2015. A incidência em 2013 apresentou acréscimo de 108% em relação ao ano anterior. De 2013 para 2014 houve um incremento de 560% no período de entressafra. Do total de 416 ocorrências de ferrugem na entressafra no Tocantins, 319 apresentaram 2,0% para severidade, totalizando 76,68% nas ocorrências com este nível de severidade. Apesar do número elevado de ocorrências na entressafra, a ferrugem não apresentou continuidade na safra no Tocantins. Conclui-se que o vazio sanitário adotado no Estado do Tocantins tem auxiliado como estratégia para o controle e a baixa incidência de ferrugem asiática da soja em todas as regiões de produção. Em 2015, houve um aumento da incidência de ferrugem na entressafra. Nota-se ainda que o número significativo da incidência no período de entressafra não refletiu na safra nos anos de 2011 a 2016. O nível de severidade em área foliar na entressafra foi concentrado no nível de 2% para os anos de 2011 a 2016. Os estádios fenológicos de ocorrência variaram de R2 a R7 no período de safra e de R3 a R8 na entressafra, permanecendo com a característica de surgimento em final de ciclo.Item Análise técnica e econômica da evolução do manejo fitossanitário do cultivo de cana-de-açúcar na região de Sertãozinho (SP) no período de 2008/09 a 2019/20(Universidade Federal de Viçosa, 2024-02-27) Almeida, Ricardo de; Moura, Altair Dias deA cana-de-açúcar é uma das principais culturas do Brasil, sendo este, o maior produtor mundial de açúcar. Nos últimos anos, o sistema de colheita de cana crua se concretizou e o pacote tecnológico de proteção de cultivos foi modificado. Portanto, entender a interação dos procedimentos de defesa sanitária vegetal e sua influência sobre parâmetros de produtividade da cultura é importante para uma análise evolutiva de manejo e analisar a performance financeira desse importante setor do agronegócio. O presente estudo analisou as mudanças no uso de soluções fitossanitárias e seu impacto na produção de Tonelada de Açúcar por Hectare (TAH), assim como o resultado econômico da atividade canavieira, na ótica do produtor rural. Baseado nos dados fornecidos pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), para a cidade de Sertãozinho, no interior de São Paulo, entre as safras 2008/09 e 2019/20, identificou-se que a mudança para colheita mecânica de cana crua impôs grandes desafios no controle de patógenos e plantas daninhas, que demandaram maior utilização de ferramentas fitossanitárias, para impedir uma queda mais drástica da produtividade. Em contrapartida, para o contexto e período analisado, a produção de cana-de-açúcar sempre resultou em prejuízo econômico ao produtor remunerado pelo sistema Consecana, mesmo embora, o sistema apresentou-se sustentável, na maioria dos anos, do ponto de vista de curto e longo prazo. Palavras-chave: setor sucroenergético; produtividade; rentabilidade, defesa sanitária vegetal; histórico.Item Apreensões de pesticidas ilegais e sua relação com a produtividade agrícola e intoxicação alimentar(Universidade Federal de Viçosa, 2019-02-28) Sant’ana, Graziela Dias Ferreira; Oliveira, Eugênio Eduardo de; http://lattes.cnpq.br/9980446222202189Os agrotóxicos têm papel fundamental na garantia da alimentação da população mundial e na produção de biocombustíveis. O Brasil por ser um país tropical apresenta alta pressão de pragas sendo dependente direto desses insumos, atraindo empresas lícitas e também contrabandistas. A utilização de agrotóxicos deve assegurar, além da produtividade, danos mínimos à saúde e ao meio ambiente. Realizou-se um estudo retrospectivo (2010 a 2017) dos laudos periciais de produtos ilegais, elaborados pelo setor técnico-científico do Departamento de Polícia Federal do Estado do Mato Grosso do Sul. Avaliou-se as correlações existente entre intoxicações, produtividade e agrotóxico ilegal, utilizando dados estatísticos obtidos por órgãos oficiais (IBGE, SINITOX, MF) e não oficiosos (SINDVEG). Os resultados apontaram que os inseticidas são os agrotóxicos mais apreendidos no estado de MS, o princípio ativo Imidacloprido é o mais presente na composição dos agrotóxicos ilegais e a China é o principal país de origem. De 2010 a 2013, MS apresentou maior volume de apreensões de agrotóxicos ilegais, de 2014 a 2017 apresentou redução nos volumes de apreensões, e sua produtividade neste período, apresentou rendimentos igual/superior da média nacional. Quanto a intoxicação alimentar cerca de 0,2 % dos casos, está relacionado com a ingestão de alimentos contaminados com agrotóxicos. Dados relacionados a intoxicação não são precisos, pois não temos dados representativos para fazer-se alguma afirmação.Item Arcabouço fitossanitário do Brasil versus escopo de laboratórios de diagnóstico fitossanitário(Universidade Federal de Viçosa, 2017-04-06) Teló, Patrícia de Souza; Sugayama, Regina Lúcia; http://lattes.cnpq.br/5734268675574461O trânsito internacional de produtos agrícolas movimenta bilhões de dólares e possibilita a introdução e o estabelecimento de novas pragas nos sistemas de produção. Por esta razão, o comércio de tais produtos é condicionado ao cumprimento de diversos requisitos fitossanitários estabelecidos em um sistema de regulamentação fitossanitária. Inspeções nos pontos de ingresso pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), e análises fitossanitárias por laboratórios credenciados compõem alguns destes requisitos. A diversidade de produtos importados pelo Brasil, bem como, a diversidade de pragas regulamentadas para tais produtos tornam o escopos dos laboratórios credenciados (listas de ensaios que realizam) amplos e complexos. A legislação brasileira para o credenciamento destes laboratórios prevê o estabelecimento de um escopo mínimo, indexado pelas pragas regulamentadas para o Brasil. A falta de conceituação deste escopo mínimo e de critérios específicos para o seu estabelecimento permite falhas analíticas importantes no processo de avaliação da conformidade dos requisitos estabelecidos. Diversas pragas regulamentadas na importação de algumas espécies vegetais, não se encontram descritas ou corretamente correlacionadas com suas espécies hospedeiras nos escopos destes laboratórios. O objetivo deste trabalho foi discutir o modelo atual de credenciamento e subsidiar um conceito de escopo mínimo indexado pela espécie vegetal, a fim de garantir que todas as pragas regulamentadas para estas, estejam devidamente descritas e sejam analisadas. Para tanto, as combinações de espécie/parte coletada/país de origem/ pragas regulamentadas descritas nos atos legais que compõem o arcabouço fitossanitário do Brasil foram descritas em uma matriz normalizada de combinações. A comparação destas combinações com as descritas nos escopos dos laboratórios credenciados permitiu concluir que um escopo mínimo para o credenciamento na área de diagnóstico fitossanitário deve ser estabelecido como uma lista de ensaios, indexado pela espécie vegetal com importação autorizada e todas as combinações de parte coletada e pragas regulamentadas associadas a esta espécie, conforme a legislação brasileira.Item Atividade inseticida do óleo essencial de Acmella oleracea sobre Rhyzopertha dominica(Universidade Federal de Viçosa, 2018-07-24) Reis, Iara da Mata Flor Rocha; Picanço, Marcelo Coutinho; http://lattes.cnpq.br/4613991301927782Rhyzopertha dominica (Fabr.) (Coleoptera: Bostrichidae) é uma importante praga de grãos armazenados. Adultos e larvas deste inseto broqueiam grãos, causando perdas quantitativas e qualitativas. O principal método usado no controle desta praga é o químico. Entretanto, muitos inseticidas sintéticos usados no seu controle não têm sido eficientes devido a seleção de populações de R. dominica resistentes a estes produtos. Assim, é necessário buscar novos compostos inseticidas para o manejo desta praga. Compostos produzidos pelo metabolismo secundário de plantas, como os óleos essenciais (OEs) são fontes potenciais de novos inseticidas e geralmente apresentam baixo risco às pessoas e ao ambiente. Assim, esse trabalho teve como objetivo avaliar o potencial inseticida de OEs de plantas brasileiras sobre adultos de R. dominica. Os bioensaios foram realizados em quatro etapas: seleção dos OEs e curvas dose- mortalidade, tempo-mortalidade e efeito subletal do OE mais ativo sobre R. dominica. Dos nove OEs testados, o OE de Acmella oleracea causou maior mortalidade (100%) a R. dominica no ensaio de seleção em aplicação tópica. Entretanto esse óleo não apresentou toxicidade por fumigação. O OE de A. oleracea em aplicação tópica apresentou maior toxicidade do que o controle (óleo de alho) (DL 50 = 4,14 μg mg −1 ) e ação rápida (TL 50 = 24 horas) sobre a praga. Além disso, a DL 40 do OE de A. oleracea reduziu em 32% o número de adultos produzidos por geração de R. dominica. Esses resultados indicam que o OE de A. oleracea apresenta potencial para ser utilizado no manejo de R. dominica.Item Avaliação da capacidade de armazenagem para as safras de grãos no estado do Maranhão(Universidade Federal de Viçosa, 2021-05-05) Sousa, Aline Gomes de Paula; Silva, Orlando Monteiro da; http://lattes.cnpq.br/0609395099821182O estado do Maranhão está inserido na região considerada como a nova fronteira agrícola brasileira (MATOPIBA). Apesar da expansão observada na produção de grãos do estado, a infraestrutura necessária para escoar e armazenar essa produção Ê ainda é um dos grandes gargalos para que o estado possa atingir todo o seu potencial produtivo. A armazenagem contribui para a sanidade dos produtos agrícolas. aumentado sua qualidade e durabilidade. Nesse sentido, o presente estudo avaliou a capacidade de armazenagem agrícola do estado do Maranhão em comparação com a produção. Com dados provenientes do Sistema de Cadastro Nacional de Unidades Armazenadoras (SICARM), coletados pela Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), elaborou-se um mapa estadual com a localização dos armazéns. Calculou- se, também, a diferença entre a quantidade produzida e a capacidade estática de | estocagem de grãos, determinando-se o déficit de armazenagem do estado do Maranhão. Conclui-se que, apesar da existência desse déficit na capacidade estática de armazenagem estadual e de outras dificuldades, é possível produzir minimizando as perdas na armazenagem. Como alternativas tem-se a utilização de silos tipo bolsa e a construção de armazéns e secadores a nível de fazenda, com a utilização de linhas de crédito de bancos públicos, específicos para tal finalidade. Palavras-chave: Fronteira agrícola. Logística. armazém graneleiro.Item Avaliação da efetividade da medida cautelar de embargo no controle do desmatamento na Amazônia Matogrossense(Universidade Federal de Viçosa, 2022-08-09) Dorilêo, Valéria Ferreira de Arruda; Pallini Filho, Ângelo; http://lattes.cnpq.br/0948602689616889Anualmente grande quantidade de áreas públicas e privadas são embargadas pelo IBAMA devido aos desmates, queimadas e retirada seletiva de madeiras sem autorização do órgão ambiental competente. O embargo de área é uma medida cautelar imposta para evitar a continuidade do dano ambiental e proporcionar a regeneração ou recomposição da vegetação nativa. Este trabalho avaliou a eficiência do embargo no controle do desmatamento ilegal, sua capacidade em proporcionar a regeneração da vegetação nativa nessas áreas, e se podem estimular indiretamente a regularidade ambiental das propriedades rurais. Foram avaliadas 66 áreas embargadas pelo Ibama entre os anos de 2010 e 2015 no município de Feliz Natal – MT. Utilizando o aplicativo QGIS, v. 3.24.1, as imagens georreferenciadas da época em que ocorreu o embargo, e imagens geradas no mês de julho de 2021 foram analisadas e verificado a recuperação da vegetação nativa, o uso atual do solo, o domínio fundiário, e identificado as propriedades rurais que possuem Cadastro Ambiental Rural – CAR. As áreas embargadas totalizaram 21.055,66 ha e 80,3% dos embargos estavam sendo descumpridos. Além disso, 13.329,41 ha estavam sendo utilizadas no desenvolvimento de atividades agropecuárias, e apenas 7.726,25 ha apresentaram vegetação regenerada, ou em processo de regeneração. Constatou-se também que, 97% dessas áreas embargadas estavam vinculadas a 82 propriedades rurais privadas inscritas no Cadastro Ambiental Rural (CAR), porém somente seis propriedades possuem CAR validado e aprovado. Os embargos demonstram baixa eficiência em estimular a regeneração de vegetação nativa e no controle do desmatamento devida à falta de monitoramento das áreas embargadas, e da garantia ao lucro com a comercialização dos produtos de origem ambiental irregular e facilidade de acesso a créditos para continuidade do desenvolvimento de atividades agropecuárias nessas áreas. Palavras-Chave: Política Florestal. Comando e Controle. Gestão Ambiental. Controle do Desmatamento. Amazônia Matogrossense.Item Avaliação da evolução do Huanglongbing (HLB) em Minas Gerais(Universidade Federal de Viçosa, 2016-03-31) Fernandes, Thales Almeida Pereira; Sugayama, Regina Lúcia; http://lattes.cnpq.br/5689864016701018O Brasil é o maior produtor mundial de frutos cítricos e maior exportador de suco de laranja. A maior produção está em São Paulo, seguida por Bahia, Paraná e Minas Gerais. Entre as pragas que atacam as plantas cítricas, a que vem se destacando pela rápida disseminação, difícil controle e por ser altamente destrutiva é o Huanglongbing. Tem como agente etiológico a bactéria Candidatus liberibacter sp. e é transmitida através do inseto vetor Diaphorina citri Kuwayama (Hemiptera: Liviidae). No Brasil, é regulamentada como praga quarentenária presente, e a Instrução Normativa No 53, publicada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento em 16 de outubro de 2008, aprova os critérios e procedimentos para que os órgãos estaduais de defesa sanitária vegetal realizem os levantamentos de ocorrência do HLB e adotem medidas de prevenção e erradicação. Este trabalho buscou avaliar a evolução do HLB no estado de Minas Gerais, no período do segundo semestre de 2010 ao primeiro semestre de 2015, assim como as ações no levantamento e controle da praga. Para isso, foram analisados os dados dos Relatórios de Vistoria de Plantas Cítricas entregues pelos produtores ao Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e dos relatórios de levantamento fitossanitário realizado nos pomares comerciais pelos fiscais do IMA, com os objetivos de detectar plantas cítricas com sintomas de HLB e coletar amostras dessas plantas para análise laboratorial e confirmação oficial da presença da praga. Houve aumento no número de plantas cítricas com sintomas de HLB erradicadas, sendo o município de Três Pontas e a coordenadoria de Varginha os que mais eliminaram plantas nesse período. Propriedades com área menor do que 15 hectares apresentaram taxas de erradicação maiores do que propriedades com área maior do que 100 hectares. Os resultados dos relatórios de levantamento fitossanitário indicaram que desde 2013 não são confirmados novos focos da praga em municípios produtores de citros em Minas Gerais, que se restringem a 20 municipalidades. As ações para levantamento e controle da praga requerem disponibilidade de recursos humanos e financeiros, e os esforços para que ela não se dissemine devem ser mantidos e intensificados.Item Avaliação da qualidade física e fisiologia das sementes de forrageiras comercializadas em Rondônia (período 2021-2023) no contexto da atuação da fiscalização agropecuária estadual(Universidade Federal de Viçosa, 2025-01-21) Piva, Suelen Marcon; Moura, Altair Dias deA produção de carne bovina e a indústria láctea se destacam entre os setores mais produtivos do Brasil. O sistema de produção extensiva de gado é predominante, portanto, o sucesso dessa atividade depende de forrageiras de qualidade. As fiscalizações realizadas na cadeia produtiva de sementes garantem que os lotes de sementes de forrageiras atendam aos padrões de qualidade exigidos por lei. A Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (IDARON) é responsável pelo controle e fiscalização estadual do comércio de sementes. A pesquisa teve como objetivo caracterizar a fiscalização agropecuária de Rondônia em relação às sementes de forrageiras e analisar os parâmetros de qualidade dessas sementes comercializadas no período de 2021 a 2023. O estudo ocorreu no estado de Rondônia e foram utilizadas informações obtidas através do banco de dados da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (IDARON). As amostras de sementes foram coletadas pelos Fiscais Estaduais Agropecuários da IDARON em 33 dos 52 municípios do estado e enviadas ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária em Minas Gerais (LASO/LFDA- MG/MAPA), para realização das análises de pureza física, germinação ou viabilidade e “outras sementes por número”. Foram analisadas 299 amostras das espécies Urochloa spp., Urochloa humidicola e Megathyrsus maximus nos anos de 2021, 2022 e 2023. Os resultados indicaram que os principais estados exportadores de sementes para Rondônia são São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e todos eles tiveram lotes de sementes reprovados nas análises fiscais. As espécies Urochloa spp. e Megathyrsus maximus apresentaram maior predominância de lotes reprovados para pureza física em relação a germinação. Já para Urochloa humidicola, não houve padrão estabelecido com relação a qualidade física e fisiológica dos lotes fiscalizados. Dos 299 lotes das três espécies analisadas nos anos de 2021, 2022 e 2023, verificou-se que 54% estavam abaixo do padrão mínimo exigido por lei para pureza física e 23% para germinação ou viabilidade. Quando confrontado os Boletins de Análises de Sementes com as garantias expressas nas embalagens, 65% dos lotes foram reprovados. Na análise de lotes fraudados, foi constatado em 2021 o maior índice (56%), com queda nos anos seguintes. Dentre as espécies estudadas, a Urochloa spp. apresentou maior quantidade de lotes reprovados (41) no “teste de outras sementes por número”. Não foram encontrados lotes com sementes proibidas. Nos três anos estudados, as espécies Urochloa spp., Urochloa humidicola e Megathyrsus maximus apresentaram lotes irregulares para pelo menos um dos atributos analisados. A pesquisa revelou que as sementes de forrageiras comercializadas em Rondônia apresentam graves problemas na qualidade e a fiscalização e o controle realizado pela Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do estado de Rondônia é crucial para o fortalecimento da pecuária do estado. Palavras-chave: Fiscalização; Forrageiras; Rondônia; Sementes