Defesa Sanitária Vegetal
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Item As barreiras fitossanitárias interestaduais no Brasil: Localização e avaliação técnica(Universidade Federal de Viçosa, 2013-08-02) Hilman, Ricardo; Parizzi, Paulo; http://lattes.cnpq.br/2285842929314027; Silva, Orlando Monteiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781281D9; http://lattes.cnpq.br/8661323646389898; Pallini Filho, ângelo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798707A3As Barreiras fitossanitárias interestaduais (fixas e móveis) têm o importante papel de diminuir o risco de disseminação de pragas regulamentadas, além de contribuir para o atendimento dos requisitos fitossanitários dos países importadores, sendo parte importante de um sistema de rastreabilidade e de um processo nacional de controle do trânsito de vegetais. Portanto, torna-se imprescindível para o trânsito vegetal no Brasil, um levantamento das barreiras interestaduais existentes e uma avaliação técnica e das condições de funcionamento buscando-se possíveis falhas para o aprimoramento das mesmas. Esse foi o objetivo desse estudo que, além do levantamento geográfico e estrutural das barreiras interestaduais, avaliou a estrutura de funcionamento sob critérios técnicos e econômicos. Para tanto, foram visitadas in loco 22 barreiras fitossanitárias de dez Estados e quatro regiões e avaliados os formulários enviados a todos os órgãos estaduais de defesa. Os resultados mostraram que no Brasil existem 310 barreiras interestaduais fixas, nas 27 unidades da federação. A avaliação das condições técnicas e de funcionamento das barreiras, com relação aos itens: horário de funcionamento; número de servidores, estrutura adequada, treinamento, manual de procedimento e quantidade de barreiras, indicou que as mesmas não atendem as necessidades relativas às ações de fiscalização a que se destinam e que seu papel de controle fitossanitário deve ser repensado. Há Estados em que as barreiras foram totalmente desativadas e outros onde o funcionamento é precário, com atuação somente burocrática e incapaz de barrar o trânsito de pragas regulamentadas. Uma análise da relação entre os recursos de convênio repassados pelo MAPA e os itens avaliados nas barreiras estaduais mostrou uma baixa associação, indicando que o repasse também deve ser repensado e melhor planejado. Como conclusão, pode-se dizer que, as Barreiras interestaduais fitossanitárias, não cumprem o seu papel principal de diminuir o risco de disseminação de pragas, restringindo-se a conferência dos documentos de trânsito Vegetal.Item Desenvolvimento de Manual de Procedimentos para o Macroprocesso Sanidade Vegetal das Superintendências Federais de Agricultura, Pecuária e Abastecimento(Universidade Federal de Viçosa, 2013-09-19) Consenza, Gilvio Westin; Leão, Maria Noemia Zerbini Fernandes; Pinto, Augusto Carlos dos Santos; Silva, Marcelo Barreto da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723065P9O Brasil ocupa posição de destaque no mundo como produtor e exportador de produtos agropecuários. O incremento do comércio internacional, aliado às dimensões do país, contribui, entretanto, para maior risco da entrada e estabelecimento de pragas que podem causar significativo impacto econômico, social e ambiental. As unidades de sanidade vegetal das Superintendências Federais de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SFAs), embora atuem embasadas nas normas legais e diretrizes emanadas pelo Departamento de Sanidade Vegetal da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (DSV/SDA/MAPA) e no escopo de suas competências regimentais, não dispõem de um manual de procedimentos e de formulários que estabeleça padrões para execução de suas atividades. Esta dissertação teve por objetivo desenvolver um manual de procedimentos para a realização dessas atividades. A metodologia empregada no planejamento, pesquisa, mapeamento e elaboração do manual foi aquela desenvolvida e adotada pela Coordenação de Planejamento e Gestão do MAPA, por meio de seu Manual de Mapeamento, Aprimoramento e Implementação de Processo de Serviço (MAIPS). Como resultado da pesquisa de campo, foram mapeados vinte e quatro subprocessos, compreendidos em três processos de serviço que compõem o macroprocesso Sanidade Vegetal das SFAs. Verificou-se ainda que, regra geral, não existem procedimentos operacionais padrão escritos e que os formulários utilizados não são uniformizados. Como resultado da fase de aprimoramento, foi construído o Manual de Procedimentos para as Unidades de Sanidade Vegetal das SFAs, composto de fluxogramas, descrições de atividades, tarefas, regras e formulários.Item Subsídios Técnicos para a Elaboração de Plano de Contingência para Spiroplasma citri(Universidade Federal de Viçosa, 2013-10-10) Teixeira, Mariana de Souza e Silva da Costa; Oliveira, José Rogério deSpiroplasma citri Saglio et. al é o agente causal de Citrus Stubborn Disease - CSD, doença observada primeiramente em pomares cítricos na Califórnia, EUA, em 1915. A doença tem provocado reduções significativas de produtividade em muitos países produtores de citros e, não ocorrendo no Brasil, representa um risco potencial à citricultura nacional, devido à ampla gama de hospedeiros e à eficiência da transmissão pelas cigarrinhas vetoras. São vetores de S. citri: Circulifer tenellus, Circulifer haematoceps e Scaphytopius nitridus. Os principais hospedeiros de expressão econômica são espécies cítricas, como toranja, limão siciliano, tangerina, laranja doce, laranja azeda, pomelo, lima-da-pérsia, C. limonia, C. madurensis, limoeiro rugoso, satsumas e tangelos, Fortunella spp. e porta-enxertos híbridos, como citranges. Muitas outras plantas nativas ou cultivadas são consideradas hospedeiras na região sudoeste dos Estados Unidos, e provavelmente há muitos outros hospedeiros deste organismo. A ocorrência de S. citri já foi relatada em países do continente europeu, na Ásia, África, América do Norte e Oceania. No estado da Califórnia, EUA, estima-se que de 5 a 10% das árvores estejam infectadas pela bactéria. Devido à grande importância que o setor citrícola tem para a economia brasileira, e considerando ainda os impactos econômicos que a introdução desta praga pode acarretar, S. citri está listada como praga quarentenária ausente para o Brasil e foi escolhida como objeto de elaboração de um plano de contingência, visando a execução de ações de contenção, supressão e erradicação.Item Identificação de perfis de risco associados a envios importados com probabilidade de abrigar pragas quarentenárias(Universidade Federal de Viçosa, 2013-10-21) Rocha, Daniel Gustavo Braz; Iede, Edson Tadeu; http://lattes.cnpq.br/4596617858148701; Dias, Eduardo Mário; http://lattes.cnpq.br/8988544492920958; Reis Júnior, Ronaldo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790473D7; http://lattes.cnpq.br/9616959983539824; Moreira, Antônio José de Araujo; Pereira, Eliseu José Guedes; http://lattes.cnpq.br/3098224583812072O incremento no volume das trocas comerciais globais nas últimas décadas aumentou consideravelmente a probabilidade de entrada de pragas quarentenárias, sendo que os materiais de embalagens de madeira regulamentados - MEMR, foram identificados como uma via de ingresso de alto risco para a introdução de pragas florestais, sendo que, a partir de 2002, o trânsito destes materiais passou a ser harmonizado internacionalmente através da Norma Internacional de Medidas Fitossanitárias no 15. A norma prevê o tratamento obrigatório dos MEMR no país de origem do envio e prevê, dentre outras medidas fitossanitárias, a inspeção fitossanitária dos envios importados, embora exista pouca literatura publicada sobre procedimentos operacionais adotados pelos países em portos, aeroportos e postos de fronteira. Considerando o princípio da soberania da Convenção Internacional de Proteção dos Vegetais - CIPV, os procedimentos para a inspeção fitossanitária acabam por ser definidos por cada Organização Nacional de Proteção Fitossanitária ONPF do país signatário da Convenção. No Brasil, vigora emergencialmente a Instrução Normativa SDA/MAPA no 04/2004 que condiciona a inspeção fitossanitária de todos os envios que contenham MEMR, o que na prática se torna impossível de ser executado, considerando a falta de informação prévia da presença de MEMR no envio, a quantidade de contêineres importados e a limitação de recursos humanos e operacionais existentes. O procedimento estabelecido emergencialmente acaba por aumentar ainda mais a demora na liberação aduaneira de envios importados e contribui para regulamentação burocrática excessiva, que sempre são índices negativos para o Brasil nos rankings de viiiavaliação de competitividade internacional. Objetivou-se no presente trabalho, caracterizar os envios importados através do Porto de Santos como de maior risco a introdução de pragas, de forma a subsidiar a revisão da norma brasileira, adequando-a aos princípios de manejo de risco e impacto mínimo previstos na CIPV, além de possibilitar a inclusão desta ferramenta no novo módulo do Sistema SIGVIG, que informatizará e irá controlar futuramente as inspeções fitossanitárias de MEMR em portos, aeroportos e postos de fronteira no Brasil. Inicialmente, foram levantados os dados com os resultados das inspeções fitossanitárias no Porto de Santos entre os anos de 2008 a 2012 para o desenvolvimento de um modelo estatístico que pudesse identificar os envios que contivessem não conformidades e a presença de MEMR através de regressão logística, utilizando dados como Origem, Importador e o código do Sistema Harmonizado (HR) presente no envio (NCM). A validação do modelo desenvolvido foi realizada utilizando um novo conjunto de dados referentes as inspeções fitossanitárias do ano de 2013, que concluíram por demonstrar um bom desempenho na predição e seleção de partidas que continham MEMR. O modelo desenvolvido poderá vir a ser implementado no novo módulo do SIGVIG, aumentando a eficácia das inspeções fitossanitárias conduzidas pelo VIGIAGRO/MAPA em Portos, Aeroportos e Postos de Fronteira brasileiros e contribuindo para aumentar a competividade do Brasil no comércio exterior.Item Técnica de mineração de dados aplicada na inspeção de importações para verificação do status fitossanitário de embalagens de madeira em contêineres(Universidade Federal de Viçosa, 2013-10-21) Pontes, Francisco Sadi Santos; Reis Junior, Ronaldo; http://lattes.cnpq.br/1661057525542852O objetivo principal desta dissertação foi corroborar no avanço da sistemática de inspeções conduzidas pelo Serviço de Vigilância Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento com foco principal na verificação do status fitossanitário de embalagens de madeira (EBM). Para alcançar este objetivo foram conduzidos dois estudos investigativos. O primeiro teve como objetivo fornecer subsídios conceituais e empíricos para a elaboração de um possível sistema de inspeção com checagem reduzida aplicada à inspeção de EBM. Os principais fatores que influenciavam a decisão dos inspetores na seleção de amostras de contêineres para a inspeção foram determinados, 61 fornecedores estrangeiros foram cadastrados e 23 deles foram pré-selecionados devido à constância em seus embarques e por não terem registros de ocorrências fitossanitárias (presença de insetos em geral, fungos, casca, ausência de marca de tratamento, etc) mesmo quando apresentado EBM. O percentual de acerto na tomada de decisão pela não inspeção ou redução baseada no histórico individual de cada fornecedor foi extremamente satisfatório. Os resultados mostraram ser possível elaborar um sistema de inspeção com frequência de checagem reduzida para EMB tendo como base a analise de uma serie temporal de dados de importação e levando se em consideração fatores como país de origem da carga, tipo de embalagem, presença de madeira, histórico de ocorrências fitossanitárias e em especial o fornecedor do produto importado, pré-definindo grupos de menor ou maior risco fitossanitário por meio de um método descritivo para variáveis categóricas. No segundo estudo verificou- se a aplicabilidade da técnica de mineração de dados por meio de árvores de decisão como ferramenta de apoio no processo de tomada de decisão nas inspeções de importação realizadas em contêineres para verificação do status fitossanitário de EBM. A técnica foi aplicada nos registros das inspeções fitossanitárias de contêineres desembarcados no porto Chibatão e no Porto Público de Manaus. As árvores de decisão foram geradas por meio do algoritmo Chi-square Automatic Iteration Detection e sua aplicabilidade testada num conjunto de 200 partidas importadas com resposta positiva e percentual de sucesso de 100% uma vez que não foram verificadas ocorrências fitossanitárias nas partidas inspecionadas com base na seleção orientada pelo modelo estatístico. O resultado mostrou ser possível o uso da mineração de dados e árvores de decisão como ferramenta de apoio na tomada de decisão para realização das inspeções fitossanitárias.Item Novas ferramentas para melhor eficiência da inspeção fitossanitária(Universidade Federal de Viçosa, 2013-10-30) Medeiros, Isac; Silva, Antonio Alberto daNos últimos anos têm-se observado acentuado aumento na movimentação de produtos agrícola nos portos e aeroportos brasileiros. Em consequência disso, torna- se necessário melhorar a eficiência das inspeções fitossanitárias de grãos de consumo e sementes importadas, realizada pelos fiscais federais agropecuários, visando evitar a entrada de pragas quarentenárias no país. Com a inovação tecnológica é possível melhorar a eficiência, padronizar e fortalecer o sistema de alerta fitossanitário. Assim, neste trabalho foi desenvolvida e testada uma mesa de inspeção de sementes e grãos de cereais; montado um banco de dados das imagens de sementes das plantas daninhas descrito na lista das pragas quarentenárias. Também, foram realizados testes com a lupa USB, ligada a um computador para uso na inspeção fitossanitária, com o suporte dos programas computacionais AMCAP e Micro-Measure. Projetou-se e fabricou-se a mesa de inspeção e testou-se a eficiência de separação dos grãos e tempo utilizado para inspeção. Para tanto, utilizou-se os grãos de painço, alpiste milho pipoca e soja. A lupa USB foi eficiente para visualização ampliada das sementes, proporcionando a captura de imagens de alta qualidade. Os softwares AMCAP e Micro-Measure são igualmente eficientes na visualização de imagens, porém o segundo tem maior número de ferramentas disponível para edição da imagem.Item A fiscalização do comércio de sementes e mudas como ferramenta de prevenção e controle de pragas dos vegetais(Universidade Federal de Viçosa, 2013-11-08) Silva, André Felipe Carrapatoso Peralta da; Sugayama, Regina Lúcia; http://lattes.cnpq.br/5217273969136711; http://lattes.cnpq.br/3723850131305346; Pinto, Augusto Carlos dos Santos; Silva, Maria Raquel; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4775111E6A Lei n.o 10.711, de 05 de agosto de 2003, institui e dispõe sobre o Sistema Nacional de Sementes e Mudas SNSM, que objetiva garantir a identidade e a qualidade do material de multiplicação e de reprodução vegetal produzido, comercializado e utilizado no Brasil. De acordo com a Lei, compete ao Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento - MAPA auditar e fiscalizar as ações decorrentes da Lei e de seu regulamento, cabendo aos estados e ao Distrito Federal exercer a fiscalização do comércio estadual de sementes e mudas. Considerando que no SNSM o comerciante é o único ente que, por Lei, não é necessariamente fiscalizado pelo MAPA, é importante que se organize a fiscalização desse segmento, diminuindo as diferenças de procedimentos naturalmente existentes quando se considera 27 instituições diferentes. Uma consulta à base de dados do MAPA para os produtos vegetais com importação autorizada apontou, no mês de agosto de 2013, que 344 espécies vegetais são importadas pelo Brasil, de 53 países diferentes. Cerca de 60% das combinações espécie x país de origem são referentes à materiais de propagação. Para conhecer como se organiza a fiscalização do comércio de sementes e mudas, foi feita uma consulta junto às Superintendências do Ministério da Agricultura e junto aos órgãos estaduais que executam essa fiscalização. Em seguida, as bases de dados do Registro Nacional de Sementes e Mudas e o número de estabelecimentos aptos à comercialização de sementes e mudas (de acordo com informação do Departamento de Registro de estabelecimentos Comerciais do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) foram utilizados para estimar a necessidade de fiscais para o exercício dessa atividade, em cada unidade da Federação. O estudo demonstrou que existe uma considerável diferença nas ações desenvolvidas nas 27 unidades da Federação, mesmo naquelas aonde o MAPA vem exercendo a fiscalização a pedido do Estado. O estudo também apontou que existe um enorme perigo na importação de material de propagação vegetal, principalmente aquele que vem sendo importado sem a realização de Análise de Risco de Pragas. O histórico recente de pragas introduzidas e disseminadas pelo Brasil indica que a fiscalização deve aumentar o controle sobre a comercialização de sementes e mudas.Item Análise de risco: uma ferramenta para a fiscalização de agrotóxicos e afins no Brasil.(Universidade Federal de Viçosa, 2013-11-20) Inácio, Álvaro Ávila do Nascimento; Zambolim, LaércioA fiscalização de agrotóxicos no Brasil é competência da União, dos Estados e do Distrito Federal, cabe ainda aos municípios legislar supletivamente sobre o uso e o armazenamento. À União cabe fiscalizar a produção, importação e exportação e aos Estados e ao Distrito Federal cabe a fiscalização do armazenamento, transporte interno, comércio e uso. A União deve prestar apoio aos Estados que não possuírem meios necessários para realizar a fiscalização. Ocorre que o aumento na demanda por esses produtos, devido a expansão da agricultura brasileira, trouxe a necessidade de se intensificar as ações de fiscalização para que o controle seja mantido em níveis adequados. Contudo, a estrutura de governo não acompanhou este crescimento o que trouxe a necessidade de repensar estratégias para direcionar as ações de fiscalização naquilo que realmente importa. Este projeto é um estudo piloto para ser utilizado no planejamento das ações de fiscalização de agrotóxicos a nível federal. Com o auxílio da ferramenta de análise de risco verificaram os pontos mais críticos segundo a percepção dos próprios fiscais federais a fim de se obter indicadores que possam direcionar as ações de fiscalização atendendo a demanda, ainda com escasso recurso humano e financeiro. O estudo abordou os parâmetros de maneira geral, sendo necessário um estudo mais específico para cada parâmetro.Item A situação da Cydia pomonella no Cone Sul: avaliação das normas e do programa nacional de erradicação no Brasil(Universidade Federal de Viçosa, 2013-12-05) Testasecca, Silvio Luiz Rodrigues; Silva, Orlando Monteiro daO aumento da produção brasileira de maçã, nas últimas décadas, tornou o país um dos principais produtores mundiais. A introdução de pragas quarentenarias pode ser considerada consequência de um processo intensivo de produção. Cydia pomonella e praga-chave da cultura, presente em praticamente todos os países produtores, incluindo tradicionais exportadores ao Brasil, como Argentina, Chile e Uruguai. A praga foi detectada em áreas urbanas da região Sul do Brasil, no início dos anos 1990, o que levou a criação do Programa Nacional de Erradicação da Cydia pomonella (PNECP). Esta dissertação objetivou avaliar as ações implementadas no âmbito do PNECP, a partir do levantamento de normas e procedimentos utilizados e de entrevistas com atores da cadeia produtiva, levando-se em conta aspectos ambientais, econômicos e sociais. As respostas das entrevistas foram analisadas pelo software ALCESTE. Os resultados mostram que a base legal e adequada às normas internacionais e que ações como o Sistema de Mitigação de Risco (SMR) na Argentina, a participação de Fiscais Federais Agropecuários em inspeções na origem, o monitoramento da praga e a erradicação de plantas hospedeiras em áreas urbanas contribuíram para uma efetiva diminuição de Cydia pomonella no Brasil. Ficou evidente a importância da organização da cadeia produtiva brasileira da maçã na efetivação das políticas públicas do Ministerio da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para o controle e a erradicação da praga. Pode-se dizer que o PNECP alcançou o objetivo da não introdução da praga no Brasil, o que deve levar a sua erradicação no país, mas e necessário o contínuo monitoramento da praga, de forma a evitar sua reintrodução.Item Uma proposta de método para avaliação da capacidade fitossanitária dos órgãos estaduais de defesa(Universidade Federal de Viçosa, 2013-12-10) Bagolin, Dalci de Jesus; Silva, Orlando Monteiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781281D9; http://lattes.cnpq.br/3198266921784770; Dias, Paulo Rogério Parente; http://lattes.cnpq.br/0763718717993554; Guerra, Wanderlei Dias; http://lattes.cnpq.br/1404295185432268Este trabalho teve por objetivo o desenvolvimento de um método para a avaliação da Capacidade Fitossanitária dos Órgãos Estaduais de Defesa Sanitária Vegetal (OEDSVs). Estes órgãos têm fundamental importância na execução das ações de defesa fitossanitária e através da avaliação de sua capacidade é possível propor ações de melhoria, bem como direcionar melhor os recursos das transferências voluntárias dos convênio com o MAPA, e avaliar seus resultados. Para o desenvolvimento do método fez-se uma revisão bibliográfica sobre os Sistemas de Medidas Sanitárias e Fitossanitárias (SPS) e os métodos utilizados internacionalmente para a sua avaliação. Analisou-se com detalhes as ferramentas Análise de Capacidade Fitossanitária (PCE), Desempenho, Visão e Estratégia (DVE) e Performance de Serviços Veterinários (PVS). As ferramentas DVE e PVS foram escolhidas como base para o desenvolvimento do método de avaliação de OEDSVs no Brasil. Como as questões do DVE são destinadas a avaliação de Organizações Nacionais de Proteção Fitossanitária (ONPFs) houve necessidade de adaptá-las para a avaliação das OEDSVs. Submeteu-se o instrumento proposto às análises de validade e confiabilidade. Para a análise de validade ele foi submetido à avaliação de especialistas, verificando-se a Relevância e Adequação das questões. Com base nesta avaliação e nas sugestões e comentários enviados elaborou-se uma nova versão da ferramenta. Essa nova versão foi submetida a uma avaliação de confiabilidade, analisando-se o coeficiente de variação das respostas fornecidas pelos avaliadores para cada questão, ajustando-as para melhorar o entendimento do nível de gradação da competência. Sugestões finais para a implementação da ferramenta foram direcionadas ao Departamento de Sanidade Vegetal (DSV) do MAPA.Item Proposta de legislação fitossanitária nacional para a supressão do bicudo-do-algodoeiro(Universidade Federal de Viçosa, 2013-12-12) Silva, Ricardo Augusto de Faria e; Pereira, Eliseu José Guedes; http://lattes.cnpq.br/3098224583812072; Penalber, Andreza Tavares Tomé; http://lattes.cnpq.br/7523790769748491; Soria, Miguel Ferreira; http://lattes.cnpq.br/0819273872020630No Brasil, o controle populacional do bicudo-do-algodoeiro vem se destacando pela consolidação de uma parceria pública e privada, através dos Órgãos Estaduais de Defesa Agropecuária, do Ministério da Agricultura, da EMBRAPA, das Fundações Estaduais, das Associações de Produtores e Fundos de Incentivos Estaduais à Cotonicultura, que coordenam e fomentam os Programas de Prevenção, Controle e de Supressão do Bicudo-do-Algodoeiro. Ao longo dos anos essas ações demonstraram resultados satisfatórios na supressão da praga, reduzindo acentuadamente as perdas provocadas e diminuindo as aplicações de inseticidas. Baseando-se nos resultados de pesquisas e na experiência obtida no acompanhamento da fiscalização do controle legislativo para implantação dos Programas de Controle e Supressão no Estado de Goiás, é proposto no presente estudo uma legislação para atender ao interesse dos produtores que realizam as metodologias de supressão populacional do bicudo. A minuta de legislação é baseada nas diretrizes das Normas Internacionais de Medidas Fitossanitárias NIMF, para a determinação de uma Área de Baixa Prevalência da Praga ABPP para o Bicudo-do-Algodoeiro Anthonomus grandis, a qual subsidiará uma política governamental voltada para o controle fitossanitário da praga.Item A sigatoka-negra da bananeira (Mycosphaerella fijiensis Morelet) no estado de Minas Gerais: estudo de caso(Universidade Federal de Viçosa, 2013-12-17) Vasconcelos, Emanuel Novaes; Valle, Luiz Artur Costa do; http://lattes.cnpq.br/6533221372525389; Barreto, Robert Weingart; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783300H6; http://lattes.cnpq.br/3882139577591981; Pereira, José MaurícioA Sigatoka-negra, causada por Mycosphaerella fijiensis, é uma das doenças mais prejudiciais à cultura da bananeira no Brasil e no mundo. Embora sua ocorrência tenha sido relatada pela primeira vez em 2004 no Estado de Minas Gerais, o temido desastre econômico esperado para os bananicultores do estado, passados dez anos, não se confirmou. Há um claro paradoxo neste caso, para uma doença sabidamente devastadora para a cultura. Realizou-se aqui um estudo deste paradoxo, pretendendo-se construir uma narrativa dos eventos que antecederam e se seguiram a esta ocorrência em MG, avaliando-se como as iniciativas para o controle da disseminação da doença foram conduzidas pelos órgãos de defesa agropecuária federal e estadual e como foram embasadas suas decisões, bem como discutindo o impasse gerado pelas imperfeições da legislação em vigor a cada tempo. Uma visita à região da Zona da Mata mineira em , em que foram feitas entrevistas com bananicultores desta região, assim como técnicos e profissionais envolvidos com o tema e que participaram de forma efetiva dos trabalhos conduzidos a partir de 2004. Além disso, analisaram-se os dados de levantamentos e monitoramentos realizados no período subsequente a 2004, mostrando que a doença não avançou para novas áreas, e que a partir de 2007 ela não foi encontrada nas áreas que ainda Todos os estudos posteriores a 2004 (publicados ou não) citam a contradição entre as previsões sobre um avanço do fungo e a observada continuação do status quo para a bananicultura mineira. A hipótese mais aceitável, embora embaraçosa, é a de que equívocos na identificação do patógeno tenham sido cometidos. A resolução final da situação paradoxal que se vive nesta questão em Minas Gerais é discutida e sugestões para a modificação da legislação e normas federais e estaduais de modo a corrigir este problema e problemas futuros são apresentadas.Item Diagnóstico fitossanitário por PCR em tempo-real: requisitos básicos para validação de métodos(Universidade Federal de Viçosa, 2013-12-18) Garcia, Júlio César; Pereira, José Maurício; Barreto, Robert Weingart; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783300H6; http://lattes.cnpq.br/2157854129530310; Valle, Luiz Artur Costa do; http://lattes.cnpq.br/6533221372525389O setor agropecuário brasileiro vem exigindo políticas e serviços públicos cada vez mais ágeis e eficazes a fim de aumentar sua competitividade em uma economia globalizada. Diante desse desafio, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA vem buscando inovar e aprimorar continuamente a qualidade dos seus processos e serviços a fim de atender satisfatoriamente as crescentes demandas do setor produtivo e da sociedade brasileira. Dentro da área laboratorial do MAPA, o aprimoramento dos processos e serviços prestados foi acelerado com a exigência da implantação de sistemas de gestão da qualidade competência de laboratórios de ensaio e calibra credenciados, bem como a acreditação dos mesmos junto ao INMETRO. Nesse processo, a validação de métodos de ensaio é um requisito técnico importante uma vez que pode afetar diretamente a qualidade dos resultados. A falta de diretrizes que indiquem os principais fatores a serem verificados nas validações de métodos de diagnóstico fitossanitário por PCR em tempo-real (qPCR) juntamente com a falta de padronização das publicações científicas que tratam do tema vêm dificultando a validação adequada desse tipo de método. A qPCR é uma técnica de biologia molecular que vem sendo largamente utilizada na detecção e identificação de diversos fitopatógenos por sua rapidez, seletividade, sensibilidade, ampla faixa dinâmica de quantificação e possibilidade de automação das análises. No entanto, alguns fatores podem impactar negativamente a qualidade dos ensaios, tais como: a qualidade do DNA extraído, a presença de inibidores de PCR nas amostras, a qualidade dos iniciadores e sondas utilizados, dentre outros. Por esse motivo, alguns países e blocos econômicos têm regulado a implantação da norma ISO/IEC 17025 e a validação de métodos de detecção e identificação de fitopatógenos por técnicas moleculares. Dentre os principais parâmetros a serem observados nas validações deviii métodos de PCR destacam-se: repetibilidade e reprodutibilidade. sensibilidade, seletividade, especificidade,repetibilidade e reprodutibilidade.Item Verificação dos procedimentos de fiscalização de bagagens pelo serviço de Vigilância Agropecuária Internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (VIGIAGRO/MAPA) visando a qualificação do perigo fitossanitário(Universidade Federal de Viçosa, 2014-01-28) Brito, Maria Joana Baia; Sgrillo, Ricardo Bohrer; http://lattes.cnpq.br/5722682155320662; Parizzi, Paulo; http://lattes.cnpq.br/2285842929314027; http://lattes.cnpq.br/4060305592653932; Ambrozevicius, Luciana Pimenta; http://lattes.cnpq.br/6086503769277154; Macedo, Davi Mesquita de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4735191D3O intenso movimento de pessoas e de mercadorias contribui para acelerar o crescimento do número de pragas disseminadas entre os países - tanto que somente no período de 2009 a 2013 cinco pragas foram introduzidas no Brasil, causando prejuízos incalculáveis à agricultura. O patrimônio agrícola e florestal brasileiro necessita de adequada proteção fitossanitária, pois pragas são ameaças passíveis de serem disseminadas, dentre outras vias, por meio de plantas e produtos vegetais transportados em bagagens de passageiros procedentes de países com diferentes status fitossanitário (principalmente por via aérea). Para adequar as medidas de proteção, torna-se necessário avaliar o perigo fitossanitário representado por plantas e produtos vegetais interceptados por essa via de ingresso. A inexistência de dados sistematizados impossibilita essa avaliação para plantas e produtos vegetais interceptados pelo Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (VIGIAGRO) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) nos aeroportos. Os dados qualitativos contidos no atual formulário de interceptação são insuficientes. O não preenchimento de todos os campos ou o preenchimento desses de forma inconsistente e inexata inviabilizou uma avaliação completa do perigo fitossanitário inicialmente pretendida. Dessa forma, o trabalho foi redirecionado para análise dos procedimentos atualmente adotados para a fiscalização de bagagens de passageiros constantes no Manual do VIGIAGRO. Foram utilizados dados e informações coletadas junto às UVAGRO/SVA nos aeroportos, por meio da aplicação de questionários aos chefes e Fiscais Federais Agropecuários Engenheiros Agrônomos ali localizados (tratando específicamente sobre a estrutura de apoio existente para o desenvolvimento da atividade e a execução dos procedimentos de fiscalização de bagagens de passageiros). Os dados e informações levantados junto às Unidades e Serviços foram confrontados com dados sobre a movimentação de passageiros por via aérea, bem como com fatores utilizados para avaliar o perigo fitossanitáro de plantas e produtos vegetais interceptados. Isso possibilitou concluir que há necessidade de ajustes e alterações no Manual do VIGIAGRO para o aperfeiçoamento dos procedimentos de forma a adequá-los operacionalmente com base em critérios técnicos. As sugestões apresentadas para a atividade das UVAGRO/SVA - segmento aeroportos devem viabilizar a geração e a manutenção de uma base de dados de qualidade para a realização de estudos estatísticos e da qualificação do perigo das plantas e produtos vegetais interceptados em bagagens de passageiros pelo VIGIAGRO. Os desafios relativos à estrutura, especialmente a insuficiência de recursos humanos, são fatores que enfraquecem o sistema e contribuem para a porosidade de nossas fronteiras. Subsídios importantes estão disponíveis para utilização pelas autoridades responsáveis pela proteção fitossanitária e vigilância agropecuária brasileira, objetivando o reforço da atividade preventiva executada pelo VIGIAGRO, por meio do planejamento de ações em nível estratégico, tático e operacional - conferindo maior segurança à missão de salvaguardar a agricultura do Brasil das ameaças de introdução de pragas.Item Subsídios técnicos para elaboração de plano de contingência para o besouro asiático Anoplophora glabripennis (Motschulsky)(Universidade Federal de Viçosa, 2014-01-28) Lisboa, Mirne Santana; Morais, Elisangela Gomes Fidelis de; http://lattes.cnpq.br/8202938535574203; Parizzi, Paulo; http://lattes.cnpq.br/2285842929314027; http://lattes.cnpq.br/8393543233324961; Silva, Orlando Monteiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781281D9; Macedo, Davi Mesquita de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4735191D3; Pinto, Augusto Carlos dos SantosAnoplophora glabripennis (Motschulsky) (Coleoptera: Cerambycidae) é um besouro nativo da China é o exemplo mais recente de grande impacto econômico, ambiental e social causado por uma praga florestal introduzida em um novo ambiente, principalmente, na China e Estados Unidos. As pragas florestais além de serem veiculadas em materiais de propagação são transportadas em toras e madeiras serradas, principalmente, em embalagem e suportes de madeira usados na acomodação de cargas no comércio internacional. Estima-se que as pragas são responsáveis por perdas equivalentes a 30% da produção agrícola mundial. Atualmente, o Brasil é terceiro país exportador agrícola mundial, e o agronegócio tem sido a alavanca da economia brasileira. Os produtos de origem vegetal foram os que mais contribuíram para o crescimento de US$ 5,54 bilhões nas exportações. Caso introduzido o besouro asiático representa grandes riscos ao agronegócio brasileiro e ao patrimônio florestal nacional. O objetivo desse estudo é fornecer orientações e diretrizes às autoridades oficiais do país para elaboração de um plano de contingência na tomada de medidas e estratégias de ação e procedimentos a serem adotados em caso de suspeita e confirmação do foco do besouro asiático, A. glabripennis como forma de minimizar os prejuízos causados pela praga. Propõem- se ações fitossanitárias que sejam mais diretas e que envolvam a prevenção da introdução do besouro asiático, ações fitossanitárias em caso de suspeita de foco, e ações fitossanitárias no caso de introdução do besouro asiático no Brasil.Item Efeito do vazio sanitário nas ocorrências da ferrugem asiática da soja no Estado do Mato Grosso(Universidade Federal de Viçosa, 2014-02-25) Nascimento, Nilo Silva do; Guerra, Wanderlei Dias; http://lattes.cnpq.br/1404295185432268; Maffia, Luiz Antônio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783229P9; http://lattes.cnpq.br/7574473671100956; Dias, Paulo Rogério Parente; http://lattes.cnpq.br/0763718717993554; Cavalcante, Gilcianny Pignata; http://lattes.cnpq.br/3318950078634379A partir dos anos 1970 ocorreu a expansão da cultura da soja para o cerrado, e o estado de Mato Grosso tornou-se, desde o ano 2000, o maior produtor nacional da oleaginosa. Desde a safra 2001/2002, quando foi detectada pela primeira vez, a ferrugem asiática tem causado grandes perdas. Entre as medidas de controle da doença, inclui-se a adoção do vazio sanitário, mas desconhece-se o efeito da medida em reduzir a intensidade da doença. Assim, analisaram-se dados coletados de 2008 a 2012 nos municípios produtores do Mato Grosso, coletados na fiscalização do vazio sanitário da soja, e os de ocorrências da ferrugem, coletados pelo consórcio antiferrugem, para avaliar o efeito da implementação do vazio sanitário na incidência da ferrugem asiática. A implantação do vazio sanitário da soja reduziu e tem mantido baixas as ocorrências da ferrugem, em todas as regiões produtoras, além de deslocar o período de ocorrências da doença, de novembro e dezembro para janeiro e fevereiro. As primeiras ocorrências acontecem com a planta no estádio de granação (R5), sendo os plantios precoces a principal fonte de inóculo para os plantios tardios. A fiscalização tem auxiliado a manter a adesão dos produtores ao programa de controle da ferrugem asiática da soja em índices superiores a 88%.Item Valoração do potencial de impacto econômico com a introdução de Moniliophthora roreri no Brasil(Universidade Federal de Viçosa, 2014-03-31) Nascimento, Tatiane Almeida do; Maffia, Luiz Antônio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783229P9; Mizubuti, Eduardo Seiti Gomide; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785633J8; Cavalcante, Gilcianny Pignata; http://lattes.cnpq.br/3318950078634379; Oliveira, José Rogério de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785966E6A indicação dos requisitos e das medidas fitossanitárias a serem exigidos para importar produtos de origem vegetal depende do potencial de impacto econômico causado pela introdução de pragas associadas à importação pretendida, bem como do potencial de dispersão da praga na área. A indicação do potencial de impacto econômico advindo da introdução da praga no país é uma das etapas mais difíceis dos estudos de análise de risco de pragas, em vista de sua complexidade. Neste estudo, objetivou-se valorar o potencial de impacto econômico após a introdução de Moniliophthora roreri. Para valorar o potencial de impacto econômico de M. roreri, validou-se o modelo proposto por Ribeiro (2009) com dados de M. perniciosa no Brasil, utilizando dados disponíveis na literatura sobre a produção de cacau de 2010 a 2013, bem como dados sobre o impacto de M. perniciosa. Com os cálculos realizados, concluiu- se que modelo de valoração de dano econômico proposto poderá ser útil para estimar as perdas econômicas em estudos de cenários futuros que consideram a possibilidade de introdução de novas pragas vegetais no Brasil, bem como. Caso M. roreri seja introduzido no Brasil e ocorram condições semelhantes às que ocorreram no México, com um nível de incidência da doença de 15%, causaria um prejuízo de cerca de 100 milhões de dólares.Item O fator tempo como obstáculo na importação e movimentação de sementes geneticamente modificadas para pesquisa(Universidade Federal de Viçosa, 2014-12-08) Durante, Enio José; Silva, Orlando Monteiro daNão existe crescimento sustentável de forma desordenada. Nesse contexto, cabe ao poder público normatizar, fiscalizar e apresentar soluções para questões que possam se tornar empecilho ao dinamismo do agronegócio brasileiro. Como exemplo desse empecilho, pode-se citar a grande quantidade de normativas para o setor de sementes no Brasil, que pode tornar-se um gargalo ao desenvolvimento da agricultura. O intercâmbio de material genético é um dos principais recursos que os pesquisadores utilizam para introduzir características desejáveis em um cultivar. Porém, os trâmites burocráticos para conseguir autorização de importação, as exigências alfandegárias e o saturado sistema quarentenário brasileiro causam enorme atraso aos processos de importação de sementes, prejudicando o agronegócio brasileiro. Este trabalho teve dois objetivos: primeiro foi fazer revisão crítica da normativa relacionada à importação de sementes para a pesquisa, com a finalidade de identificar itens que possam causar atrasos ao processo e, por meio de um estudo de caso de uma empresa importadora de germoplasma, estimar o tempo gasto com as importações, desde sua autorização até a liberação da semente para o pesquisador. Para identificar os gargalos na legislação, fez-se uma análise da Instrução Normativa do MAPA que autoriza a importação de sementes para pesquisa, o que possibilitou apontar os itens que causam atrasos e, consequentemente, prejuízos ao processo. Para determinar o tempo gasto com o processo de importação de sementes para pesquisa, fez-se uma análise de todos os processos de importação, realizados no período de 2009 a 2012, levantando-se o tempo, em dias, que cada órgão anuente envolvido precisou para aprovar e liberar as sementes para os pesquisadores. Os resultados indicaram que no período de 2009 a 2012, em média, a CTNBio precisou de 157 dias para aprovar uma autorização de importação de sementes geneticamente modificadas para a pesquisa; o MAPA necessitou de 68 dias; o desembaraço na Alfândega demorou 10 dias; e o tempo de quarentena foi de 149 dias. Conclui-se que, no período de 2009 a 2012, o pesquisador que desejasse plantar um ensaio de material regulado precisava planejar o plantio com antecedência mínima de mais de um ano (384 dias), para assegurar-se de que a semente importada iria chegar a suas mãos, tendo atendido todos os requisitos legais.Item Caracterização do processo produtivo, aspectos da qualidade da farinha de mandioca e percepção dos agentes da cadeia na região central do estado de Roraima(Universidade Federal de Viçosa, 2015-03-23) Portella, Ana Lúcia; Peres, Ângela Pimenta; http://lattes.cnpq.br/6565048391534746O presente trabalho objetivou realizar um diagnóstico da caracterização e análise da qualidade da farinha das unidades de processamento da farinha de mandioca nos municípios de Cantá, Iracema e Mucajaí no Estado de Roraima. Para chegar a tal resultado fez-se levantamento para identificar e localizar os principais produtores de farinha de mandioca. Caracterizou-se o processo produtivo nas unidades de processamento da farinha de mandioca, visando detectar as condições do espaço físico utilizado; equipamentos e utensílios; pessoal na área de produção; manipulação, matérias – primas; fluxo de produção. Realizou-se análises qualitativas, microbiológica e físico-química das amostras da farinha grupo d’água produzidas em Roraima. As ferramentas utilizadas para coletas de dados, quando do desenvolvimento da referida pesquisa em campo, foram observação de contato direto, questionários com perguntas fechadas e abertas e coletas de amostra de farinha para análise em laboratório. O levantamento de dados, nesta pesquisa ocorreu concomitantemente através de procedimento documental para apresentação de dados estatísticos, como também pela observação nos empreendimentos das Casas de Farinha. As amostras de farinha de mandioca do grupo d’água, analisadas neste trabalho encontram-se todas dentro dos limites e padrões microbiológicos e físico-químicos estabelecidos na legislação vigente. Para Bacillus Cereus todas as amostras apresentaram resultados inferiores a 1,0 x 10 1 est., abaixo da tolerância máxima exigida 3 x 10 3 UFC/g, os resultados de Coliformes a 45°C são inferiores aos parâmetros estabelecidos, cujo valor máximo é 10 2 NMP/g tendo resultados inferiores a 0,3 NMP/g e não há a presença de Salmonella sp. De acordo com os resultados encontrados nesta análise as amostras de farinha apresentaram percentuais de amido dentro dos padrões de concentração exigidos pela legislação, cujo valor de tolerância exigido é no mínimo de 80% e as amostras apresentaram teores de amido variando de 82,15 a 95,96%. Os teores de cinzas encontrados nas amostras de farinha de mandioca analisadas, variaram de 0,53 a 1,59%, com 93,4% das amostras dentro do limite máximo fixado, com inconformidade representada por apenas uma das amostras. Todos os valores encontrados de umidade nas amostras analisadas estão dentro dos parâmetros exigidos pela legislação, variaram entre 4,67 a 10,26%, e em relação aos valores de acidez total, 52,8% das amostras foram consideradas pouco ácidas, e 47,2% muito ácidas. Pelos resultados encontrados no presente trabalho, pode-se concluir que a farinha produzida em Roraima, não apresentou contaminação microbiológica e as análises físico-químicas apresentam- se em sua maioria compatíveis com parâmetros exigidos pela legislação vigente.Item Status sanitário da mosca negra dos citros no Brasil(Universidade Federal de Viçosa, 2015-03-26) Maciel, Iramá Lopes; Pereira, Eliseu José Guedes; http://lattes.cnpq.br/0658368662471813A mosca negra dos citros, Aleurocanthus woglumi (Hemiptera: Aleuródida), é uma espécie exótica que coloniza plantas cítricas e que até recentemente possuía o status de praga quarentenária presente A2 de alerta máximo no país, restringindo o comércio de plantas e frutos cítricos de estados de regiões infestadas para estados sem a presença da praga. O primeiro registro da praga no Brasil ocorreu em maio de 2001, no Estado do Pará, e desde então parece ter havido rápida disseminação da praga para outros estados e regiões do país. Assim, o objetivo neste estudo foi avaliar o atual status sanitário da mosca negra dos citros no Brasil. Para a realização do trabalho, dados existentes em relatórios de levantamentos sobre a ocorrência da praga realizados pelos Órgãos Estaduais de Sanidade Vegetal foram compilados e analisados. Esses incluíram informações sobre diversas variáveis: danos que a mosca negra dos citros tem causado nas lavouras hospedeiras; culturas hospedeiras em que já foi constatado o ataque da praga; áreas de disseminação da praga nos municípios dos estados, considerando o atual sistema de produção nas regiões produtoras de plantas hospedeiras, e a existência de legislação estadual complementar a legislação federal a respeito do status sanitário da mosca negra dos citros. Os resultados obtidos mostram que os danos e prejuízos associados à praga e registrados nos levantamentos incluíam custos com pulverizações de inseticida e com certificação dos produtos para o trânsito e a redução da qualidade dos frutos devido à fumagina. As principais espécies de plantas hospedeiras da praga reportadas nos levantamentos foram citros e manga. Sobre a disseminação, sua presença foi constatada em 23 dos 27 Estados da Federação Brasileira, o que suporta a decisão de alteração do status da mosca negra dos citros de praga quarentenária presente (A2) no território nacional. Segundo os levantamentos, a praga se encontra disseminada nos Estados de MG, BA, MS, RN, CE, PR e PE, mas está ausente nas áreas de produção comercial de cultivos hospedeiros. Em SP e RJ, a praga está disseminada em parte do território desses estados com ocorrência em áreas de produção de espécies hospedeiras. Nos Estados de SE, ES e AL, a praga está presente em pequenos focos, e nos demais Estados, ela encontra-se presente em áreas de produção comercial e não comercial de plantas hospedeiras. A maioria dos estados adotava procedimentos da legislação federal para fiscalização quarentenária e somente os Estados de Minas Gerais, São Paulo, Bahia e Ceará possuem legislação estadual complementar à legislação federal.