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Item Com a voz as crianças: um estudo sobre as representações de escola na educação infantil(Universidade Federal de Viçosa, 2012-06-26) Costa, Bethania de Assis; Barreto, Maria de Lourdes Mattos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4700160D8; http://lattes.cnpq.br/9374962079253242; Pinto, Neide Maria de Almeida; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4701521A0; Souza, Gisele Maria Costa; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4708703Z7O crescente interesse pelo estudo do conhecimento social tem gerado importantes investigações sobre as representações acerca dos diferentes aspectos da sociedade. O interesse em conhecer como as crianças constroem suas representações sobre a instituição social que frequentam cada vez mais cedo e por várias horas no dia a escola e o reconhecimento de que elas são capazes de expressar suas ideias e falar sobre sua realidade é o que move este trabalho. A problemática que apresentamos foi: Que representações as crianças entre 5 e 6 anos de idade que frequentam um ambiente tradicional e um ambiente construtivista têm sobre a escola? As hipóteses que nortearam este estudo foram que as explicações das crianças sobre a escola baseiam-se em elementos que podem ser observados diretamente no contexto escolar e que as representações que elas constroem sobre a escola sofrem influências do ambiente escolar que frequentam, portanto as crianças que frequentam um ambiente construtivista e aquelas que frequentam um ambiente tradicional constroem representações diferenciadas sobre a escola. O objetivo foi conhecer as representações de escola de crianças entre 5 e 6 anos de idade que frequentam um ambiente escolar tradicional e um ambiente escolar construtivista em Viçosa, MG. Utilizou-se o método clínico piagetiano, que tem como instrumento de coleta de dados a entrevista clínica, constituída de perguntas básicas e complementares e da possibilidade de material concreto. A amostra foi constituída de 38 crianças, com 5 a 6 anos, matriculadas em duas classes da pré-escola: uma considerada ambiente construtivista e a outra, ambiente tradicional. A análise qualitativa dos dados das entrevistas evidencia como as crianças têm uma maneira peculiar de construir suas ideias sobre a realidade social, especificamente, da escola. O modo como as crianças de ambos os ambientes escolares, construtivista e tradicional, expressam suas ideias sobre a escola se assemelha no que diz respeito à forma de compreendê-la, conceituá-la e caracterizá-la. As explicações das crianças se baseiam, praticamente, no que tem na escola, no que sentem em relação à escola e no que fazem na escola. Portanto, baseiam suas explicações nos aspectos mais visíveis da situação, que lhes são diretamente observáveis e familiares. Embora tenham sido encontradas semelhanças no modo de representar a instituição escola, foi possível verificar algumas diferenças em relação aos conteúdos das respostas e dos aspectos mais ressaltados pelas crianças do ambiente construtivista e do ambiente tradicional. A principal diferença nas representações das crianças dos dois ambientes escolares foi a ênfase dada pelas crianças do ambiente tradicional ao processo ensino-aprendizagem de conteúdos escolares, enquanto as crianças do ambiente construtivista enfatizaram o brincar e as atividades que o envolvem. Ressalta-se a importância dada pelas crianças dos dois ambientes escolares aos espaços externos e aos brinquedos, o que aponta para a necessidade que crianças têm de vivenciar experiências lúdicas na escola. Este estudo é um recorte de uma realidade sobre uma temática ampla, portanto são necessários novos estudos que busquem aprofundar e conhecer o que as crianças pensam, dizem e sentem sobre a instituição escolar, considerando suas vozes como contribuições válidas para reflexão e ação em direção às mudanças necessárias.Item Concepção de crianças de 4 a 6 anos sobre o consumo de água: uma abordagem baseada no método clínico(Universidade Federal de Viçosa, 2008-02-25) Ferreira, Luciana Martiniano; Silva, Neuza Maria da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783876Z0; Souza, Gisele Maria Costa; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4708703Z7; Barreto, Maria de Lourdes Mattos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4700160D8; Mello, Rita Márcia Andrade Vaz de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4760230H9; Bartolomeu, Tereza Angélica; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4709252T1Atualmente, há uma grande preocupação com as práticas de consumo e cresce também o interesse em relação aos temas ambientais. Vários órgãos, instituições e pesquisadores desenvolvem trabalhos com enfoque nos problemas ambientais mundiais. Um dos recursos naturais alvo de preocupação dos ambientalistas e dos governantes é a água. Elemento fundamental para a vida humana, a água é utilizada em abundância por toda a humanidade. É um recurso natural de valor econômico, estratégico e social, além de ser essencial para a existência e bem-estar do homem e para a manutenção dos ecossistemas do planeta. A pesquisa teve como objetivo construir um instrumento para identificar a concepção de crianças sobre a água, enquanto recurso natural, utilizando o método clínico piagetiano. As questões que nortearam o trabalho foram: Que tipo de instrumento permite identificar a construção do conhecimento social sobre recursos naturais de forma a possibilitar trabalhar a educação para o consumo e a educação ambiental com crianças da educação infantil? Qual a concepção de crianças de 4 a 6 anos de idade sobre a água enquanto recurso ambiental? Como referencial teórico, utilizou-se a teoria piagetiana enfocando o processo de construção do conhecimento, o desenvolvimento e aprendizagem e o conhecimento social. Destacou-se também a educação para o consumo, a educação ambiental e o método clínico piagetiano. Foram realizadas entrevistas clínicas no Laboratório de Desenvolvimento Humano (LDH) da UFV, com dois grupos de crianças de 4 a 6 anos de idade. Na coleta dos dados, destacaram-se a concepção dessas crianças sobre a origem, o uso/utilização, o destino e o consumo da água enquanto um recurso natural, utilizando categorias de análise estabelecidas de acordo com estudos de Piaget. De acordo com os resultados, foram encontrados três níveis de compreensão sobre o tema estudado, e na construção dessas representações as crianças não se limitaram somente em reproduzir as informações que recebem do ambiente que as cerca, mas as reelaboraram, dentro da sua compreensão particular do mundo social. Um instrumento para identificar a concepção das crianças sobre a água enquanto recurso natural foi construído no decorrer da pesquisa, constituindo- se de um roteiro de entrevista e material concreto, composto de fichas de figuras que levam às crianças situações e situações-problema sobre a questão da água. O trabalho contribuiu para revelar a importância de conhecer o que as crianças pensam sobre a água para que as instituições de educação infantil e outros níveis escolares desenvolvam trabalhos significativos a esse respeito, considerando-se as diferentes possibilidades de compreensão de cada criança, dependendo da sua idade e das suas construções intelectuais.Item Convivência familiar e comunitária: um estudo de caso sobre as representações de crianças e adolescentes dos abrigos de Viçosa-MG(Universidade Federal de Viçosa, 2013-06-18) Almeida, Izabela Amaral de; Barreto, Maria de Lourdes Mattos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4700160D8; http://lattes.cnpq.br/3694458419232309; Reis, Lílian Perdigão Caixêta; http://lattes.cnpq.br/2710436780723053; Souza, Gisele Maria Costa; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4708703Z7O estudo do conhecimento e a compreensão do mundo social têm instigado pesquisas em variadas áreas sobre as representações acerca dos diferentes aspectos do funcionamento da organização social. O conhecimento social é o conhecimento proveniente das interações e transmissões sociais, e é por meio dessa interação que as crianças iniciam a construção de suas representações da realidade social. Uma realidade que carece de investigação nesse sentido é a dos Serviços de Acolhimento para Crianças e Adolescentes, no qual, crianças e adolescentes que tiveram seus direitos violados no seio da família são afastados do convívio familiar por meio da aplicação de medidas protetivas. O presente trabalho vem reafirmar a importância de se ouvir crianças e adolescentes em situação de acolhimento, uma vez que o ponto de vista deste público pode subsidiar ações significativas para o fortalecimento da rede de atendimento. Assim, a problemática apresentada foi: A modalidade de acolhimento em Abrigos Institucionais oferecida no município de Viçosa tem se mostrado efetiva enquanto medida protetiva, considerando a representação das crianças e adolescentes sobre a convivência familiar e comunitária? A hipótese que norteou este estudo foi de que as crianças e os adolescentes institucionalizados podem estar com seus direitos de convivência familiar e comunitária ameaçados devido à própria dinâmica de funcionamento da instituição de acolhimento que não favorece a promoção do convívio familiar e comunitário, pois faltam alternativas efetivas de atendimento que permitam reverter as situações que levaram ao acolhimento. O objetivo geral foi conhecer as representações das crianças e adolescentes inseridos na modalidade de Abrigo Institucional do município de Viçosa - MG, no que diz respeito à convivência familiar e comunitária. Utilizou-se o Método Clínico Piagetiano, que tem como instrumento de coleta e análise de dados a entrevista clínica, constituída de perguntas básicas e complementares. A amostra foi constituída de 13 crianças e adolescentes com idades entre 7 e 17 anos, institucionalizados em dois Abrigos de Viçosa-MG. A análise qualitativa dos dados das entrevistas evidencia como as crianças e adolescentes têm uma maneira peculiar de construir suas ideias sobre a realidade social, especificamente, do abrigo. Constata-se que a cultura da institucionalização ainda é priorizada em detrimento de políticas de reconstrução e fortalecimento dos vínculos familiares. Assim, embora o direito fundamental à convivência familiar e comunitária esteja garantido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), na prática, este não tem se efetivado, sobretudo no que se refere ao apoio à família para superação das dificuldades que levaram crianças e adolescentes à situação de vulnerabilidade, os quais continuam à mercê de políticas públicas pontuais e seletivas que não garantem os seus direitos de maneira universal.Item Educação infantil no município de Juiz de Fora: múltiplas dimensões de um campo social(Universidade Federal de Viçosa, 2008-02-22) Pereira, Joselaine Cordeiro; Oliveira, Milton Ramón Pires de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727595E0; Souza, Dileno Dustan Lucas de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762372Z9; Barreto, Maria de Lourdes Mattos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4700160D8; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4130496P6; Pinto, Neide Maria de Almeida; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4701521A0; Sarmento, Diva Chaves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780067Z6A pesquisa apresentada nessa dissertação elaborou uma análise acerca da constituição do campo do atendimento à infância especificamente no município de Juiz de Fora, Minas Gerais. A partir de processos históricos e políticos, procurou mapear o atendimento oferecido no período de 1978 - 1988, com vistas a identificar os agentes sociais desse campo, com especial atenção aos movimentos sociais. A partir da opção pela pesquisa de cunho qualitativo com perfil exploratório, analisou os dados constantes na base de dado documental constituída por documentos oficiais e técnicos, bem como por periódicos de circulação regional diária - Diário Mercantil, Tribuna de Minas e Tribuna da Tarde - além do jornal Unibairros produzido pelo movimento social de mesmo nome. O estudo revelou uma variedade de agentes sociais das quais os grupamentos identificados foram: poder público em suas três esferas - municipal, estadual e federal; as entidades assistenciais ligadas, em sua maioria, à confissões religiosas, mormente a Católica; movimentos sociais; organismos internacionais e, instituições privadas. Possuindo interesses dos mais diversos, os agentes sociais assumiram matrizes que cambiavam entre assistência e educação da infância revelando a multidimensionalidade do atendimento, bem como a própria particularidade daquela categoria geracional. O embate categórico existente entre o cuidar e o educar, contribuiu para polarizar creche e pré-escola cindindo sua função social - uma substituir o lar outra preparar para 1ª série. Por prioridade política e econômica, definiu-se o atendimento de demanda, cujo atendimento em creches voltou-se, preferencialmente às crianças de zero a três anos e em pré-escolas, às crianças de quatro a seis anos. As conclusões permitiram perceber também, o envolvimento diferenciado dos vários órgãos e entidades que atendiam à infância: as creches ficaram sob égide da Associação Municipal de Apoio Comunitário, ligada diretamente aos órgãos da assistência e promoção social, ao passo que as unidades de pré-escolas ficaram sob responsabilidade dos setores educacionais do município - quadro que ainda persiste nos dias atuais - estando em desacordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação. A disputa pela competência do atendimento gerada pelo embate entre o assistencial e o educacional permitiu apreender a multidimensionalidade na qual a Educação Infantil juizforana vem se constituindo.Item A Escola no campo: ouvindo crianças e adolescentes da zona rural do Município de Viçosa, MG(Universidade Federal de Viçosa, 2013-04-25) Cruz, Elenciria Oliveira da; Barreto, Maria de Lourdes Mattos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4700160D8; http://lattes.cnpq.br/3961042463135335; Amodeo, Nora Beatriz Presno; http://lattes.cnpq.br/6045747294263289l/visualizacv.do?id=K4708493A7; Loreto, Maria das Dores Saraiva de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787872U2Os estudos na área da educação vêm crescendo significativamente, no entanto, a educação no campo ainda não é pesquisada com tamanha frequência, como são outros temas educacionais. Considera-se que na construção de conhecimentos sobre esse tema, educação no campo , é indispensável ouvir os sujeitos que fazem uso diretamente dessa política pública. Por isso, neste trabalho procurou-se dar voz às crianças e adolescentes, residentes na zona rural, como representantes das instituições família e escola, para falarem sobre a escola que estudam. Defendemos a ideia das crianças e adolescentes como cidadãos de direito, inclusive de serem ouvidos e pesquisados. Nesse sentido, buscamos investigar: quais representações fazem as crianças e adolescentes sobre a escola do campo em que são atendidos? As hipóteses que nortearam este estudo foram que as ações e experiências desempenhadas e vividas pelos sujeitos podem interferir no modo como eles explicam ou falam sobre suas vivências na escola do campo. Suas percepções mostrariam as perspectivas de seus olhares sobre a realidade da escola do campo e, consequentemente, seria possível ter-se uma avaliação da situação atual dessas escolas. Nesse contexto, o objetivo da pesquisa foi analisar as representações que crianças e adolescentes da zona rural possuem sobre a escola do campo que frequentam. O método utilizado para coleta e análise de dados foi o método clínico piagetiano, cuja entrevista é composta de perguntas básicas e complementares. A amostra foi composta por 32 sujeitos, sendo 8 em situação de repetência escolar e 24 não repetentes, ou seja, que frequentavam a série esperada para sua idade; formando assim dois grupos de sujeitos, os repetentes e os não repetentes. Fazendo então parte da amostra, sujeitos de 5 a 13 anos de idade, matriculados do Pré-escolar ao 5o ano. A análise qualitativa dos dados das entrevistas evidenciou como as crianças e os adolescentes possuem uma forma própria de construir e demonstrar as ideias sobre vários assuntos, dentre eles, sobre a escola que frequentam. As crianças e os adolescentes baseiam suas ideias, principalmente, sobre o que tem na escola e sobre as relações que estabelecem nesse ambiente. Portanto, suas explicações estão baseadas no que lhes é perceptível e observável. Percebeu-se que, por mais que o pensamento das crianças e dos adolescentes apresentem suas limitações estruturais, próprias do estágio de desenvolvimento, eles possuem capacidade de falar sobre a escola em que estudam. Eles retrataram a escola assim como ela é em seus aspectos físico e humano, de acordo com as atividades diversas e a rotina desenvolvida e com os sentimentos que atribuem a este lugar. Por outro lado, independente de serem repetentes ou não repetentes, falam da escola que desejam, onde possam brincar nos momentos de recreação, e que tenham o privilégio de aprender brincando, para que as dificuldades com os conteúdos sejam amenizadas. O fracasso escolar é visto como falta do empenho pessoal. Nesse sentido, desejam uma escola onde a professora seja afetuosa e passe a vê-los como sujeitos ativos no processo de desenvolvimento e construção do conhecimento, para que juntos possam superar a repetência escolar. Assim, pelos resultados apresentados, as hipóteses da pesquisa foram confirmadas. Reconhece-se que essa pesquisa é apenas um recorte da realidade, fazendo-se necessário a realização de mais estudos, abrangendo mais escolas, abrangendo crianças e adolescentes com características semelhantes dos aqui pesquisados. Conclui-se que as crianças e adolescentes desejam uma escola possível, de qualidade; e estão dispostos a participar ativamente da idealização dessa escola, que não só informa conteúdos, mas prioriza a criatividade e a invenção que existe em cada sujeito e que se faz necessário para construção de cidadãos cada vez mais conscientes do mundo em que vivem e que irão construir.Item Estudo das representações de crianças internadas em hospital sobre o adoecimento e a hospitalização em uma abordagem piagetiana(Universidade Federal de Viçosa, 2011-07-06) Bonato, Cássia Aparecida Andrade; Loreto, Maria das Dores Saraiva de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787872U2; Barreto, Maria de Lourdes Mattos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4700160D8; http://lattes.cnpq.br/8460295199424346; Souza, Gisele Maria Costa; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4708703Z7; Silva, Neuza Maria da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783876Z0A construção do conhecimento por crianças e adolescentes tem instigado pesquisas nas mais variadas áreas. O conhecimento social é construído na interação entre o sujeito e o meio em que vive; assim, crianças e adolescentes que passam por uma experiência de hospitalização constroem conhecimento a partir de sua vivência. Quando hospitalizada, a criança é afastada de seu meio e sua realidade sofre alterações e transformações. Desta forma, além do sofrimento físico advindo da doença, a criança sofre por estar separada dos familiares, das atividades cotidianas e pelo desconhecimento do que está acontecendo consigo. Para minimizar este sofrimento são utilizadas estratégias de humanização hospitalar, como a brinquedoteca hospitalar, uma vez que a função do hospital não é apenas curar doenças, mas também promover bem-estar e qualidade de vida aos pacientes. Assim, ao buscar conhecer o que crianças hospitalizadas pensam sobre o processo de adoecimento e internação hospitalar, surgem algumas questões: Quais são as representações sobre o adoecimento e hospitalização de crianças que participam de atividades lúdicas no ambiente hospitalar? O que estas crianças pensam e sentem ao estar doentes e hospitalizadas? A fim de responder a estas questões, o objetivo desta pesquisa foi analisar as representações sobre o adoecimento e a hospitalização pela perspectiva de crianças, de 4 a 12 anos, hospitalizadas em uma instituição hospitalar que possui atividades lúdicas. Diante da natureza do problema abordado, utilizamos o Método Clínico Piagetiano, como método de coleta e análise dos dados, visando alcançar o objetivo proposto. Para isso empreendemos uma coleta de dados através das seguintes etapas: construção do instrumento de coleta de dados e realizaçao do estudo piloto, e, coleta de dados por meio da entrevista clínica. Após realizadas as entrevistas, realizamos o tratamento dos dados elaborando seis categorias: ambiente físico hospitalar, ambiente humano hospitalar, procedimentos e rotina hospitalar, adoecimento e cura, práticas lúdicas e brinquedoteca hospitalar. Posteriormente realizamos a análise dos dados, de acordo com os níveis de respostas em que os sujeitos se encontram, de acordo com a teoria piagetiana. Os resultados apontaram que a construção do conhecimento social passa por fases evolutivas, indo de níveis mais simples até os mais complexos. Nossa hipótese de que as crianças desenvolvem representações sobre o processo de adoecimento e cura, desde muito jovens, foi corroborada. Mas é importante ressaltar que uma mesma criança possui representações e diferentes níveis de compreensão, de acordo com as categorias estabelecidas. Categorias que traziam aspectos vivenciados mais negativos, como dor, espera por atendimento e más condições de instalação física, alcançaram níveis maiores de compreensão, do que categorias que não estavam relacionadas com sofrimento, por exemplo, em relação ao brincar no hospital. Conclui-se que é importante conhecer as representações das crianças para que possamos rever os procedimentos hospitalares e até mesmo as práticas humanizadoras já desenvolvidas. Ouvindo as crianças percebemos que o ambiente hospitalar não é preparado para receber crianças, pois o ambiente e a prática hospitalar refletem as necessidades adultas, sem atentar-se que as crianças têm outras necessidades tanto em relação ao espaço físico e mobiliário, quanto à forma de tratamento humano: as crianças têm direito a ser ouvidas, tem direito de saber o que está acontecendo consigo e tem de ter suas necessidades infantis respeitadas. A brinquedoteca hospitalar é um avanço, pois permite que as crianças brinquem, tenham sua auto-estima aumentada e vivenciem momentos prazerosos no hospital. Entretanto são necessárias mudanças e maiores investimentos nos programas de humanização hospitalar, para que ocorra aumento do bem-estar e qualidade de vida das crianças hospitalizadas e de suas famílias.Item Estudo de representação sobre os recursos monetários e sua relação com o consumo por crianças e adolescentes, em uma perspectiva piagetiana(Universidade Federal de Viçosa, 2009-11-30) Rocha, Mônica; Silva, Neuza Maria da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783876Z0; Coria, Marianela Del Carmen Denegri; Barreto, Maria de Lourdes Mattos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4700160D8; http://lattes.cnpq.br/0922265800429328; Bartolomeu, Tereza Angélica; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4709252T1; Pinto, Neide Maria de Almeida; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4701521A0; Mello, Rita Márcia Andrade Vaz de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4760230H9Crianças e adolescentes vivem num mundo economicamente globalizado e buscam conhecer e explicar tudo o que está à sua volta. Por isso, compreender a forma como as crianças pensam e quais as suas ideias sobre as interfaces do mundo econômico permite a compreensão de como constroem esse conhecimento social. Diante disso, questionou-se como as crianças e os adolescentes de 4 a 13 anos constroem a representação sobre o conhecimento a respeito dos recursos monetários e sua relação com o consumo? A hipótese consistiu em: as crianças desde os 4 anos fazem representações sobre os recursos monetários e sua relação com o consumo. Essas representações se modificam, progressivamente, à medida que os sujeitos se desenvolvem cognitivamente. Assim, em cada nível de desenvolvimento terão ideias diferentes sobre os recursos monetários e sua relação com o consumo, norteadas por sua estrutura de pensamento. No entanto, nem todas as crianças do mesmo estágio de desenvolvimento cognitivo estão no mesmo nível de representação desse conhecimento social. Os objetivos deste estudo foram analisar e descrever as representações das crianças e dos adolescentes de 4 a 13 anos sobre os recursos monetários e suas relações com o consumo. O estudo está ancorado na pesquisa qualitativa e baseado no método clínico piagetiano. A amostra foi composta por 60 estudantes de escolas públicas, sendo 10 sujeitos nas faixas etárias médias de 4, 6, 7, 10, 11 e 13 anos. Para a coleta dos dados, foi construída a entrevista clínica, que constou de perguntas básicas e complementares e do material concreto. A análise dos dados partiu do estabelecimento das seguintes categorias: recursos monetários, consumo e relação dinheiro vs. consumo. A classificação das respostas dos sujeitos ocorreu por níveis (nível pré-I, nível I, nível II e nível III). Os resultados indicaram que a construção do conhecimento social sobre os recursos monetários e sua relação com o consumo passa por níveis evolutivos, desde os mais simples até os mais complexos, confirmando a hipótese da pesquisa. As crianças do nível pré-I representam o dinheiro como as notas e moedas, que se encontram em qualquer loja e servem para comprar. Acompanham seus pais nas compras, mas eles não compram tudo o que as crianças desejam. As crianças do nível I consideram o dinheiro como proveniente do banco. Para elas, as moedas e as cédulas são os tipos de recursos utilizados para comprar as coisas. Fazem compras com seus pais, mas estes não compram tudo o que querem porque não possuem dinheiro suficiente. Para elas, o dinheiro serve para comprar e para guardar. Os sujeitos do nível II representam o dinheiro como meio de pagamento utilizado nas compras e usam as moedas, as cédulas e os cartões fabricados na fábrica de dinheiro. Gostam de realizar compras sozinhos ou com seus pais, mas estes não compram tudo o que desejam porque, primeiro, compram os produtos alimentícios de que necessitam. O dinheiro possui as funções de comprar, pagar, emprestar e poupar. Para os adolescentes do nível III, o dinheiro é um meio de troca para se obterem produtos, e para isso usam-se cédulas, moedas, cartões e cheque confeccionados na fábrica de dinheiro que está ligada ao governo federal. Fazem compras, porém não compram tudo o querem, pois dispõem de pouco dinheiro e não podem se endividar. O dinheiro serve de troca por produtos e serviços que procuram consumir e para fazer aplicações e usá-lo futuramente. Pode-se inferir que os sujeitos constroem o conhecimento sobre os recursos monetários e a relação com o consumo a partir de suas experiências e conforme as possibilidades que suas estruturas cognitivas permitem, pois o conhecimento social é construído a partir da interação e transmissão social. As representações dos sujeitos mostram a evolução de seus conhecimentos, numa progressão contínua, pois os sujeitos mais velhos conseguem explicar suas ideias com mais detalhes do que os mais novos, que ainda dependem dos aspectos visíveis dos objetos para representar suas ideias.Item O jogo e seus múltiplos olhares: perspectivas da família e da escola e suas interações na prática educativa(Universidade Federal de Viçosa, 2008-08-08) Lisboa, Vicentina Aparecida Veloso de Barros; Gomes, Maria Carmen Aires; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4791838E8; Souza, Gisele Maria Costa; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4708703Z7; Barreto, Maria de Lourdes Mattos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4700160D8; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4758856U2; Silva, Neuza Maria da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783876Z0; Redin, Euclides; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788861T0Nesta pesquisa, investigou-se qual é a concepção de jogo na perspectiva dos professores e das famílias e de que forma essas concepções refletem na ação educativa na educação infantil e no ensino fundamental. Buscou-se, assim, analisar a concepção de jogo na perspectiva dos professores e das famílias e seus reflexos na ação educativa com crianças de 3 a 8 anos de idade. Especificamente, teve como objetivos: identificar a concepção de jogo para os professores e para as famílias; descrever as funções que os professores e as famílias atribuem ao jogo de acordo com a idade e, ou, nível de ensino; identificar os tipos de jogos e as formas de utilização deles na escola e na família; analisar como as concepções de jogo dos professores e das famílias refletem na ação educativa da escola nos diferentes níveis de ensino: educação infantil e ensino fundamental; e confrontar a concepção de jogo entre os professores e as famílias, revelando as possíveis convergências e divergências. O aporte teórico constou da abordagem do jogo em diferentes perspectivas: antropológica, sociológica e psicológica, assim como de pesquisadores contemporâneos que apontam o jogo como fundamental no processo de desenvolvimento e aprendizagem. O campo empírico foi o Centro Educacional Coeducar, que tem como entidade mantenedora uma cooperativa de pais, que atende crianças e adolescentes de 3 a 14 anos de idade. A amostra foi composta por 12 professores, sendo estes regentes do segmento de Educação infantil, regentes do Ensino Fundamental e especialistas dos dois segmentos e 12 pais de crianças dos referidos segmentos. Por meio de entrevistas com professores de educação infantil, ensino fundamental e especialistas e pais de crianças da educação infantil e do ensino fundamental, os dados foram coletados, tratados e analisados, mediante o referencial teórico construídos para a investigação. A discussão dos resultados foi realizada a partir da análise de conteúdos, com categorias emergidas dos dados das entrevistas. Constatou-se que professores e pais concebem o jogo de forma diferenciada conforme a idade. Os resultados confirmaram a premissa de que famílias e professores entendem o jogo como elemento integrador na educação de crianças, porém o diferenciam conforme o nível de ensino, ou seja, Educação Infantil e Ensino Fundamental. Foi indicada a necessidade de um maior diálogo entre escola e família, no que se refere ao jogo, suas funções e interações à prática educativa. Essa investigação poderá contribuir para que se amplie o diálogo entre família e escola a respeito da importância do jogo como possibilidade de construção de conhecimento, independentemente da idade das crianças, ou do nível de ensino em que se encontram.Item A política de atendimento nas instituições de educação infantil públicas do município de Viçosa-MG: entre a realidade e as proposições legais e teóricas(Universidade Federal de Viçosa, 2007-02-28) Bastos, Andresa Lima; Pinto, Neide Maria de Almeida; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4701521A0; Teixeira, Karla Maria Damiano; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790320H4; Barreto, Maria de Lourdes Mattos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4700160D8; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4737090U0; Silva, Neuza Maria da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783876Z0; Souza, Gisele Maria Costa; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4708703Z7Contínuas mudanças sociais, econômicas e culturais têm provocado transformações na dinâmica e organização das famílias e na educação das crianças de até seis anos de idade, em todas as camadas sociais. Cada vez mais a educação e o cuidado na primeira infância são tratados pelo governo, organismos internacionais, organizações da sociedade civil e por um número crescente de países em todo o mundo. Na década de 1990, várias foram as mudanças ocorridas na legislação brasileira, que definem a garantia de atenção às crianças de zero a seis anos. Esta pesquisa se propôs analisar de que forma a política de Educação Infantil proposta pelo Estado é efetivada pela Secretaria Municipal de Educação do município de Viçosa MG e como o município tem implementado a legislação e os parâmetros de qualidade no cotidiano das Instituições de Educação Infantil sob sua responsabilidade, tentando identificar possíveis contradições entre as proposições legais e a realidade destas instituições. Como recorte empírico tomou-se as Instituições de Educação Infantil públicas urbanas do município de Viçosa MG. O objetivo geral foi analisar a realidade da Educação Infantil pública do Município de Viçosa MG, confrontando a realidade da Educação Infantil do município com a legislação vigente e com os parâmetros de qualidade definidos para o estudo. A população do estudo constituiu-se das Instituições de Educação Infantil Públicas Municipais da cidade de Viçosa MG, sendo a amostra constituída de oito Instituições de Educação Infantil Públicas Municipais, localizadas na zona urbana, nas modalidades creche e pré-escola. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semi-estruturadas, observações in loco e análise documental. Pôde-se constatar que a realidade da Educação Infantil municipal em Viçosa não se encontra totalmente em consonância com a legislação e com os parâmetros de qualidade propostos para o estudo. Mesmo que a Educação Infantil oferecida pelo município tenha realizado muitas conquistas até o presente momento, considerando-se que a educação, em todas as suas modalidades de ensino, enfrenta dificuldades diversas, o estudo revelou uma situação dinâmica, com importantes mudanças introduzidas, mas ainda contraditórias em relação a efetivações concretas.Item Refletindo sobre as redes sociais no cuidar e educar em contextos de famílias com filhos menores de seis anos de idade(Universidade Federal de Viçosa, 2011-06-29) Fraga, Márcia Helena da Silva; Loreto, Maria das Dores Saraiva de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787872U2; Pinto, Neide Maria de Almeida; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4701521A0; Barreto, Maria de Lourdes Mattos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4700160D8; http://lattes.cnpq.br/2499937012154565; Silva, Douglas Mansur da; http://lattes.cnpq.br/1812859470131233Diante das várias mudanças da família ao longo do seu ciclo de vida, o apoio das redes sociais é fundamental ao enfrentamento de transições, como o cuidar e educar filhos de 0 a 6 anos de idade, pois, neste estágio, muitos são os problemas enfrentados pela família. As redes de apoio social formal ou informal podem possibilitar o alcance de maior equilíbrio na conciliação das atividades laborais e familiares. No entanto, nem sempre se pode contar com o apoio dessas redes sociais, buscando-se, muitas vezes, alternativas que influenciam na própria estrutura familiar, como a renúncia de um dos cônjuges pela sua participação no mercado de trabalho. Assim, este estudo descreve a morfologia das redes sociais acionadas pelas famílias com filhos pequenos e seu papel na vida familiar de docentes de instituição de ensino público federal, que chegaram à cidade de Bambuí, MG, desde o ano de 2006. E esse foi o problema do estudo: Qual papel as redes sociais exercem no cuidado e educação das crianças menores de 6 anos de idade das famílias com filhos pequenos, representadas pelos servidores do IFMG Campus Bambuí? e em que situações essas famílias recorrem às redes sociais e qual sua adequacidade no suporte às famílias? A pesquisa, de natureza qualitativa, descritiva e compreensiva, fez uso de entrevista a 19 pais com filhos menores de 6 anos de idade, incluídos no quadro de efetivos do IFMG Campus Bambuí, desde o ano de 2006. Os resultados apontaram que as Instituições de Educação Infantil, enquanto rede social formal, tiveram grande destaque em relação às outras redes formais, como o cuidador pago, porém, apesar de sua importância e demanda crescente pelos seus serviços, as IEIs da cidade de Bambuí são em número reduzido, não oferecendo alternativas ao seu público-alvo, que são as famílias com pais profissionais e filhos menores de idade. As redes sociais interferiam no cotidiano das famílias, contribuindo para um melhor equilíbrio e funcionamento da vida familiar. A inexistência e, ou, limitações desse suporte às famílias reforçam os papéis estereotipados de gênero, quando o cuidado é visto como função da mulher-mãe. Essa discussão abrange aspectos comportamentais dos docentes perante a interface trabalho remunerado e sua família, com reflexos na qualidade de vida da família e do trabalho.Item Relações de gênero na Educação Infantil: uma análise a partir da atividade lúdica(Universidade Federal de Viçosa, 2006-05-11) Castro, Ana Paula Pereira de; Fiúza, Ana Louise de Carvalho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796571E6; Barreto, Maria de Lourdes Mattos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4700160D8; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4777284Z9; Teixeira, Karla Maria Damiano; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790320H4; Mello, Rita Márcia Andrade Vaz de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4760230H9; Silva, Neuza Maria da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783876Z0O objetivo deste trabalho consistiu em analisar, através do jogo simbólico, o processo de constituição das identidades de gênero. As questões que nortearam a pesquisa foram: Que tipos de modelos meninos e meninas do Laboratório de Desenvolvimento Infantil e do Laboratório de Desenvolvimento Humano estão produzindo e reproduzindo nos jogos? Os papéis representados nos jogos apontam as mudanças que estão sendo construídas nas relações familiares e nas relações de gênero na sociedade atual? Existe uma hierarquia sexual de poder nas relações sociais estabelecidas entre meninos e meninas nos seus jogos? Adotamos a teoria piagetiana e a teoria do psicodrama como referencial teórico, enfocando o processo de construção do conhecimento, o papel da interação social e do jogo no desenvolvimento da criança. Além dessa fundamentação, enfocamos a instituição família e os papéis sociais ao longo da história e a contribuição dos estudos de gênero para a compreensão dos papéis sociais. Foram realizadas observações sistemáticas dos jogos desenvolvidos pelas crianças, na área de brinquedo dramático do LDI e LDH da UFV, com crianças na faixa etária entre 4 e 6 anos de idade. Na análise dos dados, enfocamos os brinquedos usados por meninos e meninas, os papéis psicodramáticos representados pelas crianças e os modelos de famílias representados na área do brinquedo dramático. Os resultados apontaram para as mudanças que estão ocorrendo nos padrões de divisão sexual do trabalho, nas relações de gênero, no casamento e na família. Observamos que o papel de mãe foi o mais representado pelas meninas, embora elas tenham representado outros papéis, retratando a multiplicidade de papéis vivenciada pelas mulheres, o que alguns pesquisadores têm definido como a fragmentação da identidade. Os papéis de filho e a imitação de animais foram mais representados pelos meninos e a presença dos meninos na área do brinquedo dramático foi menor em relação à presença das meninas. A pesquisa contribuiu para mostrar como o jogo constitui fonte importante para análise das relações de gênero na infância, principalmente na faixa etária estudada, pois nesta idade a criança já passou de um funcionamento embasado na ação para um funcionamento representacional. Além disso, ao longo do desenvolvimento as crianças vão construindo as identidades de gênero, assim como constroem o conhecimento físico, lógico-matemático e social.Item A representação de crianças e adolescentes sobre a inclusão escolar(Universidade Federal de Viçosa, 2012-06-28) Soares, Olga Maria de Araújo; Barreto, Maria de Lourdes Mattos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4700160D8; http://lattes.cnpq.br/1817967877251487; Silva, Neuza Maria da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783876Z0; Souza, Gisele Maria Costa; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4708703Z7Muitas discussões referentes à inclusão escolar vêm sendo realizadas, e a importância do respeito e valorização da diversidade é fundamental para viver em sociedade. O estudo do conhecimento social tem gerado grandes contribuições para diversas questões da sociedade e particularmente, com relação à nossa pesquisa, sobre aspectos da inclusão escolar. Acreditamos que as crianças e os adolescentes têm o que dizer sobre incluir, em suas escolas, sujeitos com deficiência, mesmo sem vivenciar esse processo. Nesse sentido, nossa pesquisa buscou investigar como ocorre a evolução de pensamento de crianças e adolescentes sobre o reconhecimento da diferença; o ambiente físico de uma escola regular que tem crianças/adolescentes com deficiência; e o reconhecimento da deficiência e o respeito e cooperação das crianças/adolescentes sem deficiência com as crianças/adolescentes com deficiência. A hipótese que norteou este estudo foi o fato de que as representações das crianças e adolescentes sobre a inclusão vão se modificando ao longo do desenvolvimento do indivíduo e que, desde cedo, as crianças têm o que falar sobre a inclusão, apresentam soluções e, mesmo não vivenciando a experiência inclusiva na escola, têm o que dizer sobre várias questões relacionadas à inclusão escolar, como o reconhecimento da diferença, da deficiência; sobre um ambiente físico de uma escola regular que atende crianças com e sem deficiência; e sobre relações de respeito e cooperação entre elas e os sujeitos com deficiência. As ações e experiências que os sujeitos têm podem interferir na maneira como eles explicam o processo de inclusão escolar. O objetivo da pesquisa foi conhecer a representação que as crianças e adolescentes de 5 a 14 anos fazem sobre o processo de inclusão escolar na rede regular de ensino, no Município de Viçosa, MG. Utilizamos o Método Clínico Piagetiano, que tem como instrumento de coleta de dados a entrevista clínica, constituída de perguntas básicas e complementares e com apoio de material concreto. Nossa amostra foi constituída de 36 crianças e adolescentes na faixa etária de 5 a 14 anos, matriculados em duas escolas municipais, uma que atende à Educação Infantil e outra que atende ao Ensino Fundamental. Distinguimos quatro níveis de compreensão sobre o reconhecimento da diferença, ambiente físico, reconhecimento da deficiência e sobre o respeito e cooperação. A análise qualitativa dos dados das entrevistas indica que, de maneira geral, as crianças classificadas no Nível Pré-I não sentem necessidade ou não justificam seu raciocínio, e suas representações são embasadas na realidade cotidiana. No Nível I, as representações são fundamentadas nos aspectos mais visíveis da situação, o que está mais próximo da sua vivência. No Nível II, as crianças começam a formular uma concepção mais realista com relação à inclusão escolar, enquanto no Nível III as explicações são mais complexas, sendo capazes de sugerir soluções viáveis e realistas para as situações propostas, caracterizado pelo pensamento formal, podendo pensar sobre aspectos não visíveis da realidade. As crianças mais novas elaboram uma representação a partir de aspectos mais aparentes, e os mais velhos têm a capacidade de coordenar diferentes variáveis do problema. É ouvindo essas crianças e adolescentes que podemos identificar suas ideias e refletir sobre o papel da escola, da família e da sociedade com relação à inclusão escolar. Este estudo é um recorte de uma temática ampla, sendo necessários novos estudos que busquem aprofundar e conhecer as representações de crianças e adolescentes sobre aspectos que lhe dizem respeito, como a maneira de promover reflexos para a melhor vivência e convivência social.Item A representação de crianças e adolescentes sobre os resíduos sólidos: um estudo a partir do método clínico(Universidade Federal de Viçosa, 2013-05-07) Santos, Eliane Cristina; Barreto, Maria de Lourdes Mattos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4700160D8; http://lattes.cnpq.br/4712667516346693; Souza, Gisele Maria Costa; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4708703Z7; Reis, Lílian Perdigão Caixêta; http://lattes.cnpq.br/2710436780723053A questão dos resíduos sólidos tem levantado discussões e grande preocupação pelo seu aumento exponencial ao longo dos últimos anos. Muitas dessas reflexões tem apontado várias soluções técnicas, como aumento do número de lixeiras nas cidades, de profissionais qualificados para o serviço, melhorias nos serviços de coleta, reciclagem e destino dos resíduos sólidos, dentre outros. No entanto, a conscientização dos indivíduos frente a essas questões não tem se intensificado. As pesquisas que privilegiam o estudo do conhecimento social, assim como a nossa, tem sido de grande importância para ampliação do conhecimento sobre vários temas. Acreditamos que as crianças e adolescentes tem o que dizer e contribuir sobre a questão dos resíduos sólidos, pois estão inseridos em uma sociedade que vivenciam as questões referentes ao conceito, formação, manutenção e destinação dos resíduos. Assim, nossa pesquisa buscou conhecer a evolução no pensamento de crianças e adolescentes sobre o conceito e formação dos resíduos sólidos; e a manutenção e destinação dos resíduos sólidos. A hipótese que norteou nosso estudo foi de que, ao longo do desenvolvimento, crianças e adolescentes possuem ideias diferentes acerca do conceito, formação, manutenção e destino dos resíduos sólidos e estas ideias mostram como o conhecimento sobre esse tema está sendo construído por elas desde muito cedo. Essas ideias são diferentes por causa da estrutura de pensamento, essas crianças desde muito pequenas tem o que dizer sobre os resíduos sólidos, no que diz respeito ao conceito, formação, manutenção e destino. Ao longo do desenvolvimento o nível de compreensão vai evoluindo e tornando-se mais complexo, mas tem como base a formação do período anterior. A maneira como os resíduos sólidos são considerados pelas crianças e adolescentes vai depender de como a sociedade, a família e a escola percebem este problema e o apresentam para as crianças e adolescentes, além de que esses sujeitos podem trazer novas maneiras de pensar sobre esse conteúdo. Partindo deste pressuposto, o objetivo geral desta pesquisa foi analisar a representação que crianças e adolescentes de 5 a 13 anos, em uma instituição escolar que tinha um projeto de educação ambiental, no município de Viçosa, MG, têm sobre o conceito, formação, manutenção e destinação dos resíduos sólidos e a sua relação com o meio ambiente. Utilizamos o método clínico piagetiano como procedimento de coleta e análise dos dados, método esse que tem como instrumento de coleta de dados a entrevista clínica, constituída de perguntas básicas e complementares e material de apoio. A amostra foi constituída por 36 sujeitos de 5 a 13 anos de idade matriculadas em uma escola particular, que atende da Educação Infantil ao Ensino Médio. As idades foram divididas dentro dos estágios de desenvolvimento organizados por Piaget: 5 a 7 (pré-operatório), 8 a 10 (operatório concreto) e 11 a 13 (operatório formal). Dentro da temática dos resíduos sólidos, distinguimos duas categorias: o conceito e formação dos resíduos sólidos; manutenção e destinação dos resíduos sólidos, dentro dessas categorias as respostas foram classificadas em Pré-I, Nível I, Nível II e Nível III para análise qualitativa dos dados. Não obtivemos respostas classificadas no nível pré-I. As respostas classificadas no nível I baseiam-se nas realidades cotidianas e tem-se dificuldade de ampliar as questões para o que não é próximo ao cotidiano. No nível II as respostas são baseadas em uma realidade mais realista com relação aos resíduos sólidos e começa-se a perceber as relações sociais nos problemas ambientais. No nível III as respostas são críticas com a ordem social existente, emitem-se juízo sobre o que está bom ou o que não está de acordo com a ordem social e propõe-se soluções e alternativas. As representações confirmaram uma evolução no pensamento no qual crianças mais novas elaboram conceitos a partir de questões mais evidentes, enquanto as mais velhas conseguem coordenar diferentes variáveis sobre os temas abordados e a trabalhar com os possíveis. Embora as crianças pequenas não tenham visão mais complexa da realidade, já podem refletir e falar sobre o tema. Consideramos que é importante conhecer o percurso do conhecimento social para trabalhar com crianças e adolescentes. É com a escuta de crianças e adolescentes que podemos refletir como este tema está sendo vivenciado e construído por esses sujeitos, suas famílias, escola e sociedade. Este estudo é um recorte da realidade de um tema amplo, sendo fundamental outros estudos que busquem o conhecimento sobre como essas questões são trabalhadas e vivenciadas pela sociedade. Só assim podemos inferir sobre como são considerados os resíduos sólidos em nossa sociedade.Item Representações de crianças e adolescentes sobre trabalho numa perspectiva piagetiana(Universidade Federal de Viçosa, 2009-10-19) Silva, Márcia Onísia da; Souza, Gisele Maria Costa; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4708703Z7; Pinto, Neide Maria de Almeida; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4701521A0; Barreto, Maria de Lourdes Mattos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4700160D8; http://lattes.cnpq.br/0514182389334292; Mello, Rita Márcia Andrade Vaz de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4760230H9; Bartolomeu, Tereza Angélica; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4709252T1A construção do conhecimento por crianças e adolescentes tem instigado pesquisas nos mais variados campos. O conhecimento social, que é construído pela transmissão social e pela interação entre o sujeito e o meio em que vive, é de extrema importância para seu desenvolvimento. Esta proposta originou-se de uma experiência de estágio na Educação Infantil, no qual se percebeu que as crianças diferenciavam o trabalho do homem do trabalho da mulher, mas não compreendiam bem o mundo do trabalho. A problemática que apresentamos foi: quais as representações de crianças e adolescentes, na faixa-etária de 4 a 14 anos, sobre trabalho e se crianças e adolescentes, nesta faixa etária, estabeleciam relações entre trabalho e gênero, distinguindo as atividades laborais exercidas por homens e mulheres na polarização entre "trabalho masculino" e "trabalho feminino", conforme a divisão sexual do trabalho presente na nossa sociedade. As hipóteses que nortearam o estudo foram de que crianças e adolescentes criam modelos e representações sobre a categoria trabalho que variam à medida que percorrem os diferentes estágios de desenvolvimento, os quais não se configuram como meras cópias da realidade, mas são transformados ativamente pelos sujeitos e que crianças e adolescentes na faixa etária de 4 a 14 anos incorporam a polarização da divisão sexual do trabalho vigente em nossa sociedade em "trabalho feminino" e "trabalho masculino". Os objetivos foram identificar e analisar a gênese das representações sobre a categoria trabalho e sobre a divisão sexual do trabalho, de crianças e adolescentes, na faixa etária entre 4 e 14 anos, de uma escola particular de Viçosa, MG. Utilizamos o Método Clínico Piagetiano, que tem como instrumento de coleta de dados a entrevista clínica, constituída de perguntas abertas e da possibilidade de utilização de material concreto. Constituíram a amostra crianças e adolescentes, na faixa etária de 4 a 14 anos, matriculados em uma escola particular de Viçosa, MG. Construímos o instrumento composto de perguntas abertas e de material concreto com fichas representando atividades laborativas. Na análise dos dados, utilizamos três categorias: conceito de trabalho, trabalho remunerado vs. não remunerado e divisão sexual do trabalho, elaborando-se os níveis de respostas dos sujeitos. Os resultados apontaram que a construção do conhecimento social passa por fases evolutivas, indo de níveis mais simples para mais elaborados. Nossas hipóteses se confirmaram, uma vez que os dados revelaram mudança evolutiva nas representações de crianças e adolescentes - ressalta-se que encontramos uma mesma criança em níveis diferentes de compreensão. Distinguimos quatro níveis de compreensão sobre trabalho: Pré-I, I, II e III. Este estudo constituiu-se de uma coorte de uma temática ampla e novos estudos que busquem mais informações sobre o que pensam crianças e adolescentes sobre trabalho se fazem necessários. É importante conhecer as representações dos sujeitos para que se possa tomar consciência dos valores e princípios repassados às novas gerações, os quais servem de base para suas construções, evitando-se a cultura do sexismo e a criação de estereótipos, muitas vezes, considerados naturais.