Educação Física

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    Avaliação mental, física e o efeito do treinamento e destreinamento em pacientes hipertensos e diabéticos do tipo 2, em situação de risco, atendidos pelo Centro Estadual de Assistência Especializada de Viçosa/MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2020-07-23) Teixeira, Robson Bonoto; Lima, Luciana Moreira; http://lattes.cnpq.br/1475381289272317
    Vive-se uma epidemia de doenças crônicas, dentre elas, Hipertensão Arterial (HAS) e Diabetes Mellitus do tipo 2 (DM2). Ambas podem antecipar ou maximizar desordens mentais e físicas. Assim, o exercício físico vem sendo cada vez mais utilizado para minimizar tais condições. Esta tese contempla três artigos distintos. O objetivo geral consiste em um rastreio de aspectos relacionados às condições de saúde mental e física nos pacientes com HAS e DM2, em situação de risco, atendidos no CEAE. Verificaram-se, também, possíveis alterações mentais e físicas decorrentes de um treinamento de vinte semanas com exercícios combinados, seguidos de destreinamento de mesmo período. No primeiro estudo, avaliou-se 120 pacientes hipertensos e diabéticos do tipo 2, sendo 78 mulheres com média de 60 anos e 42 homens com média de 64 anos. Com intuito de avaliar funções cognitivas, foi aplicada a Bateria Breve de Rastreio Cognitivo (BBRC) e para verificar o nível de atividade física diária, utilizou-se o pedômetro. O rastreamento do risco cardiovascular e do percentual de gordura foi feito pelas variáveis: Índice de Conicidade (IC), Relação Cintura-Estatura (RCE), Body Roundness Index (BRI) e Índice de Adiposidade Corporal (IAC). O BBRC apontou que 35% da amostra apresentaram prejuízos na fluência verbal, 18% na memória tardia e 33% no reconhecimento, sendo que as mulheres apresentaram piores resultados (p=0,025) nesta última função cognitiva. Além disso, foi encontrado alto risco cardiovascular e excesso de gordura corporal, além de alto comportamento sedentário. No segundo estudo, a mesma amostra foi avaliada. Foram utilizados o Inventário de Ansiedade de Beck (IAB), o Inventário de Depressão de Beck (IDB), o Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20) e para a análise da atividade física, utilizou-se o pedômetro. Consideraram-se as mesmas variáveis antropométricas do estudo anterior e o questionário de Pittsburgh (PSQI-BR) foi utilizado para qualidade do sono. Logo, constatou-se maior traço de depressão (p=0,001) e pior qualidade do sono (p=0,023) nas mulheres. Ademais, houve correlação do IDB e PSQI-BR nas mulheres (p=0,002) e do IAB em relação ao IC (p=0,008), RCE (p=0,004) e BRI (p=0,049) nos homens. O terceiro estudo caracterizou-se por ser experimental, contemplando oito pacientes com média de 61 anos. Foram realizadas vinte semanas de treinamento com exercícios combinados e, posteriormente, um destreinamento de mesmo período. Para avaliar o efeito do exercício físico nas funções cognitivas e mentais, foram utilizadas a BBRC, IDB, IAB e SRQ-20 e analisaram-se possíveis alterações nos aspectos: atividade física diária, composição corporal,risco cardiovascular, capacidade física e parâmetros bioquímicos, oriundos do treinamento e destreinamento. Como resultado, houve melhoras na memória tardia (p=0,001); melhora significativa no aprendizado (p = 0,018), desde o início até o final do destreinamento, assim como nos traços de depressão (p=0,008). Ocorreram, também, melhoras na aptidão física, mesmo após o período de destreinamento, e no HDL (p=0,009). Conclui-se, portanto, que se faz necessário dar maior atenção à saúde mental de hipertensos e diabéticos do tipo 2, em situação de descontrole metabólico, e que o treinamento com exercício físico combinado pode ser utilizado como instrumento eficaz contra comorbidades físicas e neuropsiquiátricas. Palavras-chave: Hipertensão. Diabetes. Transtornos Mentais. Exercício Físico.
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    Efeito do treinamento combinado sobre as variáveis bioquímicas e morfofuncionais de hipertensos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-10-22) Vieira, Bárbara Ramos; Marins, João Carlos Bouzas; http://lattes.cnpq.br/8121183810975152
    A hipertensão arterial sistêmica é o fator de risco mais prevalente para doença cardiovascular, sendo caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial. Geralmente está relacionado a danos funcionais e/ou estruturais dos órgãos-alvo e a alterações metabólicas, aumentando o risco de eventos cardiovasculares fatais e não- fatais. O exercício físico tem sido indicado como um tratamento não medicamentoso para auxiliar na redução dos níveis tensionais de hipertensos. Essa dissertação teve como principal objetivo analisar como o exercicio físico pode influenciar o perfil bioquímico, morfofuncional e a pressão arterial de repouso em sujeitos hipertensos. Para isso, foram desenvolvidos 2 capítulos: o primeiro, teve o objetivo de realizar uma análise crítica sobre as atuais recomendações de prescrição de exercícios para hipertensos abordados na 7º diretriz brasileira de hipertensão arterial, sob a ótica de um profissional de educação física. Foram analisadas as recomendações para atividades aeróbias: tipo de exercício, volume, intensidade e recomendações especiais; e recomendações para exercícios resistidos: volume e intensidade. Além disso, foram discutidos aspectos não abordados na diretriz. Foi possível observar avanços na 7º diretriz brasileira de hipertensão como nas orientações referentes as variáveis volume e intensidade, mas alguns pontos ainda carecem de maiores esclarecimentos, principalmente relacionados ao treinamento de força, como método de treino, forma de controle da intensidade e velocidade de execução. A partir dos aspectos abordados, foi concluído que é necessário um maior detalhamento nas orientações para uma prescrição de exercício segura e eficaz para a população hipertensa. No capítulo 2, foi desenvolvido um estudo clínico de intervenção com um total de 8 sujeitos caracterizados hipertensos (4 homens e 4 mulheres), com média de idade de 60,57 + 6,95 anos. Todos os pacientes eram vinculados ao Centro de Atenção Especializada de Viçosa, Minas Gerais. Foram realizados exames clínicos e teste ergométrico antes de iniciar o treinamento. Além desses, foram feitos exames de sangue antes e ao final do estudo para controle do potássio plasmático, creatinina plasmática, glicemia de jejum, colesterol total, HDL, triglicerídeos, ácido úrico e ureia. Indicadores antropométricos e testes físicos foram realizados antes e depois do período de massa corporal e a estatura, para cálculo do Índice de Massa Corporal e o perímetro de cintura. Os testes físicos empregados foram: banco de Wells, teste de alcançar as costas, teste de levantar da cadeira, teste de flexão de braço, dinamometria de mão, teste de equilibrio unipodal, teste de levantar e caminhar. Os pacientes foram submetidos a 50 sessões de treinamento combinado (aeróbio e resistido na mesma sessão), sendo que a intensidade do exercicio aeróbio foi prescrita frequência cardíaca. O método do treinamento resistido foi o alternado por segmento em circuito. Cada sessão durou entre 20 a 70 minutos, dependendo da fase do treinamento, a frequência semanal foi de 3 dias e a aderência aos programas de 75% foi determinada para que os resultados fossem considerados válidos. Foi realizado o teste de Shapiro-Wilk para verificar os pressupostos de normalidade e os dados se apresentaram não normais. Para os dados da avaliação antropométrica e testes físicos, o teste de Friedman foi usado para analisar se houve diferenças entre as medidas e, quando foi encontrada, realizou-se o teste de Wilcoxon para detectar onde havia essa diferença. Nos parâmetros sanguíneos, foi realizado o teste de Wilcoxon. Não houve diferença significativa nos parâmetros avaliados, exceto para agilidade, que reduziu de 7,88 + 2,41 segundos antes do estudo para 6,36 + 1,56 segundos na nona semana; potássio plasmático, que aumentou de 4,39 + 0,44 mEq/L antes para 5,08 + 0,62 mEg/L após a intervenção e ácido úrico que reduziu de 4,30 + 0,92 mg/dL antes para 2,84 + 0,66 mg/dL após o treinamento, todos para p<0,05. Tomando como base a dinâmica proposta de exercícios ao longo de 50 sessões, é possível concluir que, o treinamento combinado proposto, com exceção da agilidade, potássio plasmático e ácido úrico não foi capaz de gerar alterações importantes nas variáveis estudadas para essa amostra.
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    Comparações nos efeitos do envelhecimento na fisiologia cardiovascular e termorregulatória em ratos Wistar, Wistar Kyoto e espontaneamente hipertensos durante o repouso e o exercício físico agudo
    (Universidade Federal de Viçosa, 2020-12-18) Rezende, Leonardo Mateus Teixeira de; Gomes, Thales Nicolau Prímola; http://lattes.cnpq.br/6961110164025789
    Introdução: O Rato Espontaneamente Hipertenso (SHR) é um modelo experimental amplamente utilizado para o estudo da hipertensão arterial essencial. Contudo, existe um impasse na literatura quanto ao apontamento do modelo a ser utilizado como controle experimental dos SHR, sendo que os ratos Wistar Kyoto (WKY) e os ratos Wistar (WIS) são os mais utilizados. Esta tese foi dividida em quatro capítulos, em que foram realizadas caracterizações dos modelos citados quanto a parâmetros cardíacos e termorregulatórios durante o repouso e durante o exercício físico. Objetivo: avaliar os efeitos do envelhecimento sobre variáveis cardíacas e termorregulatórias durante o repouso e exercício físico agudo em Ratos Espontaneamente Hipertensos e seus principais controles experimentais, Wistar e Wistar Kyoto. Capítulo 1: foi realizada uma revisão de escopo baseada no método Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-analysis (PRISMA), com objetivo de mapear todos os estudos que realizaram qualquer tipo de comparação entre WIS, WKY e SHR. Após a aplicação dos métodos de busca e seleção, 161 artigos foram incluídos para análise, sendo que 68.4% indicaram que ambos os animais normotensos podem ser utilizados como controle dos SHR. Em 13.49% e 6.47% dos estudos, foi indicado os WIS e WKY como melhor controle, respectivamente. Capítulo 2: foram avaliados a pressão arterial por meio da pletismografia de cauda e a estrutura e forma cardíaca por meio do ecocardiograma durante o processo de envelhecimento dos animais (16 semanas, 48 semanas e 72 semanas de vida). Foi constatado que para estas variáveis os WIS representam melhor controle, uma vez que os WKY exibiram valores de pressão arterial sistólica próxima ao limiar da hipertensão (WKY: 132 – 146 mmHg; WIS: 116 – 126 mmHg; p<0.05) e perda de função cardíaca antecipada em comparação aos WIS. Capítulo 3: avaliou o ritmo circadiano da temperatura central dos animais durante o processo de envelhecimento (16 semanas, 48 semanas e 72 semanas de vida). A medida foi realizada pelo método de telemetria e análises cronobiológica foram aplicadas sobre os dados. Foi encontrado que os SHR possuem disfunções do ritmo circadiano já com 16 semanas, o que foi apontado principalmente pelo maior MESOR (SHR16: 37,49°C; WIS16: 36,50°C; WKY16: 36,44°C; p<0.05), enquanto os animais normotensos apresentaram um aumento do MESOR com o envelhecimento (WIS16: 36,50°C; WIS72: 37,38°C; WKY16: 36,44°C; WKY72: 37,38°C; p<0.05). Para estas variáveis, foi considerado que ambos os normotensos podem ser utilizados como controle, uma vez que os resultados foram semelhantes. Capítulo 4: avaliou as respostas termorregulatórias e o desempenho dos modelos experimentais durante dois protocolos de exercício físico: exercício progressivo até a fadiga e exercício moderado de intensidade constante. Foi encontrado que os SHR com 16 e com 48 semanas apresentam reduzida capacidade de dissipar calor, indicado pela menor temperatura da pele e pelo menor índice para dissipação de calor. Quanto aos animais normotensos, ambos apresentaram perda progressiva da capacidade de dissipar calor com o envelhecimento, sendo que os WIS foram mais afetados nesse sentido. Conclusão geral: a revisão de literatura apontou que ambos os animais normotensos são amplamente utilizados como controle dos SHR, sendo que a seleção do modelo deve ser realizada baseada nos objetivos da pesquisa a ser realizada. Este trabalho contribui adicionando mais elementos quanto a caracterização destes. Foi determinado que os WIS são melhor controle para estudos com foco na pressão arterial e na estrutura e função cardíaca. Quanto a trabalhos sobre termorregulação- seja em repouso ou durante o exercício físico- ambos podem ser utilizados, uma vez que os resultados foram bastante semelhantes. Palavras-chave: Termorregulação. Hipertensão. Modelos experimentais. Rato Espontaneamente Hipertenso.
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    Efeitos do treinamento físico resistido sobre propriedades histológicas, morfológicas, mecânicas, gênicas e proteicas do coração de ratos espontaneamente hipertensos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2020-12-21) Moura, Anselmo Gomes; Natali, Antônio José; http://lattes.cnpq.br/1181350246738672
    O objetivo deste estudo foi investigar os efeitos do treinamento resistido (TR) sobre propriedades histológicas, morfológicas, mecânicas, gênicas e proteicas do coração de ratos espontaneamente hipertensos. Para tal, ratos adultos da linhagem Wistar Kyoto ou espontaneamente hipertensos (SHR), com 16 semanas de idade, foram alocados em um dos 4 grupos, com 16 animais cada, a saber: normotenso sem treinamento (NS), normotenso treinado (NT), hipertenso sem treinamento (HS) e hipertenso treinado (HT). Os animais dos grupos NT e HT, foram submetidos a um protocolo de TR, com escaladas em escada vertical (80o de inclinação), 3 vezes por semana, durante 8 semanas. A pressão arterial (PA) e a frequência cardíaca de repouso (FCR) foram mensuradas antes e após o período de TR. O exame ecocardiográfico foi realizado após o período de TR, para analisar a morfologia e a função sistólica do ventrículo esquerdo (VE). As circunferências torácica (CT) e abdominal (CA) e o comprimento naso-anal foram medidas e a relação CA/CT e o índice de massa corporal (IMC) foram calculados. A quantidade total de lipídios foi determinada e o conteúdo de lipídio e o percentual de gordura foram calculados. Após eutanásia, foram determinadas as massas do coração (MCor), dos ventrículos (MV), do ventrículo direito (MVD), do septo interventricular (MS) e do VE (MVE). As razões MV:MCor, MVE:MCor e MVE:tíbia foram calculadas. No VE, a área de secção transversa (AST) foi mensurada e as proporções histomorfométricas de citoplasma, de núcleo, de vasos sanguíneos, de matriz extracelular e de colágeno tipo I e tipo III foram determinadas. A razão entre os colágenos III e I foi calculada (razão III:I). As expressões gênicas dos biomarcadores inflamatórios (TNF, fator de necrose tumoral; IL-10, interleucina 10), de função endotelial (VEGF, fator de crescimento vascular endotelial; ET-1, endotelina 1) e de tecidos não contráteis (Colágeno tipo I e tipo III) do VE foram mensuradas. As expressões das proteínas reguladoras de cálcio (Ca2+) do VE (SERCA2a, cálcio ATPase do retículo sarcoplasmático 2a; NCX, trocador de sódio e cálcio; PLBt, fosfolambam total; CAV1.2, canal de cálcio do tipo L 1.2) foram determinadas. Em miócitos isolados do VE, foram determinados a contratilidade e o Ca2+ intracelular ([Ca2+]i) transiente. Os dados foram analisados por meio de ANOVA two-way para medidas repetidas ou ANOVA two-way, seguidas do post hoc de Tukey, quando necessário. O tamanho do efeito foi calculado utilizando-se o índice d de Cohen para grupos emparelhados. Os dados foram apresentados como média ± EPM. P < 0,05 foi considerado significativo. Os resultados mostraram que os animais SHR apresentaram maior força muscular relativa e menor massa corporal, comparados aos normotensos. O TR não reduziu a PA e a FCR (p > 0,05). O TR aumentou a Mcor, a MV, a MVE e as razões MV:Mcor, MVE:Mcor e MVE:tíbia, além de prevenir a redução dimensão interna do VE e da fração de ejeção. O TR preveniu o aumento da largura, da AST de miócitos, do % de núcleos e do colágeno do tipo I. Além disso, aumentou o percentual do colágeno do tipo III e a razão III:I e diminuiu o percentual de matriz extracelular (p < 0,05) no VE. Contudo, não houve efeito, tanto da hipertensão quanto do TR (p > 0,05), nas expressões gênicas de VEGF, ET-1, IL-10, TNF e colágenos tipo I e tipo III. Em miócitos isolados do VE, o TR aumentou a amplitude, as velocidades até o pico e de decaimento do [Ca2+]i transiente, a amplitude de contração, as velocidades de contração e de relaxamento celular (p < 0,05). O TR preveniu também o aumento da expressão proteica de FLBt (p < 0,05), sem alterar a expressão da SERCA2, NCX e CAV1.2 (p > 0,05) no VE. Em conclusão, o TR aplicado preveniu o remodelamento adverso, promoveu benefícios nas propriedades morfológicas, melhorou as propriedades mecânicas e a expressão proteica relativa à recaptação de Ca2+ para o retículo sarcoplasmático, sem afetar a expressão gênica de biomarcadores inflamatórios, de função endotelial e de tecidos não contráteis no VE de ratos espontaneamente hipertensos. Palavras-Chave: Exercícios Físicos. Hipertensão. Miócitos cardíacos. Contração miocárdica.
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    Efeitos de diferentes tipos de treinamento físico aeróbio sobre a morfologia, função e propriedades mecânicas do coração de ratos hipertensos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-08-16) Suarez, Pedro Zavagli; Carneiro Júnior, Miguel Araújo; http://lattes.cnpq.br/4639311373915407
    A hipertensão arterial (HA) é uma condição clínica multifatorial caracterizada por nível elevado e sustentado de pressão arterial (PA). O exercício físico aeróbio regular provoca adaptações autonômicas e hemodinâmicas que vão influenciar o sistema cardiovascular, contribuindo para redução da PA. O treinamento aeróbio contínuo de intensidade moderada (MICT), tem sido o mais indicado para sujeitos com HA, com intensidade variando de 40-60% do consumo máximo de oxigênio. Porém, nos últimos anos, estudos mostraram a eficácia do treinamento aeróbio intervalado de alta intensidade (HIIT) como tratamento para HA. Objetivos: Avaliar os efeitos de diferentes tipos de treinamento físico aeróbio sobre a morfologia, função e propriedades mecânicas do coração de ratos hipertensos. Metodologia: Ratos normotensos (Wistar) e hipertensos (SHR) com 16 semanas de idade foram distribuídos em 6 grupos (n=8): WIS CONT e SHR CONT – normotensos e hipertensos que não foram submetidos a treinamento físico aeróbio por 8 semanas; WIS MICT e SHR MICT – normotensos e hipertensos treinados pelo método contínuo a 60% da velocidade máxima de corrida, em esteira rolante, 30 min por dia, 5 dias por semana, por 8 semanas; WIS HIIT e SHR HIIT – normotensos e hipertensos treinados pelo método intervalado, sendo 20 repetições de 30 segundos a 90%, seguidas por 1 min a 45% da velocidade máxima de corrida, 5 dias por semana, por 8 semanas. A morfologia e função cardíaca foram avaliadas por ecocardiograma. A frequência cardíaca (FC), pressão arterial sistólica (PAS), diastólica (PAD) e média (PAM) foram medidas por pletismografia de cauda. O tempo total de exercício até a fadiga (TTF) foi determinado através de um teste máximo de corrida. Após os tratamentos, a eutanásia foi realizada por decapitação e o coração retirado, lavado e canulado pela artéria aorta em um sistema de perfusão. Os cardiomiócitos do ventrículo esquerdo (VE) foram isolados por digestão enzimática, utilizando-se colagenase. Para registro do transiente intracelular global de Ca2+ ([Ca2+]i), os cardiomiócitos foram incubados com o indicador fluorescente de Ca2+, Fura-2 ácido aminopolicarboxílico. A contração celular foi determinada pela técnica de alteração do comprimento dos cardiomiócitos, usando-se um sistema de detecção de bordas. As medidas foram feitas utilizando-se um microscópio invertido equipado com uma lente objetiva de imersão em óleo. Utilizou-se estimulação elétrica de campo nas frequências de 3, 5 e 7 Hz, temperatura de ~ 37oC. Resultados: Ambos os programas de treinamento aumentaram o TTF. Nos SHR, o MICT reduziu a FC de repouso, tendeu a diminuir a PAS, diminuiu a PAD, a PAM, a espessura do septo interventricular tanto na sístole quanto na diástole e diminuiu a amplitude de contração na estimulação de 5 Hz. O HIIT aumentou o peso do coração e as espessuras da parede do ventrículo esquerdo, tanto em sístole quanto em diástole, reduziu a PAS e tendeu a diminuir a PAM, além de diminuir o tempo para o pico de [Ca2+]i em todas as frequências de estimulação. Conclusão: Ambos os protocolos de treinamento promoveram adaptações benéficas sobre a morfologia, função e propriedades mecânicas do coração de ratos hipertensos. Palavras-chave: Hipertensão. Exercício físico. Cardiomiócitos. Contratilidade celular. Transiente de cálcio.
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    Efeitos do treinamento aeróbico sobre a contratilidade de cardiomiócitos e a expressão de microRNAs 214 e 208 no ventrículo esquerdo de ratos SHR
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-07-26) Rodrigues, Joel Alves; Natali, Antônio José; http://lattes.cnpq.br/6845309948900203
    Neste estudo, investigaram-se os efeitos do treinamento aeróbico sobre a contratilidade de cardiomiócitos e a expressão de microRNAs (miRNAs) no ventrículo esquerdo (VE) de ratos hipertensos. Ratos espontaneamente hipertensos e Wistar normotensos (idade de 16 semanas) foram separados aleatoriamente em quatro grupos: hipertenso sedentário (HS), hipertenso treinado (HT), normotenso sedentário (NS) e normotenso treinado (NT). Os animais dos grupos HT e NT foram submetidos ao treinamento de corrida em esteira, cinco dias/semana, uma hora/dia, em intensidade de 60-70% da velocidade máxima de corrida, durante oito semanas. Após esse período, avaliaram-se: capacidade física, pressão arterial sistólica (PAS), pesos corporal (PC), dos ventrículos (PV) e do VE (PVE), contratilidade e transiente intracelular de cálcio de cardiomiócitos do VE, expressão gênica de mRNA de miosinas de cadeia pesada (α e β- MCP) e miRNAs- 214 e 208 no VE. Os resultados indicaram que a hipertensão aumentou o PVE, as relações PV/PC e PVE/PC, a expressão de miR-208, β-MCP e miR-214, mas reduziu a relação α/β-MCP nos animais hipertensos em relação aos normotensos. O programa de exercício aumentou a capacidade física dos normotensos e hipertensos e reduziu a PAS nos animais hipertensos. Adicionalmente, melhorou a contratilidade celular nos animais normotensos, pois diminuiu o tempo de 50% de relaxamento celular e demonstrou tendência em reduzir o tempo para pico de contração. Também, diminuiu o tempo para o pico nos animais normotensos e o tempo para 50% de decaimento do transiente de Ca 2+ nos animais hipertensos. Além disso, aumentou a expressão de miR-208 e de miR-214, independentemente da hipertensão. Concluiu-se que o exercício aeróbico de intensidade moderada intensidade melhorou discretamente o transiente global de cálcio e não causou nenhum dano à contratilidade dos cardiomiócitos de ratos hipertensos.
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    Idosos hipertensos: prevalência, medicação e efeitos agudos do exercício resistido
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-03-28) Guimarães, Fabiana Costa; Lima, Luciana Moreira; http://lattes.cnpq.br/8344750203114079
    A temática do idoso tem ganhado relevância nos últimos anos a partir da constatação do crescimento proporcionalmente maior de pessoas com idade avançada em relação a outras faixas etárias, provocando o envelhecimento populacional. Na terceira idade, o risco de desenvolver hipertensão arterial sistêmica (HAS) aumenta, tornando esta doença mais comum neste período da vida. O tratamento anti-hipertensivo tem, como principal objetivo, reduzir a morbidade e mortalidade cardiovasculares. Porém a reabilitação e a prevenção da HAS vão além das ações farmacológicas, podendo-se destacar a restrição alimentar de sódio, consumo moderado de álcool e prática regular de atividade física, além do uso indevido de tabaco. A partir deste contexto o primeiro objetivo desta dissertação foi observar a relação entre o nível de atividade física, o tabagismo e o consumo abusivo de álcool na prevalência de HA em indivíduos adultos, em todas as capitais brasileiras, nos anos de 2007 e 2010. Foram estudadas as 26 capitais dos estados brasileiros, além do Distrito Federal, utilizando as informações do sistema de informatização do Sistema Único de Saúde (DATASUS), considerando quatro variáveis principais: prevalência de HAS, atividade física suficiente no tempo livre, tabagismo e consumo abusivo de bebidas alcoólicas. Como resultado, foi observado uma maior prevalência de hipertensão arterial no ano de 2010 quando comparada ao ano de 2007. Como os níveis médios de tabagismo diminuíram e o consumo abusivo de álcool não sofreu alteração, foi possível inferir que a queda nos níveis de atividade física pode ter contribuído para o aumento na prevalência de HA nas capitais do país no período estudado. O objetivo do segundo estudo foi investigar os níveis pressóricos antes da realização de uma atividade física matinal por um grupo de idosos, buscando correlacionar com o uso de medicamentos anti-hipertensivos e com o mini exame do estado mental (MEEM). O estudo foi desenvolvido com 86 idosos do Programa Municipal da Terceira Idade (PMTI), na cidade de Viçosa, MG, Brasil. Foram utilizados dois questionários estruturados e medida da pressão arterial. As mulheres representaram 80,2% e não foram observadas diferenças significativas entre homens e mulheres para os parâmetros MEEM, pressão arterial sistólica (PAS), diastólica (PAD), frequência de pulso (FP) e uso de medicamentos anti-hipertensivos. Dos participantes, 40% apresentaram PAS superior a 135mmHg e 22% apresentaram PAD superior a 85mmHg antes do início das atividades físicas matinais, sem diferenças significativas entre os sexos. Cinquenta e cinco por cento das mulheres esqueceram-se de tomar o medicamento anti-hipertensivo pelo menos uma vez na última semana, porcentagem significativamente maior que os participantes do sexo masculino (18%). A maioria dos participantes utilizava regularmente dois medicamentos de classes farmacológicas diferentes. Os resultados encontrados sugeriram que a presença de um familiar ou ajudante em casa, sobretudo nos idosos com menor escore do MEEM, poderia resultar em um menor risco de eventos cardiovasculares relacionados com a prática de atividades físicas nos indivíduos estudados. Após esta segunda etapa, foi possível conhecer e observar melhor quais idosos apresentavam adesão aos seus medicamentos e mantinham suas médias pressóricas controladas para a participação na próxima etapa do estudo. Assim o objetivo da última etapa do estudo foi avaliar e comparar o efeito hipotensor através da monitorização residencial da pressão arterial (MRPA), depois de uma sessão de exercício resistido realizada por idosos hipertensos em dois horários distintos do dia. Participaram do estudo 6 mulheres (66,6%) e 3 homens (33,3%), com média de idade de 70 ± 5,22 anos e diagnóstico prévio de HAS grau 1. Os indivíduos participaram de duas sessões de treinamentos com as mesmas características, sendo uma às 8 horas da manhã de uma segunda-feira e outra às 16 horas da tarde de quarta-feira da mesma semana, compostas por exercícios resistidos, com duração média de 60 minutos, combinado por 10 minutos de aquecimento específico. A pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) foi obtida por equipamento oscilométrico oito vezes ao dia. As médias obtidas nas 48 horas de MRPA para a PAS e PAD não apresentaram diferenças significativas quando foi comparado o exercício às 8:00 horas com o realizado às 16:00 horas. No entanto, foi observada uma redução significativa da PAS pelo menos em um dos momentos estudados (11:00 horas) quando a sessão de exercício foi realizada pela manhã. Este fato não ocorreu quando a sessão de exercício foi realizada à tarde. Independentemente do período de realização dos exercícios resistidos em idosos hipertensos e destreinados, a PAS apresentou diferença quando comparada ao dia sem exercício. Além disso, no que diz respeito ao controle da PA, maiores benefícios foram encontrados quando o exercício foi praticado no período da manhã.
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    Avaliação do estado mental de pacientes com hipertensão e diabetes atendidos pelo Centro Hiperdia de Viçosa após programa de exercícios físicos supervisionados
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-05-16) Teixeira, Robson Bonoto; Lima, Luciana Moreira; http://lattes.cnpq.br/1475381289272317
    A hipertensão arterial sistêmica (HAS) e o diabetes mellitus (DM) são desordens muito comuns na atualidade, ocasionando disfunções físicas e também neuropsicológicas, como os transtornos depressivos, de ansiedade e o déficit cognitivo. Estudos relatam que a prevalência desses transtornos psicológicos são maiores em hipertensos e diabéticos do que na população em geral, e que hipertensos possuem risco de desenvolver demência vascular três vezes maior que indivíduos normotensos, aumentando para seis vezes quando a HAS está associada com o DM. Neste contexto, a prática de exercícios físicos vem sendo utilizada como instrumento fundamental para a atenuação de possíveis sintomas depressivos, ansiosos e déficit cognitivo que esses pacientes possam apresentar. O objetivo geral dessa dissertação foi verificar e analisar possíveis melhoras na saúde mental em pacientes atendidos no Centro Hiperdia de Viçosa, Minas Gerais, submetidos a um programa de exercícios físicos supervisionados composto por exercícios de características aeróbica e anaeróbica. A presente dissertação contempla três artigos distintos, sendo que os objetivos específicos foram: descrever o estado mental, quadros de declínio cognitivo, bem como quadros de depressão e ansiedade em pacientes hipertensos e diabéticos atendidos num centro de atenção secundária de uma cidade do interior de Minas Gerais, candidatos à participação em programa de treinamento físico; Analisar possíveis benefícios da prática regular de exercícios nos níveis de ansiedade, depressão e déficit cognitivo de diabéticos e hipertensos pertencentes a um programa de exercícios físicos supervisionados, além de avaliar e comparar os resultados entre programas de exercícios aeróbicos e resistidos; E verificar se a prática de exercício físico supervisionado, com duração de 12 semanas, é suficiente para impor modificações no estado cognitivo de pacientes diabéticos e hipertensos, através da utilização do Mental Test and Training System (MTTS). No primeiro estudo, avaliou-se 34 pacientes (23 mulheres e 11 homens), sendo 17 hipertensos (59 ±10 anos) e 17 diabéticos (54 ± 10 anos), onde foram aplicados os seguintes questionários: Mini Exame do Estado Mental (MEEM), Inventário de Beck para Depressão (BDI) e Ansiedade (BAI) e o Self Reporting Questionnaire (SRQ-20). Detectou-se que 82% dos hipertensos e 65% dos diabéticos apresentaram suspeição de transtorno mental, não havendo diferença entre os dois grupos (p=0,246). Já, 76% dos diabéticos e 65% dos hipertensos foram classificados com depressão de moderada a grave, enquanto que 64% dos hipertensos e 48% dos diabéticos demonstraram ansiedade de moderada a grave. Não foram encontrados quadros de déficit cognitivo. Foi evidenciada, assim, elevada porcentagem de quadros depressivos e de ansiedade na amostra estudada, reforçando a importância do diagnóstico pelo médico que o acompanha. No segundo estudo avaliou-se 17 pacientes, (55 ± 9 anos) sendo 9 hipertensos (de 57 ± 8 anos) e 8 diabéticos (53 ± 8 anos) que foram submetidos a um programa de exercícios físicos resistidos supervisionados, utizando o método circuito alternado por segmento e aeróbicos em esteira e bicicleta ergométrica, por 12 semanas, com frequência semanal de 3 dias e de intensidade moderada. Os mesmos questionários do trabalho anterior foram aplicados antes e após o período de intervenção. Observou-se queda de 61% (p=0,001) na pontuação alcançada pelo BDI, assim como queda de 53% (p=0,02) na pontuação do BAI após o período de 12 semanas de exercícios. Também registrou-se diminuição de 73% dos pacientes classificados com suspeição de transtorno mental. Não foram observadas melhoras nos níveis cognitivos através do MEEM após o período de intervenção, e não houve diferença entre os grupos de exercícios aeróbico e resistido. Foram demonstrados assim efeitos positivos nos quadros depressivos, ansiosos e de transtornos mentais não psicóticos em hipertensos e diabéticos, após um período de 12 semanas de realização de exercícios físicos supervisionados, independente da característica do exercício. O terceiro estudo foi realizado com 13 pacientes, (55 ± 12 anos) sendo 6 diabéticos (49 ± 13 anos) e 7 hipertensos, (60 ± 9 anos) onde aplicou-se testes que avaliam atenção e concentração, atenção seletiva e tempo de reação no equipamento MTTS antes e após o período de 12 semanas de realização de exercícios, por um grupo aeróbico e por outro resistido supervisionado. Os resultados demonstraram que houve melhoras significativas no teste de Atenção e Concentração, na variável "não reações incorretas" para hipertensos (p = 0,031) e diabéticos (p = 0,013), além da variável "reações corretas" (p = 0,013) e "reações incorretas" (p = 0,028) para diabéticos. Não houve diferença entre os grupos que realizaram exercícios aeróbico e resistido. O desenvolvimento do estudo permitiu concluir que apesar da alta prevalência de quadros depressivos e ansiosos nos hipertensos e diabéticos que participaram desta pesquisa, o exercício físico foi capaz de minimizar esses transtornos psiquiátricos consideravelmente após um período 12 semanas de treinamento com modalidades de exercício de característica aeróbica e resistida. Neste contexto, o protocolo de exercício sugerido foi também eficaz na melhora dos níveis de atenção e concentração dos pacientes. Conclui-se que o exercício físico supervisionado pode ser utilizado como instrumento eficaz não apenas no tratamento das comorbidades cardiometabólicas presentes em hipertensos e diabéticos, mas também nas suas prevalentes comorbidades neuropsiquiátricas.
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    Efeito agudo e crônico do exercício aeróbico e resistido sobre a pressão arterial dos pacientes atendidos no Centro Hiperdia de Viçosa
    (Universidade Federal de Viçosa, 2015-04-23) Carvalho, Cristiane Junqueira de; Lima, Luciana Moreira; http://lattes.cnpq.br/8950559096530523
    A literatura estabelece que a atividade física regular traz inúmeros benefícios à saúde, haja vista a associação entre sedentarismo e maior risco de doenças, principalmente as cardiovasculares. Desse modo, o treinamento físico tem sido recomendado por diretrizes atuais como medida preventiva e como ferramenta adicional à terapia farmacológica no tratamento da hipertensão arterial sistêmica (HAS) e suas manifestações patológicas, apesar da persistência de incertezas acerca da melhor metodologia de prescrição de treinamento para controle da pressão arterial. Uma ampla parcela da população hipertensa é composta por portadores de uma doença resistente, hiporresponsiva a terapia medicamentosa e associada a uma combinação de comportamentos e fatores de risco cardiovasculares. Torna-se necessário destacar que estudos sobre a resposta desta parcela de hipertensos aos exercícios físicos ainda não é uma realidade difundida. O objetivo geral desta dissertação foi analisar o efeito agudo e crônico dos exercícios aeróbicos e resistidos sobre a pressão arterial (PA) de pacientes hipertensos atendidos no centro Hiperdia de Viçosa, MG. Os objetivos específicos foram verificar a prevalência, de acordo com o sexo, dos comportamentos de risco e das comorbidades associadas à hipertensão nos pacientes atendidos no Centro Hiperdia de Viçosa, MG; investigar e comparar o comportamento da pressão arterial antes e após uma única sessão de exercício aeróbico e resistido, avaliando o fenômeno de hipotensão pós-exercício; investigar e comparar a PA antes e após 12 semanas de um programa de exercícios físicos aeróbicos e resistidos através de monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA), avaliando, portanto o efeito crônico do treinamento e por último investigar e comparar o impacto dos programas de exercícios supervisionados sobre o perfil lipídico, o perfil glicêmico e as medidas antropométricas dos pacientes hipertensos. O primeiro estudo avaliou 172 prontuários de hipertensos maiores de 18 anos acompanhado no centro Hiperdia com o objetivo de verificar a prevalência, de acordo com o sexo, dos comportamentos de risco e das comorbidades associadas à hipertensão. Observou-se uma prevalência maior de homens entre os hipertensosvi analisados e as taxas de etilismo e tabagismo foram significativamente maiores neste grupo. As mulheres apresentaram uma taxa maior de obesidade. O sedentarismo e a dislipidemia estiveram presentes em 77% e 44% dos pacientes, respectivamente, sem diferença entre os sexos. Baixa escolaridade também foi uma característica muito presente entre os estudados. Dentre as condições clínicas relacionadas à hipertensão, houve um predomínio da hipertrofia do ventrículo esquerdo, seguida pela doença renal e pela doença cerebrovascular. No segundo estudo, 12 pacientes com hipertensão arterial resistente foram divididos em dois grupos aleatoriamente: treinamento resistido e treinamento aeróbico, ambos de moderada intensidade. A pressão arterial foi registrada por MAPA, durante 24 horas, num momento basal e logo após uma sessão de exercícios. Foi verificada que, durante as 24horas que se seguiram à sessão de exercícios, tanto a pressão arterial sistólica (PAS) quanto a pressão arterial diastólica (PAD) se mantiveram mais baixas do que no momento basal, porém com maior diferença numérica após a sessão de exercícios resistidos e com significância estatística sendo alcançada somente durante o período do sono após esta modalidade. Não foi observada variação significativa do descenso noturno em nenhum dos dois grupos avaliados. O terceiro estudo avaliou onze pacientes da amostra do estudo anterior e registrou a pressão arterial por MAPA, durante 24 horas, no momento basal e após 12 semanas de treinamento aeróbico ou resistido. Foram analisados também as medidas antropométricas, de composição corporal e o perfil bioquímico. A randomização do segundo estudo foi mantida, porém com a perda de um paciente ao longo das 12 semanas de treinamento. No grupo que realizou o treinamento aeróbico, os valores médios de PAS, PAD e pressão arterial média foram significativamente mais baixos no subperíodo de vigília e no total das 24 horas, com quedas de 14mmHg, 7mmHg e 10mmHg, respectivamente. O grupo de treinamento resistido não apresentou alteração significativa da pressão arterial, apesar da melhora significativa de 22% nos níveis de HDL. Os demais parâmetros bioquímicos e antropométricos não variaram significativamente em ambos os grupos. Dessa forma, verificamos pelo primeiro estudo que os hipertensos atendidos no Centro Hiperdia de Viçosa eram, em sua maioria, classificados como hipertensos resistentes e, além desta séria condição, os mesmos ainda apresentavam uma combinação de comportamentos e fatores de risco que conferem um alto risco de complicações cardiovasculares. O segundo e terceiro estudos revelam que o treinamento aeróbico e o resistido apresentaram resultados clinicamente relevantes e significativos para a amostra de hipertensos resistentes selecionada dovii Centro Hiperdia. Tanto o controle pressórico quanto o perfil lipídico foram impactados pela prática de exercícios físicos supervisionados. O segundo artigo destacou que o exercício resistido provocou um importante benefício agudo no ritmo circadiano da PA, particularmente no período do sono e, como apresentado no terceiro artigo, a realização de um exercício aeróbico de baixa à moderada intensidade em sujeitos hipertensos resistentes, mesmo por um período curto de aderência de 12 semanas, também se mostrou estatisticamente e clinicamente significativa. A metodologia proposta de treinamento resistido ou o tempo de realização não permitiu obter os mesmos resultados do treinamento aeróbico no terceiro artigo, porém esta modalidade de treinamento resultou em aumento significativo do HDL.
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    Temperatura cerebral e ajustes termorregulatórios em ratos espontaneamente hipertensos (SHR) submetidos ao exercício físico até a fadiga em ambiente quente
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-03-14) Drummond, Lucas Rios; Wanner, Samuel Penna; http://lattes.cnpq.br/9912121218443737; Gomes, Thales Nicolau Primola; http://lattes.cnpq.br/6712970905641144; http://lattes.cnpq.br/0166518477615276; Sartori, Sirlene Souza Rodrigues; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4704296D0; Moreira, Christiano Antônio Machado; http://lattes.cnpq.br/0231348776336434
    O objetivo desse estudo foi avaliar a temperatura cerebral e os ajustes termorregulatórios em ratos espontaneamente hipertensos (SHR) durante o exercício físico nos ambientes temperado e quente. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética no Uso de Animais da UFV (#58/2012). Dezenove ratos Wistar (383 ± 11 g, 120 ± 3 mmHg) e dezoito SHR (324 ± 6 g, 196 ± 4 mmHg) com 16 semanas de idade foram usados nos experimentos. Esses animais tiveram a pressão arterial medida por meio de pletismografia de cauda antes das sessões de exercício. Em seguida, os ratos foram submetidos ao implante de um sensor de temperatura abdominal e de uma cânula guia no córtex frontal direito (AP: +3 mm; ML: -3 mm, DV: -1.8 mm), que foi usada para inserção do termorresistor e medida da Tcer. Após a recuperação das cirurgias, os animais foram familiarizados a correr em uma esteira rolante (15m/min) por 5 minutos, por 5 dias consecutivos. Em seguida, os animais foram submetidos aos exercícios progressivo (velocidade inicial de 10m/min; o aumento da velocidade foi de 1m/min a cada 3 minutos) ou constante (60% da velocidade máxima durante todo exercício) até a fadiga no ambiente temperado (25 oC) e quente (32 oC). As temperaturas cerebral (Tcer), abdominal (Tabd), e da pele da cauda (Tpele) foram medidas a cada minuto durante toda sessão de exercício. Os dados referentes a temperatura corporal foram analisados usando ANOVA two- way com parcelas subdivididas e apresentadas como média ± EPM (α=5%). Durante o exercício progressivo no ambiente temperado, o grupo SHR apresentou maior Tcer comparado ao grupo Controle do 15o minuto até a fadiga, maior Tabd do 13o minuto até a fadiga e menor Tpele entre o 12o e 27o minuto. No ambiente quente, o grupo SHR apresentou maior Tcer comparado ao grupo Controle entre o 7o e 14o minuto e na fadiga e maior Tabd do 10o minuto até a fadiga. Durante o exercício constante no ambiente temperado, o grupo SHR apresentou maior Tcer comparado ao grupo Controle entre o 13o e 35o minuto, maior Tabd entre o 19o e 52o minuto e menor Tpele entre o 4o e 16o minuto. No ambiente quente, o grupo SHR apresentou maior Tcer comparado ao grupo Controle entre o 11o e 24o minuto e maior Tabd entre o 9o e o 36o minuto. Além disso, os SHRs apresentaram menor desempenho físico durante o exercício progressivo e constante em ambos ambientes. Em conclusão, os animais hipertensos apresentam um aumento exacerbado das temperaturas cerebral e abdominal durante o exercício físico nos ambientes temperado e quente.