Economia

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    Criminalidade violenta em Minas Gerais: uma proposta de alocação de recursos em segurança pública
    (Universidade Federal de Viçosa, 2007-08-15) Scalco, Paulo Roberto; Silva Junior, Geraldo Edmundo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723405T6; Gomes, Adriano Provezano; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666H9; http://lattes.cnpq.br/4259596733099005; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; Dias, Roberto Serpa; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798512T4; Fontes, Rosa Maria Olivera; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783412T6; Toyoshima, Sílvia Harumi; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788531T6
    O presente trabalho teve como objetivo apresentar uma nova proposta de combate à criminalidade em Minas Gerais, com base na realocação de recursos em segurança pública. A idéia proposta é alocar os recursos com base em critérios definidos que reflitam a real necessidade de cada município, somado a indicadores de eficiência, criando assim um ranking de necessidades de recursos entre os 851 municípios mineiros analisados. Para isso, primeiramente, foi realizado um estudo sobre a evolução e dispersão da criminalidade durante o período de 1986 a 2005 no estado mineiro. Por meio do coeficiente de Gini, coeficiente de variação e técnicas de análise exploratória de dados espaciais, foi possível verificar que, em média, as taxas de criminalidade aumentaram mais de 459% no período analisado; apenas as taxas de crimes violentos contra o patrimônio tiveram crescimento superior a 1.000%. Além disso, verificou-se maior distribuição das taxas entre os municípios de pequeno porte e, por meio do coeficiente de Gini, tendência de convergência e conseqüente homogeneização das taxas entre os municípios mineiros. Entretanto, embora o tamanho dos municípios seja fator determinante das taxas de criminalidade, essa tendência de homogeneização tem ocorrido à custa do aumento das taxas de criminalidade nos menores municípios do estado. Os resultados encontrados por meio das técnicas de econometria espacial evidenciam a existência de dependência espacial entre os municípios mineiros. Assim, verificou-se que, em média, municípios com altas taxas de criminalidade são circundados por outros também com altas taxas de criminalidade; pôde-se identificar a formação de quatro clusters espaciais para taxas de crimes violentos contra a pessoa e contra o patrimônio. A partir deste estudo, pôde-se, portanto, identificar algumas características importantes, que devem ser consideradas em qualquer política de segurança pública. Nesse contexto, construiu-se a proposta de realocação de recursos em segurança pública, a qual consiste na utilização de taxas espaciais de criminalidade, que captam a dependência espacial observada entre os municípios, além de considerar o tamanho e a eficiência técnica na alocação dos recursos de cada município. Assim, a proposta apresentada consiste num modelo dinâmico e que tende a ser estável no ponto de equilíbrio eqüitativo, pois municípios com maiores taxas de criminalidade e eficiência técnica tendem a receber mais recursos num primeiro momento; contudo, como as variáveis utilizadas apresentam valores relativos, é esperado que num segundo instante esses municípios apresentem redução de suas taxas de criminalidade e eficiência. Dessa forma, à medida que os municípios que foram contemplados com mais recursos tendam a reduzir esses indicadores, a necessidade de alocar mais recursos passa a ser daqueles que não receberam nenhum recurso no primeiro momento. A simulação realizada para Minas Gerais indicou que, atualmente, os municípios que mais necessitariam de recursos seriam Uberlândia, Montes Claros, Contagem, Sete Lagoas e Betim e, respectivamente, os que menos necessitariam seriam Belo Horizonte, Governador Valadares, Ipatinga, Barbacena e Juiz de Fora. A expectativa é de que, com a adoção dessa política, no longo prazo tanto as taxas de criminalidade quanto as disparidades observadas sejam reduzidas.
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    Encadeamentos em rede na economia: um estudo aplicado sobre a estrutura econômica brasileira
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-05-16) Abreu, Mariana Piaia; Carvalho, Luciano Dias de; http://lattes.cnpq.br/0061368522702958; Vieira, Fabrício de Assis Campos; http://lattes.cnpq.br/3303467687565454; Bueno, Newton Paulo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788572J6; http://lattes.cnpq.br/7045634143016233; Del-vecchio, Renata Raposo; http://lattes.cnpq.br/1321582809712928
    Nesta pesquisa questiona-se como a estrutura brasileira, enfatizando os encadeamentos setoriais, responde aos diversos processos de difusão, como a propagação de choques de demanda, espalhamento da inflação e difusão tecnológica. O sistema social estudado são os setores da economia brasileira, os canais de comunicação são as relações que estes setores têm uns com os outros, ou seja, o quanto um setor contribui para a produção de outros setores, e a inovação é tida como um choque, sendo o choque um efeito de uma variação exógena nos setores na economia brasileira, podendo ser um choque de demanda, um processo inflacionário ou uma nova tecnologia. Compreende-se que os processos de difusão dão-se segundo uma rede de contatos, que depende de como se compõe as interações dos setores da economia. Conforme os setores se relacionam, um choque pode se difundir com formas e velocidades diferentes. Cascatas de informação que ocorrem nas redes se dão via contágio social, dependendo da topologia da rede, podem se espalhar e atingir um grande número de setores. Os métodos recentes desenvolvidos pela abordagem de redes permitem iniciar uma tentativa de resposta a questões cruciais sobre a estrutura econômica. Argumenta-se que esse procedimento complementa as análises de insumo-produto tradicionais em dois sentidos: (i) inferir como características específicas das redes subjacentes influenciam a dinâmica dos processos de difusão; (ii) analisar os distintos efeitos de encadeamento em rede e identificar como os diferentes processos de difusão se dão na economia brasileira. A hipótese é que há determinados setores-chave dependendo do processo de difusão que se queira analisar, o que foi verificado. Notou-se a diferença dos setores-chave nos três processos de difusão, tanto para a análise convencional da matriz insumo-produto, como para a análise padrão de setores- chave de rede. Este resultado justifica a análise e sugere que esta metodologia é um bom ponto de partida para os estudos dos processos de difusão em economias.
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    Eficiência e difusão de tecnologia na produção de leite em Minas Gerais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-07-24) Ervilha, Gabriel Teixeira; Bueno, Newton Paulo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788572J6; Gomes, Adriano Provezano; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666H9; http://lattes.cnpq.br/2945345427481871; Dias, Roberto Serpa; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798512T4
    A pecuária leiteira é um segmento produtivo de destaque no Brasil, com grande importância como atividade econômica e social. Entretanto, mesmo diante de mudanças consideráveis, esse segmento ainda não encontra o grau de produtividade presente em outros países produtores. A fim de elevar essa produtividade e atingir uma estrutura produtiva mais sólida em termos de custos, preços e qualidade, este estudo propõe identificar as unidades produtoras eficientes, de forma a facilitar o processo de difusão de tecnologia e informação. Para isso, foi utilizada a metodologia não paramétrica da análise envoltória de dados (DEA) pressupondo orientação a produto, com os resultados sendo refinados pela técnica de detecção de outliers, pelo método não paramétrico de fronteira de eficiência e pela técnica multivariada de análise discriminante. As informações provêm de 659 propriedades produtoras de leite integrantes do Projeto Educampo Leite. Os resultados obtidos revelam a importância da eficiência técnica e de escala na melhoria dos desempenhos técnico e econômico das propriedades. As 104 propriedades consideradas 100% eficientes (pura eficiência) apresentaram maior renda bruta (output) proporcional ao uso dos insumos de fluxo e de estoque (inputs), sendo que apenas 50 unidades apresentaram eficiência tanto técnica, quanto de escala. Além disso, não há distinções claras da presença da ineficiência entre os estratos de produção e localização das propriedades, ou seja, essas características não são fatores determinantes para a presença de eficiência. Quanto aos indicadores técnico e econômico, observa-se que nas propriedades eficientes esses indicadores são mais favoráveis, reforçando essa relação de eficiência e ganhos econômicos. Na projeção das DMUs ineficientes para a fronteira de eficiência, os ganhos potenciais nas receitas giram em torno de 28%, ressaltando que tais ganhos são perfeitamente possíveis, uma vez que a projeção é feita com base em produtores que desenvolvem atividades semelhantes, porém de forma mais eficiente. A análise discriminante reforça as análises anteriores identificando a taxa de retorno do capital investido, as produtividades do trabalho, do rebanho e da terra e a relação entre a margem bruta e a renda, como fatores discriminantes entre propriedades eficientes e ineficientes no segmento produtivo do leite. Por fim observa-se que as principais unidades de referência apresentam resultados superiores às médias das eficientes, principalmente em relação ao retorno do capital investido, indicando que a seleção de agentes difusores deve identificar não apenas a eficiência, mas o grau de referência desses agentes no segmento estudado. Esses resultados demonstram a importância de se trabalhar eficientemente e que práticas eficientes devem ser difundidas no segmento produtivo leiteiro, de forma a garantir a permanência dos produtores no mercado e o atendimento à demanda crescente de leite e derivados. Ainda, de posse dessas observações, pode-se selecionar os agentes considerados eficientes, direcionando-os aos programas de extensão rural e difusão de tecnologia, criando um ciclo virtuoso e benéfico, não somente para o produtor, mas para toda a cadeia produtiva do leite.
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    A certificação do café: uma alternativa de política tecnológica para o setor cafeeiro
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-10-28) Pereira, Alaysa Aparecida Soares; Soares, Jeferson Boechat; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4760231A4; Silva, Evaldo Henrique da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785521A7; Souza, Elvanio Costa de; http://lattes.cnpq.br/5065568119313029; Fiúza, Ana Louise de Carvalho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796571E6
    Novos padrões de consumo foram criados nas últimas décadas, uma vez que se intensificou a demanda por produtos que, na sua elaboração, respeitem as leis trabalhistas e ambientais. A diferenciação do produto por meio da qualidade ou da responsabilidade social e ambiental faz com que o produto entre em outro tipo de mercado, mais exigente. Dessa forma, essa diferenciação torna-se uma estratégia para a empresa obter vantagens pela valorização do seu produto ou serviço. Esta pesquisa busca fazer uma análise do papel de uma mudança institucional, a certificação do café, sobre o processo de adoção de novas tecnologias, verificando como está a percepção dos proprietários sobre mudanças nas rotinas administrativas, variação na qualidade e produtividade do produto, variação da inovação tecnológica após a certificação de café, e do efeito de demais políticas públicas sobre a inovação tecnológica. Averiguando se as variáveis: escolaridade, quem administra a propriedade, tempo de certificação e tamanho da propriedade, estariam influenciando na percepção dos proprietários as respeito do efeito da certificação. Tendo em vista que a adoção das normas da certificação constitui uma opção do produtor que busca diferenciar a sua produção como um meio de obter mais lucro, pretende verificar se o produtor ao participar do programa Certifica Minas estaria sofrendo alguma influência na adoção de novas tecnologias e, desse modo, na inovação do setor cafeeiro de Minas Gerais. A conclusão obtida pela pesquisa é que a certificação de café tem efeitos sobre as práticas administrativas da propriedade, sobre a qualidade final do produto, sobre a produtividade e também sobre a adoção de tecnologias nas propriedades cafeeiras; porém, ela recebe influência de demais políticas públicas. A percepção do efeito da certificação sobre a inovação tecnológica varia de acordo com o nível de escolaridade, tempo de certificação, quem administra a propriedade e o tamanho da propriedade. Sendo que há maior percepção do efeito da certificação nas propriedades com maior nível de escolaridade, quando administrada por outros que não o proprietário, com maior tempo de certificação e quanto maior a propriedade.
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    Desenvolvimento e fluxo migratório chinês: uma abordagem teórica e empírica
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-02-21) Alves, Frederick Fagundes; Carvalho, Luciano Dias de; http://lattes.cnpq.br/0061368522702958; Silva, Evaldo Henrique da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785521A7; Toyoshima, Sílvia Harumi; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788531T6; http://lattes.cnpq.br/2518892119165224; Vieira, Fabrício de Assis Campos; http://lattes.cnpq.br/3303467687565454; Alexopoulos, Joana Georgios
    A rápida urbanização na China nas três últimas décadas sustentou o seu desempenho econômico à medida que milhões de pessoas trocaram as residências rurais por urbanas, à procura de melhores oportunidades. Isso levou a um fluxo desordenado de migrantes em busca de melhores condições de vida, trocando o campo, com pouca porção de terras aráveis, por péssimas ou até mesmo subumanas condições de trabalho nas cidades. Com isso, esta pesquisa procurará analisar a evolução do fluxo migratório chinês, tendo como foco a causa da piora na distribuição de renda, concentração das atividades primárias e secundárias e o planejamento para o desenvolvimento de cidades do interior da China, via política industrial. O principal objetivo deste trabalho é identificar, através do modelo de Lin e Chen (2011) adaptado para simulação, a política industrial mais adequada para minimizar as disparidades socioeconômicas existentes entre as populações costeiras da China, com o restante do país. Dois cenários foram simulados para mostrar diferentes estratégias de desenvolvimento, sendo um voltado para a indústria intensiva em capital e outro orientado para a indústria intensiva em trabalho. Concluiu-se que uma estratégia de desenvolvimento orientada para a indústria intensiva em trabalho diminuirá, mais lentamente, o emprego urbano e consequentemente, mais lenta será a redução da taxa de urbanização. Tal estratégia ainda será capaz proporcionar menores salários urbanos, reduzindo o gap salarial, o que levará à menores taxas de desigualdade entre as regiões.
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    A inter-relação entre pobreza e meio ambiente para os municípios de Minas Gerais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-08-13) Oliveira, Damaris Bento Ortêncio de; Toyoshima, Sílvia Harumi; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788531T6; Cirino, Jader Fernandes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4757681Z9; Fernandes, Elaine Aparecida; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762376Z1; http://lattes.cnpq.br/2735464632758891; Rosado, Patrícia Lopes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723673T4
    Este estudo teve como objetivo analisar a inter relação entre pobreza e degradação ambiental para os municípios do Estado de Minas Gerais, nos anos de 2000 e 2010. Primeiramente, buscou-se revisar a literatura que trata do tema pobreza e meio ambiente, pois o tema é recente e pouco explorado. Posteriormente, procurou-se identificar o nível de degradação e de pobreza dos municípios mineiros construindo os índices de degradação ambiental e de pobreza para estes municípios. Estes índices mostraram que Minas tem sérios problemas relacionados à degradação, alguns municípios estão correndo risco até mesmo de desertificação. No que se refere à pobreza, 19 municípios mineiros estão em situação de pobreza extrema e, muitos outros com níveis bastante elevados. Em adição, o presente estudo avaliou, por meio de uma análise de cluster e de dados em painel, a inter-relação entre pobreza e meio ambiente. Os resultados mostraram que grande parte do Estado de Minas Gerais está com altos índices de degradação ambiental e, ao mesmo tempo, altos índices de pobreza, sugerindo que quanto mais degradado um município estiver maior a pobreza observada no mesmo. As Mesorregiões do Jequitinhonha e do Norte de Minas se destacaram entre as que possuíram maiores quantidades de municípios com níveis maiores de degradação e pobreza.
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    Efeitos de políticas climáticas sobre o bem-estar econômico no Brasil e em países do Anexo I do Protocolo de Quioto
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-02-21) Sousa, Lucas Vitor de Carvalho; Cirino, Jader Fernandes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4757681Z9; Silva, Evaldo Henrique da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785521A7; Fernandes, Elaine Aparecida; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762376Z1; http://lattes.cnpq.br/7263719409030919; Cunha, Dênis Antônio da; http://lattes.cnpq.br/1033658951252242; Rosado, Patrícia Lopes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723673T4
    A relação entre bem-estar econômico e meio ambiente é um tema controverso e de grande relevância para as economias atuais, ainda mais em um cenário de aumento da temperatura. Esse aumento se dá prioritariamente pela emissão de gases originários de combustíveis fósseis, principal fonte de energia da atividade econômica. Nesse cenário, surge a necessidade de adoção de medidas para a mitigação dos impactos das mudanças climáticas sobre os ecossistemas. Diante disso, o presente trabalho buscou avaliar as inter-relações entre políticas climáticas, spillovers tecnológicos, crescimento econômico e bem-estar para as seguintes regiões selecionadas: Brasil e países do Anexo I (Protocolo de Quioto). Para isso, foi utilizada uma adaptação do modelo de Leimbach e Baumstark (2010), que por meio de simulações permite analisar as principais variáveis que compõem o sistema econômico em um cenário de mudanças climáticas. Os resultados mostraram que para qualquer cenário de política climática, os custos de mitigação são irrisórios para o crescimento econômico e, sobretudo para o bem-estar, mesmo na ausência de spillovers tecnológicos. Por outro lado, a política climática global com a presença de spillovers tecnológicos mostrou-se mais adequada uma vez que reduz consideravelmente os níveis de emissões de CO2, divide os custos de mitigação entre as regiões, afeta positivamente o desempenho econômico do Brasil e não há qualquer efeito sobre o bem-estar econômico das regiões analisadas. Contudo, os benefícios sociais, econômicos e ambientais de um planeta menos quente e poluído são substanciais e podem afetar positivamente o bem-estar não econômico. Nesse sentido, um estudo mais apurado de tais benefícios derivados de uma menor pressão antrópica sobre o sistema climático se configura em um objeto de investigação futuro.
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    Termos de troca e crescimento econômico: a relação entre diferentes parceiros comerciais e grupos de produtos no Brasil
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-03-20) Alves, Jeruza Haber; Almeida, Fernanda Maria de; http://lattes.cnpq.br/4829259372237308; Cassuce, Francisco Carlos da Cunha; Silva, Orlando Monteiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781281D9; http://lattes.cnpq.br/5102885755939490; Lima, João Eustáquio de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783228J6; Carvalho, Luciano Dias de; http://lattes.cnpq.br/0061368522702958
    O objetivo do presente trabalho foi avaliar como a mudança dos termos de troca e sua volatilidade contribui para o crescimento econômico brasileiro. Com o intuito de alcançar os objetivos propostos, procedeu-se a estimação de equações específicas utilizando o modelo econométrico de séries temporais, o qual, sendo conhecido como FM-OLS, foi proposto, inicialmente, por Phillips e Hansen (1990) e compreende o período de 1962 a 2012. Os resultados encontrados com relação à deterioração dos termos de troca confirmam a existência de um termo de inclinação negativo para a série brasileira, já os encontrados com relação ao efeito dos termos de troca e de sua volatilidade no crescimento econômico sugeriram que o comércio com a União Europeia e Japão geram um impacto positivo no PIB per capita brasileiro. Resultado contrário foi encontrado para a China e Argentina onde o termo de troca destes países com o Brasil gerou um impacto negativo no crescimento da economia brasileira, ou seja, um aumento no termo de troca entre estes dois países e o Brasil está impactando negativamente o crescimento da economia brasileira. O termo de troca dos Estados Unidos com o Brasil não se mostrou significativo. A volatilidade teve sinal esperado em todos os casos, excetuando o Japão. Assim, quando há um aumento na volatilidade dos termos de troca dos países com o Brasil o crescimento econômico é impactado negativamente. Quando se analisou alguns dos produtos que o Brasil mais comercializa, pôde-se concluir que os grupos dos produtos óleos de sementes, nozes e amêndoas, petróleo bruto e parcialmente refinado apresentaram um quadro de influências positivas no crescimento econômico do país, ou seja, o comércio de tais produtos é economicamente viável para o Brasil. Já o comércio dos grupos de produtos materiais plásticos e resinas, máquinas de geração de energia e veículos rodoviários a motor tem afetado de maneira negativa o crescimento da economia. Os termos de troca dos grupos de produtos minérios de ferro e seus concentrados, produtos petrolíferos, produtos químicos orgânicos, máquinas, aparelhos e equipamentos e aparelhos de telecomunicações, não se mostraram significativos para influenciar o crescimento da economia brasileira. Em relação à volatilidade dos termos de troca de todos os grupos de produtos, na maioria dos casos, os resultados não se mostraram significativos, excetuando o caso dos grupos de produtos máquinas de geração de energia e máquinas, aparelhos e ix equipamentos. Ou seja, um aumento na volatilidade dos termos de troca destes grupos de produtos afeta negativamente o crescimento da economia brasileira. Assim por este estudo pôde-se concluir que o principal problema para o crescimento do Brasil não está em exportar commodities primárias, mas sim em exportar essencialmente este grupo de produtos, não diversificando sua pauta de exportações. Este comportamento prejudica a indústria nacional que não recebe a atenção e os investimentos necessários, fazendo com que a mesma não consiga competir com produtos estrangeiros baratos.
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    Difusão de inovações em redes de influência social
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-02-20) Araújo Júnior, Inácio Fernandes de; Vieira, Fabrício de Assis Campos; http://lattes.cnpq.br/3303467687565454; Carvalho, Luciano Dias de; http://lattes.cnpq.br/0061368522702958; Bueno, Newton Paulo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788572J6; http://lattes.cnpq.br/9811955933040382; Protil, Roberto Max; http://lattes.cnpq.br/2752435119365984
    Nos últimos anos a teoria sobre difusão de inovações tem sido aperfeiçoada pela incorporação das técnicas e ferramentas geradas pela análise de redes sociais (social network analysis). Os modelos desenvolvidos neste campo consideram que os indivíduos tendem a ser afetados pelas opiniões e comportamentos de outros indivíduos que pertencem a sua rede de influência ou que ocupem uma posição de destaque no sistema social. Deste modo, este trabalho se propõe a resumir o estado atual do conhecimento sobre o assunto, com o objetivo de analisar como as características das redes de inter-relações sociais afetam o processo de difusão de inovações. Para simular a formulação de políticas capazes de acelerar a difusão de novas tecnologias e/ou comportamentos considerados desejáveis em diferentes redes sociais foi utilizada a técnica de modelagem baseada em agentes. Os resultados gerais indicam que a difusão está positivamente associada à presença de indivíduos de destaque no network, entretanto, a influência dos líderes de opinião para desencadear o processo de difusão é importante em sistemas centralizados e dissortativos. E quanto mais conectado o network, menor a massa crítica requerida para desencadear o processo de difusão. Os mecanismos de análise desenvolvidos neste trabalho também podem ter aplicações fora do âmbito da difusão de inovações. Um possível campo de aplicação seria finanças e políticas sociais e de saúde pública.
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    Formalidade vs. informalidade no mercado de trabalho brasileiro: uma investigação dos diferenciais de rendimento
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-04-07) Dalberto, Cassiano Ricardo; Cassuce, Francisco Carlos da Cunha; Toyoshima, Sílvia Harumi; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788531T6; Cirino, Jader Fernandes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4757681Z9; http://lattes.cnpq.br/0748920817855286; Oliveira, Ana Maria Hermeto Camilo de; http://lattes.cnpq.br/4296821710899356
    O debate a respeito da informalidade no mercado de trabalho se dá em diversos países e contextos, e se deve, em grande parte, pela ausência de consenso tanto no que se refere à definição do termo quanto dos seus reflexos sobre o mercado de trabalho. As diferentes definições de informalidade podem conduzir a resultados substancialmente diferentes. No Brasil, a classificação tradicionalmente adotada pela literatura enquadra como trabalhadores informais aqueles que não possuem carteira de trabalho assinada. Contudo, tal definição não distingue a parcela de trabalhadores que não contribuem para a previdência social. Dado que os contribuintes da previdência podem desfrutar dos benefícios oferecidos pela seguridade social, parece ser razoável enquadrá-los no mercado de trabalho formal. Assim, o presente trabalho estabelece como conceito de trabalhador informal aquele que não contribui para a previdência. Quanto à dimensão da informalidade brasileiro, a mesma tem sido de grande relevância ao longo das últimas décadas, variando, conforme o critério e o período, entre cerca de um terço a mais da metade da força de trabalho empregada. Destarte, a compreensão sobre os possíveis diferenciais de rendimentos entre os setores formal e informal torna-se relevante, apontando eventuais deficiências e potencialidades em políticas públicas que visem melhorar a situação dos trabalhadores do conjunto da economia. Nesse sentido, o presente trabalho investigou os determinantes de tais diferenciais entre os setores nos diferentes quantis de sua distribuição, bem como as probabilidades de inserção formal/informal. Para tanto, utilizaram-se três métodos: um modelo Probit, a fim de compreender a influência de características individuais, geográficas e setoriais sobre a probabilidade de inserção no setor formal ou informal do trabalho; um modelo de regressão quantílica, permitindo a análise e comparação dos determinantes dos rendimentos do trabalho entre ambos os setores; e uma decomposição quantílica dos diferenciais de rendimentos entre trabalhadores formais e informais, permitindo uma melhor visualização da ocorrência ou não de segmentação entre tais setores através da discriminação nos rendimentos. Os resultados encontrados pelo modelo Probit apontam que os fatores que mais afetam a probabilidade de inserção formal do trabalhador são, em geral, as características geográficas e setoriais, com penalidades maiores para o setor da agricultura e para a região Nordeste. Quanto ao modelo de regressão quantílica, os resultados obtidos,viii particularmente para a experiência e para a educação, apresentam indícios da ocorrência de segmentação em termos de retornos aos atributos produtivos. Apesar de os trabalhadores informais apresentarem retornos ao capital humano semelhantes aos trabalhadores formais na base da distribuição de rendimentos, chegando em alguns casos a ter relativamente mais vantagens, o mesmo não se verifica para os trabalhadores situados no topo da distribuição. Por fim, através do modelo de decomposição quantílica é possível perceber que parte substancial das diferenças de rendimentos verificadas entre trabalhadores formais e informais se deve unicamente pela alocação entre tais setores, o que indica a ocorrência de segmentação nesse sentido. Verifica-se que os trabalhadores mais prejudicados por tal segmentação são aqueles com menores rendimentos, situados na base da distribuição.