Educação Física

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    Efeito do treinamento combinado sobre as variáveis bioquímicas e morfofuncionais de hipertensos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-10-22) Vieira, Bárbara Ramos; Marins, João Carlos Bouzas; http://lattes.cnpq.br/8121183810975152
    A hipertensão arterial sistêmica é o fator de risco mais prevalente para doença cardiovascular, sendo caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial. Geralmente está relacionado a danos funcionais e/ou estruturais dos órgãos-alvo e a alterações metabólicas, aumentando o risco de eventos cardiovasculares fatais e não- fatais. O exercício físico tem sido indicado como um tratamento não medicamentoso para auxiliar na redução dos níveis tensionais de hipertensos. Essa dissertação teve como principal objetivo analisar como o exercicio físico pode influenciar o perfil bioquímico, morfofuncional e a pressão arterial de repouso em sujeitos hipertensos. Para isso, foram desenvolvidos 2 capítulos: o primeiro, teve o objetivo de realizar uma análise crítica sobre as atuais recomendações de prescrição de exercícios para hipertensos abordados na 7º diretriz brasileira de hipertensão arterial, sob a ótica de um profissional de educação física. Foram analisadas as recomendações para atividades aeróbias: tipo de exercício, volume, intensidade e recomendações especiais; e recomendações para exercícios resistidos: volume e intensidade. Além disso, foram discutidos aspectos não abordados na diretriz. Foi possível observar avanços na 7º diretriz brasileira de hipertensão como nas orientações referentes as variáveis volume e intensidade, mas alguns pontos ainda carecem de maiores esclarecimentos, principalmente relacionados ao treinamento de força, como método de treino, forma de controle da intensidade e velocidade de execução. A partir dos aspectos abordados, foi concluído que é necessário um maior detalhamento nas orientações para uma prescrição de exercício segura e eficaz para a população hipertensa. No capítulo 2, foi desenvolvido um estudo clínico de intervenção com um total de 8 sujeitos caracterizados hipertensos (4 homens e 4 mulheres), com média de idade de 60,57 + 6,95 anos. Todos os pacientes eram vinculados ao Centro de Atenção Especializada de Viçosa, Minas Gerais. Foram realizados exames clínicos e teste ergométrico antes de iniciar o treinamento. Além desses, foram feitos exames de sangue antes e ao final do estudo para controle do potássio plasmático, creatinina plasmática, glicemia de jejum, colesterol total, HDL, triglicerídeos, ácido úrico e ureia. Indicadores antropométricos e testes físicos foram realizados antes e depois do período de massa corporal e a estatura, para cálculo do Índice de Massa Corporal e o perímetro de cintura. Os testes físicos empregados foram: banco de Wells, teste de alcançar as costas, teste de levantar da cadeira, teste de flexão de braço, dinamometria de mão, teste de equilibrio unipodal, teste de levantar e caminhar. Os pacientes foram submetidos a 50 sessões de treinamento combinado (aeróbio e resistido na mesma sessão), sendo que a intensidade do exercicio aeróbio foi prescrita frequência cardíaca. O método do treinamento resistido foi o alternado por segmento em circuito. Cada sessão durou entre 20 a 70 minutos, dependendo da fase do treinamento, a frequência semanal foi de 3 dias e a aderência aos programas de 75% foi determinada para que os resultados fossem considerados válidos. Foi realizado o teste de Shapiro-Wilk para verificar os pressupostos de normalidade e os dados se apresentaram não normais. Para os dados da avaliação antropométrica e testes físicos, o teste de Friedman foi usado para analisar se houve diferenças entre as medidas e, quando foi encontrada, realizou-se o teste de Wilcoxon para detectar onde havia essa diferença. Nos parâmetros sanguíneos, foi realizado o teste de Wilcoxon. Não houve diferença significativa nos parâmetros avaliados, exceto para agilidade, que reduziu de 7,88 + 2,41 segundos antes do estudo para 6,36 + 1,56 segundos na nona semana; potássio plasmático, que aumentou de 4,39 + 0,44 mEq/L antes para 5,08 + 0,62 mEg/L após a intervenção e ácido úrico que reduziu de 4,30 + 0,92 mg/dL antes para 2,84 + 0,66 mg/dL após o treinamento, todos para p<0,05. Tomando como base a dinâmica proposta de exercícios ao longo de 50 sessões, é possível concluir que, o treinamento combinado proposto, com exceção da agilidade, potássio plasmático e ácido úrico não foi capaz de gerar alterações importantes nas variáveis estudadas para essa amostra.
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    Efeitos de diferentes tipos de treinamento físico aeróbio sobre a morfologia, função e propriedades mecânicas do coração de ratos hipertensos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-08-16) Suarez, Pedro Zavagli; Carneiro Júnior, Miguel Araújo; http://lattes.cnpq.br/4639311373915407
    A hipertensão arterial (HA) é uma condição clínica multifatorial caracterizada por nível elevado e sustentado de pressão arterial (PA). O exercício físico aeróbio regular provoca adaptações autonômicas e hemodinâmicas que vão influenciar o sistema cardiovascular, contribuindo para redução da PA. O treinamento aeróbio contínuo de intensidade moderada (MICT), tem sido o mais indicado para sujeitos com HA, com intensidade variando de 40-60% do consumo máximo de oxigênio. Porém, nos últimos anos, estudos mostraram a eficácia do treinamento aeróbio intervalado de alta intensidade (HIIT) como tratamento para HA. Objetivos: Avaliar os efeitos de diferentes tipos de treinamento físico aeróbio sobre a morfologia, função e propriedades mecânicas do coração de ratos hipertensos. Metodologia: Ratos normotensos (Wistar) e hipertensos (SHR) com 16 semanas de idade foram distribuídos em 6 grupos (n=8): WIS CONT e SHR CONT – normotensos e hipertensos que não foram submetidos a treinamento físico aeróbio por 8 semanas; WIS MICT e SHR MICT – normotensos e hipertensos treinados pelo método contínuo a 60% da velocidade máxima de corrida, em esteira rolante, 30 min por dia, 5 dias por semana, por 8 semanas; WIS HIIT e SHR HIIT – normotensos e hipertensos treinados pelo método intervalado, sendo 20 repetições de 30 segundos a 90%, seguidas por 1 min a 45% da velocidade máxima de corrida, 5 dias por semana, por 8 semanas. A morfologia e função cardíaca foram avaliadas por ecocardiograma. A frequência cardíaca (FC), pressão arterial sistólica (PAS), diastólica (PAD) e média (PAM) foram medidas por pletismografia de cauda. O tempo total de exercício até a fadiga (TTF) foi determinado através de um teste máximo de corrida. Após os tratamentos, a eutanásia foi realizada por decapitação e o coração retirado, lavado e canulado pela artéria aorta em um sistema de perfusão. Os cardiomiócitos do ventrículo esquerdo (VE) foram isolados por digestão enzimática, utilizando-se colagenase. Para registro do transiente intracelular global de Ca2+ ([Ca2+]i), os cardiomiócitos foram incubados com o indicador fluorescente de Ca2+, Fura-2 ácido aminopolicarboxílico. A contração celular foi determinada pela técnica de alteração do comprimento dos cardiomiócitos, usando-se um sistema de detecção de bordas. As medidas foram feitas utilizando-se um microscópio invertido equipado com uma lente objetiva de imersão em óleo. Utilizou-se estimulação elétrica de campo nas frequências de 3, 5 e 7 Hz, temperatura de ~ 37oC. Resultados: Ambos os programas de treinamento aumentaram o TTF. Nos SHR, o MICT reduziu a FC de repouso, tendeu a diminuir a PAS, diminuiu a PAD, a PAM, a espessura do septo interventricular tanto na sístole quanto na diástole e diminuiu a amplitude de contração na estimulação de 5 Hz. O HIIT aumentou o peso do coração e as espessuras da parede do ventrículo esquerdo, tanto em sístole quanto em diástole, reduziu a PAS e tendeu a diminuir a PAM, além de diminuir o tempo para o pico de [Ca2+]i em todas as frequências de estimulação. Conclusão: Ambos os protocolos de treinamento promoveram adaptações benéficas sobre a morfologia, função e propriedades mecânicas do coração de ratos hipertensos. Palavras-chave: Hipertensão. Exercício físico. Cardiomiócitos. Contratilidade celular. Transiente de cálcio.
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    Efeitos do treinamento aeróbico sobre a contratilidade de cardiomiócitos e a expressão de microRNAs 214 e 208 no ventrículo esquerdo de ratos SHR
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-07-26) Rodrigues, Joel Alves; Natali, Antônio José; http://lattes.cnpq.br/6845309948900203
    Neste estudo, investigaram-se os efeitos do treinamento aeróbico sobre a contratilidade de cardiomiócitos e a expressão de microRNAs (miRNAs) no ventrículo esquerdo (VE) de ratos hipertensos. Ratos espontaneamente hipertensos e Wistar normotensos (idade de 16 semanas) foram separados aleatoriamente em quatro grupos: hipertenso sedentário (HS), hipertenso treinado (HT), normotenso sedentário (NS) e normotenso treinado (NT). Os animais dos grupos HT e NT foram submetidos ao treinamento de corrida em esteira, cinco dias/semana, uma hora/dia, em intensidade de 60-70% da velocidade máxima de corrida, durante oito semanas. Após esse período, avaliaram-se: capacidade física, pressão arterial sistólica (PAS), pesos corporal (PC), dos ventrículos (PV) e do VE (PVE), contratilidade e transiente intracelular de cálcio de cardiomiócitos do VE, expressão gênica de mRNA de miosinas de cadeia pesada (α e β- MCP) e miRNAs- 214 e 208 no VE. Os resultados indicaram que a hipertensão aumentou o PVE, as relações PV/PC e PVE/PC, a expressão de miR-208, β-MCP e miR-214, mas reduziu a relação α/β-MCP nos animais hipertensos em relação aos normotensos. O programa de exercício aumentou a capacidade física dos normotensos e hipertensos e reduziu a PAS nos animais hipertensos. Adicionalmente, melhorou a contratilidade celular nos animais normotensos, pois diminuiu o tempo de 50% de relaxamento celular e demonstrou tendência em reduzir o tempo para pico de contração. Também, diminuiu o tempo para o pico nos animais normotensos e o tempo para 50% de decaimento do transiente de Ca 2+ nos animais hipertensos. Além disso, aumentou a expressão de miR-208 e de miR-214, independentemente da hipertensão. Concluiu-se que o exercício aeróbico de intensidade moderada intensidade melhorou discretamente o transiente global de cálcio e não causou nenhum dano à contratilidade dos cardiomiócitos de ratos hipertensos.
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    Idosos hipertensos: prevalência, medicação e efeitos agudos do exercício resistido
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-03-28) Guimarães, Fabiana Costa; Lima, Luciana Moreira; http://lattes.cnpq.br/8344750203114079
    A temática do idoso tem ganhado relevância nos últimos anos a partir da constatação do crescimento proporcionalmente maior de pessoas com idade avançada em relação a outras faixas etárias, provocando o envelhecimento populacional. Na terceira idade, o risco de desenvolver hipertensão arterial sistêmica (HAS) aumenta, tornando esta doença mais comum neste período da vida. O tratamento anti-hipertensivo tem, como principal objetivo, reduzir a morbidade e mortalidade cardiovasculares. Porém a reabilitação e a prevenção da HAS vão além das ações farmacológicas, podendo-se destacar a restrição alimentar de sódio, consumo moderado de álcool e prática regular de atividade física, além do uso indevido de tabaco. A partir deste contexto o primeiro objetivo desta dissertação foi observar a relação entre o nível de atividade física, o tabagismo e o consumo abusivo de álcool na prevalência de HA em indivíduos adultos, em todas as capitais brasileiras, nos anos de 2007 e 2010. Foram estudadas as 26 capitais dos estados brasileiros, além do Distrito Federal, utilizando as informações do sistema de informatização do Sistema Único de Saúde (DATASUS), considerando quatro variáveis principais: prevalência de HAS, atividade física suficiente no tempo livre, tabagismo e consumo abusivo de bebidas alcoólicas. Como resultado, foi observado uma maior prevalência de hipertensão arterial no ano de 2010 quando comparada ao ano de 2007. Como os níveis médios de tabagismo diminuíram e o consumo abusivo de álcool não sofreu alteração, foi possível inferir que a queda nos níveis de atividade física pode ter contribuído para o aumento na prevalência de HA nas capitais do país no período estudado. O objetivo do segundo estudo foi investigar os níveis pressóricos antes da realização de uma atividade física matinal por um grupo de idosos, buscando correlacionar com o uso de medicamentos anti-hipertensivos e com o mini exame do estado mental (MEEM). O estudo foi desenvolvido com 86 idosos do Programa Municipal da Terceira Idade (PMTI), na cidade de Viçosa, MG, Brasil. Foram utilizados dois questionários estruturados e medida da pressão arterial. As mulheres representaram 80,2% e não foram observadas diferenças significativas entre homens e mulheres para os parâmetros MEEM, pressão arterial sistólica (PAS), diastólica (PAD), frequência de pulso (FP) e uso de medicamentos anti-hipertensivos. Dos participantes, 40% apresentaram PAS superior a 135mmHg e 22% apresentaram PAD superior a 85mmHg antes do início das atividades físicas matinais, sem diferenças significativas entre os sexos. Cinquenta e cinco por cento das mulheres esqueceram-se de tomar o medicamento anti-hipertensivo pelo menos uma vez na última semana, porcentagem significativamente maior que os participantes do sexo masculino (18%). A maioria dos participantes utilizava regularmente dois medicamentos de classes farmacológicas diferentes. Os resultados encontrados sugeriram que a presença de um familiar ou ajudante em casa, sobretudo nos idosos com menor escore do MEEM, poderia resultar em um menor risco de eventos cardiovasculares relacionados com a prática de atividades físicas nos indivíduos estudados. Após esta segunda etapa, foi possível conhecer e observar melhor quais idosos apresentavam adesão aos seus medicamentos e mantinham suas médias pressóricas controladas para a participação na próxima etapa do estudo. Assim o objetivo da última etapa do estudo foi avaliar e comparar o efeito hipotensor através da monitorização residencial da pressão arterial (MRPA), depois de uma sessão de exercício resistido realizada por idosos hipertensos em dois horários distintos do dia. Participaram do estudo 6 mulheres (66,6%) e 3 homens (33,3%), com média de idade de 70 ± 5,22 anos e diagnóstico prévio de HAS grau 1. Os indivíduos participaram de duas sessões de treinamentos com as mesmas características, sendo uma às 8 horas da manhã de uma segunda-feira e outra às 16 horas da tarde de quarta-feira da mesma semana, compostas por exercícios resistidos, com duração média de 60 minutos, combinado por 10 minutos de aquecimento específico. A pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) foi obtida por equipamento oscilométrico oito vezes ao dia. As médias obtidas nas 48 horas de MRPA para a PAS e PAD não apresentaram diferenças significativas quando foi comparado o exercício às 8:00 horas com o realizado às 16:00 horas. No entanto, foi observada uma redução significativa da PAS pelo menos em um dos momentos estudados (11:00 horas) quando a sessão de exercício foi realizada pela manhã. Este fato não ocorreu quando a sessão de exercício foi realizada à tarde. Independentemente do período de realização dos exercícios resistidos em idosos hipertensos e destreinados, a PAS apresentou diferença quando comparada ao dia sem exercício. Além disso, no que diz respeito ao controle da PA, maiores benefícios foram encontrados quando o exercício foi praticado no período da manhã.
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    Avaliação do estado mental de pacientes com hipertensão e diabetes atendidos pelo Centro Hiperdia de Viçosa após programa de exercícios físicos supervisionados
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-05-16) Teixeira, Robson Bonoto; Lima, Luciana Moreira; http://lattes.cnpq.br/1475381289272317
    A hipertensão arterial sistêmica (HAS) e o diabetes mellitus (DM) são desordens muito comuns na atualidade, ocasionando disfunções físicas e também neuropsicológicas, como os transtornos depressivos, de ansiedade e o déficit cognitivo. Estudos relatam que a prevalência desses transtornos psicológicos são maiores em hipertensos e diabéticos do que na população em geral, e que hipertensos possuem risco de desenvolver demência vascular três vezes maior que indivíduos normotensos, aumentando para seis vezes quando a HAS está associada com o DM. Neste contexto, a prática de exercícios físicos vem sendo utilizada como instrumento fundamental para a atenuação de possíveis sintomas depressivos, ansiosos e déficit cognitivo que esses pacientes possam apresentar. O objetivo geral dessa dissertação foi verificar e analisar possíveis melhoras na saúde mental em pacientes atendidos no Centro Hiperdia de Viçosa, Minas Gerais, submetidos a um programa de exercícios físicos supervisionados composto por exercícios de características aeróbica e anaeróbica. A presente dissertação contempla três artigos distintos, sendo que os objetivos específicos foram: descrever o estado mental, quadros de declínio cognitivo, bem como quadros de depressão e ansiedade em pacientes hipertensos e diabéticos atendidos num centro de atenção secundária de uma cidade do interior de Minas Gerais, candidatos à participação em programa de treinamento físico; Analisar possíveis benefícios da prática regular de exercícios nos níveis de ansiedade, depressão e déficit cognitivo de diabéticos e hipertensos pertencentes a um programa de exercícios físicos supervisionados, além de avaliar e comparar os resultados entre programas de exercícios aeróbicos e resistidos; E verificar se a prática de exercício físico supervisionado, com duração de 12 semanas, é suficiente para impor modificações no estado cognitivo de pacientes diabéticos e hipertensos, através da utilização do Mental Test and Training System (MTTS). No primeiro estudo, avaliou-se 34 pacientes (23 mulheres e 11 homens), sendo 17 hipertensos (59 ±10 anos) e 17 diabéticos (54 ± 10 anos), onde foram aplicados os seguintes questionários: Mini Exame do Estado Mental (MEEM), Inventário de Beck para Depressão (BDI) e Ansiedade (BAI) e o Self Reporting Questionnaire (SRQ-20). Detectou-se que 82% dos hipertensos e 65% dos diabéticos apresentaram suspeição de transtorno mental, não havendo diferença entre os dois grupos (p=0,246). Já, 76% dos diabéticos e 65% dos hipertensos foram classificados com depressão de moderada a grave, enquanto que 64% dos hipertensos e 48% dos diabéticos demonstraram ansiedade de moderada a grave. Não foram encontrados quadros de déficit cognitivo. Foi evidenciada, assim, elevada porcentagem de quadros depressivos e de ansiedade na amostra estudada, reforçando a importância do diagnóstico pelo médico que o acompanha. No segundo estudo avaliou-se 17 pacientes, (55 ± 9 anos) sendo 9 hipertensos (de 57 ± 8 anos) e 8 diabéticos (53 ± 8 anos) que foram submetidos a um programa de exercícios físicos resistidos supervisionados, utizando o método circuito alternado por segmento e aeróbicos em esteira e bicicleta ergométrica, por 12 semanas, com frequência semanal de 3 dias e de intensidade moderada. Os mesmos questionários do trabalho anterior foram aplicados antes e após o período de intervenção. Observou-se queda de 61% (p=0,001) na pontuação alcançada pelo BDI, assim como queda de 53% (p=0,02) na pontuação do BAI após o período de 12 semanas de exercícios. Também registrou-se diminuição de 73% dos pacientes classificados com suspeição de transtorno mental. Não foram observadas melhoras nos níveis cognitivos através do MEEM após o período de intervenção, e não houve diferença entre os grupos de exercícios aeróbico e resistido. Foram demonstrados assim efeitos positivos nos quadros depressivos, ansiosos e de transtornos mentais não psicóticos em hipertensos e diabéticos, após um período de 12 semanas de realização de exercícios físicos supervisionados, independente da característica do exercício. O terceiro estudo foi realizado com 13 pacientes, (55 ± 12 anos) sendo 6 diabéticos (49 ± 13 anos) e 7 hipertensos, (60 ± 9 anos) onde aplicou-se testes que avaliam atenção e concentração, atenção seletiva e tempo de reação no equipamento MTTS antes e após o período de 12 semanas de realização de exercícios, por um grupo aeróbico e por outro resistido supervisionado. Os resultados demonstraram que houve melhoras significativas no teste de Atenção e Concentração, na variável "não reações incorretas" para hipertensos (p = 0,031) e diabéticos (p = 0,013), além da variável "reações corretas" (p = 0,013) e "reações incorretas" (p = 0,028) para diabéticos. Não houve diferença entre os grupos que realizaram exercícios aeróbico e resistido. O desenvolvimento do estudo permitiu concluir que apesar da alta prevalência de quadros depressivos e ansiosos nos hipertensos e diabéticos que participaram desta pesquisa, o exercício físico foi capaz de minimizar esses transtornos psiquiátricos consideravelmente após um período 12 semanas de treinamento com modalidades de exercício de característica aeróbica e resistida. Neste contexto, o protocolo de exercício sugerido foi também eficaz na melhora dos níveis de atenção e concentração dos pacientes. Conclui-se que o exercício físico supervisionado pode ser utilizado como instrumento eficaz não apenas no tratamento das comorbidades cardiometabólicas presentes em hipertensos e diabéticos, mas também nas suas prevalentes comorbidades neuropsiquiátricas.
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    Efeito agudo e crônico do exercício aeróbico e resistido sobre a pressão arterial dos pacientes atendidos no Centro Hiperdia de Viçosa
    (Universidade Federal de Viçosa, 2015-04-23) Carvalho, Cristiane Junqueira de; Lima, Luciana Moreira; http://lattes.cnpq.br/8950559096530523
    A literatura estabelece que a atividade física regular traz inúmeros benefícios à saúde, haja vista a associação entre sedentarismo e maior risco de doenças, principalmente as cardiovasculares. Desse modo, o treinamento físico tem sido recomendado por diretrizes atuais como medida preventiva e como ferramenta adicional à terapia farmacológica no tratamento da hipertensão arterial sistêmica (HAS) e suas manifestações patológicas, apesar da persistência de incertezas acerca da melhor metodologia de prescrição de treinamento para controle da pressão arterial. Uma ampla parcela da população hipertensa é composta por portadores de uma doença resistente, hiporresponsiva a terapia medicamentosa e associada a uma combinação de comportamentos e fatores de risco cardiovasculares. Torna-se necessário destacar que estudos sobre a resposta desta parcela de hipertensos aos exercícios físicos ainda não é uma realidade difundida. O objetivo geral desta dissertação foi analisar o efeito agudo e crônico dos exercícios aeróbicos e resistidos sobre a pressão arterial (PA) de pacientes hipertensos atendidos no centro Hiperdia de Viçosa, MG. Os objetivos específicos foram verificar a prevalência, de acordo com o sexo, dos comportamentos de risco e das comorbidades associadas à hipertensão nos pacientes atendidos no Centro Hiperdia de Viçosa, MG; investigar e comparar o comportamento da pressão arterial antes e após uma única sessão de exercício aeróbico e resistido, avaliando o fenômeno de hipotensão pós-exercício; investigar e comparar a PA antes e após 12 semanas de um programa de exercícios físicos aeróbicos e resistidos através de monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA), avaliando, portanto o efeito crônico do treinamento e por último investigar e comparar o impacto dos programas de exercícios supervisionados sobre o perfil lipídico, o perfil glicêmico e as medidas antropométricas dos pacientes hipertensos. O primeiro estudo avaliou 172 prontuários de hipertensos maiores de 18 anos acompanhado no centro Hiperdia com o objetivo de verificar a prevalência, de acordo com o sexo, dos comportamentos de risco e das comorbidades associadas à hipertensão. Observou-se uma prevalência maior de homens entre os hipertensosvi analisados e as taxas de etilismo e tabagismo foram significativamente maiores neste grupo. As mulheres apresentaram uma taxa maior de obesidade. O sedentarismo e a dislipidemia estiveram presentes em 77% e 44% dos pacientes, respectivamente, sem diferença entre os sexos. Baixa escolaridade também foi uma característica muito presente entre os estudados. Dentre as condições clínicas relacionadas à hipertensão, houve um predomínio da hipertrofia do ventrículo esquerdo, seguida pela doença renal e pela doença cerebrovascular. No segundo estudo, 12 pacientes com hipertensão arterial resistente foram divididos em dois grupos aleatoriamente: treinamento resistido e treinamento aeróbico, ambos de moderada intensidade. A pressão arterial foi registrada por MAPA, durante 24 horas, num momento basal e logo após uma sessão de exercícios. Foi verificada que, durante as 24horas que se seguiram à sessão de exercícios, tanto a pressão arterial sistólica (PAS) quanto a pressão arterial diastólica (PAD) se mantiveram mais baixas do que no momento basal, porém com maior diferença numérica após a sessão de exercícios resistidos e com significância estatística sendo alcançada somente durante o período do sono após esta modalidade. Não foi observada variação significativa do descenso noturno em nenhum dos dois grupos avaliados. O terceiro estudo avaliou onze pacientes da amostra do estudo anterior e registrou a pressão arterial por MAPA, durante 24 horas, no momento basal e após 12 semanas de treinamento aeróbico ou resistido. Foram analisados também as medidas antropométricas, de composição corporal e o perfil bioquímico. A randomização do segundo estudo foi mantida, porém com a perda de um paciente ao longo das 12 semanas de treinamento. No grupo que realizou o treinamento aeróbico, os valores médios de PAS, PAD e pressão arterial média foram significativamente mais baixos no subperíodo de vigília e no total das 24 horas, com quedas de 14mmHg, 7mmHg e 10mmHg, respectivamente. O grupo de treinamento resistido não apresentou alteração significativa da pressão arterial, apesar da melhora significativa de 22% nos níveis de HDL. Os demais parâmetros bioquímicos e antropométricos não variaram significativamente em ambos os grupos. Dessa forma, verificamos pelo primeiro estudo que os hipertensos atendidos no Centro Hiperdia de Viçosa eram, em sua maioria, classificados como hipertensos resistentes e, além desta séria condição, os mesmos ainda apresentavam uma combinação de comportamentos e fatores de risco que conferem um alto risco de complicações cardiovasculares. O segundo e terceiro estudos revelam que o treinamento aeróbico e o resistido apresentaram resultados clinicamente relevantes e significativos para a amostra de hipertensos resistentes selecionada dovii Centro Hiperdia. Tanto o controle pressórico quanto o perfil lipídico foram impactados pela prática de exercícios físicos supervisionados. O segundo artigo destacou que o exercício resistido provocou um importante benefício agudo no ritmo circadiano da PA, particularmente no período do sono e, como apresentado no terceiro artigo, a realização de um exercício aeróbico de baixa à moderada intensidade em sujeitos hipertensos resistentes, mesmo por um período curto de aderência de 12 semanas, também se mostrou estatisticamente e clinicamente significativa. A metodologia proposta de treinamento resistido ou o tempo de realização não permitiu obter os mesmos resultados do treinamento aeróbico no terceiro artigo, porém esta modalidade de treinamento resultou em aumento significativo do HDL.
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    Temperatura cerebral e ajustes termorregulatórios em ratos espontaneamente hipertensos (SHR) submetidos ao exercício físico até a fadiga em ambiente quente
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-03-14) Drummond, Lucas Rios; Wanner, Samuel Penna; http://lattes.cnpq.br/9912121218443737; Gomes, Thales Nicolau Primola; http://lattes.cnpq.br/6712970905641144; http://lattes.cnpq.br/0166518477615276; Sartori, Sirlene Souza Rodrigues; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4704296D0; Moreira, Christiano Antônio Machado; http://lattes.cnpq.br/0231348776336434
    O objetivo desse estudo foi avaliar a temperatura cerebral e os ajustes termorregulatórios em ratos espontaneamente hipertensos (SHR) durante o exercício físico nos ambientes temperado e quente. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética no Uso de Animais da UFV (#58/2012). Dezenove ratos Wistar (383 ± 11 g, 120 ± 3 mmHg) e dezoito SHR (324 ± 6 g, 196 ± 4 mmHg) com 16 semanas de idade foram usados nos experimentos. Esses animais tiveram a pressão arterial medida por meio de pletismografia de cauda antes das sessões de exercício. Em seguida, os ratos foram submetidos ao implante de um sensor de temperatura abdominal e de uma cânula guia no córtex frontal direito (AP: +3 mm; ML: -3 mm, DV: -1.8 mm), que foi usada para inserção do termorresistor e medida da Tcer. Após a recuperação das cirurgias, os animais foram familiarizados a correr em uma esteira rolante (15m/min) por 5 minutos, por 5 dias consecutivos. Em seguida, os animais foram submetidos aos exercícios progressivo (velocidade inicial de 10m/min; o aumento da velocidade foi de 1m/min a cada 3 minutos) ou constante (60% da velocidade máxima durante todo exercício) até a fadiga no ambiente temperado (25 oC) e quente (32 oC). As temperaturas cerebral (Tcer), abdominal (Tabd), e da pele da cauda (Tpele) foram medidas a cada minuto durante toda sessão de exercício. Os dados referentes a temperatura corporal foram analisados usando ANOVA two- way com parcelas subdivididas e apresentadas como média ± EPM (α=5%). Durante o exercício progressivo no ambiente temperado, o grupo SHR apresentou maior Tcer comparado ao grupo Controle do 15o minuto até a fadiga, maior Tabd do 13o minuto até a fadiga e menor Tpele entre o 12o e 27o minuto. No ambiente quente, o grupo SHR apresentou maior Tcer comparado ao grupo Controle entre o 7o e 14o minuto e na fadiga e maior Tabd do 10o minuto até a fadiga. Durante o exercício constante no ambiente temperado, o grupo SHR apresentou maior Tcer comparado ao grupo Controle entre o 13o e 35o minuto, maior Tabd entre o 19o e 52o minuto e menor Tpele entre o 4o e 16o minuto. No ambiente quente, o grupo SHR apresentou maior Tcer comparado ao grupo Controle entre o 11o e 24o minuto e maior Tabd entre o 9o e o 36o minuto. Além disso, os SHRs apresentaram menor desempenho físico durante o exercício progressivo e constante em ambos ambientes. Em conclusão, os animais hipertensos apresentam um aumento exacerbado das temperaturas cerebral e abdominal durante o exercício físico nos ambientes temperado e quente.
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    Estudo da termorregulação em ratos espontaneamente hipertensos submetidos aos exercícios físicos progressivo e contínuo até a fadiga em ambiente quente
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-03-22) Campos, Helton Oliveira; Natali, Antônio José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4795725H4; Leite, Laura Hora Rios; http://lattes.cnpq.br/3584360655053492; Gomes, Thales Nicolau Primola; http://lattes.cnpq.br/6712970905641144; http://lattes.cnpq.br/9943745239534290; Coimbra, Cãndido Celso; http://lattes.cnpq.br/2082598564827785
    A hipótese do presente estudo foi de que durante o exercício progressivo até a fadiga (EPF) e o exercício contínuo até a fadiga (ECF) em ambiente quente (AQ) os ratos espontaneamente hipertensos (SHR) apresentariam déficits termorregulatórios em relação aos seus controles normotensos. Assim, o objetivo do estudo foi estudar a termorregulação em ratos espontaneamente hipertensos (SHR) submetidos aos EPF e ECF em AQ. Para isto foram medidas a temperatura corporal interna (Tint), a temperatura da pele da cauda (Tpele), o consumo de oxigênio (VO2) e o tempo total de exercício até a fadiga (TTE) em ratos Wistar (n=8) e SHR (n=8), durante quatro condições experimentais: (1) exercício progressivo até a fadiga em ambiente quente (EPF-AQ), (2) exercício progressivo até a fadiga em ambiente temperado (EPF-AT), (3) exercício contínuo até a fadiga em ambiente quente (ECF-AQ) e (4) exercício contínuo até a fadiga em ambiente temperado (ECF-AT). A temperatura da esteira para o ambiente temperado (AT) e o AQ foi fixada em 25 e 32°C, respectivamente. O teste de Kolmogorov-Smirnov foi utilizado para testar a normalidade dos dados. As diferenças entre os grupos foram analisadas utilizando ANOVA two-way, seguido do post-hoc de Tukey, quando necessário. Para avaliar os valores de Tint, Tpele e VO2 durante os experimentos em relação ao momento basal e de fadiga, foi utilizado o teste t de Student. Os dados são apresentados como média ± EPM. O nível de significância adotado foi de até 5%. No EPF, o grupo SHR-AT apresentou maior VO2 em relação ao grupo WIS-AT, em contrapartida o grupo SHR-AT também apresentou maior Tpele em relação ao grupo WIS-AT. Desta forma, ocorreu um equilíbrio térmico que acarretou em Tint semelhante entre os grupos no EPF. No ECF, o grupo SHR-AQ apresentou maior Tint em relação ao grupo WIS-AQ. Além disto, não houve diferenças na Tpele e no VO2 entre os grupos. Quando o exercício foi realizado em AQ o TTE foi reduzido em relação ao AT. A EM foi menor nos SHR em comparação aos WIS, tanto no AT quanto no AQ. Foi demonstrado que durante o EPF- AT os SHRs apresentaram maior produção e dissipação de calor nos momentos finais do exercício em relação aos seus controles, desta forma a Tint foi semelhante entre SHR e WIS. Durante o ECF-AQ os animais SHRs apresentaram um balanço térmico alterado, com Tint mais elevada que os seus controles 8 no momento final do exercício, apesar de apresentarem dissipação e produção de calor semelhante aos seus controles.
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    Características das sparks espontâneas de Ca2+ em cardiomiócitos de ratos espontaneamente hipertensos submetidos ao treinamento e ao destreinamento físico.
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-03-16) Quintão Júnior, Judson Fonseca; Natali, Antônio José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4795725H4; Felix, Leonardo Bonato; http://lattes.cnpq.br/3019426714283734; Gomes, Thales Nicolau Primola; http://lattes.cnpq.br/6712970905641144; http://lattes.cnpq.br/1714153512022329; Cruz, Jader dos Santos; http://lattes.cnpq.br/2743748135395821
    O objetivo do presente estudo foi investigar os efeitos do treinamento e do destreinamento físicos sobre as características das sparks espontâneas de Ca2+, em cardiomiócitos de ratos espontaneamente hipertensos (SHR). Ratos SHR e Wistar normotensos com 16 semanas de idade, peso inicial de 357,5±4,0g (SHR) e 385,2±6,6g (Wistar), foram separados aleatoriamente em 8 grupos: hipertenso sedentário (HS); hipertenso treinado (HT); normotenso sedentário (NS); normotenso treinado (NT); hipertenso sedentário por 12 semanas (HSD); hipertenso destreinado (HD); normotenso sedentário por 12 semanas (NSD); normotenso destreinado (ND). Os animais dos grupos (HT, NT, HD e ND) foram submetidos a um programa de treinamento de corrida, 5 dias por semana, 1h por dia, numa intensidade de 60-70% da velocidade máxima de corrida, durante 8 semanas. Os animais dos grupos HD e ND permaneceram sem exercícios físicos por 4 semanas após a 8ª semana de treinamento. Após a eutanásia, cardiomiócitos das regiões do sub epicárdio (EPI) e do sub endocárdio (END) do ventrículo esquerdo e do ventrículo direito (VD) foram isolados por dispersão enzimática. As medidas das sparks foram feitas por meio de um microscópio confocal. As análises da amplitude, frequência, FWHM, FDHM, Tpico, Imax e τ das sparks foram feitas por meio do programa SparkMaster. Para as análises estatísticas foram usados os testes Kolmogorov-Smirnov, Shapiro-Wilk, Kruskal-Wallis e ANOVA two-way com teste post-hoc de Tukey. O nível de significância adotado foi de até 5%. Os resultados mostraram que a hipertensão aumentou a frequência e reduziu a amplitude, a FWHM, a FDHM nas regiões EPI e VD, a largura e duração total nos cardiomiócitos EPI e do VD, o Tpico nas células EPI e nas do VD, a Imax e a τ das sparks nas células EPI e do VD no grupo HS (p<0,05). A hipertensão reduziu a frequência das sparks nas células EPI e do VD e aumentou a frequência nas células END. A hipertensão também aumentou a amplitude, a FWHM, a FDHM, a largura e duração total, o Tpico, a Imax e a τ das sparks no grupo HSD (p<0,05). O treinamento físico reduziu a frequência das sparks nas células END e EPI dos ratos normotensos (p<0,05) e o destreinamento reverteu estas alterações (p<0,05). O treinamento físico reduziu a frequência das sparks nas células END e do VD dos ratos hipertensos (p<0,05) e o destreinamento não reverteu estas alterações (p<0,05). O treinamento físico aumentou a amplitude das sparks nas células END e do VD e reduziu nos cardiomiócitos EPI dos ratos normotensos e hipertensos (p<0,05) e o destreinamento não reverteu estas adaptações (p<0,05). O treinamento físico aumentou a FWHM, a FDHM, a largura e duração total, o Tpico, a τ e reduziu a Imax, nos cardiomiócitos dos ratos normotensos (p<0,05). O destreinamento não reverteu as alterações promovidas pelo treinamento físico na FWHM e na FDHM das células END e do VD, na largura total nas células END e do VD, na duração total nas células END, no Tpico nas células END e no VD, na Imax e na τ dos ratos normotensos (p<0,05). O treinamento físico aumentou a FWHM, a FDHM, a largura e duração total, o Tpico, a Imax e a τ nas células END e do VD, e reduziu a Imax nas células EPI dos ratos hipertensos (p<0,05). O destreinamento não reverteu as alterações promovidas pelo treinamento físico na FWHM e FDHM nas células END e EPI, na largura e duração total e no Tpico nas células END e EPI, na Imax nas células END e do VD e na τ dos ratos hipertensos (p<0,05). Em relação às diferenças regionais, cardiomiócitos END apresentaram maior frequência das sparks (grupos HS, HSD e HD), amplitude (grupos NT e HT), largura e duração (grupo HT) e Imax (grupos NS, NT e HT), em relação aos EPI do ventrículo esquerdo (p<0,05). Contrário a isto, observaram-se valores menores para a amplitude (grupos NS, NSD, ND, HSD e HD), a largura total (grupos NS, NT e NSD), a FDHM (grupos NS e NT), a duração total das sparks (grupos NS, NT e HT), o Tpico (grupos NS e HSD), a τ (grupos NS, NT e HSD) e a Imax (grupos NSD, ND, HSD e HD) nas células END, em relação às EPI. Conclui-se que: a) o treinamento físico atenuou os efeitos deletérios da hipertensão sobre as características das sparks espontâneas de Ca2+ nos ratos SHR; b) o destreinamento por 4 semanas não reverteu todos os efeitos promovidos pelo treinamento físico nas características das sparks espontâneas de Ca2+ e c) as características das sparks espontâneas de Ca2+ acontecem de forma distinta entre as células das regiões END e EPI do ventrículo esquerdo.
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    Treinamento físico de baixa intensidade e destreinamento: avaliação das propriedades morfológicas e mecânicas de miócitos cardíacos de ratos espontaneamente hipertensos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2009-03-27) Carneiro Júnior, Miguel Araujo; Peluzio, Maria do Carmo Gouveia; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723914H4; Amorim, Paulo Roberto dos Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784479Z2; Natali, Antônio José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4795725H4; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4732208U5; Carlo, Ricardo Junqueira Del; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788143A9; Matta, Sérgio Luis Pinto da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798314Z0
    O estudo teve como objetivo verificar se o treinamento físico de baixa intensidade, corrida em esteira, e o destreinamento afetam a pressão arterial, a morfologia e a contratilidade de miócitos cardíacos isolados do ventrículo esquerdo de ratos espontaneamente hipertensos (SHR). Ratos SHR com 16 semanas de idade, peso inicial de 328, 8 ± 6,58 g (média ± EPM) e pressão arterial sistólica de 174,1 ± 3,75 mmHg, foram alocados aleatoriamente em um dos quatro grupos: G1 = grupo sedentário por 8 semanas (n = 7); G2 = grupo treinado por 8 semanas (n = 7); G3 = grupo treinado por 8 e destreinado por 4 semanas (n = 7); G4 = grupo sedentário por 12 semanas (n = 6). Os animais dos grupos G2 e G3 foram submetidos a um programa de treinamento de corrida de baixa intensidade (16m/min) em esteira rolante, 60 min/dia, 5 dias/semana, durante 8 semanas. Os animais dos grupos G3 e G4 permaneceram em gaiolas coletivas, sem exercício, por mais 4 semanas. Após eutanásia, o coração foi removido e os miócitos do ventrículo esquerdo foram isolados por dispersão enzimática. O comprimento e a largura dos miócitos foram medidos usando-se um sistema de captação de imagens e o volume celular foi calculado. As contrações celulares foram medidas através da técnica de alteração do comprimento dos miócitos, após estimulação elétrica a 1 Hz, em temperatura ambiente (~25ºC), usando-se um sistema de detecção de bordas. Os resultados mostraram que ao final do experimento não houve diferença estatisticamente significativa (P > 0,05) entre os grupos para os pesos do animal, do coração, dos ventrículos e para as relações peso do coração/peso do animal e peso dos ventrículos/peso do animal. Não houve diferença estatisticamente significativa (P > 0,05) entre a pressão arterial sistólica inicial e final em todos os grupos. O programa de treinamento aumentou o comprimento dos miócitos cardíacos dos animais SHR, em comparação aos animais sedentários (P < 0,05), e o período de destreinamento não reverteu esta adaptação (P > 0,05). Todavia, tanto o programa de treinamento quanto o destreinamento não foram capazes de alterar a largura e o volume dos miócitos (P > 0,05). A amplitude de contração celular não foi afetada pelo treinamento ou pelo destreinamento (P > 0,05). O treinamento diminuiu o tempo para o pico de contração (P < 0,05), porém o destreinamento reverteu esta adaptação (P < 0,05). Em relação ao tempo para 50% do relaxamento, houve uma tendência de redução pelo treinamento (P = 0,08), mas o destreinamento reverteu esta tendência. A máxima velocidade de contração dos miócitos dos animais treinados foi maior do que a dos sedentários (P < 0,05) e o destreinamento não modificou esta situação (P > 0,05). A máxima velocidade de relaxamento foi maior nos miócitos dos animais treinados do que nos sedentários (P < 0,05), o que foi mantido com o destreinamento (P > 0,05). Concluiu-se que: a) o programa de corrida com intensidade baixa e o destreinamento, não afetaram a pressão arterial sistólica de ratos SHR; b) o programa de corrida com intensidade baixa, aumentou o comprimento, sem alterar a largura e o volume dos miócitos cardíacos de ratos SHR, porém o destreinamento não afetou a morfologia; e c) o programa de treinamento não alterou a amplitude de contração, mas aumentou a velocidade máxima de contração e de relaxamento dos miócitos cardíacos, todavia, o destreinamento reverteu apenas as adaptações do tempo para o pico de contração.