Economia
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Item O compartilhamento de risco na América Latina 1951-2003: uma abordagem de dados em painel(Universidade Federal de Viçosa, 2008-12-16) Silva, Breno Augusto da Silva e; Silva Junior, Geraldo Edmundo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723405T6; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; Silva, Nelson da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4777711H4; http://lattes.cnpq.br/0012656515535381; Silva, Orlando Monteiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781281D9; Caetano, Sidney Martins; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4706384A9Este trabalho buscou caracterizar a existência de compartilhamento de risco na América Latina, por meio de dados de renda per capita e consumo per capita de 18 países latino-americanos, 6 países desenvolvidos (G6) e 11 países emergentes. Utilizou-se a metodologia de Dados em Painel, procedimento econométrico amplamente utilizado na literatura econômica. O trabalho analisou o compartilhamento de risco entre países da América Latina, desconsiderando o resto do mundo, e também entre a América Latina e o resto do mundo, no curto e longo prazos, mediante dois modelos empíricos. No primeiro modelo, denominado principal, que fez análises de curto prazo e de longo prazo, observou-se que o compartilhamento de risco na América Latina, em geral, é baixo, corroborando os resultados de outros trabalhos relevantes. No caso Intra-América Latina, os resultados mostraram que 20% dos riscos idiossincráticos foram compartilhados no curto prazo, enquanto no longo prazo, apenas 7%. No caso Inter-América Latina em relação ao resto do mundo, o compartilhamento de risco da região, em relação a países desenvolvidos foi de 15% no curto prazo e de 4% no longo prazo; em relação a países desenvolvidos e a países emergentes, o compartilhamento foi de 15% no curto prazo e de 13% no longo prazo. Um modelo complementar e comparativo, relacionado apenas ao curto prazo, mostrou que para os países latino-americanos, a correlação entre consumo próprio e consumo mundial é de 27% no caso intra- América Latina, 22% no caso inter-países considerando o G6 e 21% no caso interpaíses considerando G6 mais os emergentes. Os resultados mostram que o compartilhamento de risco de curto prazo é maior no caso Intra-América Latina e de longo prazo é maior quando países emergentes são incluídos na análise. Assim, uma maior integração financeira da América Latina com outros países, como os emergentes, poderia promover maior suavização do seu consumo de longo prazo.Item A divisão das receitas tarifárias no Mercosul: uma proposta baseada na experiência de outras integrações(Universidade Federal de Viçosa, 2011-06-27) Silva Junior, Paulo Nei da; Cassuce, Francisco Carlos da Cunha; Bueno, Newton Paulo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788572J6; Silva, Orlando Monteiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781281D9; Carvalho, Luciano Dias de; http://lattes.cnpq.br/0061368522702958; Abrantes, Luiz Antônio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762361A7O objetivo deste trabalho, baseado no Federalismo Político e Fiscal e na experiência de outros países, é propor um mecanismo de distribuição da receita aduaneira que leve em conta as disparidades existentes entre os países do bloco e testá-las para o período entre 2001 e 2009. Além da fórmula aqui proposta, foi utilizada a fórmula da União Aduaneira da África Austral (SACU). Também variamos os parâmetros da fórmula proposta para observar as mudanças e observamos que o Paraguai e a Argentina foram os principais beneficiados em todas as variações, sendo que a diminuição da receita do Brasil e do Uruguai é relativamente pequena. A principal conclusão é de que uma fórmula para distribuição da receita aduaneira pode levar à redução das disparidades entre os países do bloco, bem como ao aprofundamento do processo de integração do bloco.Item Efeitos da infraestrutura nos fluxos comercias da América do Sul(Universidade Federal de Viçosa, 2009-06-05) Cruz, Fabrício Oliveira; Fernandes, Elaine Aparecida; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762376Z1; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; Silva, Orlando Monteiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781281D9; http://lattes.cnpq.br/7495094205061853; Leite, Carlos Antonio Moreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783899A4; Ferreira, Marco Aurélio Marques; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4760230Y0; Silva, Evaldo Henrique da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785521A7A rápida mudança na estrutura produtiva e tecnológica dos países, associada ao processo de globalização nas últimas décadas, afetaram a estrutura do comércio internacional. O comércio internacional é um forte determinante do desenvolvimento econômico afetando o crescimento econômico, redução da pobreza e das desigualdades. As mudanças socioeconômicas vivenciadas pelos países da América do Sul nos anos 1990 tornaram o comércio entre eles, mais dinâmico e a busca pela redução das barreiras ao comércio tornou-se obrigação. Uma das barreiras não tarifárias ao comércio é a infraestrutura e por isso esse estudo visa a analisar a importância da infraestrutura para o fluxo comercial entre os países da América do Sul de 2000 a 2006. As principais teorias de economia internacional explicam por que os países comercializam, contudo não determinam qual a intensidade desse comércio. A equação gravitacional é utilizada para medir a intensidade e os determinantes do comércio internacional entre um par de países. Tendo em vista que o estoque de infraestrutura é composto por um conjunto de diferentes variáveis, faz se necessário a construção de um índice que agregue de forma eficiente o conjunto dessas variáveis. Optou-se, portanto, pela utilização da análise fatorial para a construção do referido índice. Os resultados obtidos estão em sua maioria de acordo com o esperado e estatisticamente significativos. Demonstram também que o comércio entre dois países da América do Sul está mais relacionado com o tamanho da economia do parceiro comercial (país j) do que com o PIB real do próprio país (país i) e negativamente relacionado a distância entre os países. O índice de infraestrutura calculado mostrou-se condizente com o esperado, sendo que uma variação de 10% no índice de infraestrutura provoca um aumento de aproximadamente 8% no fluxo comercial. O fato de países possuírem mesma fronteira, serem membros do Pacto Andino, o grau de abertura de suas economias também tem efeito positivo sobre o fluxo comercial. Sendo assim, esse estudo tornase um indicativo para os formuladores de política pública do poder que a infraestrutura tem sobre o comércio e quais os países e setores que estão mais defasados.Item Fatores relevantes no desempenho brasileiro no mercado internacional de pedras preciosas(Universidade Federal de Viçosa, 2008-04-10) Ribeiro, Hilton Manoel Dias; Lírio, Viviani Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763739E6; Dias, Roberto Serpa; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798512T4; Silva, Orlando Monteiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781281D9; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4758047U6; Toyoshima, Sílvia Harumi; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788531T6; Abrantes, Luiz Antônio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762361A7O Brasil é um dos principais centros de produção de pedras preciosas, tanto em termos de quantidade, quanto de variedades produzidas. Contudo, esse setor ainda se desenvolve de forma incipiente, em que a informalidade e clandestinidade foram, durante muito tempo, palavras-chave. Questões como alta carga tributária, processos burocráticos no setor exportador e gestão inadequada ainda são grandes gargalos. Assim o objetivo principal deste estudo foi analisar a inserção brasileira no comércio internacional, bem como avaliar os determinantes da demanda mundial por esses produtos. Para tanto, foram calculados e avaliados indicadores de competitividade selecionados. A evolução das exportações foi decomposta em diferentes efeitos, através do método Constant Market Share (CMS) e, por último, foram estimadas as regressões para explicar os determinantes do fluxo de comércio do setor. Os resultados encontrados confirmam o potencial competitivo brasileiro do setor de pedras preciosas, no mercado internacional, além de evidenciar a importância que o crescimento do comércio mundial e a escolha de mercados de destino mais dinâmicos têm sobre a evolução das vendas externas. No entanto, concluiu-se que a melhoria da competitividade e a maior participação brasileira no mercado internacional dependem de ajustes internos, que seriam refletidos diretamente nos preços relativos. Há necessidade de reformulações e de políticas específicas para a cadeia produtiva, a fim de que se tenha uma adequação tributária, e que haja uma incorporação de tecnologia e o treinamento de pessoal, fatores tão importantes que reduzem a informalidade e ineficiência persistentes. Tudo isso contribuirá para o desenvolvimento de indústrias de lapidação e jóias.Item O impacto do investimento direto estrangeiro no crescimento da economia brasileira, 1986-2009(Universidade Federal de Viçosa, 2010-04-15) Carminati, João Guilherme de Oliveira; Campos, Antônio Carvalho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781810A0; Caetano, Sidney Martins; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4706384A9; Fernandes, Elaine Aparecida; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762376Z1; http://lattes.cnpq.br/3706407867434920; Cassuce, Francisco Carlos da Cunha; Toyoshima, Sílvia Harumi; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788531T6Diversos são os determinantes do investimento direto estrangeiro (IDE), como a disponibilidade de infra-estrutura adequada, a taxa de câmbio do país receptor, o desenvolvimento do sistema financeiro interno da economia, a estabilidade econômica, a carga tributária, o grau de abertura econômica, dentre muitos outros. No entanto, o impacto que o IDE exerce sobre o crescimento econômico é determinado pelo grau de desenvolvimento desses determinantes. O objetivo geral do presente estudo consiste em analisar as relações existentes entre os fluxos de IDE e o crescimento econômico para a economia brasileira no período de 1986 a 2009. A metodologia adotada é o Modelo Auto-Regressivo Vetorial Estrutural (VAR Estrutural) através do procedimento desenvolvido por Bernanke (1986). Os resultados apontam, por um lado, para uma relação positiva entre investimento direto estrangeiro e crescimento econômico. Por outro lado, destacam um conjunto de três variáveis que exercem efeito determinante na atração desse tipo de investimento: infra-estrutura, taxa de câmbio e desenvolvimento do sistema financeiro. O impacto que o IDE exerce na economia brasileira, apesar de se mostrar positivo e significativo, apresenta-se baixo. Essa deficiência pode estar relacionada a alguns fatores, como por exemplo, a constatação de que os investimentos diretos estrangeiros direcionaram-se prioritariamente ao setor de serviços da economia. Além disso, parcela significativa do IDE direcionado ao Brasil ingressou através de fusões e aquisições durante o processo de privatizações iniciado na década de 1990, e não por meio de novos investimentos. Em adição, fatores como, por exemplo, a disponibilidade inadequada de infra-estrutura podem estar relacionados com a baixa contribuição do IDE no crescimento econômico, sugerindo que a formulação de políticas públicas que busquem o crescimento econômico deveria direcionar esforços no suprimento de apropriada infra-estrutura que faça com que o IDE tenha um desempenho mais pujante no crescimento do produto. Logo, políticas públicas voltadas para o crescimento deveriam caminhar pari passu com políticas que encorajem os fluxos entrantes de investimento estrangeiro na economia nacional, ao passo que essas ações necessitam estar em sintonia com os principais determinantes do IDE no Brasil.Item Impactos das notificações ao acordo de barreiras técnicas nas exportações de produtos químicos do Brasil(Universidade Federal de Viçosa, 2011-06-29) Corrêa, Carolina Rodrigues; Cassuce, Francisco Carlos da Cunha; Gomes, Adriano Provezano; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666H9; Silva, Orlando Monteiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781281D9; http://lattes.cnpq.br/0081290466514646; Cirino, Jader Fernandes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4757681Z9; Costa, Thiago de Melo Teixeira da; http://lattes.cnpq.br/3856349103878126O Brasil comercializa uma infinidade de produtos com seus parceiros comerciais. Um dos setores de grande relevância é o de produtos químicos, que no ano de 2007 foi responsável por 11,2% do PIB da indústria de transformação e vem mantendo, desde 2002, cerca de 3% de participação no PIB total do país. Apesar disso, o Brasil ainda é deficitário nesse segmento. Observa-se que a falta de investimentos no setor é um fator importante para a produção insuficiente que resulta em déficit, porém, destaca-se também o papel de barreiras não-tarifárias na elevação e perpetuação deste. Assim, pela grande importância do setor para a economia do país torna-se importante verificar como algumas dessas barreiras ao comércio interferem nas exportações brasileiras de produtos químicos para seus principais parceiros comerciais. Para tanto, foi realizada uma análise das notificações emitidas, pelos 20 principais parceiros do Brasil nesse setor, previstas no acordo de barreiras técnicas (TBT). As notificações foram divididas de acordo com o tipo de exigência que demandavam: alterações no produto; no processo, e/ou; nos procedimentos de avaliação de conformidade. Posteriormente foi estimada uma regressão baseada no modelo gravitacional, para verificar o efeito de cada tipo de notificação sobre as exportações brasileiras de químicos. Foi possível verificar que aquelas relacionadas aos procedimentos de avaliação de conformidade afetaram positivamente o comércio internacional, o que pode ser explicado pelo fato de que a padronização dos testes pode reduzir custos, visto que dispensa a realização de testes específicos para cada país importador. Não foram obtidos resultados estatisticamente significativos para as notificações relacionadas com as alterações no produto e no processo produtivo, o que seria explicado pelo efeito ambíguo das mesmas. Cabe aos órgãos responsáveis no Brasil ficarem atentos às exigências feitas pelos parceiros comerciais do setor de produtos químicos, e buscar seus direitos junto à OMC quando alguma notificação apresentar interesses protecionistas.Item Impactos dos instrumentos regulatórios SPS e TBT sobre o comércio de carne bovina dos países do Mercosul(Universidade Federal de Viçosa, 2011-03-25) Damião, Daiana Nogueira; Mattos, Leonardo Bornacki de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4735944Y0; Paulino, Pedro Veiga Rodrigues; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4760235Y6; Silva, Orlando Monteiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781281D9; http://lattes.cnpq.br/8465581192974816; Lírio, Viviani Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763739E6Nos últimos anos, adjacente ao processo de liberalização comercial, a expressiva proliferação de instrumentos regulatórios de natureza técnica e sanitária tem pautado, por vezes, as relações comerciais em âmbito mundial. Ainda que os impactos da introdução dessas medidas sejam extensos, alguns setores mostram-se mais vulneráveis. A carne bovina, pelas suas características intrínsecas, está propensa à imposição de um grande número de medidas sanitárias e técnicas, que podem ser configuradas em restrições à sua comercialização. Desse modo, os objetivos deste estudo consistiram na identificação dos principais entraves que incidiram sobre o comércio de carne bovina dos países do Mercosul pelos principais países importadores (Estados Unidos, União Europeia, Hong Kong, Chile, Venezuela e países do Oriente Médio), na estimação das margens de cobertura das importações sujeitas a medidas regulatórias e na quantificação dos impactos que os regimes tarifários e os instrumentos regulatórios têm sobre o esse comércio, tendo em vista a relevância desse produto nas pautas de comércio desses países-membros, bem como a crescente demanda mundial. O referencial teórico utilizado fundamentou-se em teorias do comércio internacional que elucidam os instrumentos de políticas comerciais, nas quais estão incluídas as tarifas e as medidas de caráter não tarifário, e no modelo de Heckscher-Ohlin (HO) que fundamenta o modelo gravitacional utilizado para mensurar os impactos dos instrumentos de política comercial. Para acessar a importância dos regulamentos que incidiram sobre o setor em questão, serviu-se do referencial analítico, no qual foi incluída a sistemática da análise de inventário e a abordagem dos modelos gravitacionais. Os resultados obtidos contrariaram a hipótese pressuposta de que, independente do caráter informativo das notificações aos Acordos SPS e TBT, as importações de carne bovina oriundas do Mercosul seriam reduzidas. A análise descritiva dos regimes tarifários, dos sistemas de quotas tarifárias e das notificações SPS e TBT que incidiram sobre o comércio internacional de carne bovina, permitiu observar que esses instrumentos ainda se fazem presentes de maneira significativa no comércio em questão, sobretudo na União Europeia e nos Estados Unidos. No que tange à análise de inventário, amplas margens de cobertura em relação aos índices de frequência foram observadas, principalmente nos produtos com maior montante comercializado. Contrariando as expectativas, de modo geral, as tarifas ad valorem e as medidas regulatórias apresentaram impactos positivos sobre as exportações do bloco econômico em estudo, sugerindo que, ao longo do período analisado, a elevação dos preços internacionais da carne pode ter compensado o pagamento das tarifas e dos custos da regulação, promovendo a comercialização no setor de carne bovina. Foram quantificados, ainda, os efeitos das notificações sobre os principais tipos de produtos importados pelos países elegidos, tais como: carnes desossadas, frescas ou resfriadas (0201.30); carnes desossadas, congeladas (0202.30); e carnes industrializadas (1602.50). A avaliação desses produtos, no âmbito da desagregação das medidas regulatórias SPS, possibilitou a mensuração dos impactos individuais das questões transetoriais contidas nos conteúdos dos documentos notificatórios considerados, nos quais, em sua maioria, revelaram-se instrumentos facilitadores de comércio. Por fim, embora a ocorrência de notificações de medidas sanitárias, fitossanitárias e técnicas possam operar de maneira restritiva ao comércio, o presente estudo constatou que a introdução dessas medidas coincidiu com a expansão do comércio de carne bovina no período avaliado. Não obstante, os resultados sugerem que, apesar das particularidades de cada país-membro do bloco econômico em análise, esses países foram reativos quanto às exigências internacionais, revertendo-as em benefícios para a população e para o setor, gerando vantagens competitivas e aumentando as exportações do Mercosul.Item Indicadores Internos de competitividade e seus efeitos nos fluxos de comércio(Universidade Federal de Viçosa, 2013-02-07) Paula, Josiane Souza de; Almeida, Fernanda Maria de; http://lattes.cnpq.br/4829259372237308; Fernandes, Elaine Aparecida; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762376Z1; Silva, Orlando Monteiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781281D9; http://lattes.cnpq.br/8049440514231340; Gomes, Marília Fernandes Maciel; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780074U1A consideração de fatores internos, além das variáveis de fronteira tem relevância crescente nos estudos acerca do comércio internacional. Tem havido, também, o reconhecimento da importância fundamental da facilitação do comércio para acelerar o crescimento, ampliar o comércio internacional e melhorar o bem-estar. Diante disso, propõe-se uma definição ampliada deste conceito, que permite avaliar a contribuição de indicadores de competitividade internos e de fronteira das nações, sobre os fluxos de comércio internacional. O objetivo deste estudo foi, portanto, identificar e analisar os efeitos de indicadores de competitividade relativa dos países sobre os fluxos comerciais bilaterais. Os indicadores de competitividade considerados foram: desempenho econômico, eficiência dos governos, eficiência dos negócios e a infraestrutura das diferentes nações. Esses indicadores estão disponíveis no Anuário de Competitividade Mundial do IMD (IMD World Competitiveness Yearbook 2011), que é uma publicação sobre a competitividade das nações que analisa o desempenho de cinquenta e nove (59) países com base em trezentos e trinta e um (331) critérios para medir as diferentes faces da competitividade. Portanto, estimaram-se equações de gravidade com dados de comércio de cinquenta e nove (59) países, no período de 1997 a 2011. Fazendo uso dessas informações, foram feitas combinações de pares de países, o que resultou em um total de mais de cinquenta mil observações (51.330 observações). Os métodos utilizados na estimação das equações foram os modelos de Efeitos Fixos, Efeitos Aleatórios, Pooled e Poisson pseudomaximum likelihood (PPML). De maneira geral, os resultados foram robustos, com alta significância estatística para os coeficientes estimados e com os coeficientes de determinação variando entre 0,39 e 0,90. Os resultados sugeriram que alguns desses indicadores têm efeito positivo sobre os fluxos de comércio e que os países têm muito a ganhar com ações que reduzam as diferenças em relação aos indicadores analisados. Em particular, os resultados demonstraram que o nível de eficiência nos negócios indica um maior impacto no comércio comparado aos demais indicadores. Além disso, os resultados para a distância e as tarifas são condizentes com aqueles outros já encontrados na literatura. Os resultados encontrados sugeriram também, que quando o país importador é um país considerado desenvolvido e o país exportador considerado em desenvolvimento, o importador terá vantagem no comércio, dada a diferença de competitividade existente entre ele e seu parceiro. De modo oposto, quando o país importador é um país considerado como em desenvolvimento e o país exportador desenvolvido, este tem desvantagem no comércio, já que o seu parceiro possui uma maior competitividade.Item Termos de troca e crescimento econômico: a relação entre diferentes parceiros comerciais e grupos de produtos no Brasil(Universidade Federal de Viçosa, 2014-03-20) Alves, Jeruza Haber; Almeida, Fernanda Maria de; http://lattes.cnpq.br/4829259372237308; Cassuce, Francisco Carlos da Cunha; Silva, Orlando Monteiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781281D9; http://lattes.cnpq.br/5102885755939490; Lima, João Eustáquio de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783228J6; Carvalho, Luciano Dias de; http://lattes.cnpq.br/0061368522702958O objetivo do presente trabalho foi avaliar como a mudança dos termos de troca e sua volatilidade contribui para o crescimento econômico brasileiro. Com o intuito de alcançar os objetivos propostos, procedeu-se a estimação de equações específicas utilizando o modelo econométrico de séries temporais, o qual, sendo conhecido como FM-OLS, foi proposto, inicialmente, por Phillips e Hansen (1990) e compreende o período de 1962 a 2012. Os resultados encontrados com relação à deterioração dos termos de troca confirmam a existência de um termo de inclinação negativo para a série brasileira, já os encontrados com relação ao efeito dos termos de troca e de sua volatilidade no crescimento econômico sugeriram que o comércio com a União Europeia e Japão geram um impacto positivo no PIB per capita brasileiro. Resultado contrário foi encontrado para a China e Argentina onde o termo de troca destes países com o Brasil gerou um impacto negativo no crescimento da economia brasileira, ou seja, um aumento no termo de troca entre estes dois países e o Brasil está impactando negativamente o crescimento da economia brasileira. O termo de troca dos Estados Unidos com o Brasil não se mostrou significativo. A volatilidade teve sinal esperado em todos os casos, excetuando o Japão. Assim, quando há um aumento na volatilidade dos termos de troca dos países com o Brasil o crescimento econômico é impactado negativamente. Quando se analisou alguns dos produtos que o Brasil mais comercializa, pôde-se concluir que os grupos dos produtos óleos de sementes, nozes e amêndoas, petróleo bruto e parcialmente refinado apresentaram um quadro de influências positivas no crescimento econômico do país, ou seja, o comércio de tais produtos é economicamente viável para o Brasil. Já o comércio dos grupos de produtos materiais plásticos e resinas, máquinas de geração de energia e veículos rodoviários a motor tem afetado de maneira negativa o crescimento da economia. Os termos de troca dos grupos de produtos minérios de ferro e seus concentrados, produtos petrolíferos, produtos químicos orgânicos, máquinas, aparelhos e equipamentos e aparelhos de telecomunicações, não se mostraram significativos para influenciar o crescimento da economia brasileira. Em relação à volatilidade dos termos de troca de todos os grupos de produtos, na maioria dos casos, os resultados não se mostraram significativos, excetuando o caso dos grupos de produtos máquinas de geração de energia e máquinas, aparelhos e ix equipamentos. Ou seja, um aumento na volatilidade dos termos de troca destes grupos de produtos afeta negativamente o crescimento da economia brasileira. Assim por este estudo pôde-se concluir que o principal problema para o crescimento do Brasil não está em exportar commodities primárias, mas sim em exportar essencialmente este grupo de produtos, não diversificando sua pauta de exportações. Este comportamento prejudica a indústria nacional que não recebe a atenção e os investimentos necessários, fazendo com que a mesma não consiga competir com produtos estrangeiros baratos.