Ciências Biológicas e da Saúde

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    Contribuições da anatomia para a taxonomia e filogenia de Gentianaceae Juss.
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-02-21) Dalvi, Valdnéa Casagrande; Azevedo, Aristéa Alves; http://lattes.cnpq.br/9325662970222296
    A família Gentianaceae está incluída na ordem Gentianales e compreende sete tribos monofiléticas (Chironieae, Exaceae, Gentianeae, Helieae, Potalieae, Saccifolieae e Voyrieae) 91 gêneros e cerca de 1700 espécies. Helieae representa um grupo de taxonomia complicada e controversa. Embora os dados moleculares tenham contribuído substancialmente para o conhecimento das relações filogenéticas em Gentianaceae, a circunscrição de alguns gêneros e a distinção das espécies permanecem problemáticas, especialmente pela insuficiência de dados morfológicos e/ou anatômicos. Os objetivos do trabalho foram: 1- investigar a origem, anatomia e histoquímica dos coléteres foliares em Macrocarpaea obtusifolia; 2- avaliar a presença, tipo e padrão de distribuição de nectários extraflorais (NEFs) foliares em espécies neotropicais; 3- averiguar a presença de NEFs em caules; 4- correlacionar os NEFs com o padrão de distribuição geográfico dos táxons de Gentianaceae, investigando sobre a evolução destas estruturas; e 5- selecionar caracteres anatômicos úteis para a taxonomia de Helieae. Procedimentos usuais em anatomia para coleta e processamento das amostras foram conduzidos. Para investigar a evolução dos nectários, uma filogenia para a família foi elaborada a partir de dados disponíveis no genBank e a evolução dos caracteres foi reconstruída. Para os estudos anatômicos em Helieae análises de similaridade utilizando o Índice de Sorensen`s foram conduzidas. Os resultados obtidos permitiram comprovar que as estruturas secretoras presentes na base das folhas de Macrocarpaea obtusifolia são coléteres. Estes possuem origem protodérmica e diferem dos tipos relatados na literatura para as demais espécies de Gentianaceae. Dados sobre a presença, o tipo e o padrão de distribuição de NEFs foliares em 27 espécies neotropicais de Gentianaceae demonstraram, pela primeira vez, que estas estruturas são comuns nas espécies neotropicais evidenciando a importância taxonômica dos NEFs. A constatação de NEFs nos caules de aproximadamente 50% das espécies (17 de 38) evindencia que estes são também comuns em caules. A diversidade e a evolução de NEFs em folhas de Gentianaceae foram avaliadas em um contexto filogenético. A presença/ausência, o tipo e a disposição de NEFs em linhagens particulares de Gentianaceae auxiliam a delimitação e caracterização de grupos. A presença de NEFs está relacionada ao padrão de distribuição geográfico das espécies. Os resultados de anatomia foliar de 60 espécies de Helieae, distribuídas em 21 gêneros, juntamente com as análises de similaridade permitiram identificar caracteres úteis para a delimitação e reconhecimento de espécies e da maioria dos gêneros da tribo. O acúmulo de informações obtidas nas excursões de campo possibilitou elaborar um guia para identificação das espécies de Gentianaceae da Cadeia do Espinhaço.
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    Resistência térmica de Alicyclobacillus acidoterrestris em sucos de frutas tropicais em diferentes valores de pH, temperatura e na presença de bacteriocinas
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-02-16) Oliveira, Wemerson de Castro; Mantovani, Hilário Cuquetto; 4906043209502220 Última atualização do currículo e
    A deterioração de sucos de frutas pela bactéria termoacidófila e esporulante Alicyclobacillus acidoterrestris acarreta prejuízos econômicos para a indústria de alimentos. Para evitar a deterioração e garantir a qualidade dos alimentos, técnicas de inativação microbiana têm sido conjugadas visando aumentar a eficiência do processamento de alimentos. Nesse trabalho foi analisado o efeito do pH, da temperatura e de duas bacteriocinas sobre a resistência térmica de endósporos de A. acidoterrestris DSM 2498 inoculado em diferentes sucos de frutas tropicas. Os efeitos mais pronunciados de inativação térmica dos endósporos de A. acidoterrestris foram obtidos nos valores de pH mais ácidos, sendo que o menor valor D (1,65 min) ocorreu a 95oC no suco de mamão com pH 2,5. Em contraste, o maior valor D (24,6 min) foi obtido na temperatura de 90°C no suco de maracujá com pH 4,5. Para os sucos de mamão e goiaba submetidos à temperatura de 95 oC, não houve diferença nos valores D quando o pH dos sucos foi ajustado para 2,5 ou 4,5. Constatou-se, pela análise de regressão polinomial, que a interação pH e temperatura apresentou maior influência na inativação térmica dos endósporos de A. acidoterrestris. Quando foi testado o efeito das bacteriocinas bovicina HC5 e nisina sobre a resistência térmica de endósporos de A. acidoterrestris, observou-se que a bovicina HC5 diminuiu mais acentuadamente a resistência térmica dos endósporos quando comparado à nisina. Os tratamentos mais eficazes foram aqueles onde os endósporos de A. acidoterrestris foram tratados com bovicina HC5 a 95°C nos sucos de mamão e maracujá. O tratamento com bovicina HC5 aumentou a eficiência do processamento térmico a 95 °C em 42,3% comparado ao controle, sendo ainda 27,8% mais eficaz do que a nisina nesta temperatura de processamento. Para a temperatura de 90 oC, os valores D indicaram menor resistência térmica dos endósporos de A. acidoterrestris em suco de mamão tratado com bovicina HC5 (D90°C= 2,3 min) e maior resistência térmica em suco de abacaxi sem aditivos (controle, D90°C= 8,4 min). Os resultados obtidos neste estudo indicam que o efeito combinado de pH e temperatura é eficaz contra endósporos de A. acidoterrestris e que viiias bacteriocinas bovicina HC5 e nisina reduzem a resistência térmica dos endósporos de A. acidoterrestris, demonstrando potencial para uso como biopreservativo de sucos de frutas.
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    Efeito de salinidade, pH, concentração de células e hidrofobicidade celular sobre a recuperação de petróleo em sistema poroso por Acinetobacter sp
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-02-28) Nobre, Patrícia Bernardes; Tótola, Marcos Rogério; 0788152971047858
    Considerando-se o cenário de aumento da demanda de energia no mundo e a depleção dos reservatórios de petróleo, o desenvolvimento de novas tecnologias de exploração, que propiciem aumento da capacidade de recuperação de óleo, é estratégico para a garantia do suprimento de energia. Neste trabalho, avaliou-se a capacidade das células de Acinetobacter sp. LBBMA LU1 em promover a recuperação de óleo residual em sistema poroso não- consolidado. A injeção da suspensão de células de Acinetobacter sp. reduziu a saturação de óleo residual, em todas as concentrações testadas. Após a injeção da suspensão de células (4 volumes porosos, D.O.600 = 10,0), apenas 26,0 % do óleo retido na coluna nela permaneceram. Esse valor foi reduzido para 22 % quando se utilizou suspensão com maior concentração de células (D.O.600 = 20,0). O total de óleo recuperado pela injeção de solução salina (recuperação secundária) e de suspensão de células (recuperação terciária) foi superior a 80% do volume de óleo originalmente contido nas colunas. A alta hidrofobicidade das células concorreu para a recuperação do petróleo residual, juntamente com fatores que influenciam a estabilidade da atividade celular, como a temperatura, o pH e a salinidade. O tratamento de esterilização da suspensão de células de Acinetobacter sp. LBBMA LU1 por autoclavagem, antes da injeção, demonstrou que a integridade das células é de importância para o processo de recuperação do petróleo residual. O efeito da variação do pH sobre a retenção de óleo em colunas mostrou-se pronunciado; no tratamento com pH 8,5, a recuperação foi 34 % maior do que a obtida no tratamento-controle (pH 7,4). Em pH 9,5, a recuperação foi 18 % superior à do controle. A salinidade do líquido de injeção das células (50 ou 100 g L-1) exerce expressiva influência sobre a saturação residual de petróleo, como demonstrado pela retenção do equivalente a cerca de 30 % a mais de petróleo do que no controle (sem adição de sal). Em resumo, conclui-se que a expressiva recuperação de óleo residual em sistema poroso não consolidado, resultante da injeção de células de Acinetobacter sp. LBBMA LU1 em suspensão, com acidez e salinidade definidas, demonstra o potencial da bactéria para inclusão em estudos a respeito de estratégias de recuperação avançada de petróleo.
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    Acumulação de lítio por Basidiomicetos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-12-16) Nunes, Mateus Dias; Kasuya, Maria Catarina Megumi; 4008301306049855
    Cogumelos são capazes de absorver e acumular lítio, entretanto, ainda não existe estudos sobre quais espécies de basidiomicetos são mais sensíveis a lítio, quais formas de lítio prejudicam mais o desenvolvimento dos fungos e dos cogumelos e qual a capacidade de absorção de lítio pelos cogumelos. Neste estudo, verificou-se que, dentre os 11 fungos avaliados, Pleurotus ostreatusroseus, Pholiota nameko e Pleurotus ostreatus são os menos sensíveis às diferentes formas de lítio testadas. O Li2SO4 é a forma de lítio que menos prejudicou o crescimento micelial dos fungos estudados. As formas e as concentrações de lítio testadas não prejudicam a formação e a produtividade dos cogumelos. P. ostreatus acumula, cerca de, 16% da concentração de lítio presente nos substratos, independentemente do tempo de interação do micélio com o substrato. Entretanto P. ostreatusroseus aumenta a acumulação de lítio com o tempo, assimilando até 90 % do lítio adicionado ao substrato Nossos resultados sugerem os fungos do gênero Pleurotus são acumuladores de lítio, mas que o P. ostreatusroseus apresenta maior potencial para ser utilizado na produção de cogumelos enriquecidos com esse mineral.
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    Identificação e potencial de controle microbiano de ortópteros pragas de bananeira
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-07-24) Costa, Álvaro Henrique; Venzon, Madelaine
    A bananeira (Musa spp.) (Musaceae) é uma cultura importante devido à sua relevância social e econômica no mercado interno brasileiro, gerando emprego e renda aos agricultores. A boa aparência do fruto para comercialização in natura é uma exigência do mercado consumidor e lesões podem reduzir o seu preço de venda em até 40%. Produtores de banana da região norte de Minas Gerais reportam que dentre os danos encontrados nos frutos de banana parte são ocasionados por insetos conhecidos como esperanças e gafanhotos. O objetivo deste trabalho foi identificar as espécies desses ortópteros-pragas, seu potencial de dano e a patogenicidade do fungo Metarhizium acridum isolado CG423 a essas pragas. A partir de amostragens da entomofauna local no Norte de Minas, foram identificados em altas densidades populacionais, com potencial para ocasionar danos significativos à cultura, a esperança Hyperophora sp. (Orthoptera: Tettigoniidae) e os gafanhotos Xyleus discoideus discoideus (Orthoptera: Romaleidae) e Schistocerca flavofasciata (Orthoptera: Acrididae). Estes insetos foram encontrados tanto dentro dos bananais quanto na vegetação marginal e alimentando-se tanto de folhas e frutos de bananeira. O consumo foliar médio de S. flavofasciata e X. discoideus discoideus foi de 27,20 e 29,62 cm²/dia, respectivamente. Para S. flavofasciata foi verificada a preferência de folha ao fruto, a área consumida no fruto foi de 2,04% em 24 horas. Devido à inexistência de suporte fitossanitário para o controle destes insetos na cultura da bananeira, foi testado como método de controle biológico o fungo entomopatogênico M. acridum (Driver & Milner) Bischoff, Rehner & Humber (Hypocreales: Clavicipitaceae) isolado CG423 contra o gafanhoto X. discoideus discoideus. Suspenso em óleo de soja, o fungo foi aplicado topicamente com resposta de patogenicidade significativa, atingindo 100% de mortalidade 16 dias após a aplicação. A patogenicidade do isolado GC423 de M. acridum sobre X. discoideus discoideus demonstra seu potencial para uso em programas de manejo integrado de pragas da bananeira.
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    Morfologia celular, perfil de ácidos graxos e ativação de macrófagos por Salmonella enterica sorovar Enteritidis no estado viável não cultivável
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-03-13) Carmo, Camila Pinheiro; Santos, Míriam Teresinha dos; 1076507388602401
    O patógeno de origem alimentar, Salmonella spp. é capaz de entrar no estado viável não cultivável (VNC) em resposta a condições ambientais adversas. A presença de células VNC é um problema de saúde pública, uma vez que as células neste estado não são detectadas pelas metodologias tradicionais utilizadas de rotina em laboratórios, resultando em avaliação inadequada de alimentos contaminados com patógenos. Os objetivos desse trabalho foram caracterizar o gene ssaB do isolado Salmonella enterica subespécie enterica sorovar Enteritidis PT4, avaliar a ativação de macrófagos e as alterações do envelope celular por microscopia de força atômica e por meio do perfil de ácidos graxos desta estirpe no estado VNC. O gene ssaB apresentou alta identidade entre os demais sorovares avaliados e o produto do gene apresentou similaridade com outras espécies de bactérias patogênicas. Por análise filogenética da sequência de aminoácidos, foi possível observar que a estirpe em estudo ficou próxima a outros sorovares de S. enterica subsp. enterica, incluindo linhagens do sorovar Enteritidis e distante de S. enterica subsp. arizonae e de outras espécies da família Enterobactericeae. Os macrófagos foram ativados em contato com células VNC de Salmonella, porém as células neste estado foram incapazes de impedir ou diminuir a produção de H2O2 pelos macrófagos como as células em fase logarítmica. As células de Salmonella Enteritidis no estado VNC apresentaram perfil de ácidos graxos diferente das células em condição ótima de crescimento e similar ao perfil de células submetidas ao estresse frio, porém o perfil das células VNC não apresentou alteração com o aumento do tempo de permanência nesta condição. Samonella Enteritidis no estado VNC apresentou redução nas dimensões celulares (área, volume, perímetro, comprimento e diâmetro) e transição da forma bacilar para a forma cocóide. Neste trabalho conclui-se que a morfologia celular e o perfil de ácidos graxos de Salmonella Enteritidis PT4 no estado VNC são diferentes dos de células na fase exponencial e nossos resultados sugerem que Salmonella Enteritidis no estado VNC apresenta uma menor virulência devido ao impedimento da produção de H2O2 por macrófagos.
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    Comunidade de fungos associados ao sistema radicular de orquídeas epífitas crescendo sobre Vellozia auriculata
    (Universidade Federal de Viçosa, 2017-02-24) Miranda, Leticia; Kasuya, Maria Catarina Megumi; 2427418289418381
    As orquídeas associam-se com fungos micorrízicos para germinação de suas sementes, por serem desprovidas de tecido nutricional, o endosperma. Sem a presença do fungo a orquídea não consegue germinar na natureza, pois são eles que fornecem os nutrientes essenciais para a germinação. Plantas epífitas são aquelas que estabelecem sobre outras plantas, que são denominadas de forófitos, utilizando-as apenas como suporte, sem parasitá-las. Acredita-se que o forófito pode exercer algum tipo de influência na comunidade micorrízica das orquídeas. Entender a associação micorrízica, bem como conhecer a diversidade de fungos associados às orquídeas adultas, na natureza, fornece informações importantes para trabalhos de conservação e manejo de populações, especialmente aquelas com risco de extinção. Neste trabalho foi avaliado o perfil da comunidade de fungos associado às raízes de três espécies de orquídeas: Cattleya jongheana, Prosthechea allemanoides e Epidendrum chlorinum, crescendo sobre os troncos de Vellozia auriculata, no Parque Estadual da Serra Negra – Itamarandiba/MG. Utilizando-se a técnica de DGGE avaliou-se o perfil da comunidade fúngica presente nas diferentes espécies de orquídeas e também se o perfil da comunidade fúngica da raiz da orquídea se assemelhava ao perfil da comunidade do forófito. Os índices de diversidade de Shannon e Simpson mostraram que, mesmo havendo semelhança no perfil da comunidade fúngica, ela difere entre as espécies de orquídeas e que o perfil da comunidade da raiz é diferente do perfil da comunidade do forófito. Conclui-se que conhecer, isolar e caracterizar os fungos que se associam à cada espécie de orquídea é importante para trabalhos de reintrodução e manejo das orquídeas.
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    Inibição das atividades proteolítica e lipolítica de Pseudomonas fluorescens por nisina.
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-07-31) Ribeiro, Leandro Cardoso; Vanetti, Maria Cristina Dantas; 6601616143350350
    A atividade destas enzimas sobre os constituintes do leite causa diversos problemas como a gelificação e coagulação, sabor e odor indesejados além de rancidez, levando à diminuição do rendimento na fabricação de queijos, perda de qualidade sensorial e diminuição da vida de prateleira dos produtos lácteos. Nisina é uma bacteriocina produzida por Lactococcus lactis utilizada como bioconservante em alimentos em mais de 50 países. Tem ação bactericida contra micro-organismos gram-positivos por se ligar à membrana citoplasmática destes, formar poros que ocasionam o efluxo de eletrólitos e de metabólitos, levando o micro-organismo à morte. Entretanto, micro-organismos gram- negativos são pouco susceptíveis ao mecanismo de ação da nisina, uma vez que a membrana externa atua como barreira, impedindo a passagem da bacteriocina, não permitindo que esta chegue ao seu sítio de ação. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito inibitório de nisina sobre a atividade das proteases e lipases produzidas por Pseudomonas fluorescens, quantificar as atividades proteolíticas e lipolíticas extra e intracelular na presença e na ausência de nisina e verificar a influência da bacteriocina sobre a transcrição dos genes do operon aprX-lipA. Foi observado que nisina, na concentração de 400 AU/mL não inibe o crescimento celular de P. fluorescens mas, tem efeito inibitório sobre as atividades proteolítica e lipolítica desta bactéria. A atividade proteolítica dos isolados de P. fluorescens denominados L211, L213 e L214 foi inibida em 78, 90 e 92%, respectivamente, no período de 24 h na presença de nisina. Este efeito inibidor foi reduzido no período de 48 h de incubação e variou entre 58% e 60%. A atividade lipolítica dos isolados de P. fluorescens L211 e L213 foi completamente inibida em 24 h de incubação, enquanto o percentual de inibição da atividade lipolítica do isolado L214 foi de 97%. Como observado sobre a atividade proteolítica, a extensão do período de incubação para 48 h reduziu o efeito inibidor da nisina sobre a lipólise e este percentual de inibição variou de 89% à 92%. Não foi observada nenhuma influência da nisina sobre a reação hidrolítica das enzimas secretadas. Porém, não foi possível esclarecer se nisina atua sobre a transcrição dos genes, a síntese ou sobre a secreção da protease e da lipase do micro-organismo. A extração do RNA total foi feita para investigar a transcrição dos genes aprX, lipA, aprD, aprE e aprF, referentes à protease, lipase e as três proteínas do sistema de transporte ABC, respectivamente, em condições de crescimento de P. fluorescens na presença de nisina (400 AU/mL). Estas análises podem ajudar a explicar o mecanismo utilizado por nisina para inibir a atividade enzimática de P. fluorescens.
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    Solubilização de fosfato de rocha e dessorção de fósforo no solo por ácidos orgânicos e Aspergillus niger
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-07-19) Nascimento, Jaqueline Maria; Costa, Maurício Dutra; 5286287099001962
    O fósforo (P) pode sofrer reações de adsorção, precipitação e imobilização no solo que diminuem a disponibilidade desse nutriente para as plantas. Ao ser fixado a óxidos e hidróxidos de ferro e alumínio, o P passa a compor a fase sólida do solo, sendo de difícil disponibilização para as culturas. Alguns compostos, a exemplo dos ácidos orgânicos, apresentam a capacidade de extrair P de rochas fosfáticas de baixa reatividade. Esses compostos podem ser produzidos por plantas e microrganismos como estratégia para aquisição de P para o crescimento. Pouco se conhece sobre a cinética de solubilização de fosfato de rocha de Araxá por ação de ácidos orgânicos e ainda, sobre a capacidade desses ácidos orgânicos e de microrganismos solubilizadores em disponibilizar o P adsorvido ao solo. Os objetivos desse trabalho foram estudar a cinética de solubilização de fosfato de Araxá por ácidos orgânicos e avaliar a capacidade desses compostos, bem como a de Aspergillus niger, de dessorver P a partir de fração de 75-µm de um Oxissol. A cinética de solubilização de fosfato de Araxá foi realizada utilizando-se a técnica de stirred-flow, com soluções de ácido oxálico, cítrico e glicônico 5 ou 10 mmol L-1 e suas combinações aos pares na concentração final de 10 mmol L-1 (5 mmol L-1 para cada componente). As amostras foram coletadas durante 150 min em fluxo contínuo de 1 mL min-1 e o P analisado por colorimetria. As partículas de fosfato de Araxá residuais foram analisadas por microscopia eletrônica de varredura (MEV) e a composição mineralógica determinada por difração de raio-X (DRX). A cinética de dessorção de P da fração de 75-µm dos horizontes A e B do LVA foi realizada após incubação por um e 40 dias de contato de P com a fração do solo. A quantidade de P adsorvida ao solo correspondeu a 90 % da capacidade máxima de adsorção de P (CMAP). As soluções extratoras utilizadas foram ácido oxálico, ácido oxálico + cítrico na concentrações 10 mmol L-1, além de água a pH 2,0 e 7,0. Testou-se também a capacidade de A. niger em dessorver P das frações do solo em meio de cultura. O ácido oxálico a 10 mmol L-1 foi o composto mais eficiente na solubilização de fosfato de Araxá. Ao final do experimento, 43 % do P contido no fosfato de Araxá havia sido solubilizado. A eficiência do ácido oxálico foi aumentada quando combinado com ácido cítrico, a 10 mmol L-1. O processo de solubilização de fosfato apresentou porcentagens de solubilização de P de 71 %. As partículas de fosfato de Araxá sofrem alterações na morfologia e mineralogia quando em contato com ácidos cítrico e oxálico e com a combinação dos dois. O ácido oxálico reduziu fortemente o conteúdo de apatitas do fosfato de Araxá, destacando principalmente a redução no conteúdo de flourapatita. Nos tratamentos com ácido oxálico, observou-se a formação de oxalato de cálcio. O ácido oxálico foi ainda o mais eficiente, dentre os ácidos orgânicos avaliados, em dessorver P do solo. Para o horizonte A, nos tempos de 24 e 960 h de incubação de P com o solo, o ácido oxálico atingiu valores de 35.5 e 32.7 % de P liberado em solução. Para o horizonte B, para os tempos de 24 e 960 h, o P liberado em solução atingiu valores de 22.4 e 18.5 %, respectivamente. Quando na presença de A. niger, os valores de dessorção de P foram de 23 e 18 %, no horizonte A, e de 17 e 18 %, no horizonte B, nos tempos de 24 e 960 horas, respectivamente. O ácido oxálico foi o metabólito testado mais eficiente na solubilização de P a partir do fosfato de Araxá. Melhorias na eficiência de solubilização podem ser obtidas com a combinação desse composto com o ácido cítrico. O fungo A. niger e os ácidos cítrico e oxálico foram capazes de reverter o processo de adsorção de P ao solo in vitro, abrindo perspectivas de aproveitamento do P fixado ao solo na agricultura.
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    Caracterização de fungos filamentosos do queijo minas artesanal da região da Canastra
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-07-29) CESAR, Isabel Cristina da Rocha; Martin, José Guilherme Prado; 2165251978220321
    Produzido desde o início do século XIX, o Queijo Minas Artesanal (QMA) constitui um dos mais antigos e tradicionais queijos produzidos no Brasil. Sua produção é caracterizada pelo uso de leite cru recém-ordenhado em propriedades rurais, geralmente sendo submetido à maturação. De grande importância econômica, a fabricação do QMA é responsável pela geração de renda de inúmeros produtores rurais. Durante o processo de maturação, o complexo ecossistema microbiano dos queijos começa a se desenvolver, sendo que a diversidade microbiana determinará suas características organolépticas finais. Durante sua maturação, tanto os microrganismos iniciantes, que se desenvolvem primeiro, como aqueles microrganismos que não atuaram na acidificação inicial, participam ativamente desse processo. Dentre as principais fontes de microrganismos não adicionados intencionalmente no produto incluem-se a matéria- prima, os manipuladores, equipamentos, o ar e as salas de maturação. Dependendo das condições de umidade e temperatura das salas de maturação de queijos, os fungos podem se multiplicar rapidamente. Dessa maneira, a presença de fungos ambientais nesses locais constitui um fator importante, uma vez que são responsáveis por uma maturação desejável ou indesejável, uma vez que atuam alterando sabor, aparência e coloração do produto. Este estudo teve como objetivo caracterizar a micobiota de fungos filamentosos de QMA produzidos nos nove municípios produtores da região da Serra da Canastra. Para a obtenção dos isolados, técnicas como isolamento direto e suabe foram utilizadas. Os mesmos foram identificados por meio de sequenciamento da região ITS utilizando-se os primers ITS1 e ITS4. Dentre os isolados presentes no QMA, o fungo predominante foi Fusarium solani (21,8%), seguido de Geotrichum candidum (16,4%), Aspergillus versicolor (16,4%), Penicillium westerdijkiae (11%), Penicillium steckii (7,3%), Mucor circinelloides (3,6%), Mucor sp. (3,6%), Penicillium citrinum (3,6%), Fusarium oxysporum (3,6%), Fusarium lichenicola (1,81%), Aspergillus nomius (1,81%), Diaporthe infecunda (1,81%), Trichothecium roseum (1,81%), Debaryomyces hansenii (1,82%), Kodamaea ohmeri (1,82%) e Moniliella sp. (1,82%). A partir desses resultados, foi possível observar a variação da diversidade de espécies presentes no QMA da Serra da Canastra dentre as propriedades produtora.