Ciências Biológicas e da Saúde
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Item Efeito de baixas temperaturas e do binômio temperatura-umidade relativa sobre a viabilidade dos uredosporos de Hemileia vastatrix Berk. et Br. e Uromyces phaseoli typica Arth.(Universidade Federal de Viçosa, 1973-11-01) Zambolim, Laércio; Chaves, Geraldo Martins; http://lattes.cnpq.br/45907545809363085. CONCLUSÕES 5.1. Germinação e Infectividade dos Uredosporos de H. vastatrix e U. phaseoli typica, Mantidos sob Diferentes Combinações de Temperatura e Umidade Relativa - O armazenamento a 5°C e umidade relativas em torno de 50- 80% tornaram-se condições propícias à preservação da viabilidade dos uredosporos de H. vastatrix, ao passo que para os esporos de U. phaseoli typica, os melhores resultados foram obtidos nas umidades relativas de 50 a 74-75%. Os uredosporos de ambos os organismos mantidos a 5°C, a 20- 24% de umidade relativa, e nas temperaturas de 10 e 15°C, independentemente da umidade relativa, mostraram um decréscimo gradativo da viabilidade, sendo mais acentuado nas temperaturas mais elevadas e umidades relativas mais baixas. Esse decréscimo, contudo, foi mais rápido à temperatura ambiente, pois a germinabilidade se tornou nula aos 60 dias para H. vastatrix e aos 40 dias para U. phaseoli typica. Quando se procurou correlacionar germinabilidade com infectividade dos uredosporos de H. vastatrix encontrou-se o valor de r = 0,6483 (p<0,01) altamente significativo, o que demonstra o interrelacionamento dos dois parâmetros, embora, em alguns casos, a infectividade não acompanhasse a germinabilidade. Em se tratando dos esporos de U. phaseoli typica a infectividade não foi satisfatoriamente correlacionada com a germinabilidade na metodologia empregada. Ocorreu infecção do susceptível nos casos em que era muito reduzido ou nulo o poder germinativo dos uredosporos. 5.2. Preservação da Viabilidade dos Uredosporos de H. vastatrix e U. phaseoli typica, em Congelador, (-18 a 16°C ) - Os resultados mostraram, que o poder germinativo e infectivo dos uredosporos de H. vastatrix e U. phaseoli typica mantidos em congelador, foi bastante inferior ao dos armazenados a 5°C e 50% de umidade relativa. Esse fenômeno foi bem mais acentuado para H. vastatrix, pois com 60 dias de armazenamento a percentagem de germinação atingiu valores inferiores a 6%; dai foi declinando até ser nula, aos 150 dias. À temperatura ambiente, ambos os organismos perderam a capacidade de germinação aos 60 dias de armazenamento. A temperatura em que os uredosporos apresentaram maiores índices de germinação e infecção foi 5°C, na umidade relativa de 50%. Pelos resultados dos Quadros 4 e 5, verifica-se que a percentegem de germinação dos uredosporos de H. vastatrix e U. phaseoli typica, mantidos em congelador e submetidos a choques térmicos de 50°C por 5 a 15 minutos, foi inferior àquela obtida com choques térmicos de 40°C por 5 a 15 minutos. Isto evidencia que alguma injuria ocorreu nos uredosporos, quando foram submetidos a choques de 50°C por 5 a 15 minutos. Os uredosporos de H.vastatrix mantidos em congelador parecem entrar em dormência. Quando se ministrou choques térmicos de 40°C por 5 a 15 minutos, obtiveram-se os melhores resultados na preservação da viabilidade. Por outro lado, os uredosporos de U. phaseoli typica, quando são armazenados em congelador, mantiveram um poder germinativo de 40% num período de 180 dias, sem nenhum tratamento após a retirada do congelador e, 37,7% quando submetidos a elevação da temperatura iniciando em -18 a -16°C e passando por 0, 5, 10, 15 e 20°C por 5 minutos em cada temperatura. O coeficiente de correlação entre poder germinativo e capacidade de infecção para os uredosporos de H. vastatrix e U. phaseoli typica, foi r =0,7894 (p<0,01) r = 0,2405, respectivamente. Mostrando ser altamente significativo para o primeiro e não significativo para o segundo. Temperaturas acima de 30°C por um período de 5 horas ao dia, durante a realização do experimento, foi provavelmente o fator responsável pelo não aparecimento de sintomas de ferrugem do feijoeiro. 5.3. Preservação da Viabilidade dos Uredosporos de H. vastatrix e U. phaseoli typica em Nitrogênio Líquido - 196°C) - O armazenamento dos uredosporos de H.vastatrix e U. phaseoli typica em nitrogênio líquido mostrou resultados bastante promissores, no que diz respeito à preservação da viabilidade. O poder germinativo e infectivo dos uredosporos de ambos os patógenos mantidos a -196°C, tanto com choques posteriores à armazenagem de 40°C, como 50°C por 5 a 15 minutos respectivamente, foi bastante superior ao dos armazenados a 5°C, a 50% de umidade relativa. Os melhores resultados na quebra da dormência dos esporos de H. vastatrix mantidos em nitrogênio líquido, foram obtidos com choques de 40°C por 5 a 15 minutos, pois a 50°C pelo mesmo período, parece ter ocorrido injúria nos uredosporos, afetando o poder germinativo. À temperatura ambiente, os uredosporos de U. phaseoli e H. vastatrix tornaram-se inviáveis aos 60 e 30 dias respectivamente. Os uredosporos de U. phaseoli typica (Quadro 9), mantidos em nitrogênio líquido, não necessitam de tratamentos posteriores a retirada. Obtiveram-se 72% de germinação quando foram retirados sem sofrer nenhum tratamento e 70,3% com elevação da temperatura, iniciando em -196°C passando por -18 a -16, 0, 5, 10, 15 e 20°C por 5 minutos em cada temperatura, após 150 dias de armazenamento. Por outro lado, verificou-se que o armazenamento em nitrogênio líquido induz dormência nos uredosporos de H. vastatrix, sendo necessário choques térmicos após a retirada. O coeficiente de correlação para H. vastatrix mostrou valor de r = 0,4111 (p<0,01) evidenciando que é possível obter pesadas infecções quando se dispõe de esporos com alto poder germinativo. Por outro lado, o coeficiente de correlação para U. phaseoli typica, r = 0,3971, mostrou a impossibilidade de correlacionar capacidade de germinação e poder infectivo, nas condições que prevaleceram durante a realização do experimento.Item Mobilização de carboidratos pelos botões florais de café (Coffea arabica L.) em expansão(Universidade Federal de Viçosa, 1986-12-04) Melotto, Eunice; Barros, Raimundo SantosCom o objetivo de estudar a mobilização de carboidratos pelo botão floral de cafê em expansão após a quebra da dormência, três fontes alternativas de assimilados foram analisadas: a fotossíntese atual nas folhas, os recursos de carboidratos prê-existentes nas folhas e as reservas dos ramos. Dessas, a fotossintese que ocorre nas folhas, concomitantemente ao crescimento dos botões, mostrou ser a fonte mais importante no suprimento de carboidratos. Quando a entrada de carboidratos foi contínua (fotossintese atual), as correlações entre os níveis de carboidratos das folhas ou dos ramos e a expansão dos botões foram baixas, ou mesmo nulas, isto é, as duas variáveis mostraram-se independentes. Os botões florais não exauriram completamente os carboidratos das folhas ou dos ramos, quando estavam conectados a uma ârea foliar fotossinteticamente ativa. Em ausência dessa, houve uma correlação entre a depleção de carboidratos nas folhas ou ramos e a expansão dos botões florais. Ramos despidos de folhas e folhas impedidas de realizar fotossintese, pela cobertura com papel, forneceram amido e açúcares solúveis, resvectivamente, para os botões florais a eles conectados. O amido armazenado nos ramos foi mobilizado a grandes distâncias e pareceu ser mais importante que os açúcares solúveis das folhas, para o crescimento dos botões. Botões florais conectados a folhas cobertas cresceram menos e cairam prematuramente, quando comparados aos botões conectados a ramos.Item Polinização e polinizadores na produção de frutos e sementes híbridas de abóbora (Cucurbita pepo L. var. melopepo)(Universidade Federal de Viçosa, 1987-07-10) Ávila, Crébio José; Martinho, Mauro Roberto; http://lattes.cnpq.br/5668951274186309O efeito de três níveis de proteção da flor da aboboreira (Cucurbita pepo L. var. melopepo), com e sem polinização manual, e a faixa horária em que ocorre polinização efetiva, entre o período de antese e fechamento da flor, foram investigados em função da produção e qualidade de frutos e sementes híbridas da aboboreira. Também foram determinados: a entomofauna visitando flores da aboboreira; a flutuação populacional de Apis mellifera, Trigona spinipes e Diabrotica speciosa, durante o período matinal; a taxa sexual floral (Flor ♂ : Flor ♀); e o padrão de frutificação do progenitor feminino durante o período de florescimento. A aboboreira praticamente não produziu frutos e sementes quando sua flor foi excluída da visita de insetos. A polinização manual foi tão eficaz quanto a polinização natural com relação ao número de frutos produzidos por planta, e de menor eficácia - com relação à produção de sementes por planta. A polinização da aboboreira foi naturalmente completada por volta de 6:45 h, sendo a abelha Apis mellifera o inseto predominante em visitas às flores da aboboreira. A taxa sexual floral variou de 0,53 a 2,5 flores masculinas para cada flor feminina (0,53 - 2,5 ♂ : l ♀ ), durante o período de florescimento no campo experimental, e a frutificação do progenitor feminino ocorreu no período inicial de seu florescimento.Item Avaliação da atividade de fosfatase alcalina em bacteróides extraídos de plantas de soja (Glycine max L.) e feijão (Phaseolus vulgaris L.) cultivadas em diferentes doses de fósforo(Universidade Federal de Viçosa, 1991-02-28) Oliveira, Deise Machado Ferreira de; Cassini, Sérvio Túlio Alves; http://lattes.cnpq.br/5483436232223506Com o objetivo de avaliar os efeitos da aplicação de doses de fósforo em um solo sobre a atividade da enzima fosfatase alcalina dos bacteróides extraídos dos nódulos de plantas de soja inoculadas com estirpes de Bradyrhizobium japonicum e plantas de feijão inoculadas com estirpes de Rhizobium leguminosarum bv. Phaseoli, foram conduzidos experimentos em casa de vegetação, utilizando-se plantas crescidas em amostras de um Latossolo Vermelho-Amarelo de Viçosa. Plantas de soja variedade 'Uberaba', inoculadas com B. japonicum estirpes Br 29, Br 52-a, Br 33 e Br 96 e cultivadas em vasos com solo contendo quatro doses de fósforo (50, 100, 200 e 400 mg P/kg solo). Aos 45 dias do plantio, determinou-se o peso de nódulos frescos e avaliou-se a atividade de fosfatase alcalina dos bacteróides extraídos desses nódulos, avaliando-se também a produção de matéria seca da planta. teor e acumulação de nitrogênio e fósforo na parte aérea. No experimento com feijão. conduzido de modo semelhante ao experimento com soja, utilizou-se a variedade Negro Argel' inoculada com R. leguminosarum bv. phaseoli estirpes Br 266, Br 10008, Br 322 e Br 281, procedendo-se as mesmas avaliações ao final de 45 dias após o plantio. Os resultados levaram às seguintes conclusões: - A atividade de fosfatase alcalina avaliada nos bacteróides extraídos dos nódulos de soja e feijão variou com as doses de fósforo no solo. - A atividade de fosfatase alcalina em bacteróides dos nódulos de feijão (R., leguminosarum bv. phaseoli foi mais elevada do que a atividade dos bacteróides dos nódulos de soja (B. japonicum). - A resposta às doses de fósforo utilizadas no solo foi positiva para produção de matéria seca da parte aérea e raiz e peso de nódulos frescos, tanto para a soja, como para o feijão. - O conteudo de nitrogênio nas plantas de feijão e soja foi dependente da concentração de fósforo no solo.Item Determinação das castas em Trigona spinipes (fab. 1793) (Hymenoptera, Apidae, Meliponinae, Trigonini): influência da alimentação e do hormônio juvenil(Universidade Federal de Viçosa, 1992-04-01) Buschini, Maria Luisa Tunes; Campos, Lúcio Antônio de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/6488069929162509Este trabalho teve como objetivo estudar o processo de determinação das castas em Trigona spinipes, especialmente a influência da quantidade de alimento ingerido pelas larvas e do hormônio juvenil (HJ) nesse processo. As colônias utilizadas foram coletadas na região de Viçosa-MG e mantidas no próprio ninho, no Aápiário Central da Universidade Federal de Viçosa. A alimentação das larvas, em condições controladas, foi feita com alimento retirado de células de operárias nas quais os ovos ainda não haviam eclodido. As quantidades de alimento utilizadas foram: 36, 54, 72, 108, 144, 180, 216, 252, 288, 324 e 360 µl, que foram calculadas a partir da quantidade existente na célula de operária, 36 µl, e na célula de rainha, 306 µl. As doses de hormônio Juvenil utilizadas foram 0,025 e 0,05 µg por larva. Os controles receberam apenas acetona pura. Para a aplicação tanto do HJ quanto da acetona foram utilizadas micropipetas de 1 µl. Todos os tratamentos foram feitos na fase em que as larvas estavam tecendo casulo. Após a emergência, os adultos foram pesados e fixados em Bouin. Foram feitas também, após a fixação, medidas do comprimento dos ovários e contagem do número de ovaríolos. A freqüência de rainhas foi tanto maior quanto maior foi a quantidade de alimento ingerido pelas larvas. Com 36 e 72 µl de alimento, 100% das fêmeas resultantes eram operárias, enquanto 7,1% das fêmeas resultantes de larvas que receberam 108 µl de alimento eram operárias e 92,9% eram rainhas. Nos tratamentos cujas larvas receberam acima de 108 µl de alimento todas as fêmeas resultantes eram rainhas. Verificou-se que o hormônio juvenil está envolvido no processo de determinação das castas dessa espécie, de tal forma que, em larvas alimentadas com a mesma quantidade de alimento, a freqüência de rainhas obtidas aumentou à medida que a dose de HJ aplicada foi também aumentada. O peso, bem como o comprimento dos ovários e o número de ovaríolos por ovário das castas, aumentou à medida que a quantidade de alimento foi aumentada. O hormônio juvenil exógeno não exerceu influência sobre o peso, comprimento dos ovários e número de ovaríolos por ovários em cada uma das castas. Concluiu-se que a quantidade de alimento ingerido pelas larvas é o fator que promove a diferenciação em operaria ou rainha. À resposta à quantidade de alimento deve ser mediada pelo hormônio juvenil, de tal modo que larvas que recebem maiores quantidades de alimento produzam mais hormônio juvenil.Item Atividade da redutase do nitrato e associação ectomicorrízica em mudas de Eucaliptus grandis em resposta ao nitrato(Universidade Federal de Viçosa, 1992-04-09) Pereira, Jamil de Morais; Castro Muchovej, Rosa Maria; http://lattes.cnpq.br/7813082831764202Foi estudada. em condições de laboratório, a capacidada de fungos ectomicorrizicos reduzir o nitrato pela determinação da atividade da redutase do nitrato (RN). Testaram-se quatro fungos ectomicorrizicos. Pisolithus tinctorius (IS-93. Viçosa- MG), Pisolithus tinctorius (RS-27, Guaíba-RS), Paxillus involutus (França) e Scleroderma sp. (Itabira- MG), crescidos por 28 dias na presença de N-NH4+ ou N-No3- ou uma mistura dos dois na proporção de 1:1, em cinco repetições. Os dois isolados de P. tinctorius apresentaram apresentaram atividades RN maior do que as demais espécies quando crescidas em meio contendo apenas N-NH4+ N-NO3- ou apenas em N-No3-. Os isolados de P. tinctorius apresentam as maiores atividades da RN que os demias fungos, exceto no meio contendo apenas N-Nh4+. Nos isolados de P. tinctorius a atividade da RN aumentou com o cultivo do fungo em meio contendo exclusivamente N-NO3-, enquanto os demais não foram afetados. De modo geral, verificou-se uma relação inversa entre atividade da RN e massa micelial produzida. Em condições de casa-de-vegetação, foi estudado o efeito de doses de nitrato (0, 50, 75, 100 e 200 ppm de N) no estabelecimento da colonização micorrízica, na atividade da RN e na composição mineral de mudas de Eucalyptus grandis inoculadas ou não com Pisolithus tinctorius. As porcentagens do colonização aumentaram com as doses de nitrato, atingindo um máximo em 91 e 108 ppm nas plantas inoculadas com P. tinctorius isolados RS27 e IS83, respectivamente. O peso de matéria seca da parte aérea não diferiu estatisticamente entre as plantas inoculadas e não inoculadas. Já o peso de matéria seca de raíz das plantas inoculadas foi superior áquelas do controle. A atividade da RN nos Plantas inoculadas com P. tinctorius isolados RS27 e IS83, respectivamente. O peso da matéria seca da parte aérea não diferiu estatisticamente entre as plantas inoculadas e não inoculadas. Já o peso de matéria seca de raiz das plantas inoculadas foi superior àquelas do controle. A atividade da RN nas plantas inoculadas com P. tinctorius isolado RS27 foi superior àquelas inoculadas com P. tinctorius IS83 e plantas de controle. O conteúdo de N-No3 nas plantas inoculadas foi superior às do controle. Entretanto, o conteúdo de N total e P variou com a inoculação e doses de nitrato aplicadas ao solo. Em média, as plantas inoculadas apresentaram maior eficiência de utilização de N, enquanto que a eficiência de utilização de P variou com a doses de N aplicadasaoa solo.Item Efeitos da fragmentação florestal sobre vespas e abelhas solitárias em uma área da Amazônia Central(Universidade Federal de Viçosa, 1992-04-23) Morato, Elder Ferreira; Campos, Lúcio Antonio de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/9882177244371261O objetivo deste trabalho foi investigar os efeitos da fragmentação de ambientes florestais de terra firme, na Amazônia Central, sobre as comunidades de vespas e abelhas solitárias que nidificam em cavidades preexistentes. As Coletas dessas vespas e abelhas, mediante a técnica de ninhos-armadilhas, foram feitas, quinzenalmente, entre junho de 1988 e junho de 1990. Elas foram realizadas em sete locais de mata contínua não perturbada; em dois fragmentos de mata nativa de 1 ha; em dois fragmentos de 10 ha; em um fragmento de 100 ha; em áreas desmatadas e em clareiras naturais, situadas no interior da mata continua Em cada local de mata e fragmento, os ninhos-armadilha foram instalados a 1,5 m, 8 m e15 m de altura. Nas áreas desmatadas e clareiras, os ninhos-armadilhas foram colocados a 1,5 m apenas, pois nestes locais não houve condições de serem instalados nas outras alturas. Foram coletados um total de 1.529 ninhos de vespas, pertencentes a 24 espécies, e 405 ninhos de abelhas, pertencentes a 15 espécies. As vespas fundaram ninhos, principalmente, em áreas desmatadas e fragmentos de 1 ha, enquanto as abelhas nidificaram, sobretudo, na mata contínua. Houve espécies de vespas que fundaram ninhos, predominantemente na mata continua e espécies de abelhas que fundaram ninhos, principalmente, em áreas desmatadas. Em sua maior parte, as espécies de vespas e abelhas fizeram ninhos a 15 m de altura. A composição de espécies de vespas e abelhas dos ambientes mais abertos e alterados mostrou ser diferente da fauna da mata contínua. Também a diversidade de espécies de vespas e abelhas foi maior na mata continua. Os resultados sugerem que espécies de abelhas, adaptadas à mata, são mais sensíveis à fragmentação que espécies correspondentes de vespas. Concluiu-se, pois, que as comunidades de vespas e abelhas solitárias, que nidificam em cavidades preexistentes, foram alteradas pelo processo de fragmentação da mata.Item Biologia de vespas e abelhas solitárias, em ninhos-armadilhas, em Viçosa-MG(Universidade Federal de Viçosa, 1992-12-15) Pérez-Maluf, Raquel; Campos, Lúcio Antônio de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/9000608446818475Com o objetivo de estudar a biologia de vespas e abelhas solitárias que nidificam em cavidades pré-existentes. foi realizada uma amostragem utilizando ninhos-armadilhas em um remanescente de Mata Atlântica, em Vicosa-MG. Neste trabalho, os ninhos-armadilhas constituíram-se de seções de bambu, com comprimento interno médio de 100 mm e diâmetro interno do orifício variando entre 3 a 12.9 mm., separados em dez classes de diâmetro. Foram determinados 60 pontos de amostragem, sendo 30 pontos no interior da mata e 30 fora dela. Em cada ponto amostrado, foi colocado um conjunto com dez ninhos-armadilhas, um de cada classe de diâmetro, presos a uma placa de eucatex, a cerca de 1.5 m do chão. As coletas foram quinzenais e os ninhos fundados e concluídos eram retirados e substituídos por outros de mesma classe de diâmetro. No laboratório os ninhos foram descritos e mantidos no interior de tubos plásticos transparentes, fechados com algodão para a emergência dos adultos. Os adultos foram montados em alfinete entomológico, identificados e depositados no Museu de Entomologia da UFV. Foram fundados 408 ninhos de vespas, compreendendo 22 espécies e 43 ninhos de abelhas, compreendendo 11 espécies. As fundações ocorreram principalmente nos pontos situados fora da mata. A mortalidade ocorreu por falhas de desenvolvimento (58,63%) e ataque de parasitas (41,37%). principalmente de Sarcophagidae, Chrssididae e Eulophidae. Nas espécies com maior número de ninhos fundados, Eumenidae sp.1, gegxglon nitidum e T. lactitarse, observou-se que a variação do comprimento das células está associada a variações no diâmetro da cavidade e ao sexo dos imaturos. e também que a razão sexual foi afetada pelo diâmetro da cavidade de nidificacão. A técnica de amostragem com ninhos-armadilhas foi adequada para obtenção das informações sobre a biologia das espécies que os utilizaram, bem como das espécies associadas. A técnica também permitiu a obtenção de dados como abundância e riqueza de espécies nos ambientes estudados.Item Multiplicação artificial e manejo de colônias de Melipona quadrifasciata Lep. (Hymenoptera, Apidae, Meliponinae)(Universidade Federal de Viçosa, 1995-02-06) Aidar, Davi Said; Campos, Lúcio A.O.Os estudos foram realizados no meliponário da Universidade Federal de Viçosa (UFV), em Viçosa-MG, entre fevereiro de 1993 e agosto de 1994. A partir de seis colônias-matrizes de Melipona quadrifasciata Lep., com notas entre 7,0 e 10,0, foram formadas 14 colônias-filhas, tendo sido empregados três métodos: 1) formação com rainha fisogástrica acasalada naturalmente; 2) formação em orfandade; e 3) formação com rainha fisogástrica acasalada em laboratório. Para avaliação dessas colônias, foram atribuídas notas que variaram de 1,0 a 10,0. Cada colônia-filha recebeu 100 abelhas adultas, 100 jovens e um favo nascente com 100 células, mais alimentação artificial progressiva com xarope-A e pólen à vontade, administrados internamente às colméias em potes artificiais construídos com cera de abelhas africanizadas. A inferência de nota foi baseada em dados de observação direta dos principais elementos que compõem colônias dessa espécie: potes de alimentos, favos de crias, postura, entrada da colméia, número de campeiras, resina coletada, organização interna das abelhas, tamanho do invólucro do ninho e ganho de peso real. As revisões para coleta dos dados foram realizadas de dez em dez dias, até a colônia chegar à nota | 7,0. Todas as colméias foram confeccionadas em madeira (pinho), apresentando duas alças cada uma, sendo que cada alça media 10 x 20 x 6. Por meio de representação gráfica, regressão linear simples e modelos matemáticos, foi avaliado o desempenho das colônias de cada método ao longo do tempo, após sua formação. O método 3 demonstrou ser o mais eficiente no sentido de formar novas colônias com nota 7,0, ou acima desta, em menos tempo (195 dias), porém, requer equipamentos de laboratório e manejo mais sofisticados. Para a meliponicultura em geral e em locais onde o número de colônias excede 44, o método 2 demonstrou ser 0 mais indicado, por apresentar manejo simples e exigir pouco material para sua execução, além de ter sido mais eficiente na relação número de colônias formadas e número de colônias que chegaram à nota 7,0. Objetivando a avaliação numérica, por meio de notas de 1,0 a 10,0, de colônias de Melipona quadrifasciata Lep., apenas a variação de peso não fornece segurança, já que esta variável pode permanecer constante em determinados períodos, enquanto a variável nota cresce. Assim, aos principais elementos que compõem uma colônia dessa espécie, foi atribuído um valor, de acordo com sua importância. O somatório destes valores forneceu a nota geral. O xarope-A demonstrou palatabilidade e valor nutritivo aceitáveis para as meliponas estudadas, não ocorrendo rejeição, e as rainhas das colônias alimentadas artificialmente apresentaram desenvolvimento fisogástrico e crias normais. As dimensões dos potes artificiais que foram aceitas pelas abelhas foram: 1,5 x 2,5 cm. Quando foram utilizados potes maiores ou menores, ocorreu sua destruição pelas operárias. Com relação ao volume das colméias, 3 litros foi o ideal, pois quando a terceira alça foi acrescentada não houve crescimento dos enxames, mas sim uma maior deposição de geoprópolis na região interna dessa alça.Item Comportamento de forrageamento de visitantes florais em Triumfetta semitriloba Jacq. (Tiliaceae) em Viçosa, Minas Gerais(Universidade Federal de Viçosa, 1995-04-13) Collevatti, Rosane Garcia; Campos, Lúcio Antônio de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/9979596352166630Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de estudar o comportamento de forrageamento dos principais polinizadores de Triumfetta semitriloba, quanto aos fatores que influenciam na freqüência de visita aos ramos floridos, padrão temporal de utilização de pólen e néctar, padrão de movimentação em relação à direção e distância interplantas e regras de decisão de partida das plantas. Para tanto, foram identificadas as espécies de visitantes florais e estudado o padrão temporal de visita às flores e de abertura das flores. Foram utilizadas três manchas de Entre os visitantes florais, destacaram-se as abelhas (Hymenoptera: Apoidea), representadas por 31 espécies, algumas delas polinizadoras efetivas de Triumfetta semitriloba. Da ordem Hymenoptera, foram encontradas, ainda, três espécies de formigas (Formicidae), uma Chalcididae, uma Chrysididae e cinco Vespidae. Foram encontradas, também, as seguintes ordens: Coleoptera, com uma espécie da família Bruchidae e sete Chrysomelidae; Diptera, com uma espécie da família Otitidae e três Tephritidae; Hemiptera, com uma espécie da família Miridae, um Neididae, um Pentatomidae, dois Phyrrhocoridae, um Scuteleridae e um Tingidae; Lepidoptera, com duas espécies da família Hesperidae e um Papilionidae. Como principais polinizadoras, adotando os critérios de comportamento de visitação às flores, número de indivíduos registrados, frequência de visita às flores e perfeita identificação no campo, foram consideradas sete espécies de abelhas: Augoclorella michaelis e Augocloropsis Cupreola (Halictidae); Ceratinula trimaculata e Melissodes sexcincta (Anthophoridae) ; Pseudocentron paulistana (Megachilidae); Plebeia droryana e Plebeia cf. nicriceps (Apidae). Na utilização de pólen e néctar não houve segregação temporal mensal e diária. A frequência de visita aos ramos floridos foi influenciada pelo horário, número de flores abertas e número de visitas anteriores ao mesmo ramo, mas não pelo local e mês de floração. Somente Augocloropsis cupreola e Melissodes sexcincta apresentaram padrão de direção de vôo não aleatório, com predominância da manutenção da direcionalidade (0º), mas com alta frequência de movimentos laterais a 45º e -45º. As outras cinco espécies voaram aleatoriamente. Todas as espécies apresentaram movimentação predominantemente intraplanta e, nos vôos interplanta, maior frequência de vôos para os “vizinhos mais próximos”. Todas as espécies apresentaram uma regra de decisão de partida probabilística, relacionada principalmente ao tempo gasto na última e penúltima flores visitadas na planta, onde a probabilidade de partida de uma planta diminui com o aumento do tempo gasto nessas flores.Item A comunidade de Scarabaeidae S. Str. (Insecta, Coleoptera) em fragmentos de Floresta Atlântica(Universidade Federal de Viçosa, 1995-07-07) Louzada, Júlio Neil Cassa; Campos, Lúcio Antônio de OliveiraForam avaliados dois processos associados à fragmentação de ecossistemas florestais: o efeito da área do fragmento sobre a abundância e diversidade de espécies de Scarabaeidae e a relação entre distribuição e abundância destes insetos na região fragmentada. Para isso, foram amostrados os Scarabaeidae de 36 localidades pertencentes a 18 fragmentos florestais, classificados segundo três classes de tamanho: pequenos (4-6 ha), médios (30-50 ha) e grandes (>90 ha). A captura dos insetos foi feita utilizando 12 armadilhas do tipo "pitfall” por local, quatro com fezes humanas, quatro com banana fermentada e quatro com baço de boi apodrecido como iscas. Foi observado um efeito parcial da classe de tamanho do fragmento sobre o número de espécies e índice de diversidade da comunidade, em nível de local amostrado. Locais pertencentes a classe grande tiveram maior número de espécies e maior diversidade. A classe média e pequena não apresentaram diferenças estatisticamente significativas nestes parâmetros da comunidade. Foi encontrada uma forte correlação positiva entre a distribuição da espécie na região e sua abundância média. Não foi encontrada relação, estatisticamente significativa, entre a distribuição da espécie na região e a largura de seu nicho, contrariando assim o estabelecido na literatura, que seria uma correlação positiva entre estas duas medidas. As espécies mais distribuídas na região foram aquelas especializadas na utilização de fezes como recurso alimentar.Item Absorção e metabolismo do enxofre influenciados pelo alumino em dois cultivares de sorgo(Universidade Federal de Viçosa, 1996-02-09) Bonato, Carlos Moacir; Cambraia, José; http://lattes.cnpq.br/0820022636975077Estudaram-se a absorção e o metabolismo do S influenciados pelo Al em dois cultivares de sorgo, um sensível (BR007A) e outro tolerante (BR006R) ao Al, com o objetivo de esclarecer alguns aspectos da tolerância a este elemento. As plantas, cultivadas em solução nutritiva, pH 4,0, foram submetidas a duas concentrações de Al (0 e 0,185 mM) e a duas concentrações de sulfato (0 e 0,6 mM) durante 10 dias. Determinaram-se, então, os pesos de matéria seca; os teores de Al, S-total, S-orgânico, S-sulfato e tióis totais; as constantes cinéticas de absorção de S; e a atividade da sulfurilase do ATP. A produção de matéria seca foi bastante reduzida tanto na ausência de S quanto na presença de Al. O Al acumulou-se principalmente no sistema radicular dos dois cultivares, independentemente da presença de S e reduziu o valor das constantes cinéticas V max e K m nos dois cultivares ou apenas no sensível, respectivamente. O C min foi idêntico nos dois cultivares, não tendo sido influenciado pelo Al. Os efeitos do Al sobre estas constantes foram sempre mais intensos quando as plantas foram cultivadas na sua presença. Os teores das frações sulfuradas decresceram na ausência de S ou na presença de Al nos dois cultivares, especialmente no sistema radicular. As reduções nas frações sulfuradas causadas pelo Al foram sempre maiores na presença de S. O cultivar tolerante, apesar do menor teor de S-total, apresentou índice de utilização deste elemento na presença de Al maior do que o cultivar sensível, principalmente no sistema radicular. O teor de tióis, independentemente da presença de S, aumentou nos tratamentos com Al, principalmente no sistema radicular. Este aumento, contudo, parece ser uma reação geral da planta ao estresse e não um mecanismo específico de tolerância das plantas de sorgo ao Al. A redução do sulfato pela sulfurilase do ATP deu-se, preferencialmente, na parte aérea. A atividade desta enzima, maior no cultivar tolerante, decresceu fortemente na presença de Al, independentemente da presença de S.Item Comportamento higiênico em abelhas indígenas (Melipona quadrifasciata Lepeletier, 1836 e Tetragonisca angustula Latreille, 1811) e em abelhas africanizadas (Apis mellifera Linnaeus, 1758)(Universidade Federal de Viçosa, 1996-04-16) Tenório, Eleuza Gomes; Message, Dejair; http://lattes.cnpq.br/9076195471632655Neste trabalho, confirmou-se a ocorrência do comportamento higiênico em abelhas da subfamília Meliponinae: Melipona quadrifasciata e Tetragonisca angustula, avaliou-se a resposta destas abelhas e de Apis mellifera (africanizadas) às crias mortas, pelas técnicas de congelamento e perfuração; e descreveu-se o comportamento higiênico das abelhas indígenas, comparando-o com aquele observado nas abelhas africanizadas. A. mellifera não mostrou diferença na remoção, em relação às crias mortas pelas duas técnicas. Nas abelhas indígenas, foi verificada maior rapidez na detecção e na remoção das crias mortas, pela técnica de congelamento, indicando que esta técnica seria a mais adequada para estudos sobre o comportamento higiênico nessas abelhas. Nas africanizadas, o comportamento higiênico envolveu o canibalismo total das crias mortas, na fase de larva em período de alimentação e de larva pós- defecante, o canibalismo parcial, no caso de pupas de olho-branco, e a remoção dos imagos. Nas abelhas indígenas, as operárias não ingeriram crias mortas, qualquer que fosse sua idade. Houve apenas remoção destas crias, que foram depositadas na lixeira da colônia, sendo posteriormente transportadas para o campo. O não-canibalismo evitaria que as operárias se contaminassem, caso as crias estivessem infectadas, contribuindo para o controle de doenças.Item Efeitos de hidrotermia, refrigeração e ethephon na qualidade pós-colheita do mamão ( Carica papaya L. )(Universidade Federal de Viçosa, 1996-09-02) Balbino, José Mauro de Sousa; Puschmann, Rolf; http://lattes.cnpq.br/1001596613460493A aplicação isoladamente da hidrotermia em frutos de mamão da cultivar 72/12, colhidos com o índice 1 de cor da casca (com uma tênue mancha amarela na casca), ampliou o período para o completo amadurecimento dos frutos para temperatura na faixa de 47 a 49°C e resultou em menor firmeza da sua polpa durante o armazenamento em câmara fria, para tratamentos na faixa de 48°C a 49,5°C. A aplicação de cera contribuiu para atrasar o amadurecimento e a perda de firmeza da polpa do mamão. Embora a aplicação isoladamente da hidrotermia não tenha controlado completamente as podridões superficiais do mamão, tratamentos de 46°C a 49°C por 20 minutos atrasaram a sua manifestação em aproximadamente cinco dias. Associado à aplicação de cera e fungicida o tratamento foi mais efetivo. O tratamento hidrotérmico “in vitro” sobre o micélio de Colletotrichum gloeosporioides Penz mostrou que apenas binômios de temperatura x tempo acima de 49°C por cinco minutos promoveram a morte do fungo. Para binômios com temperatura menores, a taxa de crescimento do micélio foi recuperada dois dias após os tratamentos. A caracterização do amadurecimento de frutos do mamão, tratados a 49°C por 20 minutos, mostrou que a redução na firmeza da polpa ocorreu simultaneamente com a evolução do índice de cor da casca, associado inicialmente à diminuição de clorofila e, posteriormente, ao aumento de carotenóides. Nessa condição o ethephon reduziu o período para o completo amarelecimento do mamão de dez para oito dias, com base na mudança do índice de cor da casca, com antecipação do aumento de carotenóides. O ethephon também proporcionou redução da firmeza da polpa e acelerou a perda de peso da matéria fresca dos frutos nos primeiros dias após a sua aplicação e a redução de açúcares redutores. Os teores de açúcar total, amido, pH e acidez titulável permaneceram estáveis com a aplicação de ethephon. Durante o armazenamento do mamão por 9, 18 ou 27 dias a 10°C, em que a firmeza permaneceu estável, ocorreu aumento do índice de cor da casca associado à redução no teor de clorofila. Após a frigoconservação, o índice de cor da casca foi acelerado com aumento no teor de carotenóides e redução da firmeza da polpa. O tempo de permanência na câmara fria contribuiu para o avanço subsequente do amadurecimento, que foi acelerado pelo ethephon.Item Efeito de estresses hídrico e salino sobre algumas especies nativas da restinga(Universidade Federal de Viçosa, 1996-09-19) Kuki, Kacilda Naomi; Cano, Marco Antônio Oliva; http://lattes.cnpq.br/8151632167744023O presente trabalho teve como objetivo verificar o efeito dos estresses hídrico e salino sobre espécies nativas da restinga. Num primeiro experimento foi monitorado o potencial osmótico das espécies Jacquinia brasiliensis, Guapira pernambucensis e Canavalia obtusifolia, que cresciam em campo. Mensalmente, coletou-se, em blocos aleatórios, a primeira folha mais jovem totalmente expandida de cada espécie e extraiu-se o suco celular, utilizado para a leitura do potencial osmótico no microsmômetro de precisão. Verificou-se que o potencial osmótico das três espécies variou de acordo com o índice pluviométrico, apresentando elevada correlação linear negativa. Num segundo experimento verificou-se o efeito da simulação do estresse hídrico cíclico e do aerosol salino sobre C. obtusifolia, em quatro tratamentos, sem estresse (SE), estresse com aerosol salino (ES), estresse hídrico cíclico (EH) e estresse hídrico cíclico mais aerosol salino (EHES). O delineamento foi de parcelas subdivididas em fatorial 2x2, dispostas em blocos casualizados. Os tratamentos com estresse hídrico constaram da suspensão da irrigação dos vasos até que o potencial hídrico do solo atingisse o valor irrigação era aproximado de -1,5 MPa, quando a retomada até elevar o potencial hídrico a -0,03 MPa. Nos tratamentos com aerosol salino foi aplicada uma solução de NaCl, a 450 mM, sobre as folhas. No total foram oito semanas de estresses hídrico e salino e, no final de cada semana, as plantas eram expostas à simulação de chuva. A cada duas semanas, foram realizadas avaliações fisiológicas e de crescimento. O aerosol salino e o estresse hídrico provocaram redução significativa nos potenciais osmótico e de pressão das folhas, enquanto o potencial hídrico das mesmas não variou. Os tratamentos com estresses induziram a um ajuste osmótico nas folhas em relação ao tratamento SE. O tratamento EH provocou incremento no conteúdo de prolina. A suculência foliar foi incrementada pelo aerosol salino. A resistência estomática incrementou, enquanto a transpiração e a taxa fotossintética decresceram, nos tratamentos com estresses hídrico e salino. As eficiências no uso da água e fotoquímica não foram afetadas pelos estresses. O crescimento, tanto em extensão quanto em ganho de matéria seca, não foi severamente reduzido por nenhum dos tratamentos.Item Fermentação alcoólica de soro de queijo por Klebsiella oxytoca M5A1, recombinante P2(Universidade Federal de Viçosa, 1997-03-25) Magalhães, Cláudia Helena de; Guimarães, Walter Vieira; http://lattes.cnpq.br/2555939259991281A produção de etanol a partir de soro de queijo suplementado com LB ou 0,5% de extrato de Ievedura por Klebsiella oxytoca M5A1, recombinante P2 (Kb.P2), em valores de pH controlado em 6,0; 6,5; 6,9; 7,0; e 7,3, apresentou baixo rendimento, o que indica ineficiência de estirpe Kb.P2 em utilizar a lactose do soro como substrato. A temperatura ótima para produção de enzima β-D-galactosidade foi 30°C. O pH e a temperatura de atividade ótima da enzima β-D-galactosidade foram 7,0 e 45°C, respectivamente. A enzima não apresentou estabilidade em temperatura superior a 35°C. Houve repressão catabólica de enzima, com a adição de glicose 10 minutos após a adição do indutor lPTG. A galactose adicionada em uma cultura paralela, no mesmo tempo, inibiu ligeiramente a produção de enzima. A β-D-galactosidase de Kb.P2 apresentou 37% de atividade em relação à E. coli K12, quando induzida com IPTG, indicando que Kb.P2 possui uma baixa expressão de enzima. As células rompidas com a prensa francesa ou as células permeabilizadas com tolueno apresentaram 1,3 vez mais atividade de β-D-galactosidase 30 minutos após a adição do indutor, comparado a células induzidas e não tratadas, o que indica baixa eficiência na entrada do substrato nas células. Os resultados permitem evidenciar que a fermentação de soro de queijo por Kb.P2 depende, ainda, do conhecimento e da manipulação do sistema da bactéria, visando utilizar lactose.Item Peroxidação de lipídios em membranas e tecidos de dois cultivares de sorgo (Sorghum bicolor (L.) Moench) com tolerância diferencial ao alumínio(Universidade Federal de Viçosa, 1997-09-23) Peixoto, Paulo Henrique Pereira; Cambraia, José; http://lattes.cnpq.br/6352876943897913Neste trabalho, estudaram-se os efeitos do alumínio (Al) em nível tóxico sobre os sistemas metabólicos que controlam a produção e a eliminação de radicais livres e, consequentemente, a peroxidação dos lipídios em plantas de dois cultivares de sorgo, um sensível (BR007A) e outro tolerante (BR006R) ao Al, cultivadas durante 10 dias em solução nutritiva, pH 4,0, na presença (0,185 mM) e na ausência do Al. Na presença do Al, a atividade da H + -ATPase reduziu no sistema radicular das plantas, mas, principalmente nas membranas plasmáticas provenientes dos ápices das raízes do cultivar tolerante. Dentre as principais modificações verificadas sobre a composição de ácidos graxos das membranas na presença do Al, as mais importantes foram observadas nos ápices das raízes, onde a relação ácidos graxos insaturados/ácidos graxos saturados e, principalmente, o índice de ligações duplas para ácidos graxos com dezoito carbonos foram bastante reduzidos no cultivar sensível. Na presença do Al, a concentração do ácido linolênico reduziu nas membranas provenientes dos ápices das raízes do cultivar sensível, mas, de modo contrário, aumentou muito no tolerante. A atividade enzimática nos tecidos das plantas foi bastante alterada na presença do Al. A atividade das peroxidases aumentou nas raízes e nas folhas dos dois cultivares, principalmente no sensível. De modo contrário, a atividade das peroxidases do ascorbato e das catalases reduziu nesses tecidos, exceto nas raízes do cultivar sensível, onde o aumento da atividade das peroxidases do ascorbato foi observado. A atividade das dismutases do superóxido e das oxidases dos polifenóis aumentou, respectivamente, apenas nas folhas do cultivar tolerante e nas raízes do sensível. A atividade das lipoxigenases aumentou nas folhas em maior intensidade no cultivar tolerante, mas, de modo contrário, reduziu nas raízes em maior intensidade no cultivar sensível. Nas raízes das plantas, a atividade das amônia liases da fenilalanina reduziu nos dois cultivares, mas em maior intensidade no tolerante. A atividade das desidrogenases dos álcoois cinamílicos aumentou nas raízes do cultivar tolerante, mas reduziu no sensível. Na presença do Al, o teor de lignina aumentou nas raízes de ambos os cultivares, porém em maior intensidade no tolerante. O teor de compostos fenólicos solúveis aumentou na presença do Al nas raízes e nas folhas dos dois cultivares, principalmente no sensível. Todos os resultados sugerem que, na presença do Al, o cultivar tolerante produza menores quantidades de radicais de oxigênio livres ou, então, possua mecanismos enzimáticos de remoção, de imobilização e, ou, de neutralização desses radicais mais eficientes que no cultivar sensível, o que, aparentemente, resultou na menor intensidade de peroxidação dos lipídios nos tecidos das raízes e da parte aérea e, especificamente, nas membranas provenientes dos ápices das raízes das plantas do cultivar tolerante.Item Análise faunística de Cicadellidae (Insecta: Homoptera) em área de Mata Atlântica(Universidade Federal de Viçosa, 1997-12-02) Coelho, Luci Boa Nova; Ferreira, Paulo Sérgio Fiúza; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781187Z5; http://lattes.cnpq.br/6996498847257792; Lúcia, Terezinha Maria Castro Della; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783306E2; Souza, Og Francisco Fonseca de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783301A8; Vilela, Evaldo Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783121J5; Picanço, Marcelo Coutinho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786700U4Com base em coletas de armadilha luminosa, realizadas de 1981 a 1993, na Mata do Paraíso (20°46 -20°48 S; 45°50 -45°52 W), reserva de Mata Atlântica situada no município de Viçosa, Estado de Minas Gerais, foi obtido o total de 10.809 espécimes de cigarrinhas da família Cicadellidae (Homoptera), distribuídos em 11 subfamílias: Agalliinae, Cicadellinae, Coelidiinae, Deltocephalinae, Gyponinae, Iassinae, Idiocerinae, Neocoelidiinae, Nirvaninae, Xestocephalinae e Typhlocybinae, esta última não estudada em nível de gênero e espécie. Neste trabalho, são listados 62 gêneros determinados e 156 espécies, das quais 37 são novas para a ciência e 10 são pela primeira vez registradas para o Brasil. Também foram registradas 49 novas ocorrências para Minas Gerais e 58 para Viçosa. Chaves taxonômicas ilustradas para identificação das subfamílias, das tribos e dos gêneros são apresentadas. As variações sazonais na abundância e riqueza dos táxons foram analisadas. Flutuações anuais das populações foram relacionadas à variação da temperatura e da pluviosidade na localidade. A estrutura faunística diferiu entre as estações chuvosa e seca da Mata do Paraíso. Dentre as espécies mais representativas, Xestocephalus desertorum (Berg, 1879), X. ancorifer Linnavuori, 1959 (Xestocephalinae), Planicephalus flavicosta (Stal, 1860), Graminella striatella Linnavuori, 1959, Balclutha sp. 1 (Deltocephalinae), Plesiommata corniculata Young, 1977 e Hortensia similis (Walker, 1951) (Cicadellinae) foram significativamente mais abundantes nas estações chuvosas; Curtara atomaria (Stal, 1862) (Gyponinae) e Balclutha hebe (Kirkaldy, 1906) não sofreram diferenças significativas na abundância entre as estações.Item Crescimento e características bioquímicas e fotossintéticas do feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.) sob deficiência de nitrogênio e fósforo(Universidade Federal de Viçosa, 1997-12-05) Lima, Juliana Domingues; Mosquim, Paulo Roberto; http://lattes.cnpq.br/0040050697097249Os experimentos deste estudo foram conduzidos em casa de vegetação, com plantas de feijão cultivadas inicialmente em solução nutritiva completa até 10 dias após a emergência. Em seguida, forneceram-se soluções nutritivas contendo 7,5 mol m -3 de N e 0,5 mol m -3 de P, para os níveis adequados de N e P; e 0,5 mol m -3 de N e 0,005 mol m -3 de P, nos tratamentos sob deficiência desses elementos. Aos 18 dias após a indução das deficiências, avaliaram-se o crescimento e as características bioquímicas e, aos 0, 6, 9, 12, 15 e 18 dias após a indução das deficiências, as características fotossintéticas. Verificaram-se reduções em número de folhas, área foliar, massa seca dos pecíolos, folíolos, caules e total da planta, taxa fotossintética líquida, taxa fotossintética líquida máxima, condutância estomática e taxa transpiratória das plantas sob deficiências de N, de P e de N e P. Sob deficiência de N, observaram-se aumento na fluorescência inicial e decréscimos na fluorescência máxima, na fluorescência variável, na razão entre as fluorescências variável e máxima e nos teores foliares de clorofilas, carotenóides e N total das plantas. Sob deficiência de P, verificaram-se diminuições no teor de Pi do tecido foliar e na fluorescência variável das plantas. Deficiências de N e de N e P promoveram decréscimos mais efetivos na taxa fotossintética líquida do que a deficiência de P. Não houve efeito aditivo das deficiências de N e P sobre a taxa fotossintética. A deficiência de nitrogênio estimulou a fixação simbiótica do dinitrogênio, porém houve necessidade de nível adequado de P na solução nutritiva.Item Produção de ácidos orgânicos e tolerância de sorgo à toxicidade do alumínio(Universidade Federal de Viçosa, 1998-07-29) Gonçalves, José Francisco de Carvalho; Cambraia, José; http://lattes.cnpq.br/0553096006639259Este estudo objetivou analisar os efeitos do alumínio (Al), em nível tóxico, sobre o crescimento de plantas de sorgo, os teores e a exsudação de ácidos orgânicos, e a atividade de enzimas ligadas à síntese e à degradação destes ácidos, em plantas de dois cultivares de sorgo, um sensível (BR007A) e outro tolerante (BR006R) ao Al. Os pesos da matéria seca das duas partes das plantas dos dois cultivares e o comprimento da maior raiz diminuíram com o aumento das concentrações de Al na solução, tendo o cultivar sensível sido mais severamente afetado que o tolerante. Os teores de Al, tanto nas raízes quanto na parte aérea, aumentaram com os aumentos nas concentrações de Al na solução nutritiva e o cultivar sensível acumulou mais Al nas duas partes da planta. O Al acumulou-se principalmente no ápice radicular (0-5 mm). Este segmento da raiz, além de apresentar maior teor de Al que os demais segmentos analisados, no cultivar sensível, apresentou cerca de 25,0% mais Al que o cultivar tolerante. Os teores de P, K, Ca e Mg diminuíram com o aumento das concentrações de Al na solução nutritiva, nas duas partes da planta, mas os cultivares não diferiram entre si, exceto quanto ao teor de Ca na parte aérea. A aplicação de ácido málico resultou em amenização do efeito inibitório do Al sobre o alongamento radicular, mas não houve eliminação completa da toxicidade do Al, mesmo na concentração mais alta. Os teores dos principais ácidos orgânicos, encontrados nas raízes e na parte aérea, aumentaram com a exposição das plantas ao Al. Os dois ácidos orgânicos mais abundantes em sorgo e, provavelmente, os mais importantes do ponto de vista da tolerância ao Al foram os ácidos málico e t-aconítico. Dentre todos os ácidos orgânicos, o ácido málico foi aquele que, na presença de Al, sofreu o maior aumento absoluto no seu teor, sempre mais pronunciado no cultivar tolerante, sugerindo um papel importante deste ácido no mecanismo de tolerância das plantas à toxicidade de Al. O Al promoveu aumento no teor do ácido cítrico transportado na seiva xilemática, principalmente no cultivar tolerante, no qual foi cerca de 26,0% maior que no cultivar sensível. O Al, de modo geral, influenciou a atividade das enzimas estudadas, no sentido de estimular a síntese e, ou, inibir a degradação do ácido málico. Nos casos dos ácidos cítrico e t-aconítico, isto nem sempre aconteceu. No cultivar tolerante, as enzimas de síntese dos ácidos orgânicos mostraram-se mais sensíveis ao estímulo, enquanto as enzimas de degradação foram mais sensíveis ao efeito inibitório do Al tóxico. As enzimas importantes no controle da produção de ácidos orgânicos e determinantes do comportamento diferencial dos cultivares de sorgo frente ao estresse de Al parecem ser a carboxilase do fosfoenolpiruvato e, principalmente, a fumarase.