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    Reflexões sobre o romance moderno Água Funda (1946), de Ruth Guimarães
    (Universidade Federal de Viçosa, 2023-02-28) Portilho, Sérgio Carvalho; Siqueira, Joelma Santana; http://lattes.cnpq.br/0872623340062263
    O presente trabalho tem por objetivo a análise da obra Água Funda (1946), de Ruth Guimarães, único romance publicado pela escritora, com o objetivo de analisar sua construção e o estudo de sua recepção. A escritora Ruth Guimarães foi uma das primeiras mulheres negras a ocupar espaço no campo da literatura brasileira. O romance Água Funda recebeu a atenção de impor- tantes críticos quando de sua estreia. Na presente pesquisa, empreendemos um estudo cuida- doso sobre a recepção da obra, atualmente, dividida em três momentos, de acordo com as edi- ções: da Editora Livraria do Globo, em 1946; da editora Nova Fronteira, em 2003, e da Editora 34, em 2018. O diálogo dessa recepção com a leitura crítica da obra possibilitou-nos perceber o romance de Ruth Guimarães como um exemplar do moderno romance brasileiro, assim como também evidenciou a necessidade de mais estudos acadêmicos em torno da produção dessa escritora. Palavras-chave: Água Funda. Recepção. Ruth Guimarães. Romance.
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    A Rainha do Ignoto: a literatura utópica e fantástica de Emília Freitas como crítica à sociedade do século XIX
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-12-15) Gonçalves, Guilherme Ramos; Cruz, Adélcio de Sousa; http://lattes.cnpq.br/0008648073343390
    A Rainha do Ignoto (1899), de Emília Freitas é a primeira obra com temática feminista e utópica de autoria feminina. Tecendo críticas por meio de elementos fantasiosos, o romance quase foi empurrado ao esquecimento. A presente dissertação analisa do livro, A Rainha do Ignoto (1899), de Emília Freitas, sua relação com o fantástico e a utilização desse elemento para criação de críticas à sociedade do Século XIX, bem como contribuir para a maior visibilidade da autora na história da literatura nacional. As abordagens teóricas se baseiam em estudos de Júlio França, Adam Roberts, Fredric, Jameson, David Roas e Tzvetan Todorov, entre outros pesquisadores da área da literatura fantástica. A partir dessas teorias forma-se a análise da obra escolhida que evidencia as críticas feitas pela autora como o papel da mulher na sociedade, escravidão, feminicídio entre outras iniquidades presentes na sociedade brasileira do século XIX. Palavras-chave: Emília Freitas. A Rainha do Ignoto. Literatura fantástica. Romance. Utopia.
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    Do folhetim ao best-seller: a construção narrativa de Dragões de Éter de Raphael Draccon
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-12-20) Peres, Sara Duarte; Cruz, Adélcio de Sousa; http://lattes.cnpq.br/7691698182621417
    A presente pesquisa tem como objetivo a análise dos romances da saga Dragões de Éter – com ênfase em Caçadores de Bruxas e comentários sumários aos outros volumes -, publicada pelo autor brasileiro Raphael Draccon entre 2007 e 2020. A investigação visa descobrir quais os fatores que fizeram com que as obras alcançassem o status de best-seller, considerando que foram vendidos 600 mil exemplares no Brasil. Nesse sentido, iniciamos a pesquisa por meio de uma análise da literatura fantástica e da fantasia, e partiu-se do pressuposto de que características do gênero a que os romances pertencem, a fantasia imersiva de temática épica, podem ter influenciado o sucesso da obra, e como tal, foram analisadas os principais traços do gênero – como a presença do sobrenatural, a relação com o real, a existência de mundos secundários, a construção dos personagens, etc. – e a maneira como se manifestaram na saga. Além disso, foi explorado o conceito de best-seller, os aspectos que marcam as obras que carregam esse título, os romances-folhetim enquanto precursores dessas publicações, assim como conceitos importantes desse campo como Indústria Cultural e Cultura de Massa e os debates que os envolvem. Com base nessas investigações preliminares, por fim, foram apresentados alguns aspectos que possivelmente teriam propulsionado o fenômeno best-seller de Dragões de Éter, como a maneira como os capítulos são construídos e cortados, a facilitação psicológica, a nostalgia provocada pela intertextualidade, a utilização de arquétipos que agem no inconsciente do leitor, a forma como se estabelecem as relações entre o mundo mágico e o mundo real, dentre tantas outras características que identificadas na obra de Draccon. Palavras-chave: Fantasia. Best-seller. Dragões de Éter.
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    Yabás: heranças míticas em Ponciá Vicêncio, de Conceição Evaristo
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-12-20) Souza, Leonardo Gomes de; Barroca, Iara Christina Silva; http://lattes.cnpq.br/7168688958499606
    A escritora Conceição Evaristo entrelaça, em sua literatura, memória ancestral e saberes mítico- religiosos afro-brasileiros, elementos que compõem a tradição oral negro-africana no Brasil. Diante disso, esta pesquisa se preocupa com as (re)leituras, produzidas por Conceição Evaristo, dos mitos de duas Orixás-mulheres, as Yabás Oxum e Nanã, no romance Ponciá Vicêncio (2003). Para tanto, utiliza-se, como perspectiva metodológica, da afrocentricidade aliada ao fazer da Mitologia e da Literatura Comparada em sua práxis interdisciplinar. Sendo assim, os mitos que envolvem Oxum a interrelacionam com as águas doces, o rio, além da fecundidade de maneira geral e, especialmente, no que toca às mulheres gestantes. Quanto a Nanã, seus mitos a representam como uma senhora idosa, demonstram a sua relação com a lama, com o barro como elemento fulcral da cosmogonia herdada, pelos afro-brasileiros, das tradições Yorubás. Há que se dizer que Ponciá Vicêncio, protagonista do romance, escolhe deliberadamente se afastar de tais elementos abundantes em sua comunidade, a terra dos negros. A obra se constitui de forma a evidenciar o enorme anseio da protagonista por retornar ao rio. Também é desejo de Ponciá o reconectar-se ao barro, elemento que os mitos descrevem como base para a criação do ser humano e material último a ser devolvido a Nanã, orixá apresentada pelos mitos vinculada aos ancestrais mortos, a sabedoria e a lama. Em nossa análise, buscamos evidenciar como Conceição Evaristo assume a tradição oral afro-brasileira como elemento basilar de suas escrevivências de forma a construir um romance entremeado pelas releituras dos mitos das Yabás Oxum e Nanã. Essa pesquisa se apoia nas trabalhos de Verger (2018); Prandi (2021); Burkert (2021) e Melo (2014; 2019). Palavras-chave: Conceição Evaristo. Ponciá Vicêncio. Mitopoética. Oxum. Nanã.
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    Leituras e leitores de Boca do Inferno (1957), de Otto Lara Resende
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-04-20) Portes, Daianny Duque; Siqueira, Joelma Santana; http://lattes.cnpq.br/9352552712234042
    O presente trabalho tem por objetivo o estudo do segundo livro de contos de Otto Lara Resende, Boca do Inferno, publicado pela primeira vez em 1957. Esse estudo, no centenário de Resende, visto que o escritor nasceu em 1922, focaliza a recepção da obra em seus três diferentes momentos de publicação, 1957, 1998 e 2014, e também discute, sob a luz de teorias sobre o leitor, o porquê de a obra, num espaço-tempo de 57 anos, ter sido alvo de críticas contrastantes. Os sete contos de Boca do Inferno - “Filho de padre”, “Dois irmãos”, “O porão”, “Namorado morto”, “Três pares de patins”, “O segredo” e “O moinho” - apresentam narrativas bem construídas pelo olhar atento de um narrador contido que tende a provocar aquele que lê. A dúvida, sempre presente, por vezes, anda de mãos dadas com os inúmeros segredos e não-ditos dos contos, e, nesse labirinto de incertezas, analisamos os contos “O porão”, “O segredo” e “O moinho” com o intuito de realçar essa narrativa de omissões e segredos de Otto Lara Resende, mas também de investigar o lugar do leitor em tais histórias. Palavras-chave: Boca do Inferno. Otto Lara Resende. Recepção crítica
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    Paisagens, animais e homens em Ana Paula Maia
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-09-22) Aguiar, Andre Luiz Godinho; Assis, Ângelo Adriano Faria de; http://lattes.cnpq.br/5817940241533035
    Este trabalho desdobra as narrativas em prosa da autora Ana Paula Maia, visando entender como seus personagens intitulados “homens-bestas” podem indicar tipos de humanidade e de masculinidade e como seus cenários podem criar um sentido de país. Para isso, articula-se um repertório interdisciplinar sobre o Brasil contemporâneo, a literatura brasileira, tendências da ficção e noções teóricas acerca de temas como animalidade, violência, crueldade e gênero. Conclui-se que estas histórias e personagens sinalizam para realidades extratextuais, como a exploração animal, a masculinidade tóxica e a prevalência do feminícidio, a partir da análise das relações interespécies, pelos cenários gerados pelo capitalismo industrial e pelas cenas de violência nas novelas e da leitura de autores como bell hooks, Judith Butler, Michel Foucault e Paul B. Preciado. Palavras-chave: Literatura contemporânea. Biopolítica. Zoopoética.
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    Mulheres que movem o sertão rosiano: erotismo, transgressão e modernização em “Campo Geral” e “Buriti”
    (Universidade Federal de Viçosa, 2021-08-25) Melo, Marina Cardoso de; Assis, Angelo Adriano Faria de; http://lattes.cnpq.br/1190880594509931
    Este trabalho consiste em uma análise das novelas “Campo Geral” e “Buriti”, componentes da coletânea Corpo de Baile, publicada por João Guimarães Rosa em 1956. Em nosso estudo pretendemos investigar de que modo o comportamento transgressor das personagens femininas selecionadas, sobretudo aquele expresso por meio do erotismo, relaciona-se diretamente ao sentido de modernização do sertão norte-mineiro que o escritor buscou representar por meio de sua obra, além de compreender a importância da representação social dessas mulheres para o desenvolvimento das tramas em que estão inseridas. Para tanto, procuramos, em primeiro momento, compreender a biografia e formação pessoal do autor, bem como as especificidades da forma e dos temas abordados em seus enredos, além dos aspectos que mais nos importam em relação à obra estudada. Em seguida, são abordados os principais referenciais teóricos e críticos relacionados aos assuntos de maior relevância para a análise estabelecida, bem como o modo como foram tratados por Rosa em Corpo de Baile. Assim, estabelecemos uma discussão referente às especificidades da temporalidade e do espaço sertanejo; sobre o patriarcado, as relações de gênero e as expectativas e obrigações impostas às mulheres em meio a uma sociedade de molde patriarcalista; e, por fim, acerca das questões relacionadas ao erotismo e à imprescindibilidade do fator transgressão para sua concretização. Em nossa análise específica sobre as personagens, primeiramente abordamos a transgressão do adultério e, sobretudo, as diferentes repercussões geradas por ele em distintas temporalidades e em meio a diferentes classes sociais. Por fim, nos voltamos aos comportamentos subversivos de mulheres não- casadas e a maneira como, na narrativa de Rosa, eles têm o poder de alterar a organização social do espaço. Palavras-chave: Gênero. Transgressão. Sertão.
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    Entre a tradição e a modernidade: as crônicas de Alphonsus de Guimaraens no Jornal Conceição do Serro
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-12-02) Morais, Mariana Apolinário de; Assis, Angelo Adriano Faria de; http://lattes.cnpq.br/1773204691721886
    O escritor mineiro Alphonsus de Guimaraens (1870-1921) é comumente lembrado pela história e crítica literária devido à qualidade de seus poemas simbolistas, responsáveis por ter elevado o autor ao patamar de cânone das letras brasileiras. Além de poeta, Alphonsus de Guimaraens desempenhou por aproximadamente 30 anos, de 1890 a 1921, a função de cronista, contribuindo com a publicação de jornais. De 1904 a 1905, especificamente, Guimaraens dirigiu e produziu o jornal Conceição do Serro, além de ter publicado crônicas de sua autoria em praticamente todas as 45 edições do periódico. As crônicas de Alphonsus de Guimaraens, sobretudo as publicadas em jornais, correspondem a parte considerável da produção literária desse autor que se encontra em esquecimento. Dessa forma, ao voltar-se para o cânone sobre a perspectiva do esquecimento, com vistas a resgatar parte da história e da memória literária que não foi institucionalizada, este trabalho pretende investigar as crônicas de Alphonsus de Guimaraens publicadas no jornal mineiro Conceição do Serro. Para tanto, após levantamento e transcrição das crônicas, serão discutidas, primeiramente, a profícua relação da literatura com o jornal, assim como a relação do escritor mineiro com os jornais. Posteriormente, este trabalho discute aproximações e distanciamentos entre a poesia de Guimaraens e as crônicas do Conceição do Serro, com ênfase nas temáticas lua / luar e religião / religiosidade. Apesar do diálogo das crônicas com temas fortemente desenvolvidos na poesia do autor, os textos em prosa não se restringem aos parâmetros da estética simbolista. Por fim, este trabalho discute como as crônicas de Alphonsus de Guimaraens, partindo do pressuposto de que Minas Gerais é o lugar da tradição, parecem evidenciar um projeto de manutenção dessa, condenando, desse modo, as transformações sociais provocadas pela modernidade. Esse projeto será evidenciado, principalmente, nas crônicas que abordam o papel social da mulher e o seu direito ao voto. Os cronistas de Alphonsus reafirmam o papel da mulher enquanto mãe, esposa e dona do lar, restrita ao espaço privado, rechaçando, consequentemente, a luta pelo direito ao voto feminino e ao espaço público. Por conseguinte, as crônicas evidenciam Alphonsus de Guimaraens cronista um observador atento às transformações de seu tempo. Palavras-chave: Literatura brasileira. História Literária. Alphonsus de Guimaraens. Crônicas. Jornal. Tradição.
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    Movidas pelo desejo de ser: a representação de sujeitos do feminismo em três contos de Clarice Lispector da década de 1940
    (Universidade Federal de Viçosa, 2020-06-10) Arrais, Ana Carolina Cavalari; Siqueira, Joelma Santana; http://lattes.cnpq.br/5020775140224430
    Publicados nos anos de 1940, os primeiros textos da escritora brasileira Clarice Lispector – “O triunfo”, “Obsessão” e “A fuga” – contam as histórias de três protagonistas mulheres que vivenciam experiências de autoconhecimento, liberdade, desamparo e abandono relacionadas à condição de casadas própria do início do século XX. Este trabalho objetivou analisar comparativamente os três contos citados relacionando-os à teoria feminista e de gênero. Assim, chegou-se ao conceito de androginia, o qual curvou-se a uma interpretação possível da obra clariceana em seus momentos iniciais. Para tanto, partiu-se de grupos teóricos dos estudos de gênero, através de nomes como Joan Scott, Monique Wittig, Sandra Sousa e Tania Swain. Além de acrescer-se a este empreendimento a teoria literária e crítica especializada de Lispector, através dos estudos de Benedito Nunes, Ligia Chiappini, Nádia Battella Gotlib e Norman Friedman. Dessa forma, percebeu-se que os primeiros contos clariceanos podem ser considerados como laboratórios narrativos para a construção da obra posterior da escritora, pois há uma tendência de as personagens repetirem hábitos, comportamentos e padrões psicológicos reconfigurados dentro de cada ficção. Por fim, ainda se notou que as categorias binárias de gênero – masculino e feminino – não serviam para a análise das protagonistas de Lispector, uma vez que uma possível leitura da obra é a de que a narrativa clariceana opta pela androginia ao nível psicológico de suas personagens. Palavras-chave: Androginia. Gênero. Modernismo. Contos.
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    O corpo que se faz palavra: instâncias da percepção em Água Viva (1973), de Clarice Lispector
    (Universidade Federal de Viçosa, 2021-05-28) Moraes, Nayana Moreira; Siqueira, Joelma Santana; http://lattes.cnpq.br/5751382387383313
    A presente pesquisa tem como objetivo analisar a obra Água Viva (1973), de Clarice Lispector, e suas relações com a Fenomenologia da Percepção (1945), de Merleau-Ponty. Nesse sentido, procura-se dialogar a partir de instâncias presentes em uma corporeidade que desnuda nuances subjetivas quanto ao processo literário. Algo que se faz à luz de experiências da narradora em contraste às proposições cartesianas. Para alcançar esse objetivo, desenvolvemos o encontro entre a perspectiva fenomenológica e o romance moderno a fim de refletir sobre a linguagem da literatura de Clarice Lispector no que se refere à prerrogativa de uma ontologia do corpo. Ao perpassar pela fortuna crítica da escritora foi possível perceber a enunciação de uma ficção que ressoa por sentidos existenciais ante às experiências do espaço-tempo circundante. Desse modo, é pelo olhar de Água Viva que nos redirecionamos ao aprofundamento dessa linguagem, uma vez que as reverberações da narradora-escritora são a interpelação da expressão literária. Assim, formulada inicialmente essa hipótese pudemos percorrer as perspectivas que abrangem o movimento desse corpo, sua espacialidade e temporalidade. As marcas se apresentam pelas discussões de Merleau-Ponty sobre o corpo próprio e as emanações sensoriais próximas da composição da arte abstrata. Ressalta-se o fenômeno da percepção enquanto retorno ao mundo percebido. Palavras-chave: Clarice Lispector. Narrativa moderna. Fenomenologia da percepção. Literatura e filosofia.