Solos e Nutrição de Plantas
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Item A acidez potencial do solo não é determinada a pH 7,0(Universidade Federal de Viçosa, 2005-12-20) Silva, Marcelo Zózimo da; Cantarutti, Reinaldo Bertola; http://lattes.cnpq.br/2812702090482742A acidez potencial é caracterizada pela acidez trocável e, sobretudo, pela acidez não-trocável, que corresponde àquela acidez neutralizada até um determinado valor de pH. O hidrogênio ligado de forma covalente aos colóides do solo é o principal componente desta acidez. A acidez potencial caracteriza o poder-tampão de acidez do solo, e sua estimativa acurada é fundamental para se estimar a capacidade de troca catiônica a pH 7,0 (CTC) e, por conseguinte, a saturação por bases (V). Estimativa confiável, tanto da CTC como de V, cresce de importância à medida que se emprega o critério de elevação da saturação por bases para o cálculo da necessidade de calagem. A acidez potencial pode ser determinada por meio da incubação do solo com CaCO 3 , pela extração com solução de acetato de cálcio 0,5 mol L -1 pH 7,0 e por meio do equilíbrio entre o solo e a solução tamponada SMP. Considerando que nessas determinações, além do H hidrolisável, contribui, ainda, para a acidez a hidrólise do Al 3+ , tais medidas são expressas por H+Al. A determinação por meio do método SMP foi adaptada à rotina de determinação do pH do solo em CaCl 2 . Ele fundamenta-se na correlação linear entre ln (H+Al) extraído pelo acetato de cálcio 0,5 mol L -1 pH 7,0 e o pH da suspensão de equilíbrio solo- solução SMP (pH SMP ). Dessa forma, estabelecem-se equações de regressão de abrangência regional para estimar o H+Al a partir do pH SMP ; atualmente, estão em uso no Brasil 15 equações. Essa diversidade de equações contribui para a incerteza na estimativa do H+Al, visto que os laboratórios estendem seus serviços além dos limites regionais de abrangência das equações. No entanto, há de se considerar que as características dos solos são mais relevantes do que o caráter regional. Além disso, o método em uso foi ajustado para a rotina de determinação do pH em CaCl 2. Assim, para a sua adoção por laboratórios que determinam o pH em H 2 O, há necessidade de inclusão de mais uma rotina. Objetivou-se com este trabalho: a) ajustar o método SMP aos procedimentos dos laboratórios que adotam rotina para determinação do pH em H 2 O e b) identificar um modelo matemático e ajustar uma equação de regressão de aplicação geral para estimar a acidez potencial por meio do método SMP. Na pesquisa foram utilizados 99 solos, de diferentes regiões do Brasil, com ampla variação nos teores de H+Al, matéria orgânica, valores de P remanescente e teor de argila. Em um primeiro ensaio, trabalhando com seis solos, avaliou-se o ajuste do método SMP à rotina de determinação do pH em H 2 O, testando-se alterações na concentração do CaCl 2 na solução SMP. Em outro ensaio, com 13 solos, determinou-se a acidez a partir da incubação do solo com CaCO 3 estabelecendo as curvas de incubação, definidas por equações de regressão linear. A partir destas, estimou-se a acidez potencial para pH 7,0; 6,5; 6,0; 5,9; 5,8; 5,7; e 5,5. Para os 99 solos determinou-se o H+Al em acetato de cálcio 0,5 mol L -1 pH 7,0 e o pH SMP de acordo com o procedimento ajustado no primeiro ensaio. Constatou-se que o procedimento SMP utilizado para a rotina de pH CaCl 2 ajustou-se sem alterações à rotina de pH H 2 O. O H+Al determinado em acetato de cálcio 0,5 mol L -1 pH 7,0 diferiu estatisticamente da acidez estimada para o pH 7,0 pelas curvas de incubação. As determinações em acetato foram equivalentes à acidez estimada para o pH 5,7 pelas curvas de incubação. Adotou-se a acidez para pH 6,0 estimado pelas curvas de incubação como referência para correção das determinações em acetato de Ca pH 7,0 e para estabelecer o ajuste da equação de regressão com o pH SMP. Ajustaram-se as regressões para estimar um fator F de correção da determinação em acetato de cálcio, a partir dos teores de matéria orgânica e, ou, P remanescente. Foram ajustadas as regressões: ln (H+Al) = 8,93 - 1,255pH SMP, R 2 = 0,842 e ln (H+Al) = 6,18 + 0,142 MO - 0,859pH SMP R 2 = 0,936, nas quais todos os coeficientes foram significativos (p < 0,05). A equação que inclui a matéria orgânica mostrou-se, potencialmente adequada para uso generalizado.Item A aplicação foliar de Mn e Zn alivia efeitos negativos da hipóxia em plantas de eucalipto?(Universidade Federal de Viçosa, 2022-02-25) Oliveira, Filipe Bruno de; Valadares, Samuel Vasconcelos; http://lattes.cnpq.br/6310745152341309O cultivo de eucalipto em regiões sujeitas a alagamentos pode gerar significativas perdas de produtividade. O presente trabalho foi realizado com o objetivo de compreender e avaliar o efeito da aplicação foliar de Zn e Mn na mitigação dos efeitos negativos da hipóxia em plantas de eucalipto. O experimento foi conduzido em delineamento em blocos casualizados, com 5 repetições. Os tratamentos foram combinados em arranjo fatorial (2³) com dois níveis de disponibilidade de oxigênio (com e sem hipóxia), com e sem a aplicação de Zn (0,1 g/L) e Mn (0,5 g/L). Foram cultivadas duas plantas por vaso contendo areia lavada, esterilizada e umedecida com solução nutritiva. Nos tratamentos submetidos à hipóxia, os vasos foram mantidos saturados com a solução de cultivo (a concentração de O 2 foi mantida abaixo de 4 mg L -1 ). Para os tratamentos sem hipóxia, as plantas receberam aeração normal. Após a imposição da hipóxia, foram quantificadas as trocas gasosas e variáveis de fluorescência da clorofila a de todos os tratamentos. Após 77 dias de experimento, folhas das plantas foram coletadas para quantificação da atividade de enzimas (SOD, catalase e peroxidases) e foi determinado o conteúdo de compostos do metabolismo primário e secundário (teores de clorofilas, açúcares solúveis, amido, proteínas solúveis totais e aminoácidos totais). Foi também colhida uma planta em cada parcela experimental, para determinação de massa seca da parte aérea e quantificação de Mn e Zn na biomassa. Em seguida, a aeração dos vasos foi reestabelecida e, após 69 dias de recuperação, as plantas restantes foram cortadas e tiveram seu crescimento avaliado. As plantas submetidas à hipóxia apresentaram maior teor de Mn e menor teor de Zn quando comparadas às plantas cultivadas em condições normais. Ao final do período de alagamento, as plantas que receberam aplicações foliares com Mn (principalmente) e Zn apresentaram maiores taxas fotossintéticas, quando comparadas àquelas dos tratamentos sem Mn e Zn. Embora a aplicação de Zn tenha promovido aumento das taxas fotossintéticas ao fim do período de hipóxia, o crescimento das plantas (nos tratamentos com e sem hipóxia) foi reduzido ao fim do experimento, indicando ter havido fitotoxidez na fase inicial do experimento. Após o período de recuperação, as plantas que receberam aplicação foliar com Mn apresentaram melhor crescimento. Palavras-chave: Hipóxia. Estresse hídrico. Eucalipto.Item A influência das mudanças de uso e ocupação da terra nas métricas da paisagem do Brasil(Universidade Federal de Viçosa, 2023-02-28) Gomes, Gabriel Carvalho Moraes; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://lattes.cnpq.br/9398430261152029Estudos sobre a evolução das mudanças de uso e cobertura da terra, realizados através da classificação de imagens de satélites e aplicação de conhecimentos de ecologia da paisagem, possibilitam o estabelecimento de programas adequados de conservação da biodiversidade e de controle dos usos dos recursos naturais. Em função das modificações na estrutura da paisagem natural provocadas pela expansão da atividade agrícola, as vegetações nativas vêm sendo fragmentadas e descaracterizadas de forma consistente. O objetivo geral deste trabalho é analisar a influência da mudança do uso e cobertura da terra na dinâmica temporal das métricas da paisagem brasileira, considerando diferentes tipos de solos, áreas protegidas, incluindo as Unidades de Conservação e Terras Indígenas, e em diferentes extensões de propriedades rurais de 1985 até 2020. O estudo objetivou responder quatro perguntas: Capítulo 1: 1) Como a vegetação nativa foi afetada de acordo com os diferentes tamanhos de propriedades rurais? 2) Como o solo influencia na dinâmica de vegetação nativa e quais classes de solo possuem melhor resposta de regeneração? 3) Como as UCs afetaram as transformações de vegetação nativa? Capítulo 2: 4) Como ocorreram as mudanças nas métricas da paisagem nos diferentes biomas entre 1985 e 2020? Os dados espaciais de cobertura e uso do solo dos mapas foram obtidos do Projeto MapBiomas em dois períodos (1985 e 2020), e os limites das propriedades rurais do Cadastro Ambiental Rural (CAR). A plataforma Google Earth Engine (GEE), e os softwares R, ArcGis e QGIS foram utilizados para download de dados, cálculo das métricas, processamento, manipulação e análise dos dados, a fim de investigar os processos de conversão do uso do solo, matrizes de transição e métricas da paisagem. Em relação à análise nas propriedades rurais, a maior perda de vegetação nativa ocorreu nas grandes propriedades e a maior perda percentual ocorreu nas médias propriedades. Áreas com predominância de Latossolo Vermelho Distrófico, Latossolo Vermelho-Amarelo Distrófico, Planossolo Háplico Eutrófico e Argissolo Vermelho-Amarelo Distrófico apresentaram ocorrências do processo regenerativo de vegetação nativa com maior intensidade e consequente contenção do avanço da fragmentação na paisagem brasileira. Nas UCs, os resultados indicam uma tendência de redução na área de vegetação nativa em alguns biomas, especialmente no Cerrado, e ganho nas UCs do Pantanal. A nível nacional, foi perceptível a manutenção e a capacidade de proteção da vegetação nativa nas áreas protegidas do Brasil entre 1985 e 2020, e uma conservação ainda maior nas Terras Indígenas. A paisagem brasileira foi intensamente afetada por essa dinâmica, visto que a área total da paisagem natural diminuiu em 12,72%, com aumento do número de fragmentos de vegetação nativa e diminuição da área média destes remanescentes. Resultados por biomas, tamanhos de propriedades e áreas protegidas identificaram áreas mais propícias a perdas, ganhos ou estabilidade de vegetação nativa, permitindo aos governos e organizações ambientais concentrarem esforços em medidas de proteção e preservação da biodiversidade e estratégias para manejo sustentável dos recursos naturais. A conservação dos recursos naturais e a sustentabilidade da produção agrícola permitem que a sociedade compreenda a importância da preservação ambiental e proteja o patrimônio natural e cultural do país. Palavras-chave: Vegetação nativa. Métricas de paisagem. Propriedades rurais. Áreas protegidas.Item A planta e a forma de nitrogênio na solubilização de fosfato natural(Universidade Federal de Viçosa, 2014-02-17) Silva, Lucas de Ávila; Mattiello, Edson Marcio; http://lattes.cnpq.br/7672057527975724Na maioria dos solos brasileiros, a adsorção específica de P em óxidos e a precipitação como diferentes formas de fosfatos de Fe e Al dificultam a absorção e utilização de fosfato pelas plantas. Nessas condições, a utilização de espécies vegetais com sistema radicular desenvolvido e a combinação de fertilizantes podem favorecer a recuperação do P adicionado. Para avaliar a influência da planta e a combinação de fertilizantes na solubilização de fosfatos naturais e disponibilidade de P, plantas pré-germinadas de milheto (Pennisetum glaucum (L.) Leeke) foram cultivadas em câmara com luz e temperatura controlada. As plantas cresceram em rizotubos, estrutura cilíndrica oca que favorece uma maior densidade de raiz. Foram aplicadas fontes de P combinadas com fontes de N em amostras de um Latossolo Vermelho-Amarelo com baixa (Pbaixo) e média (Pmédio) disponibilidade inicial de P. As fontes de P utilizadas foram os fosfatos naturais (FNs) de Bayóvar e de Araxá e o superfosfato triplo (ST), e as de N, (NH4)2SO4 e Mg(NO3)2.6H2O. Rizotubos sem a planta foram mantidos como controle. Após 46 d de cultivo, as plantas foram coletadas e separadas em parte aérea e raiz, para determinação da massa de matéria seca e do conteúdo de P, Ca, Mg e N. O solo foi seco e peneirado para a análise de P- resina, Ca2+, Mg2+, NO3-, NH4+ e pH. Os resultados indicaram maior nitrificação em Pmédio (na ausência de planta). A presença da planta favoreceu a solubilização dos FNs. Observou-se que a resposta à adubação fosfatada combinada com N depende dos teores iniciais de P no solo. De maneira geral, o fornecimento de N-NH4+ proporcionou maior produção de matéria seca em Pbaixo, maior conteúdo de P e aumento da recuperação pela planta do FN Araxá em Pbaixo e do FN Bayóvar em Pmédio. Na presença de planta, houve aumento da eficiência agronômica dos FNs em relação ao ST quando o solo apresentava média disponibilidade de P.Item A predisposição ambiental e antrópica controla mudanças no verdor da vegetação: um novo paradigma?(Universidade Federal de Viçosa, 2022-02-24) Pereira, Luís Flávio; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://lattes.cnpq.br/5305322322985726Processos de aumento (greening) e perda (browning) do verdor da vegetação relacionados a mudanças climáticas e antrópicas são processos bem documentados na literatura, mas o controle da fatores de predisposição sobre a resposta das vegetações a essas mudanças foi pouco estudado, e aparenta ser especialmente importante em regiões antropizadas. O presente estudo teve como objetivo definir e mapear processos de greening e browning, bem como caracterizar e analisar a distribuição espacial e ambiental desses processos em regiões fortemente antropizadas. Parra isso, o Semiárido Brasileiro foi usado como área modelo, e duas novas abordagens metodológicas foram apresentadas: metodologia double proxy e multicritério de mapeamento de mudanças consistentes do verdor, baseada em computação em nuvem e código aberto; e metodologia de desagregação ambiental de greening e browning baseada em variáveis- chave. Os resultados mostraram que apesar do predomínio de áreas com verdor estável no Semiárido Brasileiro, browning é mais frequente e intenso que greening, e parece estar relacionado a processos de desertificação sobre áreas nativas e antropizadas. A distribuição das mudanças de verdor é zonal e heterogênea, devido ao controle espacialmente escalonado por fatores de predisposição ambiental e antrópica. Fatores de predisposição ambiental, principalmente a aridez, controlam a distribuição regional das mudanças do verdor, enquanto a interação sociedade-ambiente regula a intensidade e distribuição espacial desses processos localmente. Esses resultados confirmam a necessidade de uma mudança de paradigma nos estudos de modelagem de greening e browning. Novos estudos deveriam considerar o uso simultâneo e equilibrado de preditores relacionados à predisposição e mudança. Também é evidente a necessidade de avanços na interpretabilidade desses modelos, tendo em vista que as abordagens atuais falham em elucidar os mecanismos de regulação das mudanças de verdor. Palavras-chave: Greening. Browning. Semiárido Brasileiro. Google Earth Engine. Aridez. Desertificação.Item Absorção de nitrato e amônio por gramíneas forrageiras com tolerância diferencial ao alumínio em baixa disponibilidade de fósforo(Universidade Federal de Viçosa, 2002-11-25) Souza, Carlos Henrique Eiterer de; Cantarutti, Reinaldo Bertola; http://lattes.cnpq.br/3150754055691038A atividade pecuária tem sido promissora na região de Cerrado por dispor de recursos forrageiros com ampla capacidade de adaptação a condições de estresses, como elevados teores de alumínio trocável e baixa disponibilidade de nutrientes, principalmente fósforo. Plantas adaptadas a essas condições apresentam, seguramente, maior afinidade pela absorção de nitrogênio na forma amoniacal, no entanto há evidências de elevados teores de nitrato em solos ácidos. Considerando-se que a baixa disponibilidade de fósforo compromete mais a absorção de nitrato do que a de amônio, as plantas poderão sofrer deficiência de nitrogênio em solos tropicais se ocorrer elevado teor de nitrato. Assim, o presente trabalho teve por objetivo avaliar a absorção do NO 3- e NH 4+ por gramíneas forrageiras com diferentes graus de tolerância ao alumínio, sob o efeito de elevada concentração de Al e baixa disponibilidade de P. Inicialmente foram realizados ensaios para caracterizar as gramíneas Brachiaria brizantha cv. Marandu, Brachiaria humidicola e Braquiária híbrido cv. Mulato quanto à tolerância ao alumínio. Foram avaliados também a produção de matéria seca na parte aérea e raiz e os conteúdos de Al, P, Ca e Mg no tecido vegetal. Estabeleceu-se a que de 1,3, 1,0 e 0,7 mmol.L -1 de Al na solução proporcionaram redução de 50% na produção de matéria seca na parte aérea da B. humidicola, Braquiária híbrido e B. brizantha, respectivamente, sendo definidas como concentrações críticas. Na seqüência foram realizados dois ensaios em solução nutritiva para avaliar a absorção do nitrato e amônio pela B. brizantha e B. humidicola sob o estresse de Al (concentrações citadas acima) e com ausência de P. A cinética de absorção de nitrato e amônio pelas foi descrita pela equação de Michaelis- Menten estimando-se o influxo máximo (Imax), a constante de afinidade do sistema de absorção (Km) e a concentração mínima para que haja influxo (Cmin) por meio do método gráfico-matemático. No primeiro ensaio utilizando solução nutritiva com 100 μmol.L -1 de N-NO 3- ou 100 μmol.L -1 de N-NO 3- mais 100 μmol.L -1 de N-NH 4+ utilizaram-se plantas expostas por 24 e 72h a tratamentos sem Al e às respectivas concentrações críticas de Al. No segundo ensaio as plantas foram submetidas a um período de quatro dias de omissão de P e expostas à concentração crítica de Al por 24 h. A B. humidicola apresentou de modo geral maiores valores de Imax com menores valores de Km e Cmin, sugerindo maior absorção do nitrato e amônio do que o Brachiaria brizantha cv. Marandu. A exposição das plantas à baixa disponibilidade de fósforo e elevadas concentrações de Al proporcionou maiores reduções no Imax e aumentos de Km e Cmin para o amônio e nitrato nas duas gramíneas. O aumento dos valores de Km para o nitrato quando as duas gramíneas foram submetidas às concentrações críticas de Al e, ou, baixa disponibilidade de P, sugerem redução na afinidade no sistema de absorção deste íon. O aumento no Cmin sugere que o influxo líquido pode cessar mesmo quando este íon estiver presente em altas concentrações.Item Absorção e distribuição de cádmio e zinco em plantas de alface e cenoura(Universidade Federal de Viçosa, 2001-03-12) Pereira, Juliana Maria Nogueira; Fontes, Renildes Lúcio Ferreira; http://lattes.cnpq.br/0535352341664146Objetivando estudar a absorção de cádmio e zinco e respectiva distribuição em plantas de alface e cenoura, conduziu-se oito experimentos em casa de vegetação, onde as variedades comerciais de alface (Mimosa e Regina de Verão) e cenoura (Brasília e Nantes), foram submetidas a doses crescentes de cádmio (0, 0,4, 1,6, 3,2 e 9,6 mg dm -3 ) e zinco (0, 2, 6, 18 e 36 mg dm -3 ), em vaso contendo 2,5 dm 3 de amostras de um Latossolo Vermelho-amarelo, textura média. Adicionou-se corretivo (CaCO 3 :MgCO 3 , na proporção 4:1) para elevar o pH em H 2 O a 5,8 e fertilização básica com macro e micronutrientes, exceto o zinco. A alface foi coletada após 44 dias de crescimento no vaso com os tratamentos e a cenoura após 57 dias. Os tratamentos foram dispostos no delineamento em blocos ao acaso, com quatro repetições. Após análise química do material vegetal, foram determinados os teores e conteúdos de P, K, Ca, Mg, Fe, Mn, Cu, Zn e Cd na parte aérea e raiz. As produções de matéria seca (MS) da parte aérea e de raízes das variedades de alface decresceram com o aumento das doses de Cd estudadas. A produção de matéria seca total da ‘Regina de Verão’ foi maior que da ‘Mimosa’. A concentração de Cd na parte aérea das variedades de alface decresceu com o aumento das doses de Cd em magnitude semelhante. Nas raízes, contudo, o decréscimo foi maior na ‘Mimosa’. A absorção e distribuição do Cd são diferenciadas entre as variedades de alface, ocorrendo maior absorção e translocação para a parte aérea na variedade Regina de Verão. A adição de Zn não influenciou a produção de MS da parte aérea, diminuindo, contudo, a MS da raiz na ‘Regina de Verão’. Os teores de Zn encontrados na parte aérea das variedades de alface, muito maiores do que o limite considerado tóxico na maioria das culturas e a ausência de efeito prejudicial sobre a produção de MS, indicam que as duas variedades de alface estudadas são tolerantes a altas concentrações do elemento. Na cenoura não foi observado efeito do Cd e Zn sobre a produção de matéria seca da parte aérea e das raízes em nenhuma das variedades. Houve maior absorção e translocação dos elementos para a parte aérea em resposta à sua adição às amostras de solo. Quanto ao Zn, a resposta das variedades com relação à absorção e transporte do elemento para a parte aérea foi diferenciado, indicando a presença de mecanismos específicos atuando na sua absorção e transporte.Item Ácidos orgânicos e adsorção de fosfato em Latossolos(Universidade Federal de Viçosa, 2001-03-12) Andrade, Felipe Vaz; Mendonça, Eduardo de Sá; http://lattes.cnpq.br/2975343157348373Com o objetivo de avaliar a redução da intensidade do fenômeno de adsorção de fosfato em amostras de dois Latossolos, realizou-se um experimento em laboratório para verificar a eficiência da adição de ácidos orgânicos, em diferentes formas de aplicação e diferentes doses na redução desse fenômeno. O experimento seguiu um esquema fatorial 2 x 4 x 3 x 6, em que os fatores e seus níveis em estudo foram: dois solos (Latossolo Vermelho e Latossolo Vermelho Amarelo); três ácidos orgânicos (ácido cítrico - AC, ácido oxálico - AO, ácido salicílico - AS) e ácidos húmicos (AH); três formas de aplicação de ácidos orgânicos, ácidos húmicos e fosfato (KH 2 PO4): fosfato antes da aplicação do ácido orgânico ou ácidos húmicos (FAA), fosfato e ácido orgânico ou ácidos húmicos aplicados juntos (FAJ) e fosfato depois da aplicação do ácido orgânico ou ácidos húmicos (FAD); seis doses de ácidos orgânicos e de ácidos húmicos. A aplicação dos ácidos orgânicos influenciou, significativamente, as concentrações, na solução, de fósforo total (Pt), fósforoinorgânico (Pi) e fósforo orgânico (Po), bem como as concentrações de Fe e de Al para os dois solos estudados. Foi observada a seguinte ordem para o efeito dos ácidos orgânicos no sentido de reduzir a intensidade do fenômeno de adsorção de fosfato, para os dois solos estudados, de acordo com os contrastes testados: AC > AO > AH > AS. De modo geral, houve diminuição da adsorção com o aumento das doses dos ácidos orgânicos e dos ácidos húmicos, tanto para o LV como para o LVA. Com relação às formas de aplicação dos ácidos orgânicos e fosfato, observou-se efeito diferenciado para cada solo estudado, assim como para os ácidos orgânicos sobre as concentrações de Pt, Pi e Po na solução. No LV a aplicação de fosfato e ácido orgânico ou ácidos húmicos juntos foi na qual se verificou a maior influência desses ácidos na redução da adsorção de fosfato, com redução de 36,6% para o AC, 26,2%, para o AO, 10,4%, para o AH e 6,9% para o AS. No LVA, a aplicação de fosfato depois do ácido orgânico ou ácido húmico foi na qual se verificou a maior influência dos ácidos na redução da adsorção de fosfato com redução de 100% para o AC, 96,8% para o AO, 69,4% para o AH e 39,4% para o AS.Item Ácidos orgânicos, açúcares e nutrientes em lixiviados de materiais vegetais(Universidade Federal de Viçosa, 2003-05-22) Carvalho, Guilherme Rodrigues; Jucksch, Ivo; http://lattes.cnpq.br/6654835938628623O uso de cobertura morta, em sistemas de rotação de culturas, tem ocupado áreas cada vez maiores em nossa agricultura, principalmente quando se opta por sistemas de plantio menos agressivos aos solos. Muitas discussões, que envolvem os benefícios destes resíduos vegetais no ambiente radicular, têm sido feitas, principalmente, quando se trata da entrada de nutrientes e compostos orgânicos de baixo peso molecular no sistema solo. O presente trabalho teve como objetivos identificar e quantificar estes compostos hidrossolúveis liberados após o manejo de algumas plantas, geralmente inseridas nos sistemas de cultivo, e observar a capacidade destes resíduos em melhorar algumas características químicas de um Latossolo Vermelho Amarelo distrófico. Para os ensaios, foram selecionados dez materiais vegetais, feijão-de-porco (Canavalia ensiformes), feijão-bravo-do-ceará (Canavalia brasiliensis), feijão guandu (Cajanus cajan), mucuna preta (Mucuna atterrima), crotalária (Crotalaria juncea) e milheto (Pennisectum glaucum), que forammanejadas, quando do florescimento, e sorgo (Sorghum bicolor), milho (Zea mays), soja (Glycine max) e girassol (Helianthus annuus), colhidas, quando da maturação fisiológica das sementes. Amostras destes materiais, após secas e moídas, foram dispostas em funis de vidro, sendo procedidas dez lavagens com água ultrapura, num período de 45 dias. Estes lixiviados foram analisados química e cromatograficamente, observando teores de nutrientes e presença de compostos orgânicos. Constatou-se muita liberação de nutrientes e compostos orgânicos nas primeiras lixiviações, e, nas demais, detectadas, apenas, pouca quantidade de nutrientes. Dentre os materiais estudados, sorgo e girassol apresentaram as maiores liberações de ácidos orgânicos, e sorgo e feijão-de-porco, as maiores de açúcares. A presença de açúcares nos lixiviados foi uma constatação nova e, nas quantidades existentes, certamente atua no processo de movimentação de íons no perfil de solos, direta ou indiretamente. Para o ensaio com solo, foi selecionado material de feijão guandu, aplicado superficialmente às colunas com solo, na presença e ausência de calagem. Foram procedidas lixiviações por 50 dias, sendo os lixiviados coletados e analisados. O efeito dos tratamentos pode ser verificado após a terceira lixiviação, em que, na presença de resíduos vegetais, foram observados teores mais elevados de nutrientes nos lixiviados. Estes mesmos tratamentos apresentaram concentrações muito baixas de ácidos e açúcares, cujas substâncias não estavam presentes no controle. O método cromatográfico empregado, apesar de trabalhoso, mostrou-se eficiente em detectar compostos orgânicos em lixiviados de plantas e de colunas de solo. Este último, somente em baixa concentração salina.Item Adsorção de arsênio: seleção de classes de solos mineiros indicadas para utilização como barreira geoquímica na imobilização deste elemento(Universidade Federal de Viçosa, 2009-07-27) Almeida, Cecília Calhau; Ker, João Carlos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763842Z5; Mello, Jaime Wilson Vargas de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4789445D2; Fontes, Maurício Paulo Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721443T4; http://lattes.cnpq.br/0501171317757667; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Fontes, Renildes Lúcio Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781182P3; Silva, Juscimar da; http://lattes.cnpq.br/1823571141094864A água é considerada um recurso natural de importância estratégica para o homem no futuro. Reconhece-se que a manutenção da qualidade das reservas naturais de água e seu fornecimento, de maneira segura, para o desenvolvimento das atividades humanas é o grande desafio da humanidade nos próximos anos. Um dos problemas que se somam à escassez de água em certas regiões é a contaminação de corpos d’água, o que tem comprometido o fornecimento de água potável em vários locais do mundo. Dentre os possíveis contaminantes, o arsênio (As) é um dos mais problemáticos, sendo considerado, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o segundo mais importante em matéria de saúde pública global, atrás, somente, da contaminação microbiológica da água. O potencial toxicológico do As é conhecido há centenas de anos, mas somente nas últimas décadas, após a melhoria na capacidade de detecção analítica de elementos em solução, foi que a relação entre concentrações muito baixas de As e alguns tipos de câncer pôde ser melhor evidenciada. Sabe-se que, mesmo em concentrações da ordem de alguns μg/L, a ingestão de As afeta seriamente a saúde quando associada a períodos prolongados de exposição. A ocorrência do As em águas superficiais e subterrâneas depende da fonte desse elemento, da quantidade disponível e do ambiente geoquímico local. A mobilidade do As no ambiente depende, grande parte, das características do ambiente geoquímico, principalmente, das condições de pH e potencial redox (Eh), e dos equilíbrios de adsorção e dessorção, estes, controlados pelas matrizes mineral e orgânica dos solos. Em Minas Gerais predominam solos mais intemperizados do tipo Latossolos e Argissolos, que tem em sua constituição mineralógica predominantemente caulinita e óxidos de Fe e Al, esses últimos tidos na literatura como bons adsorvedores de arsênio. Para o estudo, foram coletadas amostras dos horizontes A e B de perfis representativos das classes dominantes de solos do Estado de Minas Gerais, preferencialmente, nas profundidades de 0 a 20 e de 50 a 70 cm, e caracterizados física, química e mineralogicamente de forma a correlacionar essas propriedades com a capacidade de adsorção de arsênio nesses solos. O experimento de adsorção foi conduzido utilizando soluções de NaNO3 0,001 mol/L contendo Na2HAsO4.7H2O nas doses: 0; 0,08; 0,16; 0,24; 0,40,0,56; 0,72; 0,88; 1,12; 1,36 e 1,60 mmol/L de As(V), com pH ajustado para 5,5 e o ajuste dos dados ás isotermas de Langmuir e Freundlich, sendo que os maiores coeficientes de correlação foram obtidos no primeiro modelo. No processo de adsorção de arsênio, uma das características que mais interferem na capacidade do solo em atuar como superfície adsorvente para este elemento é a textura do solo, em função do aumento ou diminuição de sua superfície específica. Em relação aos Latossolos, os Argissolos, de um modo geral, apresentaram granulometria mais grosseira e mineralogia mais caulinítica e/ou micácea do que os Latossolos. Os menores teores de argila e maiores teores de matéria orgânica conferem menor capacidade máxima de adsorção de arsênio (CMAAs) em relação ao horizonte subsuperficial desses mesmos solos. Os Latossolos, dentre as classes de solos estudadas, foram os que apresentaram maior CMAAs, seguido dos Argissolos, Cambissolos e, por último, o Neossolo Quartzarênico. A maior CMAAs foi do horizonte Bw de amostra de Latossolo Vermelho Distrófico (3,6 mg/g de As). Teores elevados de argila interferiram de forma marcante na CMAAs, além da mineralogia das amostras, sendo, de modo geral, evidenciada a presença de picos indicativos de goethita e hematita nos difratogramas representativos da fração argila dos solos que apresentaram maior CMAAs, bem como teores elevados de gibbsita obtidos por meio de Análise Termogravimétrica. É possível afirmar que, apesar de mineralogicamente os horizontes A e Bw não diferirem, fatores como: menor teor de C orgânico, a profundidade e estrutura farão com que o horizonte diagnóstico subsuperficial atue mais satisfatoriamente como barreira geoquímica na imobilização de As. Para tanto, o monitoramento é necessário, bem como novos estudos envolvendo o comportamento do arsênio no solo e que possam complementar os resultados encontrados neste trabalho.Item Adsorção e dessorção de Cd, Cr, Ni e Pb em solos saturados na capacidade máxima de adsorção destes metais pesados(Universidade Federal de Viçosa, 2009-07-23) Xavier, Bruno Toribio de Lima; Fernandes, Raphael Bragança Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728400J8; Nascimento, Clístenes Williams Araújo do; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766893P6; Fontes, Maurício Paulo Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721443T4; http://lattes.cnpq.br/3897182455265537; Ker, João Carlos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763842Z5; Fontes, Renildes Lúcio Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781182P3; Silva, Juscimar da; http://lattes.cnpq.br/1823571141094864; Cantarutti, Reinaldo Bertola; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780430A1A poluição do ambiente e em especial do compartimento solo tem se configurado como um grande problema socioambiental, principalmente quando se refere à acumulação de determinados elementos químicos no solo. Identificar os mecanismos de adsorção, se o processo tende a ser mais específico ou eletrostático, ou até mesmo o comportamento de determinado metal quando outro já se encontra previamente adsorvido pode contribuir para o desenvolvimento de técnicas capazes de minimizar problemas ambientais causados pela disposição de resíduos ricos em metais pesados sobre o solo anteriormente. Os solos selecionados para este estudo pertencem às classes predominantes do Estado de Minas Gerais, quais sejam: Latossolos, Argissolos, Cambissolos e Neossolos. Dentro das classes buscou-se trabalhar com horizontes A e B, que apresentassem características contrastantes em termos químicos e físicos. Amostras dos solos receberam doses equivalentes as capacidades máximas de adsorção (CMA) de Cd, Cr, Ni e Pb e foram mantidas incubadas por 30 dias. Os mesmos foram adicionados individualmente em cada amostra em quantidades equivalentes a 0; 0,5; 1 e 1,5 vezes a CMA que foi anteriormente determinada para cada metal e solo estudado. Solos incubados com doses equivalentes a CMA dos metais pesados Cd, Cr, Ni e Pb e que receberam posteriormente as maiores doses destes mesmos metais apresentaram comportamento semelhante quando se analisa a adsorção nas diferentes doses crescentes adicionadas. Não houve correlação entre os valores adsorvidos dos metais pesados Cd, Cr, Ni e Pb, em solos incubados com a CMA destes mesmos metais, com as classes de solos. Os metais pesados Cr e Pb foram os que dessorveram maiores quantidades de metais previamente incubados nos solos estudados, sendo também os mais fortemente adsorvidos na mesma situação.Item Adsorção individual de Cd, Cr, Cu e Pb em solos da bacia sedimentar Amazônica(Universidade Federal de Viçosa, 2016-07-08) Mendes, Izabela Aparecida da Silva; Fontes, Maurício Paulo Ferreira; http://lattes.cnpq.br/5715109136155230O solo, a depender de suas características físicas, químicas e mineralógicas, pode apresentar uma elevada capacidade de reter íons e moléculas e pode assim funcionar como um excelente meio para adsorver metais pesados. No bioma Amazônia encontra-se a maior floresta tropical do mundo, e o solo é um dos responsáveis pela sustentação da vegetação nessa região. A interação solo-vegetação nesta região confere comportamento diferente de outros solos do Brasil. Entende-se que estudos de adsorção de metais pesados em solos do Amazonas contribuirão para a compreensão do comportamento destes elementos naqueles solos. Parte-se do pressuposto que solos mais oxídicos e de textura mais argilosa, ricos em minerais 1:1, apresentarão grande capacidade para adsorver metais pesados, enquanto que a adsorção destes metais será menor em solos ricos em minerais 2:1. Assim, o presente trabalho tem como objetivos: conduzir ensaios de adsorção individual para os metais pesados Cd, Cr, Cu e Pb em solos representativos da bacia sedimentar Amazônica com composições mineralógicas distintas; avaliar o comportamento individual dos metais pesados frente aos solos estudados; avaliar qual dos modelos de isotermas de Langmuir e Freundlich melhor descreve a adsorção de metais pesados nos solos estudados; determinar a capacidade máxima de adsorção (CMA) dos metais pesados nos solos e; identificar a relação entre os parâmetros das isotermas e os atributos dos solos. Os pontos de amostragem foram selecionados de acordo com a representatividade e distribuição dos solos na bacia sedimentar Amazônica, sendo as amostras coletadas em áreas não antropizadas. As classes de solo Latossolo Amarelo; Argissolo Amarelo; Neossolo Quartzarênico Hidromórfico; Neossolo Quartzarênico Órtico; Neossolo Flúvico; Gleissolo; Terra Preta de Índio; Plintossolo e Espodossolo. Os ensaios de adsorção foram baseados no princípio de que quantidades conhecidas de solo e de soluto em solução são colocadas em contato sob agitação até que o sistema alcance o equilíbrio. A concentração dos metais em solução, após o equilíbrio, foi realizada por Espectrofotometro de Absorção Atômica. Os dados foram ajustados aos modelos de regressão não linear de Langmuir e Freundlich, de forma a obter os parâmetros, CMA, EL, Kf e n, relacionados aos fenômenos de adsorção. No estudo de correlação linear foram relacionados os parâmetros de adsorção obtidos e alguns atributos do solo, para verificar quais dentre esses atributos melhor se relacionam com o fenômeno de adsorção para os solos estudados. O grau de ajuste obtido pelas equações de Langmuir e Freundlich foi semelhante, para os elementos e para os solos, com valores de R2, em torno de 0,96. A isoterma do tipo L foi predominante para todos os metais e solos analisados, no entanto foram obtidas isotermas do tipo H para adsorção de Cd e Pb na amostra Terra Preta de Índio (A1). Todos os metais apresentaram correlação negativa entre a CMA e a fração areia do solo, para o grupo I. Cd, Cr, Cu e Pb também apresentaram correlação positiva entre EL, CMA e Kf com CTCef, P, Fed e Feo. A diversidade de características físicas, químicas e mineralógicas encontrada nos solos da bacia sedimentar Amazônica resultou na diferenciação quanto à capacidade máxima de adsorção de Cd, Cr, Cu e Pb. Os atributos do solo atuam favorecendo ou não a maior ou menor adsorção de metais, e isto controla a disponibilidade dos metais no meio. Assim, é imprescindível conhecer a dinâmica dos metais no solo, de forma a prever os riscos ambientais, com uso agrário ou industrial.Item Adubação com macro e micronutrientes ajustada à demanda nutricional da violeta africana(Universidade Federal de Viçosa, 2011-02-25) Santos, Glaucio Leboso Alemparte Abrantes dos; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Martinez, Hermínia Emília Prieto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788276P4; Venegas, Victor Hugo Alvarez; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727865T0; http://lattes.cnpq.br/1812653030061424; Rocha, Genelício Crusoé; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796777Y9; Mattiello, Edson Marcio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762958P3; Leite, Roberto de Aquino; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785893P8A violeta africana (Saintpaulia ionantha Wendl) é uma espécie ornamental muito apreciada. No entanto, porque a adubação e a nutrição dessa espécie são baseadas apenas na experiência de produtores e dos fabricantes de fertilizantes, as indicações de adubação são controversas, e formulações químicas N-P-K de outras culturas são indicadas. Ocorre, ainda, que não há informações sobre adubação com micronutrientes. No momento, porém, a empresa B&G Flores está a lançar experimentalmente uma formulação específica para violetas. Assim, o objetivo deste trabalho foi desenvolver uma formulação mineral de macro e micronutrientes que atenda à demanda nutricional da violeta africana. Para este estudo foi conduzido um experimento que consistiu na obtenção da produção de matéria seca, de teores e conteúdos de macro e micronutrientes, em plantas de três variedades de violetas (Azul Az, Rosa Rs e Vermelha Vr), com duas adubações e ao longo do tempo (oito épocas distintas de colheita com intervalo de três semanas). Dessa maneira houve um fatorial 3x2x8, obtendo-se 48 tratamentos. As duas adubações foram: 1/4 da dose recomendada por aplicação do fertilizante B&G Violeta [0,75 g/L e 100 mL/UE (Unidade Experimental), dando 62,5 mg/dm³/aplicação] e a dose recomendada por aplicação do fertilizante B&G Violetas (3 g/L e 100 mL/UE, dando 250 mg/dm³/aplicação). A Unidade Experimental (UE) foi formada por três vasos contendo uma planta por vaso. Os tratamentos foram dispostos em blocos casualizados com quatro repetições. As adubações eram aplicadas a cada 10 e 11 d e a cada 21 d as UE do tratamento em questão eram colhidas. No momento da aquisição das mudas, realizou-se a primeira coleta, correspondente à época 0 d. Tanto a adubação como a irrigação eram aplicadas nos pratos plásticos que permaneceram sob as UE. Na coleta das UE, as plantas eram retiradas dos vasos, lavadas e divididas por órgão vegetal (raízes, região meristemática, folha e flor). Os órgãos vegetais coletados foram secos em estufa de circulação forçada de ar a 70ºC até peso constante para obtenção da matéria seca, moídos e submetidos à digestão nítrico-perclórica para a determinação de macro e micronutrientes. Os teores de P, K, Ca, Mg, S, Fe, Zn, Mn, B, Cu e Mo foram determinados por espectrometria de emissão ótica em plasma induzido (ICP-OES) e o teor de N foi determinado pelo método Kjeldahl. A partir do teor do nutriente (TNu) e da produção de matéria seca de cada órgão vegetal (MSO) da planta, foi obtido o conteúdo do nutriente por órgão vegetal (CNu= TNux MSO) e, com seu somatório, o conteúdo total do nutriente na planta (CNuTotal= CNu Raiz + CNu Meristema + CNu Folha + CNu Inflorescência). Ajustaram-se regressões de produção de matéria seca e dos conteúdos de nutrientes em função do tempo, para que fossem determinadas a proporção e a demanda dos nutrientes ao longo do crescimento das violetas. Por meio da divisão da demanda nutricional (Dnu= demanda nutricional gerada pelos modelos ajustados para as regressões) pela taxa de recuperação do nutriente pela planta (TRNu = DNu / QNu;QNu= Quantidade do nutriente adicionada via adubação mais o suprimento nutricional do substrato), chegou-se ao requerimento do nutriente pela planta (RNu = DNu / TRNu). Foram realizados, para os conteúdos, contrastes entre as variedades de violeta: AzvsRs + VreRsvsVr. Dentro de cada variedade foi realizado o seguinte contraste: dose 62,5vs250 mg/dm³/aplicação do fertilizante B&G Violeta. Por meio dos contrastes, verificou-se que Rs produziu mais matéria seca por planta que Vr e que Az produziu menos matéria seca por planta que Rs e Vr. Esse cenário repetiu-se para conteúdo de N, P, S, K, Ca, Mg, B, Mo e Fe. A dose 62,5 mg/dm³/aplicação proporcionou maior produção de matéria seca por planta que a dose 250mg/dm³/aplicação em Az e Rs (e também na variedade Vr, porém não significativo), evidenciando que a dose menor foi adequada para proporcionar o crescimento das plantas e a dose 250 mg/dm³/aplicação foi excessiva. Consideraram-se apenas as curvas de demanda da variedade Rosa, na dose 62,5 mg/dm³/aplicação, para a estimativa das proporções entre os nutrientes do adubo suprimento nutricional. Foi estimada a formulação do adubo suprimento nutricional para violetas africanas na seguinte proporção: 10 % de N; 4,82 % de P; 4,41 % de S; 18,02 % de K; 15,32 % de Ca; 16,79 % de Mg; 0,082 % de B; 0,002 % de Mo; 0,589 % de Zn; 3,979 % de Fe; 2,021 % de Mn e 0,047 % de Cu.Item Adubação nitrogenada com ureia de liberação controlada na semeadura do milho(Universidade Federal de Viçosa, 2013-06-21) Oliveira, Josimar Rodrigues; Mattiello, Edson Marcio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762958P3; Cantarutti, Reinaldo Bertola; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780430A1; http://lattes.cnpq.br/2236325729416329; Assis, Igor Rodrigues de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4778546P9; Vieira, Rogério Faria; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780045J0As perdas de nitrogênio por volatilização, lixiviação e desnitrificação impulsionam as pesquisas por novos fertilizantes que liberem os nutrientes de modo sincronizado com a demanda das culturas. Na literatura ainda são poucos os trabalhos científicos realizados com esses fertilizantes para avaliar sua eficiência técnica e econômica em relação às fontes tradicionais. Nosso objetivo foi: i) avaliar os efeitos tóxicos da ureia de liberação controlada sobre a germinação e crescimento inicial do milho em solo de texturas distintas e ii) avaliar a possibilidade de aplicar a dose integral de nitrogênio com ureia de liberação controlada no sulco de plantio do milho. Para isso, foram desenvolvidos dois experimentos. O primeiro foi realizado em casa de vegetação, utilizando a combinação fatorial de dois solos (argiloso e franco-arenoso), dez fertilizantes (ureia convencional, sulfato de amônio, nitrato de amônio, nitrato duplo de sódio e potássio, ureia revestida com ácido bórico e sulfato de cobre, ureia revestida com enxofre, três formas de ureia revestida por enxofre e polímero e uma ureia revestida somente com polímero) e quatro doses de nitrogênio (20, 60, 120 e 240 kg ha-1). Nesse estudo foi verificado que os sintomas de toxidez pela aplicação de altas doses de N podem ser causados pela liberação de amônia (NH3) na atmosfera do solo e uma possível absorção excessiva de amônio (NH4 +), que é mais prejudicial do que o aumento da salinidade proporcionado pelo fertilizante. Os sintomas de toxidez são mais acentuados em solo franco-arenoso, causando a estagnação do crescimento e morte de plântulas após a emergência. As formas de ureia revestida com enxofre ou cobre e boro, assim como a ureia revestida com enxofre e polímeros ou apenas com polímeros não possibilitam a aplicação de elevadas doses de nitrogênio no plantio. No segundo estudo, realizado em campo os tratamentos foram formados pela combinação de sete formas de ureia, duas doses de nitrogênio (120 e 240 kg ha-1) e dois modos de aplicação (cobertura ou dose completa no sulco). As formas de ureia utilizadas foram às mesmas aplicadas no primeiro experimento. Não houve redução na germinação, crescimento e desenvolvimento das plantas de milho. Não foi observado diferença de resposta entre as formas de ureia de liberação controlada e a ureia perolada convencional.Item Adubação orgânica e emissões de gases de efeito estufa na recuperação de barragem de rejeito de beneficiamento de minério de ferro(Universidade Federal de Viçosa, 2014-03-28) Oliveira, Paula Afonso de; Dias, Luiz Eduardo; http://lattes.cnpq.br/5903553906294712O minério de ferro é o principal produto mineral exportado pelo Brasil. Entretanto, inerente ao processo de beneficiamento do minério está a geração de rejeitos, que são depositados em barragens. Ocorre, porém, que tais rejeitos comumente não apresentam características físicas e químicas adequadas para o crescimento de plantas, daí a importância da realização de experimentos para definir práticas adequadas de recuperação dessas barragens. Assim, este trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos da adubação orgânica (lodo de esgoto e composto de lixo) no processo de revegetação de rejeito de beneficiamento de minério de ferro com a Crotalaria juncea (crotalária). O rejeito foi coletado na barragem Forquilha III da Unidade de Fábrica - VALE, localizada no município de Ouro Preto - MG. As unidades experimentais foram colunas constituídas por quatro anéis sobrepostos de PVC. A quantidade de rejeito utilizada foi a suficiente para se obter uma coluna de 30 cm de altura. Todos os tratamentos receberam uma camada de 10 cm de topsoil na parte superior da coluna. A quantidade de lodo de esgoto (5,24 t ha-1) e de composto de lixo (30 t ha-1) aplicada foi baseada no teor de nitrogênio desses compostos. Foram determinadas as taxas de crescimento absoluto de altura da planta, de diâmetro caulinar e de matéria seca de parte aérea e de raízes. Além disso, foram determinados os fluxos de C-CO2 e C-CH4 dos tratamentos e a contribuição direta das fontes de adubação orgânica e da planta nas emissões de C- CO2, pelo particionamento do C-CO2, como também, suas contribuições indiretas, por meio do efeito priming. A adubação orgânica mostrou-se efetiva para proporcionar maior crescimento das plantas na ausência de fertilização química, embora o uso de lodo de esgoto (5,24 t ha-1) e de composto de lixo (30 t ha-1) não tenha diferido quanto ao efeito sobre o crescimento das plantas. Quanto às emissões de gases de efeito estufa, os tratamentos com adubação orgânica apresentaram incremento nas emissões de C- CO2, por efeitos diretos e indiretos. A adubação orgânica desencadeou o efeito priming positivo ocasionando perdas de C nativo. Por sua vez, a presença da planta nos tratamentos com adubação orgânica e fertilização química inverteu esse cenário, contribuindo para a manutenção do C nativo através do efeito priming negativo. Além disso, os tratamentos apresentaram absorção de C-CH4, atuando como dreno de metano.Item Adubos verde na quantidade e qualidade da matéria orgânica do solo de cafezais em sistema de cultivo orgânico(Universidade Federal de Viçosa, 2009-07-16) Coelho, Marino Salgarello; Cardoso, Irene Maria; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761766J0; Lima, Paulo César de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783693J7; Mendonça, Eduardo de Sá; http://lattes.cnpq.br/4735276653354808; http://lattes.cnpq.br/9653804281973683; Jucksch, Ivo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723123H4; Silva, Ivo Ribeiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799432D0O uso de leguminosas como adubo verde é uma prática difundida entre os agricultores familiares da Zona da Mata Mineira, contribuindo para a manutenção dos sistemas orgânicos. Com a adição de matériais orgânicos ao solo, a formação das substancias húmicas é um importante processo, que aumenta o tempo de ciclagem e contribui para a manutenção dos estoques de C e N no solo. Além dos estoques, o aporte constante de resíduos vegetais proporciona maior atividade biológica, aumento de cargas capazes de minimizar a perda de nutrientes do solo, aumenta a agregação e diminui a erosão. As leguminosas apresentam características diferentes entre si como a produção de biomassa, acumulo de nutrientes e características químicas, características essas que influenciam na formação das substancias húmicas no solo. Essas características também podem ser influenciadas pelo clima do local e, consequentemente, influenciando na formação e estabilização das substancia húmicas do solo. Objetivou-se quantificar os teores e estoques de C e N no solo e nas substâncias húmicas e avaliar o impacto do uso de leguminosas como adubo verde na qualidade das substâncias húmicas em solos sob cultivo de café orgânico em duas condições edafoclimáticas distintas. Foram cultivadas nas entrelinhas do café quatro espécies de leguminosas: amendoim forrageiro (Arachis pintoi), calopogônio (Calopogonium mucunoides), estilosantes (Stylozanthes guyanensis), mucuna preta (Stizolobium aterrimum) e espécies espontâneas, com predomínio do capim marmelada (Brachiaria plantaginea), durante 4 anos em propriedades de agricultores familiares de Araponga - MG (face de exposição noroeste) e Pedra Dourada - MG (face de exposição sul) de agricultores familiares na região da Zona da Mata de Minas Gerais. Após 4 anos de manejo, foi realizada a coleta de solo em duas profundidades (0-5 e 5-20 cm) e analisado os teores de C e N total no solo e nas substancias húmicas. Por meio de amostras coletadas em anéis volumétricos para a obtenção da densidade do solo. Para a avaliação qualitativa das substâncias húmicas, foram extraídas e purificadas para obtenção dos ácidos fúlvicos (AF) e húmicos (AH). Foram realizadas análise elementar (CHNO), UV-Visível, Infra Vermelho e Termogravimetria do material purificado. O manejo com leguminosas e espécies espontâneas utilizadas como adubo verde pode manter os teores de COT, NT e os teores de C e N das SHs no solo, mantendo os valores próximos à mata nativa. No manejo após 4 anos de cultivo, apenas a fração húmica mais lábil (Fração ácidos Fúlvicos - FAF) teve efeito nos tratamentos, o que não foi observado nos teores das frações mais recalcitrantes (Fração Ácidos Húmicos - FAH e Fração Humina - FH). Os teores de C e N na FH foram superiores as outras frações. O efeito do uso da adubação verde foi verificado principalmente na superfície, com o aumento dos teores de C e N no solo. As condições edafoclimáticas promoveram efeito na formação e no estoque de C e N totais e das SHs, sendo que na propriedade sob condições de menor insolação (Pedra dourada), o solo apresentou maiores estoques de C e N. Foi verificado que os AH possuem maior peso molecular, maior hidrofobicidade e maior condensação, pela presença de maior proporção de compostos aromáticos e com maior teor de C, conferindo maior estabilidade estrutural em relação aos AF. A propriedade rural sob maior incidência de luz e temperatura e menor umidade, devido a face de exposição solar noroeste apresentou no AF, maior relação O/C, relação E4/E6, relação 3300/1700 e valor de ITG inferior, favorecendo a formação de AF com maior massa molar em relação ao encontrado na propriedade sob menor incidência de luz e temperatura e maior umidade. Nos AH, os tratamentos obtiveram pouco efeito devido ao tempo de manejo das leguminosas que foram por apenas 4 anos. Dentre as leguminosas, nos AF, o tratamento com calopogônio apresentou baixo teor de C e elevado teor de O em sua composição, corroborando para a perda de massa a temperatura baixa, caracterizando um material de fácil mineralização. Já o tratamento com estilosantes proporcionou AF com menor peso molecular.Item Agricultores, ambientes e usos no Projeto de Assentamento São Francisco, Buritizeiro, Minas Gerais(Universidade Federal de Viçosa, 2011-07-26) Cunha, Bruno Gomes; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723204Y8; Loreto, Maria das Dores Saraiva de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787872U2; Jucksch, Ivo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723123H4; http://lattes.cnpq.br/1275837338973534; Freitas, Helder Ribeiro; http://lattes.cnpq.br/1667909181096511A região norte de Minas Gerais, apesar das condições adversas, concentra número expressivo de Projetos de Assentamento (PA) implantados pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), contendo em suas áreas, grandes remanescentes do bioma Cerrado e de veredas, especialmente no PA São Francisco. A existência deste ambiente é tida como um atrativo especial, pois, comparativamente às condições ambientais do seu entorno, este ambiente possui condições mais favoráveis para a utilização, apesar de ser protegido por legislação, o que pode levar a um acentuado processo de degradação. Atualmente, tem-se observado uma nova concepção do processo de reforma agrária, sobrepondo a idéia de mera divisão de terra para agricultores, passando a ser vista como um processo que deve ser planejado, servindo como instrumento social de reabilitação e reorganização de áreas rurais, sendo que, o uso da estratificação ambiental pode ser considerada uma ferramenta válida neste processo, já que se pode associar as informações pedogeomorfológicas com as inter-relações dos agricultores com os diversos geoambientes associados ao Projeto de Assentamento. Antes da criação do Projeto de Assentamento São Francisco, os posseiros faziam uso sem restrição dos solos de veredas, mas depois da institucionalização da terra, os órgãos ambientais começaram a fiscalizar e coibir o uso deste geoambiente, gerando um conflito ambiental. Assim, têm-se como hipóteses iniciais que a inexistência do licenciamento ambiental impediu o desenvolvimento do PA São Francisco; a maior utilização dos solos do geoambiente Vereda se deve ao elevado teor de matéria orgânica e água disponível neste ambiente, criando uma grande dependência sócio-econômica dos assentados a este geoambiente e; o uso agrícola, ao longo dos anos, alterou negativamente e de modo diferenciado, a qualidade/quantidade da matéria orgânica dos solos orgânicos do ambiente Vereda. Neste contexto, esta pesquisa teve por objetivo geral identificar e caracterizar os diferentes geoambientes associados ao PA São Francisco e suas interfaces com as famílias assentadas, analisando os aspectos pedológicos, as implicações do uso e a importância de cada geoambiente para as famílias assentadas. Como resultados, têm-se que o PA São Francisco pode ser discriminado em 06 geoambientes, a saber: chapadas arenosas; chapadão de cimeira; bordas e escarpas metapelíticas; rampas coluviais; escarpas areníticas e veredas e vazantes hidrófilas, sendo caracterizados como solos pobres em nutrientes e ácidos. Quanto às hipóteses elencadas, concluiu-se que a morosidade do INCRA em obter o licenciamento ambiental, interferiu de forma decisiva no desenvolvimento do PA, bem como as condições edáficas que o PA São Francisco está submetido. Assim, deve-se entender que não somente a falta de licenciamento ambiental entravou o desenvolvimento deste Projeto de Assentamento, mas, sobretudo a falta de um planejamento na obtenção do imóvel e sua implantação interferiu no insucesso deste empreendimento. Quanto à hipótese que trata do uso do solo do ambiente vereda pelos assentados e suas interfaces com este ambiente, se aceita a hipótese, na medida em que esses solos com esse teor de matéria orgânica, com grande capacidade de retenção de água, conseguem produzir alimentos, apesar da sua pobreza nutricional, cultivos menos exigentes e com produções satisfatórias para os parâmetros dos seus produtores. Por fim, percebeu-se que a atividade agrícola interferiu principalmente na qualidade da matéria orgânica, mas não de forma significativa na maioria dos solos orgânicos do geoambiente Vereda e Vazantes Hidrófilas; ficando explícito que, o que vem degradando este ambiente é o processo erosivo iniciado com o reflorestamento e, depois, com as aberturas das estradas e alterações nos outros geoambientes.Item Agricultura urbana na cidade de Rio Branco, Acre: caracterização, espacialização e subsídios ao planejamento urbano(Universidade Federal de Viçosa, 2006-06-08) Carmo, Lúcio Flávio Zancanela do; Lani, João Luiz; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076P1; Ferreira Neto, José Ambrosio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723804D6; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723204Y8; http://lattes.cnpq.br/9890454065173274; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703656Z4; Francelino, Márcio Rocha; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794183U4A rápida urbanização dos países subdesenvolvidos e o êxodo campocidade aumentaram a necessidade das cidades de prover emprego e condições de vida adequadas à crescente população. A agricultura urbana e periurbana (AUP) mostra-se como uma atividade viável para a melhoria da qualidade de vida das populações urbanas, principalmente das camadas mais pobres. Rio Branco, capital do estado do Acre, é uma cidade típica da Amazônia brasileira, situada na bacia do rio Acre, cuja formação foi atrelada ao crescimento da extração e comercialização da borracha. Rio Branco apresentou crescimento urbano e populacional acelerado nas ultimas décadas, resultando em falta de planejamento urbano e desigualdades na forma de ocupação dos espaços urbanos. O principal objetivo deste estudo foi elaborar um diagnóstico do uso dos solos na cidade de Rio Branco, com vista ao planejamento de ações públicas que incrementem ou restrinjam formas de uso e maximizem a renda familiar nas condições de solo e ambiente da cidade em estudo. Como hipótese, considerou-se que padrões distintos de uso agrícola do solo urbano em Rio Branco mostram estreita relação com o processo de ocupação da região, com variações culturais dos migrantes que ali se instalaram, e com os tipos de solos. Os solos do estado do Acre, bem como de Rio Branco, apresentam gênese influenciada por sedimentos da Cordilheira dos Andes, e a maior parte possui caráter eutrófico e argila de atividade alta. Foram selecionados três bairros de estudo, distribuídos em toposequência, ao longo do sítio urbano. Dentro de cada bairro selecionaram-se cinco pontos de amostragem, também em toposequência. Nos materiais de solos foram realizadas análises físicas, químicas, mineralógicas e de elementos-traços. Realizou-se o mapeamento de uso e cobertura do solo e das classes de solo, com posterior cruzamento destes mapas, para os três bairros estudados. O bairro de Placas, localizado na parte mais alta e com melhor drenagem, apresentou um parcelamento e uso do solo mais adequados que os bairros Jardim Primavera e Cidade Nova. Esse último bairro apresentou as piores condições de parcelamento e uso do solo, com poucas áreas de vegetação arbórea e grandes áreas impermeabilizadas e em solo exposto. De forma geral, todos os solos ao longo da seqüência altimétrica mostram-se eutróficos e ricos em nutrientes, com exceção de um ponto no bairro Jardim Primavera. Todas as classes de solo são influenciadas pelo lençol freático, ora de forma mais marcante, como nos solos gleicos e flúvicos, ora menos, como nos solos com plintita. Em geral, os solos não apresentaram restrições nutricionais, e mostraram-se aptos ao cultivo agrícola. Em muitos dos pontos amostrados constatou-se aportes antropogênicos, com teores anômalos de P, K, Ca, Mg e alguns micronutrientes, como Fe, Zn e Cu, além da presença de entulhos e dejetos. As maiores restrições ao uso agrícola dos solos urbanos estudados foram: a altura e variação do lençol freático e a fragmentação e uso dos lotes urbanos.Item Alterações aos atributos químicos e mobilidade de íons em colunas de solo tratados com lodo de esgoto doméstico(Universidade Federal de Viçosa, 2010-08-12) Ferreira, Leonardo Batista Sanguinetti; Ruiz, Hugo Alberto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783550T5; Freire, Maria Betânia Galvão dos Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723248A0; Rocha, Genelício Crusoé; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796777Y9; http://lattes.cnpq.br/3736364909170721; Jucksch, Ivo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723123H4; Silva, Juscimar da; http://lattes.cnpq.br/1823571141094864; Soares, Emanuelle Mercês Barros; http://lattes.cnpq.br/2680869902625278; Mattiello, Edson Marcio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762958P3A gestão de resíduos, em especial ao lodo de esgoto é de extrema importância com vistas ao desenvolvimento sustentável. Contudo o estudo da dinâmica dos íons presentes no lodo de esgoto ao longo do perfil do solo é de grande relevância para nos fornecer parâmetros úteis que nos permitam estabelecer a relação entre dose e impacto ambiental. Neste ensaio, objetivouse determinar alterações químicas no solo e nos lixiviados, após aplicação de doses crescentes de lodo de esgoto submetidas a cinco lixiviações com água deionizada. Os tratamentos corresponderam a um fatorial (2 x 6), sendo dois solos, um Latossolo textura muito argilosa da região de Viçosa- MG, e um Cambissolo textura franco arenosa da região de Ouro Branco- MG, e seis doses de lodo de esgoto incluindo uma testemunha. A menor dose foi calculada com base no teor de nitrogênio presente no lodo de esgoto, conforme resolução № 375 do CONAMA. As unidades experimentais foram constituídas de nove anéis confeccionados com tubos de PVC, com 6,6 cm de diâmetro interno, e 10 cm de altura, com exceção do anel inferior com 8 cm de altura. Foram realizadas cinco lixiviações com um volume de água deionizada equivalente a 1,5 vezes o volume de poros com intervalos de cinco dias cada. As doses de lodo de esgoto foram eficientes na correção do pH de ambos os solos e aumentaram os teores de K, Ca, Cu, Zn, Fe, Mn e Ni, sendo que a concentração dos metais com as maiores doses atingiram os níveis críticos, na qual o Mn em ambos os solos, e o NO3 - no solo de textura franco arenosa foram os elementos que apresentaram maior problema de lixiviação superando os limites estabelecidos pelo CONAMA.Item Alterações de longo prazo dos estoques e qualidade da matéria orgânica em latossolo sob olericultura intensiva(Universidade Federal de Viçosa, 2016-03-30) Figuerêdo, Karolline Sena; Oliveira, Teógenes Senna de; http://lattes.cnpq.br/8005414664116204As mudanças nas reservas de C e N refletem os impactos do uso e manejo do solo. Objetivou-se avaliar as mudanças nos estoques e na qualidade da matéria orgânica em Latossolo Vermelho-Amarelo cultivado com olerícolas na região dos Cerrados no Sudeste brasileiro. Quatro áreas foram selecionadas, sendo uma sob vegetação de Cerrado (CE) e três sob produção olerícola com 15 (HT15), 20 (HT20) e 30 (HT30) anos de cultivo. Amostras de solo foram coletadas nas profundidades 0-30, 30-40 e 70-100 cm, realizando-se análises físicas (densidade e textura), químicas (complexo sortivo, pH, C extraído com água, C e N totais, C lábil, C e N nas frações MOP e MAM, lignina, carboidratos, lipídeos e ataque sulfúrico), biológicas (C e N microbianos) e mineralógica (difratometria de raio-X). Os estoques de C e N totais, os teores de C não lábil, o índice de manejo de carbono (IMC), o quociente microbiano (qMic) e as relações C:N total, microbiana e da MOP e MAM foram calculados. Adotou-se o delineamento inteiramente casualizado e o esquema de parcelas subdivididas, sendo os resultados avaliados, individualmente, por comparações de médias pelo teste Tukey e, em conjunto, por componentes principais. Houveram semelhanças entre usos quanto aos estoques de NT e, na área cultivada por 30 anos (HT30) foram observados os menores estoques de CT, tendo o Cerrado (CE) os maiores resultados. Constatou-se que, com o maior tempo de cultivo, houve diminuição nos teores de C lábil. Na composição bioquímica da MOS, ocorreu aumento e redução nas proporções de carboidratos e lignina na MOP e MAM, respectivamente, nos usos HT15 e HT20. A MOP apresentou-se mais sensível às mudanças de uso. Na análise de agrupamento, os resultados mostraram maior similaridade entre HT15 e HT20, assim como a distinção entre CE e HT30. Há uma maior relação de reservas lábeis (CL, carboidratos) com as áreas de menor tempo de atividade e de Cmic com o uso de 30 anos. Pode-se observar, também, a correlação negativa entre nutrientes no solo e os teores de C e N totais e da MAM e de carboidratos da MAM, como também entre Cmic e CT. A olericultura em Latossolo oxídico promove a redução dos estoques de matéria orgânica do solo e altera sua qualidade. Contudo, com 15 e 20 anos pode-se observar incrementos suficientes de C para a manutenção da MOS e obtenção de IMCs maiores que CE e HT30.