Solos e Nutrição de Plantas
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Item Purificação de soluções nutritivas para induçao de deficiencias de zinco e cobre em plantas(Universidade Federal de Viçosa, 1985-12-30) Fontes, Renildes Lúcio Ferreira; Monnerat, Pedro Henrique; http://lattes.cnpq.br/2191981510442687Foram testados 3 métodos de purificação de soluções nutritivas para indução de deficiência de cobre e zinco em plantas: adsorção de cobre e zinco com CaCO3 seguida de extração simultânea dos dois micronutrientes, com ditizona, em pH 5,0; adsorção com CaCO3,seguida de extração de cobre em pH 2,5 e zinco em pH 8,3, com ditizona; extração de cobre e zinco com pirrolidina ditiocarbamato de amônio (APDC) em pH 4,5. Compararam-se os três métodos de purificação de soluções,determinando-se qual deles proporcionou melhores resultados para cobre e para zinco, quais as diferenças entre a adsorção com CaCO3 seguida de extração com ditizona e a extração com APDC, bem como comparou-se a extração simultânea de cobre e zinco com ditizona em pH 5,0, com a extração de cobre em pH 2,5 e de zinco em pH 8,3, com ditizona, após adsorção com CaCO3. Um ensaio com plantas de tomate, tendo como fonte de nutrientes as soluções nutritivas purificadas pelos três métodos, foi conduzido em casa de vegetação, seguindo um delineamento experimental inteiramente casualizado com 9 tratamentos e 4 repetições, usando-se vasos plásticos de 5 litros como recipientes para cultivo das plantas em solução nutritiva, Os três métodos de purificação de soluções permitiram a indução de sintomas de deficiência de cobre e de zinco nas plantas de tomate, sendo que os sintomas mais severos de deficiência de zinco foram observados no tratamento com APDC, enquanto que nas plantas deficientes em cobre houve certa uniformidade na manifestação dos sintomas, independentemente do método de purificação utilizado. Além dos sintomas de deficiência observados, a análise da matéria seca, das plantas de tomate, mostrou interações entre zinco e cobre, zinco e fósforo, zinco e enxofre, zinco e manganês, cobre e manganês, e cobre e potássio.Item Caracterização e interpretação, para uso agrícola, de solos de terraço fluvial, no Médio Rio Doce, Município de Córrego Novo-MG(Universidade Federal de Viçosa, 1986-05-03) Vitorino, Antonio Carlos Tadeu; Silva, Telmo Carvalho Alves da; http://lattes.cnpq.br/3877429019105394O objetivo deste trabalho foi caracterizar algumas das principais propriedades de solos de terraço fluvial do Médio Rio Doce, no município de Córrego Novo, e identificar suas principais limitações ao uso agrícola. Efetuou-se a estratificação da área de estudo em diferentes ambientes, utilizando-se critérios visuais, como textura, condições de encharcamento e espessura de horizonte A. Posteriormente, selecionaram-se os locais em que seriam coletadas as amostras, para fins de caracterização, através de análises físicas e químicas. Apesar de serem originalmente pobres em fósforo, os solos de terraço tem condições de topografia, fertilidade relativa e localização que favorecem a produção de alimentos. Por outro lado, a presença de manganês nessas áreas deve ser estudada de forma mais detalhada, para que se identifique sua possível influência no sistema produtivo. A associação de sucessivos preparos mecânicos com a ocorrência de microrrelevo acentuado, ocasionando o carreamento de partículas finas para as áreas depressionais, leva a uma condição de baixa permeabilidade superficial, o que parece ser a causa do alagamento periódico de partes da área.Item Calagem e dispersão de argila em amostra de um Latossolo Vermelho-Escuro(Universidade Federal de Viçosa, 1986-12-03) Jucksch, Ivo; Costa, Liovando Marciano da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787252H9; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723123H4; Ribeiro, Antonio Carlos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787133H0; Regazzi, Adair José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783586A7; Novais, Roberto Ferreira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783732H4; Moura Filho, WaldemarO objetivo deste trabalho foi avaliar as implicações do uso de carbonato de cálcio na dispersão de argila de uma amostra de um Latossolo Vermelho-Escuro Álico, textura argilosa. Para isso, utilizaram-se colunas constituídas de três anéis de PVC de 7,5 cm de diâmetro pó 11 cm de altura, unidos com fita adesiva. O fundo das colunas foi confeccionado com isopor, tendo ao centro um orifício de 1,0 cm de diâmetro preenchido com gase, oferecendo passagem para lixiviado. Os níveis de calagem, aplicados apenas nos dois anéis superiores e tendo como fonte o carbonato de cálcio p.a., na proporção de 0,0; 0,5; 1,0; 2,0 e 4,0 vezes a uma necessidade de calagem, e os três tempos de reação compuseram os tratamentos do ensaio no esquema fatorial 5x3, no delineamento experimental inteiramente casualizado, com quatro repetições. As colunas receberam irrigações, por gotejamento, uma vez por semana, durante quatro, oito e 16 semanas (tempo de reação). Foram avaliados, em cada anel, o conteúdo de argila dispersa em água e a estabilidade de agregados em função das alterações físico-químicas provocadas pela calagem nos tempos de reação. Os resultados mostraram que a calagem provocou o aumento da argila dispersa em água em todos os tempos de reação, principalmente na profundidade de 10 e 20 cm. Nas profundidades de 0 a 10cm e de 10 a 20 cm, a estabilidade dos agregados decresceu em função dos tratamentos estudados. Os teores de alumínio e ferro e os valores da condutividade elétrica e do afastamento do pH em água, em relação ao ponto de carga zero, indicam o comportamento da dupla camada difusa, que se relaciona diretamente com o fenômeno de dispersão e floculação dos colóides do solo.Item Meios mecânicos e concentrações de NaOH na dispersão e estabilidade de suspensões de argila(Universidade Federal de Viçosa, 1995-06-10) Jucksch, Ivo; Costa, Liovando Marciano da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787252H9; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723123H4; Ferreira, Mozart Martins; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787250Z0; Bueno, Benedito de Souza; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787988D1; Mello, Jaime Wilson Vargas de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4789445D2; Fontes, Luiz Eduardo Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783256H7O objetivo deste trabalho foi avaliar dois meios mecânicos de agitação associados a diferentes concentrações de NaOH na determinação da argila em amostras de horizontes A e B de um Podzólico e de três Latossolos. Foi utilizado, como método 1, o meio mecânico preconizado pela embrapa (1979) e, como método 2, o preconizado por GROHMANN e RAIJ (1977). Os dois métodos foram combinados com as concentrações de 0, 3, 6, 12, 25, 50 e 100 mmol/L de NaOH, nas provetas de sedimentação. Foi utilizado o tempo de 4 horas de sedimentação para todos os casos. Após a retirada da alíquota para a determinação de argila, foram retirados os 100ml de suspensão correspondente à parte superior da proveta de sedimentação, para determinação do pH, condutividade elétrica, carbono orgânico e concentração de íons na solução. O ensaio foi conduzido no delineamento experimental inteiramente casualizado, com quatro repetições em fatorial com quatro solos, dois horizontes, dois métodos e sete concentrações de NaOH. Por meio dos resultados obtidos foi possível concluir que existem diferenças entre os métodos estudados, em função da maneira de agitação. Que existe comportamento diferenciado na determinação de argila para solos com características mineralógicas diferentes. Que a concentração de 10mmol/L de NaOH nas provetas de sedimentação foi eficiente para promover a estabilidade das suspensões nos solos estudados. Que, alem do Na, as formas aniônicas de alumínio em solução colaboram na dispersão dos colóides do solo. Que existe necessidade de maiores estudos para identificar um método padronizado para determinação de argila dos solos brasileiros.Item Disponibilidade de zinco, para milho, pelos extratores Mehlich-1, Mehlich-3 e DTP(Universidade Federal de Viçosa, 1997-06-27) Menezes, Agna Almeida; Dias, Luiz Eduardo; http://lattes.cnpq.br/2766964943214654Em experimento conduzido em casa de vegetação, objetivou-se avaliar a eficiência dos extratores Mehlich-1, Mehlich-3 e DTPA quanto à disponibilidade de zinco em solos de Minas Gerais, com características químicas e físicas variáveis, na ausência e presença de calagem. Os tratamentos foram arranjados em esquema fatorial 7x2x5, correspondendo a sete solos, dois níveis de calagem e cinco doses de zinco, no delineamento em blocos casualizados, com três repetições. Amostras de 2dm 3 foram incubadas com e sem adição de calcário. As quantidades de calcário adicionadas foram determinadas por meio de curvas de neutralização da acidez, objetivando alcançar pH6,0. Após esse período de incubação, as amostras receberam zinco nas doses de 0, 2, 4, 6 e 8mgdm -3 , na forma de ZnSO 4 . Nessa mesma oportunidade, realizou-se adubação básica, sem zinco, com todos os outros macro e micronutrientes. Após 15 dias da fertilização das amostras, foram retiradas subamostras de 0,4 dm 3 , para avaliação de zinco pelos extratores Mehlich-1, utilizando filtragem logo após extração (M-1f) e retirada de alíquota após 16 horas (M-1s), Mehlich-3 (M-3) e DTPA-TEA. O volume de solo restante foi acondicionado em vasos plásticos para o cultivo do milho. Aos cinqüenta dias de cultivo foi analisada a produção de massa de matéria seca, bem como o teor e o conteúdo de zinco na parte aérea das plantas. Para avaliação da capacidade de extração dos diferentes métodos, foram ajustadas equações de regressão do Zn recuperado em função das doses adicionadas, para cada solo, nos dois níveis de calagem. Essas equações foram comparadas mediante teste de identidade de modelos, para avaliar a sensibilidade dos extratores à calagem. A resposta da planta à calagem e às doses de zinco foi avaliada pela produção de massa de matéria seca, teor e conteúdo de zinco na parte aérea. A capacidade de extração variou na seguinte ordem: M-1s>M-1f>M-3> DTPA, para todos os solos, na ausência e na presença de calagem. Os extratores M-1s e M-3 não apresentaram diferenças na capacidade de extração com a calagem, enquanto o M-1f e DTPA foram sensíveis à calagem. Os teores de zinco obtidos por todos os extratores correlacionaram-se significativa (p<0,05) e negativamente com o teor de argila e água retida a -33kPa dos solos, tanto na ausência como na presença de calagem. A capacidade de extração do DTPA apresentou-se melhor correlacionada com todas as características de solo, na presença de calagem, indicando que esse extrator pode ser melhor utilizado em solos com maiores valores de pH. Todos os extratores apresentaram correlações significativas (p<0,001) com o conteúdo de zinco na planta, podendo ser utilizados na avaliação da disponibilidade de zinco do solo. As plantas de milho apresentaram diminuição significativa na absorção de zinco com a calagem, sem contudo haver diminuição de produção, uma vez que, com a calagem, as plantas aumentaram a eficiência de utilização do nutriente.Item Deltas dos rios Doce e ttapemirim: solos, com ênfase nos tiomórficos, água e impacto ambiental do uso(Universidade Federal de Viçosa, 1997-09-23) Lani, João Luiz; Rezende, Sérvulo Batista de; http://lattes.cnpq.br/1639662511175931O Delta do rio Doce é uma extensa área de solos que na sua grande maioria foi submetida ao hidromorfismo. Os solos hidromórficos predominam na região do “Vale do Suruaca”. Aqueles foram, na sua maioria, drenados pelo DNOS - Departamento Nacional de Obras e Saneamento. sem maior atenção às consequências de uma drenagem excessiva. No delta, ocorrem diversos solos: Areias Quartzosas Marinhas. Gleissolos, Orgânicos, Podzol Hidromórfico, Aluviais e outros. Alguns como, por exemplo, os Gleissolos e Orgânicos podem ser sujeitos ao tiomorfismo. Com o objetivo de identificar esses solos, como eles se relacionam na paisagem; seu uso atual; os efeitos da subsidência dos solos Orgânicos, percorreu-se intensamente a área, coletaram-se amostras de solos, plantas e águas. Estas foram submetidas, conforme a pertinência, a diversas análises físicas, químicas, mineralógicas e micromorfológicas. Maior ênfase foi dada aos solos tiomórlicos e, neste particular, incorporaram- se amostras provenientes da Fazenda AGRIL (Riacho - Aracruz, ES), do delta do rio ltapemirim e de Campos, RJ. Concluiu-se que, sem um planejamento amplo de uso dos solos do delta, de equilibrio delicado, os danos ecológicos poderão ser desastrosos. A drenagem excessiva e o uso do fogo intensificam a subsidência dos solos Orgânicos. A drenagem tem aumentado a incidência de pragas como o “mofofô” (Euetheola humilis, Burm) cujas larvas atacam o sistema radicular das pastagens. São, também, drásticos os efeitos da drenagem nos solos tiomórficos: o abaixamento excessivo do pH da água e, principalmente, do solo elimina toda a vegetação. O “cabeludinho” também conhecido como “beiço de égua” e a quaresmeira mirim (Tibouchina sp.), são as plantas que resistem, por mais tempo, aos efeitos adversos do baixo pH e dos altos teores de ferro e aluminio. A reinundação por 104 dias, em condições de laboratório, que não foram suficientes para elevar o pH a valores próximos da neutralidade, somente altíssimas aplicações de CaCO3 elevaram o pH a valores próximos de 6,0, mesmo assim, somente de alguns horizontes ou camadas. Águas transparentes e adstringentes podem servir de critério para identificar solos tiomórficos em condições de campo. O número de caramujos (Australorbis sp.), por outro lado, pode servir de critério de identificação das águas eutróficas e estas, por sua vez, podem ser um grande potencial de proliferação da esquistossomose, por fornecerem os elementos necessários à formação das suas conchas. Foram identificadas algumas lagoas próximas à estação da Petrobrás com salinidade e teores de enxofre comparativamente maiores do que os da água do mar, o que leva a crer na contaminação por efluentes de águas servidas industriais. Sugere-se mapear os solos tiomórficos, com urgência, e destina-los à preservação natural (Classe 6 do Sistema de Aptidão Agricola das Terras). De fato, nos levantamentos feitos pelo SNLCS e RADAMBRASIL, as áreas de solos tiomórficos foram bastante subestimadas. Estes solos requerem cuidados especiais ao seu manejo,em razão da sua extrema acidez após drenados, o que pode produzir um impacto desastroso ao meio ambiente.Item Atributos físicos, químicos, mineralógicos e micromorfológicos de solos e ambiente agrícola nas Várzeas de Sousa - PB(Universidade Federal de Viçosa, 1999-10-25) Corrêa, Marcelo Metri; Ker, João Carlos; http://lattes.cnpq.br/1430055648322513O presente trabalho teve como objetivo caracterizar física, química, mineralógica e micromorfologicamente os solos localizados na região de Sousa - PB, enfatizando a identificação de minerais com potencial de salinização nas frações areia, silte e argila. Adicionalmente, foi avaliada a relação homem/solo, destacando-se as diferentes formas de manejo e os atributos adotados pelos pequenos agricultores na diferenciação dos ambientes. Para isso, foram selecionados e amostrados perfis de solo das classes: Aluviais, Bruno Não-Cálcico, Solonetz-Solodizado e Vertissolos. A maioria dos solos estudados apresenta severas restrições físicas à agricultura, como: alta pegajosidade e plasticidade, elevada densidade aparente, estrutura prismática ou colunar, pedregosidade superficial e susceptibilidade a erosão. Além do sódio, o magnésio aparece como cátion de grande importância na dispersão, sendo responsáveis pela elevada percentagem de argila dispersa, principalmente nos Vertissolos. Em função dos fatores de formação, os solos apresentaram alta soma de base (SB), alta capacidade de troca catiônica (CTC), baixo conteúdo de carbono orgânico (CO), pH de ligeiramente ácido a básico e alto Ki. São baixos os teores de Fe 2 O 3 obtidos pelo ataque sulfúrico para todos os solos. A relação Feo/Fed mais elevada em relação a solos mais intemperizados, no País, sugere a participação expressiva de óxidos de pior cristalinidade. O valor de 3,03% de Fe extraível por DCB no material de origem dos Vertissolos indica ataque ao ferro presente no mineral 2:1 e mesmo à hematita. É provável que esta, presente no solo, seja herdada do material de origem e que seja bastante resistente à transformação em goethita nas condições em que estes solos foram formados. A mineralogia cálcio-sódica das frações areia grossa, areia fina e silte pode ser a principal responsável pelos altos teores de cálcio, magnésio e sódio dos solos estudados. Foi verificada a presença marcante de vermiculita/esmectita e ilita na fração argila de todos os solos estudados. Observou-se ainda a presença de feldspatos (microclinio) e quartzo para Vertissolos, Bruno Não-Cálcico e Solonetz-Solodizado, contribuindo, nos dois primeiros, para maiores valores de K 2 O pelo ataque sulfúrico. A cor “achocolatada” é provavelmente resultante da presença da hematita, dos óxidos de ferro amorfos e da matéria orgânica, estabilizada pela presença de argilominerais 2:1 e altos teores de cálcio e magnésio. O fracionamento da matéria orgânica após tratamento com HCl 0,1 mol L -1 resultou em aumento de 300 e 340% das frações ácidos húmicos e fúlvicos, respectivamente, e redução de 60% na fração humina, o que sugere a participação de humatos e fulvatos de cálcio e de magnésio na estabilização da matéria orgânica. A melhor correlação do magnésio com a relação FAHT1/FAHT2 (ácido húmico sem pré-tratamento/ácido húmico com pré-tratamento), comparada com o cálcio, sugere sua maior participação na estabilização da matéria orgânica, na forma de humatos de magnésio. Os critérios adotados pelos pequenos agricultores para separar a região estudada em diferentes ambientes correlacionaram-se com as diferentes classes de solos predominantes na área. Além disso, seus relatos mostram que as características de altas plasticidade e pegajosidade dos Vertissolos conferem uma forma bastante peculiar de “manejo primitivo” em época chuvosa, que é a abertura de covas e o plantio de culturas, como algodão e milho, com o calcanhar e a capina feita com o uso exclusivo das mãos.Item Crostas biológicas: pedogênese, biogeoquímica e colonização experimental em saprolitos(Universidade Federal de Viçosa, 2000-06-19) Trindade, Elaine de Sousa; Schaefer, Carlos Ernesto G. R.; http://lattes.cnpq.br/5437366612694989A despeito do reconhecimento do papel pioneiro da microbiota no processo de sucessão ecológica, pouca atenção tem sido atribuída à sua participação nos mecanismos pedogenéticos, em associação com outros organismos do solo. O presente trabalho teve como objetivo o estudo das interações envolvidas no intemperismo biogeoquímico e reorganização estrutural decorrentes da ação biológica em ambiente supergênico. As amostragens foram realizadas em cortes de saprolitos colonizados por algas, fungos, líquens e briófitas, expostos na região do Quadrilátero Ferrífero-MG e adjacências. Na primeira fase do trabalho, procedeu-se a caracterização preliminar das ocorrências de crostas biológicas em diferentes substratos, enfatizando-se os efeitos da ciclagem biogeoquímica promovida pelos organismos na mobilidade de macro e micronutrientes bem como o estudo das feições micropedológicas da crosta e da camada micropedogenizada subjacente. Foram analisadas amostras referentes a saprolitos de gnaisse, diabásio, itabirito e xisto, além de depósito de rejeito de mineração de ouro. Os resultados obtidos indicaram um efeito mais expressivo da ciclagem biogeoquímca nos substratos quimicamente mais pobres, optando-se, então, por privilegiar o estudo dos saprolitos de gnaisse no segundo capítulo. Populações mistas de algas fotoautotróficas foram isoladas e inoculadas em saprolitos estéreis provenientes das áreas de amostragem, visando o estudo da viabilidade de sua utilização na proteção de taludes expostos, através da aceleração do processo natural de sucessão ecológica. De modo geral, os efeitos da ciclagem biogeoquímica foram condicionados pelos atributos químicos, grau de intemperismo e/ou maficidade do material parental. Os elementos mais concentrados nas crostas, segundo os teores disponíveis, foram o K, Fe, Al, Zn, Mn, Pb e Ni, sendo K o elemento mais consistentemente associado à ciclagem biogeoquímica. O mesmo ocorreu em relação a Ca e Mg, exceto nos saprolitos mais máficos, onde a reserva maior mascarou a eficiente ciclagem biogeoquímica associada à crosta. Os teores de Fe disponível e total foram maiores na transição crosta/camada micropedogenizada. A ocorrência generalizada de pontuações hematíticas neste microhorizonte sugere uma forte participação microbiótica na oxidação de Fe. As fotomicrografias produzidas em microscópio eletrônico de varredura ilustraram de modo inequívoco o papel da mucilagem de polissacarídeos na estruturação de agregados, unindo a matéria orgânica fresca à parte mineral. As espécies de algas isoladas em meio de cultura e inoculadas sob condição de luminosidade natural, em laboratório, mostraram-se eficientes em colonizar os saprolitos, abrindo a perspectiva do uso de inóculo de algas na recuperação de superfícies minerais expostas.Item Avaliação preliminar do potencial de geração de águas ácidas por atividades minerárias no Estado de Minas Gerais(Universidade Federal de Viçosa, 2000-07-19) Daniel, Alfredo Mucci; Dias, Luiz Eduardo; http://lattes.cnpq.br/7100409812446033A atividade de mineração, a despeito da importância para a economia do Estado de Minas Gerais, é um dos empreendimentos que mais degrada o meio ambiente. Um dos impactos que atualmente se destaca é a drenagem ácida. Este problema é origina-se com a oxidação dos sulfetos, causando a acidificação das águas, possibilitando a mobilização dos elementos tóxicos e a contaminação os recursos hídricos. Este trabalho foi realizado com o objetivo de dimensionar o problema da drenagem ácida no Estado de Minas Gerais. A metodologia adotada partiu de um levantamento bibliográfico junto à Fundação Estadual do Meio Ambiente, identificando-se alguns empreendimentos cujos minérios estão associados a sulfetos. Estes foram visitados, coletando-se amostras para a realização de análises de PA (Potencial de acidificação) e PN (Potencial de neutralização). O PA foi avaliado a partir do teor total de sulfetos e a partir da titulação de acidez gerada por oxidação com peróxido de hidrogênio. O PN foi avaliado a partir do equivalente em carbonato de cálcio. Foram também realizadas lâminas petrográficas, visando a descrição mineralógica, com especial ênfase para sulfetos e carbonatos. A partir das análises químicas foi calculado o B.A.B (Balanço Ácido Base), dado pela diferença entre PA e PN, e a estimativa do potencial foi obtida a partir do B.A.B e da quantidade do material respectivo em cada empreendimento. Entre os sete empreendimentos avaliados, quatro apresentaram potencialidade para gerar drenagem ácida. Conjuntamente, esses empreendimentos apresentam um potencial para produzir um total entre 2,93 e 10,17 bilhões de m 3 de água a pH 2 ou 29,3 e 101,7 bilhões de m 3 de água a pH 3 no Estado. Isto representa um custo da ordem de 7 a 25 milhões de dólares para neutralização com uso de calcário. Tais estimativas possivelmente estão subestimadas em razão da amostragem superficial em alguns empreendimentos e devido à não inclusão de algumas minas que estavam desativadas no período das amostragens e de algumas lagoas de rejeito que, posteriormente ao trabalho, foram identificadas como potencialmente poluidoras. Uma avaliação mais criteriosa do potencial de drenagem ácida no Estado requer estudos adicionais, incluindo maior número de amostras e empreendimentos e levando em consideração a cinética da geração ácida por meio de testes de intemperismo simulado.Item Geoambientes e pedogênese do Parque Estadual do Ibitipoca, município de Lima Duarte (MG)(Universidade Federal de Viçosa, 2000-07-20) Dias, Herly Carlos Teixeira; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://lattes.cnpq.br/1813025991936247Foram realizados dois estudos na área do Parque Estadual do Ibitipoca (PEI), Minas Gerais: o primeiro com a finalidade de identificar, mapear e caracterizar os geoambientes do parque; e o outro com o objetivo de caracterizar alguns dos solos mais representativos e a pedogênese dos diferentes geoambientes. Foram feitas coletas de solos georreferenciados por GPS (Geographic Position System), foto- interpretações a partir de ortofotos e uso de mapas planialtimétricos, além de intenso levantamento de campo. Oito geoambientes foram identificados e caracterizados: Patamares com Espodossolos, Cristas Ravinadas, Escarpas, Grotas, Mata Baixa com Candeia, Mata Alta sobre Xisto, Topos Aplainados e Rampas com Vegetação Aberta. A vegetação associada a cada um é fortemente condicionada pela profundidade do solo e pelo tempo de permanência de água no sistema. Os ambientes de mata, tanto sobre xistos quanto sobre quartzitos, sofrem menor estresse hídrico seja por melhores condições físicas do solo e maior retenção de água, seja pelo próprio ambiente mais ombrófilo e úmido, como nas Grotas. Nestes geoambientes as concentrações de P e K se mostraram mais elevadas do que nos ambientes campestres abertos. Na Mata Baixa com Candeia, a pobreza química do ambiente parece ser limitante da não-ocorrência de uma floresta mais densa. Nos Campos de Altitude, as cotas elevadas parecem relacionadas com o estabelecimento desta vegetação, que diferem dos campos rupestres por estarem sobre solo mais profundo. Em geral, os solos estudados são álicos, com valores de saturação de Al superiores a 80% no horizonte A1, eletronegativos e com acentuado distrofismo. A CTC existente é quase exclusivamente atribuível à fração orgânica, em virtude da atividade muito baixa da fração argila dos solos. Os resultados indicaram a presença destacada de formas pouco cristalinas de Fe, a exemplo do descrito em solos em condições de altitude. Com acúmulo de carbono orgânico, há inibição da cristalização de óxidos de Fe ou Al. A vegetação que se desenvolve em solos O/R e Espodossolos apresenta maior concentração de N onde se verifica maior atividade de algas fotoautotróficas e fixadoras deste elemento. Observa-se que nitrogênio e bases são os elementos de maior concentração nas folhas e na casca da vegetação, e esse comportamento é comum em todos os solos onde haja forte ocorrência de liquens fixadores de N. Com relação ao carbono orgânico total, há diminuição esperada com a profundidade, mesmo nos perfis que apresentam descontinuidade. O fracionamento do carbono orgânico revelou predominância das frações humina e ácidos húmicos sobre a fração ácidos fúlvicos. No entanto, a relação entre as frações ácido húmico:ácidos fúlvicos tende a diminuir em profundidade devido à mobilidade da fração ácido fúlvico. Observou-se correlação entre o carbono orgânico mineralizável (COM) e a fertilidade do solo, destacando-se fósforo e potássio.Item Fósforo em toposseqüências de Latossolos e Luvissolos do semi-árido de Pernambuco(Universidade Federal de Viçosa, 2000-07-20) Araújo, Maria do Socorro Bezerra; Schaefer, Carlos Ernesto G.R.; http://lattes.cnpq.br/7325972413244232Foram determinadas frações de fósforo em amostras de perfis de solo no terço superior, médio e inferior de três toposseqüências de Latossolos e três de Luvissolos, que são duas classes de solo agronomicamente importantes no semi-árido de Pernambuco. O fósforo foi medido mediante uma extração seqüencial que determinou as seguintes frações, com um grau de disponibilidade decrescente às plantas: fósforo mais disponível (extraível por resina trocadora de íons e por bicarbonato de sódio); fósforo menos disponível (extraível por hidróxido de sódio e ácido sulfúrico) e fósforo não- disponível (determinado por uma digestão a quente com ácido sulfúrico e peróxido de hidrogênio). A disponibilidade dessas frações para as plantas foi medida em um experimento com potes em casa de vegetação. A dessorção de fosfato aplicado também foi medida nesses solos, e as quantidades dessorvidas foram relacionadas à mineralogia e às quantidades de óxidos de ferro e alumínio.Item Sistema radicular de bananeira irrigada por aspersão convencional e microaspersão no projeto Jaíba, MG(Universidade Federal de Viçosa, 2000-08-21) Garcia, Rozane Vieira; Fontes, Luiz Eduardo Ferreira; http://lattes.cnpq.br/9213043389694656Este trabalho teve como objetivo verificar a distribuição espacial de raízes de bananeira, variedade ‘Prata Anã’, em Latossolos de textura arenosa irrigados por aspersão convencional e microaspersão no ‘Projeto Jaíba’, norte de Minas Gerais. Para a avaliação do sistema radicular foram abertas trincheiras de 1,0 m de profundidade por 1,20 de largura e, posteriormente, cortes verticais sucessivos foram efetuados em ambos lados da planta a três diferentes distâncias do pseudocaule (0,50; 0,35 e 0,05 m). Em cada perfil vertical aberto, foram coletados sete blocos de solo de 0,90 de largura por 0,15 de espessura a cada 0,10 m de profundidade. As raízes foram separadas do solo ainda no campo e, em laboratório, foram agrupadas por classe de diâmetro: grossas, médias e finas e, em seguida, pesadas para a estimativa da massa fresca. Amostras das classes de diâmetro fina e média foram digitalizadas em scanner e suas imagens processadas no software SIARCS, obtendo-se valores de comprimento e área de raízes. A massa seca foi obtida após secagem em estufa. Os resultados obtidos indicaram que a maior parte do sistema radicular da bananeira concentra-se nas camadas superiores do solo. Nos primeiros 30 cm de profundidade foram encontrados 95% do total de raízes coletadas em área sob aspersão convencional e 60% das mesmas sob microaspersão. O sistema de irrigação também afetou o desenvolvimento lateral das raízes da bananeira. Na microaspersão foi verificado uma distribuição diferencial em relação ao lado da planta avaliado, com um maior desenvolvimento radicular sendo observado no lado que coincide com a linha de microaspersores. Este comportamento diferencial esteve mais associado às raízes grossas. Na aspersão convencional, a distribuição radicular em função da distância do pseudocaule apresentou-se mais uniforme para raízes finas e médias, enquanto que, para raízes grossas foi verificada uma ligeira tendência de redução com o aumento da distância do pseudocaule. A maior produção total de raízes foi observada na área sob microaspersão, muito embora com predominância de raízes grossas em detrimento das finas e médias. O comprimento de raízes por volume do solo em função da distância lateral do pseudocaule não exibiu diferenças marcantes entre bananeiras irrigadas com distintos sistemas. A área superficial por volume de solo não exibiu qualquer tendência clara de comportamento com o aumento da distancia do pseudocaule e da profundidade das camadas avaliadas. Os resultados obtidos permitem concluir que houve um efeito do sistema de irrigação sobre a distribuição espacial do sistema radicular da bananeira: enquanto que, na área sob aspersão convencional as raízes concentraram-se mais superficialmente e próximas ao pseudocaule; na área sob microaspersão, foi verificado um maior aprofundamento das raízes e seu deslocamento para o lado irrigado. O sistema de irrigação também influenciou a distribuição das raízes em classes de diâmetro: enquanto que, um predomínio maior de raízes grossas foi verificado sob microaspersão; na área sob aspersão convencional, foi observada maior proporção de raízes finas e médias.Item Carbono orgânico e nitrogênio em agregados de um latossolo vermelho sob duas coberturas vegetais(Universidade Federal de Viçosa, 2000-08-23) Passos, Renato Ribeiro; Ruiz, Hugo Alberto; http://lattes.cnpq.br/3882320619443256O objetivo deste trabalho foi caracterizar o carbono orgânico e o nitrogênio em diferentes classes de agregados de um Latossolo Vermelho distrófico de Minas Gerais sob vegetação natural de Cerradão e sob cultivo com milho durante 30 anos. Para isso, retiraram-se amostras do solo em quatro pontos diferentes, nas profundidades de 5-10 e 15-20 cm, definidas na área cultivada, em função da resistência à penetração, utilizando-se um penetrógrafo. As mesmas profundidades foram adotadas para a coleta das amostras de solo sob vegetação natural. Após coletado, o material foi seco ao ar e fracionado, por via seca, nas classes de agregados de: 4,75-2,0; 2,0-1,0; 1,0-0,5; 0,5-0,25; 0,25-0,105; e <0,105 mm de diâmetro. Nesses materiais, determinaram-se o carbono orgânico total, o carbono orgânico das frações ácidos fúlvicos, ácidos húmicos e huminas, o carbono orgânico solúvel em água, o carbono orgânico lábil determinado com KMnO 4 15,6 e 33,0 mmol/L, o nitrogênio total e o nitrogênio mineralizado anaerobicamente. Os materiais ainda foram submetidos a um ensaio de respirometria, em que os valores da produção de CO 2 foram expressos em relação à massa de agregados e de carbono orgânico total. Esses valores foram ajustados a equações logísticas [Y = a/1+e -(b+cx) ] e estimou-se o tempo necessário para atingir a metade da produção máxima de CO 2 (t 1/2 ). A evolução de CO 2 se constitui em um método-referência para avaliar a atividade dos microrganismos que atuam na mineralização da matéria orgânica do solo, e o t 1/2 permite inferir a velocidade de mineralização e, conseqüentemente, a labilidade da matéria orgânica. Os resultados experimentais mostraram que a cobertura vegetal exerceinfluência sobre os teores de carbono orgânico e de nitrogênio. No solo sob cultivo com milho, as formas mais estáveis predominaram, enquanto as formas mais lábeis sobressaíram no solo sob vegetação natural. Os teores de carbono orgânico e de nitrogênio tenderam a aumentar com a diminuição do tamanho dos agregados. O carbono orgânico solúvel em água, o nitrogênio mineralizado anaerobicamente e a relação entre essas características constituem medidas adequadas para detectar mudanças na labilidade da matéria orgânica do solo, em função do manejoItem Influência da mineralogia e da matéria orgânica na agregação, cor e radiometria de solos altamente intemperizados do estado de Minas Gerais(Universidade Federal de Viçosa, 2000-09-19) Carvalho Júnior, Ildeu Afonso de; Fontes, Maurício Paulo Ferreira; http://lattes.cnpq.br/0395854880833068Este trabalho teve como objetivo geral ampliar o nível de conhecimento pedológico básico sobre as principais classes de solos altamente intemperizados que ocorrem no Estado de Minas Gerais. Os objetivos específicos foram: a) caracterizar química, física e mineralogicamente essas classes de solos, além de caracterizar sua matéria orgânica; b) relacionar a mineralogia e a matéria orgânica desses solos com os fenômenos de adsorção de fosfatos, agregação e ponto de carga zero; e c) determinar os efeitos da mineralogia e da matéria orgânica sobre a cor e sobre as curvas espectrais dos solos selecionados. Para tanto, foram selecionados e parcialmente descritos, doze Latossolos e um Plintossolo. A argila dispersa em água foi afetada pela mineralogia e matéria orgânica dos solos. A densidade do solo foi afetada pela matéria orgânica e textura. Nos solos que sofreram restrição de drenagem houve uma diminuição da porosidade total e da retenção de umidade. A retenção de água foi menor nos Latossolos Roxos e Ferrífero. A maioria dos solos apresentou pH ácido, baixos teores de bases trocáveis, alta saturação de alumínio, baixos teores de fósforo disponível e de fósforo remanescente, com exceção do LE, originado de calcário e dos Latossolos Roxos. A matéria orgânica foi o componente que mais contribuiu com as cargas negativas e com o abaixamento do PCZES. A gênese destes solos se caracterizou por uma alta taxa de intemperismo sendo que aspectos típicos de cada classe foram determinados pelo material de origem, clima e localização do lençol freático. O material de origem influenciou a presença da caulinita e foi responsável por variações nos teores de óxidos de ferro e alumínio, enquanto que o ambiente de formação induziu a substituição isomórfica do Fe pelo Al. Com relação à adsorção de fosfato, a gibbsita exerceu importante influência sobre a capacidade máxima de adsorção de fosfatos dos solos. A matéria orgânica e a gibbsita afetaram a formação dos óxidos de ferro. As formas mais lábeis, e as humificadas e menos reativas da matéria orgânica, tenderam a aumentar o PCZES, enquanto as outras mais reativas e solúveis tenderam a diminuir o PCZES do solo. Os solos mais oxídicos apresentaram o PCZES maior que os cauliníticos. A agregação foi afetada, principalmente, pelos óxidos de alumínio e pelas frações húmicas. A argila dispersa em água foi afetada por características químicas, físicas, mineralógicas e orgânicas dos solos. Os parâmetros de cor foram influenciados, principalmente, pela hematita, sendo que a mesma, em teores muito elevados, apresentou efeito de saturação sobre os parâmetros, além também de atenuar o efeito da goethita. A curva espectral dos solos foi influenciada pela matéria orgânica e pelos minerais da argila, principalmente a gibbsita e os óxidos de ferro, principalmente, a hematita. Os solos foram divididos em três grupos com comportamento espectral distinto. A principal característica que os diferenciou foi o tipo e a quantidade do óxido de ferro presente.Item Extração seqüencial de metais pesados em solos altamente intemperizados: utilização de componentes-modelo e planejamentos com misturas ternárias na otimização do método(Universidade Federal de Viçosa, 2000-09-19) Egreja Filho, Fernando Barboza; Fontes, Maurício Paulo Ferreira; http://lattes.cnpq.br/1063032844881978A despeito dos muitos métodos de extração seqüencial de metais pesados descritos na literatura, nenhum deles contempla as particularidades dos solos altamente intemperizados, largamente distribuídos nas regiões de climas tropical e subtropical. Esses solos, principalmente latossolos e argissolos, possuem mineralogia dominada por argilas silicatadas 1:1 e por óxidos de ferro e alumínio. Visando desenvolver uma metodologia de extração seqüencial de metais pesados em solos altamente intemperizados, foram obtidos componentes- modelo representativos das variabilidades química e mineralógica desses solos, que foram incubados com os metais Cd, Cu, Ni, Pb e Zn, por uma semana, nas condições ótimas de retenção desses metais. A caulinita-modelo pura foi obtida de uma companhia mineradora de caulim. Goethitas e hematitas naturais foram concentradas a partir de amostras de solos. Foram preparados, ainda, óxidos de ferro sintéticos puros (goethita, hematita e ferridrita) e substituídos (Al-goethita, Cu-hemathita). Os óxidos de alumínio foram obtidos de bauxita, desferrificada, rica em gibbsita. Como matéria orgânica-modelo, utilizaram-se ácidos húmicos extraídos de um solo orgânico. Após lavados, liofilizados e triturados, os componentes-modelo incubados foram submetidos a uma série de extrações discretas com misturas ternárias de extratores, buscando-se maximizar a recuperação com a mínima interferência em outras frações. Utilizaram-se os programas quimiométricos MIXREG e MIXPLOT para ajuste das equações de regressão e delimitação das regiões de máxima extração. Foi avaliada, ainda, a ocorrência de processos de precipitação e readsorção dos metais extraídos. A partir dos resultados das otimizações e dos ensaios de readsorção, propôs-se uma marcha de extração seqüencial de oito etapas: F1= metal solúvel e trocável (KNO 3 ); F2 = metal adsorvido especificamente com baixa intensidade (NaH 2 PO 4 ); F3 = metal associado à fração orgânica (NaClO e EDTA); F4 = metal adsorvido especificamente com alta intensidade (NaH 2 PO 4 /NaF/ EDTA); F5 = metal ocluído em óxidos de Fe amorfos (NH 2 OH.HCl/HCl); F6 = metal ocluído em óxidos de Al (NaOH/NaF/EDTA); F7 = metal ocluído em óxidos de Fe cristalinos (HCl /ác. ascórbico/citrato de sódio); e F8 = fração residual (HNO 3 /HClO 4 /HF). A marcha proposta foi utilizada em amostras de solos, horizontes A e B, incubadas por seis meses com os metais de interesse, sendo feita a calagem em parte das amostras. Os solos foram escolhidos de forma a cobrir a variabilidade mineralógica mais comum em solos altamente intemperizados. Os resultados das extrações comprovaram a eficiência do método proposto. Verificou-se, ainda, que os diferentes metais apresentam características diversas perante os extratores e que o método adequado deve ser montado em função dos metais de interesse e da matriz mineral do solo.Item Camadas superficiais adensadas em reposta à radiação solar, temperatura e umidade do sol(Universidade Federal de Viçosa, 2000-10-19) Oliveira, Milson Lopes de; Ruiz, Hugo Alberto; http://lattes.cnpq.br/1390910640277137Para estudar a formação de camadas superficiais adensadas, em resposta a flutuações de temperatura e umidade do solo provocadas pela incidência da radiação solar e da chuva, instalou-se um ensaio em Viçosa (MG), num Argissolo intermediário para Cambissolo, com declividade próxima a 0%. Os tratamentos corresponderam a sete coberturas do solo, incluindo solo descoberto, vegetação espontânea (predominantemente caruru-de-porco), cultivo de mucuna e plantio de milho em linhas dispostas a 0, 30, 60 e 90o em relação ao eixo leste-oeste. Dois meses após semeadura, em janeiro de 1999, e por igual período, determinou-se o sombreamento nas entrelinhas do milho e, para todos os tratamentos, a temperatura e umidade do solo. Na finalização do ensaio, determinaram-se a velocidade de infiltração e a resistência à penetração. Em laboratório, foram analisadas a composição textural, a argila dispersa em água, a densidade do solo e a porosidade (total, macro e micro). Realizou-se também análise micromorfológica, utilizando-se blocos polidos. Os resultados experimentais mostraram diferença no sombreamento entre o milho plantado na direção do eixo leste-oeste e os outros ângulos nas determinações matutina e vespertina, mas não ao meio-dia. No entanto, essas diferenças não foram acompanhadas por diferenças na temperatura do solo, que, neste caso, registrou valores intermediários entre o solo descoberto e os tratamentos com cobertura total. Esse comportamento também foi registrado na determinação da velocidade de infiltração básica, maior nas parcelas com cobertura total, intermediária no milho e inferior nos solos descobertos, sem diferenças no teste de resistência à penetração, devido à pouca sensibilidade do instrumento utilizado. A maior porosidade foi determinada no solo descoberto. A análise micromorfológica permitiu elucidar essa aparente contradição, mostrando, para o solo descoberto, macroporos pouco conectados e com disposição planar, o que dificultou a infiltração de água. No cultivo de milho observou-se um início de crosta estrutural, independentemente do ângulo de plantio, e os tratamentos com cobertura total não apresentaram evidências de selamento. Pode-se concluir que a maior exposição do solo à incidência dos raios solares e à chuva provocou a formação de crostas in situ, com diminuição da velocidade de infiltração básica em 30% para o plantio em linha e em 41% para o solo descoberto, quando comparados à cobertura total com mucuna ou vegetação espontânea. A curta duração do experimento não permitiu evidenciar diferenças com respeito ao ângulo de plantio do milho, que, eventualmente, poderia se apresentar em cultivos com ciclos vegetativos mais longos.Item Predição de biomassa e alocação de nutrientes em povoamentos de eucalipto no Brasil(Universidade Federal de Viçosa, 2000-11-21) Santana, Reynaldo Campos; Barros, Nairam Félix de; http://lattes.cnpq.br/3588575605488750Este trabalho teve por objetivos modelar, para diferentes regiões do Brasil, a produção e o conteúdo de nutrientes na biomassa de eucalipto, avaliar o efeito de algumas características climáticas em tais predições e avaliar o impacto da intensidade de colheita na exportação de N, P, K, Ca e Mg. Utilizou- se o banco de dados do Programa de Pesquisa em Solos e Nutrição de Eucalipto do Departamento de Solos da Universidade Federal de Viçosa, o qual reúne, desde 1980, informações sobre biomassa e nutrientes em plantações de eucalipto em várias condições edáficas e climáticas do Brasil. Utilizaram-se dados coletados em 20 regiões, nos Estados do Pará, Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul, os quais foram analisados como um grande experimento. Foram desenvolvidos dois modelos, um para produção de biomassa e outro para o conteúdo e a alocação de nutrientes. O uso de características climáticas nos modelos foi importante para diferenciar a produção de biomassa e o conteúdo de nutrientes entre regiões. Houve variação na produção de biomassa entre regiões, sendo a maior produtividade três vezes superior à menor. A produção de biomassa e o conteúdo de nutrientes foram positivamente relacionados entre si e menores nas regiões com menos disponibilidade de água. A concentração de todos os nutrientes foi maior na folha e menor no lenho, exceto para a concentração de Ca, que foi maior na casca. Em média, do total de nutrientes da biomassa da parte aérea em um ciclo de corte de 6,5 anos, 68% do N, 69% do P, 67% do K, 63% do Ca e 68% do Mg foram acumulados até a idade de 4,5 anos, para as diferentes regiões. Tal fato pode evidenciar um menor potencial de resposta à aplicação de fertilizantes em plantios com idades superiores a 4,5 anos. Em média, a alocação de N, P, K, Ca e Mg na copa foi de 50, 44, 36, 27 e 39%, respectivamente, em relação à quantidade total da biomassa aérea, entre 6,5 e 8,5 anos de idade. Para obter uma expressiva redução na exportação desses nutrientes, além de deixar a copa no campo, é necessário descascar o tronco, deixando a casca na área. Assim, adotando-se a colheita apenas do lenho, a proporção de nutrientes não–exportados será de 65, 70, 64, 79 e 79%, para N, P, K, Ca e Mg, respectivamente, o que evidencia a importância do descascamento no campo, para se ter maior sustentabilidade da produção.Item Ambientes naturais da bacia hidrográfica do rio Cachoeira, com ênfase aos domínios pedológicos(Universidade Federal de Viçosa, 2000-11-24) Nacif, Paulo Gabriel Soledade; Costa, Liovando Marciano da; http://lattes.cnpq.br/8537690856693034Objetivou-se, com o presente trabalho, caracterizar os solos da Bacia Hidrográfica do Rio Cachoeira (BHRC) e desenvolver estudos básicos sobre os seus recursos naturais, visando a apresentação de uma proposta de estruturação hierárquica das paisagens naturais neste sistema hidrológico. Para a caracterização dos solos, foram realizadas análises físicas, químicas e mineralógicas. Na delimitação da estrutura hierárquica das paisagens da BHRC, foram realizados estudos de geologia, geomorfologia, vegetação, clima e pedologia, que permitiram a proposição de uma estratificação ambiental para a área. Os estudos demonstraram que as variações geológicas, geomorfológicas e climáticas imprimem grande diversidade pedológica ao sistema. Os principais solos da BHRC são os Chernossolos, Vertissolos, Planossolos, Argissolos, Latossolos, Neossolos e Gleissolos. Estes solos apresentam grandes variações em seus atributos morfológicos, físicos-químico e mineralógicos, que refletem as suas condições de equilíbrios físico-químicos com os diferentes ambientes da área em estudo. A delimitação de ambientes homogêneos na BHRC foi estabelecida por meio da hierarquização da abrangência dos fenômenos naturais. Nessa proposta as informações de escalas menores emolduram, seqüencialmente, informações cada vez mais detalhadas sobre os ambientes estudados, de acordo com os critérios preestabelecidos. Desse modo, a BHRC foi dividida, no 1o nível hierárquico, em zonas ambientais – nas quais as classes são formadas por diferentes tipos de vegetações; para constituição do 2o nível hierárquico, as zonas foram divididas, em províncias – formadas pelos diferentes compartimentos dos relevos presentes em cada zona; e, para constituição do 3o nível hierárquico, as províncias foram divididas em unidades ambientais – formadas pelos diferentes domínios pedológicos presentes em cada província.Item Sistema de interpretação de análise de solo e de recomendação de nutrientes para arroz irrigado(Universidade Federal de Viçosa, 2000-12-11) Raffaeli, Valmor; Alvarez Venegas, Víctor Hugo; http://lattes.cnpq.br/1339730300611502A informática pode ser vista como uma ferramenta, que permite armazenar informações de forma organizada, a fim de possibilitar o avanço na interpretação de alguns fenômenos do solo e da planta. O objetivo deste trabalho foi desenvolver um sistema capaz de interpretar análise de solo e recomendar nutrientes (SIR) para a cultura do arroz irrigado (AI) por inundação. O SIR-AI desenvolvido estima a demanda do nutriente pela cultura, como variável dependente da produção de grãos, e características do solo como a capacidade tampão. A quantidade de nutriente disponibilizada pelo solo é quantificada pela divisão de seu teor pela taxa de recuperação pelo extrator do nutriente adicionado. A demanda da cultura menos o nutriente disponibilizado no solo gera a recomendação de nutrientes. Para o N, utiliza–se a matéria orgânica, como variável, para estimar o N mineralizado num determinado período de tempo e o N disponível no solo, que deverá ser somado à quantidade de N reciclado dos restos de culturas utilizadas em rotação no inverno. Equações foram geradas para simplificar todo o SIR-AI, incluindo variáveis como a produção de grãos, o teor do nutriente disponível no solo e a medida da capacidade tampão dos solos. As equações estimam a recomendação de nutrientes com exatidão suficiente para serem utilizadas, satisfatoriamente, como uma maneira prática de interpretar análise de solo e recomendar nutrientes para a cultura do arroz irrigado por inundação, em substituição às tabelas atuais de recomendação.Item Caracterização de solos e modificações provocadas pelo uso agrícola no assentamento Favo de Mel, na região do Purus Acre(Universidade Federal de Viçosa, 2000-12-14) Araújo, édson Alves de; Lani, João Luiz; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076P1; http://lattes.cnpq.br/8065197935054536; Ker, João Carlos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763842Z5; Costa, Liovando Marciano da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787252H9; Ribeiro, Guido Assunção; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783554H6; Alvarenga, Ramon Costa; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783596Y6Atualmente, no Acre, as pastagens extensivas e projetos de assentamento (PA) são responsáveis pela maior parte do desmatamento. Nos PA predomina a agricultura itinerante, onde o solo é utilizado por um período de dois anos. Posteriormente, é deixado em pousio para recuperação da fertilidade e, ou, incorporado à pastagem extensiva. O uso do solo por um período mais longo, e de forma mais sustentada, poderia ser alcançado se fossem adotadas práticas de manejo adequadas que evitassem a deterioração do solo quanto às suas características físicas, químicas e biológicas. A partir desta premissa, objetivou-se caracterizar os solos e avaliar suas alterações físicas e químicas, sob diferentes tipos de uso, e assim fornecer subsídios à tomada de decisão sobre um uso mais racional. Para tanto, selecionaram-se quatro locais inseridos nas mesmas condições de solo (Argissolo Amarelo distrófico, textura média/argilosa, relevo plano) no assentamento Favo de Mel, a leste do Acre, na região do Purus. Os usos avaliados foram: mata natural (testemunha); mata natural recém desbravada e submetida à queima intensiva; plantio de pupunha (Bactris gassipae) com dois anos e pastagem de braquiária (Brachiaria brizantha) com quatro anos. Também foram feitas entrevistas informais com os agricultores e o sistema radicular foi avaliado com imagens digitais. Conclui-se que o solo sob pastagem apresentou os maiores valores de densidade, o que sugere uma tendência à compactação. Os nutrientes e o carbono orgânico encontram-se em baixos teores, concentrados nos primeiros centímetros de solo, tendendo a aumentar com a intensidade e o tempo de uso do solo. O potássio decresceu, drasticamente, no ecossistema pastagem devido, possivelmente, às perdas por erosão e retirada pelo pastejo. A fração humina predominou nos quatro sistemas de uso do solo. As raízes da mata concentraram-se na maior parte de sua biomassa vegetal, nos primeiros 20 cm de profundidade do solo. Houve, também, alta correlação entre área e comprimento de raízes. Os agricultores do Favo de Mel são provenientes de assentamentos mal sucedidos, e o índice de desistência tem sido relativamente pequeno, o que comprova a importância do ambiente na permanência do homem no campo.