Bioquímica Aplicada

URI permanente para esta coleçãohttps://locus.ufv.br/handle/123456789/6471

Navegar

Resultados da Pesquisa

Agora exibindo 1 - 9 de 9
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Produção de xilooligossacarídeos por xilanase fúngica recombinante imobilizada
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-07-29) Fernandes, Letícia Persilva; Alfenas, Gabriela Píccolo Maitan; http://lattes.cnpq.br/2470609087080753
    A endoxilanase é uma enzima que hidrolisa a cadeia de xilana formando xilooligossacarídeos (XOS) menores que são ingredientes prebióticos com potencial aplicação nas indústrias de alimentos e farmacêutica. Entretanto, o uso de enzimas na indústria pode ser limitado devido ao seu alto custo; portanto, faz-se necessário o uso de metodologias como a imobilização, que torna possível a recuperação da enzima, sua reutilização e melhora das características físico- químicas enzimáticas, de acordo com o processo desejado. O objetivo deste trabalho foi produzir XOS por uma xilanase fúngica engenheirada imobilizada. Para isso, a xilanase do fungo Orpinomyces sp., SM2, foi expressa em Escherichia coli e, após a expressão, foi realizada a imobilização do extrato bruto diluído 100 vezes pela metodologia de cross-linking com isopropanol 80 % e glutaraldeído 1 %. Então, fez-se o ensaio de pH ótimo, temperatura ótima e a termoestabilidade a 50 ºC, para comparação das formas livre e imobilizada da enzima. Foi aplicado 1 U do agregado enzimático na sacarificação do farelo de arroz pré-tratado alcalinamente com NaOH 1 %. Alíquotas foram coletadas para a avaliação do perfil dos XOS. Por fim, realizou-se o teste de reutilização da enzima imobilizada na temperatura de 50 ºC, por 10 ciclos, e o ensaio de armazenamento por 15 dias em temperatura ambiente e à 4 ºC. O rendimento de imobilização foi de 1,48 %. A enzima imobilizada obteve melhor atividade na faixa de pH ácida para neutra, sendo 5 o seu pH de máxima atividade; enquanto que a enzima livre apresentou melhor desempenho na faixa básica e seu pH ótimo foi 8. A temperatura ótima foi de 60 ºC para as duas enzimas, porém a xilanase imobilizada apresentou melhor estabilidade em uma faixa maior de temperatura. O tempo de meia vida da xilanase SM2 imobilizada foi de 216 horas e o da enzima livre de 30 horas. No ensaio de sacarificação, após 96 horas, houve a produção de 0,903 ± 0,013 g/L de xilobiose, 0,487 ± 0,000 g/L de xilotriose e 0,809 ± 0,006 g/L de xiloexose pela enzima imobilizada. Para o teste de reutilização, a atividade enzimática aumentou a cada ciclo, e no ensaio de armazenamento não houve diferença estatística nas atividades enzimáticas para as duas condições testadas. Portanto, conclui-se que apesar do baixo rendimento de imobilização da xilanase SM2, este processo melhorou a estabilidade da enzima, tornando-a mais estável em temperaturas mais altas, e aumentando o tempo de meia vida para mais de 7 vezes em comparação com a xilanase livre no ensaio de termoestabilidade. Na sacarificação, mesmo com uma concentração baixa de xilanase imobilizada, houve hidrólise do farelo de arroz pré-tratado, com liberação de XOS. Por fim, foi demonstrado que a enzima imobilizada pode ser reutilizada por mais de 10 ciclos, e como não houve diferença entre as duas formas de armazenamento, sugere-se que não há necessidade de refrigeração para manutenção da atividade da xilanase imobilizada. Palavras-chave: Xilanase. Expressão heteróloga. Imobilização. Xilooligossacarídeos.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Defesa bioquímica de plantas às pragas agrícolas: desenho racional de inibidores de proteases peptídicos a serem utilizados nas formulações biopesticidas
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-05-27) Barros, Rafael de Almeida; Oliveira, Maria Goreti de Almeida; http://lattes.cnpq.br/2860273646340733
    Os danos causados por insetos lepidópteros reduzem o rendimento e a qualidade das lavouras de soja devido à desfolha, impactando negativamente os lucros da agricultura. Para controlar essas pragas, muitos produtores de soja recorrem a grandes quantidades de agrotóxicos sintéticos e cultivares transgênicos contendo toxinas Bt. Os agrotóxicos sintéticos comumente utilizados, além de refratários, impactando negativamente o meio ambiente, muitas vezes estão relacionados a problemas de saúde humana. Além disso, a pressão seletiva em herbívoros causada pelo uso de um modo de ação único, como proteínas tóxicas de cultivares Bt transgênicas, gera pragas resistentes. Por isso, a busca por compostos biológicos ecologicamente corretos, com diferentes modos de ação e efeitos semelhantes aos dos agrotóxicos convencionais, tem ganhado atenção em todo o mundo devido ao seu apelo sustentável. Os inibidores de protease (IPs) fazem parte da defesa natural das plantas contra herbívoros e aparecem como um potencial agente de controle para complementar, ou mesmo substituir, os atuais agrotóxicos convencionais. Essas moléculas se ligam a proteases que clivam as proteínas da dieta em aminoácidos livres, prejudicando o ciclo de vida e a reprodução dos insetos. No entanto, devido à coevolução com as plantas, os herbívoros desenvolveram adaptações para retardar os efeitos dos IPs naturais, reduzindo sua eficácia no campo. Neste trabalho, primeiramente, foram avaliados os efeitos de dois inibidores de proteases peptídicos (GORE1 e GORE2) desenhados a partir de substratos tripeptídicos de tripsina-like contra Anticarsia gemmatalis através de estudos de docking e dinâmica molecular, ensaios enzimáticos in vitro e in vivo e testes biológicos. Posteriormente, foram avaliados os efeitos diferenciais de dois inibidores de proteases BPTI (Bovine pancreatic trypsin inhibitor) – non-host PI e SKTI (Soybean kunitz trypsin inhibitor) – host PI – nas respostas adaptativos e no ciclo de vida de Anticarsia gemmatalis. Além disso, foram realizados ensaios computacionais de dinâmica molecular proteína- proteína a fim de identificar os sítios reativos destas duas moléculas, visando o desenho de outros novos peptídeos inibidores de proteases. Os inibidores peptídicos são potenciais candidatos para o manejo de insetos lepidópteros. A otimização dessas moléculas, por meio de modificações químicas estruturais, e a formulação de biopesticidas contendo uma variedade de peptídeos, com diferentes modos de ligação a serino-proteases, poderia viabilizar o uso desse tipo de moléculas na agricultura. Palavras-chave: Lagarta-da-soja. Peptídeos. Inibidores proteicos. Serino-proteases. Docking molecular
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Transcriptoma, proteoma e cinética das proteases intestinais de lagarta da soja: características da resposta bioquímica a inibidores de proteases de natureza proteica
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-06-20) Silva Júnior, Neilier Rodrigues da; Oliveira, Maria Goreti de Almeida; http://lattes.cnpq.br/6118347723704489
    Os inibidores de protease (IP) produzidos pelos vegetais têm um amplo espectro de proteases- alvo. No entanto, as pragas agrícolas encontraram formas de debelar os efeitos negativos dos IP de suas plantas hospedeiras. Para compreender os mecanismos moleculares e fisiológicos envolvidos na interação inseto-planta, a lagarta da soja (Anticarsia gemmatalis) e a soja (Glycine max) foram utilizadas como animal e planta modelo. Por meio de diferentes abordagens bioquímicas e biológicas, este trabalho apresentou as hidrolases intestinais da A. gemmatalis com elevada cobertura mediante à metodologia de 1DE-LC/MS proposta. Essa estratégia, apresentada de forma inédita, possibilitou a identificação de 98 hidrolases não redundantes, compreendendo isoformas importantes no mecanismo adaptativo do inseto a IP de plantas. As variações ocorridas nesse proteoma foram avaliadas expondo a lagarta a IP. Os resultados mostraram modulações fisiológicas que foram capazes de driblar os efeitos negativos dos inibidores. Houve aumento de isoformas responsáveis por atividades proteolíticas bem como aumento de proteínas relacionadas a processos de estresse. A presença de IP na dieta causou respostas nas atividades enzimáticas que revelaram uma melhor adaptação da lagarta ao IP natural da soja quando comparado a inibidores sintéticos. As análises de docking molecular mostraram a termodinâmica e os sítios de ligação envolvidos no complexo enzima-inibidor (EI), revelando características importantes para um IP eficiente. Usando esse conhecimento como base, um tripeptídeo (GORE2) foi racionalmente desenhado para atuar como inibidor de tripsinas-like de A. gemmatalis. O transcriptoma do intestino da lagarta mostrou que a presença do GORE2 e do SKTI, inibidor natural da soja, foram responsáveis por 1474 genes diferencialmente expressos, revelando importantes enzimas envolvidas na resposta do inseto. O GORE2 proposto mostrou-se mais eficiente que o SKTI ao provocar danos celulares no epitélio intestinal. Os danos mais intensos e extensos provocados pelo inibidor peptídico foram acompanhados por estresse oxidativo e pela baixa eficiência na resposta do inseto para se desintoxicar do estresse oxidativo por meio de enzimas antioxidantes. Esses resultados permitiram um melhor entendimento sobre o arsenal bioquímico e molecular do herbívoro para propor um IP potente, abrindo caminho para novas abordagens no desenvolvimento de defensivos agrícolas ambientalmente corretos e eficientes no manejo de pragas. Palavras-chave: Anticarsia gemmatalis. Enzimologia. Glycine max. Manejo de pragas agrícolas. Proteômica.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Avaliação do potencial de aplicação industrial de subprodutos da cadeia produtiva das palmeiras amazônicas Açaí (Euterpe oleracea), Tucumã do Amazonas (Astrocaryum aculeatum) e Tucumã do Pará (Astrocaryum vulgare)
    (Universidade Federal de Viçosa, 2021-08-30) Santos, Kimberly Luciana Beira-Mar dos; Guimarães, Valéria Monteze; http://lattes.cnpq.br/1191165975709933
    O crescente aumento demográfico associado à demanda por insumos e energia é uma preocupação mundial. Várias estratégias estão sendo desenvolvidas visando mitigar os efeitos do consumo de recursos não-renováveis, uma delas é o uso de biomassas vegetais, que surgem como uma alternativa limpa, sustentável e abundante. O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial de aplicação industrial de subprodutos das cadeias produtivas de biomassas amazônicas como o açaí, tucumã do Amazonas e tucumã do Pará. Ensaios de caracterização química destas biomassas amazônicas permitiram compreender a composição e a grande biodisponibilidade de moléculas de interesse biotecnológico, como polissacarídeos, lignina, proteínas e lipídios. Baseado na composição rica em nutrientes, a casca de tucumã do Amazonas in natura e a fibra da polpa de tucumã do Pará, foram avaliadas quanto ao seu potencial como fonte de carbono na indução de enzimas lignocelulolíticas utilizando cinco fungos conhecidos pela sua produção de (hemi)celulases, são eles: Aspergillus niger, Penicillium chrysogenum, Chrysoporthe cubensis, Trichoderma deliquescens e Ceratocystis fimbriata. Os resultados mostraram que ambas as biomassas são excelentes fontes de carbono, no entanto os extratos enzimáticos mais completos em termos de atividade enzimática e quantidade de enzimas foi produzido pelos fungos C. cubensis e T. deliquescens cultivados na casca de tucumã do Amazonas. Além disso, ensaios de hidrólise enzimática das biomassas foram realizados utilizando os extratos enzimáticos brutos de C. cubensis e T. deliquescens e o coquetel comercial CellicCTec 2. Os melhores resultados de liberação de glicose foram alcançados na hidrólise da fibra polpa de tucumã do Pará processada pelos coquetéis de C. cubensis e T. deliquescens. As análises experimentais permitiram concluir que a biodisponibilidade das biomassas aqui estudadas pode ser a chave para o desenvolvimento regional sustentável, pois permite que os recursos naturais sejam completamente aproveitados de forma racional e consciente, mas também gerando retorno econômico e desenvolvimento social. Palavras-chave: Açaí. Tucumã do Amazonas. Tucumã do Pará. Caracterização química. Hidrólise enzimática
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Atividade nematicida in vitro de micélios e extratos de Fusarium verticillioides e Pleurotus djamor
    (Universidade Federal de Viçosa, 2020-09-30) Tavares, Gabriella Peterlini; Queiroz, José Humberto de; http://lattes.cnpq.br/9080290215531607
    Os nematoides do gênero Meloidogyne são responsáveis por enormes prejuízos na agricultura, sendo considerados os principais fitopatógenos devido ao seu modo de vida endoparasitário. Ao infectar as raízes provocam sérios danos que culminam na perda de produtividade no campo. Como alternativa para controlar essa praga agrícola sem prejudicar a saúde humana e o meio ambiente, fungos nematófagos são muito utilizados, sendo considerados inimigos naturais dos nematoides. Este trabalho tem por objetivo investigar os fungos Fusarium verticillioides e Pleurotus djamor como agentes de biocontrole. Foram testadas as atividades do micélio, do extrato bruto e da protease parcialmente purificada provenientes de um isolado de F. verticillioides sobre juvenis de Meloidogyne javanica. A punficação enzimática ocorreu por meio de ultrafiltração seguida de cromatografia de troca iônica. Obteve-se um pool enzimático com um fator de purificação de 19,79 vezes e um rendimento de 1,58% que apresentou maior atividade proteolítica a 50ºC em pH 9. A protease parcialmente purificada se mostrou termoestável a 50ºC, mantendo atividade relativa superior a 50% durante 60 horas nessa temperatura. A atividade enzimática foi inibida em presença de SDS e PMSF, características associadas a serino proteases. A atividade nematicida de F verticillioides foi observada após 24h de tratamento com micélio, extrato bruto e protease parcialmente purificada, os quais promoveram redução (p < 0,01) de 71,26 %, 61,48 e 84,81% na quantidade de juvenis J2 de M. javanica vivos, respectivamente. Os resultados obtidos demonstram F. verticillioides é um organismo promissor no controle biológico de fitonematóides e seu mecanismo de ação se dá pela produção de proteases degradadoras de cutícula. Também foi avaliada a atividade nematicida do micélio de P. djamor. Na presença dos micélios houve redução (p <0,01) das formas ativas de P. redivivus em 44,61% e 86,79% após tratamento de 24 e 48 horas. Sobre M. incognita houve a redução (p < 0,01) das formas ativas de J2 em 47,42% e 50,23% nos mesmos intervalos de tempo, no entanto não se observou atividade dos micélios sobre a integridade da estrutura dos ovos. O extrato aquoso e o extrato hidroalcoólico também se mostraram eficazes sobre P. redivivus. Durante os ensaios in vitro observou-se a formação de vesículas tóxicas com atividade nematicida. Também foi possível evidenciar a penetração dos micélios fúngicos na cutícula dos nematoides após a imobilização, fato que sustenta a inclusão de P. djamor como um fungo nematófago. Palavras-chave: Biocontrole. Fungos. Nematicida.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Utilização de resíduos agroindustriais no controle biológico de Meloidogyne incognita na soja
    (Universidade Federal de Viçosa, 2020-02-28) Oliveira, Stella Pollyanne; Queiroz, José Humberto de
    Os nematoides parasitam homens, animais e vegetais. Os fitonematoides são pragas responsáveis por perdas de produção significativa na agricultura, estimada em cerca de U$ 100 bilhões de dólares ao ano. A cultura de soja é uma das mais afetadas por esses fitopatógenos, estima-se perdas de 30 a 50% por safra. Os nematoides mais frequentes e prejudiciais tem sido os do gênero Me- loidogyne sp ., conhecidos como nematoides formadores de galhas, causam perdas econômicas em praticamente todas as espécies de plantas cultivadas. Diversas estratégias podem ser empregadas no manejo de nematoides na cultura, entretanto os nematicidas podem causar danos ambientais e à saúde humana. Diante dessas circunstâncias o controle biológico tem ganhado força, dentre eles se destacam os fungos nematófagos, que estão presentes na natureza como antagonistas naturais e conhecidos como agentes destruidores de nematoides. O que confere a ação nematicida desses fungos é que além de poderem parasita-los diretamente através de suas hifas, secretam metabolitos e enzimas com atividade nematicida. Trabalhos recentes do nosso grupo de pesquisa demonstraram que resíduos da produção de cogumelos apresentam um grande potencial nematicida. Estes resultados geraram o pedido de patente número BR10201801585, desde modo avaliou-se a atividade nematicida dos resíduos fungicos in vitro e in vivo contra o M. incognita e estimou-se a atividade enzimática de proteases e quitinases presentes nos resíduos. Elevadas taxas de mortalidades de ovos/juvenis foram observadas na avaliação in vitro , sendo os quatro melhores fungos H. mamoreus, L. edodes, P. ostreatus e P. eryngii testados in vivo , em casa de vegetação. Esses resíduos resultaram em altas taxas de redução no índice de galhas, ovos e juvenis, chegando a 70%, 69,4% e 52%, respectivamente. Além de reduzir a população de nematoides, os fungos diminuíram os danos causados por estes, aumentando a altura e massa da parte aérea, a produção de vagens e a massa fresca da raiz. A aná- lise enzimática demonstrou a presença de quitinases em todos os resíduos.Através dos resultados, pode-se constatar uma alta atividade nematicida dos resíduos de cogumelos, bem como a presença de quitinases. Isso indica que é muito importante uma caracterização dos compostos presentes nesses resíduos e entender melhor a interação de cada fungo com a planta e o nematoide. Palavras-chave: Fitonematoides. Controle biológico. Basidiomicetos. Metabolitos.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Vias de resposta cruzada de plantas de soja submetidas ao déficit hídrico e herbívora por Anticarsia gemmatalis
    (Universidade Federal de Viçosa, 2021-01-29) Faustino, Verônica Aparecida; Oliveira, Maria Goreti de Almeida; http://lattes.cnpq.br/4347752666481421
    Atualmente é consensual que as mudanças climáticas estão promovendo aumentos nas temperaturas globais, variabilidade na precipitação e surtos de pragas de insetos mais frequentes. Em adição, existem indicativos que a susceptibilidade das plantas ao ataque de insetos pragas pode ser aumentada em condições de estresses abióticos, tais como seca, e que estas respostas são variadas em função dos genótipos. Assim, a compreensão dos mecanismos moleculares de tolerância aos estresses bióticos e abióticos é crítica para o melhoramento genético das plantas cultivadas e sustentabilidade da produtividade. Estudos tem indicado que algumas respostas fisiológicas e cascatas regulatórias são compartilhadas quando desencadeadas por diferentes sinais de estresse. Desta forma, examinamos as cascatas regulatórias e as vias metabólicas de genótipos de soja tolerantes à seca (EMBRAPA 48), resistentes a infestação de A. gemmatalis (IAC17), comparando com um genótipo sensível à seca/ataque de insetos (BR16), e todos foram submetidos a ambos os sinais de estresse (abióticos e bióticos). Plantas em condições de seca foram menos suscetíveis ao ataque de insetos, promovendo menor sobrevivência da lagarta. As reduções de sobrevivência não foram dependentes dos fenótipos de tolerância à seca ou resistência a insetos, embora mais pronunciadas para IAC17. Além disso, perfis de metabólitos, expressão gênica e ensaios enzimáticos nos levam a concluir que apenas o sinal de seca não foi suficiente para explicar totalmente as reduções de sobrevivência. As atividades de inibição da protease e a expressão gênica se correlacionaram com os níveis de ABA, indicando que a sinalização de JA foi potencializada pelo ABA para aumentar a produção dos metabólitos dissuasores. Portanto, o aumento dos níveis de ABA durante o tratamento da seca pode estar agindo sinergicamente para aumentar a resposta de JA, não afetando os primeiros estágios das vias LOX e JA. Assim, “hub (s)” molecular (is) regulatório (s) integrando com múltiplos sinais podem ser alvos para engenharia genética de plantas com múltiplas tolerâncias a estresses ambientais. Palavras-chave: Déficit hídrico. Inseto-praga. Resistência de plantas. Perfis metabólicos. Expressão gênica.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Análise de componentes moleculares da espuma e da toxina presente na glândula salivar de cigarrinha das pastagens
    (Universidade Federal de Viçosa, 2021-07-28) Rinaldi, Angelo José; Oliveira, Maria Goreti de Almeida; http://lattes.cnpq.br/5114826041947329
    Mahanarva spectabilis conhecida como cigarrinha-das-pastagens é o principal inseto-praga que causa severos danos as forrageiras tropicais, comprometendo a produção bovina e também a cadeia leiteira. Os adultos das cigarrinhas atacam a planta causando danos foliares como a clorose. As ninfas, por sua vez, criaram um mecanismo de proteção eficaz contra perda de umidade, contra variações de temperaturas e contra ação de inimigos naturais que é a produção de uma espuma que o encobre. Como estes mecanismos podem ser importantes para o controle do inseto-praga, foram analisados alguns dos constituintes das glândulas salivares como agentes citotóxicos, além da constituição proteica da espuma. Análises por SDS-PAGE LC/MS identificaram a região codificadora de uma proteína de 66 kDa apresentando alta abundância relativa na espuma. A presença deste gene de origem genômica foi confirmada por PCR, e como sendo de função desconhecida pela ausência de homólogos descritos. Um metabólito presente em alta abundância na glândula salivar foi identificado com alta similaridade com a toxina de origem fúngica Citocalasina B, podendo estar envolvido na produção do sintoma de clorose nas folhas. Portanto, as caracterizações funcionais dos componentes moleculares identificados poderão ser alvo para o desenvolvimento de mecanismo de controle na interação do inseto- praga. Palavras-chave: Cigarrinha-das-pastagens. Glândula salivar. Proteômica. Interação planta- praga. Espuma. Citocalasina B.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Análises bioquímica, microbiológica e proteômica de pacientes com sepse
    (Universidade Federal de Viçosa, 2021-05-27) Leal, Dalila Teixeira; Oliveira, Maria Goreti de Almeida; http://lattes.cnpq.br/9063675498055119
    A Sepse é caracterizada, de acordo com o The Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock, como a disfunção orgânica com risco de vida, causada por resposta desregulada à infecção. Na presente investigação, realizou-se estudo retrospectivo observacional com objetivo de analisar os parâmetros bioquímicos, microbiológicos e proteômicos de pacientes com Sepse internados em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de hospital da Zona da Mata de Minas Gerais, Brasil. Essa tese apresenta a seguinte estrutura: Introdução, apresentando revisão dos principais conceitos relativos à Sepse; três Capítulos correspondentes a três artigos; Discussão e Conclusão Geral; mais as Referências. O primeiro Capítulo descreveu os principais microrganismos encontrados nas amostras clínicas dos pacientes internados com Sepse e a resistência antimicrobiana apresentada por esses patógenos. Demonstrou-se que os dispositivos invasivos mais utilizados pelos pacientes com Sepse (n=19) foram o cateter venoso central, o ventilador mecânico e o cateter urinário. As axilas e a secreção traqueal foram os locais mais colonizados. Os microrganismos isolados, relacionados com a colonização, foram a Psudomonas aeruginosa, Enterobacter spp. e Acinetobacter spp. Em relação a infecção, o trato urinário foi o mais acometido e o principal microrganismo relacionado a esta infecção foi a Pseudomonas aeruginosa. Nas culturas investigadas, relacionadas tanto com a colonização, quanto infecção, Ciprofloxacino foi o antimicrobiano ao qual as bactérias apresentaram maior resistência. O segundo Capítulo teve por escopo a análise dos parâmetros bioquímicos e as relações entre neutrófilo/linfócitos (RNL), plaquetas/linfócitos (RPL) e linfócitos/monócitos (RLM) de pacientes com Sepse, internados na UTI (n=7). As principais fontes de infecção foram o sistema respiratório e o abdômen. O microrganismo mais frequente, isolado nas culturas, foi a Escherichia coli. Os valores de creatinina, ureia e FiO 2 apresentaram-se elevados desde o início da internação para os enfermos com Sepse que evoluíram para o óbito. Nos pacientes que faleceram, a Relação Neutrófilo/Linfócito (RNL) aumentou ao longo do tempo, ao contrário dos doentes que sobreviveram, os quais apresentaram queda nesses valores ao longo do tempo. A RNL mostra-se como marcador prognóstico importante para Sepse. O terceiro capítulo orientou-se à descrição dos spots de proteínas, encontrados ao longo do tempo (T1xT2 e T2xT3), obtidos por análise de detecção e quantificação diferencial sobre os géis 2DE, com diferenças estatísticas nas comparações entre enfermos com Sepse (n=7) que receberam alta e aqueles que evoluíram para a óbito. A análise longitudinal mostrou que houve diferenças entre os dois grupos quanto ao tempo e desfecho da doença. Os pacientes que evoluíram para o óbito tiveram número maior de spots proteínas alteradas ao longo do tempo, principalmente entre os tempos T2 e T3. Novos estudos são necessários à caracterização microbiológica e bioquímica dos pacientes com Sepse, especialmente no que concerne a correlação entre esses dados, que provavelmente contribuirá à melhor compreensão desta importante condição mórbida. Palavras-chave: Prognóstico. Proteômica. Sepse. Spots de Proteína.