Patrimônio Cultural, Paisagens e Cidadania
URI permanente para esta coleçãohttps://locus.ufv.br/handle/123456789/8662
Navegar
Item A cachaça de alambique como patrimônio cultural e sua influência no desenvolvimento socioeconômico do município de Presidente Bernardes – MG(Universidade Federal de Viçosa, 2020-07-10) Matias, Ednir Damasceno; Silva, Luana Melo e; http://lattes.cnpq.br/7069870778996629A cachaça é um tradicional produto brasileiro que vem cada vez mais conquistando lugar de destaque na cultura nacional. Embora a valorização da cachaça tenha ampliado nas últimas décadas, este bem cultural, em geral, ainda precisa ser mais bem explorado pela sociedade, pelos órgãos públicos e pela iniciativa privada para que este patrimônio e seus componentes sejam salvaguardados. Em Presidente Bernardes (MG), cidade produtora de cachaça em grande quantidade desde o período colonial, a realidade é ainda mais delicada, sendo que as atividades de muitos dos alambiques antigos já se encerraram e outros caminham para o encerramento. A pesquisa realizada de forma exploratória teve como objetivo investigar alguma relação entre o patrimônio cultural relacionado à cachaça e o desenvolvimento local em Presidente Bernardes – MG. Assim, o estudo realizado identificou que a população de Presidente Bernardes ainda apresenta forte identidade com este patrimônio cultural e que este, se trabalhado em conjunto com outras políticas públicas e planejamento municipal, tem o potencial de contribuir para o desenvolvimento socioeconômico da cidade por meio da exploração do turismo que envolve a cachaça. Assim, a exploração da atividade turística com a cachaça e outras curiosidades que envolvem o meio rural tem o potencial de colaborar com a salvaguarda deste patrimônio, ao incentivar a permanência das pessoas no campo juntamente com os investimentos consequentes. Palavras-chave: Cachaça. Patrimônio. Turismo. Desenvolvimento. Presidente BernardesItem A fé e o fogo: trajetória, relapsia e herança imaterial do cristão-novo Félix Nunes de Miranda (1670-1731)(Universidade Federal de Viçosa, 2018-03-28) Nalon, Daniela Cristina; Assis, Angelo Adriano Faria de; http://lattes.cnpq.br/5150653106947725O cristão-novo Félix Nunes de Miranda foi processado por duas vezes pelos Tribunais do Santo Ofício de Llerena, na Espanha, e de Lisboa, em Portugal. Em 1696 foi preso por roubo e práticas judaizantes e no período entre 1697 e 1727 ele e a família se mudaram para Campos da Cachoeira, na Bahia, para recomeçar a vida longe dos tribunais inquisitoriais. Após 30 anos vivendo no Brasil, Félix retornou ao Reino acusado de relapsia em judaísmo, crime pelo qual foi relaxado à justiça secular. Além de sua trajetória, buscou-se nesta pesquisa analisar o patrimônio religioso em suas duas vertentes, as práticas de que fora acusado de ter e as crenças nas quais afirmou ter sido instruído.Item A força pública na transformação da paisagem de Belo Horizonte: influências do policiamento da cidade na Primeira República(Universidade Federal de Viçosa, 2021-02-10) Lourenzato, Augusto Cezar; Araújo, Patrícia Vargas Lopes de; http://lattes.cnpq.br/5662657323379826Esta pesquisa teve como objetivo analisar a influência da Força Pública na transformação da paisagem de Belo Horizonte, através do policiamento, durante a Primeira República (1889- 1930). Esse período é marcado por grandes transformações, no mundo, no Brasil e, especificamente, no estado de Minas Gerais. O processo de mudança da capital mineira da cidade de Ouro Preto para Belo Horizonte, inicialmente denominada Cidade de Minas, provocou uma série de alterações na paisagem do antigo arraial do Curral d’El Rei, que passaria a sediar a administração estadual. O projeto do engenheiro Aarão Reis, para a nova capital, representava os interesses da elite mineira, que defendia a implementação dos ideais de modernidade que se desenvolviam no mundo ocidental e tinham como origem as concepções iluministas do século XVIII. Esse projeto refletiu todo o racionalismo e tecnicismo de reformas urbanistas que o precederam, como a de George-Eugène Hausmann, em Paris, que priorizou o fluxo de pessoas e mercadorias. Entendendo que a produção da paisagem urbana de Belo Horizonte não se limitou ao período de sua construção, esse trabalho investigou a ação da Força Pública de Minas Gerais na repressão de indivíduos considerados indesejáveis e que eram incompatíveis com o projeto modernista da época. Para tanto, esse estudo apoiou-se no conceito do geógrafo Denis Cosgrove, para quem a paisagem seria uma representação cultural e se manifestaria numa relação de dominância entre as culturas. Dessa forma, essa pesquisa focou nas atividades da Guarda Civil de Belo Horizonte, representadas pelas prisões correcionais. Visando contribuir com a história das polícias no Brasil, processou-se também um apanhado sobre a formação da Força Pública e, dentro dela, dos papéis da Guarda Civil e do Chefe de Polícia. Palavras-chave: Polícia. Belo Horizonte. Primeira República. Paisagem. Modernidade.Item A formação de um município e a construção da identidade local: Inhapim (1865-1952)(Universidade Federal de Viçosa, 2017-12-15) Gonçalves, Aloysius Gentil; Araújo, Patrícia Vargas Lopes de; http://lattes.cnpq.br/9257229077588290Através dessa dissertação, resultante do trabalho de pesquisa desenvolvido durante o Mestrado Profissional em Patrimônio Cultural, Paisagens e Cidadania pela Universidade Federal de Viçosa, estudamos a formação do município de Inhapim e a construção de sua identidade, buscando conhecer a sua origem ainda no século XIX (1865), passando pelo processo de sua emancipação político-administrativa, chegando até a sua consolidação enquanto espaço urbano (1952). Para realizar este estudo, procuramos partir do princípio da importância de se valorizar o elemento local frente à imposição do global. As fontes consultadas, basicamente, foram os jornais produzidos localmente que forneceram elementos que ajudaram a revelar a identidade local, bem como uma literatura de cunho memorialista. Além dessas fontes, também a bibliografia pertinente ao tema alicerçou nosso trabalho de pesquisa. Desse modo, acreditamos poder contribuir para a escrita de uma história local e também regional, tão necessárias num mundo dominado pelo discurso globalizante.Item A identidade do esaviano: práticas educativas e controles institucionais em uma escola agrícola mineira. (1926-1948)(Universidade Federal de Viçosa, 2017-07-03) Paes, Ernani Barbosa; Azevedo, Denilson Santos de; http://lattes.cnpq.br/6416920909773302A presente pesquisa foi produzida no âmbito do Mestrado Profissional em Patrimônio Cultural, Paisagens e Cidadania da Universidade Federal de Viçosa. O estudo trata da análise das práticas pedagógicas e de controle de condutas, além da inculcação de valores morais, cívicos e de higiene, impostos pela direção central da Escola Superior de Agricultura e Veterinária do Estado de Minas Gerais - ESAV, aos seus alunos. O período estudado inicia no ano de 1926, data da inauguração oficial da Instituição, até o ano de 1948, quando o Estabelecimento passou a fazer parte da Universidade Rural do Estado de Minas Gerais UREMG. As fontes utilizadas estão todas armazenadas no Arquivo Central e Histórico da UFV. A ESAV era uma Escola Superior de Agricultura isolada, criada pelo Presidente Arthur Bernardes, que era viçosense, e dirigida inicialmente pelo estadunidense Peter Henry Rolf. No Estabelecimento eram ministrados cursos elementares, médio e os cursos superiores a parti de 1928. Porém, a formação ministrada pela Instituição aos seus alunos era pensada pela sua administração como algo mais que apenas mera formação para o trabalho. O discurso de criação de um técnico diferenciado dos que já atuavam no país naquela época e as práticas pedagógicas de valorização do ensino mais prático que teórico, onde o aluno aprende a fazer fazendo, além da disciplina constante durante as aulas foram ferramentas indispensáveis pela direção central para a formação de seus técnicos. Ao mesmo tempo, o controle das posturas mediante regras de conduta, dentro e fora do Perímetro da Escola, juntamente a orientação imposta nas Reuniões Gerais, eram as formas de a Escola Superior de Viçosa modelar a atuação social do homem. Assim, agindo de maneira consciente nas duas esferas a diretoria e o corpo docente da ESAV forjavam em seus alunos os padrões os quais eles acreditavam ser o ideal para, nas palavras dos professores e diretores da Escola, atuar na modernização da produção agrícola e na sociedade mineira e brasileira.Item A influência da criação do Parque Nacional do Caparaó (1961-2014) sobre a mudança da paisagem em Alto Caparaó-MG: sob a perspectiva do turismo(Universidade Federal de Viçosa, 2016-08-26) Amarante, Fahrenheit Barbosa; Assis, Ângelo Adriano Faria de; http://lattes.cnpq.br/2112962092488952Nesta pesquisa, foi estudada a ocorrência dos impactos da atividade turística, que condicionaram transformações na paisagem em Alto Caparaó. A partir da criação deste Parque Nacional, pautada sobre a lógica do desenvolvimento local. O trabalho foi desenvolvido com pesquisa in loco, além de realização de entrevistas semiestruturadas, destinadas aos representantes dos setores envolvidos no município como gestão do Parque, Secretaria de Turismo, Trade turístico e sociedade civil. O turismo, mesmo que incipiente no município, vem trazendo modificações em suas estruturas locais, mas ainda não possui relevância reconhecida como a cafeicultura, para a população e o poder público. No entanto, medidas tem sido feita, para a otimização dessa atividade, visualizando uma forma de desenvolver a região.Item A memória do município de Viçosa no jornal Folha da Mata (1970 -2019)(Universidade Federal de Viçosa, 2022-07-21) Miranda, Lílian de Freitas; Vailati, Luiz Lima; http://lattes.cnpq.br/03043741338448Essa pesquisa foi desenvolvida no âmbito do Mestrado Profissional em Patrimônio Cultural, Paisagens e Cidadania. O estudo versa sobre a história da memória do município de Viçosa – MG, entre os anos de 1970 e 2019. Nesse período, intensificam-se os trabalhos de organização do fenômeno, em virtude da comemoração dos 100 anos do município, e encerra-se um pouco antes da celebração do seu aniversário de 150 anos. Foi examinada a constituição do trabalho de enquadramento da memória oficial sobre a cidade de Viçosa-MG, a partir de seus atores profissionalizados e da produção de narrativas organizadas, destacando disputas entre memórias concorrentes, de famílias e partidos políticos, que exerciam funções de legitimação de pessoas e coletivos. As formas das narrativas foram tratadas como ferramentas para atualização da memória, inclusão de novos quadros de lembranças e na manifestação dos limites da versão oficializada sobre a cidade vocacionada à educação em relação a outras memórias. Na discussão, foram utilizados conceitos como “trabalho de enquadramento da memória”, “lugares de memória”, “testemunho” e “memória cultural” para compreender as nuances do fenômeno oficial e confrontá-lo com a memória dos silenciados, representados no grupo de congadeiros local. As fontes analisadas foram obras de memorialistas locais, série de edições do jornal Folha da Mata e um documentário sobre a tradição do congado de São José do Triunfo. O exame teórico soma-se à produção de uma cartilha, com propostas de práticas para colaborar para a inserção do conteúdo referente à história local nas escolas, a partir de atividades de fácil e baixo custo de execução que visam ouvir e reconhecer os “outros” a partir de suas histórias, e a perceber o município através de outras representações do passado. Palavras-chave: Memória. Narrativas. Silenciados.Item A paisagem que vejo e construo: a aplicação da aula-passeio freinetiana como práxis da Educação Patrimonial em uma escola da cidade de João Monlevade – MG(Universidade Federal de Viçosa, 2018-08-06) Pereira, Joel dos Santos; Araújo, Patrícia Vargas Lopes de; http://lattes.cnpq.br/6857085860645112Essa pesquisa, realizada com alunos do 7o ano do Ensino Fundamental do Centro Tecnológico Dr. Joseph Hein (CENTEC), aliou-se ao ensino de Geografia e à pedagogia de Celestin Freinet, propondo uma prática de Educação Patrimonial com a paisagem da cidade de João Monlevade – MG. Considerando a paisagem como a materialização das relações entre o homem e o espaço em que ele vive e refletindo sobre usos do patrimônio, da memória e da história, os estudantes puderam ressignificar o passado através das marcas pretéritas existentes na paisagem do presente. A metodologia utilizada para atingir os propósitos dessa pesquisa foi a aula-passeio, que além de se apresentar como uma prática prazerosa na relação de ensino-aprendizagem, possibilitou a descoberta e a valorização dos patrimônios culturais que marcam a paisagem monlevadense. A inserção dos alunos na própria cidade, explorando suas memórias, discutindo identidades e traduzindo conceitos, se configurou em uma experiência de Educação Patrimonial que se baseou em discussões teórico-metodológicas, mas que culminaram com a realização de aulas práticas. A partir dessa estratégia educativa, elaborou-se um Caderno de Orientações e Sugestões, que poderá ser utilizado por diversos educadores, como alternativa para realizar a Educação Patrimonial no espaço cotidiano dos alunos.Item A pena e o compasso: políticas públicas patrimoniais e a produção da paisagem urbana de Viçosa – MG entre 1980 e 2010(Universidade Federal de Viçosa, 2016-03-18) Martins, Walkiria Maria de Freitas; Civale, Leonardo; http://lattes.cnpq.br/6647474866773090A presente pesquisa foi desenvolvida no âmbito do Mestrado Profissional em Patrimônio Cultural, Paisagens e Cidadania. Trata-se de um estudo sobre as políticas patrimoniais do município de Viçosa, MG. O período abarcado no trabalho está compreendido entre os anos de 1980 e 2010, quando se intensificaram os discursos identitários de alguns grupos sociais da cidade, até a sua materialização em um conjunto patrimonial. A paisagem do município é marcada por ícones eleitos como patrimônios e igualmente, pela destruição daqueles que não foram selecionados como tais. Esse processo não ocorreu sem conflitos. A partir desse pressuposto, o objetivo central do trabalho foi analisar as discussões relacionadas ao patrimônio, enfatizando os diferentes grupos sociais cujos interesses se chocaram nesse contexto. E ainda, analisar como os discursos predominantes, acabaram por modelar a paisagem da cidade, através das políticas públicas. Conceitos como memória, “lugares de memória”, paisagem e identidade são caros à discussão. O trabalho se dedicou a analisar os discursos oficiais referentes ao patrimônio, com a finalidade de interpretá-los, identificando os interesses por eles representados e confrontando-os a outros que foram marginalizados. Para tanto, foram analisados documentos constantes do Arquivo da Câmara Municipal de Viçosa. Também foram investigados o acervo documental do Arquivo do Departamento Municipal de Cultura e Patrimônio, os arquivos do jornal Folha da Mata, textos publicados em blogs mantidos por moradores de Viçosa, além da bibliografia de caráter memorialista, de autores viçosenses. Além da análise teórica, realizamos uma intervenção prática que constitui o “Produto Final” do trabalho. Foi realizado um curso em que exploramos as possíveis relações entre o patrimônio histórico-cultural da cidade e a educação. Esperamos que a junção da análise teórica com a proposta de intervenção possa oferecer possibilidades de reflexão sobre o papel social do patrimônio histórico-cultural e contribua para a ampliação da cidadania para os diferentes grupos que compõem a sociedade viçosense.Item A política e a construção de um discurso museológico e arquivístico em Carangola – MG (1952-2020)(Universidade Federal de Viçosa, 2020-08-27) Narciso, Luciana do Carmo; Oliveira, Gustavo de Souza; http://lattes.cnpq.br/6916610534948552Esta dissertação versa sobre a história do Arquivo Histórico-Geográfico Municipal (AHGM), atual Centro de Documentação Histórica, e o Museu Histórico Municipal (MHM). Os capítulos que compõem este trabalho trazem considerações sobre os processos de constituição dos acervos do AHGM e do MHM, por meio da análise dos conteúdos produzidos pelos jornais Gazeta de Carangola, Folha da Mata e Jornal da Cidade entre 1952 e 2003. Além dessa documentação, utilizamos as atas do Conselho Deliberativo Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural de Carangola, entre 1997 e 2020. Este período corresponde ao ano de criação do Conselho e data da conclusão desta dissertação. Buscamos compreender os contextos em que se inseriram o processo de constituição dos acervos e quais eram suas principais demandas e expectativas. Percebemos ao longo da pesquisa que desde a criação do MHM, determinadas narrativas são postas em detrimento de outras, o que acentua as diferenças entre comunidade e acervo, muitas vezes denunciadas através dos jornais como desinteresse. No que concerne ao AHGM, a ausência de uma gestão de arquivos sempre comprometeu seu funcionamento e os espaços designados para o AHGM não conseguiam suportar a demanda que a produção arquivística impõe. Ainda que ao longo da trajetória de ambas as instituições seus diretores tenham buscado melhorias, as transformações administrativas, sejam elas no âmbito municipal ou interna às instituições, provocam cisão entre as práticas anteriores. As descontinuidades e os recomeços marcam significativamente a história do Museu e do Arquivo. Esta dissertação se estende a uma dimensão prática, onde, com intuito de contribuir com a documentação do acervo do MHM, elaboramos o Inventário de cinco coleções do MHM, e, em relação ao AHGM, participamos da recuperação do acervo de sua hemeroteca afetado pela enchente de 2020. Palavras-chave: Museu. Arquivo. Patrimônio Cultural. Carangola. Inventário.Item A produção audiovisual moçambicana de 2010-2019: patrimônio cultural e identidade nacional em Moçambique na atualidade(Universidade Federal de Viçosa, 2022-12-16) Oliveira, Julia Alves de; Silva, Thiago Henrique Mota; http://lattes.cnpq.br/0713034196599755O presente trabalho busca analisar de que forma a produção de imagens no presente dialoga com aspectos históricos e culturais da construção da nação e da identidade nacional moçambicana. Através da coleta e da sistematização de dados de obras cinematográficas produzidas em Moçambique entre os anos de 2010 e 2019, busca-se refletir sobre o papel do patrimônio cultural e audiovisual na consolidação de elementos que contribuem para as narrativas oficiais da nação moçambicana construída durante e após a luta pela independência. Ao analisar uma seleção de obras cinematográficas produzidas nos tempos recentes, este trabalho busca discutir questões relacionadas com a mobilização da memória coletiva, a construção da história oficial, o silenciamento de memórias sensíveis e a invisibilização das identidades dissidentes ao projeto de nação criado pela FRELIMO. O trabalho apresenta um levantamento inédito de obras cinematográficas moçambicanas produzidas na segunda década do século XXI, propondo um eixo para a construção de uma base de dados permanente do cinema de Moçambique. Palavras-chave: Cinema moçambicano. Patrimônio cultural. História moçambicana. Patrimônio audiovisualItem À sombra da Luz. Patrimônio e usos da memória na paisagem urbana no centro de São Paulo(Universidade Federal de Viçosa, 2017-08-25) Nunes, Luna Brum; Civale, Leonardo; http://lattes.cnpq.br/7608161626249176A cidade de São Paulo acompanhou uma tendência mundial que se desenhou a partir das últimas décadas do século XX. Assim como outras cidades no mundo, vem passando por projetos de revalorização urbana de algumas regiões, principalmente nos chamados centros históricos. Em todas as propostas ressalta-se primeiramente a característica de “degradação” associada a sujeira, poluição, presença de população de baixo poder aquisitivo que no geral, são transeuntes, trabalhadores ambulantes e moradores. No caso da região da Luz, vários projetos surgiram desde os anos 1970, que ao identificar essa região como um espaço deteriorado também reconheceu suas potencialidades culturais. Através das pesquisas realizadas nos processos de tombamento das edificações instaladas na área, percebemos que desde então a atenção do órgão estadual que promove a preservação e defesa do patrimônio cultural, Condephaat, voltou sua atenção para o bairro e promoveu uma série de tombamentos principalmente na década de 1980. Convergiram desse modo, tombamentos, identificação da região como degradada e projetos para a revalorização do espaço no bairro da Luz, o que sugere que a memória histórica do bairro foi reconsiderada dentro da prática patrimonial, que abriu espaço para trazer as feições arquitetônicas da Luz para o critério dos tombamentos até então ignoradas pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional. Nesse sentido, foi possível estudar a elaboração do patrimônio cultural e do reconhecimento desse espaço como um conjunto histórico, estudando os documentos dos processos de tombamento e paralelamente, a trajetória da prática patrimonial nacional e desse modo, foi possível entender por que o patrimônio cultural da área foi por tanto tempo ignorado no roteiro patrimonial do instituto nacional. Com um aprofundamento na história e desenvolvimento do bairro da Luz pudemos perceber como se desenrolou aceleradamente, os investimentos urbanizadores neste local principalmente a partir da segunda metade do século XX. Diversas obras aconteceram por volta deste momento visando o progresso urbano e a circulação de automóveis, essas intervenções marcaram o espaço e sua paisagem. Pudemos averiguar como as relações desenvolvidas na modernidade com o espaço do bairro em vários momentos e em alguns episódios específicos, envolveu negociação com os seus elementos urbanos e os lugares de memória, e desse modo, como a identificação do bairro se transformou.Item Abr’olhos! Uma análise histórica do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos com as comunidades pesqueiras de Caravelas, BA(Universidade Federal de Viçosa, 2016-08-19) Barros, Janaína Gonçalves Rios; Dorella, Priscila Ribeiro; http://lattes.cnpq.br/3821736999827583A implementação no Brasil de Unidades de Conservação (UC), a partir dos anos de 1930, foi motivada, como se sabe, pela necessidade de preservação da natureza. Entretanto, a criação e manutenção dessas áreas protegidas, por vezes, deflagram conflitos que envolvem as comunidades tradicionais do seu entorno no que toca as restrições no usufruto de seus recursos naturais. A disputa de interesses e os impasses nas questões fundiárias relevam assim as fragilidades nas relações da gestão de conservação com as populações locais. Diante desta questão, este trabalho teve por objetivo compreender os desafios gerados com as restrições impostas a partir da criação da UC integral na região dos Abrolhos por meio da identificação e análise dos conflitos que circundam o Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, criado em 1982, e as comunidades pesqueiras de Caravelas, no Extremo Sul da Bahia. Ao longo da pesquisa foi possível observar, através de entrevistas e análises de documentos variados como jornais e leis, que os dilemas surgidos desde a inauguração do Parque Nacional Marinho de Abrolhos foram e são impulsionados, fundamentalmente, por interesses de ordem econômica ao envolver grandes empreendimentos na região, como a extração de petróleo e gás, a carcinicultura e a utilização da barcaça para escoar madeira de celulose pelo oceano. Com efeito, apesar dos pescadores reconhecerem a importância do Parque para a biodiversidade da região, eles não identificam benefícios para a economia local, o que acarreta em uma das razoes dadas para a existência da pesca ilegal e da clara percepção sobre fragilidade dos projetos de educação ambiental implementados na região.Item Acesso, sistematização e preservação dos documentos referentes à trajetória da pesquisa e pós-graduação na Universidade Federal de Viçosa (1926-2020)(Universidade Federal de Viçosa, 2022-03-21) Paula, Nanci Fernandes de; Queiroz, Jonas Marçal de; http://lattes.cnpq.br/3509361293898611Este trabalho tem como objeto de estudo o acervo documental da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação – PPG da Universidade Federal de Viçosa - UFV. Parte desta documentação encontrava-se em situação precária, acondicionada em uma sala de depósito da PPG, localizada no subsolo do Edifício Arthur Bernardes, sem os cuidados necessários para sua conservação e proteção. A dificuldade de levantamento de dados precisos e de documentação comprobatória de fatos referentes à trajetória da Pós-Graduação na UFV motivou a realização desta pesquisa com o intuito de estabelecer uma sistematização destes documentos e assim, promover a valorização desta massa documental e o acesso aos registros das memórias da PPG. A manutenção dos documentos que apontam o desenvolvimento da Pesquisa e Pós-Graduação na UFV tem uma importância histórica não só para a Universidade, mas também para a sociedade de modo geral, uma vez que a primeira tese de mestrado na aérea de Ciências Agrárias do Brasil foi defendida na UFV, no ano de 1961. Para tanto foi realizada uma pesquisa bibliográfica sobre memória, patrimônio, gestão de documentos e arquivos. Foi feito também um levantamento das informações referentes a Universidade Federal de Viçosa, sua estrutura e desenvolvimento, ao longo de suas três fases administravas, ESAV, UREMG e UFV. O mesmo procedimento foi adotado para se conhecer a história da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação e seu acervo documental, além da realização de questionamentos direcionados a equipe da PPG a fim de verificar o envolvimento dos técnicos com a gestão de documentos e a preservação da memória e do patrimônio documental da instituição. A partir destes dados foram realizadas intervenções e um levantamento dos documentos que compõem a massa documental da PPG. Como resultado deste trabalho, foram elaborados um diagnóstico deste acervo, uma proposta de arranjo para o arquivo, um guia de boas práticas na gestão de documentos e o Projeto Memórias da PPG, que poderá ser acessado pelo site oficial da PPG. Palavras-chaves: Memória, Patrimônio Documental, Pós-GraduaçãoItem Ações de educação patrimonial realizadas pelo IEPHA-MG: entre os anos de 2005 a 2010(Universidade Federal de Viçosa, 2017-10-17) Pereira, Ana Carolina; Assis, Angelo Adriano Faria deA presente dissertação investiga as práticas educativas realizadas pelo IEPHA-MG, entre os anos de 2005 e de 2010. Tentou-se traçar uma reflexão acerca das ações desenvolvidas pelo referido órgão público junto a alguns municípios. Para que a Educação Patrimonial não seja trabalhada apenas por meio de cartilhas e de visitas monitoradas, apresenta-se uma sugestão de material didático para discutir acerca dos bens culturais via Novas Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC’s). A ferramenta pedagógica escolhida foi um jogo virtual, pois por meio dele pode-se trabalhar - tendo como base gráfica a representação de um espaço citadino lúdico - as possibilidades de usar a cidade como um potencial objeto para a realização de discussões voltadas ao patrimônio cultural. Para tal, torna-se importante a compreensão de como o espaço construído e as vivências produzidas na urbe se transformaram em referências identitárias, porque na cidade pode-se perceber a dinâmica, as vicissitudes, as contradições de uma determinada sociedade, bem como a complexidade humana. E a partir da análise destes elementos é possível compreender como os bens culturais são construídos, como auxiliaram (e ainda ajudam) na formação da(s) memória(s), dos laços de pertencimento, das práticas culturais e como contribuíram para as discussões que embasaram as disputas travadas ao se tentar decidir o que seria preservado e o que se iria destruir, consequentemente tais investigações propiciam entender o papel do patrimônio na formação dos vínculos sociais.Item As alterações na paisagem do município de Rio Doce - MG provocadas pelo rompimento da barragem da Samarco Mineração (2010-2022)(Universidade Federal de Viçosa, 2022-09-06) Silva, Luís Filipe Pereira da; Faria, André Luiz Lopes de; http://lattes.cnpq.br/7128136685607082Este trabalho discute a transformação na paisagem pela qual os ribeirinhos da região de Rio Doce - MG passaram em decorrência do rompimento da barragem da Samarco Mineração, em Mariana - MG. O motivo que nos leva a estudar essa transformação na paisagem Rio Docense se justifica pelo interesse em analisar a dificuldade imposta à comunidade local pela tragédia, gerando diversos danos na esfera ambiental, econômica e social, analisados ao longo do estudo. A título de exemplificação podemos citar as intensas disputas, o aumento do trânsito de máquinas e equipamentos pesados, a falta de participação, os problemas relacionados à saúde e as dificuldades relacionadas à pecuária, pesca, areal, faiscação, turismo e agricultura. Aliado a essa situação, pensamos que ao entender como esse trágico evento aconteceu de fato, podemos ajudar a evitar outras tragédias como essa. Diante dessa complexidade e mistura de elementos, podemos dizer que o rompimento da barragem da Samarco causou sofrimento para a comunidade local, manifestando-se negativamente nas relações sociais, tradições, história e sua identidade. O objetivo geral desta pesquisa foi o de compreender as dinâmicas econômicas, ambientais e sociais dos ribeirinhos antes e após o rompimento, identificando os danos, as estratégias adotadas para contrapor às adversidades e caracterizando a transformação da paisagem. Para o desenvolvimento da pesquisa, fizemos uso de documentação diversa, entrevistas, história oral, pesquisa in loco e registro fotográfico com vista a estudarmos algumas percepções, vivências, memórias, valores e outros atributos ali presentes. Além disso, fez-se necessário a utilização da uma abordagem qualitativa, a fim de obter dados mais representativos para a realidade objeto da pesquisa, com mistura de duas metodologias especificas: o método da história oral e o método da análise documental. A proposta do produto, material prático sobre os principais pontos em nossa reflexão teórica, consiste na elaboração de uma cartilha, capaz de ultrapassar as barreiras do acadêmico, levando nossos resultados a setores mais amplos da sociedade. Palavras-chave: Barragem. Rompimento. Samarco. Rio Doce. Paisagem.Item As obras do maestro Domingos Roberti e a paisagem sonora da Zona da Mata Mineira no Século XX(Universidade Federal de Viçosa, 2021-07-22) Roberti, Lucas; Queiroz, Jonas Marçal de; http://lattes.cnpq.br/3936173285776834O presente trabalho pretende investigar a atuação do Maestro Domingos Roberti (1917-1990), educador e músico que viveu na cidade de Tocantins - Zona da Mata mineira, considerando a leitura da paisagem como matriz da cultura, fruto de uma visão dinâmica de Patrimônio. Na medida em que as manifestações musicais são narradas pela atuação, na forma e conteúdo do seu ensino musical e práticas sociais, vão ganhando contornos históricos suas reminiscências. Estas denotam espaços de recordação do músico como um tradutor do ambiente que o cerca. À mercê da normatividade jurídica, políticas públicas de preservação e atuação da própria sociedade, o perigo da informalidade na garantia da paisagem e a evolução do Direito à informação serão analisados sob o prisma do reconhecimento da paisagem sonora como instrumento de identidade local pelos principais órgãos - IPHAN e IEPHA/MG. Palavras-chave: Paisagem. Lugar. Memória. Identidade. Música. Cultura.Item As paisagens das vilas da UFV: entre o patrimônio cultural e os lugares de memória (1948- 2008)(Universidade Federal de Viçosa, 2023-09-27) Lopes, Roseli da Silva Felipe; Capanema, Carolina Marotta; http://lattes.cnpq.br/7791448848893219O presente trabalho busca, por meio de análise documental, bibliográfica e da história oral, estudar a problemática do conceito de patrimônio cultural contido na legislação urbana e territorial da Universidade Federal de Viçosa (UFV), instituição de Ensino Superior localizada na Zona da Mata do estado de Minas Gerais. O Plano de Desenvolvimento Físico e Ambiental (PDFA) da UFV, elaborado em 2008, é o documento que norteia a política de expansão física e territorial da instituição, bem como suas práticas de preservação do patrimônio cultural. Um dos objetivos do trabalho foi analisar os argumentos expressos no mesmo documento para definir o conjunto de bens culturais representativos da memória da universidade. O principal ponto de análise se atém aos critérios de patrimonialização utilizados na preservação do conjunto arquitetônico e paisagístico conhecido como Vila Giannetti, em contraponto às seis vilas operárias que são de construção contemporânea e que foram deixadas de fora da legislação patrimonial. O marco temporal está circunscrito ao período de 1948 a 2008. O primeiro ano refere-se ao início do projeto de construção da Vila Giannetti e o segundo ao ano em que o PDFA entrou em vigor. Os resultados da pesquisa indicaram que a escolha dos bens culturais da universidade vai ao encontro da concepção de patrimônio fundada na tradição francesa, assentada no caráter histórico-temporal, monumental e representativo das elites sociais. Desse modo, as vilas operárias, que também são espaços de vivências coletivas, de modos de vida e de formação de memórias, foram excluídas das políticas patrimoniais da instituição. O principal argumento deste trabalho situa-se na defesa de que a construção das paisagens destas vilas (Vila Giannetti e vilas operárias) é indissociável, pois estiveram em constante interação entre si. Logo, constituem igualmente lugares de memória representativos da história da universidade. Palavras-chave: Paisagem. Vilas. Universidade Federal de Viçosa. Lugar de Memória.Item Calçadão Arthur Bernardes: centralidade e espaço público em Viçosa (MG)(Universidade Federal de Viçosa, 2023-09-21) Pacheco, Luiza Oliveira; Lana, Vanessa; http://lattes.cnpq.br/1254712541464925O objetivo do presente trabalho é analisar o Calçadão Arthur Bernardes como espaço público de Viçosa (MG), bem como sua importância para a constituição da centralidade urbana da cidade, tomando-o como objeto de estudo, a fim de identificar aspectos que estimulem a discussão de seu papel como espaço público e a relevância de sua construção para o reordenamento da região central da cidade, entre as décadas de 1970 e 1980. Para isso, empreendeu-se uma investigação sobre a formação do centro da cidade de Viçosa, focalizando seus aspectos espaciais e sua transformação ao longo da história, buscando compreender as circunstâncias que levaram à construção do Calçadão e qual o papel dessa obra na composição da trama locacional central urbana. Esta investigação tornou-se possível por meio da análise documental de edições do periódico UFV Informa, disponibilizadas em plataforma eletrônica da Universidade Federal de Viçosa (UFV); reportagens do Jornal Folha Integração; de atas das reuniões da Câmara Municipal de Viçosa; de leis e projetos de lei relacionados à execução de obras e demais posturas municipais, bem como de croquis feitos por arquitetos da UFV a fim de orientar a execução da obra, e também por meio de entrevistas, utilizando metodologia da História Oral, realizadas com ex-membros do “Por uma Viçosa melhor”, grupo formado por profissionais ligados à UFV que desejavam realizar intervenções urbanas na cidade; ex-vereadores; comerciantes e ex-comerciantes instalados na rua Arthur Bernardes, além de moradores e ex-moradores desse logradouro. Este trabalho apresenta como produto a proposta de realização de chamada pública para a publicação de artigos e entrevistas no periódico eletrônico Revista de Ciências Humanas, publicação científica do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes da UFV. Palavras-chave: Espaço público. Centralidade. Trama locacional. Ruas de pedestres.Item Caminhos antigos e paisagens imaginadas no Termo de Ouro Preto em 1835(Universidade Federal de Viçosa, 2019-09-20) Pardini, Herbert; Araujo, Patrícia Vargas Lopes de; http://lattes.cnpq.br/1113963443409642A paisagem do Termo de Ouro Preto foi diretamente influenciada por uma rede de caminhos estabelecida entre o final do século XVII e os primeiros anos do século XVIII. Esses caminhos levaram milhares de pessoas às Minas, serviram de controle para a circulação e a cobrança de tributos, até serem caracterizados como um dos principais obstáculos para o crescimento da província de Minas Gerais no século XIX. Em 1835, a lei no. 18 de 1o. de abril, apresentaria à sociedade um projeto envolvendo a abertura de estradas carroçáveis a partir de Ouro Preto. Ao tomar o ano de 1835 como marco simbólico para um período de mudanças que impactaria a paisagem do Termo de Ouro Preto, utilizei fontes cartográficas e relatos de viagens para imaginar e representar a paisagem observada naquele momento, criando como produto, uma metafonte. Considero que os caminhos antigos exerceram bem mais que a função de vias de acesso, pois foram fundamentais para o controle, ordenamento e gestão do território. Palavras-chave: Paisagem. Ouro Preto. Metafonte.