Teses e Dissertações

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Teses e dissertações defendidas no contexto dos programas de pós graduação da Instituição.

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    Search for predatory mites to control tomato pests
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-02-26) Cardoso, André Costa; Janssen, Arnoldus Rudolf Maria; http://lattes.cnpq.br/1357846548887657
    With the excessive use of pesticides and the increasing impact on the environment and human health, safer pest control practices such as biological control have gained strength. It is applied in many agricultural areas and provides an alternative to chemical pest control. One of the most important crops in the world, the tomato (Lycopersicon esculentum Miller), is among the crops that require many sprays with agrochemicals. Biological control on tomato is often difficult because its glandular trichomes can release substances that are toxic to arthropods and may hinder the foraging of natural enemies of the pests. Adaptation of natural enemies to this crop is one of the selection criteria for potential biocontrol agents. Tomato originates from southern America, therefore, predators from wild plants from this continent may be adapted to tomato. Therefore, predatory mites were collected from wild and feral plants in the Minas Gerais state, Brazil, where the predatory mite Amblyseius herbicolus Chant (Acari: Phytoseiidae) was found. Our aim here was to evaluate the potential of this predator as a biological control agent on tomato plants. In Chapter 1 and 2, I evaluated the potential of this predatory mite to control the whitefly, Bemisia tabaci and the tomato russet mite, Aculops lycopersici. Amblyseius herbicolus develops and reproduces when feeding on these two important tomato pests. Moreover, it was able to significantly reduce B. tabaci densities on tomato plants.
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    Identificação e potencial de controle microbiano de ortópteros pragas de bananeira
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-07-24) Costa, Álvaro Henrique; Venzon, Madelaine
    A bananeira (Musa spp.) (Musaceae) é uma cultura importante devido à sua relevância social e econômica no mercado interno brasileiro, gerando emprego e renda aos agricultores. A boa aparência do fruto para comercialização in natura é uma exigência do mercado consumidor e lesões podem reduzir o seu preço de venda em até 40%. Produtores de banana da região norte de Minas Gerais reportam que dentre os danos encontrados nos frutos de banana parte são ocasionados por insetos conhecidos como esperanças e gafanhotos. O objetivo deste trabalho foi identificar as espécies desses ortópteros-pragas, seu potencial de dano e a patogenicidade do fungo Metarhizium acridum isolado CG423 a essas pragas. A partir de amostragens da entomofauna local no Norte de Minas, foram identificados em altas densidades populacionais, com potencial para ocasionar danos significativos à cultura, a esperança Hyperophora sp. (Orthoptera: Tettigoniidae) e os gafanhotos Xyleus discoideus discoideus (Orthoptera: Romaleidae) e Schistocerca flavofasciata (Orthoptera: Acrididae). Estes insetos foram encontrados tanto dentro dos bananais quanto na vegetação marginal e alimentando-se tanto de folhas e frutos de bananeira. O consumo foliar médio de S. flavofasciata e X. discoideus discoideus foi de 27,20 e 29,62 cm²/dia, respectivamente. Para S. flavofasciata foi verificada a preferência de folha ao fruto, a área consumida no fruto foi de 2,04% em 24 horas. Devido à inexistência de suporte fitossanitário para o controle destes insetos na cultura da bananeira, foi testado como método de controle biológico o fungo entomopatogênico M. acridum (Driver & Milner) Bischoff, Rehner & Humber (Hypocreales: Clavicipitaceae) isolado CG423 contra o gafanhoto X. discoideus discoideus. Suspenso em óleo de soja, o fungo foi aplicado topicamente com resposta de patogenicidade significativa, atingindo 100% de mortalidade 16 dias após a aplicação. A patogenicidade do isolado GC423 de M. acridum sobre X. discoideus discoideus demonstra seu potencial para uso em programas de manejo integrado de pragas da bananeira.
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    Comunidade de fungos associados ao sistema radicular de orquídeas epífitas crescendo sobre Vellozia auriculata
    (Universidade Federal de Viçosa, 2017-02-24) Miranda, Leticia; Kasuya, Maria Catarina Megumi; 2427418289418381
    As orquídeas associam-se com fungos micorrízicos para germinação de suas sementes, por serem desprovidas de tecido nutricional, o endosperma. Sem a presença do fungo a orquídea não consegue germinar na natureza, pois são eles que fornecem os nutrientes essenciais para a germinação. Plantas epífitas são aquelas que estabelecem sobre outras plantas, que são denominadas de forófitos, utilizando-as apenas como suporte, sem parasitá-las. Acredita-se que o forófito pode exercer algum tipo de influência na comunidade micorrízica das orquídeas. Entender a associação micorrízica, bem como conhecer a diversidade de fungos associados às orquídeas adultas, na natureza, fornece informações importantes para trabalhos de conservação e manejo de populações, especialmente aquelas com risco de extinção. Neste trabalho foi avaliado o perfil da comunidade de fungos associado às raízes de três espécies de orquídeas: Cattleya jongheana, Prosthechea allemanoides e Epidendrum chlorinum, crescendo sobre os troncos de Vellozia auriculata, no Parque Estadual da Serra Negra – Itamarandiba/MG. Utilizando-se a técnica de DGGE avaliou-se o perfil da comunidade fúngica presente nas diferentes espécies de orquídeas e também se o perfil da comunidade fúngica da raiz da orquídea se assemelhava ao perfil da comunidade do forófito. Os índices de diversidade de Shannon e Simpson mostraram que, mesmo havendo semelhança no perfil da comunidade fúngica, ela difere entre as espécies de orquídeas e que o perfil da comunidade da raiz é diferente do perfil da comunidade do forófito. Conclui-se que conhecer, isolar e caracterizar os fungos que se associam à cada espécie de orquídea é importante para trabalhos de reintrodução e manejo das orquídeas.
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    Inibição das atividades proteolítica e lipolítica de Pseudomonas fluorescens por nisina.
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-07-31) Ribeiro, Leandro Cardoso; Vanetti, Maria Cristina Dantas; 6601616143350350
    A atividade destas enzimas sobre os constituintes do leite causa diversos problemas como a gelificação e coagulação, sabor e odor indesejados além de rancidez, levando à diminuição do rendimento na fabricação de queijos, perda de qualidade sensorial e diminuição da vida de prateleira dos produtos lácteos. Nisina é uma bacteriocina produzida por Lactococcus lactis utilizada como bioconservante em alimentos em mais de 50 países. Tem ação bactericida contra micro-organismos gram-positivos por se ligar à membrana citoplasmática destes, formar poros que ocasionam o efluxo de eletrólitos e de metabólitos, levando o micro-organismo à morte. Entretanto, micro-organismos gram- negativos são pouco susceptíveis ao mecanismo de ação da nisina, uma vez que a membrana externa atua como barreira, impedindo a passagem da bacteriocina, não permitindo que esta chegue ao seu sítio de ação. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito inibitório de nisina sobre a atividade das proteases e lipases produzidas por Pseudomonas fluorescens, quantificar as atividades proteolíticas e lipolíticas extra e intracelular na presença e na ausência de nisina e verificar a influência da bacteriocina sobre a transcrição dos genes do operon aprX-lipA. Foi observado que nisina, na concentração de 400 AU/mL não inibe o crescimento celular de P. fluorescens mas, tem efeito inibitório sobre as atividades proteolítica e lipolítica desta bactéria. A atividade proteolítica dos isolados de P. fluorescens denominados L211, L213 e L214 foi inibida em 78, 90 e 92%, respectivamente, no período de 24 h na presença de nisina. Este efeito inibidor foi reduzido no período de 48 h de incubação e variou entre 58% e 60%. A atividade lipolítica dos isolados de P. fluorescens L211 e L213 foi completamente inibida em 24 h de incubação, enquanto o percentual de inibição da atividade lipolítica do isolado L214 foi de 97%. Como observado sobre a atividade proteolítica, a extensão do período de incubação para 48 h reduziu o efeito inibidor da nisina sobre a lipólise e este percentual de inibição variou de 89% à 92%. Não foi observada nenhuma influência da nisina sobre a reação hidrolítica das enzimas secretadas. Porém, não foi possível esclarecer se nisina atua sobre a transcrição dos genes, a síntese ou sobre a secreção da protease e da lipase do micro-organismo. A extração do RNA total foi feita para investigar a transcrição dos genes aprX, lipA, aprD, aprE e aprF, referentes à protease, lipase e as três proteínas do sistema de transporte ABC, respectivamente, em condições de crescimento de P. fluorescens na presença de nisina (400 AU/mL). Estas análises podem ajudar a explicar o mecanismo utilizado por nisina para inibir a atividade enzimática de P. fluorescens.
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    Solubilização de fosfato de rocha e dessorção de fósforo no solo por ácidos orgânicos e Aspergillus niger
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-07-19) Nascimento, Jaqueline Maria; Costa, Maurício Dutra; 5286287099001962
    O fósforo (P) pode sofrer reações de adsorção, precipitação e imobilização no solo que diminuem a disponibilidade desse nutriente para as plantas. Ao ser fixado a óxidos e hidróxidos de ferro e alumínio, o P passa a compor a fase sólida do solo, sendo de difícil disponibilização para as culturas. Alguns compostos, a exemplo dos ácidos orgânicos, apresentam a capacidade de extrair P de rochas fosfáticas de baixa reatividade. Esses compostos podem ser produzidos por plantas e microrganismos como estratégia para aquisição de P para o crescimento. Pouco se conhece sobre a cinética de solubilização de fosfato de rocha de Araxá por ação de ácidos orgânicos e ainda, sobre a capacidade desses ácidos orgânicos e de microrganismos solubilizadores em disponibilizar o P adsorvido ao solo. Os objetivos desse trabalho foram estudar a cinética de solubilização de fosfato de Araxá por ácidos orgânicos e avaliar a capacidade desses compostos, bem como a de Aspergillus niger, de dessorver P a partir de fração de 75-µm de um Oxissol. A cinética de solubilização de fosfato de Araxá foi realizada utilizando-se a técnica de stirred-flow, com soluções de ácido oxálico, cítrico e glicônico 5 ou 10 mmol L-1 e suas combinações aos pares na concentração final de 10 mmol L-1 (5 mmol L-1 para cada componente). As amostras foram coletadas durante 150 min em fluxo contínuo de 1 mL min-1 e o P analisado por colorimetria. As partículas de fosfato de Araxá residuais foram analisadas por microscopia eletrônica de varredura (MEV) e a composição mineralógica determinada por difração de raio-X (DRX). A cinética de dessorção de P da fração de 75-µm dos horizontes A e B do LVA foi realizada após incubação por um e 40 dias de contato de P com a fração do solo. A quantidade de P adsorvida ao solo correspondeu a 90 % da capacidade máxima de adsorção de P (CMAP). As soluções extratoras utilizadas foram ácido oxálico, ácido oxálico + cítrico na concentrações 10 mmol L-1, além de água a pH 2,0 e 7,0. Testou-se também a capacidade de A. niger em dessorver P das frações do solo em meio de cultura. O ácido oxálico a 10 mmol L-1 foi o composto mais eficiente na solubilização de fosfato de Araxá. Ao final do experimento, 43 % do P contido no fosfato de Araxá havia sido solubilizado. A eficiência do ácido oxálico foi aumentada quando combinado com ácido cítrico, a 10 mmol L-1. O processo de solubilização de fosfato apresentou porcentagens de solubilização de P de 71 %. As partículas de fosfato de Araxá sofrem alterações na morfologia e mineralogia quando em contato com ácidos cítrico e oxálico e com a combinação dos dois. O ácido oxálico reduziu fortemente o conteúdo de apatitas do fosfato de Araxá, destacando principalmente a redução no conteúdo de flourapatita. Nos tratamentos com ácido oxálico, observou-se a formação de oxalato de cálcio. O ácido oxálico foi ainda o mais eficiente, dentre os ácidos orgânicos avaliados, em dessorver P do solo. Para o horizonte A, nos tempos de 24 e 960 h de incubação de P com o solo, o ácido oxálico atingiu valores de 35.5 e 32.7 % de P liberado em solução. Para o horizonte B, para os tempos de 24 e 960 h, o P liberado em solução atingiu valores de 22.4 e 18.5 %, respectivamente. Quando na presença de A. niger, os valores de dessorção de P foram de 23 e 18 %, no horizonte A, e de 17 e 18 %, no horizonte B, nos tempos de 24 e 960 horas, respectivamente. O ácido oxálico foi o metabólito testado mais eficiente na solubilização de P a partir do fosfato de Araxá. Melhorias na eficiência de solubilização podem ser obtidas com a combinação desse composto com o ácido cítrico. O fungo A. niger e os ácidos cítrico e oxálico foram capazes de reverter o processo de adsorção de P ao solo in vitro, abrindo perspectivas de aproveitamento do P fixado ao solo na agricultura.
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    Caracterização de fungos filamentosos do queijo minas artesanal da região da Canastra
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-07-29) CESAR, Isabel Cristina da Rocha; Martin, José Guilherme Prado; 2165251978220321
    Produzido desde o início do século XIX, o Queijo Minas Artesanal (QMA) constitui um dos mais antigos e tradicionais queijos produzidos no Brasil. Sua produção é caracterizada pelo uso de leite cru recém-ordenhado em propriedades rurais, geralmente sendo submetido à maturação. De grande importância econômica, a fabricação do QMA é responsável pela geração de renda de inúmeros produtores rurais. Durante o processo de maturação, o complexo ecossistema microbiano dos queijos começa a se desenvolver, sendo que a diversidade microbiana determinará suas características organolépticas finais. Durante sua maturação, tanto os microrganismos iniciantes, que se desenvolvem primeiro, como aqueles microrganismos que não atuaram na acidificação inicial, participam ativamente desse processo. Dentre as principais fontes de microrganismos não adicionados intencionalmente no produto incluem-se a matéria- prima, os manipuladores, equipamentos, o ar e as salas de maturação. Dependendo das condições de umidade e temperatura das salas de maturação de queijos, os fungos podem se multiplicar rapidamente. Dessa maneira, a presença de fungos ambientais nesses locais constitui um fator importante, uma vez que são responsáveis por uma maturação desejável ou indesejável, uma vez que atuam alterando sabor, aparência e coloração do produto. Este estudo teve como objetivo caracterizar a micobiota de fungos filamentosos de QMA produzidos nos nove municípios produtores da região da Serra da Canastra. Para a obtenção dos isolados, técnicas como isolamento direto e suabe foram utilizadas. Os mesmos foram identificados por meio de sequenciamento da região ITS utilizando-se os primers ITS1 e ITS4. Dentre os isolados presentes no QMA, o fungo predominante foi Fusarium solani (21,8%), seguido de Geotrichum candidum (16,4%), Aspergillus versicolor (16,4%), Penicillium westerdijkiae (11%), Penicillium steckii (7,3%), Mucor circinelloides (3,6%), Mucor sp. (3,6%), Penicillium citrinum (3,6%), Fusarium oxysporum (3,6%), Fusarium lichenicola (1,81%), Aspergillus nomius (1,81%), Diaporthe infecunda (1,81%), Trichothecium roseum (1,81%), Debaryomyces hansenii (1,82%), Kodamaea ohmeri (1,82%) e Moniliella sp. (1,82%). A partir desses resultados, foi possível observar a variação da diversidade de espécies presentes no QMA da Serra da Canastra dentre as propriedades produtora.
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    Isolamento e caracterização de fungos promotores de crescimento da rizosfera de eucalipto
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-07-19) Reis, Helbert Rocha; Costa, Maurício Dutra; 814948057932269
    O uso excessivo de fertilizantes causa grandes impactos econômicos e ambientais, tornando necessária a elaboração de métodos de cultivo sustentáveis. Para tal, os microrganismos promotores de crescimento e, especial, os fungos revelam-se como promissora ferramenta biotecnológica, por participarem de processos importantes no solo. O objetivo deste trabalho foi isolar e caracterizar fungos com potencial de promoção de crescimento da rizosfera de eucalipto. As amostras de solo rizosféricos foram coletadas das raízes de Eucalyptus grandis no setor de Silvicultura do Departamento de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG, Brazil. O isolamento resultou na obtenção de 62 isolados fúngicos de interesse, diferenciados pelas características morfológicas das colônias. Os isolados foram testados quanto seu potencial de promoção de crescimento in vitro de Eucalyptus grandis e os mais promissores tiverem seus mecanismos de promoção testados. O teste de promoção de crescimento in vitro evidenciou o potencial de promoção de crescimento dos isolados testados, apresentando incremento de matéria seca total das plantas de 20 a 620%. Os isolados selecionados produziram ácido indol acético e giberelinas em proporções que variaram de 0,96 a 64,33 µg mL-1. Quanto à solubilização de fosfato, apenas um dos isolados foi capaz de solubilizar os diferentes tipos de fosfato utilizados. Todos os isolados produziram sideróforos do tipo hidroxamato, no intervalo entre 15 e 56,67 µg mL-1. No teste de compostos voláteis, apenas efeitos inibitórios ao desenvolvimento das plantas foram estatisticamente significativos. Portanto, os isolados demonstraram potencial de promoção de crescimento em diferentes níveis e por mecanismos distintos, possibilitando a exploração desses potenciais para o desenvolvimento de tecnologias aplicáveis no cultivo de eucalipto.
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    Biomonitoramento e reconhecimento de padrões da comunidade bacteriana em áreas impactadas pelo rompimento da barragem de Fundão (Mariana-MG)
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-02-26) Lima, Helena Santiago; Silva, Cynthia Canedo da; 8307191971212434
    As atividades de mineração são conhecidas por resultarem em danos extensivos ao solo, causando distúrbios drásticos na paisagem, alterando o ambiente e a comunidade microbiana. Em novembro de 2015 ocorreu à ruptura da barragem do Fundão localizada no município de Mariana-MG, liberando um volume estimado de 43 milhões de m3 de rejeito de mineração na Bacia do Rio Doce resultando em grandes perdas socioeconômicas, humanas e ambientais. A multifuncionalidade do solo foi perdida devido a deposição de uma grande camada de rejeito e para recuperação destas funções, os microrganismos do solo têm um papel fundamental. Assim, esse trabalho teve como objetivos avaliar ao longo do tempo o comportamento da comunidade microbiana, bem como sua atividade em resposta em solos afetados pelo rejeito e prever como a estrutura da comunidade microbiana e sua atividade metabólica se comportam mediante a um impacto ambiental é fundamental para realizar o monitoramento do real impacto nessas áreas, bem como auxiliar nas tomadas de decisão para otimizar o processo de recuperação. Para isso foi realizado o acompanhamento das atividades enzimáticas de fosfatase ácida, alcalina e β- glicosidase, carbono da biomassa microbiana, respiração basal do solo e composição e funções da comunidade microbiana, com o intuito de monitorar a recuperação das áreas afetadas pelo desastre. As enzimas fosfatase ácida e β-glicosidase e o carbono da biomassa foram os indicadores mais sensíveis para mostrar diferenças entre as áreas, sendo que apresentaram maior atividade nas áreas de florestas. Das variáveis químicas o pH, fósforo e saturação por base foram mais relacionados com a área de rejeito, enquanto matéria orgânica, CTC e alumínio com as áreas de floresta. As regiões mais próximas do local da barragem tiveram maiores alterações nos atributos microbiológicos e químicos do solo. A matéria orgânica e o carbono da biomassa microbiana foram as variáveis mais importantes para separar as áreas afetadas e não afetadas pela deposição do rejeito de mineração através da construção do modelo preditivo. Os resultados mostraram que a comunidade microbiana das áreas afetadas pelo rejeito de mineração apresentou uma recuperação ao longo do tempo, mas ainda é possível notar de forma significativa os efeitos da deposição de rejeito nas atividades microbiológicas avaliadas, como a estrutura da comunidade bacteriana e as características químicas do solo. Sendo de extrema importância, o monitoramento e estimulação das comunidades microbianas para a recuperação do solo dessas áreas afetadas para que se torne possível o reestabelecimento do ecossistema na região. Os indicadores microbiológicos de qualidade do solo foram muito eficientes para demonstrar mudanças microbiológicas nas áreas impactadas, favorecendo a utilização dos mesmos como ferramenta para avaliar a recuperação dessas áreas impactadas pelo rejeito de mineração proveniente do rompimento da barragem de Fundão.
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    Efeitos da deleção de APJ1 em leveduras fermentativas em condições de estresse por etanol
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-03-29) Barros, Géssica Cabral; Fietto, Luciano Gomes; 0542161425515515
    O bioetanol é o principal biocombustível utilizado mundialmente e é produzido através da fermentação de açúcares por leveduras. A levedura Saccharomyces cerevisiae é a mais utilizada no processo, mas sua incapacidade na fermentação de pentoses levou ao estudo de outras espécies que fermentam pentoses eficientemente, entretanto, estas espécies apresentam baixa tolerância a etanol. Assim, surgiu o interesse de avaliar, em nível de transcriptoma, o papel do silenciamento de APJ1 em S. cerevisiae, e promover sua deleção em Kluyveromyces marxianus, uma vez que trabalhos recentes indicam que sua deleção promoveu aumento da tolerância a etanol. Duas linhagens de S. cerevisiae, BY4741 (wild type) e Y02999 (Δapj1), foram utilizadas para estudo do transcriptoma na presença de 8% (v/v) etanol. Após um período de estresse de duas horas, foram identificados 61 genes up-regulados e 41 genes down-regulados em Y02999. Além destes, 18 genes estavam presentes apenas em Y02999 e 138 genes somente em BY4741. Ao final, oito genes relacionados à tolerância ao etanol e/ou envolvidos com o processo de sumoilação (função relacionada a Apj1p) foram selecionados para validação da diferença de expressão por qPCR, e os genes ARG3 e HSP104 se apresentaram up- regulados e o gene OLE1 se apresentou down-regulado em Y02999 (12% v/v de etanol). Quanto a edição de K. marxianus CCT7735, o sistema CRISPR-Cas9 escolhido para adaptação foi o vetor pML04, desenvolvido para S. cerevisiae. A clonagem do RNA guia neste vetor não ocorreu da forma correta, entrando dois guias no sítio de digestão. Além disso, não foi possível validar a expressão da Cas9 nesta levedura, uma vez que os diferentes primers desenhados para o experimento anelavam de forma inespecífica ao genoma da levedura não transformada. As colônias investigadas por sequenciamento que foram transformadas com esta construção, não apresentaram edição na sequência de APJ1. Apesar do resultado negativo, a ferramenta CRISPR- Cas9 é promissora e cabem mais estudos e ensaios para padronizar a edição em K. marxianus CCT7735.
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    Effect of bioengineered nisin on Staphylococcus aureus cells and biofilm
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-02-22) Andre, Cleriane; Vanetti, Maria Cristina Dantas; 7047442323047711
    Nisin is the most studied lantibiotic, used as a food preservative all around the world, and its structure is composed of five lanthionine rings (A, B, C, D and E). This peptide is characterized by a dual mode of action, consisting of the inhibition of cell wall biosynthesis and the formation of pores in the bacterial cell membrane, due to its ability to interact with the target molecule, lipid II. Due its structure and its gene encoding nature, nisin can be used by bioengineering to generate new derivatives with improved antimicrobial activity. In this study, the molecular structure of nisin A and three derivatives N20P, S29A and M21V were characterized in silico and the antimicrobial effect on S. aureus cells was validated by experimental methods. Sequentially, the antimicrobial activity of nisin A and its derivatives was evaluated against the S. aureus biofilm by detection of the biomass content and metabolic activity using the violet crystal test and 2,3-bis[2- methyloxy-4-nitro-5-sulfophenyl]-2H-tetrazolium-5-carboxanilide (XTT), respectively. The results obtained by in silico analysis showed that the point mutations caused steric alterations in the nisin molecule, become it more planar, and possibly facilitating the molecular interactions of the C, D and E rings involved in the formation of pores. Cell leakage assays showed greater loss of NADPH and ATP over a short period of time from nisin treated cells. Modifications in the cytoplasmic membrane were observed by analysis of atomic force microscopy. Changes in position 21 of the nisin molecule may result in a peptide with higher activity and greater interaction with membrane molecules, facilitating the formation of pores and promoting greater loss of intracellular ATP. The N20P, S29A and M21V derivatives of nisin A presented greater capacity to inactivate the S. aureus biofilm, both by the removal of cells and inactivation of the sessile cells. The influence of the dltA and mprF genes, which are involved in the cationic peptide resistance mechanism, such as nisin, was also evaluated using the S. aureus ΔdltA and ΔmprF mutants. The deletion of the dltA and xmprF genes did not alter the ability of these strains to form a biofilm, but it made the action of more sensitive to bacteriocins. The results showed the increased antibiofilm potential of modified nisin and suggest that improvement by bioengineering techniques may be a strategy to produce a better antimicrobial to control growth and to remove S. aureus biofilm