Ciências Exatas e Tecnológicas
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Item A (i)legalidade fundiária na produção do espaço urbano de Muriaé/MG(Universidade Federal de Viçosa, 2019-04-02) Silva, Juliana Almeida da; Faria, Teresa Cristina de Almeida; http://lattes.cnpq.br/2366789923583223Este trabalho dedica-se a analisar o grau de ilegalidade existente na produção do espaço urbano da cidade de Muriaé/MG. A ocupação do espaço urbano na maioria das cidades brasileiras se deu de maneira acelerada e desordenada, fato que contribuiu para ilegalidade fundiária presente nos dias de hoje. O arcabouço jurídico exerce inquestionável influência na produção do espaço das cidades, porém, a primeira regra jurídica consolidada de ordenação territorial sobreveio em nosso país somente no ano de 1979, a Lei Federal n°6.766. Até este momento, as cidades se formaram observando cada uma a um tipo de regra diferente. Tempos depois, com o advento do Estatuto da Cidade - Lei Federal nº 10.257/2001, novas perspectivas foram abertas no campo da legalidade, com a possibilidade de implantação de instrumentos que facilitaram a aplicação do instituto da função social no planejamento urbano. Mesmo após quase duas décadas de vigência do Estatuto da Cidade, encontrarmos espaços ilegais na conformação das mais diversas cidades brasileiras. Neste diapasão, o presente trabalho surgiu para identificar a ilegalidade na produção do espaço urbano da cidade de Muriaé e auferir o grau dessa ilegalidade. Para isto, foi estudado o processo de produção do espaço urbano por meio da análise da legalidade dos loteamentos urbanos surgidos na cidade no intervalo de tempo que vai do ano de 2008 até 2016. A pesquisa se vale do conceito de ilegal abordando a ilegalidade produzida quando o loteamento se encontra em contrariedade às regras jurídicas de ordenação do solo federais e municipais. A investigação consiste na identificação e análise dessas ilegalidades fundiárias, buscando classificá-las de acordo com um grau de ilegalidade que vai de 1 a 4, além de evidenciar onde se concentram suas maiores causas e quais motivos dificultam a regularização fundiária. Outrossim, serão demonstrados e explicados a legislação urbanística e os processos administrativos utilizados para aprovação dos loteamentos, bem como a forma que a produção do espaço vem sendo direcionada na cidade de Muriaé. Esse estudo contribui com o arcabouço teórico das cidades médias, principalmente no que se refere às ilegalidades fundiárias, podendo servir como um instrumento para a gestão pública aprimorar o planejamento urbano e ordenar o melhor crescimento citadino.Item A atuação do poder público e seus impactos no espaço intraurbano de Varginha/MG, no período de 1970 a 2020(Universidade Federal de Viçosa, 2023-04-05) Rodrigues, Helen Ribeiro; Faria, Teresa Cristina de Almeida; http://lattes.cnpq.br/2860131024290349Esta tese dedica-se a analisar a atuação do poder público no espaço intraurbano no período de 1970 a 2020, possuindo como recorte espacial a cidade média de Varginha/MG. Diante da reestruturação produtiva decorrente do processo de globalização da economia, a organização sócio-espacial vem sofrendo reestruturações para atender às demandas do capitalismo. Neste contexto, as formas espaciais caracterizam-se como locus das atividades econômicas e políticas, cabendo ao poder público (re)produzir a organização sócio-espacial. Ressalta-se que o poder público enquanto agente social é responsável por desempenhar múltiplos papeis na produção espacial, visto que possui o papel de centralizador dos interesses e conflitos dos demais agentes produtores do espaço urbano. Parte-se da hipótese que o Estado, agente público considerando todas as suas esferas (municipal, estadual e federal), atua de maneira significativa na produção do espaço urbano varginhense, e que o fato de Varginha ser uma cidade média, condiciona a sua forma de atuação. A pesquisa baseou-se em revisão bibliográfica, análise documental do histórico da cidade, de planos e programas de desenvolvimento de Varginha e região, da legislação urbanística varginhense, além de análise cartográfica comparando-se a evolução urbana, a fim de analisar a influência da atuação do poder público na indução do desenvolvimento urbano de Varginha. Também foram realizadas entrevistas semiestruturadas com indivíduos que ocupam cargos públicos na Prefeitura Municipal de Varginha com o intuito de compreender a forma de atuação destes agentes, suas estratégias e impasses. Os resultados alcançados possibilitaram analisar sobre como as atividades econômicas e políticas articulam-se e condicionam a produção do espaço urbano varginhense e que o perfil da cidade média resultou em formas específicas de atuação do Estado no período estudado. É notório que todos os entes governamentais possuem interesses e estratégias voltados ao desenvolvimento socioeconômico e que o poder público vem atuando em consonância com os interesses dos principais agentes econômicos que performam em Varginha. Na escala intraurbana ficam evidentes as modificações, influências e impactos da atuação do poder público na produção espacial. Salienta-se que, para que este processo ocorra de forma sustentável, a política municipal, em especial o plano diretor e a legislação urbanística, devem consistir em instrumentos de contínua avaliação e revisão, visto que a cidade é altamente mutável e condicionada aos agentes internos e externos, públicos e privados. Palavras-chave: Reestruturação produtiva. Cidade média. Varginha/MG. Produção do espaço.Item A cidade histórica além dos limites do tombamento e expansão urbana: o caso de Diamantina, MG(Universidade Federal de Viçosa, 2019-10-03) Rabelo, Noara Silva; Stephan, Ítalo Itamar Caixeiro; http://lattes.cnpq.br/2525248046120438Em razão do alto potencial turístico decorrente dos atributos culturais, arquitetônicos e urbanos, Diamantina apresenta diferentes níveis de valorização entre o Centro Histórico e a periferia. A concentração de atenção e investimentos nas áreas centrais e a expansão periférica espontânea contribuem para o dualismo existente entre a cidade histórica e a periferia. Por conseguinte, houve transformações do espaço e da paisagem urbana, como a expansão periférica que, em alguns locais da cidade, acontece de forma precária e/ou irregular. Essas transformações trazem consigo impactos para a população, como a existência da segregação socioespacial, o comprometimento da qualidade de vida dos residentes destes locais e da paisagem urbana. Dessa forma, o objetivo do trabalho foi analisar o processo de expansão urbana de Diamantina, inicialmente constituída apenas pelo atual Centro Histórico, até a sua expansão periférica, investigando a transformação do espaço, a paisagem urbana e a dualidade da valorização do Centro Histórico frente à precarização da periferia. A fim de responder as inquietações da pesquisa, entendeu ser pertinente a investigação desses procedimentos a partir da análise qualitativa em bibliografia, documentos e método observacional, e análise qualitativa e quantitativa sobre a dualidade de valorização/precarização do Centro Histórico e da periferia. Portanto, ao investigar essa dualidade, utilizou algumas variáveis estabelecidas para cada bairro. No “índice de valorização/precarização”, o Centro Histórico obteve resultado de 58%, enquanto a periferia obteve um resultado de 42%. Portanto, diante das análises qualitativas e quantitativas, conclui-se que há uma valorização do Centro Histórico frente à periferia. Entretanto, também não deve deixar de ser mencionado que o índice não é tão diferente, demonstrando que as deficiências na organização do espaço urbano de Diamantina não afetam somente a periferia, mas também o Centro Histórico. Assim, as deficiências identificadas durante todo o trabalho devem ser objeto de atenção do Poder Público municipal. Palavras-chave: Planejamento urbano. Centros históricos. Periferias. Diamantina (MG).Item A cidade vista pelos pés: o papel da caminhabilidade para a percepção da lugaridade dos espaços públicos urbanos na cidade de Manhuaçu – MG(Universidade Federal de Viçosa, 2022-08-30) Vargas, Amanda Santos; Silva, Luciana Bosco e; http://lattes.cnpq.br/0824028282803630Nesse sentido a caminhabilidade se apresenta como ferramenta importante na concepção ou requalificação dos espaços para se atingir a lugaridade que proporciona a apropriação e o reconhecimento deles enquanto lugar. Partindo dessa realidade a pesquisa teve como objetivo investigar em que medida a caminhabilidade ou a falta dela afetam a percepção e apropriação dos espaços públicos da cidade. Os resultados são aqui apresentados em três artigos independentes, porém relacionados. O primeiro, se trata de uma revisão teórico- conceitual dos termos caminhabilidade e lugaridade, e conclui como imprescindível a relação deles para a evolução das pesquisas relacionadas ao desenvolvimento e gestão urbanos para promover cidades mais justas e sustentáveis. O segundo verificou alterações no trecho da área central de Manhuaçu de 1980 a 2022, incluindo o advento da pandemia, de aspectos ligados à caminhabilidade por meio de levantamento fotográfico e documental em acervos de instituições municipais, avaliados sob a ótica da teoria de Jeff Speck e a percepção dos usuários por meio de questionário semiestruturado, que relataram hostilidade e insegurança no espaço frente à pandemia. Observou-se que alterações que não consideram a manutenção da cultura diminuem as possibilidades de criação de vínculos. O terceiro artigo avaliou a interferência das configurações físicas do espaço quanto à caminhabilidade para a manutenção do distanciamento social recomendado na pandemia da COVID-19 aplicando-se parte da metodologia do Safári Urbano em imagens aéreas realizadas por VANT (veículo aéreo não tripulado), onde o espaço se demonstrou um entrave para tal, viabilizando parcialmente o cumprimento das recomendações sanitárias. Avaliando a íntegra, entende-se a caminhabilidade como condição ótima para a percepção da lugaridade dos espaços públicos urbanos, embora não essencial. Palavras-chave: Mobilidade Ativa. Apropriação do espaço público. PandemiaItem A contribuição da automação residencial na solução de problemas de acessibilidade no cotidiano do idoso(Universidade Federal de Viçosa, 2015-03-10) Souza, Sandro Ferreira de; Tibúrcio, Túlio Márcio de Salles; http://lattes.cnpq.br/5997104404829976A legislação brasileira contém leis e regulamentos que determinam critérios básicos para a promoção da acessibilidade e benefícios aos idosos. O fenômeno de envelhecimento populacional que ocorre no Brasil indica um aumento da população de idosos em poucas décadas. Outro fenômeno que se observa é o constante avanço da tecnologia destinada à automação residencial. Dentro desse cenário, esta pesquisa tem objetivo de investigar se as tecnologias atuais usadas para automação residencial contribuem para solução de problemas do cotidiano vividos pelos idosos em suas residências, no que tange à acessibilidade. A revisão de literatura fundamentou a pesquisa, permitindo entendimento dos problemas do cotidiano dos idosos quanto à acessibilidade e automação residencial e identificar tecnologias utilizadas por eles. Foram realizados estudos de casos, usando o mapa comportamental; survey com aplicação de questionários a uma amostra da população idosa e mapeamento de tecnologias existentes no mercado, através de pesquisa eletrônica. Os estudos de caso permitiram identificar problemas de acessibilidade vividos pelos idosos em seu cotidiano. Fundamentado na Psicologia Ambiental, o mapeamento comportamental foi usado para registrar as atividades e problemas dos idosos em suas residências, as barreiras físicas, os dispositivos tecnológicos relacionados com a acessibilidade e a mobilidade no local. Concluiu-se que os idosos vivenciam diversas situações que envolvem problemas de acessibilidade e segurança em seu cotidiano e que a tecnologia para automação residencial representa importante ferramenta na busca de soluções nestes campos. Identificou-se que o foco dado ao conforto e ao status, pelas empresas fornecedoras destas tecnologias, culmina em atendimento parcial aos problemas citados, deixando lacunas relacionadas à segurança, às atividades da vida diária e ao mobiliário. Conclui-se ainda que estas lacunas identificadas representam um potencial de crescimento no setor de tecnologias de automação residencial com foco nos idosos e suas atividades do cotidiano.Item A gestão do patrimônio cultural em pequenas cidades históricas: Manhumirim, MG (1997 – 2017)(Universidade Federal de Viçosa, 2019-12-17) Franklin, Arthur Zanuti; Stephan, Ítalo Itamar Caixeiro; http://lattes.cnpq.br/6334002071855004Com a municipalização das políticas públicas, principalmente a partir da década de 1980, a gestão do patrimônio cultural ficou a cargo cada vez mais dos poderes públicos locais. Na década de 1990, Minas Gerais passou a direcionar parte das receitas do ICMS para os municípios que preservassem seu patrimônio cultural. Isso fez com que cidades que antes possuíam bens de interesse histórico-cultural, mas não eram reconhecidos pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA), como Manhumirim, passassem a tentar valorizar seu acervo e conservá-lo. Posto isso, a pesquisa, de caráter explicativo e natureza qualitativa, teve como objetivo principal investigar e analisar a forma como os poderes executivo e legislativo de Manhumirim geriram e gerem seu patrimônio cultural. Para isso, utilizaram-se os seguintes procedimentos metodológicos: levantamento bibliográfico; levantamento documental da formação do espaço urbano e espaço rural; dados socioeconômicos de Manhumirim e da legislação que possui interface com o patrimônio cultural e do material enviado para compor o ICMS Cultural. Foi realizado levantamento in loco do patrimônio cultural de Manhumirim e do estado de conservação. Por fim, foram realizadas entrevistas para verificação de concordâncias e divergências com o material analisado. Os resultados apontaram que Manhumirim possui o aparato legislativo para gerir seu patrimônio cultural, porém, as leis são mal aplicadas ou sequer aplicadas. Na década de 2000, houve um trabalho bem realizado em cima de seu patrimônio cultural, com grande número de inventários, alguns tombamentos, o que fez com que sua pontuação no ICMS Cultural subisse. Na década de 2010, problemas começaram a ocorrer com a forma de gestão, envolvendo o Fundo Municipal de Patrimônio Cultural (FUMPAC) e a educação patrimonial. Concluiu-se que capacitação, problemas financeiros e desinteresse dos gestores foram apontados como os principais obstáculos para uma gestão adequada do patrimônio cultural. Palavras-chave: Patrimônio cultural. Cidades históricas. Pequenas cidades. Gestão do patrimônio cultural. Manhumirim. Minas Gerais. Brasil.Item A influência térmica de sistemas fotovoltaicos integrados a fachadas no desempenho energético de edificações(Universidade Federal de Viçosa, 2018-03-21) Rodrigues, Thiago Toledo Viana; Carlo, Joyce Correna; http://lattes.cnpq.br/9754013892032452Os sistemas fotovoltaicos integrados a construção (BIPV, do inglês Building Integrated Photovoltaic) podem formar parte da fachada ou da cobertura de uma edificação, assim, o calor acumulado na parte posterior dos painéis pode ser dissipado para o espaço interno da zona. Esta troca de calor pode contribuir para o aquecimento do ambiente interno, ou ainda, provocar o aumento da temperatura de funcionamento da célula fotovoltaica, que afeta negativamente a eficiência de conversão/geração de energia do próprio sistema fotovoltaico (FV). Neste sentido, este trabalho teve como objetivo investigar a influência de sistemas BIPV integrados a fachadas no desempenho energético de edificações comerciais para o clima brasileiro, ao avaliar a influência do calor gerado pelo material FV na temperatura interna do ambiente simulado e na eficiência do próprio sistema FV. O método utilizado é baseado em simulações computacionais por meio do software EnergyPlus. Porém, outros estudos já demonstraram que os modelos de painéis FV disponíveis no software não podem simular com precisão as interações térmicas entre os sistemas BIPV e o ambiente simulado. Assim, este trabalho propôs um método para a simulação de sistemas BIPV por meio do EnergyPlus, levando em consideração as propriedades térmicas dos materiais FV. Foram desenvolvidos dois métodos de simulação para sistemas BIPV, um para sistemas opacos e outro para sistemas fotovoltaico semi-transparentes (STPV, do inglês Semi-Transparent Photovoltaic). As simulações comprovaram que os sistemas BIPV influenciam as condições de conforto térmico do ambiente, tanto pelo acréscimo na temperatura média do ar interno, quanto pelo aumento da própria temperatura superficial interna dos ambientes, que neste chegou a superar o Caso Base em até 17,4°C. A eficiência do sistema apresentou perdas de até 7% devido ao acréscimo de temperatura da célula FV, porém, acredita-se que esta redução será sentida apenas em sistemas de geração em larga escala. Ao avaliar as diferenças entre o consumo de um edifício condicionado artificialmente com e sem material fotovoltaico, houve variação de acordo com a Zona Bioclimática (ZB) devido aos materiais construtivos adicionais adotados na tipologia STPV, em especial o modelo de janelas com vidro duplo. Na ZB3, Florianópolis e Belo Horizonte, o uso de sistemas STPV aumentou o consumo de energia com Aquecimento, Ventilação e Ar Condicionado (AVAC) em cerca de 8% e 3%, respectivamente, enquanto na ZB8, Vitória e Fortaleza, o sistema STPV reduziu este consumo em cerca de 1%. No entanto, o saldo entre o aumento do consumo por ar condicionado e a geração de energia foi positivo em todas as cidades, representando 7% do consumo anual da torre de escritórios no pior caso (Florianópolis) e 10% no melhor (Belo Horizonte).Item A inserção de tecnologias operacionais na produção do edifício: mapeamento do processo de projeto do edifício Rochavera Corporate Towers(Universidade Federal de Viçosa, 2017-03-08) Olevate, Débora Cristina de Souza; Tibúrcio, Túlio Márcio de Salles; http://lattes.cnpq.br/9498020264008776As tecnologias destinadas aos sistemas operacionais dos edifícios estão cada dia mais presentes no desenvolvimento da construção civil e podem colaborar para a redução de gastos das edificações, para o menor impacto ao meio ambiente e para a integração dos sistemas prediais. Neste contexto, encontram-se os edifícios inteligentes, dotados de tecnologias operacionais e caracterizados pela complexidade do seu processo projetual. Esta pesquisa visa investigar o processo de projeto do edifício Rochaverá Corporate Towers, em São Paulo, classificado como inteligente de acordo com os conceitos adotadas neste estudo. A pesquisa é descritiva e utiliza dados qualitativos. A revisão de literatura apresenta características e conceitos referentes aos edifícios inteligentes e ao processo de projeto complexo, fundamentando a pesquisa. A metodologia utilizada baseia-se em um estudo de caso, sendo analisado o processo de projeto do Edifício Rochaverá Corporate Towers. Para o desenvolvimento da investigação foram utilizados os seguintes métodos: análise documental, mapeamento tecnológico e entrevistas semiestruturadas. O projeto do edifício foi analisado antes da visita ao edifício, quando as tecnologias operacionais foram identificadas e registradas. Profissionais participantes do processo de projeto do edifício foram entrevistados. Os resultados desta investigação mostram que uma característica do processo de projeto do Edifício Rochaverá Corporate Towers é o compartilhamento dos projetos entre diferentes profissionais desde as fases iniciais do processo. Constatou-se que projetos bem desenvolvidos e detalhados, de forma eficiente desde o início do processo, propiciam obras mais rápidas e econômicas. Esta pesquisa traz contribuições para o estudo do processo de projeto, por ter seu aprofundamento em um edifício brasileiro, o que desperta a discussão sobre a realidade arquitetônica e tecnológica brasileira diante de outros países e favorece o conhecimento no âmbito da produção arquitetônica e qualidade dos edifícios complexos aqui produzidosItem A nova tectônica:perspectivas conceituais aplicadas a aos processos computacionais de projeto e à fabricação digital(Universidade Federal de Viçosa, 2022-12-06) Vicente, Ana Carolina Santos; Santos, Denise Mônaco dos; http://lattes.cnpq.br/0309566478375715A tectônica pode ser entendida como o que permite auxiliar a compreensão de relações intrínsecas à arquitetura como entre arte e construção, poética e função, ornamento e estrutura. Essa compreensão é fundamental para que arquitetos possam criar conexões entre esses diferentes aspectos na concepção e realização de projetos arquitetônicos. A partir das particularidades advindas dos diversos processos computacionais de projeto e de fabricação digital, nas últimas duas décadas o termo tectônica digital tem sido utilizado para descrever a possibilidade de incorporar e informar dados acerca da materialidade, assim como dos sistemas estrutural e construtivo, desde os estágios iniciais de projeto condicionando as decisões projetuais. Portanto, este estudo aborda a noção de tectônica na teoria da arquitetura, desde o século XIX até a contemporaneidade, a partir do exame dos fundamentos da noção de tectônica sob a ótica dos processos computacionais de projeto e das tecnologias de fabricação digital, buscando por sua coerência com as abordagens teóricas mais tradicionais acerca do tema. Fundamentada por uma Revisão Bibliográfica sobre as diferentes abordagens teóricas acerca da noção de tectônica e tectônica digital, a análise do experimento prático se propôs a identificar os elementos fundamentais da tectônica. Observou-se que elementos como detalhe, junção, material, estrutura e construção podem ser adaptados nos diversos processos computacionais de projeto como informação, ou seja, dados de entrada para manipulações algoritmo-paramétricas em associação à fabricação digital. Acredita-se, portanto, que a noção de tectônica é inerente ao fazer arquitetônico em si, e que seus fundamentos e elementos constituintes se mantém coerentes independentemente da linguagem arquitetônica, dos processos de projeto e das tecnologias utilizadas. O arquiteto, enquanto “mestre-construtor”, consegue determinar a partir de quais relações vai resultar a tectônica em determinado edifício, através da manipulação dos elementos que compõem tectônica. Concluiu-se que a maior diferença entre as noções de tectônica tradicional e digital está no foco que é dado pelos autores que discutem o tema e pelas questões tangenciadas por essa tectônica ao longo do tempo.Na tectônica tradicional o foco está na relação entre os elementos que é demonstrada no objeto arquitetônico em si, enquanto na tectônica digital o foco está na relação entre os elementos que é elaborada a partir das lógicas dos processos computacionais de projeto. Palavras-chave: Tectônica. Tectônica digital. Processos computacionais de projeto. Fabricação digital. Teoria da arquitetura contemporânea.Item A pequena cidade: inserção regional, dinâmica e produção do espaço urbano de Piraúba-MG(Universidade Federal de Viçosa, 2022-05-27) Vidal, Angélica Silva Arruda; Stephan, Ítalo Itamar Caixeiro; http://lattes.cnpq.br/2201271086860869A maioria das cidades brasileiras podem ser consideradas pequenas, seja pelo seu porte demográfico, pela dimensão, pela inserção na rede urbana ou na participação na economia regional. Apesar de maioria no território, as pesquisas realizadas sobre o espaço urbano brasileiro são focadas em cidades grandes, mais recentemente passou a incluir as médias, deixando lacunas a serem preenchidas no que tange ao estudo das urbes que compõe as pequenas cidades. Durante a elaboração do projeto de pesquisa foi identificada uma carência de pesquisas voltadas para compreender a dinâmica de produção e reprodução do espaço urbano das pequenas cidades, bem como quem são os agentes atuantes, quais processos se realizam em seu território e quais formas urbanas são consequentes dessa dinâmica. Em busca de trabalhos dentro da temática foi identificado que não haviam pesquisas que tratassem do espaço urbano da pequena cidade como um todo, nem que elencassem os agentes atuantes. Portanto essa pesquisa busca responder a seguinte pergunta: Como e quem produz o espaço urbano da cidade de Piraúba e quais são as consequências físico-territoriais dessa dinâmica? Como campo de estudos foi escolhida a cidade de Piraúba, localizada na Região Imediata de Ubá, na Zona da Mata de Minas Gerais. A escolha se justifica pela relação da pesquisadora com o campo de estudos e decorrente percepção do desenvolvimento da urbanização do município, ocorrida a partir dos anos 1990, a área urbana tem passado por expansão tanto vertical como horizontal e pelo desenvolvimento de setores econômicos propriamente urbanos. A dissertação se dividiu em quatro capítulos, dois de embasamento teórico, sobre espaço urbano e pequena cidade, dois de pesquisa, sobre a inserção regional de Piraúba e a produção do espaço urbano do município. Ao fim debate-se a presença dos agentes e a forma com que os processos acontecem na cidade. Palavras-chave: Pequena cidade. Produção do espaço urbano. Inserção regional.Item A percepção da população de Viçosa acerca das áreas de alta declividade, sob a perspectiva da “Cidade de 15 minutos”: um estudo de caso(Universidade Federal de Viçosa, 2023-03-23) Eleutério, Yanka Flor Pinheiro; Silva, Luciana Bosco e; http://lattes.cnpq.br/9495163202582112A “Cidade de 15 minutos” é uma teoria urbana recente que surgiu em meio à busca por formas mais igualitárias, sustentáveis e atuais de urbanizar, privilegiando a dimensão humana e os modos ativos de deslocamentos dentro do contexto urbano. O modelo propõe uma reconfiguração urbanística, social e ambiental para as cidades a fim de torná-las mais acessíveis, sendo possível usufruir de seis funções sociais urbanas em 15 minutos a pé ou de bicicleta, e ter acesso aos transportes públicos coletivos em 30 minutos. Apesar de se tratar de uma temática bastante relevante, o modelo vem sendo estudado e implementado em cidades com características culturais, demográficas, topográficas e socioeconômicas bastante diferentes de grande parte das cidades brasileiras, assim, põe em debate se o mesmo poderia ser aplicado nesse contexto. Portanto, com objetivo de avaliar se a teoria pode ser uma estratégia de planejamento urbano e de mobilidade para as áreas de alta declividade de cidades de médio porte da Zona da Mata mineira, a percepção ambiental se configura como instrumento importante de avaliação e apreensão da organização físico-ambiental dos espaços pelas pessoas, dando ao sujeito o papel de protagonista da experiência produzida nos processos de interação com o ambiente. A pesquisa tem abordagem qualitativa, a natureza dos objetivos é descritiva-exploratória e natureza do trabalho é o estudo de caso com projetos de casos múltiplos holísticos, a unidade única de análise sendo Viçosa e múltiplos casos as áreas de alta declividade da cidade. Para coleta de dados foi realizada a revisão bibliográfica, aplicação de questionário, entrevista semiestruturada e observação não participante. Para auxiliar na análise e interpretação dos dados obtidos nas entrevistas, o software de análise textual IRaMuTeQ (Interface de R pour les Analyses Multidimensionnelles de Textes et de Questionnaires) foi utilizado. Palavras-chave: Cidade de 15 minutos. Percepção Ambiental. Planejamento Urbano. Mobilidade Ativa. Áreas de alta declividade.Item A política de habitação social em Muriaé - MG: avaliação da inserção urbana da moradia popular no distrito do Vermelho a partir de 2010(Universidade Federal de Viçosa, 2023-03-28) Coura, Livia Maria de Souza Almeida; Stephan, Ítalo Itamar Caixeiro; http://lattes.cnpq.br/5354556221169451A presente tese se dedica à avaliação das condições de inserção urbana de dois conjuntos de habitações de interesse social (HIS), implantados por meio da parceria entre a administração pública e o Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV), no município de Muriaé. Trata-se da implantação do Condomínio Residencial Nova Muriaé (CRNM), que ocorreu no ano de 2011, e do Residencial Vermelho II (RVII), que ocorreu em 2022 em terreno contíguo ao conjunto anterior. Esses conjuntos foram implantados ao lado da vila do distrito municipal, distantes e desconectados da malha urbana da Sede. A metodologia adotada para realização dessa pesquisa de natureza explicativa, partiu de uma investigação com base em um pós-fato com a utilização dos estudos de casos para relacionar variáveis qualitativas e quantitativas, com o objetivo de avaliar a inserção urbana dos conjuntos e os impactos desses empreendimentos junto aos beneficiários e à população da vila. O método utilizado foi a aplicação da Ferramenta de Avaliação de Inserção Urbana para empreendimentos de faixa 1 do PMCMV (FAIU), desenvolvida pelo LabCidade-USP em parceria com o Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP). O levantamento bibliográfico, as visitas em campo e a realização de entrevistas colaboraram para obtenção dos dados necessários à qualificação de cada um dos indicadores da FAIU e para os ajustes dos parâmetros da ferramenta ao local pesquisado. Os dados obtidos permitiram considerar que as condições de inserção urbana verificadas são insuficientes e que essa qualificação se deve principalmente a carência dos serviços de transporte, da localização dos conjuntos sem conexão com a malha urbana do distrito, devido a barreira causada pela rodovia BR356 e pela insuficiência dos serviços públicos prestados, principalmente na área da saúde. Os aspectos definidores desse projeto de habitação de interesse social não cumpriram com as condições aceitáveis de inserção urbana definidas pela FAIU. Tais condições, se atendidas, poderiam fazer da política habitacional um instrumento capaz de efetivamente melhorar qualidade de vida da população beneficiada. Para além da moradia, a política habitacional deveria garantir aos moradores dos conjuntos habitacionais, mobilidade, acesso a equipamentos públicos, serviços e outras atividades essenciais à vida urbana. Palavras-chave: Habitação de Interesse Social. Programa Minha Casa Minha Vida. Inserção Urbana. Distrito do Vermelho. Muriaé-MG.Item A política nacional de resíduos sólidos: limitações na relação entre catadores e poder público municipal na Zona da Mata - MG (2000 – 2017)(Universidade Federal de Viçosa, 2018-02-28) Silva, Mariana Oliveira; Lima, Tiago Augusto de; http://lattes.cnpq.br/9653346547624286O modelo de organização produtiva pós-fordista adotado no Brasil em meados da década de 1990 gerou inúmeras transformações na sociedade. Uma de suas implicações foi a reestruturação das relações de trabalho através de contratos mais flexíveis, aumento da terceirização de serviços, arrocho salarial, contratação pontual, dentre outras desse novo contexto. Como reflexo dessas mudanças atingimos altas taxas de desemprego estrutural. Excluídos do trabalho formal por não possuir a qualificação exigida pelo mercado, um grande contingente de indivíduos ocupou as ruas a procura de alguma atividade que garantisse sua sobrevivência. Foi nesse contexto de grande de intensificação produtiva e precarização das condições de trabalho que a catação dos resíduos recicláveis se tornou uma alternativa de renda para muitos brasileiros. A geração exacerbada de resíduos está ligada diretamente à cultura do consumo imposta por esse novo formato de capitalismo, gerando o agravamento da questão socioambiental. Diante disso, o Poder Público passou a ser pressionado pela sociedade civil organizada a tomar medidas para resolver esses problemas do tratamento e alocação dos resíduos sólidos. Buscando suprir esta demanda, o legislativo começa a discutir a aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que é aprovada no ano de 2010. Diante da aprovação dessa lei (n°12.305/10), todos os municípios brasileiros foram obrigados a cumprir diversas normas, dentre elas implantar a coleta seletiva e incluir os catadores na gestão de resíduos até 2014. Em função do alto descumprimento dessa Lei Federal, o presente estudo objetiva compreender as limitações na relação entre às organizações catadores e o Poder Público municipal. Ou seja, quais são os entraves existentes entre esses dois segmentos sociais que influenciam a gestão municipal de resíduos sólidos e inviabiliza a consolidação da PNRS. Para isso foi realizado um estudo demonstrativo compreendendo cinco municípios da região da Zona da Mata de Minas Gerais (Juiz de Fora, Viçosa, Muriaé, Manhumirim e Urucânia) com diferentes portes territoriais, segundo os parâmetros do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O recorte foi realizado com o intuito de isolar fatores, tendo em vista que o porte do município influencia o planejamento urbano de resíduos. Essa pesquisa tem caráter qualitativo e foi conduzida pelos procedimentos metodológicos de observação participante e entrevistas com roteiros semiestruturados. Os resultados sugerem que a ação coletiva das organizações de catadores se mostra importante e contribui de forma positiva no gerenciamento dos resíduos recicláveis, no entanto são ineficientes em alterar estruturalmente os mecanismos para cumprimento da PNRS, prevalecendo os interesses econômicos e políticos dos gestores públicos locais.Item A produção do espaço urbano da zona sul de Viçosa-MG: empreendimentos horizontais na bacia do ribeirão São Bartolomeu(Universidade Federal de Viçosa, 2016-08-12) Maria, Ana Cristina de Souza; Stephan, Ítalo Itamar Caixeiro; http://lattes.cnpq.br/3018287989955457Este trabalho objetivou analisar o processo de expansão urbana de Viçosa-MG para a zona sul do município, estudando a produção de espaços horizontais e seus desdobramentos nas dinâmicas urbano-rurais. Na segunda década do século XXI, Viçosa encontra-se em um considerável processo de reestruturação e fragmentação da malha urbana, resultado de ações tomadas pelo mercado imobiliário, principal agente produtor do espaço urbano viçosense. O aquecimento desse mercado deve-se principalmente aos saltos de crescimento da Universidade Federal de Viçosa, reflexo da criação de novos cursos e expansão de vagas, provenientes do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais, o REUNI. Dessa década em diante, observou-se que os investimentos imobiliários voltaram-se para terrenos localizados em áreas rurais, nas proximidades do campus universitário. Tais investidas ocorrem perante alterações realizadas na legislação urbanística, para conversão de terra rural em urbana e com parcelamentos clandestinos de solo, em territórios não incorporados ao tecido urbano. Para realização da pesquisa, foram utilizados os seguintes procedimentos metodológicos: levantamento bibliográfico; observações empíricas; análise de imagens de satélite; coleta de dados no Instituto de Planejamento Municipal (IPLAM), na Câmara Municipal e no Registro Escolar da UFV; e entrevistas semiestruturadas com seis moradores das comunidades rurais da bacia do ribeirão São Bartolomeu, três professores da área de recursos hídricos, técnicos do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), do Departamento de Extensão e Meio Ambiente (DEMA), dois empreendedores imobiliários atuantes na cidade, um advogado, e um representante do legislativo municipal. Os resultados apontaram que a expansão do perímetro urbano realiza-se por meio da confluência de interesses imobiliários em parceria com o Estado. O espaço se reproduz modelado segundo a lógica do mercado. Observaram-se as dificuldades em aplicar a legislação urbanística frente aos interesses do mercado imobiliário. Em diversos exemplos mencionados nesta pesquisa, verificou-se que, muitas vezes, o planejamento urbano em Viçosa é realizado pela ação do mercado imobiliário e da construção civil e para eles orientado, logo, apontado por interesses privados. O processo de transformação da paisagem rural e a valorização do espaço ocasionado pela expansão urbana produzem espaços fragmentados e descontínuos. A pesquisa demonstrou a necessidade de legislação disciplinadora de uso e ocupação do solo, e a realização de fiscalização municipal como subsídios fundamentais para controlar o adensamento urbano na área da bacia do São Bartolomeu.Item A relação entre espaço físico da habitação e arranjos domiciliares: Condomínio Residencial Nova Muriaé(Universidade Federal de Viçosa, 2020-02-17) Pedrosa, Samara Laviola; Cunha, Tiago Augusto da; http://lattes.cnpq.br/3883961323891538A temática da heterogeneidade dos padrões de composição dos arranjos domiciliares vem ganhando destaque nos últimos anos, inclusive no meio arquitetônico. A diversificação das composições dos arranjos domiciliares decorrem de novos comportamentos individuais, mas também de modificações nas temporalidades relacionadas ao processo de formação das unidades familiares e domésticas. Tão importante quanto são as mudanças culturais, econômicas e comportamentais da sociedade contemporânea. O mesmo não ocorreu necessariamente com o espaço físico da unidade residencial. Nesse sentido, objetiva-se pesquisar se a inflexibilidade espacial da unidade de residência pode constranger a maneira como as unidades domésticas se organizam dentro do domicílio. Dessa maneira, objetivando a relação entre espaço físico da unidade de residência e arranjos domiciliares, nos valemos de uma análise comparativa dos arranjos domiciliares entre diversos recortes territoriais, a saber: Brasil, Sudeste, Minas Gerais e Muriaé. Utilizamos os microdados da amostra dos Censos Demográficos de 1970, 1980, 1991, 2000 e 2010. Por último, optamos por descrever os arranjos domiciliares e as unidades habitacionais do Conjunto Residencial Nova Muriaé. Os dados demonstram que as participações de algumas classes de arranjos domiciliares são ali muito distintas se comparadas a outros contextos, sobretudo as das famílias estendidas. Ademais, o trabalho final contribuirá para, além da inserção de mais um fator responsável pela formação dos arranjos, sustentar a necessidade de construção de residências flexíveis e expansíveis para conjuntos habitacionais populares. Palavras-chave: Arranjos domiciliares. Programa de necessidades arquitetônico. Conjunto habitacional popular.Item A relação rio-cidade: reflexões sobre o Rio Manhuaçu(Universidade Federal de Viçosa, 2019-06-26) Gomes, Luana de Oliveira; Tibiriçá, Antônio Cleber Gonçalves; http://lattes.cnpq.br/1367943098061920A presente pesquisa propôs uma investigação do cenário no qual se encontram os sistemas fluviais urbanos, frente aos conflitos gerados pelo adensamento urbano sem planejamento. Abordou conceitos de paisagem urbana, relacionando a importância da harmonia entre homem e meio, com a participação dos cursos d’água na composição da imagem das cidades. A pesquisa, de caráter exploratório e natureza quali-quantitativa, teve como objeto de estudo a microrregião à qual pertence o município de Manhuaçu-MG, com foco no seu rio no trecho compreendido dentro dos limites da cidade. Possuiu como objetivo principal, identificar e avaliar a relação da cidade com seu rio, buscando compreender as dinâmicas existentes entre eles. Para isto, buscou-se, inicialmente, compreender a inter-relação rio-cidade ao longo dos anos, a partir de uma investigação do contexto histórico regional. Na sequência, foi realizada uma análise da paisagem atual do rio Manhuaçu, em trechos específicos, confrontando-a com os dados históricos coletados. Após esta etapa, foi realizada uma investigação comportamental do espaço, através de indagações feitas junto aos usuários e/ou moradores dos trechos estudados, buscando compreender sua percepção com relação à participação do rio na dinâmica da paisagem. Observou-se que o processo de evolução de Manhuaçu contribuiu para a retirada do rio da paisagem da cidade, tendo como resultado sua exclusão também do imaginário coletivo. A partir dos questionamentos, constatou-se que a população mais velha possui maior proximidade afetiva com o rio, relacionando-o a memórias positivas, enquanto a população mais jovem associa-o principalmente a aspectos negativos. Deste modo, observou ser necessária a reinserção do curso d’água à imagem da cidade, para que a população possa mantê-lo em suas memórias positivas.Item A transformação socioespacial de Rondônia e a formação da interurbana da microrregião de Vilhena(Universidade Federal de Viçosa, 2016-07-01) Silva, Áurea Dayse Cosmo da; Lustoza, Regina Esteves; http://lattes.cnpq.br/1196405739243552A Política de Integração Nacional, a partir da década 1970, fez da Amazônia palco de um intenso processo migratório que acarretou num acentuado crescimento populacional. Esse fluxo direcionou a ocupação da fronteira rural e urbana. Em Rondônia esse processo foi guiado principalmente, pelos Projetos Integrados de Colonização (PIC), e pela pavimentação da rodovia BR-354, que acarretaram na exploração madeireira e avanço da pecuária. A microrregião de Vilhena, composta por seis municípios, sendo eles: Chupinguaia, Parecis, Pimenta Bueno, Primavera de Rondônia, São Felipe d’Oeste, e Vilhena, possuiu um acelerado processo de formação, e o crescimento urbano ao longo das rodovias, ou em regiões lindeiras às mesmas. O trabalho buscou, sobretudo, apresentar o contexto de ocupação da Amazônia (Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Mato Grosso, Maranhão e Tocantins), a consolidação da fronteira urbana e como isso se estendeu no processo de formação e transformação do e no espaço da microrregião de Vilhena em Rondônia. Além disso, estabeleceu-se como objetivo analisar a formação e transformação da microrregião de Vilhena, bem como suas inter-relações, levando em consideração os fatores políticos, os aspectos geográficos e as transformações socioeconômicas, e morfológicas na consolidação do espaço urbano. Buscamos identificar os fatores que direcionaram a estrutura urbana, os elementos que contribuíram na consolidação urbana das cidades que compõem a microrregião de Vilhena-RO. A pesquisa é de natureza básica e exploratória e com uma abordagem qualitativa. O trabalho envolveu pesquisa bibliográfica e documental junto à órgãos públicos, estudo de campo em todas as cidades da microrregião, bem como análise morfológica. Contudo pudemos observar que a interação entre as cidades da microrregião de Vilhena foi e é pequena, devido à ausência de projetos em comum. O fluxo de pessoas em busca de serviços é bidirecional, em que os ex-distritos se direcionam às suas antigas sedes, em busca de serviços, foi um outro fator observado. Ficou evidente que a falta de interação aliada à distância entre os núcleos urbanos não configuram uma rede urbana, apenas fragmentos dela, devido à demanda de serviços. A análise morfológica das cidades da microrregião apresentou uma predominância ortogonal, uma paisagem monótona, e uma tendência de crescimento de dar ao longo das rodovias. Esses fatores se relacionam à facilidade de dominação e controle, mecanismo necessários ao Estado, e a necessidade de penetração do capital, que não se limitou a integrar o espaço preexistente inserindo-o na sua extensão, foi necessário a inserção de novos setores econômicos na estrutura urbana para permitir sua expansão.Item Aferição da mobilidade urbana na região metropolitana do Vale do Aço, Minas Gerais(Universidade Federal de Viçosa, 2020-03-27) Andrade, Agmar Moreira de; Faria, Teresa Cristina de Almeida; http://lattes.cnpq.br/0612538963337387O estudo apresenta uma análise qualitativa e quantitativa dos instrumentos de políticas públicas de mobilidade urbana na Região Metropolitana do Vale do Aço (RMVA) pelo ponto de vista do Desenvolvimento Orientado ao Transporte Sustentável (DOTS). Nele são apresentados os conceitos básicos para o entendimento da problemática da mobilidade urbana e das políticas públicas voltadas ao desenvolvimento sustentável. Tais conceitos são inter-relacionados com o atual cenário da RMVA, com a disponibilidade dos instrumentos de políticas públicas e sua adequação aos princípios da Política Nacional De Mobilidade Urbana (PNMU). O estudo se estrutura em três capítulos em forma de artigos. O primeiro capítulo analisa a disponibilidade de políticas públicas conforme art. 4º do Estatuto da Cidade. Cada instrumento identificado foi analisado quanto à sua adequação aos princípios da Política Nacional de Mobilidade Urbana. O segundo capítulo analisa o Plano Diretor de Mobilidade Urbana (PlanMob) enquanto instrumento direcionador dos planos e ações municipais, voltados à disciplina de trânsito e transportes. Para tal, o estudo analisou o processo de produção do plano quanto às suas implicações práticas, direcionado pelo caderno de Referência Para Elaboração Do Plano De Mobilidade Urbana, elaborado pela Secretaria Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana – SeMob em busca de um parâmetro para direcionar às melhores práticas no que diz respeito à produção dos planos de mobilidade municipais e metropolitanos. Por fim, o terceiro capítulo avalia a aplicabilidade do Índice de Mobilidade Urbana Sustentável (IMUS) enquanto ferramenta de diagnóstico da gestão da mobilidade urbana em regiões metropolitanas. O artigo avaliou os processos de seleção e obtenção de dados e os resultados obtidos. O estudo demonstrou que a eficiência da gestão e do planejamento da mobilidade está diretamente ligada à disponibilidade de instrumentos de políticas públicas alinhados aos princípios de sustentabilidade, da disponibilidade de uma base de dados atualizados dos municípios e de uma equipe de gestores e técnicos capacitados. Palavras-chave: Regiões metropolitanas. Políticas públicas. MobilidadeItem Análise comparativa de levantamento remoto e in loco para projetos de iluminação pública(Universidade Federal de Viçosa, 2022-02-15) Souto, Érica Ferraz de Andrade; Carlo, Joyce Correna; http://lattes.cnpq.br/5695468011870420A crise hídrica no Brasil requer o uso racional da energia elétrica, inclusive no setor público, o qual apresenta potencial de economia por meio da eficientização dos parques de iluminação pública, dentre outras ações. A eficientização dos parques não ocorre somente através da substituição das lâmpadas de vapores por luminárias LED, como também por meio da implantação de metodologias projetuais com foco em eficiência energética. A ausência de registros na literatura sobre metodologias de coleta de dados iniciais para projetos de eficiência energética em iluminação pública motivou essa dissertação, a qual dedica-se a investigar essa problemática com o objetivo de propor uma metodologia de coleta remota de dados iniciais que ofereça maior confiabilidade, redução de tempo e custo, além de adaptabilidade a um sistema Smart Grid e de Cidades Inteligentes e Sustentáveis. O universo da pesquisa foi o estado de Minas Gerais – Brasil, cujo campo amostral é composto por 7 cidades médias e 7 cidades pequenas, são elas: Ipatinga, Caratinga, Conselheiro Lafaiete, Viçosa, Ouro Branco, Ouro Preto e Teófilo Otoni, Iapu, Bugre, Ipaba, Inhapim, Itaverava, Ubaporanga e Santana do Paraíso. O trabalho consistiu no teste de uma metodologia remota de coleta de dados, por meio do Google Earth, Google Street View e consulta as normas técnicas NBR 5101 - 2018 – Iluminação Pública Procedimento e CEMIG ND 2.1 - Instalações Básicas de Redes de Distribuição Aéreas Urbanas, em comparação com uma metodologia de coleta de dados in loco, por meio de visita com medição com trena e levantamento fotográfico. As duas metodologias alimentaram uma simulação para confrontar os resultados obtidos, tabular, avaliar o desempenho luminoso no programa DIALux, e aferir a confiabilidade da metodologia de levantamento remoto. Os resultados mostraram que há 76,8% de compatibilidade entre o levantamento in loco e remoto. Todos os dados amostrais foram lançados na plataforma colaborativa OpenStreetMap onde encontram-se disponíveis, gratuitamente, para livre acesso dos prestadores de serviço e gestores da área de eficiência energética em iluminação pública. Palavras-chave: Iluminação pública. Eficiência energética. Levantamento remoto. Coleta de dados.Item Análise da iluminação em salas de aulas de escolas da rede de ensino pública das Superintendências Regionais de Ensino de Juiz de Fora, Ponte Nova e Ubá, MG(Universidade Federal de Viçosa, 2015-07-31) Hybiner, Juliana Mara Batista Menezes; Tibiriçá, Antônio Cleber Gonçalves; http://lattes.cnpq.br/1158382209241945A luz, seja ela natural ou artificial, é um dos componentes que contribui para o conforto ambiental nas edificações. Em instituições de ensino, o papel da iluminação é um tema que requer especial atenção, uma vez que está relacionado diretamente com o desenvolvimento e o processo de ensino-aprendizagem. A ausência ou o incorreto dimensionamento da luz natural e do sistema de iluminação artificial acarreta inúmeras consequências na saúde e bem-estar do usuário do espaço. A análise de condições mínimas para conforto visual dos alunos de escolas públicas faz-se necessário, uma vez que tais instituições enfrentam, constantemente, cortes ou escassez de recursos que afetam diretamente na qualidade do ambiente construído. É nesse contexto que o presente trabalho está inserido, com o objetivo de diagnosticar e avaliar a situação atual da iluminação de salas de aulas de escolas públicas dentro de um determinado recorte geográfico no Estado de Minas Gerais. Utilizando-se dos procedimentos técnicos de pesquisa bibliográfica, pesquisa documental e pesquisa de campo, foram avaliadas as condições de iluminação de vinte e sete salas de aulas de sete escolas de cidades compreendidas nas Superintendências Regionais de Ensino de Juiz de Fora, Ponte Nova e Ubá. Realizada em duas fases distintas do ano, a análise de iluminação natural, artificial ou combinada nas salas de aulas foi desenvolvida com o auxílio de ferramentas estatísticas no tratamento dos dados obtidos em campo. Durante a etapa de medições lumínicas, foram evidenciados níveis de iluminância abaixo do mínimo recomendado pela normatização brasileira. Tal fato corroborou o que também pôde ser constatado pela autora do presente trabalho ao perceber in loco dificuldades na realização de atividades visuais pelos alunos e indução de sobrecarga visual nos alunos. O resultado da pesquisa aponta deficit na iluminação das salas de aulas das escolas públicas estudadas. Isso reforça a imprescindível necessidade de se dar importância ao correto dimensionamento da luz nas edificações escolares, seja natural ou artificial, uma vez que o ambiente em que o aluno está inserido irá influenciar diretamente no seu desenvolvimento intelectual.