Educação Física

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    A fadiga mental como fator condicionante do desempenho no futebol: uma perspectiva cognitiva, tática e física
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-05-20) Kunrath, Caito André; Costa, Israel Teoldo da; http://lattes.cnpq.br/4924679505970676
    Até o momento, poucos são os estudos que se propuseram a investigar a fadiga mental como um fator condicionante do desempenho no futebol. Desde a primeira publicação em 2015, oito artigos estão disponíveis nas bases de dados PubMed, Web of Science e SCOPUS. Nestes artigos, observa-se que a fadiga mental origina uma redução na tolerância ao exercício em testes físicos, enquanto em jogos reduzidos estes efeitos ainda não são explicados com clareza. Também são verificados efeitos negativos sobre a precisão de passes e a qualidade geral das ações em formato de testes e jogos reduzidos, e na capacidade dos jogadores em tomar decisões, de modo a aumentar o tempo necessário para fazê-las e diminuir sua acurácia. A fadiga mental também parece reduzir a capacidade dos jogadores em coordenar movimentos verticais e horizontais em uma equipe. No entanto, estes indicadores possibilitam avaliar apenas a sincronia entre os jogadores das equipes, e não necessariamente representam o desempenho dos jogadores. Na presente dissertação foram considerados indicadores de desempenho cognitivos, táticos e físicos, através da percepção periférica, dos princípios táticos fundamentais e da distância percorrida pelos jogadores, respectivamente. No primeiro momento, foi conduzido um estudo piloto em que foi observada uma redução sobre a eficiência do comportamento tático, especialmente em ações relacionadas aos princípios táticos de equilíbrio (p=0,028) e unidade defensiva (p=0,008), além de maior distância percorrida em intensidades médias (p=0,032) e elevadas (p=0,002) sob fadiga mental. No segundo estudo empírico, foi verificado como a fadiga mental influencia a percepção periférica, o comportamento tático e o desempenho físico dos jogadores. A fadiga mental reduziu a percepção periférica dos jogadores (p=0,035), condicionando-os a priorizarem ações de penetração (p=0,042) e mobilidade (p=0,005), e de cometerem maior número de erros nas ações de contenção (p=0,003), equilíbrio (p=<0,001), concentração (p=0,001) e unidade defensiva (p=0,001). Os jogadores também percorreram maior distância total (p=0,008) e em corrida leve (p=0,001), além de menor distância em caminhada (p=0,027). De acordo com estes resultados, conclui-se que a fadiga mental é um fator que condiciona o desempenho de jogadores de futebol.
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    Efeito do treinamento combinado sobre as variáveis bioquímicas e morfofuncionais de hipertensos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-10-22) Vieira, Bárbara Ramos; Marins, João Carlos Bouzas; http://lattes.cnpq.br/8121183810975152
    A hipertensão arterial sistêmica é o fator de risco mais prevalente para doença cardiovascular, sendo caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial. Geralmente está relacionado a danos funcionais e/ou estruturais dos órgãos-alvo e a alterações metabólicas, aumentando o risco de eventos cardiovasculares fatais e não- fatais. O exercício físico tem sido indicado como um tratamento não medicamentoso para auxiliar na redução dos níveis tensionais de hipertensos. Essa dissertação teve como principal objetivo analisar como o exercicio físico pode influenciar o perfil bioquímico, morfofuncional e a pressão arterial de repouso em sujeitos hipertensos. Para isso, foram desenvolvidos 2 capítulos: o primeiro, teve o objetivo de realizar uma análise crítica sobre as atuais recomendações de prescrição de exercícios para hipertensos abordados na 7º diretriz brasileira de hipertensão arterial, sob a ótica de um profissional de educação física. Foram analisadas as recomendações para atividades aeróbias: tipo de exercício, volume, intensidade e recomendações especiais; e recomendações para exercícios resistidos: volume e intensidade. Além disso, foram discutidos aspectos não abordados na diretriz. Foi possível observar avanços na 7º diretriz brasileira de hipertensão como nas orientações referentes as variáveis volume e intensidade, mas alguns pontos ainda carecem de maiores esclarecimentos, principalmente relacionados ao treinamento de força, como método de treino, forma de controle da intensidade e velocidade de execução. A partir dos aspectos abordados, foi concluído que é necessário um maior detalhamento nas orientações para uma prescrição de exercício segura e eficaz para a população hipertensa. No capítulo 2, foi desenvolvido um estudo clínico de intervenção com um total de 8 sujeitos caracterizados hipertensos (4 homens e 4 mulheres), com média de idade de 60,57 + 6,95 anos. Todos os pacientes eram vinculados ao Centro de Atenção Especializada de Viçosa, Minas Gerais. Foram realizados exames clínicos e teste ergométrico antes de iniciar o treinamento. Além desses, foram feitos exames de sangue antes e ao final do estudo para controle do potássio plasmático, creatinina plasmática, glicemia de jejum, colesterol total, HDL, triglicerídeos, ácido úrico e ureia. Indicadores antropométricos e testes físicos foram realizados antes e depois do período de massa corporal e a estatura, para cálculo do Índice de Massa Corporal e o perímetro de cintura. Os testes físicos empregados foram: banco de Wells, teste de alcançar as costas, teste de levantar da cadeira, teste de flexão de braço, dinamometria de mão, teste de equilibrio unipodal, teste de levantar e caminhar. Os pacientes foram submetidos a 50 sessões de treinamento combinado (aeróbio e resistido na mesma sessão), sendo que a intensidade do exercicio aeróbio foi prescrita frequência cardíaca. O método do treinamento resistido foi o alternado por segmento em circuito. Cada sessão durou entre 20 a 70 minutos, dependendo da fase do treinamento, a frequência semanal foi de 3 dias e a aderência aos programas de 75% foi determinada para que os resultados fossem considerados válidos. Foi realizado o teste de Shapiro-Wilk para verificar os pressupostos de normalidade e os dados se apresentaram não normais. Para os dados da avaliação antropométrica e testes físicos, o teste de Friedman foi usado para analisar se houve diferenças entre as medidas e, quando foi encontrada, realizou-se o teste de Wilcoxon para detectar onde havia essa diferença. Nos parâmetros sanguíneos, foi realizado o teste de Wilcoxon. Não houve diferença significativa nos parâmetros avaliados, exceto para agilidade, que reduziu de 7,88 + 2,41 segundos antes do estudo para 6,36 + 1,56 segundos na nona semana; potássio plasmático, que aumentou de 4,39 + 0,44 mEq/L antes para 5,08 + 0,62 mEg/L após a intervenção e ácido úrico que reduziu de 4,30 + 0,92 mg/dL antes para 2,84 + 0,66 mg/dL após o treinamento, todos para p<0,05. Tomando como base a dinâmica proposta de exercícios ao longo de 50 sessões, é possível concluir que, o treinamento combinado proposto, com exceção da agilidade, potássio plasmático e ácido úrico não foi capaz de gerar alterações importantes nas variáveis estudadas para essa amostra.
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    Efeitos do ambiente quente sobre as respostas fisiológicas e perceptivas de ciclistas em uma sessão de treinamento intervalado de alta intensidade
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-10-18) Silva, Wanessa Aparecida Lopes da; Gomes, Thales Nicolau Prímola; http://lattes.cnpq.br/8544069084588984
    Introdução:O treino intervalado de alta intensidade (HIIT) é um treino de curta duração e alta intensidade, composto por repetidas e breves sessões, que tem ganhado espaço entre os praticantes de exercício físico e sido objeto de investigação entre os estudos com termorregulação. O exercício físico é capaz de alterar o equilíbrio térmico do organismo. Objetivo: Verificar as respostas fisiológicas e perceptivas em uma sessão de HIIT associada ao ambiente quente em ciclistas. Métodos: Dez ciclistas homens (Idade: 35,5 ± 7,4 anos; área de superfície corporal: 2,0 ± 0,1m 2) realizaram 4 visitas ao laboratório, sendo a 1a visita destinada à aplicação do questionário de Prontidão para a Atividade Física (PAR-Q), Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) e teste máximo; na 2a visita foi feita a familiarização ao protocolo e nas 3a e 4a visitas foram realizadas as sessões de HIIT em dois ambientes (SC – Sessão Con- trole: 22,9 ± 0,9 oC; umidade relativa: 70,1 ± 9,9%; SQ – Sessão Quente: 32,2 ± 0,5 oC; umidade relativa: 63,9 ± 4,5%). O protocolo de HIIT divide-se em 4 blocos de 1min a 90% da potência máxima (Watts), intercalados com 3min a 50% da potência máxima. As variáveis medidas foram a temperatura gastrointestinal, por meio da ingestão de uma cápsula telemétrica (Ttgi oC), a temperatura média da pele por meio de sensores de temperatura (Tpele oC), o conforto térmico (CT), a sensação térmica (ST) e a percepção subjetiva do esforço (PSE) por meio das escalas subjetivas, a frequência cardíaca por meio de cardiofrequencímetro (FC), a pressão arterial por meio de esfigmo- manômetro e estetoscópio (PA) e a gravidade específica da urina por meio de refratômetro (GEU), acúmulo de calor (AC) e taxa de acúmulo de calor (TAC) por meio de cálculos a partir da produção de suor. Após a análise de normalidade, os dados foram analisados por meio de ANOVA Two-Way, post-hoc de Tukey (Média ± DPM; α = 5%). O trabalho foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética (protocolo: 85279618.1.0000.5153). Resultados: Em relação à Ttgi, não houve diferença entre as médias das sessões (SC: 36,9 ± 0,3 oC vs. SQ: 37,2 ± 0,2 oC; p>0,05). Em relação à Tpele, houve diferenças entre as médias das sessões, sendo maior em SQ (SC: 32,4 ± 0,7 vs. SQ 35,2 ± 0,3; p<0,05). A ST apresentou diferenças entre as médias das sessões, sendo maior em SQ (SC: 6,7 ± 1,1 vs. SQ: 10,1 ± 0,8; p<0,05). O CT apresentou diferenças entre as médias das sessões, sendo maior em SQ (SC: 1,7 ± 0,4 vs. SQ: 2,8 ± 0,6; p<0,05). A PSE apresentou diferenças entre as médias das sessões, sendo maior em SQ (SC: 14,0 ± 0,1 vs. SQ: 16,2 ± 0,1; p<0,05). A FC apresentou diferenças entre as médias das sessões, sendo maior em SQ (SC: 143,4 ± 3,4 vs. 159,4 ± 12,3 bpm; p<0,05). O lactato apresentou diferenças entre as médias das sessões, sendo maior em SQ (SC: 5,9 ± 2,0 vs. SQ: 8,4 ± 3,6 mmol/L; p<0,05). O peso corporal não apresentou diferenças entre as médias das sessões (SC: 77,9 ± 7,5 vs. SQ: 77,6 ± 7,5 Kg; p>0,05). O peso do short não apresentou diferenças entre as médias das sessões (SC: 0,2 ± 0,1 vs. SQ: 0,2 ± 0,1 g; p>0,05). A taxa de suor não apresentou diferenças entre as médias das sessões (SC: 0,5 ± 0,1 vs. SQ: 0,6 ± 0,1 L.h-1; p>0,05). A GEU não apresentou diferenças entre as médias das sessões (SC: 1018,8 ± 11,3 vs. SQ: 1017,3 ± 8,5; p>0,05). A PAM não apresentou diferenças entre as médias das sessões (SC: 95,6 ± 7,0 vs. SQ: 92,3 ± 3,5 mmHg; p>0,05). A velocidade não apre- sentou diferenças entre as médias das sessões (SC: 14,5 ± 4,3 vs. SQ: 13,5 ± 83,7 Km/h; p>0,05). O AC e a TAC não apresentaram diferenças entre as médias das ses- sões (SC: 24,6 ± 6,0 vs. SQ: 30,4 ± 7,0 W.m-2; p>0,05) e (SC: 0,9 ± 0,7 vs. SQ: 1,1, ± 0,6 W.m-2.min; p>0,05), respectivamente. Conclusão: Os achados mostraram que o ambiente quente promove aumento das percepções subjetivas e das variáveis fisiológicas, porém, em exercício de curta duração, não promoveu perda hídrica, redução da velocidade e acúmulo de calor significativas. Possivelmente, apesar da alta intensidade do protocolo associado ao ambiente quente, a duração do exercício não tenha sido suficiente para alterar essas variáveis. Palavras-chave: Termorregulação. Atividade Física. HIIT.
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    Testes para avaliação do CrosFit® e caracterização da intensidade de uma seção de treino
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-12-17) Felício, Carla de Freitas; Marins, João Carlos Bouzas; http://lattes.cnpq.br/0061736138184961
    O CrossFit® é um programa de força e condicionamento criado em 1995 por Greg Glassman, um instrutor de ginástica e ginasta de Santa Cruz, CA. O objetivo do programa é desenvolver uma aptidão ampla, geral e inclusiva (GLASSMAN, 2007). A definição de “fitness” (aptidão física) no CrossFit® pode ser caracterizada pelo aumento da capacidade funcional de trabalho em larga escala e diferentes domínios de exigência (GLASSMAN, 2011), ou seja, a capacidade de realizar movimentos de trabalho reais de qualquer tipo em diferentes situações (cardiorrespiratória, força, potência, etc.) para uma quantidade de tempo especificada (duração curta, média ou longa). Essa definição de aptidão abrange todos os tipos de capacidade: resistência cardiovascular e respiratória, resistência, força, flexibilidade, potencia, velocidade, coordenação, agilidade, equilíbrio e precisão. São recentes as pesquisas sobre o CrossFit®, dessa forma, o presente estudo contribui com dois estudos que foram realizados com o intuito de fornecer informações sobre a modalidade, auxiliando os professores que trabalham com essa atividade, permitindo um maior controle das adaptações advindas do treinamento e desenvolvimento dos seus alunos praticantes ou atletas. O primeiro estudo teve como objetivo apresentar a fundamentação teórica para proposição da bateria de testes de caráter ecológico para o CrossFit® e propor testes que se aplicam a especificidade dessa modalidade. Para isso, uma pesquisa na base de dados PubMed, com as palavras “CrossFit” and “training” foi feita e uma análise dos estudos encontrados foi realizada, a fim de buscar um referencial teórico sobre os testes físicos e motores já realizados com os praticantes da modalidade em outros estudos e direcionar a seleção dos testes propostos, de acordo com a aplicabilidade de cada uma para a modalidade. Foram encontrados 31 artigos, sobre o CrossFit®, sendo que, desse total, apenas 13 realizaram algum tipo de teste físico e avaliação dos praticantes. Os testes mais frequentemente aplicados foram: avaliação antropométrica, capacidade cardiorrespiratória, potência anaeróbica, força explosiva, força dinâmica e resistência muscular, enquanto flexibilidade, equilíbrio e agilidade foram avaliadas com menos frequência. Com base nas análises dos dados da literatura existente, uma bateria de testes foi proposta buscando avaliar os seguintes parâmetros: perfil antropométrico, capacidade cardiorrespiratória, força dinâmica, força explosiva, resistência muscular e flexibilidade. A proposta de testes foi sugerida, pensando na facilidade de acesso ao material necessário para os procedimentos e aplicação dos testes, além da disponibilidade dos equipamentos dos boxes de CrossFit®. Já o segundo estudo teve como objetivo caracterizar a intensidade de uma aula de CrossFit®, avaliando as fases de aquecimento, parte técnica e o WOD. A amostra contou com 12 praticantes regulares de CrossFit® (26, 8 ± 4,6 anos), do sexo masculino, que foram submetidos a uma avaliação antropométrica (massa corporal, estatura, circunferência de cintura e quadril e dobras cutâneas), uma avaliação cardiorrespiratória (teste de 2000m no remo ergômetro), além disso, parâmetros psicofisiológicos (FC, LA e PSE) foram avaliados ao longo de uma aula proposta da modalidade em 3 momentos (aquecimento, técnica e WOD. Os avaliados apresentaram % de gordura médio de 10,5 ± 3,4, considerado excelente e VO2máx de 48,6 ± 3 ml.(kg/min)- . Durante a aula todos os parâmetros apresentaram diferença significativa (p < 0,05) nas comparações entre os três momentos, sendo o WOD a parte mais intensa da aula, atingindo 97% da FCmáx calculada, PSE média de 9,5 ± 0,4 e [la] média de 16,7 ± 2,2 mmol.L-1, concluindo que a aula possui uma intensidade elevada, ultrapassando o limiar anaeróbico, sendo recomendável que sejam feitas adaptações na intensidade, no volume da aula e na complexidade dos exercícios para os alunos iniciantes, Palavras-chave: CrossFit® Testes Físicos. Intensidade de Treino. Workot of Crossfitters.. day,
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    Efeitos do treinamento aeróbico contínuo de intensidade moderada nos ventrículo e pulmão direitos de ratos durante a progressão da hipertensão arterial pulmonar
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-09-27) Silva, Franciany de Jesus; Natali, Antônio José; http://lattes.cnpq.br/4957497403924335
    Objetivo: Verificar os efeitos do treinamento aeróbico contínuo de intensidade moderada sobre a hemodinâmica e a resistência da artéria pulmonar, a estrutura dos ventrículo e pulmão direitos e sobre a função contrátil e o cálcio (Ca 2+ ) intracelular transiente em miócitos isolados do ventrículo direito (VD) de ratos durante o desenvolvimento da hipertensão arterial pulmonar (HAP) induzida por monocrotalina (MCT). Material e Métodos: Ratos Wistar (idade: ~ 2 meses; massa corporal: ~230g) foram divididos em quatro grupos de 12 animais cada, a saber: controle sedentário (CS); controle treinado (CT); MCT sedentário (MS); MCT treinado (MT). Animais dos grupos MS e MT receberam uma injeção intraperitoneal (60 mg/kg) de MCT, enquanto os dos grupos CS e CT receberam o mesmo volume de solução salina. Os grupos treinados foram submetidos a um programa de corrida em esteira rolante com intensidade moderada (60 min/dia; 60% da velocidade máxima de corrida; 5 dias/semana) durante 4 semanas, iniciado após a injeção de MCT. A avaliação ecocardiográfica foi realizada no 24o dia após a aplicação de MCT. A tolerância ao esforço físico foi avaliada no 25o dia após a aplicação de MCT. Após a eutanásia, o coração e os pulmões foram removidos, pesados e processados para as análises. Nos tecidos do VD e pulmão direito foram realizadas análises histomorfométricas. Em miócitos isolados do VD foram analisadas contração e Ca 2+ intracelular transiente. Resultados: O programa de treinamento aeróbico aumentou a tolerância ao exercício e reduziu a resistência da artéria pulmonar (TA/TE). Em nível tecidual, o treinamento aeróbico reduziu (p < 0.05) a massa do VD, a área de secção transversa dos miócitos e o percentual de colágeno. No pulmão direito, o treinamento aeróbico reduziu (p < 0.05) o espaçamento entre os alvéolos e o percentual de colágeno. Em miócitos isolados do VD, o treinamento aeróbico reduziu (p < 0.05) o volume celular, os tempos para o pico e para 50% de relaxamento, assim como a amplitude e os tempos para o pico e para 50% de decaimento do Ca 2+ intracelular transiente. Conclusões: O treinamento aeróbico contínuo de intensidade moderada atenua a resistência da artéria pulmonar, previne o remodelamento adverso dos ventrículo e pulmão direitos, além de promover benefícios à contração e ao Ca 2+ intracelular transiente em miócitos isolados do VD durante a progressão da HAP induzida por MCT em ratos. Juntos, estes efeitos resultam em maior tolerância ao esforço físico. Palavras-chave: Exercício aeróbico. Artéria pulmonar. Monocrotalina. Miócito cardíaco.
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    Movimentação respiratória toracoabdominal de ciclistas: em repouso e durante uma simulação de um contra relógio de 20-km
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-07-16) Lopes, Ana Luiza de Castro; Amorim, Paulo Roberto dos Santos; http://lattes.cnpq.br/2144782690185546
    A proposta da presente dissertação foi investigar a movimentação toracoabdominal de ciclistas. Para atingir este objetivo, primeiramente, nós investigamos como o treinamento de ciclismo pode influenciar o padrão da movimentação respiratória de ciclistas em uma postura sentada. Depois disso, para prover uma compreensiva avaliação das mudanças induzidas pelo exercício neste comportamento mecânico, nós avaliamos um ecológico contra relógio de 20-km. A estrutura desta dissertação inclui um capítulo de introdução, que inclui uma breve revisão de literatura sobre os temas abordados, bem como a relevância desta pesquisa e seus objetivos. Nos capítulo seguintes, a investigação será conduzida da seguinte forma: o primeiro artigo, intitulado “Padrão da movimentação respiratória toracoabdominal de ciclistas de estrada na postura sentada” objetivou investigar quais mudanças o treinamento em ciclismo de estrada pode induzir no padrão da movimentação respiratória toracoabdominal durante manobras respiratórias na postura sentada em ciclistas de estrada da categoria master. O segundo artigo, intitulado “Padrão da movimentação respiratória toracoabdominal de ciclistas de estrada durante uma simulação de contra relógio de 20-km” investigou o padrão da movimentação respiratória toracoabdominal de ciclistas de estrada da categoria master durante uma simulação de contra relógio de 20-km. Ao final, uma conclusão geral aborda os principais resultados e futuros trabalhos. Como considerações gerais, os principais achados da presente dissertação foram que durante as manobras respiratórias na postura sentada os ciclistas de estrada apresentaram uma alta coordenação da movimentação toracoabdominal e, comparado com o grupo controle, eles apresentaram uma maior contribuição do tórax inferior e um maior deslocamento do abdômen. Esses achados podem estar relacionados ao padrão desenvolvido quando os ciclistas estão pedalando em sua própria bicicleta, uma vez que, durante um simulado de contra relógio de 20-km, o compartimento abdominal teve o maior percentual de contribuição inspiratório e o tórax superior teve o menor percentual de contribuição inspiratório. Além disso, apesar de apresentarem coeficiente de correlação moderado, as mudanças na amplitude de deslocamento do tórax superior (ST) e do abdômen (AB) afetou sua coordenação pareada, portanto, a coordenação entre ST×AB foi a mais afetada pelo contra relógio. Por fim, o representativo percentual de contribuição inspiratório do tórax inferior pode estar associado à postura que os participantes foram submetidos durante o exercício. Como foi destacado pelos nossos estudos anteriores durante manobras respiratórias na postura sentada, o tórax inferior tem uma importante atuação no padrão da movimentação respiratória toracoabdominal de ciclistas. Palavras-chave: Mecânica Respiratória. Volume Respiratório. Ciclismo de estrada.
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    Efeitos de diferentes tipos de treinamento físico aeróbio sobre a morfologia, função e propriedades mecânicas do coração de ratos hipertensos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-08-16) Suarez, Pedro Zavagli; Carneiro Júnior, Miguel Araújo; http://lattes.cnpq.br/4639311373915407
    A hipertensão arterial (HA) é uma condição clínica multifatorial caracterizada por nível elevado e sustentado de pressão arterial (PA). O exercício físico aeróbio regular provoca adaptações autonômicas e hemodinâmicas que vão influenciar o sistema cardiovascular, contribuindo para redução da PA. O treinamento aeróbio contínuo de intensidade moderada (MICT), tem sido o mais indicado para sujeitos com HA, com intensidade variando de 40-60% do consumo máximo de oxigênio. Porém, nos últimos anos, estudos mostraram a eficácia do treinamento aeróbio intervalado de alta intensidade (HIIT) como tratamento para HA. Objetivos: Avaliar os efeitos de diferentes tipos de treinamento físico aeróbio sobre a morfologia, função e propriedades mecânicas do coração de ratos hipertensos. Metodologia: Ratos normotensos (Wistar) e hipertensos (SHR) com 16 semanas de idade foram distribuídos em 6 grupos (n=8): WIS CONT e SHR CONT – normotensos e hipertensos que não foram submetidos a treinamento físico aeróbio por 8 semanas; WIS MICT e SHR MICT – normotensos e hipertensos treinados pelo método contínuo a 60% da velocidade máxima de corrida, em esteira rolante, 30 min por dia, 5 dias por semana, por 8 semanas; WIS HIIT e SHR HIIT – normotensos e hipertensos treinados pelo método intervalado, sendo 20 repetições de 30 segundos a 90%, seguidas por 1 min a 45% da velocidade máxima de corrida, 5 dias por semana, por 8 semanas. A morfologia e função cardíaca foram avaliadas por ecocardiograma. A frequência cardíaca (FC), pressão arterial sistólica (PAS), diastólica (PAD) e média (PAM) foram medidas por pletismografia de cauda. O tempo total de exercício até a fadiga (TTF) foi determinado através de um teste máximo de corrida. Após os tratamentos, a eutanásia foi realizada por decapitação e o coração retirado, lavado e canulado pela artéria aorta em um sistema de perfusão. Os cardiomiócitos do ventrículo esquerdo (VE) foram isolados por digestão enzimática, utilizando-se colagenase. Para registro do transiente intracelular global de Ca2+ ([Ca2+]i), os cardiomiócitos foram incubados com o indicador fluorescente de Ca2+, Fura-2 ácido aminopolicarboxílico. A contração celular foi determinada pela técnica de alteração do comprimento dos cardiomiócitos, usando-se um sistema de detecção de bordas. As medidas foram feitas utilizando-se um microscópio invertido equipado com uma lente objetiva de imersão em óleo. Utilizou-se estimulação elétrica de campo nas frequências de 3, 5 e 7 Hz, temperatura de ~ 37oC. Resultados: Ambos os programas de treinamento aumentaram o TTF. Nos SHR, o MICT reduziu a FC de repouso, tendeu a diminuir a PAS, diminuiu a PAD, a PAM, a espessura do septo interventricular tanto na sístole quanto na diástole e diminuiu a amplitude de contração na estimulação de 5 Hz. O HIIT aumentou o peso do coração e as espessuras da parede do ventrículo esquerdo, tanto em sístole quanto em diástole, reduziu a PAS e tendeu a diminuir a PAM, além de diminuir o tempo para o pico de [Ca2+]i em todas as frequências de estimulação. Conclusão: Ambos os protocolos de treinamento promoveram adaptações benéficas sobre a morfologia, função e propriedades mecânicas do coração de ratos hipertensos. Palavras-chave: Hipertensão. Exercício físico. Cardiomiócitos. Contratilidade celular. Transiente de cálcio.
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    Análise cinemática da mecânica respiratória: efeitos da atividade física e idade
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-07-17) Rodrigues, Isabella Martins; Pereira, Eveline Torres; http://lattes.cnpq.br/7967693005855826
    O envelhecimento pode causar diversas alterações fisiológicas e estruturais nos sistemas do corpo humano. O sistema respiratório sofre alterações como diminuição da capacidade respiratória, complacência pulmonar e torácica, calcificação das cartilagens costais e diminuição da força muscular. Entretanto, as alterações mecânicas causadas pelo envelhecimento ainda são pouco descritas pela literatura. Nesse contexto, o objetivo geral da dissertação foi descrever os padrões de movimentação toracoabdominal durante a respiração de mulheres fisicamente ativas através da análise cinemática tridimensional, além de avaliar os efeitos do envelhecimento e de um treinamento físico. Para analisar os movimentos respiratórios, foram utilizadas as manobras de volume corrente e capacidade vital. As coordenadas tridimensionais dos 32 marcadores retro-reflexivos posicionados no tronco foram adquiridas por câmeras optoeletrônicas, e posteriormente utilizadas para estimar o volume do tórax superior, tórax inferior e abdômen, para cálculo subsequente das variáveis para a definição do padrão respiratório. No primeiro estudo, o objetivo foi investigar os efeitos do envelhecimento e caracterizar o padrão e a coordenação dos movimentos respiratórios dos compartimentos toracoabdominais. Setenta e três mulheres fisicamente ativas foram divididas em três grupos: jovens, meia idade e idosas, com idade entre 19 e 80 anos. O percentual de contribuição inspiratório e o coeficiente de correlação foram calculados com o objetivo de analisar o padrão e a coordenação de movimento toracoabdominal durante a respiração, respectivamente. Os resultados mostraram que o envelhecimento causa uma mudança no padrão de movimento em ambas as manobras, que inicia com uma respiração torácica superior, passa por uma fase de transição com o aumento da contribuição do tórax inferior e chega a uma maior contribuição abdominal com o aumento da idade. Além disso, a diminuição da coordenação de movimento foi observada com o envelhecimento, apesar das participantes não apresentarem assincronia de movimento. No segundo estudo, o objetivo foiavaliar os efeitos de 12 semanas de um treinamento físico multicomponente no padrão e na coordenação dos movimentos toracoabdominais respiratórios de mulheres fisicamente ativas acima de 40 anos. Trinta e duas mulheres foram divididas em 2 grupos: meia idade e idosas. O treinamento físico multicomponente foi aplicado durante 12 semanas, sendo dividido em 3 sessões semanais com duração de 50 minutos. A variação de volume total inspiratório, o percentual de contribuição inspiratório e o coeficiente de correlação foram calculados com o objetivo de analisar o padrão e a coordenação de movimento durante a respiração pré e pós-treinamento. Os resultados sugerem que 12 semanas de treinamento físico multicomponente podem causar efeitos como o aumento do percentual de contribuição inspiratório do tórax inferior, sendo mais enfatizado na capacidade vital. Além disso, foi observada uma diminuição do percentual de contribuição inspiratório do abdômen, que pode estar relacionada com um aumento da contração abdominal durante uma inspiração forçada, podendo diminuir a mobilização de ar. Todas as participantes apresentaram movimentos respiratórios coordenados, com ênfase na coordenação entre os compartimentos torácicos. Em conclusão, essa dissertação sugere que existe uma mudança no padrão respiratório e uma diminuição da coordenação de movimento, que podem ser reflexos mecânicos das alterações fisiológicas e estruturais do envelhecimento. Além disso, apesar de não ser um treinamento especificamente respiratório, o treinamento físico multicomponente pode proporcionar alterações positivas, como o aumento da contribuição do tórax inferior e, consequentemente, da ação do diafragma. Palavras-chave: Padrão respiratório. Cinemática. Envelhecimento.
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    Intensidade do exercício autosselecionado por mulheres: riscos e adequações às diretrizes do ACSM
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-10-23) Lage, Flávia Xavier de Andrade; Marins, João Carlos Bouzas; http://lattes.cnpq.br/0155212607785887
    Dados nacionais indicam que a maior parte da população brasileira possui hábitos sedentários, o que contribui para o aumento do risco cardiovascular. Os exercícios aeróbicos, especialmente a caminhada, o trote e a corrida têm sido comumente indicados por profissionais da saúde para melhorias na aptidão física. Essa dissertação foi proposta com o objetivo de comparar as recomendações do ACSM para a realização de exercício aeróbico com a prática autosselecionada por mulheres, bem como a prontidão para sua prática e a prevalência de risco coronariano dessa amostra. Desta forma, foram desenvolvidos três estudos. No primeiro, foi realizada uma revisão sistemática de estudos que analisaram a prática de exercício aeróbico com intensidade autosselecionada por mulheres. O objetivo foi verificar as características das praticantes, possíveis fatores influenciadores (índices antropométricos, fisiológicos, fatores ambientais e idade) e se a intensidade autosselecionada poderia aumentar a aderência da prática de exercícios aeróbicos. Os dados foram analisados através das bases de dados PubMed e BVS, com artigos originais, realizados em mulheres acima de 18 anos de idade, publicados nos últimos 10 anos, com análise de exercício aeróbico de forma autosselecionada através da mensuração da frequência cardíaca (FC), sendo incluídos 20 artigos. Na maioria dos estudos, foi encontrado que a intensidade autosselecionada está dentro das recomendações do ACSM, capaz de promover melhorias no condicionamento físico e reduzir o risco cardiovascular, além de obter maior resposta afetiva positiva e maior prazer quando comparado à intensidade imposta. Pessoas com sobrepeso e obesidade demonstraram menor gasto energético (GE) quando comparado com pessoas eutróficas. Além disso, a idade parece não influenciar nas respostas afetivas, apenas nas respostas fisiológicas. Foi encontrado também maior sensação de prazer ao realizar atividade física (AF) ao ar livre quando comparado com ambiente interno. Desta forma, foi possível concluir que quando a intensidade do exercício é autosselecionada, há maiores sensações de prazer e atendem às recomendações do ACSM, além de promover melhorias na aptidão cardiorrespiratória. O segundo estudo teve como objetivo determinar a prontidão para atividade física e a prevalência de risco coronariano em mulheres praticantes de caminhada e corrida recreativa, através da aplicação dos questionários PAR-q e RISKO. Participaram do estudo 80 mulheres praticantes de caminhada e ou corrida recreativa, com idades entre 20-59 anos, sendo divididas em quatro grupos etários (G1 = 20-29 anos; G2 = 30-39 anos; G3 = 40-49 anos; G4 = 50-59 anos). As praticantes deveriam ter minimamente dois meses de prática e com uma frequência mínima de três vezes por semana, sem orientação de um educador físico. Foram utilizados os questionários PAR-q para determinar a prontidão para a prática de atividade física e RISKO para identificar os fatores de risco coronariano. Como resultados, observou-se que 32,5% da amostra total apresentaram inaptidão para realização de AF, respondendo positivamente, à pelo menos, em uma questão do PAR-q. A questão com maior número de respostas positivas foi relacionada a episódios de tontura ou sensações de desmaio, correspondendo 18,8% da amostra total. Já em relação ao questionário RISKO, o escore médio de risco coronariano foi de 15,22 ± 3,29 pontos (risco abaixo da média), correspondendo 66,3% da amostra, sendo que a questão com maior escore foi relacionada a hereditariedade, correspondendo 63,8% das entrevistadas. Como conclusão, os grupos com maior faixa etária tiveram maior prevalência de inaptidão para AF, de acordo com as respostas positivas no questionário PAR-q. Já no questionário RISKO, a maioria da amostra foi classificada como “risco abaixo da média”, sendo os fatores com maior prevalência hereditariedade, sexo e sobrepeso. Por fim, o terceiro estudo teve como objetivo estabelecer os padrões de AF autosselecionado por mulheres no exercício de caminhada, corrida e trote e verificar se atendem às diretrizes do ACSM para sua prática. Para tal, 80 mulheres participaram, sendo divididas em quatro grupos etários (G1 = 20-29 anos; G2 = 30-39 anos; G3 = 40-49 anos; G4 = 50-59 anos), sendo adotado como critério de inclusão a prática de caminhada e ou corrida de forma recreativa há pelo menos dois meses sem orientação de um profissional de Educação Física. Na primeira etapa foram realizados os procedimentos antropométricos para caracterização da amostra (massa corporal, estatura, circunferência abdominal (CA), circunferência de cintura (CC), percentual de gordura corporal (%GC)), mensuração da frequência cardíaca de repouso (FCR) e níveis pressóricos. A segunda etapa consistiu em avaliar uma sessão de exercício com intensidade autosselecionada através de um monitor cardíaco e índice de percepção de esforço (IPE). Ao analisar o escore do IPE, foi encontrado que 43,8% da amostra esteve dentro da intensidade “vigorosa” e 26,3% “moderada”, ambas estando dentro das recomendações do ACSM. Em relação ao %FC média, todos os grupos estiveram de acordo com as diretrizes. Quanto ao tempo total da sessão e frequência semanal, todos os grupos atingiram as recomendações mínimas. Contudo, nenhum grupo acumulou 1000 quilocalorias (kcal) por semana. Desta forma, foi possível concluir que maioria das avaliadas autosselecionaram intensidades dentro do recomendado pelo ACSM, quando analisado a %FC média, IPE, tempo de treino e frequência semanal. No entanto, ao analisar o GE, nenhum dos grupos atingiram a recomendação mínima semanal.
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    Suplementação de creatina em lutadores: efeitos sobre a composição corporal, desempenho físico e hidratação
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-09-10) Barbosa, Paula de Freitas; Marins, João Carlos Bouzas; http://lattes.cnpq.br/3297504012816437
    A Creatina (Cr), suplemento consumido principalmente por atletas envolvidos em atividades que exigem força e potência vem sendo citada como um dos suplementos de efeitos ergogênicos com maior comprovação científica. Contudo, em atletas de esportes de combate, estudos sobre os efeitos do consumo de Cr ainda são escassos. Entre os principais efeitos ergogênicos da suplementação da Cr, destacam-se o aumento das reservas de fosfocreatina (PCr) em até 20% a 40%, aumento da capacidade de formação de ATP, melhora da capacidade de fornecimento energético do sistema anaeróbico alático e, consequentemente, melhora da manutenção de atividades de alta intensidade e curta duração. Em lutadores, além dos possíveis benefícios da suplementação com Cr sobre o desempenho físico, outros efeitos têm sido destacados pela literatura, como o aumento da massa magra, aumento do desenvolvimento muscular e aumento do nível de hidratação. O objetivo geral dessa dissertação foi investigar alterações de composição corporal, desempenho físico e nível de hidratação de lutadores recreativos após a suplementação com Cr. Este trabalho está dividido em uma revisão de literatura e dois artigos com a mesma amostra e enfoques diferenciados: Um com objetivo de investigar os efeitos da suplementação de Cr sobre a composição corporal de lutadores e o outro com objetivo de avaliar os efeitos da suplementação de Cr sobre o desempenho físico e nível de hidratação dos lutadores. Dezenove 19 lutadores de grappling foram aleatoriamente dividos em dois grupos e receberam respectivamente, suplementação de Cr (n = 10) ou placebo (n = 9). O protocolo de suplementação foi de 20g/dia por 7 dias, seguido de 5g/dia por 21 dias. Para análise antropométrica e de composição corporal, foram avaliadas a massa corporal, estatura, circunferências corporais e dobras cutâneas dos lutadores antes e após a intervenção. Para análise do desempenho foram aplicados os testes físicos de dinamometria de mão (DM), counter movement jump (CMJ), testes de força e resistência de membros superiores (MS) e teste Wingate no cicloergômetro de braço (TW). Para análise do nível de hidratação foi utilizada a bioimpedância elétrica. Os resultados do primeiro estudo demonstraram que o grupo suplementado com Cr apresentou diminuição da Massa Gorda (MG) em Kg (p=0,037) e %MG (p=0,022) , aumento da Massa Muscular (MM) em Kg (p=0,007) e %MM (p=0,022) e aumento das circunferências dos braços, antebraço direito e coxas (p<0,05), enquanto o grupo placebo não apresentou diferenças significativas em nenhuma variável avaliada. Já no segundo estudo, o grupo suplementado com Cr apresentou aumento significativo no desempenho nos testes de DM (p=0,005) e em todas as variáveis avaliadas pelo TW (p<0,05). Porém, não foi observada diferença significativa para as variáveis avaliadas no CMJ e nos testes de força e resistência de MS. Também não foi observada diferença significativa para as variáveis de hidratação analisadas (água corporal total, água corporal intracelular, água corporal extracelular e porcentagem de hidratação da massa magra). Concluiu-se que a suplementação de Cr por 28 dias em lutadores de grappling utilizando-se do protocolo de sobrecarga e manutenção por 28 dias foi suficiente para proporcionar diminuição do %MG, com aumento do %MM, aumento do volume muscular e manutenção da massa corporal (MC). Também foi observado efeito positivo da suplementação de Cr sobre o desempenho esportivo dos lutadores quando se leva em consideração a força isométrica máxima do punho e a potência dos MS. Não foi registrado melhora no desempenho em MI e nem alterações significativas no nível de hidratação dos lutadores.