Solos e Nutrição de Plantas

URI permanente para esta coleçãohttps://locus.ufv.br/handle/123456789/175

Navegar

Resultados da Pesquisa

Agora exibindo 1 - 10 de 13
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Disponibilidade de micronutrientes em solos e sua correlação com teores foliares em povoamentos jovens de eucalipto
    (Universidade Federal de Viçosa, 2007-10-19) Sequeira, Cleiton Henrique de; Novais, Roberto Ferreira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783732H4; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; Fontes, Renildes Lúcio Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781182P3; Martinez, Hermínia Emília Prieto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788276P4; Paiva, Haroldo Nogueira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788177J6
    O eucalipto é a essência florestal que se destaca no Brasil em área plantada, com 3,4 milhões de hectares. A utilização do solo em sucessivas rotações, a elevada produtividade e a plantação de clones contribuem para o aparecimento de sintomas de deficiência de micronutrientes como Cu, Mn, Fe e Zn. Este trabalho teve por objetivos: 1) avaliar a disponibilidade de Cu, Mn, Fe e Zn para eucalipto em diferentes solos do Estado de Minas Gerais; 2) correlacionar o estado nutricional das plantas com a capacidade de suprimento de nutrientes e características do solo; 3) avaliar o estado nutricional de diferentes clones. Amostras de solo de 0 a 20 cm de profundidade, e de folhas nas posições proximais e distais de ramos na posição mediana do terço basal (B1 e B2, respectivamente), e nas posições proximais e distais de ramos na posição mediana do terço apical da copa de árvores de eucalipto (A1 e A2, respectivamente) foram coletadas em plantios em seis regiões do Estado de Minas Gerais. No solo, foram determinados os teores de carbono orgânico total e de argila, pH e os teores de Cu, Mn, Fe e Zn extraídos por Mehlich-1, Mehlich-3 e DTPA. Nas folhas, foram determinados os teores de Cu, Mn, Fe e Zn. Os maiores teores de Cu, Mn, Fe e Zn do solo foram obtidos com os extratores Mehlich-1 e Mehlich-3 e os menores com DTPA. Os teores de Cu, Fe e Zn pelos extratores Mehlich-1 e Mehlich-3 apresentaram alta correlação entre si, e dependentes da estratificação dos solos em classes texturais. O Mehlich-1 foi o melhor extrator na avaliação da disponibilidade dos micronutrientes, de modo geral. Os teores de Cu, Mn e Zn nas folhas apresentaram correlação significativa e positiva com os teores de Cu, Mn e Zn pelos três extratores, enquanto que os de Fe correlacionaram-se negativamente com os teores disponíveis pelos extratores Mehlich-1 e Mehlich-3, e não mostraram correlação significativa com os do DTPA. A melhor correlação para Cu, Fe e Zn foi obtida com folhas da posição B1, e para Mn com folhas da posição A1. Os teores de carbono orgânico total e argila e o pH do solo, quando considerados juntamente com o teor dos micronutrientes catiônicos no solo, contribuíram para aumentar significativamente o poder dos modelos em estimar o teor foliar desses nutrientes. Nos modelos de regressão múltipla, os teores foliares de Cu e de Fe correlacionaram-se positivamente com os teores de matéria orgânica e argila, o teor foliar de Mn correlacionou-se negativamente com o teor de matéria orgânica e com o pH do solo. No caso do Zn, não houve melhora significativa dos modelos originais com a inclusão dessas propriedades. A inclusão dessas propriedades fez com que os resultados para Mehlich-3 e DTPA se aproximassem daqueles do Mehlich-1 na predição dos teores foliares dos micronutrientes. Os clones de Eucalyptus urophylla, Eucalyptus grandis, Eucalyptus camaldulensis, híbridos de Eucalyptus urophylla x Eucalyptus grandis, e híbridos de Eucalyptus camaldulensis x Eucalyptus urophylla não se diferenciaram quanto aos teores foliares de Cu, Mn, Fe e Zn, e um modelo geral para Eucalyptus foi adotado para correlacionar teores foliares com teores no solo. Os resultados deste estudo indicam a necessidade de se considerarem às características de solo na estimativa dos teores foliares de micronutrientes catiônicos para o eucalipto.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Respostas fisiológicas à hipóxia e a manganês em clones de eucalipto com tolerância diferencial à Seca de Ponteiros do Vale do Rio Doce
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-07-31) Harguindeguy, Ignácio; Araujo, Wagner Luiz; http://lattes.cnpq.br/8790852022120851; Novais, Roberto Ferreira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783732H4; http://lattes.cnpq.br/0447184013579092; Leite, Fernando Palha; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4797343U5; Vergütz, Leonardus; http://lattes.cnpq.br/1282294478259902
    A Seca de Ponteiros do Eucalipto do Vale do Rio Doce (SPEVRD) é uma anomalia que afeta cultivos de eucalipto em várias regiões do Brasil, cujas causas ainda não são completamente entendidas. Os sintomas deste distúrbio ocorrem na época de transição do período chuvoso para o seco, em maior incidência em áreas com drenagem deficiente e elevação do lençol freático quando precedidos por uma intensa época chuvosa. Em adição, o acúmulo de Mn também parece estar relacionado à SPEVRD, observando-se teores mais elevados deste nutriente nas folhas das plantas com sintomas. Assim, a presente proposta teve como objetivo compreender as possíveis causas iniciais da SPEVRD bem como identificar possíveis mecanismos fisiológicos, enzimáticos e, ou, fermentativos de tolerância superior do clone de Eucalyptus 2719 a esta anomalia, em relação ao clone sensível híbrido de urograndis 1213. Foi conduzido um experimento em hidroponia, em esquema fatorial 2 x 2 x 2 com dois clones (2719 e 1213), duas concentrações de O2 (8 e 4 mg L-1) e duas de Mn (1,39 e 300 mg L-1), utilizando-se três repetições em delineamento em blocos casualisados. Foram utilizadas mudas com aproximadamente 40 dias de idade mantidas em solução nutritiva de Clark por mais 30 dias e em seguida foram aplicados os tratamentos por 11 dias. Ao final, avaliaram-se as trocas gasosas das plantas e amostras de folhas e raízes foram coletadas. Ambos os clones tiveram reduções na produção de matéria seca de raízes por efeito da hipóxia, mas apenas o tolerante (2719) suspendeu o crescimento das folhas, mantendo a proporção entre folhas e raízes semelhante independente do tratamento, enquanto o sensível (1213) teve um aumento dessa relação devido à queda de produção de raízes e manutenção do crescimento aéreo. O clone sensível acumulou mais Mn nas folhas novas em relação ao clone tolerante. Em ambos os clones, a taxa fotossintética e a condutância estomática foram reduzidas pela hipóxia, sendo que a concentração interna de carbono manteve-se alta, indicativo de limitações bioquímicas à fotossíntese. Em função da manutenção dos teores de clorofilas danos celulares podem acontecer caso a energia absorvida não seja dissipada corretamente. Estes danos foram comprovados pela elevação dos teores de malonaldeído (MDA) nas folhas do clone sensível, fato não observado no tolerante. Em folhas, embora a atividade da superóxido dismutase (SOD) tenha sido superior no clone tolerante, tanto a atividade da catalase quanto a capacidade antioxidante total foram similares entre os clones, evidenciando que o clone tolerante provavelmente evita os danos por mecanismos preventivos à formação das espécies reativas de oxigênio (ERO) e não apenas desintoxicando-as. Nas raízes, os teores de MDA foram também superiores no clone sensível, especialmente no tratamento com excesso de Mn. O clone tolerante teve uma maior atividade da SOD e maior capacidade antioxidante nas raízes. As atividades da álcool desidrogenase (ADH), da alanina transaminase (AlaT) e da aspartato transaminase (AspT) elevaram-se sob hipóxia, com maior elevação da ADH no clone sensível, que demostra possuir um metabolismo mais intenso, o que explica ao menos parcialmente, os maiores danos. O clone tolerante ativa respostas características de quiescência, traduzindo-se em maior sobrevivência de raízes profundas em condições de hipóxia. Tomados em conjunto, essa resposta deve conferir ao clone tolerante à SPEVRD maior tolerância também ao déficit hídrico, evitando danos e desordens nutricionais que podem levar ao surgimento dos sintomas da SPEVRD. Por outro lado, o clone sensível possui respostas de escape à hipóxia, que em campo podem lhe conferir maior susceptibilidade ao déficit hídrico, como também ao excesso de Mn nas folhas e iniciar possíveis danos e processos que provoquem esta anomalia.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Características morfofisiológicas associadas á restrição hídrica em clones de eucalipto
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-07-31) Gomes, Lilianna Mendes Latini; Picoli, Edgard Augusto de Toledo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4768537Z5; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; http://lattes.cnpq.br/2431572138279967
    O cultivo do eucalipto no Brasil tem ocorrido em diferentes condições edafoclimáticas. Quanto ao clima, os plantios têm sido feitos desde regiões onde não ocorrem déficits até regiões com fortes restrições hídricas. De modo semelhante, há plantios em solos com restrições variáveis quanto à fertilidade e, ou, características físicas. A combinação de tais restrições requer a seleção de material genético que possa suplantá-las. Enquanto a baixa fertilidade do solo pode ser contornada pela técnica de fertilização, a restrição física e climática é de mais difícil solução. A escolha de genótipos tolerantes ao déficit hídrico tem sido a principal opção para plantio em tais condições. Por isso, a definição de biomarcadores dessa tolerância, como alterações morfológicas, anatômicas e fisiológicas, é de alto interesse prático. O objetivo deste estudo foi avaliar características e adaptações morfoanatômicas em clones de eucalipto com tolerância diferencial ao déficit hídrico e sua relação com a discriminação isotópica do 13CO2 (). O estudo foi conduzido em plantios comerciais de eucaliptos situados em duas condições edafoclimáticas no norte do estado da Bahia. As árvores tinham, aproximadamente, cinco anos de idade, no espaçamento inicial de 9 m2 por planta, e os plantios se situam em áreas com precipitação média anual de 900 mm e 1500 mm. Em cada área, os clones 1277 (híbrido de E. urophylla x E. camaldulensis), 1404 (E. urophylla) e 1407 (híbrido de E. urophylla x E. grandis), considerados com alta, média e baixa tolerância à seca, respectivamente, foram selecionados em talhões situados em Argissolos Amarelo para avaliações biométricas e fisiológicas. Foram selecionadas e abatidas quatro árvores médias por clone e área e, na base de cada uma, foi retirado um disco do tronco com, aproximadamente, 5 cm de espessura, do qual foram obtidas amostras das seções radiais do lenho para determinação dos isótopos do C. De cada árvore foram, ainda, selecionadas folhas completamente expandidas do terceiro ou quarto nó do ápice para a base do ramo, em três posições distintas da copa: basal, mediana e apical. Foram coletadas dez folhas para cada uma dessas posições as quais foram utilizadas nas análises morfométricas para obtenção da área, largura, comprimento e perímetro. Adicionalmente, uma folha sadia e completamente expandida foi também coletada de cada árvore para as seguintes análises micromorfométricas, em secção transversal: (espessura total, da cutícula, da epiderme e do mesofilo, bem como porcentagem de espaços intercelulares). As características avaliadas foram comparadas pelo teste t a 5% de probabilidade. O clone 1277, mais tolerante à seca, na área com precipitação média anual de 900 mm, mostrou maior Δ13C em comparação com os demais clones, possivelmente, devido à manutenção da condutância estomática. O clone tolerante (1277), na área com precipitação média anual de 900 mm, apresentou menor área foliar nas folhas do ápice da copa, menor tempo de difusão do vapor de água nas posições basal e mediana, e menores porcentagens de espaço intercelular no mesofilo em todas as posições da copa, características indicadoras de xeromorfismo. Portanto, foram verificadas características qualitativas e quantitativas associadas à tolerância dos clones ao déficit hídrico. As características xeromórficas mais evidentes do clone 1277 lhe conferem maior tolerância e condições de se adaptar e desenvolver sob restrição hídrica.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Critérios de seleção da população no estabelecimento de valores de referência para a diagnose nutricional do eucalipto
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-09-28) ávila, Vinícius Tavares de; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; Mattiello, Edson Marcio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762958P3; Fontes, Renildes Lúcio Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781182P3; http://lattes.cnpq.br/1461845143351787; Leite, Roberto de Aquino; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785893P8
    A cultura do eucalipto apresenta grande importância no cenário nacional e mundial por se mostrar uma fonte de energia e de matéria prima para vários usos industriais, além de material para o uso civil e agrícola. O bom desempenho do setor florestal deve-se, em grande parte, à melhoria das técnicas que contribuam para o aumento da produtividade. Neste sentido, o manejo nutricional das plantas pode basear-se em algumas ferramentas como o DRIS (Diagnosisand Recommendation Integrated System), método proposto por Beaufils (1973), que consiste em um método de análise bivariado. Por este método são calculados índices que expressam o balanço relativo dos nutrientes em uma planta, a partir da comparação de relações duais na amostra com valores-padrão ou normas, como objetivo de classificar os nutrientes quanto a ordem de limitação ao crescimento e desenvolvimento das plantas. Para gerar essas normas, Beaufils (1973) recomenda a utilização de populações de plantas que reflitam a variabilidade dos nutrientes, concluindo pela indicação da população de média produtividade. Porém, outros autores preconizam a necessidade de se gerar normas específicas que levem em consideração os fatores locais que interferem nos processos biogeoquímicos envolvidos no desenvolvimento vegetal. Outro método consagrado é o proposto por Kenworthy (1961), no qual se avalia o balanço dos nutrientes de forma individual além de incorporar a variabilidade do teor na população de referência. Trabalhos mostram que a melhoria da adequação da diagnose nutricional se dá com a utilização de normas específicas para uma região, com relação ao uso de normas gerais, definidas a partir de um banco de dados em que se abrangem diferentes condições de clima, época de amostragem, parte da planta amostrada, sistema de manejo do solo e variedade, entre outros. O presente trabalho teve o objetivo de avaliar o efeito do uso de diferentes critérios para a seleção da população de referência utilizada na geração das normas sobre o grau de universalidade das normas gerais e específicas geradas. Os resultados mostram que o critério de seleção das populações de referência para o estabelecimento de normas DRIS não afetou a universalidade das mesmas.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Gênese, classificação e mapeamento de solos desenvolvidos de rochas pelíticas em áreas cultivadas com eucalipto em Minas Gerais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2008-07-22) Pereira, Thiago Torres Costa; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Ker, João Carlos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763842Z5; http://lattes.cnpq.br/8278516582581479; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723204Y8; Chagas, César da Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785135D2
    Em virtude da demanda por áreas cultiváveis tornar-se muito grande nos últimos anos, áreas ocupadas por solos até então tidos como marginais ao aproveitamento agrícola estão sendo reavaliadas e estudadas visando seu aproveitamento com plantios florestais, a exemplo dos Cambissolos desenvolvidos de rochas pelíticas do Grupo Bambuí. Em razão da expressividade destes solos, normalmente associados a Latossolos, selecionou-se as áreas das Fazendas Olhos d`Água e Cachoeira, pertencentes à empresa V&M Florestal (Curvelo - MG), cujos principais objetivos foram: estudar as características físicas, químicas e mineralógicas dos solos; compreender os processos pedogenéticos atuantes; mostrar a distribuição espacial dos solos por meio de mapeamento semi- detalhado na escala 1:20.000. As amostras de solos (LVA, LV e CX) foram submetidas às análises físicas e químicas de rotina, retenção de água, digestão total e sulfúrica, e análises mineralógicas. De acordo com os resultados, constatou-se que os CX das Fazendas Olhos d Água e Cachoeira apresentaram teores médios de silte de 40 e 54 %, respectivamente, com textura variando de argilo-siltosa a franco-argilo-siltosa. São ácidos, distróficos e álicos. Podem apresentar linhas de pedra em diferentes profundidades e estão normalmente associados a topografias mais movimentadas. Algumas características observadas nos CX, como direção horizontalizada do material de origem, elevados teores de silte e de densidade do solo, predomínio de caulinita e ilita na fração argila, consistência dura ou muito dura quando secos, e estrutura em blocos subangulares fracamente desenvolvida, estimulam a formação de selamento superficial e erosão laminar acentuada, contribuindo para a queda de qualidade dos sítios florestais nas áreas de ocorrência destes solos. A menor capacidade de retenção de água pelos materiais dos horizontes A e Bi dos CX, associada à baixa condutividade hidráulica, à pouca espessura do solum e maior dificuldade de infiltração de água em razão da topografia e do selamento superficial, parece ser indicativo de menor capacidade de recarga hídrica nas áreas onde ocorrem (CX), podendo contribuir para a depreciação na qualidade dos sítios florestais. Resultados de Ki em torno de 2,0 para os CX indicam menor pedogênese e maior proporção de caulinita e ilita na fração argila, comparativamente aos Latossolos. Nesta fração, foram constatadas também gibbsita e VHE. A fração silte revelou a presença principalmente de mica e quartzo e a fração areia, basicamente quartzo, confirmando a baixa reserva de nutrientes nas frações grosseiras. Todos os LVA e LV são ácidos, distróficos, na maioria álicos, e de textura argilosa ou muito argilosa. Apresentam estrutura geralmente do tipo blocos subangulares e consistência variando de ligeiramente dura a dura quando secos. Os LV apresentaram menores teores de silte do que os LVA, 23 e 31%, respectivamente, indicando maior intemperização, ainda que os resultados de Ki sejam semelhantes entre estas duas subordens. São profundos, podendo apresentar linha de pedra, em geral, abaixo de 150 cm. Na fração argila dos Latossolos foram constatadas caulinita, ilita, gibbsita, e VHE. A presença de gibbsita parece ser maior do que a constatada na fração argila dos CX, a inferir-se pelos resultados do Ki, em torno de 1,4. A fração silte revelou a presença principalmente de quartzo e mica e a fração areia, basicamente quartzo. Ainda que não existam diferenciações químicas e físicas marcantes entre os Latossolos, constatou-se nos perfis P8 e P10, ambos LV, magnetização considerável na fração areia, cuja difratometria de raios-X confirmou a presença de magnetita. Diferentemente de todos os LV do presente estudo, o P10 se destacou pela ocorrência de teores de Fe2O3 da digestão sulfúrica de 22 dag kg-1 para os horizontes A e Bw.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Atributos físicos do solo em resposta à adição de efluente tratado de indústria de celulose
    (Universidade Federal de Viçosa, 2008-07-24) Almeida, Ivan Carlos Carreiro; Ruiz, Hugo Alberto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783550T5; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Fernandes, Raphael Bragança Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728400J8; http://lattes.cnpq.br/9045591206203235; Rocha, Genelício Crusoé; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796777Y9; Silva, Gualter Guenther Costa da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794184J8
    A disposição no solo de efluente de indústria de celulose pode ser opção atrativa para a destinação final destas águas residuárias, pois além de ser um processo adicional aos sistemas de tratamento existentes, apresenta potencial como fonte suplementar de água e nutrientes para as plantas. Neste contexto, este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito da aplicação de efluentes de indústria de celulose sobre alguns atributos físicos do solo. Três experimentos foram conduzidos: um em campo (experimento I) e dois em laboratório (experimentos II e III). No experimento I foi estudado um experimento instalado em área experimental de uma empresa do setor florestal, conduzido sobre um Neossolo Flúvico, em que durante seis anos têm sido aplicado quatro tratamentos com a cultura do eucalipto: irrigado; não irrigado; com fertirrigação e com a aplicação de efluentes da fábrica de celulose. Uma área de mata próxima foi usada como referência. No solo de todos os tratamentos foram avaliados: resistência à penetração, condutividade hidráulica (k0) em campo e em laboratório, análise química de rotina, textura, diâmetro médio geométrico (DMG) e ponderado (DMP) dos agregados, argila dispersa em água (ADA), índice de dispersão de argila (ID), densidade do solo (Ds), porosidade total (PT), microporosidade (Mi) e macroporosidade (Ma), carbono orgânico total (COT), intervalo hídrico ótimo (IHO) e a relação de adsorção de sódio (RAS) no extrato da pasta saturada (EPS). Os resultados obtidos indicaram incremento da Ds com o cultivo do eucalipto, com conseqüente redução da PT e Ko (laboratório). O efluente aplicado promoveu a redução do DMG e DMP dos agregados e aumento do ID, o que pode ser associado aos incrementos nos teores de Na, com conseqüente aumento da RAS verificados no solo e no EPS deste tratamento. No experimento II (laboratório), um ensaio utilizando colunas de PVC preenchidas com solos foi montado, com três repetições, buscando-se avaliar o efeito da aplicação superficial de efluente tratado de indústria de celulose durante cinco semanas sobre as características fisicas do solo e sobre o percolado recolhido na base das colunas. Três solos predominantes na região da empresa florestal foram utilizados no preenchimento das colunas: Neossolo Flúvico (RY), Cambissolo Háplico (CX) e Latossolo Amarelo (LA). As colunas foram submetidas à aplicação de quatro tratamentos (efluente; efluente+água; água; água+água), formados pela adição semanal de volumes líquidos totais equivalentes a um volume de poros de cada classe de solo. Ao final do experimento as colunas foram desmontadas e seccionadas, sendo divididas em três partes (superior, média e inferior), cujos conteúdos de solo foram analisados separadamente para a avaliação da textura, características químicas de rotina e ADA. No EPS obtido com essas amostras foram determinados os teores de Ca, Mg, Na e K, pH, condutividade elétrica (CE) e calculado a RAS. Nos percolados coletados após cada aplicação foram determinados os teores de Ca, Mg, Na, K, P, Cd, Cr, Pb, Ni, Zn, Mn, Al, além do pH e CE. Os resultados obtidos indicaram que a adição do efluente aumentou o teor de Na no percolado, no EPS e no complexo sortivo do solo. O efluente aplicado também proporcionou incrementos do pH em todas as camadas de solo da coluna, e da CE no EPS. A adição de água após a aplicação do efluente mostrou-se capaz de reduzir os teores de Na no sistema e, conseqüentemente, os valores de PST, CE e RAS, embora não alcançando valores considerados ideais. A adição do efluente incrementou a dispersão de argilas na camada superior do LA e CX, coincidindo com solos de menor ID natural. O solo RY não apresentou dispersão significativa com a adição do efluente e nos seus percolados foram obtidos maiores teores de cátions, o que foi associado à sua granulometria mais grosseira. No experimento III, (laboratório), buscou-se avaliar o efeito de aplicações sucessivas do efluente tratado de indústria de celulose sobre a K0 de amostras dos mesmos três solos indicados anteriormente. Para isto amostras indeformadas dos solos, contidas em anéis volumétricos, foram submetidas à avaliação semanal, por cinco semanas, da K0 durante a aplicação de água ou de efluente. Finalizado o período de avaliação, as amostras foram submetidas à avaliação da ADA, Ma, Mi, PT, Ds e equivalente de umidade. Os dados obtidos mostraram haver efeito da aplicação do efluente sobre a condutividade hidráulica somente para o LA, para o qual a adição da água residuária reduziu os valores de K0. Nenhuma outra característica avaliada nos solos apresentou alteração significativa com os líquidos aplicados. Os resultados dos três experimentos conduzidos indicaram um potencial de uso do efluente como fonte alternativa de água para a cultura do eucalipto, entretanto, devido à sua alta concentração de Na+ e possibilidade de dispersão de argilas, seu uso deve ser efetuado de maneira planejada e sob um programa de monitoramento da qualidade do solo.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Características químicas e frações da matéria orgânica do solo em diferentes distâncias do tronco e de raízes de eucalipto
    (Universidade Federal de Viçosa, 2006-02-01) Faria, Geraldo Erli de; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4776947T3; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Silva, Ivo Ribeiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799432D0; Venegas, Victor Hugo Alvarez; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727865T0; Martinez, Hermínia Emília Prieto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788276P4
    O conhecimento das variações espaciais verificadas sob plantações de eucalipto permite melhor compreensão do estado nutricional do eucalipto e das mudanças que podem ocorrer nas características químicas e nos teores de carbono orgânico do solo ao longo do cultivo. Neste contexto, o presente trabalho, conduzido, na região litorânea do Espírito Santo, teve por objetivos: 1) determinar a variação de características químicas do solo a diferentes distâncias do tronco de eucalipto de diferentes idades, em direção da linha de plantio e da entrelinha; 2) determinar a variação de características químicas do solo influenciada pelo diâmetro de raízes de eucalipto em diversas idades; e 3) determinar a variação de teores de carbono orgânico do solo a diferentes distâncias horizontais em direção da linha de plantio e da entrelinha do eucalipto e da cepa remanescente da colheita anterior. Para tanto, amostras de solo foram coletadas ao redor da árvore de DAP médio e da cepa, em cada parcela, e ainda, nas distâncias de 30, 60, 90, 120 e 150 cm, na direção da linha e da entrelinha de plantio, nas camadas de 0-10, 10-20 e 20-40 cm de profundidade, em povoamentos com 31, 54 e 84 meses de idade. Realizou-se, ainda, próximo à árvore de DAP médio, a abertura de trincheiras com profundidade de 40 cm para exposição de segmento de raiz emitido pela árvore e que compreendia os seguintes diâmetros: < 2,0 mm (raízes finas), 2 a 5 mm (raízes médias) e 5 a 10 mm (raízes grossas). Amostras de solo foram coletadas à distância de 1,0 cm da superfície de contato entre raiz-solo e, em seguida, em camadas sucessivas (espessura de 1,0 cm), verticalmente, até a distância de 5 cm das raízes pertencentes a cada classe de diâmetro. As amostras de solo foram analisadas para: pH, P e K disponíveis (Mehlich 1), Al, Ca e Mg trocáveis (KCl 1 mol/L) e carbono orgânico total e frações da matéria orgânica. Os resultados obtidos indicaram que: 1 - A variação nas características químicas do solo sob plantações de eucalipto foram decorrentes das adubações e correção realizadas, demonstrando a necessidade de se conhecerem as práticas de manejo aplicadas ao povoamento antes de iniciar um programa de amostragem do solo. 2 O aumento do teor de carbono orgânico total ocorreu com o aumento da idade do povoamento e redução das interferências antrópicas. 3 A não incorporação dos resíduos florestais contribuiu para o aumento dos teores da fração leve livre (FLL), das substâncias húmicas (SH) e de carbono orgânico total da camada superficial do solo.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Indicadores fisiológicos do status de nitrogênio em plantas de eucalipto
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-03-28) Ferreira, Eric Victor de Oliveira; Silva, Ivo Ribeiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799432D0; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; Novais, Roberto Ferreira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783732H4; http://lattes.cnpq.br/8711223656250765; Araujo, Wagner Luiz; http://lattes.cnpq.br/8790852022120851; Vergütz, Leonardus; http://lattes.cnpq.br/1282294478259902; Costa, Liovando Marciano da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787252H9; Gonçalves, José Leonardo de Moraes; http://lattes.cnpq.br/5480431457277580
    Embora o nitrogênio (N) seja um nutriente requerido em grandes quantidades pelas plantas, os efeitos de sua aplicação na produção de matéria seca do eucalipto são divergentes, existindo também diferenças nutricionais entre espécies desse gênero. As análises foliares são um método auxiliar de avaliação do status nutricional das plantas, principalmente no caso do N em que o diagnóstico da sua disponibilidade para as plantas, baseado em análises do solo, é dificultado pela complexidade de suas reações no solo. O teor foliar de N total tem sido a ferramenta mais amplamente utilizada para verificação de possíveis deficiências deste nutriente nas plantas. Contudo, algumas limitações de seu uso com respeito a esta proposta têm sido relatadas. Dessa maneira, os objetivos deste trabalho foram avaliar indicadores alternativos do status de N, como teores de N-NH4 +, N-NO3 -, N/P foliar, clorofila, atividade foliar das enzimas redutase do nitrato (RN) e glutamina sintetase (GS) e leituras de clorofila pelo SPAD (Soil Plant Analysis Development), em substituição ao seu teor total, em clones de eucalipto cultivados em diferentes condições de disponibilidade de N. Adicionalmente, o comportamento diferencial desses clones com relação ao crescimento, nutrição mineral e trocas gasosas também foi avaliado. Para tanto, foram conduzidos dois experimentos, sendo um em casa de vegetação e outro em campo. No primeiro caso, foi utilizado um fatorial 2 x 6 em delineamento de blocos casualizados, sendo dois clones de eucalipto (VM-01 e I-144) e seis doses de N (0; 0,74; 2,93; 4,39, 5,85 e 8,00 mmol L-1 de NH4NO3) em solução nutritiva. O experimento de campo constituíu-se de um fatorial 2 x 2 x 2 x 3 em delineamento inteiramente casualizado, com duas épocas de amostragem (seca e chuvosa), duas regiões (Pompeu e João Pinheiro-MG), dois clones (VM-01 e I- 144) e três posições de coleta das folhas na copa das árvores (base, meio e ápice). Os teores de N-NH4 + (raiz) e N-NO3 - (raiz e folha) representaram bem o status de N dos clones em casa de vegetação, porém eles não apresentaram o mesmo comportamento em plantas cultivadas a campo. A N/P, clofofila e as leituras SPAD tiveram comportamento similar à aplicação de N (modelos quadrático e raiz quadrático) em casa de vegetão, com maiores coeficientes de correlação (r) para o clone VM-01. Nas diferentes épocas de avaliação no campo, tanto a N/P quanto a clorofila, não refletiram o real status de N dos solos. As leituras SPAD não foram consideradas boas indicadoras do status de N, pois o clone que tinha maiores valores (I-144) foi o que apresentou os menores teores foliares de N total. Este último não foi considerado um bom indicador do status de N, visto que o mesmo não apresentou os mais altos valores de r em casa de vegetação. Ainda assim, desses indicadores avaliados, ele refletiu melhor as variações no status de N dos solos nas diferentes épocas de avaliação sob condições de campo. O clone I-144 absorveu menos N (e sintetizou menos proteína), porém apresentou maior atividade da RN e da GS com maior produção de matéria seca, comparativamente ao VM-01, em casa de vegetação. A atividade dessas enzimas foi negativamente influenciada pelo maior suprimento de N, provavelmente por um efeito inibidor tanto do NO3 - (substrato da RN) como do NH4 + (substrato da GS) em altas concentrações. Tanto em casa de vegetação como em campo, as maiores atividades da RN e GS estiveram associadas à menor disponibilidade de N no meio de cultivo das plantas, como, a princípio, uma maior eficiência enzimática nesta condição. A atividade das referidas enzimas apresentou também correlação negativa com o teor foliar de N total dos clones cultivados em casa de vegetação, com destaque para RN. Os clones apresentaram comportamento diferencial à aplicação de N em solução nutritiva, com o VM-01 sendo superior em altura, altura/diâmetro do colo e teores de macronutrientes e de Cu, Fe, Mo e Zn. Porém, o clone I-144 teve maior produção de matéria seca da raiz e total, raiz/parte aérea e diâmetro do colo, além de maior condutância estomática (gs) e transpiração (E). Portanto, o clone I-144, independentemente do menor teor foliar de N total, reduziu e assimilou mais N, o que se converteu em melhor crescimento, assim apresentando maior eficiência de utilização deste nutriente.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Crescimento de eucalipto em idade jovem e movimentação de cálcio e magnésio no solo em resposta à aplicação de calcário e gesso agrícola
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-04-05) Rodrigues, Fernando Antonio Vieira; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; Venegas, Victor Hugo Alvarez; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727865T0; http://lattes.cnpq.br/7297012432990562; Fontes, Maurício Paulo Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721443T4; Paiva, Haroldo Nogueira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788177J6; Martins, Lafayete Gonçalves Campelo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798343E0
    O eucalipto é uma espécie florestal tolerante a acidez do solo, ou seja, apresenta bom crescimento mesmo em solos com alta acidez ativa e trocável, sendo, portanto, dispensável a calagem com o objetivo de corrigir a acidez do solo. Por outro lado, para obtenção de produtividades em torno de 50 m3/ha/ano, considera-se que o eucalipto acumula grande quantidade de Ca na parte aérea, desde o plantio até a colheita que ocorre por volta de 6 a 7 anos de idade. Este trabalho teve o objetivo de avaliar o crescimento do eucalipto, aos 18 meses de idade, em resposta à aplicação de calcário e gesso agrícola, na região do Cerrado. O experimento foi conduzido em um Latossolo Vermelho-Amarelo, distrófico, textura média, com 20 % de argila. Os fatores em estudo foram: calcário-C (sem-sC e com-cC), localização (faixa-F e área total-T) e incorporação-I (sem-sI e com-cI), mais quatro tratamentos adicionais (dois com gesso-G e dois com fosfato natural reativo-FNR), arranjados em um fatorial (23 1) + 2 + 2, dispostos em blocos ao acaso, com quatro repetições. Os tratamentos foram: sCFsI, sCFcI, sCTcI, cCFsI, cCFcI, cCTsI e cCTcI completam o fatorial; e os adicionais (cCT+cGF)sI, (cCT+cGT)sI, sCFsIcFNR e cCTsIcFNR. Nos tratamentos do fatorial e nos dois com gesso utilizaram-se 200 kg/ha MAP (fosfato monoamônico) e nos dois restantes, 500 kg/ha de FNR. Tanto o MAP quanto o FNR foram aplicados no sulco de subsolagem. A dose de calcário foi de 3,0 t/ha, exceto nos tratamentos com gesso (1,0 t/ha) e, ou, com FNR, nos quais se aplicaram 2,4 t/ha de calcário. Após 18 meses da implantação do experimento, foi feita a medição do DAP (diâmetro a 1,30 m de altura) das 52 plantas da parcela útil para calcular o diâmetro médio de cada parcela. A árvore média foi abatida, medida sua altura e pesada a matéria fresca de seus componentes (folha, galho e tronco). Retirou-se amostra composta de cada componente em separado (folha, galho, casca e lenho) para determinação da massa de matéria seca e dos teores e conteúdos de nutrientes. Na árvore média também foi realizada a amostragem de raízes com dois métodos diferentes: cavadeira e sonda. Para isso, foram feitas duas repetições com cada método de amostragem, totalizando 22 plantas avaliadas por método. A amostragem de solo foi feita de 0-10, 10-20, 20-40 e 40-60 cm de profundidade, com o auxílio de trado tipo sonda (2,5 cm de Ø). Foram coletadas 16 amostras simples de cada profundidade para compor uma amostra composta por parcela, na região correspondente a faixa de 35 cm de cada lado da linha de plantio, evitando o sulco de subsolagem. A aplicação de calcário mais gesso incrementa a produção de tronco em 96 %, comparado com a não aplicação de calcário e em 24 %, comparado com a aplicação isolada de 3,0 t/ha de calcário. Na aplicação de calcário mais gesso, o gesso aplicado em faixa, promove maior aumento nas variáveis de produção, comparado ao gesso em área total. Na ausência de calcário, a aplicação de FNR no sulco de subsolagem em relação ao MAP, aumenta a produção de tronco em 26 %. A aplicação de calcário mais gesso agrícola comparado com calcário isoladamente, aumenta os teores de Ca e S e diminui os de Mg, nas folhas do terço médio da copa. A aplicação de calcário em faixa promove melhor distribuição de Ca e Mg no perfil do solo, comparado à aplicação em área total. A aplicação de 3,0 t/ha de calcário, em faixa, sem ou com incorporação, promoveu incrementos expressivos nos teores de Ca e Mg até, pelo menos, 60 cm de profundidade. Na aplicação da mesma dose em área total, os efeitos restringiram-se a, no máximo, 20 cm. As taxas de recuperação do extrator foram em média de 22 e 36 % para Ca e Mg, respectivamente. As taxas de recuperação pela planta variaram de 2,5 a 7,5 % para Ca e de 3,2 a 7,9 % para Mg, até os 18 meses de idade. A demanda estimada de Ca e Mg para o eucalipto, para a produtividade de 46 m3/ha/ano, aos 84 meses, foi de 238 e 43 kg/ha, respectivamente, para os tratamentos com calcário mais gesso. A densidade de raízes finas é, em média, duas vezes maior na linha do que na entrelinha. A aplicação de calcário em área total promoveu aumento da densidade de raízes finas até 40 cm. Porém, a aplicação em faixa aumentou a densidade radicular na camada de 40-60 cm. A aplicação combinada de calcário mais gesso comparada com calcário isoladamente, mostrou que o gesso aumentou a densidade de raízes finas até 40 cm de profundidade. A aplicação do gesso, em faixa, aumentou a densidade de raízes finas, comparativamente à sua aplicação em área total. De forma geral, os resultados com os dois métodos de amostragem, cavadeira e sonda, mostraram que a melhoria química do solo promoveu incrementos na densidade de raízes finas no perfil do solo, embora não na mesma magnitude e clareza como as respostas da parte aérea. A utilização da sonda viabiliza a coleta de um número maior de pontos amostrados por árvore, possibilitando captar melhor a variabilidade espacial do sistema radicular.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Diagnose nutricional de eucalipto e impacto da disponibilidade de água e nutrientes nos estoques de carbono do povoamento
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-07-02) Lourenço, Helton Maycon; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; Leite, Hélio Garcia; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785373Z6; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; http://lattes.cnpq.br/6724600794912715; Martins, Lafayete Gonçalves Campelo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798343E0; Paiva, Haroldo Nogueira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788177J6
    No Brasil, atualmente, as florestas plantadas com as mais diversas espécies e híbridos de eucalipto ocupam uma área aproximada de 4,5 Mha. Normalmente essas áreas são de baixa fertilidade natural e, portanto, necessitam de suplementação nutricional para que altas produtividades possam ser alcançadas. Em ambientes tropicais, onde a radiação não é limitante, a manutenção de fluxos satisfatórios de água e nutrientes são essenciais para da sustentabilidade florestal. A análise foliar, por refletir esses fluxos, é uma poderosa ferramenta para a correta recomendação de suplementação nutricional das florestas. Entretanto, nem sempre a interpretação dos resultados destas análises é fácil, sendo com grande frequência sujeita a erros de diagnósticos. O uso de métodos baseados no equilíbrio e balanço nutricional permite uma melhor interpretação dos resultados. Neste sentido, os métodos DRIS e Índice balanceados de Kenworthy tem-se destacado como ferramentas de monitoramento nutricional em florestas de eucalipto. O sucesso no uso dessas ferramentas depende principalmente da obtenção de normas confiáveis, que por sua vez são obtidas de populações de plantas que melhor refletem todo o potencial de crescimento de um determinado sítio florestal. Florestas onde a limitação nutricional é corrigida tendem a acumular maior quantidade de carbono em sua biomassa, seja ela de parte aérea ou de raízes. Esta última,devido a características químicas e por estar em contado direto com o solo, é a principal fonte de transferência de carbono da biomassa de plantas para frações estáveis da matéria orgânica do solo. Assim, os objetivos deste trabalho foram a obtenção de normas nutricionais para minicepas de eucalipto, cultivadas na fase de minijardim clonal em viveiro florestal, e para florestas jovens de eucalipto na região do Extremo Sul da Bahia, e verificar os efeitos da suplementação com água + nutrientes sobre os estoques de carbono no solo e planta em florestas de eucalipto. Conclui-se que: a) As normas DRIS e IBKW ajustadas para minicepas de eucalipto se mostraram sensíveis à estação no ano; b) O uso de normas específicas, que leva em consideração a estação do ano, se mostrou mais adequado que normas gerais; c) O uso de métodos diagnósticos além de permitir avaliar o equilíbrio e balanço nutricional de minicepas de eucalipto também é útil para indicar a necessidade de possíveis ajustes na solução nutritiva dos minijardins clonais; d) Em plantios jovens de eucalipto o uso de parcelas que apresentam crescimento próximo ao potencial é mais adequado para a composição da população de referência e como consequência das normas nutricionais; e) Os métodos diagnósticos permitiram detectar uma forte tendência de limitação por Ca nas florestas jovens de eucalipto; f) Quando há suplementação de água e nutrientes os estoques de carbono na biomassa florestal podem aumentar; g) Não foi observado efeito do aumento na disponibilidade de água sobre a produtividade florestal, entretanto há uma maior produção de biomassa de raízes finas e como consequência um aumento dos estoques de C no solo. h) Uma aplicação excessiva de nutrientes pode levar a redução nos teores de carbono no solo.