Solos e Nutrição de Plantas

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    Respostas fisiológicas à hipóxia e a manganês em clones de eucalipto com tolerância diferencial à Seca de Ponteiros do Vale do Rio Doce
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-07-31) Harguindeguy, Ignácio; Araujo, Wagner Luiz; http://lattes.cnpq.br/8790852022120851; Novais, Roberto Ferreira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783732H4; http://lattes.cnpq.br/0447184013579092; Leite, Fernando Palha; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4797343U5; Vergütz, Leonardus; http://lattes.cnpq.br/1282294478259902
    A Seca de Ponteiros do Eucalipto do Vale do Rio Doce (SPEVRD) é uma anomalia que afeta cultivos de eucalipto em várias regiões do Brasil, cujas causas ainda não são completamente entendidas. Os sintomas deste distúrbio ocorrem na época de transição do período chuvoso para o seco, em maior incidência em áreas com drenagem deficiente e elevação do lençol freático quando precedidos por uma intensa época chuvosa. Em adição, o acúmulo de Mn também parece estar relacionado à SPEVRD, observando-se teores mais elevados deste nutriente nas folhas das plantas com sintomas. Assim, a presente proposta teve como objetivo compreender as possíveis causas iniciais da SPEVRD bem como identificar possíveis mecanismos fisiológicos, enzimáticos e, ou, fermentativos de tolerância superior do clone de Eucalyptus 2719 a esta anomalia, em relação ao clone sensível híbrido de urograndis 1213. Foi conduzido um experimento em hidroponia, em esquema fatorial 2 x 2 x 2 com dois clones (2719 e 1213), duas concentrações de O2 (8 e 4 mg L-1) e duas de Mn (1,39 e 300 mg L-1), utilizando-se três repetições em delineamento em blocos casualisados. Foram utilizadas mudas com aproximadamente 40 dias de idade mantidas em solução nutritiva de Clark por mais 30 dias e em seguida foram aplicados os tratamentos por 11 dias. Ao final, avaliaram-se as trocas gasosas das plantas e amostras de folhas e raízes foram coletadas. Ambos os clones tiveram reduções na produção de matéria seca de raízes por efeito da hipóxia, mas apenas o tolerante (2719) suspendeu o crescimento das folhas, mantendo a proporção entre folhas e raízes semelhante independente do tratamento, enquanto o sensível (1213) teve um aumento dessa relação devido à queda de produção de raízes e manutenção do crescimento aéreo. O clone sensível acumulou mais Mn nas folhas novas em relação ao clone tolerante. Em ambos os clones, a taxa fotossintética e a condutância estomática foram reduzidas pela hipóxia, sendo que a concentração interna de carbono manteve-se alta, indicativo de limitações bioquímicas à fotossíntese. Em função da manutenção dos teores de clorofilas danos celulares podem acontecer caso a energia absorvida não seja dissipada corretamente. Estes danos foram comprovados pela elevação dos teores de malonaldeído (MDA) nas folhas do clone sensível, fato não observado no tolerante. Em folhas, embora a atividade da superóxido dismutase (SOD) tenha sido superior no clone tolerante, tanto a atividade da catalase quanto a capacidade antioxidante total foram similares entre os clones, evidenciando que o clone tolerante provavelmente evita os danos por mecanismos preventivos à formação das espécies reativas de oxigênio (ERO) e não apenas desintoxicando-as. Nas raízes, os teores de MDA foram também superiores no clone sensível, especialmente no tratamento com excesso de Mn. O clone tolerante teve uma maior atividade da SOD e maior capacidade antioxidante nas raízes. As atividades da álcool desidrogenase (ADH), da alanina transaminase (AlaT) e da aspartato transaminase (AspT) elevaram-se sob hipóxia, com maior elevação da ADH no clone sensível, que demostra possuir um metabolismo mais intenso, o que explica ao menos parcialmente, os maiores danos. O clone tolerante ativa respostas características de quiescência, traduzindo-se em maior sobrevivência de raízes profundas em condições de hipóxia. Tomados em conjunto, essa resposta deve conferir ao clone tolerante à SPEVRD maior tolerância também ao déficit hídrico, evitando danos e desordens nutricionais que podem levar ao surgimento dos sintomas da SPEVRD. Por outro lado, o clone sensível possui respostas de escape à hipóxia, que em campo podem lhe conferir maior susceptibilidade ao déficit hídrico, como também ao excesso de Mn nas folhas e iniciar possíveis danos e processos que provoquem esta anomalia.
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    Características morfofisiológicas associadas á restrição hídrica em clones de eucalipto
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-07-31) Gomes, Lilianna Mendes Latini; Picoli, Edgard Augusto de Toledo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4768537Z5; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; http://lattes.cnpq.br/2431572138279967
    O cultivo do eucalipto no Brasil tem ocorrido em diferentes condições edafoclimáticas. Quanto ao clima, os plantios têm sido feitos desde regiões onde não ocorrem déficits até regiões com fortes restrições hídricas. De modo semelhante, há plantios em solos com restrições variáveis quanto à fertilidade e, ou, características físicas. A combinação de tais restrições requer a seleção de material genético que possa suplantá-las. Enquanto a baixa fertilidade do solo pode ser contornada pela técnica de fertilização, a restrição física e climática é de mais difícil solução. A escolha de genótipos tolerantes ao déficit hídrico tem sido a principal opção para plantio em tais condições. Por isso, a definição de biomarcadores dessa tolerância, como alterações morfológicas, anatômicas e fisiológicas, é de alto interesse prático. O objetivo deste estudo foi avaliar características e adaptações morfoanatômicas em clones de eucalipto com tolerância diferencial ao déficit hídrico e sua relação com a discriminação isotópica do 13CO2 (). O estudo foi conduzido em plantios comerciais de eucaliptos situados em duas condições edafoclimáticas no norte do estado da Bahia. As árvores tinham, aproximadamente, cinco anos de idade, no espaçamento inicial de 9 m2 por planta, e os plantios se situam em áreas com precipitação média anual de 900 mm e 1500 mm. Em cada área, os clones 1277 (híbrido de E. urophylla x E. camaldulensis), 1404 (E. urophylla) e 1407 (híbrido de E. urophylla x E. grandis), considerados com alta, média e baixa tolerância à seca, respectivamente, foram selecionados em talhões situados em Argissolos Amarelo para avaliações biométricas e fisiológicas. Foram selecionadas e abatidas quatro árvores médias por clone e área e, na base de cada uma, foi retirado um disco do tronco com, aproximadamente, 5 cm de espessura, do qual foram obtidas amostras das seções radiais do lenho para determinação dos isótopos do C. De cada árvore foram, ainda, selecionadas folhas completamente expandidas do terceiro ou quarto nó do ápice para a base do ramo, em três posições distintas da copa: basal, mediana e apical. Foram coletadas dez folhas para cada uma dessas posições as quais foram utilizadas nas análises morfométricas para obtenção da área, largura, comprimento e perímetro. Adicionalmente, uma folha sadia e completamente expandida foi também coletada de cada árvore para as seguintes análises micromorfométricas, em secção transversal: (espessura total, da cutícula, da epiderme e do mesofilo, bem como porcentagem de espaços intercelulares). As características avaliadas foram comparadas pelo teste t a 5% de probabilidade. O clone 1277, mais tolerante à seca, na área com precipitação média anual de 900 mm, mostrou maior Δ13C em comparação com os demais clones, possivelmente, devido à manutenção da condutância estomática. O clone tolerante (1277), na área com precipitação média anual de 900 mm, apresentou menor área foliar nas folhas do ápice da copa, menor tempo de difusão do vapor de água nas posições basal e mediana, e menores porcentagens de espaço intercelular no mesofilo em todas as posições da copa, características indicadoras de xeromorfismo. Portanto, foram verificadas características qualitativas e quantitativas associadas à tolerância dos clones ao déficit hídrico. As características xeromórficas mais evidentes do clone 1277 lhe conferem maior tolerância e condições de se adaptar e desenvolver sob restrição hídrica.
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    Critérios de seleção da população no estabelecimento de valores de referência para a diagnose nutricional do eucalipto
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-09-28) ávila, Vinícius Tavares de; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; Mattiello, Edson Marcio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762958P3; Fontes, Renildes Lúcio Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781182P3; http://lattes.cnpq.br/1461845143351787; Leite, Roberto de Aquino; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785893P8
    A cultura do eucalipto apresenta grande importância no cenário nacional e mundial por se mostrar uma fonte de energia e de matéria prima para vários usos industriais, além de material para o uso civil e agrícola. O bom desempenho do setor florestal deve-se, em grande parte, à melhoria das técnicas que contribuam para o aumento da produtividade. Neste sentido, o manejo nutricional das plantas pode basear-se em algumas ferramentas como o DRIS (Diagnosisand Recommendation Integrated System), método proposto por Beaufils (1973), que consiste em um método de análise bivariado. Por este método são calculados índices que expressam o balanço relativo dos nutrientes em uma planta, a partir da comparação de relações duais na amostra com valores-padrão ou normas, como objetivo de classificar os nutrientes quanto a ordem de limitação ao crescimento e desenvolvimento das plantas. Para gerar essas normas, Beaufils (1973) recomenda a utilização de populações de plantas que reflitam a variabilidade dos nutrientes, concluindo pela indicação da população de média produtividade. Porém, outros autores preconizam a necessidade de se gerar normas específicas que levem em consideração os fatores locais que interferem nos processos biogeoquímicos envolvidos no desenvolvimento vegetal. Outro método consagrado é o proposto por Kenworthy (1961), no qual se avalia o balanço dos nutrientes de forma individual além de incorporar a variabilidade do teor na população de referência. Trabalhos mostram que a melhoria da adequação da diagnose nutricional se dá com a utilização de normas específicas para uma região, com relação ao uso de normas gerais, definidas a partir de um banco de dados em que se abrangem diferentes condições de clima, época de amostragem, parte da planta amostrada, sistema de manejo do solo e variedade, entre outros. O presente trabalho teve o objetivo de avaliar o efeito do uso de diferentes critérios para a seleção da população de referência utilizada na geração das normas sobre o grau de universalidade das normas gerais e específicas geradas. Os resultados mostram que o critério de seleção das populações de referência para o estabelecimento de normas DRIS não afetou a universalidade das mesmas.
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    Indicadores fisiológicos do status de nitrogênio em plantas de eucalipto
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-03-28) Ferreira, Eric Victor de Oliveira; Silva, Ivo Ribeiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799432D0; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; Novais, Roberto Ferreira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783732H4; http://lattes.cnpq.br/8711223656250765; Araujo, Wagner Luiz; http://lattes.cnpq.br/8790852022120851; Vergütz, Leonardus; http://lattes.cnpq.br/1282294478259902; Costa, Liovando Marciano da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787252H9; Gonçalves, José Leonardo de Moraes; http://lattes.cnpq.br/5480431457277580
    Embora o nitrogênio (N) seja um nutriente requerido em grandes quantidades pelas plantas, os efeitos de sua aplicação na produção de matéria seca do eucalipto são divergentes, existindo também diferenças nutricionais entre espécies desse gênero. As análises foliares são um método auxiliar de avaliação do status nutricional das plantas, principalmente no caso do N em que o diagnóstico da sua disponibilidade para as plantas, baseado em análises do solo, é dificultado pela complexidade de suas reações no solo. O teor foliar de N total tem sido a ferramenta mais amplamente utilizada para verificação de possíveis deficiências deste nutriente nas plantas. Contudo, algumas limitações de seu uso com respeito a esta proposta têm sido relatadas. Dessa maneira, os objetivos deste trabalho foram avaliar indicadores alternativos do status de N, como teores de N-NH4 +, N-NO3 -, N/P foliar, clorofila, atividade foliar das enzimas redutase do nitrato (RN) e glutamina sintetase (GS) e leituras de clorofila pelo SPAD (Soil Plant Analysis Development), em substituição ao seu teor total, em clones de eucalipto cultivados em diferentes condições de disponibilidade de N. Adicionalmente, o comportamento diferencial desses clones com relação ao crescimento, nutrição mineral e trocas gasosas também foi avaliado. Para tanto, foram conduzidos dois experimentos, sendo um em casa de vegetação e outro em campo. No primeiro caso, foi utilizado um fatorial 2 x 6 em delineamento de blocos casualizados, sendo dois clones de eucalipto (VM-01 e I-144) e seis doses de N (0; 0,74; 2,93; 4,39, 5,85 e 8,00 mmol L-1 de NH4NO3) em solução nutritiva. O experimento de campo constituíu-se de um fatorial 2 x 2 x 2 x 3 em delineamento inteiramente casualizado, com duas épocas de amostragem (seca e chuvosa), duas regiões (Pompeu e João Pinheiro-MG), dois clones (VM-01 e I- 144) e três posições de coleta das folhas na copa das árvores (base, meio e ápice). Os teores de N-NH4 + (raiz) e N-NO3 - (raiz e folha) representaram bem o status de N dos clones em casa de vegetação, porém eles não apresentaram o mesmo comportamento em plantas cultivadas a campo. A N/P, clofofila e as leituras SPAD tiveram comportamento similar à aplicação de N (modelos quadrático e raiz quadrático) em casa de vegetão, com maiores coeficientes de correlação (r) para o clone VM-01. Nas diferentes épocas de avaliação no campo, tanto a N/P quanto a clorofila, não refletiram o real status de N dos solos. As leituras SPAD não foram consideradas boas indicadoras do status de N, pois o clone que tinha maiores valores (I-144) foi o que apresentou os menores teores foliares de N total. Este último não foi considerado um bom indicador do status de N, visto que o mesmo não apresentou os mais altos valores de r em casa de vegetação. Ainda assim, desses indicadores avaliados, ele refletiu melhor as variações no status de N dos solos nas diferentes épocas de avaliação sob condições de campo. O clone I-144 absorveu menos N (e sintetizou menos proteína), porém apresentou maior atividade da RN e da GS com maior produção de matéria seca, comparativamente ao VM-01, em casa de vegetação. A atividade dessas enzimas foi negativamente influenciada pelo maior suprimento de N, provavelmente por um efeito inibidor tanto do NO3 - (substrato da RN) como do NH4 + (substrato da GS) em altas concentrações. Tanto em casa de vegetação como em campo, as maiores atividades da RN e GS estiveram associadas à menor disponibilidade de N no meio de cultivo das plantas, como, a princípio, uma maior eficiência enzimática nesta condição. A atividade das referidas enzimas apresentou também correlação negativa com o teor foliar de N total dos clones cultivados em casa de vegetação, com destaque para RN. Os clones apresentaram comportamento diferencial à aplicação de N em solução nutritiva, com o VM-01 sendo superior em altura, altura/diâmetro do colo e teores de macronutrientes e de Cu, Fe, Mo e Zn. Porém, o clone I-144 teve maior produção de matéria seca da raiz e total, raiz/parte aérea e diâmetro do colo, além de maior condutância estomática (gs) e transpiração (E). Portanto, o clone I-144, independentemente do menor teor foliar de N total, reduziu e assimilou mais N, o que se converteu em melhor crescimento, assim apresentando maior eficiência de utilização deste nutriente.
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    Crescimento de eucalipto em idade jovem e movimentação de cálcio e magnésio no solo em resposta à aplicação de calcário e gesso agrícola
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-04-05) Rodrigues, Fernando Antonio Vieira; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; Venegas, Victor Hugo Alvarez; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727865T0; http://lattes.cnpq.br/7297012432990562; Fontes, Maurício Paulo Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721443T4; Paiva, Haroldo Nogueira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788177J6; Martins, Lafayete Gonçalves Campelo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798343E0
    O eucalipto é uma espécie florestal tolerante a acidez do solo, ou seja, apresenta bom crescimento mesmo em solos com alta acidez ativa e trocável, sendo, portanto, dispensável a calagem com o objetivo de corrigir a acidez do solo. Por outro lado, para obtenção de produtividades em torno de 50 m3/ha/ano, considera-se que o eucalipto acumula grande quantidade de Ca na parte aérea, desde o plantio até a colheita que ocorre por volta de 6 a 7 anos de idade. Este trabalho teve o objetivo de avaliar o crescimento do eucalipto, aos 18 meses de idade, em resposta à aplicação de calcário e gesso agrícola, na região do Cerrado. O experimento foi conduzido em um Latossolo Vermelho-Amarelo, distrófico, textura média, com 20 % de argila. Os fatores em estudo foram: calcário-C (sem-sC e com-cC), localização (faixa-F e área total-T) e incorporação-I (sem-sI e com-cI), mais quatro tratamentos adicionais (dois com gesso-G e dois com fosfato natural reativo-FNR), arranjados em um fatorial (23 1) + 2 + 2, dispostos em blocos ao acaso, com quatro repetições. Os tratamentos foram: sCFsI, sCFcI, sCTcI, cCFsI, cCFcI, cCTsI e cCTcI completam o fatorial; e os adicionais (cCT+cGF)sI, (cCT+cGT)sI, sCFsIcFNR e cCTsIcFNR. Nos tratamentos do fatorial e nos dois com gesso utilizaram-se 200 kg/ha MAP (fosfato monoamônico) e nos dois restantes, 500 kg/ha de FNR. Tanto o MAP quanto o FNR foram aplicados no sulco de subsolagem. A dose de calcário foi de 3,0 t/ha, exceto nos tratamentos com gesso (1,0 t/ha) e, ou, com FNR, nos quais se aplicaram 2,4 t/ha de calcário. Após 18 meses da implantação do experimento, foi feita a medição do DAP (diâmetro a 1,30 m de altura) das 52 plantas da parcela útil para calcular o diâmetro médio de cada parcela. A árvore média foi abatida, medida sua altura e pesada a matéria fresca de seus componentes (folha, galho e tronco). Retirou-se amostra composta de cada componente em separado (folha, galho, casca e lenho) para determinação da massa de matéria seca e dos teores e conteúdos de nutrientes. Na árvore média também foi realizada a amostragem de raízes com dois métodos diferentes: cavadeira e sonda. Para isso, foram feitas duas repetições com cada método de amostragem, totalizando 22 plantas avaliadas por método. A amostragem de solo foi feita de 0-10, 10-20, 20-40 e 40-60 cm de profundidade, com o auxílio de trado tipo sonda (2,5 cm de Ø). Foram coletadas 16 amostras simples de cada profundidade para compor uma amostra composta por parcela, na região correspondente a faixa de 35 cm de cada lado da linha de plantio, evitando o sulco de subsolagem. A aplicação de calcário mais gesso incrementa a produção de tronco em 96 %, comparado com a não aplicação de calcário e em 24 %, comparado com a aplicação isolada de 3,0 t/ha de calcário. Na aplicação de calcário mais gesso, o gesso aplicado em faixa, promove maior aumento nas variáveis de produção, comparado ao gesso em área total. Na ausência de calcário, a aplicação de FNR no sulco de subsolagem em relação ao MAP, aumenta a produção de tronco em 26 %. A aplicação de calcário mais gesso agrícola comparado com calcário isoladamente, aumenta os teores de Ca e S e diminui os de Mg, nas folhas do terço médio da copa. A aplicação de calcário em faixa promove melhor distribuição de Ca e Mg no perfil do solo, comparado à aplicação em área total. A aplicação de 3,0 t/ha de calcário, em faixa, sem ou com incorporação, promoveu incrementos expressivos nos teores de Ca e Mg até, pelo menos, 60 cm de profundidade. Na aplicação da mesma dose em área total, os efeitos restringiram-se a, no máximo, 20 cm. As taxas de recuperação do extrator foram em média de 22 e 36 % para Ca e Mg, respectivamente. As taxas de recuperação pela planta variaram de 2,5 a 7,5 % para Ca e de 3,2 a 7,9 % para Mg, até os 18 meses de idade. A demanda estimada de Ca e Mg para o eucalipto, para a produtividade de 46 m3/ha/ano, aos 84 meses, foi de 238 e 43 kg/ha, respectivamente, para os tratamentos com calcário mais gesso. A densidade de raízes finas é, em média, duas vezes maior na linha do que na entrelinha. A aplicação de calcário em área total promoveu aumento da densidade de raízes finas até 40 cm. Porém, a aplicação em faixa aumentou a densidade radicular na camada de 40-60 cm. A aplicação combinada de calcário mais gesso comparada com calcário isoladamente, mostrou que o gesso aumentou a densidade de raízes finas até 40 cm de profundidade. A aplicação do gesso, em faixa, aumentou a densidade de raízes finas, comparativamente à sua aplicação em área total. De forma geral, os resultados com os dois métodos de amostragem, cavadeira e sonda, mostraram que a melhoria química do solo promoveu incrementos na densidade de raízes finas no perfil do solo, embora não na mesma magnitude e clareza como as respostas da parte aérea. A utilização da sonda viabiliza a coleta de um número maior de pontos amostrados por árvore, possibilitando captar melhor a variabilidade espacial do sistema radicular.
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    Diagnose nutricional de eucalipto e impacto da disponibilidade de água e nutrientes nos estoques de carbono do povoamento
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-07-02) Lourenço, Helton Maycon; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; Leite, Hélio Garcia; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785373Z6; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; http://lattes.cnpq.br/6724600794912715; Martins, Lafayete Gonçalves Campelo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798343E0; Paiva, Haroldo Nogueira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788177J6
    No Brasil, atualmente, as florestas plantadas com as mais diversas espécies e híbridos de eucalipto ocupam uma área aproximada de 4,5 Mha. Normalmente essas áreas são de baixa fertilidade natural e, portanto, necessitam de suplementação nutricional para que altas produtividades possam ser alcançadas. Em ambientes tropicais, onde a radiação não é limitante, a manutenção de fluxos satisfatórios de água e nutrientes são essenciais para da sustentabilidade florestal. A análise foliar, por refletir esses fluxos, é uma poderosa ferramenta para a correta recomendação de suplementação nutricional das florestas. Entretanto, nem sempre a interpretação dos resultados destas análises é fácil, sendo com grande frequência sujeita a erros de diagnósticos. O uso de métodos baseados no equilíbrio e balanço nutricional permite uma melhor interpretação dos resultados. Neste sentido, os métodos DRIS e Índice balanceados de Kenworthy tem-se destacado como ferramentas de monitoramento nutricional em florestas de eucalipto. O sucesso no uso dessas ferramentas depende principalmente da obtenção de normas confiáveis, que por sua vez são obtidas de populações de plantas que melhor refletem todo o potencial de crescimento de um determinado sítio florestal. Florestas onde a limitação nutricional é corrigida tendem a acumular maior quantidade de carbono em sua biomassa, seja ela de parte aérea ou de raízes. Esta última,devido a características químicas e por estar em contado direto com o solo, é a principal fonte de transferência de carbono da biomassa de plantas para frações estáveis da matéria orgânica do solo. Assim, os objetivos deste trabalho foram a obtenção de normas nutricionais para minicepas de eucalipto, cultivadas na fase de minijardim clonal em viveiro florestal, e para florestas jovens de eucalipto na região do Extremo Sul da Bahia, e verificar os efeitos da suplementação com água + nutrientes sobre os estoques de carbono no solo e planta em florestas de eucalipto. Conclui-se que: a) As normas DRIS e IBKW ajustadas para minicepas de eucalipto se mostraram sensíveis à estação no ano; b) O uso de normas específicas, que leva em consideração a estação do ano, se mostrou mais adequado que normas gerais; c) O uso de métodos diagnósticos além de permitir avaliar o equilíbrio e balanço nutricional de minicepas de eucalipto também é útil para indicar a necessidade de possíveis ajustes na solução nutritiva dos minijardins clonais; d) Em plantios jovens de eucalipto o uso de parcelas que apresentam crescimento próximo ao potencial é mais adequado para a composição da população de referência e como consequência das normas nutricionais; e) Os métodos diagnósticos permitiram detectar uma forte tendência de limitação por Ca nas florestas jovens de eucalipto; f) Quando há suplementação de água e nutrientes os estoques de carbono na biomassa florestal podem aumentar; g) Não foi observado efeito do aumento na disponibilidade de água sobre a produtividade florestal, entretanto há uma maior produção de biomassa de raízes finas e como consequência um aumento dos estoques de C no solo. h) Uma aplicação excessiva de nutrientes pode levar a redução nos teores de carbono no solo.
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    Crescimento e expressão gênica em clones de eucalipto influenciados pelo boro e déficit hídrico
    (Universidade Federal de Viçosa, 2010-01-28) Nunes, Flancer Novais; Novais, Roberto Ferreira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783732H4; Loureiro, Marcelo Ehlers; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780851Y3; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; http://lattes.cnpq.br/3861861231163964; Silva, Ivo Ribeiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799432D0; Diola, Valdir; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4133062U6; Passos, Juliana de Lanna; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4778932Z1
    A implantação de eucaliptais em regiões de cerrados tem levando a necessidade da seleção de clones de eucalipto tolerantes ao déficit hídrico, principal limitante à produtividade das plantas nessas áreas. Entre as desordens nutricionais relacionadas com micronutrientes, as que envolvem o B são as mais comuns, acarretando adubações frequentes com esse micronutriente. Na época seca do ano, sintomas de deficiência de B são mais comuns, pois, com a diminuição do conteúdo de água do solo, há diminuição de seu transporte à superfície das raízes, acarretando menor absorção. Adicionalmente o B parece estar relacionado a mecanismos fisiológicos que propiciam tolerância ao déficit hídrico, como por exemplo: aumento da relação raiz:parte aérea; assim o B ou água apresentam sinergismo entre si. Os objetivos desse trabalho foram: avaliar a relação da δ13C entre clones de eucalipto sensíveis e tolerantes ao déficit hídrico; verificar a influência da fertilização com B em clones de eucalipto, cultivados sem ou com restrição hídrica, na tolerância ao déficit hídrico e no padrão de transcrição de gênica. Para atender ao primeiro objetivo, talhões com quatro anos de idade, com clones de Eucalyptus urophylla sensível (3334) ou tolerante (3335) ao déficit hídrico foram selecionados, ao fim da estação seca, nos municípios de Brasília de Minas e Bocaiúva. Foi determinado em cada talhão o potencial hídrico foliar, δ13C, índice de sobrevivência e produtividade. Para atender ao segundo objetivo, mudas dos clones 3334 e 3335 foram submetidas aos seguintes tratamentos: sem ou com 15 μmol L-1 de B e sob potencial hídricos de -0,05 ou -1,5 MPa. Após período de 10 dias amostras de folhas e raízes, contendo aproximadamente 1 g, foram coletadas para extração de RNA e, depois, as plantas foram divididas em folha, caule e raiz para determinação da produção de matéria seca e do teor de B. Por ocasião da coleta também foi determinado o potencial hídrico foliar (Ψwl), fotossíntese, condutância estomática e transpiração. Foram selecionados quatro genes relacionados ao transporte de B e polióis, e outros quatro relacionados à síntese de parede celular, sendo estes detectados por meio RT-PCR. O clone tolerante ao déficit hídrico apresentou menor δ13C, menor Ψwl e maior índice de sobrevivência. Adicionalmente, não houve diferenças nos valores de δ13C entre árvores cultivadas nos dois municípios. Estes resultados sugerem que a δ13C poderia ser utilizada como indicador de genótipos tolerantes à seca em árvores cultivadas sob restrições hídricas. A disponibilidade de água foi o fator que mais influenciou a produção de matéria seca nos dois clones. A adição de B à solução nutritiva propiciou maior produção de matéria seca pela parte aérea, fotossíntese, condutância estomática e transpiração. Houve aumento mais expressivo na produção de matéria seca pelo clone tolerante, em razão da adição de B, sugerindo que a adição deste nutriente poderia contribuir para maior tolerância à seca. Tanto os genes relacionados ao transporte de B e polióis quanto os relacionados à síntese de parede celular apresentaram maior expressão relativa nos tecidos radiculares do clone tolerante - cultivado sob déficit hídrico, na presença de B. Sugere-se que os genes das duas classes estão envolvidos na síntese de parede celular nas plantas: primeiro, a maior expressão de transportadores de polióis contribui com o suprimento de carbono; segundo, os transportadores de B vão propiciar adequado suprimento desse nutriente, responsável pela dimerização dos compostos pécticos da parede celular; e terceiro, efeito direto da maior expressão dos genes relacionados à síntese de parede celular. Salienta-se que os genes apresentaram maior expressão relativa na raiz, sinalizando maior crescimento do sistema radicular; estratégia para maior aquisição de nutrientes e água, contornando problemas causados por longos períodos de estiagem.