Solos e Nutrição de Plantas
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Item Calagem e dispersão de argila em amostra de um Latossolo Vermelho-Escuro(Universidade Federal de Viçosa, 1986-12-03) Jucksch, Ivo; Costa, Liovando Marciano da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787252H9; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723123H4; Ribeiro, Antonio Carlos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787133H0; Regazzi, Adair José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783586A7; Novais, Roberto Ferreira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783732H4; Moura Filho, WaldemarO objetivo deste trabalho foi avaliar as implicações do uso de carbonato de cálcio na dispersão de argila de uma amostra de um Latossolo Vermelho-Escuro Álico, textura argilosa. Para isso, utilizaram-se colunas constituídas de três anéis de PVC de 7,5 cm de diâmetro pó 11 cm de altura, unidos com fita adesiva. O fundo das colunas foi confeccionado com isopor, tendo ao centro um orifício de 1,0 cm de diâmetro preenchido com gase, oferecendo passagem para lixiviado. Os níveis de calagem, aplicados apenas nos dois anéis superiores e tendo como fonte o carbonato de cálcio p.a., na proporção de 0,0; 0,5; 1,0; 2,0 e 4,0 vezes a uma necessidade de calagem, e os três tempos de reação compuseram os tratamentos do ensaio no esquema fatorial 5x3, no delineamento experimental inteiramente casualizado, com quatro repetições. As colunas receberam irrigações, por gotejamento, uma vez por semana, durante quatro, oito e 16 semanas (tempo de reação). Foram avaliados, em cada anel, o conteúdo de argila dispersa em água e a estabilidade de agregados em função das alterações físico-químicas provocadas pela calagem nos tempos de reação. Os resultados mostraram que a calagem provocou o aumento da argila dispersa em água em todos os tempos de reação, principalmente na profundidade de 10 e 20 cm. Nas profundidades de 0 a 10cm e de 10 a 20 cm, a estabilidade dos agregados decresceu em função dos tratamentos estudados. Os teores de alumínio e ferro e os valores da condutividade elétrica e do afastamento do pH em água, em relação ao ponto de carga zero, indicam o comportamento da dupla camada difusa, que se relaciona diretamente com o fenômeno de dispersão e floculação dos colóides do solo.Item Características Edáficas de Cinco Ambientes de Restinga do Parque Estadual Paulo Cesar Vinha-ES, Brasil(Universidade Federal de Viçosa, 2012-04-23) Rocha, Pablo de Azevedo; Passos, Renato Ribeiro; http://lattes.cnpq.br/3882320619443256; Neri, Andreza Viana; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4777187T2; Costa, Liovando Marciano da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787252H9; http://lattes.cnpq.br/0965375911344160; Borges, Arnaldo Chaer; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783573Z8O Parque Estadual Paulo César Vinha (PEPCV) possui cerca de 1.500 ha de área e aproximadamente 12 km de litoral. Situa-se no Município de Guarapari, litoral sul do Espírito Santo entre as coordenadas 20°33 -20°38 S e 40°23 - 40°26 W. As Restingas ocupam 80% do litoral brasileiro, o que corresponde a 7.110 km. Esse ambiente tem sua formação vinculada ao período Quaternário, que tem inicio há cerca de dois milhões de anos. Durante esse período o mar realizou intenso trabalho de erosão e deposição de material arenoso devido aos diferentes estágios de flutuação de níveis relativos do mar e do transporte longitudinal de areia. Esse trabalho teve como objetivos: (1) caracterizar aspectos químicos, físicos e microbiológicos de cinco ambientes de Restinga: Aberta de Clusia (Entre Núcleos Vegetacionais), Aberta de Clusia (Núcleos Vegetacionais), Floresta não Inundável, Floresta Periodicamente Inundada e Brejo Herbáceo; (2) gerar dados que possam subsidiar ações de recuperação de áreas degradadas. Foram realizadas análises químicas de rotina, calcinação de amostras de solo em mufla e posterior determinação em ICP de elementos químicos liberados com a queima. Nos aspectos físicos foram realizadas análises de textura, fracionamento dos grãos de areia em cinco classes, equivalente de umidade, curva característica de água e por fim análises microbiológicas com determinação do carbono da biomassa microbiana e da diversidade de fungos e bactérias. Foi realizado então um transecto na área de estudo, tendo inicio no complexo vegetacional Aberta de Clusia, passando posteriormente pela Floresta não Inundada, Floresta Periodicamente Inundada e por fim chegando no Brejo Herbácio. Em cada unidade vegetacional foram abertas cinco minitrincheiras de 40 cm de profundidade, exceção feita na formação Aberta de Clusia, onde foram abertas dez minitrincheiras, sendo cinco nos núcleos vegetacionais e cinco na região entre núcleos vegetacionais. Nessas minitrincheiras foram coletadas amostras nas profundidades 0-20 cm e 20-40 cm. A microscopia eletrônica de varredura constatou a presença de cavidades nos grão de areia que são preenchidas por material organomineral que faz o capeamento do grão de areia. Estes aspectos são fundamentais para a retenção de água no solo e desenvolvimento da microbiota do solo. Os resultados desta pesquisa mostram que as características químicas e físicas do solo, assim como a acidez e as condições de saturação hídrica têm influência direta na distribuição da vegetação, tendo reflexo na microbiota do solo, em termos de carbono da biomassa microbiana e diversidade de microorganismos, que se mostram diferentes entre os ambientes.Item Características químicas e físicas de carvão de eucalipto (Eucalyptus cloeziana)(Universidade Federal de Viçosa, 2011-07-29) Siebeneichler, Evair Antônio; Tronto, Jairo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4767158Z9; Costa, Liovando Marciano da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787252H9; http://lattes.cnpq.br/9101198181042610; Passos, Renato Ribeiro; http://lattes.cnpq.br/3882320619443256O uso da pirólise como forma de aproveitamento energético da biomassa e resíduos orgânicos vem sendo avaliada como uma alternativa aos combustíveis fósseis. O carvão gerado neste processo é altamente recalcitrante, e sua incorporação ao solo pode contribuir para o sequestro de C, além de também melhorar a qualidade do solo para fins de uso agrícola. No entanto, pouco se conhece ainda sobre as características do carvão e como estas se relacionam com o seu comportamento. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de diferentes condições de pirólise sobre algumas características físicas e químicas do carvão produzido. Para isso, amostras de madeira de Eucalyptus cloeziana (7 anos de idade) foram pirolisadas em nove temperaturas entre 300 e 700 °C, sob três taxas de aquecimento (5, 22,5 e 40 °C/min), com tempo de carbonização de 15 min. A produção de bio-óleo atinge o máximo de rendimento em temperaturas acima de 400 °C na taxa de aquecimento de 5 °C/min, e 450 °C nas taxas de aquecimento de 22,5 e 40 °C/min. Com o aumento da temperatura e da taxa de aquecimento, aumenta a ocorrência de rupturas na estrutura dos carvões, com consequente redução da resistência física destes. Os teores de O e H reduziram significativamente com o aumento da temperatura de pirólise, devido à termodecomposição preferencial dos grupos alifáticos e O alquil, restando uma estrutura de composição predominantemente aromática. Com a perda de grupos funcionais O alquil, a CTC reduziu para valores de aproximadamente 1 cmolc/kg nos carvões produzidos acima de 400 °C. No entanto, o aumento da aromaticidade dos carvões produzidos em maiores temperaturas resulta no aumento da recalcitrância destes, demonstrada pelo aumento da resistência térmica e à oxidação por dicromato em meio ácido. Portanto, não é possível selecionar uma combinação de temperatura de pirólise e taxa de aquecimento que permita produzir um carvão quimicamente ativo e ao mesmo tempo recalcitrante.Item Caracterização química e mineralógica de carvões vegetais coletados em diferentes ambientes(Universidade Federal de Viçosa, 2012-02-16) Figueredo, Natália Aragão de; Passos, Renato Ribeiro; http://lattes.cnpq.br/3882320619443256; Costa, Liovando Marciano da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787252H9; http://lattes.cnpq.br/8205839948217107; Tronto, Jairo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4767158Z9Nas últimas décadas, as atividades antrópicas têm provocado uma série de alterações na paisagem terrestre e, mais recentemente, na atmosfera. O aumento da emissão de gases de efeito estufa (GEE s) e o possível aquecimento global do planeta vêm motivando diversos estudos de mitigação, principalmente o que refere à emissão dióxido de carbono. Dentre as formas de carbono aportadas em solos e sedimentos, foco de atenção vem sendo direcionado ao carbono pirogênico, principalmente pelo seu longo tempo de permanência no ambiente que contribui de forma efetiva de reserva estável de C, além de apresentar a potencialidade para melhorar a qualidade e a fertilidade dos solos. A reatividade química e a resistência física do biocarvão são essenciais para que este cumpra sua função outorgada (sequestro de C) e exerça benefícios também ao sistema solo-planta. Para contribuir ao avanço do conhecimento sobre o carvão vegetal aplicado ao solo foi realizada uma caracterização química e mineralógica de carvões vegetais coletados em diferentes ambientes e também avaliar a cinética de reação do Ca2+ e do fosfato desses carvões coletados. As amostras foram moídas em moinho de mesa e passadas em peneiras de 0,100; 0,149 e 0,25 mm de abertura de malha e foram avaliados: teores dos elementos químicos por calcinação (550 ºC) e extraíveis com HNO3 1 mol L-1; teor de C total e 13C/12C ( ) foram dosados em espectrômetro de massa de razão isotópica de fluxo contínuo; COT por Walkley e Black; Ca2+ e pH H2O e KCl conforme Embrapa, 1997; O P-rem foi determinado conforme Alvarez V. et al.(2001); PCZ por titulação potenciométrica; difratometria de raios X; espectroscopia de absorção molecular na região do infravermelho com transformada de Fourier e microscopia de eletrônica de varredura dos carvões. As amostras que estavam em contato diretamente com o solo (amostras 1, 2, 4 e 8) apresentaram valores mais altos de COT pelo método Walkey-Black, o que sugere que os componentes dos solos favorecem a oxidação desse carbono. Os valores de COT dos solos estudados que continham carvão foram muito baixos, o que demonstram a capacidade de retenção de C pelo carvão vegetal ou carbono pirogênico nesses solos. A amostra 12, que foi produzida em condições controladas em temperatura de 470°C apresentou 75,7 dag kg-1 de carbono total e 6,15 dag kg-1 de C orgânico total. O teor médio de C nos carvões em contato com o solo foi de 58 dag kg-1 e dos carvões sem contato com o solo foi de 71,19 dag kg-1. Nas amostras 4, 6, 8, 9 e 10, a razão isotópica do 13C/12C está relacionada às plantas com via fotossintética C3. Os teores de nutrientes foram baixos em todas as amostras. Em relação aos micronutrientes nas amostras de carvões coletados em contato com o solo, o mais abundante foi do Fe com teores entre 4,23 a 808,24 mg kg-1. Os valores de pH em H2O nas amostras de carvões em contato com o solo variaram de 4,42 a 7,24 com média de 6,8. O pH em KCl variou na faixa de 2,91 a 6,88, com média de 4,68. Em todas as amostras, o valor de ∆pH é negativo, caracterizando maior eletronegatividade no balanço de cargas nos carvões coletados. Identificou-se em todas as amostras em contato com o solo a presença de caulinita; quartzo; grafite e nas amostras 1 e 3 a gibbsita. Nos carvões produzidos a partir de madeira de eucalipto e sem contato com o solo, os difratogramas foram essencialmente amorfos, com apenas alguns picos de grafite. Os principais grupos nas amostras de carvões vegetais coletadas foram: O-H; C=O; C=C; C-O. A MEV realizada nesse estudo nas amostras 1, 2 e 12 é possível identificar a morfologia de estrutura do xilema de madeira, menos alterada na amostra 12, que teve condições controladas (470 ºC) de carbonização e nas amostras 1 e 2, as estruturas ficaram menos evidentes e percebe-se que houve influência dos componentes e organismos dos solos nestes carvões. A reação do Ca2+ na superfície do carvão ocorreu de forma rápida, em poucos minutos. Isto é de suma importância para manutenção de nutrientes no sistema solo e reduz as perdas por lixiviação Dessa forma, conclui-se que há uma interação entre o carvão e o solo, o que influencia nas características químicas e mineralógicas do carvão vegetal.Item Concentração de metais pesados em sedimento, água e macrófitas aquáticas em duas represas do Município de Viçosa, MG(Universidade Federal de Viçosa, 2006-06-21) Soares, Célia Regina Araújo; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723204Y8; Euclydes, Rosane Maria de Aguiar; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786094T9; Costa, Liovando Marciano da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787252H9; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728463J9; Nalini Júnior, Hermínio Arias; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721648H2; Matos, Antonio Teixeira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783529H2A contaminação por metais pesados em ecossistemas aquáticos pode ser avaliada a partir do monitoramento da concentração dos elementos químicos em sedimento, água e macrófitas aquáticas. Neste estudo foi avaliada a concentração de metais e P em sedimento, água e macrófitas aquáticas em represas, visando analisar níveis de contaminação e a transferência biogeoquímica no ecossistema aquático diante do uso diferenciado dos seus entornos. O estudo foi realizado em duas represas inseridas na microbacia da Eqüídeocultura do Campus da Universidade Federal de Viçosa. Na zona litorânea de cada represa foram coletadas amostras de sedimento, água e macrófitas aquáticas no final dos períodos, seco (out/2003) e chuvoso (abr/2004). A amostragem foi estratificada com casualização de 30 repetições por represa. Os metais foram extraídos por ataque triácido (HClO4 (conc.) + HF(conc.) + H2SO4 (conc.)) no sedimento e também por diferentes concentrações de HCl. A extração dos metais nas amostras de água foi com 0,5 mL de ácido nítrico concentrado para 50 mL de amostra de água e digestão em chapa quente. Nas plantas, a digestão foi nitro-perclórica (3:1 v/v). A concentração dos metais nos extratos foi determinada em Espectrometria de Plasma Acoplado Indutivamente (ICP) e o P em fotocolorímetro pelo método de ácido ascórbico. Para a análise do potencial de acumulação (ΨAc) considerou-se a relação entre a concentração dos metais nas plantas inteiras e os valores normais para plantas aquáticas de ambientes não contaminados. A transferência biogeoquímica foi dada pelo fator de concentração (FC), sendo a razão entre a concentração dos metais nas macrófitas aquáticas e a concentração do elemento no ambiente. Para efeito de tratamento estatístico os dados foram organizados em esquema fatorial no delineamento inteiramente casualizado e a ANOVA desenvolvida em parcelas subdivididas e sub-subdivididas de acordo com as características de cada componente do ecossistema aquático. As médias foram comparadas pelo teste de Tukey (p ≤ 0,05) usando o programa WinStat. 2.11 e a análise de correlação de Pearson entre os metais extraídos em HCl, COT, ADA, argila e silte foi realizada usando o programa SAEG 9.0, considerando apenas valores ≥ 0,75 pelo teste T a 1 %. As represas apresentam potencialmente formas não pontual de contaminação nos seus entornos devido ao uso de calcários e fertilizantes, além da produção de estercos pelos eqüídeos. A diferença da composição florística entre as represas pode ser explicada pelo índice de estado trófico para fósforo. A acumulação dos metais apresentou comportamento diferenciado em relação aos níveis de concentração entre amostras de sedimento, água e plantas. Os sedimentos não estão contaminados em relação à maioria dos metais. No entanto, a concentração de metais na água e plantas foi acima dos valores considerados normais em ambientes não poluídos para todos os metais analisados. Salvinia auriculata, Eleocharis obtusetrigona, Eichhornia crassipes e Pistia stratiotes apresentaram para a maioria dos metais, médias superiores às concentrações normais em ambientes não contaminados, sendo consideradas acumuladoras. Existe diferença significativa para a acumulação dos metais analisados entre grupos ecológicos vegetais distintos, submetidos às mesmas condições ambientais. Em estudos de monitoramento da contaminação de metais pesados em ecossistemas aquáticos deve ser considerado a sazonalidade como um importante fator de avaliação.Item Dinâmica da paisagem na região do Alto Rio Abaeté, Bacia do Rio São Francisco(Universidade Federal de Viçosa, 2008-12-04) Costa, Fernanda de Oliveira; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723204Y8; Ruiz, Hugo Alberto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783550T5; Costa, Liovando Marciano da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787252H9; http://lattes.cnpq.br/3895234501635282; Albuquerque Filho, Manoel Ricardo de; http://lattes.cnpq.br/7155685877820562; Simas, Felipe Nogueira Bello; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766936J5A região fisiográfica do Alto Paranaíba, localizada no estado de Minas Gerais, é um importante divisor de águas entre as bacias dos rios São Francisco e Paraná. Além disso, foi também importante palco de diversas atividades geológicas e geomorfológicas ao longo de sua formação e evolução. Estas atividades ocorreram em épocas pretéritas, deixando como testemunho diversas rochas vulcânicas de diversificada composição química e mineralógica. Do ponto de vista geológico, o Alto Paranaíba está inserido em um complexo que compreende o Grupo Bambuí, constituído de rochas pelíticas; Formação Areado, constituída de conglomerados, arenitos, argilitos e folhelhos; Formação Mata da Corda; constituída de diversificado conjunto de rochas vulcânicas (tufos, lavas, conglomerados e rochas epiclásticas) e arenitos, e finalmente por uma superfície detrito-laterítica. Essa grande variedade de material geológico originou diversas classes de solos. O relevo da região se caracteriza por chapadas aplainadas, formas onduladas, e superfícies de erosão. Nos dias atuais, tais superfícies se apresentam soerguidas na paisagem, formando o chamado "Arco do Alto Paranaíba". As superfícies tabulares encontram-se em avançado estágio erosivo, onde seus remanescentes ainda preservados, distribuem-se em mesas residuais isoladas, delimitadas por bordas escarpadas muito bem definidas, muitas vezes formando cornijas, devido ao bordejamento pelas lateritas. A drenagem é fortemente orientada pela estrutura geológica. Para auxiliar interpretações relacionadas à área em estudo, foram produzidos mapas temáticos digitais na escala de 1:300.000, a partir de imagem de satélite SRTM (Shuttle Radar Topographic Mission) da Nasa, mapas do RADAMBRASIL, base de dados do IBGE e ANA, utilizando-se do software Arq Gis® 9.3 do ESRI (Environmental Systems Research Institute). Para o reconhecimento das feições erosivas existentes na porção do alto rio Abaeté, foram selecionados dois transectos, em um dos quais foram amostrados três perfis (Latossolo Amarelo Ácrico típico, Plintossolo Pétrico Concrecionário Distrófico típico e Argissolo Vermelho Amarelo Distrófico típico) para caracterizações físicas, químicas e mineralógicas. Foram gerados dados morfométricos da bacia hidrográfica do rio Abaeté, para auxiliar na compreensão de seu regime hídrico. De modo geral, os solos amostrados apresentaram fertilidade natural baixa, porem possuem boas propriedades físicas, com baixos valores de argila dispersa em água (ADA) e alta estabilidade de agregados por via seca e úmida. A mineralogia da fração argila indicou a presença predominante de óxidos, evidenciando alto grau de intemperismo desses solos. Nos chapadões, a presença da gibbsita representa papel importante na estabilidade de agregados devido ao desenvolvimento de uma estrutura tipo granular, com maior proporção de macroagregados e maior permeabilidade, permitindo que os solos, mesmo com tratos culturais intensivos, mantenham uma estrutura adequada. A remoção das concreções lateríticas das bordas dos chapadões têm sido prática comum na região, devendo ser bem avaliada, para se evitar o avanço da erosão nos fronts das escarpas desta superfície. O preparo inadequado do solo é outro fato comum, sendo realizado sobre solos com horizonte C exposto, o que associado à heterogeneidade do material geológico, acaba por condicionar o desencadeamento e a intensificação de processos erosivos severos nas áreas de relevo ondulado. Após análise dos mapas de solos, geologia, geomorfologia, declividade, e investigações de campo, sugere-se a necessidade da adoção de práticas conservacionistas, especialmente nas áreas associadas a solos mais jovens, derivados de rochas vulcânicas e de saprolitos do Grupo Bambuí. No contexto de tão diversificadas manifestações geológicas e geomorfológicas, o presente trabalho teve como objetivo geral avaliar a relação entre solos, geomorfologia e geologia com a dinâmica da paisagem no alto e médio rio Abaeté, sub-bacia do rio São Francisco.Item Efeitos do manejo em propriedades físicas e no carbono orgânico total de um argissolo vermelho-amarelo localizado na Zona da Mata Mineira(Universidade Federal de Viçosa, 2009-04-24) Hickmann, Clério; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723204Y8; Souza, Caetano Marciano de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4795618A2; Costa, Liovando Marciano da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787252H9; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4772244T7; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703656Z4; Olszevski, Nelci; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763586H1Quando ocorre a substituição de ecossistemas naturais por agroecossistemas, geralmente percebe-se a degradação física e declínio do conteúdo de carbono no solo. Essa degradação pode ser atribuída ao intenso revolvimento do solo durante o preparo, expondo-o à ação de fatores climáticos, provocando erosão, mineralização da matéria orgânica e oxidação de carbono orgânico do solo. A utilização de práticas conservacionistas de manejo do solo tem recebido grande ênfase atualmente, basicamente no que se refere à manutenção e à melhoria das propriedades físicas, químicas e biológicas dos solos cultivados e suas implicações no rendimento das culturas. Partindo-se da hipótese de que os sistemas conservacionistas melhoram a qualidade física do solo, o presente trabalho teve como objetivo avaliar as modificações provocadas nas propriedades físicas e no carbono orgânico, em diferentes sistemas de manejo, em um Argissolo Vermelho-Amarelo, submetido a um experimento de longa duração. Para tal foram coletadas amostras de solo nas camadas 0-5, 5-10, 10-20 e 20- 40 cm de profundidade num experimento submetido a quatro tratamentos, a saber: PD (plantio direto); AD (arado de disco); AD+GP (arado de disco+grade pesada) e GP: grade pesada. Uma área sob mata atlântica secundária (MS), adjacente ao experimento, foi amostrada e utilizada como referência, representando o quinto tratamento. Foram avaliados a densidade do solo, densidade da partícula, grau de floculação, argila dispersa em água, granulometria, porosidade, condutividade hidráulica do solo saturado, estabilidade de agregados, carbono orgânico total, estoque de carbono orgânico, carbono orgânico em classes de agregados e análise micromorfológica de agregados. Concluiu-se que: (I) o cultivo do solo aumentou a degradação física, comprovada pela redução da porosidade, da estabilidade de agregados, da condutividade hidráulica em solo saturado e aumento da densidade do solo; (II) os maiores estoques de carbono foram observados no solo da mata atlântica secundária (MS) em comparação ao solo dos sistemas de manejo; (III) o sistema de manejo conservacionista plantio direto (PD) contribuiu para a melhoria nas propriedades físicas e na recuperação dos estoques de carbono orgânico após aproximadamente 80 anos de práticas agrícolas, (IV) os macroagregados contribuem efetivamente nos estoques de carbono orgânico no solo, mostrando os maiores conteúdos de COT; (V) a análise microestrutural se mostrou sensível entre os sistemas de manejos avaliados, servindo de ferramenta promissora para estudo de agregação do solo.Item Gênese, formas de carbono e sílica biogênica de solos sob Formações Estacionais do semiárido de Minas Gerais e Bahia(Universidade Federal de Viçosa, 2012-08-31) Martins, Carolina Malala; Tronto, Jairo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4767158Z9; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723204Y8; Costa, Liovando Marciano da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787252H9; http://lattes.cnpq.br/9637230855429508; Abrahão, Walter Antônio Pereira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798343H6; Passos, Renato Ribeiro; http://lattes.cnpq.br/3882320619443256; Guerra, Marcelo Braga Bueno; http://lattes.cnpq.br/7474474218219859As Florestas Estacionais Deciduais, popularmente conhecidas como Matas Secas , têm sido alvo de discussões entre a sociedade, os ambientalistas e produtores rurais. Tais discussões giram em torno das definições divergentes entre as leis federais e estaduais, apresentadas para tal formação na região Norte do estado de Minas Gerais, uma vez que a lei federal define esta formação como fitofisionomia da Mata Atlântica, e a lei estadual define como ecossistema particular. As Matas Secas podem ser encontradas na forma de manchas em diversos domínios, ocorrendo predominantemente em afloramentos de calcário, ardósia e siltito, e em Neossolos, Argissolos, Latossolos e Cambissolos. Estas formações são caracterizadas por sua deciduidade foliar, consequência principalmente da estacionalidade climática a que estão sujeitas, apresentando curta época chuvosa e longa estação seca. Partindo deste conflito de ideias e questionamentos, o presente trabalho objetivou: descrever os solos sob Formações Deciduais, através da descrição e classificação de perfis de solos representativos, no Capítulo 1; buscar atributos específicos que representem as alterações edáficas ocorridas em solos sob Floresta Estacional Decidual no Capítulo 2, utilizando a matéria orgânica do solo (MOS) e suas frações, de modo a compreender seu comportamento; e no Capítulo 3, o trabalho objetivou identificar possíveis vegetações predominantes nas Florestas Estacionais Deciduais, através da identificação de corpos silicosos no solo, além de estudos detalhados da composição das cinzas de plantas xerófitas, com o intuito de compreender seus possíveis mecanismos de adaptação a esse ambiente. Foram realizadas análises químicas, físicas e mineralógicas em 10 perfis de solos sob Floresta Estacional Decidual (Capítulo 1); fracionamento químico da MOS e obtenção de suas frações oxidáveis (Capítulo 2); obtenção de imagens em microscópio óptico e microscópio eletrônico de varredura de corpos silicosos na fração silte dos perfis estudados; determinação da matéria seca de espécies xerófitas dominantes na região, obtenção das cinzas de tais espécies e extração em meio ácido, básico e em água destilada para determinação dos elementos Si, Ca, Mg, P, Fe e Al (Capítulo 3). Os solos estudados sob Florestas Estacionais Deciduais são eutróficos e sobre geologia heterogênea, além do grau variado de intemperismo, apresentando classes de solos que vão desde Latossolos a Neossolos e mineralogia com presença de caulinita e ilita predominantemente. As substâncias húmicas que compõem a matéria orgânica dos solos de perfis de Florestas Estacionais Deciduais, mostraram que este compartimento da MOS apresentou predomínio da fração humina, seguido dos ácidos húmicos e com menor teor de C, os ácidos fúlvicos para a maioria dos solos. Já as diferentes frações de C oxidável puderam apontar frações mais lábeis associadas aos horizontes superficiais, e mais recalcitrantes aos horizontes sub-superficiais. A identificação de corpos silicosos nos solos sob Florestas Estacionais Deciduais foi baixa, mas estruturas silicosas foram detectadas e as morfologias mais comuns foram os fitólitos tipo bastonete e buliforme. Em alguns solos, os bastonetes apresentaram corrosão e capeamentos por óxido de ferro e, ou, alumínio. Porém, não foi possível distinguir as áreas de Floresta Estacional Decidual das demais utilizando a presença de corpos silicosos. As plantas xerófitas estudadas apresentaram porcentagens elevadas de cinzas em relação à matéria seca, o que indica que há grande quantidade de substâncias inorgânicas em tais espécies. Os difratogramas de raios X no pó da cinza insolúvel apresentaram picos intensos do carbonato de cálcio e carbonato de magnésio formados no processo de calcinação das espécies vegetais estudadas.Item Geoambientes, estoques de carbono e termodegradação da matéria orgânica de solos da Área de Proteção Ambiental Estadual Cachoeira das Andorinhas, Ouro Preto, Minas Gerais(Universidade Federal de Viçosa, 2008-01-18) Guedes, ítalo Moraes Rocha; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723204Y8; Mello, Jaime Wilson Vargas de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4789445D2; Costa, Liovando Marciano da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787252H9; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763348A3; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703656Z4; Simas, Felipe Nogueira Bello; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766936J5; Tronto, Jairo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4767158Z9A APA da Cachoeira das Andorinhas localiza-se no distrito de São Bartolomeu, no Município de Ouro Preto, no alto Rio das Velhas, possuindo uma área total de 18.700 hectares. O presente trabalho teve por objetivos identificar, caracterizar e mapear a geologia, os geoambientes e os solos da APA da Cachoeira das Andorinhas, estimar os estoques de carbono em diferentes classes de solo presentes na APA e verificar a resistência da matéria orgânica estocada em alguns horizontes destes solos à termodegradação. Após os trabalhos de campo foram gerados mapas temáticos utilizando-se os programas ArcInfo e ArcView. As análises químicas e físicas foram realizadas com base nas recomendações de EMBRAPA (1997). O estoque de carbono dos solos foi calculado a partir dos dados de teor de matéria orgânica dos perfis. Para se realizar os cálculos de estoque de carbono na fitomassa utilizaram-se estimativas de biomassa aérea de uma série de fitofisionomias coligidas em literatura. Os testes de termodegradação foram feitos utilizando-se forno mufla por duas horas às temperaturas de 100, 200, 300, 400 e 500°C. Geologicamente, a área da APA é na maior parte constituída de material filítico emoldurado por serras e escarpas estruturais predominantemente quartzíticas. Identificaram-se sete unidades geoambientais principais: i) Planícies Fluviais do Rio das Velhas com Neossolos Flúvicos Tb Distróficos típicos; ii) Colinas Convexas com interflúvios aplainados contendo Latossolos Vermelho-Amarelos Distróficos; iii) Colinas Convexas com Cambissolos Húmicos Tb Distróficos e Cambissolos Háplicos Tb Distróficos; iv) Cristas Alinhadas e Ravinadas com Neossolos Litólicos Distróficos e Cambissolos; v) Serras e Escarpas Estruturais de Quartzitos e Itabiritos com Neossolos Litólicos Distróficos e Cambissolos Húmicos Tb Distróficos típicos; vi) Patamares Estruturais Quartzíticos com Neossolos Litólicos Distróficos e Espodossolos Ferrilúvicos; vii) Vales Suspensos com Neossolos Flúvicos e Gleissolos Melânicos. O levantamento permitiu concluir-se que a classe de solos predominante na APA foi a de Cambissolos Háplico distróficos, ocupando mais de 50% da área. Os solos situados em compartimentos altimontanos mais elevados (>1200m) possuem maior potencial de seqüestro de carbono. A estimativa de estoques de carbono orgânico em subsuperfície nos Latossolos Vermelho-Amarelos foi da ordem de duas vezes os valores encontrados em superfície. Os solos hidromórficos ou húmicos elevados, com muito material orgânico fibroso, possuem maior resistência à termodegradação. Os horizontes espódicos representam compartimentos de matéria orgânica altamente resistente.Item Meios mecânicos e concentrações de NaOH na dispersão e estabilidade de suspensões de argila(Universidade Federal de Viçosa, 1995-06-10) Jucksch, Ivo; Costa, Liovando Marciano da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787252H9; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723123H4; Ferreira, Mozart Martins; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787250Z0; Bueno, Benedito de Souza; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787988D1; Mello, Jaime Wilson Vargas de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4789445D2; Fontes, Luiz Eduardo Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783256H7O objetivo deste trabalho foi avaliar dois meios mecânicos de agitação associados a diferentes concentrações de NaOH na determinação da argila em amostras de horizontes A e B de um Podzólico e de três Latossolos. Foi utilizado, como método 1, o meio mecânico preconizado pela embrapa (1979) e, como método 2, o preconizado por GROHMANN e RAIJ (1977). Os dois métodos foram combinados com as concentrações de 0, 3, 6, 12, 25, 50 e 100 mmol/L de NaOH, nas provetas de sedimentação. Foi utilizado o tempo de 4 horas de sedimentação para todos os casos. Após a retirada da alíquota para a determinação de argila, foram retirados os 100ml de suspensão correspondente à parte superior da proveta de sedimentação, para determinação do pH, condutividade elétrica, carbono orgânico e concentração de íons na solução. O ensaio foi conduzido no delineamento experimental inteiramente casualizado, com quatro repetições em fatorial com quatro solos, dois horizontes, dois métodos e sete concentrações de NaOH. Por meio dos resultados obtidos foi possível concluir que existem diferenças entre os métodos estudados, em função da maneira de agitação. Que existe comportamento diferenciado na determinação de argila para solos com características mineralógicas diferentes. Que a concentração de 10mmol/L de NaOH nas provetas de sedimentação foi eficiente para promover a estabilidade das suspensões nos solos estudados. Que, alem do Na, as formas aniônicas de alumínio em solução colaboram na dispersão dos colóides do solo. Que existe necessidade de maiores estudos para identificar um método padronizado para determinação de argila dos solos brasileiros.Item Termodecomposição, estudos de carbonização e silicificação da matéria orgânica e corpos silicosos em ecossistemas terrestres no Brasil e na Antártica(Universidade Federal de Viçosa, 2007-09-24) Santos, Roseilton Fernandes dos; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723204Y8; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; Costa, Liovando Marciano da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787252H9; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4767782E6; Tronto, Jairo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4767158Z9; Abrahão, Walter Antônio Pereira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798343H6; Alvarenga, Ramon Costa; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783596Y6A matéria orgânica (MO) é altamente heterogênea e consiste de diversos componentes, desde açucares mineralizáveis até compostos alifáticos recalcitrantes. O tempo médio de residência (TMR) do C desses compostos varia desde alguns minutos até milhares de anos. Esta variação se deve em parte ao mineral de argila dominante no solo, promovendo interações e dinâmica diferenciada entre MOS e mineral. As adições de matéria orgânica (MO) ocorrem via síntese de compostos orgânicos através de fotossíntese, cuja quantidade adicionada depende de condições edáficas e climáticas. Por outro lado as perdas na forma de CO2, dependem de processos físico-químico e biológicos que regem o ciclo do carbono nos solos. Há poucos estudos abrangentes sobre o efeito de variações de temperatura na decomposição da MO em solos, embora tais estudos possam subsidiar a melhor compreensão da natureza da MO nos sistemas naturais, muitos dos quais são submetidos à queimas naturais ou antrópicas. Os solos selecionados para este estudo (n=11) são oriundos de diferentes ecossistemas, aqui justificados pela riqueza de particularidades desses ambientes e da matéria orgânica do solo que se origina pelas mais diferentes rotas de humificação. O presente trabalho teve os seguintes objetivos: a) compreender como a matéria orgânica se comporta após tratamentos térmicos e de que forma sua manutenção pode ser influenciada pelas características químicas, físicas e mineralógicas dos solos estudados; b) caracterizar química e mineralogicamente formas de carbono fossilizados, no caso específico, fragmentos de madeira petrificada coletados da Antártica; c) Identificar os corpos silicosos (fitólitos) em horizontes superficiais de solos provenientes de diferentes ecossistemas terrestres. A estabilidade da MO com base nas curvas termogravimétricas indicou que Latossolos argilosos possuem formas de carbono orgânico comparativamente mais estáveis. A termodecomposição indicou valores decrescentes de MO no sentido Caratinga-Berilo-Crato, seguindo a um gradiente decrescente de latitude, do Sudeste para o Nordeste. O aumento do teor de fibras nos Organossolos aumentou a resistência a termodecomposição. A forma de carbono mineral nos fragmentos de madeira fossilizada é grafite. Além do grafite, a matriz mineral no material petrificado é constituída por sílica na forma de quartzo e por um outro mineral ou minerais, pouco cristalinos, que possuem relativa abundância em Fe, Al e Mg, não detectáveis pelo difratograma de raios X. Há uma natural variedade de formas e abundância de fitólitos nos solos estudados, quais sejam: bastonetes de tamanhos variados, buliforme, cela, halteres e formas retangulares, sendo bastonete e buliforme as formas mais abundantes. Os corpos silicosos foram bem mais abundantes e diversificados no único solo desenvolvido de quartzito, naturalmente rico em sílica, sendo a vegetação acumuladora neste elemento.