Solos e Nutrição de Plantas
URI permanente para esta coleçãohttps://locus.ufv.br/handle/123456789/175
Navegar
Item A acidez potencial do solo não é determinada a pH 7,0(Universidade Federal de Viçosa, 2005-12-20) Silva, Marcelo Zózimo da; Cantarutti, Reinaldo Bertola; http://lattes.cnpq.br/2812702090482742A acidez potencial é caracterizada pela acidez trocável e, sobretudo, pela acidez não-trocável, que corresponde àquela acidez neutralizada até um determinado valor de pH. O hidrogênio ligado de forma covalente aos colóides do solo é o principal componente desta acidez. A acidez potencial caracteriza o poder-tampão de acidez do solo, e sua estimativa acurada é fundamental para se estimar a capacidade de troca catiônica a pH 7,0 (CTC) e, por conseguinte, a saturação por bases (V). Estimativa confiável, tanto da CTC como de V, cresce de importância à medida que se emprega o critério de elevação da saturação por bases para o cálculo da necessidade de calagem. A acidez potencial pode ser determinada por meio da incubação do solo com CaCO 3 , pela extração com solução de acetato de cálcio 0,5 mol L -1 pH 7,0 e por meio do equilíbrio entre o solo e a solução tamponada SMP. Considerando que nessas determinações, além do H hidrolisável, contribui, ainda, para a acidez a hidrólise do Al 3+ , tais medidas são expressas por H+Al. A determinação por meio do método SMP foi adaptada à rotina de determinação do pH do solo em CaCl 2 . Ele fundamenta-se na correlação linear entre ln (H+Al) extraído pelo acetato de cálcio 0,5 mol L -1 pH 7,0 e o pH da suspensão de equilíbrio solo- solução SMP (pH SMP ). Dessa forma, estabelecem-se equações de regressão de abrangência regional para estimar o H+Al a partir do pH SMP ; atualmente, estão em uso no Brasil 15 equações. Essa diversidade de equações contribui para a incerteza na estimativa do H+Al, visto que os laboratórios estendem seus serviços além dos limites regionais de abrangência das equações. No entanto, há de se considerar que as características dos solos são mais relevantes do que o caráter regional. Além disso, o método em uso foi ajustado para a rotina de determinação do pH em CaCl 2. Assim, para a sua adoção por laboratórios que determinam o pH em H 2 O, há necessidade de inclusão de mais uma rotina. Objetivou-se com este trabalho: a) ajustar o método SMP aos procedimentos dos laboratórios que adotam rotina para determinação do pH em H 2 O e b) identificar um modelo matemático e ajustar uma equação de regressão de aplicação geral para estimar a acidez potencial por meio do método SMP. Na pesquisa foram utilizados 99 solos, de diferentes regiões do Brasil, com ampla variação nos teores de H+Al, matéria orgânica, valores de P remanescente e teor de argila. Em um primeiro ensaio, trabalhando com seis solos, avaliou-se o ajuste do método SMP à rotina de determinação do pH em H 2 O, testando-se alterações na concentração do CaCl 2 na solução SMP. Em outro ensaio, com 13 solos, determinou-se a acidez a partir da incubação do solo com CaCO 3 estabelecendo as curvas de incubação, definidas por equações de regressão linear. A partir destas, estimou-se a acidez potencial para pH 7,0; 6,5; 6,0; 5,9; 5,8; 5,7; e 5,5. Para os 99 solos determinou-se o H+Al em acetato de cálcio 0,5 mol L -1 pH 7,0 e o pH SMP de acordo com o procedimento ajustado no primeiro ensaio. Constatou-se que o procedimento SMP utilizado para a rotina de pH CaCl 2 ajustou-se sem alterações à rotina de pH H 2 O. O H+Al determinado em acetato de cálcio 0,5 mol L -1 pH 7,0 diferiu estatisticamente da acidez estimada para o pH 7,0 pelas curvas de incubação. As determinações em acetato foram equivalentes à acidez estimada para o pH 5,7 pelas curvas de incubação. Adotou-se a acidez para pH 6,0 estimado pelas curvas de incubação como referência para correção das determinações em acetato de Ca pH 7,0 e para estabelecer o ajuste da equação de regressão com o pH SMP. Ajustaram-se as regressões para estimar um fator F de correção da determinação em acetato de cálcio, a partir dos teores de matéria orgânica e, ou, P remanescente. Foram ajustadas as regressões: ln (H+Al) = 8,93 - 1,255pH SMP, R 2 = 0,842 e ln (H+Al) = 6,18 + 0,142 MO - 0,859pH SMP R 2 = 0,936, nas quais todos os coeficientes foram significativos (p < 0,05). A equação que inclui a matéria orgânica mostrou-se, potencialmente adequada para uso generalizado.Item A aplicação foliar de Mn e Zn alivia efeitos negativos da hipóxia em plantas de eucalipto?(Universidade Federal de Viçosa, 2022-02-25) Oliveira, Filipe Bruno de; Valadares, Samuel Vasconcelos; http://lattes.cnpq.br/6310745152341309O cultivo de eucalipto em regiões sujeitas a alagamentos pode gerar significativas perdas de produtividade. O presente trabalho foi realizado com o objetivo de compreender e avaliar o efeito da aplicação foliar de Zn e Mn na mitigação dos efeitos negativos da hipóxia em plantas de eucalipto. O experimento foi conduzido em delineamento em blocos casualizados, com 5 repetições. Os tratamentos foram combinados em arranjo fatorial (2³) com dois níveis de disponibilidade de oxigênio (com e sem hipóxia), com e sem a aplicação de Zn (0,1 g/L) e Mn (0,5 g/L). Foram cultivadas duas plantas por vaso contendo areia lavada, esterilizada e umedecida com solução nutritiva. Nos tratamentos submetidos à hipóxia, os vasos foram mantidos saturados com a solução de cultivo (a concentração de O 2 foi mantida abaixo de 4 mg L -1 ). Para os tratamentos sem hipóxia, as plantas receberam aeração normal. Após a imposição da hipóxia, foram quantificadas as trocas gasosas e variáveis de fluorescência da clorofila a de todos os tratamentos. Após 77 dias de experimento, folhas das plantas foram coletadas para quantificação da atividade de enzimas (SOD, catalase e peroxidases) e foi determinado o conteúdo de compostos do metabolismo primário e secundário (teores de clorofilas, açúcares solúveis, amido, proteínas solúveis totais e aminoácidos totais). Foi também colhida uma planta em cada parcela experimental, para determinação de massa seca da parte aérea e quantificação de Mn e Zn na biomassa. Em seguida, a aeração dos vasos foi reestabelecida e, após 69 dias de recuperação, as plantas restantes foram cortadas e tiveram seu crescimento avaliado. As plantas submetidas à hipóxia apresentaram maior teor de Mn e menor teor de Zn quando comparadas às plantas cultivadas em condições normais. Ao final do período de alagamento, as plantas que receberam aplicações foliares com Mn (principalmente) e Zn apresentaram maiores taxas fotossintéticas, quando comparadas àquelas dos tratamentos sem Mn e Zn. Embora a aplicação de Zn tenha promovido aumento das taxas fotossintéticas ao fim do período de hipóxia, o crescimento das plantas (nos tratamentos com e sem hipóxia) foi reduzido ao fim do experimento, indicando ter havido fitotoxidez na fase inicial do experimento. Após o período de recuperação, as plantas que receberam aplicação foliar com Mn apresentaram melhor crescimento. Palavras-chave: Hipóxia. Estresse hídrico. Eucalipto.Item A influência das mudanças de uso e ocupação da terra nas métricas da paisagem do Brasil(Universidade Federal de Viçosa, 2023-02-28) Gomes, Gabriel Carvalho Moraes; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://lattes.cnpq.br/9398430261152029Estudos sobre a evolução das mudanças de uso e cobertura da terra, realizados através da classificação de imagens de satélites e aplicação de conhecimentos de ecologia da paisagem, possibilitam o estabelecimento de programas adequados de conservação da biodiversidade e de controle dos usos dos recursos naturais. Em função das modificações na estrutura da paisagem natural provocadas pela expansão da atividade agrícola, as vegetações nativas vêm sendo fragmentadas e descaracterizadas de forma consistente. O objetivo geral deste trabalho é analisar a influência da mudança do uso e cobertura da terra na dinâmica temporal das métricas da paisagem brasileira, considerando diferentes tipos de solos, áreas protegidas, incluindo as Unidades de Conservação e Terras Indígenas, e em diferentes extensões de propriedades rurais de 1985 até 2020. O estudo objetivou responder quatro perguntas: Capítulo 1: 1) Como a vegetação nativa foi afetada de acordo com os diferentes tamanhos de propriedades rurais? 2) Como o solo influencia na dinâmica de vegetação nativa e quais classes de solo possuem melhor resposta de regeneração? 3) Como as UCs afetaram as transformações de vegetação nativa? Capítulo 2: 4) Como ocorreram as mudanças nas métricas da paisagem nos diferentes biomas entre 1985 e 2020? Os dados espaciais de cobertura e uso do solo dos mapas foram obtidos do Projeto MapBiomas em dois períodos (1985 e 2020), e os limites das propriedades rurais do Cadastro Ambiental Rural (CAR). A plataforma Google Earth Engine (GEE), e os softwares R, ArcGis e QGIS foram utilizados para download de dados, cálculo das métricas, processamento, manipulação e análise dos dados, a fim de investigar os processos de conversão do uso do solo, matrizes de transição e métricas da paisagem. Em relação à análise nas propriedades rurais, a maior perda de vegetação nativa ocorreu nas grandes propriedades e a maior perda percentual ocorreu nas médias propriedades. Áreas com predominância de Latossolo Vermelho Distrófico, Latossolo Vermelho-Amarelo Distrófico, Planossolo Háplico Eutrófico e Argissolo Vermelho-Amarelo Distrófico apresentaram ocorrências do processo regenerativo de vegetação nativa com maior intensidade e consequente contenção do avanço da fragmentação na paisagem brasileira. Nas UCs, os resultados indicam uma tendência de redução na área de vegetação nativa em alguns biomas, especialmente no Cerrado, e ganho nas UCs do Pantanal. A nível nacional, foi perceptível a manutenção e a capacidade de proteção da vegetação nativa nas áreas protegidas do Brasil entre 1985 e 2020, e uma conservação ainda maior nas Terras Indígenas. A paisagem brasileira foi intensamente afetada por essa dinâmica, visto que a área total da paisagem natural diminuiu em 12,72%, com aumento do número de fragmentos de vegetação nativa e diminuição da área média destes remanescentes. Resultados por biomas, tamanhos de propriedades e áreas protegidas identificaram áreas mais propícias a perdas, ganhos ou estabilidade de vegetação nativa, permitindo aos governos e organizações ambientais concentrarem esforços em medidas de proteção e preservação da biodiversidade e estratégias para manejo sustentável dos recursos naturais. A conservação dos recursos naturais e a sustentabilidade da produção agrícola permitem que a sociedade compreenda a importância da preservação ambiental e proteja o patrimônio natural e cultural do país. Palavras-chave: Vegetação nativa. Métricas de paisagem. Propriedades rurais. Áreas protegidas.Item A planta e a forma de nitrogênio na solubilização de fosfato natural(Universidade Federal de Viçosa, 2014-02-17) Silva, Lucas de Ávila; Mattiello, Edson Marcio; http://lattes.cnpq.br/7672057527975724Na maioria dos solos brasileiros, a adsorção específica de P em óxidos e a precipitação como diferentes formas de fosfatos de Fe e Al dificultam a absorção e utilização de fosfato pelas plantas. Nessas condições, a utilização de espécies vegetais com sistema radicular desenvolvido e a combinação de fertilizantes podem favorecer a recuperação do P adicionado. Para avaliar a influência da planta e a combinação de fertilizantes na solubilização de fosfatos naturais e disponibilidade de P, plantas pré-germinadas de milheto (Pennisetum glaucum (L.) Leeke) foram cultivadas em câmara com luz e temperatura controlada. As plantas cresceram em rizotubos, estrutura cilíndrica oca que favorece uma maior densidade de raiz. Foram aplicadas fontes de P combinadas com fontes de N em amostras de um Latossolo Vermelho-Amarelo com baixa (Pbaixo) e média (Pmédio) disponibilidade inicial de P. As fontes de P utilizadas foram os fosfatos naturais (FNs) de Bayóvar e de Araxá e o superfosfato triplo (ST), e as de N, (NH4)2SO4 e Mg(NO3)2.6H2O. Rizotubos sem a planta foram mantidos como controle. Após 46 d de cultivo, as plantas foram coletadas e separadas em parte aérea e raiz, para determinação da massa de matéria seca e do conteúdo de P, Ca, Mg e N. O solo foi seco e peneirado para a análise de P- resina, Ca2+, Mg2+, NO3-, NH4+ e pH. Os resultados indicaram maior nitrificação em Pmédio (na ausência de planta). A presença da planta favoreceu a solubilização dos FNs. Observou-se que a resposta à adubação fosfatada combinada com N depende dos teores iniciais de P no solo. De maneira geral, o fornecimento de N-NH4+ proporcionou maior produção de matéria seca em Pbaixo, maior conteúdo de P e aumento da recuperação pela planta do FN Araxá em Pbaixo e do FN Bayóvar em Pmédio. Na presença de planta, houve aumento da eficiência agronômica dos FNs em relação ao ST quando o solo apresentava média disponibilidade de P.Item A predisposição ambiental e antrópica controla mudanças no verdor da vegetação: um novo paradigma?(Universidade Federal de Viçosa, 2022-02-24) Pereira, Luís Flávio; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://lattes.cnpq.br/5305322322985726Processos de aumento (greening) e perda (browning) do verdor da vegetação relacionados a mudanças climáticas e antrópicas são processos bem documentados na literatura, mas o controle da fatores de predisposição sobre a resposta das vegetações a essas mudanças foi pouco estudado, e aparenta ser especialmente importante em regiões antropizadas. O presente estudo teve como objetivo definir e mapear processos de greening e browning, bem como caracterizar e analisar a distribuição espacial e ambiental desses processos em regiões fortemente antropizadas. Parra isso, o Semiárido Brasileiro foi usado como área modelo, e duas novas abordagens metodológicas foram apresentadas: metodologia double proxy e multicritério de mapeamento de mudanças consistentes do verdor, baseada em computação em nuvem e código aberto; e metodologia de desagregação ambiental de greening e browning baseada em variáveis- chave. Os resultados mostraram que apesar do predomínio de áreas com verdor estável no Semiárido Brasileiro, browning é mais frequente e intenso que greening, e parece estar relacionado a processos de desertificação sobre áreas nativas e antropizadas. A distribuição das mudanças de verdor é zonal e heterogênea, devido ao controle espacialmente escalonado por fatores de predisposição ambiental e antrópica. Fatores de predisposição ambiental, principalmente a aridez, controlam a distribuição regional das mudanças do verdor, enquanto a interação sociedade-ambiente regula a intensidade e distribuição espacial desses processos localmente. Esses resultados confirmam a necessidade de uma mudança de paradigma nos estudos de modelagem de greening e browning. Novos estudos deveriam considerar o uso simultâneo e equilibrado de preditores relacionados à predisposição e mudança. Também é evidente a necessidade de avanços na interpretabilidade desses modelos, tendo em vista que as abordagens atuais falham em elucidar os mecanismos de regulação das mudanças de verdor. Palavras-chave: Greening. Browning. Semiárido Brasileiro. Google Earth Engine. Aridez. Desertificação.Item Above and below ground plant inputs and soil organic matter cycling in an eucalypt plantation in the cerrado biome(Universidade Federal de Viçosa, 2017-09-27) Teixeira, Rafael da Silva; Silva, Ivo Ribeiro da; http://lattes.cnpq.br/3970484145234987Soil organic matter (SOM) plays key roles on high productive agrosystems, further may offer an alternative to reduce soil CO 2 -C emissions and improve soil C sequestration. In Brazil, most of the Cerrado (Brazilian Savannah) were initially converted to pastures using unsustainable practices, which promoted soil degradation, soil organic carbon (SOC) stocks losses and increase in GHG emissions. Thus, the conservation land-management systems that favor the input of aboveground and belowground plant residue-C to soil may reduce the impacts caused by land-use change. Because eucalypt trees are fast-growing, they are attractive for C sequestration (aboveground and belowground) and subsequent C input to the soil. So, eucalypt plantation may sequester C in compartments with different timescales: i) Plant biomass and ii) Soil organic matter (SOM). So, this thesis aimed to study the C and N dynamics, focusing in the processes that underline CO 2 -C emissions in on eucalypt plantation since the land-use change following a pasture, until 4-years-old. We report our research in three chapters, aimed at understanding some research gaps. In the first chapter we analyzed the changes in C and N stocks, CO 2 -C and CH 4 -C fluxes in Cerrado, pasture (cultivated for 34-years following the clearing of the Cerrado) and eucalypt (cultivated for 4 years following the pasture). The soil surface CO 2 -C, CH 4 -C fluxes and also CO 2 -C concentration along the vertical soil profile were measured in different seasons (Wet and Dry) over three years. It was also determined the C and N stocks associated to the particulate organic matter (POM) and mineral-associated organic matter (MAOM). Variation in natural abundance of 13 C (δ 13 C) was used to partition the SOM in old (Cerrado- or pasture-derived) and their replacement by the new input C (eucalypt-derived). It was observed that the wet season had the strongest influence on soil surface CO 2 -C and CH 4 -C fluxes, and CO 2 -C concentration at soil depths for the different land uses. The soil under eucalypt plantation emitted ~70% more CO 2 -C than those under Cerrado and pasture after 40-months of eucalypt planting, while the pasture soil emitted more CH 4 -C to the atmosphere than those under Cerrado and eucalypt in Sep 2012, Jan 2013 and Oct 2015. The old MAOM-C losses in deep soil layers were not compensated by the new eucalypt C inputs, resulting in net soil C losses. Nevertheless, no differences were detected to POM-C and -N in the soil (0.0-1.0 m), perhaps indicating a recovery in SOM in eucalypt stands at a more advanced stand age. In the second chapter, we investigated de dynamics of CO 2 -C components in soil surface and soil profile, also tracking the influence of eucalypt root growth (especially fine roots) on these processes. Due historical use was possible partition the soil surface CO 2 -C flux and the CO 2 -C concentration in depth in CO 2 -C plant-derived and CO 2 -C soil-derived. In addition, the root priming effect was calculated. The evaluations were carried out in six seasons: 3, 7, 15, 19, 31 and 40-month-old eucalypt. After the implantation of eucalypt forests there was an increase in soil surface CO 2 -C flux along plant growth (4.33 kg ha -1 h -1 in 40 month-old eucalypt). The root growth contributes greatly to the soil surface CO 2 -C flux (correlated at p<0.01; r: 0.61) promoting the surface RPE over time (correlated at p<0.01; r: 0.63). The moisture has greater influence in the decomposition of litterfall (correlated at p<0.01; r: 0.70) and root respiration and/or rhizodeposition decomposition (correlated at p<0.01; r: 0.79). Finally, in the third chapter we accessed the biomass C storage (Leaves, branches, barks, woods, fine roots, medium roots and coarse roots) and C storage in different SOM pools (POM and MAOM) over time. Eucalypt forest at 36-months-old allocated 72.01 Mg ha -1 of C, with 41.5% being directed to the roots (29.92 Mg ha -1 of C). After 49-months of planting there were mineralization in POM-, MAOM-Cerrado and Pasture, providing an estimated N mineralization of 0.535 Mg ha -1 in the 0.0-1.0-m layer. In contrast, the root-derived C imputed to soil was more efficient in soil organic matter formation (58% higher) than the litterfall- + root-derived C imputed to soil. After 49-months of eucalypt planting the forest was not a potential sequestration of C (ΔC Soil : -2.22 Mg ha -1 ) to 0.0-1.0 m soil layer. However, studies with longer time scales are required for completeness of information about potential of CO 2 -C sequestering by eucalypt forest.Item Absorção de nitrato e amônio por gramíneas forrageiras com tolerância diferencial ao alumínio em baixa disponibilidade de fósforo(Universidade Federal de Viçosa, 2002-11-25) Souza, Carlos Henrique Eiterer de; Cantarutti, Reinaldo Bertola; http://lattes.cnpq.br/3150754055691038A atividade pecuária tem sido promissora na região de Cerrado por dispor de recursos forrageiros com ampla capacidade de adaptação a condições de estresses, como elevados teores de alumínio trocável e baixa disponibilidade de nutrientes, principalmente fósforo. Plantas adaptadas a essas condições apresentam, seguramente, maior afinidade pela absorção de nitrogênio na forma amoniacal, no entanto há evidências de elevados teores de nitrato em solos ácidos. Considerando-se que a baixa disponibilidade de fósforo compromete mais a absorção de nitrato do que a de amônio, as plantas poderão sofrer deficiência de nitrogênio em solos tropicais se ocorrer elevado teor de nitrato. Assim, o presente trabalho teve por objetivo avaliar a absorção do NO 3- e NH 4+ por gramíneas forrageiras com diferentes graus de tolerância ao alumínio, sob o efeito de elevada concentração de Al e baixa disponibilidade de P. Inicialmente foram realizados ensaios para caracterizar as gramíneas Brachiaria brizantha cv. Marandu, Brachiaria humidicola e Braquiária híbrido cv. Mulato quanto à tolerância ao alumínio. Foram avaliados também a produção de matéria seca na parte aérea e raiz e os conteúdos de Al, P, Ca e Mg no tecido vegetal. Estabeleceu-se a que de 1,3, 1,0 e 0,7 mmol.L -1 de Al na solução proporcionaram redução de 50% na produção de matéria seca na parte aérea da B. humidicola, Braquiária híbrido e B. brizantha, respectivamente, sendo definidas como concentrações críticas. Na seqüência foram realizados dois ensaios em solução nutritiva para avaliar a absorção do nitrato e amônio pela B. brizantha e B. humidicola sob o estresse de Al (concentrações citadas acima) e com ausência de P. A cinética de absorção de nitrato e amônio pelas foi descrita pela equação de Michaelis- Menten estimando-se o influxo máximo (Imax), a constante de afinidade do sistema de absorção (Km) e a concentração mínima para que haja influxo (Cmin) por meio do método gráfico-matemático. No primeiro ensaio utilizando solução nutritiva com 100 μmol.L -1 de N-NO 3- ou 100 μmol.L -1 de N-NO 3- mais 100 μmol.L -1 de N-NH 4+ utilizaram-se plantas expostas por 24 e 72h a tratamentos sem Al e às respectivas concentrações críticas de Al. No segundo ensaio as plantas foram submetidas a um período de quatro dias de omissão de P e expostas à concentração crítica de Al por 24 h. A B. humidicola apresentou de modo geral maiores valores de Imax com menores valores de Km e Cmin, sugerindo maior absorção do nitrato e amônio do que o Brachiaria brizantha cv. Marandu. A exposição das plantas à baixa disponibilidade de fósforo e elevadas concentrações de Al proporcionou maiores reduções no Imax e aumentos de Km e Cmin para o amônio e nitrato nas duas gramíneas. O aumento dos valores de Km para o nitrato quando as duas gramíneas foram submetidas às concentrações críticas de Al e, ou, baixa disponibilidade de P, sugerem redução na afinidade no sistema de absorção deste íon. O aumento no Cmin sugere que o influxo líquido pode cessar mesmo quando este íon estiver presente em altas concentrações.Item Absorção e assimilação da ureia por plantas de metabolismo fotossintético C3 e C4(Universidade Federal de Viçosa, 2015-06-30) Martins, Lucíola Ellen Calió; Cantarutti, Reinaldo Bertola; http://lattes.cnpq.br/1371139129836985Embora a ureia possa ser absorvida por certas espécies de plantas, sua eficiência de utilização se mostrou limitada e, frequentemente, tem-se reportado efeitos negativos no desenvolvimento das plantas nutridas com ureia em solução nutritiva. A assimilação da ureia difere entre as espécies porém, o suprimento de NO 3- tem sido benéfico a este processo em todas as espécies investigadas. Para verificar as hipóteses de que as plantas de soja (Glycine max L.), milho (Zea mays L.), trigo (Triticum aestivum L.), Brachiaria brizantha cv. Marandu e Panicum maximum cv. Tanzânia são capazes de absorver e assimilar a ureia e que esta assimilação é diferente entre plantas de metabolismo C3 e C4 e aumentada pelo suprimento de NO 3- , as espécies foram cultivadas em solução nutritiva contendo NH 4 NO 3 (NA), CO(NH 2 ) 2 (U), NA+U e em solução com ausência de N e aspectos fisiológicos e metabólicos foram investigados. A nutrição com ureia resultou em menor produção de matéria seca, alto conteúdo de aminoácidos, aminoaçúcares, açúcares e amido e redução da síntese de proteínas e clorofila, taxa de assimilação de CO 2 e condutância estomática das plantas. O suprimento de NA+U proporcionou o maior acúmulo de matéria seca das plantas, absorção e assimilação da ureia e atividade fotossintética. As espécies foram eficientes em absorvem a ureia e sua assimilação ocorreu nas raízes das plantas de milho, Marandu e Tanzânia e na parte vaérea das plantas de soja e trigo. As espécies C4 apresentaram maior eficiência de assimilação da ureia e a absorção e assimilação da ureia e a capacidade fotossintética das plantas foram beneficiadas pelo suprimento de NO 3- .Item Absorção e distribuição de cádmio e zinco em plantas de alface e cenoura(Universidade Federal de Viçosa, 2001-03-12) Pereira, Juliana Maria Nogueira; Fontes, Renildes Lúcio Ferreira; http://lattes.cnpq.br/0535352341664146Objetivando estudar a absorção de cádmio e zinco e respectiva distribuição em plantas de alface e cenoura, conduziu-se oito experimentos em casa de vegetação, onde as variedades comerciais de alface (Mimosa e Regina de Verão) e cenoura (Brasília e Nantes), foram submetidas a doses crescentes de cádmio (0, 0,4, 1,6, 3,2 e 9,6 mg dm -3 ) e zinco (0, 2, 6, 18 e 36 mg dm -3 ), em vaso contendo 2,5 dm 3 de amostras de um Latossolo Vermelho-amarelo, textura média. Adicionou-se corretivo (CaCO 3 :MgCO 3 , na proporção 4:1) para elevar o pH em H 2 O a 5,8 e fertilização básica com macro e micronutrientes, exceto o zinco. A alface foi coletada após 44 dias de crescimento no vaso com os tratamentos e a cenoura após 57 dias. Os tratamentos foram dispostos no delineamento em blocos ao acaso, com quatro repetições. Após análise química do material vegetal, foram determinados os teores e conteúdos de P, K, Ca, Mg, Fe, Mn, Cu, Zn e Cd na parte aérea e raiz. As produções de matéria seca (MS) da parte aérea e de raízes das variedades de alface decresceram com o aumento das doses de Cd estudadas. A produção de matéria seca total da ‘Regina de Verão’ foi maior que da ‘Mimosa’. A concentração de Cd na parte aérea das variedades de alface decresceu com o aumento das doses de Cd em magnitude semelhante. Nas raízes, contudo, o decréscimo foi maior na ‘Mimosa’. A absorção e distribuição do Cd são diferenciadas entre as variedades de alface, ocorrendo maior absorção e translocação para a parte aérea na variedade Regina de Verão. A adição de Zn não influenciou a produção de MS da parte aérea, diminuindo, contudo, a MS da raiz na ‘Regina de Verão’. Os teores de Zn encontrados na parte aérea das variedades de alface, muito maiores do que o limite considerado tóxico na maioria das culturas e a ausência de efeito prejudicial sobre a produção de MS, indicam que as duas variedades de alface estudadas são tolerantes a altas concentrações do elemento. Na cenoura não foi observado efeito do Cd e Zn sobre a produção de matéria seca da parte aérea e das raízes em nenhuma das variedades. Houve maior absorção e translocação dos elementos para a parte aérea em resposta à sua adição às amostras de solo. Quanto ao Zn, a resposta das variedades com relação à absorção e transporte do elemento para a parte aérea foi diferenciado, indicando a presença de mecanismos específicos atuando na sua absorção e transporte.Item Ácidos orgânicos e adsorção de fosfato em Latossolos(Universidade Federal de Viçosa, 2001-03-12) Andrade, Felipe Vaz; Mendonça, Eduardo de Sá; http://lattes.cnpq.br/2975343157348373Com o objetivo de avaliar a redução da intensidade do fenômeno de adsorção de fosfato em amostras de dois Latossolos, realizou-se um experimento em laboratório para verificar a eficiência da adição de ácidos orgânicos, em diferentes formas de aplicação e diferentes doses na redução desse fenômeno. O experimento seguiu um esquema fatorial 2 x 4 x 3 x 6, em que os fatores e seus níveis em estudo foram: dois solos (Latossolo Vermelho e Latossolo Vermelho Amarelo); três ácidos orgânicos (ácido cítrico - AC, ácido oxálico - AO, ácido salicílico - AS) e ácidos húmicos (AH); três formas de aplicação de ácidos orgânicos, ácidos húmicos e fosfato (KH 2 PO4): fosfato antes da aplicação do ácido orgânico ou ácidos húmicos (FAA), fosfato e ácido orgânico ou ácidos húmicos aplicados juntos (FAJ) e fosfato depois da aplicação do ácido orgânico ou ácidos húmicos (FAD); seis doses de ácidos orgânicos e de ácidos húmicos. A aplicação dos ácidos orgânicos influenciou, significativamente, as concentrações, na solução, de fósforo total (Pt), fósforoinorgânico (Pi) e fósforo orgânico (Po), bem como as concentrações de Fe e de Al para os dois solos estudados. Foi observada a seguinte ordem para o efeito dos ácidos orgânicos no sentido de reduzir a intensidade do fenômeno de adsorção de fosfato, para os dois solos estudados, de acordo com os contrastes testados: AC > AO > AH > AS. De modo geral, houve diminuição da adsorção com o aumento das doses dos ácidos orgânicos e dos ácidos húmicos, tanto para o LV como para o LVA. Com relação às formas de aplicação dos ácidos orgânicos e fosfato, observou-se efeito diferenciado para cada solo estudado, assim como para os ácidos orgânicos sobre as concentrações de Pt, Pi e Po na solução. No LV a aplicação de fosfato e ácido orgânico ou ácidos húmicos juntos foi na qual se verificou a maior influência desses ácidos na redução da adsorção de fosfato, com redução de 36,6% para o AC, 26,2%, para o AO, 10,4%, para o AH e 6,9% para o AS. No LVA, a aplicação de fosfato depois do ácido orgânico ou ácido húmico foi na qual se verificou a maior influência dos ácidos na redução da adsorção de fosfato com redução de 100% para o AC, 96,8% para o AO, 69,4% para o AH e 39,4% para o AS.Item Ácidos orgânicos e sua relação com adsorção, fluxo difusivo e disponibilidade de fósforo em solos para plantas(Universidade Federal de Viçosa, 2005-04-20) Andrade, Felipe Vaz; Mendonça, Eduardo de Sá; http://lattes.cnpq.br/2975343157348373Os ácidos orgânicos (AO) podem exercer importante papel na disponibilidade de P nos solos tropicais, que são caracterizados pelo acentuado grau de intemperismo, de natureza predominantemente oxídica, o que lhes confere grande capacidade de adsorção aniônica, promovendo baixa concentração de P na solução do solo. Esses ácidos atuam sobre a adsorção, diminuindo-a, podendo tornar este elemento mais disponível para as plantas. Entretanto, o conhecimento sobre a dinâmica desses ácidos orgânicos presentes no solo, a sua capacidade em aumentar o fluxo difusivo de P e, conseqüentemente, torná-lo mais disponível para as plantas é essencial para o entendimento do efeito dos AO na disponibilidade de P nesses solos. O presente trabalho foi conduzido com o objetivo de avaliar o efeito da adição de AO na sua mineralização e na sua adsorção ao solo, no fluxo difusivo e na disponibilidade de P em amostras de dois Latossolos com texturas distintas; assim como quantificar os diferentes compartimentos das frações de P e sua distribuição ao longo do perfil do solo, sob condições diferenciadas de aporte orgânico. Para tal, foram montados cinco experimentos, além da coleta de amostras de solos em experimento de campo sob condições diferenciadas de aporte orgânico. Para o estudo da mineralização, adicionaram-se doses crescentes de ácido acético (AA), cítrico (AC) e húmicos (AH) (0; 1; 2; 4 e 8 mmol dm -3 para AA e AC; e 0,0; 1,5; 3,0; 6,0 e 12 g kg -1 para AH) em amostras de um Latossolo Vermelho-Amarelo textura média (LVA) e um Latossolo Vermelho textura argilosa (LV). Para o estudo de adsorção adotou-se o mesmo procedimento em relação ao de mineralização, utilizando somente o AA e AC. A quantificação do C mineralizável foi realizada por meio da evolução de CO 2 e a adsorção avaliada por meio de extração dos ácidos orgânicos aplicados, com água ultrapura (Milli-Q) e solução de NaOH (25 mmol L -1 ), sendo os teores de ácidos orgânicos dosados por cromatografia de íons. Para avaliar o efeito da aplicação de ácidos orgânicos na disponibilidade de P para as plantas de milho realizou-se experimento, em casa de vegetação, adicionando-se às amostras de solo (LVA e LV), doses crescentes de ácidos orgânicos (AA, AC e AH), em diferentes épocas (aplicação do ácido orgânico antes – EPA - e junto do fósforo - EPJ) e doses (0; 0,5; 1,0; 2,0; 4,0 e 8,0 mmol dm -3 para AA e AC; e 0,0; 0,75; 1,5; 3,0; 6,0 e 12,0 g kg -1 para AH), e dose constante de P para cada solo. Para o estudo do efeito da aplicação de AO no fluxo difusivo de P, foram montados dois experimentos com câmaras de difusão. No primeiro, adicionaram-se doses crescentes de ácidos orgânicos (0; 1; 2; 4 e 8 mmol dm -3 para AA e AC; e 0,0; 1,5; 3,0; 6,0 e 12 g kg -1 para AH) e dose constante de P (350 mg dm -3 ), em amostras do LVA e LV. No segundo, adicionaram às amostras de solo (LVA e LV), dose constante de AC (4 mmol dm -3 ) e AH (6,0 g kg - ), duas fontes de P (inorgânico e orgânico), com diferentes períodos de incubação (2, 4, 6 10 e 15 dias). Em experimento de campo foram avaliados os diferentes compartimentos das frações de P e sua distribuição ao longo do perfil do solo, sob condições diferenciadas de manejo, foram coletadas amostras de um Neossolo Quartzarênico órtico onde se desenvolve sistema orgânico de produção de acerola. A coleta das amostras do solo foi realizada em áreas com prévia incorporação da adubação verde (leguminosas/gramíneas), na linha (ACAV L ) ou na entrelinha (ACAV EL ) de plantio; em áreas que não receberam adubação verde, na linha (ASAV L ) e na entrelinha (ASAV EL ) de plantio, além de área sob vegetação nativa (M), em cinco profundidades (0-5; 5-10; 10-20; 20-40 e 40-60 cm). Realizou-se o fracionamento de P proposto por Hedley et al. (1982), modificado. Os resultados indicaram que a aplicação de ácidos orgânicos aos solos promoveu aumento na evolução de CO 2 (AC>AA>AH), sendo que a capacidade de adsorção pelo solo pode constituir um importante mecanismo na redução da mineralização desses ácidos. O AC possui maior afinidade pelos sítios de adsorção dos solos em relação ao AA. Os ácidos orgânicos aplicados acarretaram aumento na disponibilidade de P para as plantas de milho, na seguinte ordem de eficiência: AH > AC > AA. A aplicação dos ácidos orgânicos antes da aplicação de fosfato ocasionou maior aumento da produção de matéria seca da parte aérea e raiz, e acúmulo de P, tanto na parte aérea e na raiz das plantas de milho. Os resultados do efeito da adição dos ácidos orgânicos no fluxo difusivo de P no solo indicaram que o aumento das doses dos ácidos orgânicos acarretou aumento no fluxo difusivo de P. A aplicação de ácidos orgânicos antes da aplicação de P acarretou maior fluxo difusivo de P comparativamente a aplicação de ácidos orgânicos junto à aplicação de P, em ambos os solos. O período de incubação influenciou o fluxo difusivo de P, ocorrendo aumento inicial no fluxo difusivo de P, seguido de seu decréscimo. A amplitude desse efeito variou conforme o solo utilizado. A aplicação de AC aumentou o fluxo difusivo de P aplicado na forma inorgânica. Os AH foram mais eficientes em aumentar o fluxo difusivo de P quando este foi aplicado na forma orgânica. Para os resultados de campo, a incorporação prévia da adubação verde exerceu influência sobre as frações de P estudadas entre as áreas de manejo orgânico, promovendo incremento no compartimento lábil de P, assim como aumento dos teores de P em profundidade. O compartimento orgânico total representou cerca de 55,79% para área M; 58,91% para ASAV L e 58,85% para ASAV EL ; 64,16% para ACAV L e 61,12% para ACAV EL .Item Ácidos orgânicos, açúcares e nutrientes em lixiviados de materiais vegetais(Universidade Federal de Viçosa, 2003-05-22) Carvalho, Guilherme Rodrigues; Jucksch, Ivo; http://lattes.cnpq.br/6654835938628623O uso de cobertura morta, em sistemas de rotação de culturas, tem ocupado áreas cada vez maiores em nossa agricultura, principalmente quando se opta por sistemas de plantio menos agressivos aos solos. Muitas discussões, que envolvem os benefícios destes resíduos vegetais no ambiente radicular, têm sido feitas, principalmente, quando se trata da entrada de nutrientes e compostos orgânicos de baixo peso molecular no sistema solo. O presente trabalho teve como objetivos identificar e quantificar estes compostos hidrossolúveis liberados após o manejo de algumas plantas, geralmente inseridas nos sistemas de cultivo, e observar a capacidade destes resíduos em melhorar algumas características químicas de um Latossolo Vermelho Amarelo distrófico. Para os ensaios, foram selecionados dez materiais vegetais, feijão-de-porco (Canavalia ensiformes), feijão-bravo-do-ceará (Canavalia brasiliensis), feijão guandu (Cajanus cajan), mucuna preta (Mucuna atterrima), crotalária (Crotalaria juncea) e milheto (Pennisectum glaucum), que forammanejadas, quando do florescimento, e sorgo (Sorghum bicolor), milho (Zea mays), soja (Glycine max) e girassol (Helianthus annuus), colhidas, quando da maturação fisiológica das sementes. Amostras destes materiais, após secas e moídas, foram dispostas em funis de vidro, sendo procedidas dez lavagens com água ultrapura, num período de 45 dias. Estes lixiviados foram analisados química e cromatograficamente, observando teores de nutrientes e presença de compostos orgânicos. Constatou-se muita liberação de nutrientes e compostos orgânicos nas primeiras lixiviações, e, nas demais, detectadas, apenas, pouca quantidade de nutrientes. Dentre os materiais estudados, sorgo e girassol apresentaram as maiores liberações de ácidos orgânicos, e sorgo e feijão-de-porco, as maiores de açúcares. A presença de açúcares nos lixiviados foi uma constatação nova e, nas quantidades existentes, certamente atua no processo de movimentação de íons no perfil de solos, direta ou indiretamente. Para o ensaio com solo, foi selecionado material de feijão guandu, aplicado superficialmente às colunas com solo, na presença e ausência de calagem. Foram procedidas lixiviações por 50 dias, sendo os lixiviados coletados e analisados. O efeito dos tratamentos pode ser verificado após a terceira lixiviação, em que, na presença de resíduos vegetais, foram observados teores mais elevados de nutrientes nos lixiviados. Estes mesmos tratamentos apresentaram concentrações muito baixas de ácidos e açúcares, cujas substâncias não estavam presentes no controle. O método cromatográfico empregado, apesar de trabalhoso, mostrou-se eficiente em detectar compostos orgânicos em lixiviados de plantas e de colunas de solo. Este último, somente em baixa concentração salina.Item Adsorção de arsênio (V) em matrizes minerais: síntese, capacidade máxima individual e planejamento de misturas ternárias para otimização do processo(Universidade Federal de Viçosa, 2016-04-18) Dias, Adriana Cristina; Fontes, Maurício Paulo Ferreira; http://lattes.cnpq.br/4428428988156685O arsênio é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o segundo contaminante mais importante em matéria de saúde pública global, atrás, somente, da contaminação microbiológica da água (WHO, 2001). Segundo a OMS, a concentração de arsênio em água potável não deve exceder 10 μg L -1 , já que a principal via de contaminação por arsênio é a ingestão de água contaminada. Embora os minerais e os compostos de arsênio sejam solúveis, sua mobilidade pode ser condicionada pela adsorção do elemento por óxidos e hidróxidos de ferro e alumínio, dentre outros. O objetivo deste trabalho foi estudar a adsorção de arsênio utilizando matrizes minerais sintéticas. Os óxidos de ferro (ferridrita 2-linhas, hematita e goethita) foram sintetizados de acordo com a metodologia de SCHWERTMANN & CORNELL (2008). Para a síntese do hidróxido de alumínio mal cristalizado foi utilizada metodologia desenvolvida por FONTES & DIAS (2016). Hidrotalcita foi sintetizada seguindo-se recomendações de REICHLE (1986). A hidrotalcita sintetizada foi calcinada conforme descrito em TOLEDO, et al. (2011). A capacidade máxima de adsorção de arsênio (V) pelas matrizes minerais foi determinada a partir de ensaios de adsorção e ajuste dos dados à isoterma de Langmuir. Conhecidas as capacidades máximas de adsorção de arsênio em cada matriz mineral, três destas(hidróxido de alumínio mal cristalizado, hidrotalcita calcinada e ferridrita 2-linhas), foram utilizadas em experimentos de adsorção, segundo planejamento experimental simplex-centroide. Além da determinação da capacidade máxima de adsorção de arsênio (V) pelas matrizes minerais, os níveis de arsênio (V) remanescentes na solução de equilíbrio foram avaliados, a fim de se determinar qual(s) matriz (s) individual (s) e/ou misturas entre os minerais são mais eficientes na remoção do contaminante das soluções aquosas, em função da concentração inicial de arsênio (V).Item Adsorção de arsênio: seleção de classes de solos mineiros indicadas para utilização como barreira geoquímica na imobilização deste elemento(Universidade Federal de Viçosa, 2009-07-27) Almeida, Cecília Calhau; Ker, João Carlos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763842Z5; Mello, Jaime Wilson Vargas de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4789445D2; Fontes, Maurício Paulo Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721443T4; http://lattes.cnpq.br/0501171317757667; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Fontes, Renildes Lúcio Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781182P3; Silva, Juscimar da; http://lattes.cnpq.br/1823571141094864A água é considerada um recurso natural de importância estratégica para o homem no futuro. Reconhece-se que a manutenção da qualidade das reservas naturais de água e seu fornecimento, de maneira segura, para o desenvolvimento das atividades humanas é o grande desafio da humanidade nos próximos anos. Um dos problemas que se somam à escassez de água em certas regiões é a contaminação de corpos d’água, o que tem comprometido o fornecimento de água potável em vários locais do mundo. Dentre os possíveis contaminantes, o arsênio (As) é um dos mais problemáticos, sendo considerado, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o segundo mais importante em matéria de saúde pública global, atrás, somente, da contaminação microbiológica da água. O potencial toxicológico do As é conhecido há centenas de anos, mas somente nas últimas décadas, após a melhoria na capacidade de detecção analítica de elementos em solução, foi que a relação entre concentrações muito baixas de As e alguns tipos de câncer pôde ser melhor evidenciada. Sabe-se que, mesmo em concentrações da ordem de alguns μg/L, a ingestão de As afeta seriamente a saúde quando associada a períodos prolongados de exposição. A ocorrência do As em águas superficiais e subterrâneas depende da fonte desse elemento, da quantidade disponível e do ambiente geoquímico local. A mobilidade do As no ambiente depende, grande parte, das características do ambiente geoquímico, principalmente, das condições de pH e potencial redox (Eh), e dos equilíbrios de adsorção e dessorção, estes, controlados pelas matrizes mineral e orgânica dos solos. Em Minas Gerais predominam solos mais intemperizados do tipo Latossolos e Argissolos, que tem em sua constituição mineralógica predominantemente caulinita e óxidos de Fe e Al, esses últimos tidos na literatura como bons adsorvedores de arsênio. Para o estudo, foram coletadas amostras dos horizontes A e B de perfis representativos das classes dominantes de solos do Estado de Minas Gerais, preferencialmente, nas profundidades de 0 a 20 e de 50 a 70 cm, e caracterizados física, química e mineralogicamente de forma a correlacionar essas propriedades com a capacidade de adsorção de arsênio nesses solos. O experimento de adsorção foi conduzido utilizando soluções de NaNO3 0,001 mol/L contendo Na2HAsO4.7H2O nas doses: 0; 0,08; 0,16; 0,24; 0,40,0,56; 0,72; 0,88; 1,12; 1,36 e 1,60 mmol/L de As(V), com pH ajustado para 5,5 e o ajuste dos dados ás isotermas de Langmuir e Freundlich, sendo que os maiores coeficientes de correlação foram obtidos no primeiro modelo. No processo de adsorção de arsênio, uma das características que mais interferem na capacidade do solo em atuar como superfície adsorvente para este elemento é a textura do solo, em função do aumento ou diminuição de sua superfície específica. Em relação aos Latossolos, os Argissolos, de um modo geral, apresentaram granulometria mais grosseira e mineralogia mais caulinítica e/ou micácea do que os Latossolos. Os menores teores de argila e maiores teores de matéria orgânica conferem menor capacidade máxima de adsorção de arsênio (CMAAs) em relação ao horizonte subsuperficial desses mesmos solos. Os Latossolos, dentre as classes de solos estudadas, foram os que apresentaram maior CMAAs, seguido dos Argissolos, Cambissolos e, por último, o Neossolo Quartzarênico. A maior CMAAs foi do horizonte Bw de amostra de Latossolo Vermelho Distrófico (3,6 mg/g de As). Teores elevados de argila interferiram de forma marcante na CMAAs, além da mineralogia das amostras, sendo, de modo geral, evidenciada a presença de picos indicativos de goethita e hematita nos difratogramas representativos da fração argila dos solos que apresentaram maior CMAAs, bem como teores elevados de gibbsita obtidos por meio de Análise Termogravimétrica. É possível afirmar que, apesar de mineralogicamente os horizontes A e Bw não diferirem, fatores como: menor teor de C orgânico, a profundidade e estrutura farão com que o horizonte diagnóstico subsuperficial atue mais satisfatoriamente como barreira geoquímica na imobilização de As. Para tanto, o monitoramento é necessário, bem como novos estudos envolvendo o comportamento do arsênio no solo e que possam complementar os resultados encontrados neste trabalho.Item Adsorção e dessorção de arsênio em solos e substratos de mineração de ouro e práticas de mitigação de drenagem ácida em colunas de lixiviação(Universidade Federal de Viçosa, 2002-12-20) Ribeiro Júnior, Emerson Silva; Dias, Luiz Eduardo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788182U8; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723716E1; Mello, Jaime Wilson Vargas de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4789445D2; Pompéia, Sergio Luiz; Fontes, Maurício Paulo Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721443T4; Abrahão, Walter Antônio Pereira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798343H6Esse trabalho foi desenvolvido em duas partes. A primeira parte teve como objetivos: adaptar metodologias que pudessem auxiliar na compreensão da dinâmica de As em solos e substratos; avaliar a adsorção e dessorção de As em diferentes solos e substratos da região de Paracatu MG; e obter, para esses mesmos solos e substratos, um valor máximo de As disponível letal para a planta de sorgo. A segunda parte teve como objetivo avaliar o efeito do uso de diferentes camadas selantes e da formação de barreira geoquímica como práticas mitigadoras de drenagem ácida em amostras de um substrato sulfetado de mineração de ouro provenientes de Paracatu MG. Para os diferentes estudos, amostras de três solos foram coletadas, secas ao ar e peneiradas (2mm): um Latossolo Vermelho Amarelo de João Pinheiro (JP); um Latossolo Vermelho (LAT) e um Cambissolo (LIT) de Paracatu. Foram coletadas também amostras de dois substratos (minérios) sulfetados (B1- bastante intemperizado e B2 pouco intemperizado) dos quais se extraem o ouro. Após caracterização física e química, avaliou-se a capacidade de adsorção de P e As (CMAP e CMAAs) dos diferentes materiais. Avaliou-se também a disponibilidade de As dos solos e substratos após a aplicação de doses crescentes de As nos materiais, usando Mehlich III e resina de troca aniônica. A adaptação de metodologias foi satisfatória para o estudo de As em solos e substrato. O extrator Mehlich III mostrou-se adequado na determinação do As disponível, sendo inclusive sensível a capacidade tampão dos solos. A resina também se revelou uma alternativa promissora. A CMAAs variou entre solos e também entre substratos, variando de 1,5778 até 0,7453 mg/cm3. Foi baixa para o substrato B1 (0,1453 mg/cm3) e não foi possível determiná-la no B2. A CMAAs foi sempre maior que a CMAP; no entanto, o valor de a que representa a energia de ligação, mostrou-se sempre menor para o As que a energia de ligação do P nos solos estudados. Este fato refletiu em maior dessorção de As quando da utilização do Mehlich III como extrator, o que evidencia a maior labilidade de As em relação ao P. Utilizando-se Mehlich III como extrator foi possível determinar os teores máximos de As que aplicados aos solos conduziram as plantas de sorgo à morte após 30 dias. Os teores variaram de 0,52 mg/cm3 para o LAT a 0,24 e 0,12 mg/cm3 para o LIT e JP respectivamente. Foi possível determinar o teor capaz de reduzir em 50 % do crescimento das plantas (TC(50)) que mostrou-se uma boa referência de toxicidade de As disponível. Os valores variaram de 1,34 mg/dm3 para o LAT a 5,05 e 12,31 mg/dm3 para o LIT e JP respectivamente. Na segunda parte foi montado um experimento em colunas de lixiviação (tratamentos) contendo uma camada de cobertura, uma camada intermediária denominada camada selante e uma última camada contendo o minério B2 rico em sulfetos. Os tratamentos constituíram-se de diferentes camadas selantes formadas pela compactação do substrato B1, adensamento do solo LAT pela aplicação de NaOH ou CaCO3 e adensamento do solo JP pela aplicação de ácido oxálico. Foi montado um tratamento adicional, com a adição de KCl no topo do substrato B2 visando a formação de uma barreira geoquímica pela síntese de jarosita. Lixiviações mensais foram realizadas, determinando-se no lixiviado as quantidades de Fe, S e As, bem como os valores de pH e condutividade elétrica. Avaliou-se ainda os teores de K no tratamento que recebeu KCl e no tratamento testemunha. O uso do substrato B1 compactado como camada selante mostrou-se viável, pois apresentou redução significativa nos teores de Fe, S e As no lixiviado com aumento de pH e redução na condutividade elétrica. No entanto, o uso do mesmo substrato como camada de cobertura apresenta restrições, devido aos altos teores de As disponíveis que este material apresenta. O uso de barreira geoquímica foi eficiente, para diminuir a mobilização de As, Fe e S. Observou-se problemas de ascensão de K ao longo da coluna. Como a camada selante utilizada neste tratamento pareceu inadequada para limitar a oxidação dos minerais sulfetados, a associação da técnica de aplicação de K com alguma outra camada selante mais eficiente, seria indicado. Por avaliação indireta sugere-se a síntese de jarosita. Embora o raio X não tenha detectado, vários resultados sugerem, indiretamente, a síntese de jarosita neste tratamento. O uso de ácido oxálico foi eficiente, para induzir o adensamento e formação da camada selante, aumentando em cerca de 20 % a densidade do solo. Este tratamento parece apresentar como vantagem adicional a capacidade de complexação e retirada do As da solução do solo. Embora a utilização de hidróxido de sódio e carbonato de cálcio tenha aumentado o adensamento da camada usada como selante, este adensamento não foi suficiente para minimizar o processo de geração de drenagem ácida. Os resultados mostraram que uma camada selante ineficiente deve ser preterida à sua ausência. Camadas selantes ineficientes apenas mantêm a umidade no sistema, favorecendo o processo de oxidação dos minerais sulfetados.Item Adsorção e dessorção de Cd, Cr, Ni e Pb em solos saturados na capacidade máxima de adsorção destes metais pesados(Universidade Federal de Viçosa, 2009-07-23) Xavier, Bruno Toribio de Lima; Fernandes, Raphael Bragança Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728400J8; Nascimento, Clístenes Williams Araújo do; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766893P6; Fontes, Maurício Paulo Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721443T4; http://lattes.cnpq.br/3897182455265537; Ker, João Carlos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763842Z5; Fontes, Renildes Lúcio Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781182P3; Silva, Juscimar da; http://lattes.cnpq.br/1823571141094864; Cantarutti, Reinaldo Bertola; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780430A1A poluição do ambiente e em especial do compartimento solo tem se configurado como um grande problema socioambiental, principalmente quando se refere à acumulação de determinados elementos químicos no solo. Identificar os mecanismos de adsorção, se o processo tende a ser mais específico ou eletrostático, ou até mesmo o comportamento de determinado metal quando outro já se encontra previamente adsorvido pode contribuir para o desenvolvimento de técnicas capazes de minimizar problemas ambientais causados pela disposição de resíduos ricos em metais pesados sobre o solo anteriormente. Os solos selecionados para este estudo pertencem às classes predominantes do Estado de Minas Gerais, quais sejam: Latossolos, Argissolos, Cambissolos e Neossolos. Dentro das classes buscou-se trabalhar com horizontes A e B, que apresentassem características contrastantes em termos químicos e físicos. Amostras dos solos receberam doses equivalentes as capacidades máximas de adsorção (CMA) de Cd, Cr, Ni e Pb e foram mantidas incubadas por 30 dias. Os mesmos foram adicionados individualmente em cada amostra em quantidades equivalentes a 0; 0,5; 1 e 1,5 vezes a CMA que foi anteriormente determinada para cada metal e solo estudado. Solos incubados com doses equivalentes a CMA dos metais pesados Cd, Cr, Ni e Pb e que receberam posteriormente as maiores doses destes mesmos metais apresentaram comportamento semelhante quando se analisa a adsorção nas diferentes doses crescentes adicionadas. Não houve correlação entre os valores adsorvidos dos metais pesados Cd, Cr, Ni e Pb, em solos incubados com a CMA destes mesmos metais, com as classes de solos. Os metais pesados Cr e Pb foram os que dessorveram maiores quantidades de metais previamente incubados nos solos estudados, sendo também os mais fortemente adsorvidos na mesma situação.Item Adsorção e disponibilidade de arsênio em solos com diferentes composições mineralógicas(Universidade Federal de Viçosa, 2010-02-03) Assis, Igor Rodrigues de; Fernandes, Raphael Bragança Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728400J8; Abrahão, Walter Antônio Pereira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798343H6; Dias, Luiz Eduardo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788182U8; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4778546P9; Euclydes, Rosane Maria de Aguiar; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786094T9; Silva, Juscimar da; http://lattes.cnpq.br/1823571141094864A presença de metais pesados e metalóides tóxicos nas diferentes esferas (ar, água, solo, etc.) tem causado constante preocupação no âmbito da saúde pública e ambiental. O arsênio (As) é um metalóide com grande potencial de toxicidade e seu teor médio global em solos não contaminados é de 5 a 6 mg kg-1. No entanto, características físicas, químicas e mineralógicas do solo governam sua mobilidade e transferência para a cadeia trófica. O objetivo deste trabalho foi caracterizar a adsorção de As e avaliar diferentes extratores químicos quanto à capacidade de predizer a disponibilidade de As em solos com diferentes composições mineralógicas. Foram selecionados cinco solos, sendo três Latossolos, um Argissolo e um Cambissolo. Estes solos, com textura variando de argilosa a muito argilosa, receberam aplicação de cinco doses de As que variaram de 0 a 1.060 mg dm-3. As doses aplicadas foram equivalentes a 0; 0,05; 0,1; 0,2 e 0,4 vezes a capacidade máxima de adsorção de As (CMAAs). Os solos foram cultivados com Sorgo (Sorghum bicolor) e Crotalária (Crotalaria spectabilis). Estas espécies foram selecionadas buscando-se contrastar espécie sensível com espécie tolerante ao As, sendo o sorgo tolerante e a crotalária sensível. A disponibilidade de As no solo foi avaliada por meio de cinco extratores químicos: Mehlich 1, Mehlich 3, Ca(H2PO4)2 (7,43 mmol L-1 de Ca(H2PO4)2 em ácido acético), DTPA e resina trocadora de ânions (AR 103-QDP). Amostras da fração argila de cada solo foram submetidas à análise de difração de Raios-X e análise termogravimétrica (ATG), possibilitando, juntamente com os dados da caracterização química, estimar a composição mineralógica dos solos. A capacidade máxima de adsorção de arsênio (CMAAs) foi estimada com auxílio das isotermas de Langmuir. Antes do cultivo foi realizada correção do pH e aplicado As na forma de As2O3, devidamente preparado para se obter As exclusivamente de valência +5. Após um período de três meses de cultivo foi coletado todo o material vegetal existente em cada vaso (raiz, caule e folha) para determinação de biomassa produzida e dos teores de As (ICP-OES). Os solos apresentaram grande variação na proporção de argila, refletindo na CMAAs, que variou de 1,21 a 2,65 g kg-1, com valores superiores para os Latossolos. Houve também grande variação nas quantidades de hematita (Hm), goethita (Gt), gibbsita (Gb) e caulinita (Ct). A CMAAs correlacionou-se significativamente com as quantidades de Gb e Ct, sendo positiva para o primeiro mineral e negativa para o segundo. Os minerais Hm e Gt, isoladamente, não apresentaram correlação significativa, mas a soma destes minerais apresentou a melhor correlação com a CMAAs. No entanto, o atributo do solo que melhor prediz a CMAAs foi o Fe extraído por ditionito-citrato-bicarbonato. Na avaliação dos extratores químicos para estimativa do As biodisponível, foi verificada correlação significativa entre o teor disponível pelos diferentes extratores e o conteúdo de As apenas para as plantas de sorgo. Para esta espécie, todos os extratores químicos apresentaram correlação significativa, sendo o maior coeficiente de correlação obtido com Ca(H2PO4)2 e o menor com a resina. No entanto, o teor disponível de As pelos extratores DTPA e resina foram próximos a zero mesmo nas maiores doses de As aplicado, onde foram observados conteúdos expressivos de As na planta. Portanto, estes extratores não apresentaram capacidade preditiva da biodisponibilidade de As nos solos estudados. Ajustando as equações de regressão do teor disponível em função das doses aplicadas foi possível observar maior sensibilidade às diferenças químicas, físicas e mineralógicas dos solos pelo extrator Ca(H2PO4)2, possuindo portanto maior sensibilidade à capacidade tampão de arsenato dos solos. Assim, a capacidade preditiva da disponibilidade de As nos solos estudados segue a seguinte ordem decrescente: Ca(H2PO4)2 > Mehlich 3 > Mehlich 1. O teor total de As no solo que condicionou a redução de 50 % da produção de biomasssa (T50) foi em média igual a 420 mg dm-3 para a crotalária e 634 mg dm-3 para o sorgo. Estes valores equivalem ao teor disponível pelo extrator Ca(H2PO4)2 de 29,05 e 51,27 mg dm-3 para a crotalária e o sorgo, respectivamente. Portanto, o teor disponível de As que leva a redução de 50 % da biomassa produzida representa aproximadamente 7,5 % do As total do solo. Isto mostra que a utilização de teores totais, adotado pela legislação brasileira, é bastante conservadora, prezando pelo princípio da precaução.Item Adsorção individual de Cd, Cr, Cu e Pb em solos da bacia sedimentar Amazônica(Universidade Federal de Viçosa, 2016-07-08) Mendes, Izabela Aparecida da Silva; Fontes, Maurício Paulo Ferreira; http://lattes.cnpq.br/5715109136155230O solo, a depender de suas características físicas, químicas e mineralógicas, pode apresentar uma elevada capacidade de reter íons e moléculas e pode assim funcionar como um excelente meio para adsorver metais pesados. No bioma Amazônia encontra-se a maior floresta tropical do mundo, e o solo é um dos responsáveis pela sustentação da vegetação nessa região. A interação solo-vegetação nesta região confere comportamento diferente de outros solos do Brasil. Entende-se que estudos de adsorção de metais pesados em solos do Amazonas contribuirão para a compreensão do comportamento destes elementos naqueles solos. Parte-se do pressuposto que solos mais oxídicos e de textura mais argilosa, ricos em minerais 1:1, apresentarão grande capacidade para adsorver metais pesados, enquanto que a adsorção destes metais será menor em solos ricos em minerais 2:1. Assim, o presente trabalho tem como objetivos: conduzir ensaios de adsorção individual para os metais pesados Cd, Cr, Cu e Pb em solos representativos da bacia sedimentar Amazônica com composições mineralógicas distintas; avaliar o comportamento individual dos metais pesados frente aos solos estudados; avaliar qual dos modelos de isotermas de Langmuir e Freundlich melhor descreve a adsorção de metais pesados nos solos estudados; determinar a capacidade máxima de adsorção (CMA) dos metais pesados nos solos e; identificar a relação entre os parâmetros das isotermas e os atributos dos solos. Os pontos de amostragem foram selecionados de acordo com a representatividade e distribuição dos solos na bacia sedimentar Amazônica, sendo as amostras coletadas em áreas não antropizadas. As classes de solo Latossolo Amarelo; Argissolo Amarelo; Neossolo Quartzarênico Hidromórfico; Neossolo Quartzarênico Órtico; Neossolo Flúvico; Gleissolo; Terra Preta de Índio; Plintossolo e Espodossolo. Os ensaios de adsorção foram baseados no princípio de que quantidades conhecidas de solo e de soluto em solução são colocadas em contato sob agitação até que o sistema alcance o equilíbrio. A concentração dos metais em solução, após o equilíbrio, foi realizada por Espectrofotometro de Absorção Atômica. Os dados foram ajustados aos modelos de regressão não linear de Langmuir e Freundlich, de forma a obter os parâmetros, CMA, EL, Kf e n, relacionados aos fenômenos de adsorção. No estudo de correlação linear foram relacionados os parâmetros de adsorção obtidos e alguns atributos do solo, para verificar quais dentre esses atributos melhor se relacionam com o fenômeno de adsorção para os solos estudados. O grau de ajuste obtido pelas equações de Langmuir e Freundlich foi semelhante, para os elementos e para os solos, com valores de R2, em torno de 0,96. A isoterma do tipo L foi predominante para todos os metais e solos analisados, no entanto foram obtidas isotermas do tipo H para adsorção de Cd e Pb na amostra Terra Preta de Índio (A1). Todos os metais apresentaram correlação negativa entre a CMA e a fração areia do solo, para o grupo I. Cd, Cr, Cu e Pb também apresentaram correlação positiva entre EL, CMA e Kf com CTCef, P, Fed e Feo. A diversidade de características físicas, químicas e mineralógicas encontrada nos solos da bacia sedimentar Amazônica resultou na diferenciação quanto à capacidade máxima de adsorção de Cd, Cr, Cu e Pb. Os atributos do solo atuam favorecendo ou não a maior ou menor adsorção de metais, e isto controla a disponibilidade dos metais no meio. Assim, é imprescindível conhecer a dinâmica dos metais no solo, de forma a prever os riscos ambientais, com uso agrário ou industrial.Item Adubação com macro e micronutrientes ajustada à demanda nutricional da violeta africana(Universidade Federal de Viçosa, 2011-02-25) Santos, Glaucio Leboso Alemparte Abrantes dos; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Martinez, Hermínia Emília Prieto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788276P4; Venegas, Victor Hugo Alvarez; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727865T0; http://lattes.cnpq.br/1812653030061424; Rocha, Genelício Crusoé; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796777Y9; Mattiello, Edson Marcio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762958P3; Leite, Roberto de Aquino; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785893P8A violeta africana (Saintpaulia ionantha Wendl) é uma espécie ornamental muito apreciada. No entanto, porque a adubação e a nutrição dessa espécie são baseadas apenas na experiência de produtores e dos fabricantes de fertilizantes, as indicações de adubação são controversas, e formulações químicas N-P-K de outras culturas são indicadas. Ocorre, ainda, que não há informações sobre adubação com micronutrientes. No momento, porém, a empresa B&G Flores está a lançar experimentalmente uma formulação específica para violetas. Assim, o objetivo deste trabalho foi desenvolver uma formulação mineral de macro e micronutrientes que atenda à demanda nutricional da violeta africana. Para este estudo foi conduzido um experimento que consistiu na obtenção da produção de matéria seca, de teores e conteúdos de macro e micronutrientes, em plantas de três variedades de violetas (Azul Az, Rosa Rs e Vermelha Vr), com duas adubações e ao longo do tempo (oito épocas distintas de colheita com intervalo de três semanas). Dessa maneira houve um fatorial 3x2x8, obtendo-se 48 tratamentos. As duas adubações foram: 1/4 da dose recomendada por aplicação do fertilizante B&G Violeta [0,75 g/L e 100 mL/UE (Unidade Experimental), dando 62,5 mg/dm³/aplicação] e a dose recomendada por aplicação do fertilizante B&G Violetas (3 g/L e 100 mL/UE, dando 250 mg/dm³/aplicação). A Unidade Experimental (UE) foi formada por três vasos contendo uma planta por vaso. Os tratamentos foram dispostos em blocos casualizados com quatro repetições. As adubações eram aplicadas a cada 10 e 11 d e a cada 21 d as UE do tratamento em questão eram colhidas. No momento da aquisição das mudas, realizou-se a primeira coleta, correspondente à época 0 d. Tanto a adubação como a irrigação eram aplicadas nos pratos plásticos que permaneceram sob as UE. Na coleta das UE, as plantas eram retiradas dos vasos, lavadas e divididas por órgão vegetal (raízes, região meristemática, folha e flor). Os órgãos vegetais coletados foram secos em estufa de circulação forçada de ar a 70ºC até peso constante para obtenção da matéria seca, moídos e submetidos à digestão nítrico-perclórica para a determinação de macro e micronutrientes. Os teores de P, K, Ca, Mg, S, Fe, Zn, Mn, B, Cu e Mo foram determinados por espectrometria de emissão ótica em plasma induzido (ICP-OES) e o teor de N foi determinado pelo método Kjeldahl. A partir do teor do nutriente (TNu) e da produção de matéria seca de cada órgão vegetal (MSO) da planta, foi obtido o conteúdo do nutriente por órgão vegetal (CNu= TNux MSO) e, com seu somatório, o conteúdo total do nutriente na planta (CNuTotal= CNu Raiz + CNu Meristema + CNu Folha + CNu Inflorescência). Ajustaram-se regressões de produção de matéria seca e dos conteúdos de nutrientes em função do tempo, para que fossem determinadas a proporção e a demanda dos nutrientes ao longo do crescimento das violetas. Por meio da divisão da demanda nutricional (Dnu= demanda nutricional gerada pelos modelos ajustados para as regressões) pela taxa de recuperação do nutriente pela planta (TRNu = DNu / QNu;QNu= Quantidade do nutriente adicionada via adubação mais o suprimento nutricional do substrato), chegou-se ao requerimento do nutriente pela planta (RNu = DNu / TRNu). Foram realizados, para os conteúdos, contrastes entre as variedades de violeta: AzvsRs + VreRsvsVr. Dentro de cada variedade foi realizado o seguinte contraste: dose 62,5vs250 mg/dm³/aplicação do fertilizante B&G Violeta. Por meio dos contrastes, verificou-se que Rs produziu mais matéria seca por planta que Vr e que Az produziu menos matéria seca por planta que Rs e Vr. Esse cenário repetiu-se para conteúdo de N, P, S, K, Ca, Mg, B, Mo e Fe. A dose 62,5 mg/dm³/aplicação proporcionou maior produção de matéria seca por planta que a dose 250mg/dm³/aplicação em Az e Rs (e também na variedade Vr, porém não significativo), evidenciando que a dose menor foi adequada para proporcionar o crescimento das plantas e a dose 250 mg/dm³/aplicação foi excessiva. Consideraram-se apenas as curvas de demanda da variedade Rosa, na dose 62,5 mg/dm³/aplicação, para a estimativa das proporções entre os nutrientes do adubo suprimento nutricional. Foi estimada a formulação do adubo suprimento nutricional para violetas africanas na seguinte proporção: 10 % de N; 4,82 % de P; 4,41 % de S; 18,02 % de K; 15,32 % de Ca; 16,79 % de Mg; 0,082 % de B; 0,002 % de Mo; 0,589 % de Zn; 3,979 % de Fe; 2,021 % de Mn e 0,047 % de Cu.Item Adubação nitrogenada com ureia de liberação controlada na semeadura do milho(Universidade Federal de Viçosa, 2013-06-21) Oliveira, Josimar Rodrigues; Mattiello, Edson Marcio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762958P3; Cantarutti, Reinaldo Bertola; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780430A1; http://lattes.cnpq.br/2236325729416329; Assis, Igor Rodrigues de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4778546P9; Vieira, Rogério Faria; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780045J0As perdas de nitrogênio por volatilização, lixiviação e desnitrificação impulsionam as pesquisas por novos fertilizantes que liberem os nutrientes de modo sincronizado com a demanda das culturas. Na literatura ainda são poucos os trabalhos científicos realizados com esses fertilizantes para avaliar sua eficiência técnica e econômica em relação às fontes tradicionais. Nosso objetivo foi: i) avaliar os efeitos tóxicos da ureia de liberação controlada sobre a germinação e crescimento inicial do milho em solo de texturas distintas e ii) avaliar a possibilidade de aplicar a dose integral de nitrogênio com ureia de liberação controlada no sulco de plantio do milho. Para isso, foram desenvolvidos dois experimentos. O primeiro foi realizado em casa de vegetação, utilizando a combinação fatorial de dois solos (argiloso e franco-arenoso), dez fertilizantes (ureia convencional, sulfato de amônio, nitrato de amônio, nitrato duplo de sódio e potássio, ureia revestida com ácido bórico e sulfato de cobre, ureia revestida com enxofre, três formas de ureia revestida por enxofre e polímero e uma ureia revestida somente com polímero) e quatro doses de nitrogênio (20, 60, 120 e 240 kg ha-1). Nesse estudo foi verificado que os sintomas de toxidez pela aplicação de altas doses de N podem ser causados pela liberação de amônia (NH3) na atmosfera do solo e uma possível absorção excessiva de amônio (NH4 +), que é mais prejudicial do que o aumento da salinidade proporcionado pelo fertilizante. Os sintomas de toxidez são mais acentuados em solo franco-arenoso, causando a estagnação do crescimento e morte de plântulas após a emergência. As formas de ureia revestida com enxofre ou cobre e boro, assim como a ureia revestida com enxofre e polímeros ou apenas com polímeros não possibilitam a aplicação de elevadas doses de nitrogênio no plantio. No segundo estudo, realizado em campo os tratamentos foram formados pela combinação de sete formas de ureia, duas doses de nitrogênio (120 e 240 kg ha-1) e dois modos de aplicação (cobertura ou dose completa no sulco). As formas de ureia utilizadas foram às mesmas aplicadas no primeiro experimento. Não houve redução na germinação, crescimento e desenvolvimento das plantas de milho. Não foi observado diferença de resposta entre as formas de ureia de liberação controlada e a ureia perolada convencional.