Patrimônio Cultural, Paisagens e Cidadania

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    Velho lar, novo lar: memórias menonitas na paisagem e no museu da Colônia Witmarsum
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-07-10) Hamm, Suelen Cristine; Civale, Leonardo; http://lattes.cnpq.br/6403686805227375
    Esta pesquisa se propõe a verificar como a Colônia Witmarsum e o seu museu expressam aquilo que os menonitas entendem ser a sua identidade. Este conceito será apresentado a partir de um olhar crítico sobre a narrativa que eles contam de sua saga, ou seja, a sua memória desde a Europa até o Brasil. Tal grupo foi formado no Séc. XVI, na Holanda, liderado por Menno Simons. Ele participou do movimento anabatista, uma parte radical da Reforma Protestante que se opôs tanto aos católicos quanto a outros reformadores. Os imigrantes menonitas passaram a compor a diversidade cultural brasileira a partir do ano de 1930. Uma parte descendente deste grupo fundou a Colônia Witmarsum no município de Palmeiras, no Paraná. Tanto a Colônia, como paisagem cultural, quanto o museu, como espaço arquitetônico, carregam um valor simbólico desta identidade que está em constante transformação. Considerando-se o valor atribuído ao museu (Heimatmuseum) pela comunidade e o desejo expresso pelo grupo de preservá-lo, é apresentado um estudo inicial quanto à proposta de restauro e do projeto museológico para o museu da Colônia Witmarsum.
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    A paisagem que vejo e construo: a aplicação da aula-passeio freinetiana como práxis da Educação Patrimonial em uma escola da cidade de João Monlevade – MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-08-06) Pereira, Joel dos Santos; Araújo, Patrícia Vargas Lopes de; http://lattes.cnpq.br/6857085860645112
    Essa pesquisa, realizada com alunos do 7o ano do Ensino Fundamental do Centro Tecnológico Dr. Joseph Hein (CENTEC), aliou-se ao ensino de Geografia e à pedagogia de Celestin Freinet, propondo uma prática de Educação Patrimonial com a paisagem da cidade de João Monlevade – MG. Considerando a paisagem como a materialização das relações entre o homem e o espaço em que ele vive e refletindo sobre usos do patrimônio, da memória e da história, os estudantes puderam ressignificar o passado através das marcas pretéritas existentes na paisagem do presente. A metodologia utilizada para atingir os propósitos dessa pesquisa foi a aula-passeio, que além de se apresentar como uma prática prazerosa na relação de ensino-aprendizagem, possibilitou a descoberta e a valorização dos patrimônios culturais que marcam a paisagem monlevadense. A inserção dos alunos na própria cidade, explorando suas memórias, discutindo identidades e traduzindo conceitos, se configurou em uma experiência de Educação Patrimonial que se baseou em discussões teórico-metodológicas, mas que culminaram com a realização de aulas práticas. A partir dessa estratégia educativa, elaborou-se um Caderno de Orientações e Sugestões, que poderá ser utilizado por diversos educadores, como alternativa para realizar a Educação Patrimonial no espaço cotidiano dos alunos.
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    À sombra da Luz. Patrimônio e usos da memória na paisagem urbana no centro de São Paulo
    (Universidade Federal de Viçosa, 2017-08-25) Nunes, Luna Brum; Civale, Leonardo; http://lattes.cnpq.br/7608161626249176
    A cidade de São Paulo acompanhou uma tendência mundial que se desenhou a partir das últimas décadas do século XX. Assim como outras cidades no mundo, vem passando por projetos de revalorização urbana de algumas regiões, principalmente nos chamados centros históricos. Em todas as propostas ressalta-se primeiramente a característica de “degradação” associada a sujeira, poluição, presença de população de baixo poder aquisitivo que no geral, são transeuntes, trabalhadores ambulantes e moradores. No caso da região da Luz, vários projetos surgiram desde os anos 1970, que ao identificar essa região como um espaço deteriorado também reconheceu suas potencialidades culturais. Através das pesquisas realizadas nos processos de tombamento das edificações instaladas na área, percebemos que desde então a atenção do órgão estadual que promove a preservação e defesa do patrimônio cultural, Condephaat, voltou sua atenção para o bairro e promoveu uma série de tombamentos principalmente na década de 1980. Convergiram desse modo, tombamentos, identificação da região como degradada e projetos para a revalorização do espaço no bairro da Luz, o que sugere que a memória histórica do bairro foi reconsiderada dentro da prática patrimonial, que abriu espaço para trazer as feições arquitetônicas da Luz para o critério dos tombamentos até então ignoradas pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional. Nesse sentido, foi possível estudar a elaboração do patrimônio cultural e do reconhecimento desse espaço como um conjunto histórico, estudando os documentos dos processos de tombamento e paralelamente, a trajetória da prática patrimonial nacional e desse modo, foi possível entender por que o patrimônio cultural da área foi por tanto tempo ignorado no roteiro patrimonial do instituto nacional. Com um aprofundamento na história e desenvolvimento do bairro da Luz pudemos perceber como se desenrolou aceleradamente, os investimentos urbanizadores neste local principalmente a partir da segunda metade do século XX. Diversas obras aconteceram por volta deste momento visando o progresso urbano e a circulação de automóveis, essas intervenções marcaram o espaço e sua paisagem. Pudemos averiguar como as relações desenvolvidas na modernidade com o espaço do bairro em vários momentos e em alguns episódios específicos, envolveu negociação com os seus elementos urbanos e os lugares de memória, e desse modo, como a identificação do bairro se transformou.
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    Continuidades e descontinuidades da memória: um estudo sobre a Escola Superior de Agricultura e Veterinária de Viçosa (MG) por meio de publicações de 1939 a 2016
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-08-23) Pompermayer, Izabel Morais; Vailati, Luiz Lima; http://lattes.cnpq.br/3183519936943525
    Esta pesquisa foi desenvolvida a partir da problemática central de conhecer as memórias oficiais da Escola Superior de Agricultura e Veterinária – primeira fase da atualmente conhecida Universidade Federal de Viçosa – e entender as intenções e estratégias dos usos das mesmas pela própria instituição. Especificamente, buscou-se conhecer as memórias oficiais da Escola e como elas se relacionam entre si, tanto se reforçando e se complementando quanto conflitando ao se reapropriarem do passado, bem como entender a lógica de seleção dos conteúdos dessas memórias oficiais à luz da história da instituição, de contextos históricos mais gerais e de um arcabouço teórico relacionado ao tema. Procurando, ainda, atender à exigência dos programas de mestrado profissional, ao final é proposto um projeto de expansão do programa de vídeos Memória Viva, da Universidade, com a finalidade de contribuir para o levantamento, registro, organização, disponibilização em formato de acervo e difusão das memórias sobre a instituição, além de permitir que a própria Universidade reflita sobre e trate esse tipo de informação de maneira multidisciplinar e que novos estudos e iniciativas relacionadas a elas sejam desenvolvidos.
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    O patrimônio na corda bamba de sombrinha: o caso da capela e da festa de Santa Quitéria no distrito de Rodrigo Silva (Ouro Preto - MG)
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-05-11) Dias, Jussara Duarte Soares; Civale, Leonardo; http://lattes.cnpq.br/7623551585774397
    A presente pesquisa buscou refletir sobre o processo de patrimonialização como um fenômeno característico do nosso tempo, tendo como enfoque os bens culturais representativos das classes marginalizadas, às vezes institucionalizados como patrimônio municipal. Analisamos a construção da história oficial por membros politizados e da elite de Ouro Preto, seguindo pela apropriação feita pelo SPHAN para consolidação de suas políticas patrimoniais. Desta forma, almejou-se elucidar como a dominação da memória e do fazer histórico foram centradas nas obras barrocas e de Aleijadinho, localizadas no centro de Ouro Preto. Utilizadas e reutilizadas, coligiram na ideia de “cidade histórica” e posteriormente de “cidade-monumento”. O nosso principal objetivo incide sobre o patrimônio cultural local, especialmente naqueles representativos para a própria comunidade, que foram por séculos excluídos e marginalizados dos processos culturais. Sendo assim, nosso objeto de estudo contempla a festa e a capela de Santa Quitéria do alto da Boa Vista, pertencente ao distrito de Rodrigo Silva, inventariadas e no processo de tombamento desde o ano de 2005. Para compreender o silêncio que os assola, permeamos por conceitos teóricos da historiografia do patrimônio cultural e também por questões práticas, ressaltando as ações dos órgãos de preservação como o IPHAN, o IEPHA, Conselhos e Departamentos municipais da cidade de Ouro Preto. Como uma estratégia de salvaguarda e utilizando de documentação e estudos adequados, dedicamos um capítulo para narrar sobre as memórias da capela e da festa de Santa Quitéria, bens significativos para a comunidade. O trabalho buscou demonstrar como este período democrático no qual vivemos possibilita a inserção de diferentes expressões culturais que compõem nossa heterogênea sociedade. Por fim, como exercício de cidadania, a intervenção prática aqui realizada refletiu sobre o papel social do patrimônio cultural e sua apropriação pela própria comunidade.
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    Museu Regional de Entomologia da Universidade Federal de Viçosa: uma proposta de institucionalização
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-08-16) Silva, Eliane de Castro; Queiroz, Jonas Marçal de; http://lattes.cnpq.br/5039113997234888
    O presente trabalho tem como objeto de estudo o Museu Regional de Entomologia da Universidade Federal de Viçosa. Nosso principal objetivo é apontar os caminhos para o melhor desempenho deste espaço, propondo uma ação de institucionalização desse estabelecimento para torna-lo de fato uma instituição museal, em atendimento aos requisitos que o enquadre nessa categoria: seja uma instituição permanente, a serviço da sociedade e do seu desenvolvimento, aberta ao público, com visitação regular, que adquire, conserva, estuda, expõe e transmite o seu patrimônio, que é um patrimônio da humanidade, com objetivo educacional e de lazer, promovendo a preservação de uma memória cultural, histórica e científica. Para isso, realizamos um estudo dos aspectos funcionais e operacionais deste Museu, apontamento suas fraquezas e levantando seus pontos importantes de atuação. Além da apresentação do objeto de estudo, a pesquisa fundamentou-se na discussão de conceitos referentes à teoria museológica e ao patrimônio, na investigação histórica e documental (em arquivos do Museu e da UFV), observações in loco e entrevistas, realizada com o fundador e curador do Museu (na gestão entre os anos de 1975 a 2018), além de um estagiário. Apresentamos a UFV para que o leitor possa se situar no cenário histórico-espacial em que o Museu Regional de Entomologia teve sua origem e existe hoje, e fizemos uma breve apresentação das instituições museológicas da universidade. A partir das análises realizadas, elaboramos uma proposta de institucionalização do Museu Regional de Entomologia, a ser realizada por meio de duas ações: o Registro de Museus e o Plano Museológico, ambos obrigatórios e fundamentais para a sistematização do trabalho interno e melhor atuação dos museus na sociedade. Este trabalho nos oportunizou realizar uma investigação mais aprofundada a respeito do Museu Regional de Entomologia, com um conteúdo interdisciplinar que abrangeu tanto a História quanto a Entomologia, servindo como fonte de conhecimento e aprendizado para a prática da cidadania e o estabelecimento de um diálogo enriquecedor entre diferentes áreas de conhecimento e entre a sociedade e a comunidade científica.
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    Paisagem em conflito: um estudo de caso do processo de implantação do Parque Estadual Serra do Brigadeiro e seu impacto junto aos agricultores locais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2017-08-30) Silva, Tatiane Cristina da; Fialho, Edson Soares; http://lattes.cnpq.br/8655847655851805
    O estudo de Unidades de Conservação se torna oportuno nas últimas décadas do século XX e início do século XXI, principalmente porque a natureza passa a ser temática de fundamental relevância no mundo atual, em que desenvolvimento e crescimento econômico levam, cada vez mais, ao sucateamento exacerbado do meio natural, o que provoca ameaças ao meio ambiente e à população mundial. Esta pesquisa teve como finalidade estudar os conflitos e tensões geradas a partir da criação da Unidade de Conservação Parque Estadual Serra do Brigadeiro (PESB), criado em 1996, na Zona da Mata de Minas Gerais. O estudo se faz importante para apontar a relevância da criação do PESB para toda a população que vive no seu entorno e para a preservação ambiental de remanescentes florestais do bioma Mata Atlântica. A pesquisa se pautou na utilização da técnica de entrevistas semi-estruturadas, realizadas com dez agricultores, o presidente do sindicato dos trabalhadores rurais, um funcionário do Parque e um membro da secretaria de agricultura e meio ambiente, ambos do município de Araponga-MG. A partir de diálogos realizados com os entrevistados, a pesquisa verificou que os conflitos no Parque, em sua maioria, advinham da falta de interlocução entre os agricultores e a gestão do PESB. Neste sentido foi produzida uma cartilha, que teve como base, além de cumprir as exigências do Mestrado em Patrimônio Cultural, Paisagens e Cidadania, complementar as discussões propostas pelo trabalho. A cartilha foi construída a partir das impressões sugeridas pelos próprios agricultores, com vistas a oferecer um material que fosse próximo a eles e que tivesse como finalidade buscar a maior interlocução entre os moradores do entorno e a Unidade de Conservação em estudo, em prol de um manejo mais eficiente e menos conflitante entre os envolvidos nessa paisagem-território.
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    Paisagem universitária e a representação social do negro na Universidade Federal de Viçosa: caminhos percorridos de 1980 a 2015
    (Universidade Federal de Viçosa, 2017-08-22) Ferreira, Edimara Maria; Chrysostomo, Maria Isabel de Jesus; http://lattes.cnpq.br/9811056612626788
    Este estudo teve por objetivo principal entender os espaços de exclusão/inclusão do negro na Universidade Federal de Viçosa (UFV), isto é, analisar os locais de (in)visibilidade da população negra desde a década de 1980 até 2015, traçando um parâmetro de comparação dos dados encontrados com a vigência das políticas afirmativas. Partiu-se da premissa que a implementação de ações afirmativas contribuiu para o aumento da representatividade negra no quadro funcional e estudantil da UFV, apesar desta representação ainda ser frágil em determinados cargos e cursos. Nesse aspecto, o espaço temporal delimitado se justifica, dado que foi a partir da década de 1980 que iniciou, no cenário nacional, a discussão sobre a implementação de ações afirmativas para negros e o final o ano de 2015 a fim de analisarmos os primeiros anos de vigência da Lei n.º 12.711/2012 que instituiu as cotas para ingresso nas instituições de ensino federais e o primeiro ano da Lei n.º 12.990/2014, que reserva vagas para negros nos cargos e empregos públicos no âmbito da Administração Federal. A pesquisa possui enfoque quali-quantitativo e se caracteriza como um estudo descritivo, cujos métodos utilizados foram pesquisa de campo, complementados pela pesquisa documental e entrevista. A partir de um extenso levantamento de dados e informações em diferentes fontes cadastrais da Universidade Federal de Viçosa, entrevistas e pesquisa de campo em diversos órgãos, percebeu-se certa desigualdade racial na ocupação das vagas de determinados cargos e cursos da instituição. Esperamos que os resultados encontrados concorram para a valorização da história dos negros na instituição através da reativação do Centro de Referência e na utilização dos dados da Campanha de Autodeclaração Racial da UFV para a construção de políticas inclusivas na instituição, contribuindo assim para a diminuição do preconceito.
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    Desenvolvimento socioeconômico e a gestão do patrimônio cultural em Lavras Novas: entre ações pró-turismo e políticas públicas
    (Universidade Federal de Viçosa, 2017-08-16) Silveira, Angelo Antonio da; Martins, Karla Denise; http://lattes.cnpq.br/6489337737503609
    A pesquisa aborda a relação entre desenvolvimento socioeconômico e gestão do patrimônio cultural em Lavras Novas, distrito de Ouro Preto/ MG. A partir dessa relação, foram discutidos os impactos do turismo nos costumes locais e na paisagem cultural de Lavras Novas, avaliando os efeitos das ações preservacionistas propostas: tanto pelo poder público quanto pelas organizações ligadas aos moradores do Distrito. O nascimento do turismo cultural e sua relação com oportunidades de negócio despertaram em Lavras Novas variadas formas de apropriação do patrimônio cultural. O clima bucólico, as paisagens serranas, as cachoeiras, conjugadas com culinária típica e um visual arquitetônico de origem setecentista, atraem milhares de visitantes à procura de entretenimento. A problemática surge quando as mudanças sociais e os mecanismos de salvaguarda não são pensados de uma ótica ampliada, no caso de Lavras Novas, deixando em um segundo plano as raízes setecentistas e o patrimônio arquitetônico. A dificuldade em fazer com que as informações sobre os monumentos e a cultura local alcancem os visitantes contribui ainda mais para alienação do turismo. Nessa perspectiva, nossa pesquisa propõe um produto pautado no resgate da “alma setecentista” dos monumentos, tornando-a acessível aos visitantes através da viabilização de uma plataforma digital própria para veiculação interativa de informação. A tecnologia escolhida para difusão dinâmica das informações sobre os monumentos foi o Qr Code. O código possibilitará o acesso eletrônico a textos contendo informações sobre elementos do patrimônio cultural de Lavras Novas.
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    Políticas patrimoniais no Brasil: um estudo sobre o Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do município de Ubá – Minas Gerais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2017-08-09) Almeida, Leonardo Augusto de; Dorella, Priscila Ribeiro; http://lattes.cnpq.br/4438213731183400
    No século XX, cresceu no Brasil assim como em diversos países, o interesse pelo patrimônio histórico e artístico nacional. Estrategicamente, o governo central brasileiro, criou o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 1937. Durante 30 anos esta agência federal produziu documentos, realizou tombamentos e oficializou o patrimônio cultural do país. A partir dos anos 1960 e mais fortemente a partir da década seguinte, as unidades da federação criaram seus institutos estaduais do patrimônio. O protagonismo do IPHAN e esta primeira fase de descentralização política e administrativa do patrimônio cultural ampliaram os debates sobre memória, história e patrimônio no Brasil. É a partir dos anos 1990 que os municípios, estimulados por uma nova onda descentralizadora, ampliadora da participação dos entes federativos nas políticas públicas e mesmo da sociedade civil na assunção comunitária das demandas sociais, serão convidados a também protagonizarem, e institucionalizarão seus conselhos municipais de patrimônio cultural. A proposta desta investigação é destacar uma dentre as várias possibilidades de leitura dos documentos (atas, dossiês, portarias, decretos) produzidos pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural de Ubá, Minas Gerais. A ideia de poder acompanhar o processo de municipalização do patrimônio cultural em Ubá, Minas Gerais, através da leitura desses textos, inspirou a presente dissertação.