Biologia Celular e Estrutural

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    Avaliação in vitro de atividades citotóxica, antioxidante e antileishmanial do extrato de Bixa orellana (Bixaceae) contra Leishmania braziliensis
    (Universidade Federal de Viçosa, 2023-02-24) Emerick, Sabrina de Oliveira; Silva, Eduardo de Almeida Marques da; http://lattes.cnpq.br/3677692062400750
    As propriedades farmacológicas de Bixa orellana, comumente conhecida como urucum, são investigadas e descritas na literatura e seu potencial terapêutico como cicatrizante, anti- inflamatório, antioxidante, antibacteriano, antifúngico, antiparasitário, dentre outros, é explorado. O presente trabalho avaliou, in vitro, as atividades citotóxica, antioxidante e antileishmanial do extrato de B. orellana, como perspectiva de potencial uso terapêutico contra lesões de Leishmaniose Cutânea (LC), uma enfermidade dermatológica de grande ocorrência no mundo e associada a estigma social. O extrato de B. orellana foi avaliado em ensaios de citotoxicidade de macrófagos RAW 264.7, ensaio de atividade sequestradora do radical livre DPPH∙ e atividade antileishmanial contra formas promastigotas e amastigotas intracelulares de Leishmania braziliensis. Foi avaliada, ainda, a produção de NO, TNF-α e IL- 10 em sobrenadante de cultura de macrófagos infectados e tratados com o extrato. O extrato na concentração de 0,25% e usado em tratamento por 24 horas apresentou baixa citotoxicidade em macrófagos e foi capaz de reduzir em aproximadamente 60% a carga parasitária nessas células, no entanto não apresentou atividade antileishmanial contra formas promastigotas do parasito. Na concentração de 0,25%, o extrato também apresentou atividade antioxidante capaz de inibir em torno de 60% o radical livre DPPH∙. Os resultados sugerem que a redução da infecção in vitro por L. braziliensis possa estar relacionada a um efeito citotóxico do extrato sobre macrófagos e, ou ação direta sobre as formas amastigotas intracelulares e não pela ativação de vias microbicidas dos macrófagos. Essa hipótese é suportada uma vez que não foi detectada produção de NO no sobrenadante de cultura de macrófagos infectados e de ter ocorrido produção não significante da citocina TNF-α por estas células. O extrato de B. orellana avaliado demonstrou potencial terapêutico in vitro que nos leva propor avaliar em modelo de infecção in vivo por L. braziliensis como terapia única ou associada com o tratamento padrão contra LC. Palavras-chave: Bixa orellana, Leishmaniose Cutânea, DPPH, Antileishmanial
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    Ação da polpa e do óleo de juçara (Euterpe edulis Martius) nos testículos de camundongos Swiss expostos ao cádmio
    (Universidade Federal de Viçosa, 2023-12-11) Araujo, Diane Costa; Matta, Sérgio Luis Pinto da; http://lattes.cnpq.br/5935042252243288
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    Production, characterization and evaluation of the chemotherapeutic and immunogenic potential of protein based virus-like particles in tumoral and immune cell lines
    (Universidade Federal de Viçosa, 2023-10-30) Gonçalves, Amanda Patrícia; Santos, Anésia Aparecida; http://lattes.cnpq.br/6365400804665140
    In this thesis, nanotechnology was used to develop three inedited platforms with clinical applications. Results are presented in three chapters written in article format. In the first chapter, in vitro assays are used to characterize a new doxorubicin (DOX) carrier virus-like platform and to evaluate the cell effects of murine melanoma cells treated with free DOX or carried DOX. It is showed that carried DOX promotes higher cell death rates and enter cells in a different manner whether compared with free DOX. In the second chapter, the Spy Catcher/Spy Tag technology was used to conjugate different peptides to rod-shaped virus-like particles (VLPs). It is shown that two different types of antigen-presenting cells (APCs) can take up decorated VLPs and this promotes the activation of immune response by increasing CD80 and CD86 expression. In the third chapter, Spy Catcher/Spy Tag technology was also used to conjugate anti-EGFR nanobodies to the surface of DOX-loaded VLPs. It is shown that particles displaying anti-EGFR nanobodies promote a more accentuated decrease on cell viability of human colorectal cancer cells whether compared with non-decorated particles. In conclusion, this work present the full production and characterization of three distinct nanoplatforms and a solid in vitro evaluation of a range of cell mechanisms such as endocytosis, apoptosis and autophagy. The achieved results suggest that the constructions presented here have features that put them as nanoplatforms with potential clinical applications such as vaccine platforms and drug delivery systems. Keywords: Nanotechnology. Drug-delivery systems. Vaccine platforms. Protein-based particles. Nucleic acid-based particles. Particle decoration. Doxorubicin. Cancer.
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    Avaliação in silico da interação do derivado de heparina não anticoagulante Dociparstat Sodium (DSTAT) com LPG3 e de seu efeito in vitro na infecção de macrófagos por Leishmania chagasi
    (Universidade Federal de Viçosa, 2023-06-26) Garcia, Ingrid Rabite; Silva, Eduardo de Almeida Marques da Silva; http://lattes.cnpq.br/1660439179548274
    Contextualização: Há uma necessidade urgente de novos tratamentos para combater a Leishmaniose Visceral (LV). A proteína LPG3 de Leishmania chagasi foi considerada por nosso grupo de pesquisa como potencial alvo para novos fármacos contra LV.O bloqueio dessa proteína pela heparina sódica reduziu a internalização de formas promastigotas do parasita em macrófagos. No entanto, o uso da heparina sódica na LV é limitado devido a sua potente atividade anticoagulante. Objetivo: Investigar in silico e in vitro a hipótese de que o bloqueio da proteína LPG3 pela heparina não-anticoagulante (DSTAT) interfere no processo de infecção parasitária. Métodos: Primeiramente, previmos in silico a interação de DSTAT com a proteína LPG3, bem como sua afinidade de ligação, utilizando docking molecular do tipo receptor-ligante. Em seguida, DSTAT foi utilizada em ensaios in vitro para testar a toxicidade em macrófagos RAW 264.7, sua atividade leishmanicida contra formas promastigotas de L. chagasi e sua atividade antileishmania em processos de adesão e internalização de formas promastigotas de L. chagasi em macrófagos. Resultados: O docking molecular revelou a ligação de DSTAT no sítio previsto para heparina na proteína LPG3 com uma afinidade de ligação ligeiramente maior que a heparina sódica. Nos ensaios in vitro, as concentrações testadas de DSTAT não foram tóxicas para os macrófagos e a maior concentração selecionada (300 µg/mL de DSTAT) não apresentou efeito leishmanicida contra formas promastigotas de L. chagasi. Por outro lado, DSTAT (100 µg/mL) levou à redução na internalização de L. chagasi em macrófagos, sem interferir na adesão parasitária. Conclusão: Tratamento com heparina não-anticoagulante DSTAT interfere na infecção de macrófagos por formas promastigotas de L. chagasi, provavelmente pelo bloqueio da proteína LPG3 do parasito, sem causar toxicidade para ambas células. Palavras-chave: LPG3. Leishmaniose Glicosaminoglicanos. Heparina. Visceral. Leishmania chagasi.
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    Efeito do leite de vaca e bebida de soja (transgênica e não transgênica) no fêmur de camundongos Balb/C
    (Universidade Federal de Viçosa, 2023-08-01) Costa, Eduarda Pires; Gonçalves, Reggiani Vilela; http://lattes.cnpq.br/3216231590347231
    Introdução: A saúde dos ossos é influenciada pela nutrição, e uma das fontes dietéticas mais importantes de cálcio é o leite. No entanto, cada vez mais pessoas estão limitando seu consumo de leite e optando por consumir bebidas à base de plantas, como a soja transgênica ou não transgênica. Objetivo: Comparar os efeitos da suplementação de leite de vaca e bebida de soja (transgênica e não transgênica) no fêmur de camundogos BALB/c. Materiais e métodos: Vinte e oito animais foram randomizados em quatro grupos experimentais com 7 animais em cada grupo. G1: água destilada, G2: bebida de soja não transgênica, G3: bebida de soja transgênica, e G4: leite de vaca. Todos os grupos receberam os tratamentos durante 42 dias, por gavagem. Os animais foram anestesiados e eutanasiados. Os fêmures foram removidos para análises biomecânicas, biométricas, histomorfológicas e moleculares. Resultados: O grupo G3 obteve menor ganho de peso. A resistência óssea foi menor em G3. O diâmetro da diáfise do fêmur foi menor em G2, e a espessura do osso cortical foi reduzida em G2 e G3. O diâmetro do canal medular em G3 foi reduzido. O grupo G4 obteve os maiores parâmetros de densidade volumétrica trabecular, área óssea e largura trabecular na epífise distal, e os menores parâmetros na densidade volumétrica medular e separação trabecular na mesma região. Níveis de osteocalcina foram maiores em G4. Houve uma redução na quantidade de colágeno I em G2 e G3. Os níveis de magnésio aumentaram em G4, e os níveis de cálcio estavam aumentados em todos os grupos em relação ao controle. G4 apresentou menor número de poros na diáfise óssea e G3 apresentou maior número de poros. Discussão: A bebida de soja transgênica foi prejudicial ao osso cortical, gerando potencial desequilíbrio entre a reabsorção e deposição óssea devido a uma demanda maior de nutrientes para o osso cortical em G3, além de aumentar a distribuição de poros na diáfise óssea e comprometer a resistência óssea, possivelmente porque alimentos geneticamente modificados podem conter toxinas e fatores antinutricionais prejudiciais à osteogênese. O leite de vaca manteve a integridade morfofuncional do osso cortical, além de apresentar benefícios para microarquitetura trabecular e regular aumentar os níveis circulantes de osteocalcina e a deposição óssea de colágeno tipo III. Conclusão: O consumo de leite de vaca pode ser uma alternativa mais segura do que a bebida de soja para promover e/ou manter a saúde óssea. Palavras-chave: Microarquitetura óssea. Osteocalcina. Leite. Nutrição. Transgênico. Soja.
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    Avaliação de estresse oxidativo e análise histopatológica em peixes coletados à jusante das barragens Eustáquio e Santo Antônio, no município de Paracatu-MG.
    (Universidade Federal de Viçosa, 2023-08-01) Azevedo, Filipe Silveira; Gonçalves, Reggiani Vilela; http://lattes.cnpq.br/8456427530029980
    Monitorar a qualidade de vida da ictiofauna próxima a barragens é crucial para avaliar as atividades de extração, em especial das espécies nativas. Neste contexto, peixes são modelos desejáveis, uma vez que estão em contato direto com os poluentes através das brânquias e fazem parte dos últimos níveis tróficos das cadeias alimentares, sendo os últimos a serem submetidos às propriedades bioacumulativas dos metais pesados. Baseado nisto, nosso objetivo foi investigar possíveis alterações histopatológicas em tecidos de peixes encontrados em locais potencialmente impactados pelas barragens. Também objetivamos entender a patogênese destas lesões relacionadas ao estresse oxidativo em brânquias, fígado, gônadas e músculos. Para realizar estas análises foram coletados 113 peixes para as análises histopatológicas e 82 peixes para as análises de estresse oxidativo. Foram distribuídos em 2 grupos: peixes de localidades não impactadas pela contaminação (área de referência (AR)) e peixes de localidades possivelmente impactadas pela contaminação (área diretamente afetadas/áreas de influência (ADA/AI)). Foram retirados fígado, brânquias, músculos e gônadas para análises histopatológicas e músculos e brânquias para análises de estresse oxidativo. Nos fígados, houve aumento de infiltrados inflamatórios nos peixes de ADA/AI. No entanto, não foram encontradas diferenças significativas em regiões de isquemia e hemorragia. Não houve diferenças no metabolismo e armazenamento de glicogênio e não foram encontrados sinais de morte celular e fibrose nos tecidos hepáticos em ambas as áreas. Para as brânquias, as regiões ADA/AI tiveram aumento na fusão lamelar, hiperplasias e maior destruição do epitélio secundário. Em relação ao tecido muscular, não foram encontradas patologias significativas entre as áreas AR e ADA/AI não houve diferença na área de suas fibras musculares. Para as gônadas, foram encontrados alguns ovócitos em atresia, mas não houve diferença significativa entre as áreas. Em relação ao estresse oxidativo, houve diminuição na atividade da enzima antioxidante catalase e do marcador de peroxidação lipídica malondialdeído nos músculos das áreas ADA/AI comparadas com AR. Houve também aumento de óxido nítrico (NO) nos músculos nas áreas ADA/AI em relação as áreas AR. Diferentes espécies possuem predisposição a serem afetadas a certos metais, justificando as diferenças apontadas nas espécies do estudo. As diferenças entre as localidades se relacionam as características físicas e químicas dos rios e as diferentes concentrações de metais. Isto pode justificar o aumento dos processos inflamatórios em áreas ADA/AI e a patogênese pode estar associada pelas ligações específicas que alguns metais estabelecem com as células hepáticas, especialmente devido ao fenômeno de explosão respiratória que está diretamente ligado ao estresse oxidativo nos tecidos. Em nosso estudo, observamos que as brânquias apresentaram hiperplasia e algumas regiões de fusão lamelar em áreas ADA/AI. Estas modificações estão associadas principalmente às funções de defesa deste órgão. Geralmente em condições de estresse as brânquias aumentam as células do epitélio lamelar para impedir a chegada dos metais na corrente sanguínea, explicando a hiperplasia e fusão lamelar. Em condições mais drásticas, o epitélio lamelar é completamente perdido, como foi observado para as áreas ADA/AI. A diminuição de malondialdeído (MDA), juntamente com a catalase (CAT), nas regiões ADA/AI indicam que o balanço oxidativo está em equilíbrio nesses peixes. Por outro lado, houve um aumento de óxido nítrico no tecido muscular nas áreas ADA/AI. Este achado possivelmente está relacionado a outras atividades do NO dentro das células como vasodilatação e sinalização celular, já que o estresse oxidativo dentro destes tecidos parece estar controlado. Conclui-se que os peixes das localidades a jusantes das barragens de Eustáquio e Santo Antônio, não apresentaram contaminação severa a partir de análises histopatológicas e de estresse oxidativo feitas com tecidos do fígado, brânquias, gônadas e músculos. Palavras-chave: Barragem. Estresse Oxidativo. Histopatologia. Metais Pesados.
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    Efeitos da coexposição subcrônica ao arsênio e níquel sobre parâmetros histológicos e oxidativos no intestino delgado de ratos Wistar adultos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2023-08-02) Oliveira, Mariana Souza; Neves, Mariana Machado; http://lattes.cnpq.br/9161183631855164
    Nas últimas décadas, a exploração exponencial dos recursos hídricos e terrestres tem preocupado populações em todo o mundo devido a liberação de poluentes no ambiente. Seres humanos são expostos diariamente a misturas de metais tóxicos como arsênio e níquel, conhecidos pelos prejuízos à saúde humana e animal. Sendo que uma das vias no organismo é o intestino delgado no que diz respeito a contaminação de alimentos e água. Sabe-se que metais pesados podem causar danos ao intestino delgado e interferir na sua microbiota intestinal. Poucos estudos, porém, reportam danos ao intestino quando da exposição a mistura de metais. Portanto, o objetivo desse estudo foi avaliar os efeitos da coexposição de níquel e arsênio no trato intestinal de ratos Wistar. Ratos adultos foram distribuídos em cinco grupos experimentais (n = 10/ grupo): controle (sem ingestão de metais), 1 mg L-1 arsênio (As), 7 mg L-1 níquel (Ni), coexposição com 1 mg L-1 As + 7 mg L-1 Ni (AsNi [+]) e coexposição com 0,01 mg L-1 As + 0,07 mg L-1 Ni (AsNi [-]). Os animais tiveram acesso às soluções (arsenito de sódio e cloreto de níquel) por meio da água de beber ad libitum por 70 dias, sendo eutanasiados 24 h após a último dia de exposição. O intestino foi dissecado e dividido em duodeno, jejuno e íleo para realização de análises histológicas e oxidativas. Os dados foram submetidos aos testes ANOVA e Tukey (p = 0,05). Os resultados mostraram que ratos dos grupos AsNi [-] e AsNi [+] apresentaram maior diâmetro de vilosidades e lâmina própria em todas as regiões intestinais. As alterações histológicas observadas incluíram infiltrado inflamatório, congestão, fusão de vilosidades e descamação celular. Ratos desses dois grupos apresentaram aumento na área das mucinas acidas em todas as regiões. A atividade de catalase foi maior em ratos que ingeriram a maior concentração de níquel e arsênio. Já a atividade de glutationa s transferase foi menor em todos os animais expostos aos dois metais, juntos ou isolados. Não foram observadas alterações na biometria corporal. Pode-se concluir que, a coexposição em um período subcrônico causou alterações histológicas e oxidativas nas regiões intestinais estudadas, mas sem aparente comprometimento na sua funcionalidade. Palavras-chave: Trato digestivo. Metais pesados. Toxicidade. Estresse oxidativo. Histopatologias.
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    Efeitos do fungicida Difenoconazol e do herbicida Tebuthiuron em larvas do mosquito Aedes aegypti (Diptera: Culicidae)
    (Universidade Federal de Viçosa, 2023-07-07) Miranda, Franciane Rosa; Martins, Gustavo Ferreira; http://lattes.cnpq.br/3639163253531534
    O Aedes aegypti é o vetor de importantes arbovírus, são holometábolos, com ciclo de vida constituída por ovos, larvas, pupas e adultos. O intestino médio tem papel central em diferentes aspectos da biologia do mosquito, atuando em diferentes processos fisiológicos, como digestão e absorção de nutrientes. O epitélio é formado por três tipos celulares: células digestivas, regenerativas e enteroendócrinas. Todo o epitélio é completamente remodelado durante a metamorfose, onde ocorrem diferentes processos celulares que culminam na proliferação, diferenciação e morte celular do epitélio intestinal, com a participação de diferentes vias, que atuam como amplificador, retransmissor e integrador de sinais de uma gama diversificada de estímulos extracelulares, controlando os diferentes processos celulares. Compostos químicos de uso comercial, como os fungicidas e os herbicidas, apresentam propriedades que causam danos potencias ao meio ambiente e organismos não-alvos, levando a uma bioacumulação nos organismos e a uma transferência trófica subsequente para os predadores. Assim, foi demostrado a possível toxicidade do fungicida difenoconazol e do herbicida tebutiuron, avaliando os efeitos causados pela exposição nas larvas de A. aegypti. A exposição ao difenoconazol (concentração de campo) levou a uma significativa mortalidade larval (80%) e afetou negativamente a atividade locomotora. Além disso, a exposição reduziu a atividade das enzimas superóxido dismutase (SOD), glutationa S-transferase (GST) e da catalase (CAT), levando a um desequilíbrio no estado antioxidante, além da ativação da via de apoptose ativada por Caspase-3 e da autofagia das células digestivas do intestino médio. A exposição também comprometeu a diferenciação celular e a reorganização do tecido, como demostrado pela diminuição das proteínas positivas para Wnt, Armadillo, Caderina, Notch/Delta e Prospero e a redução no número de células proliferativas positivas para PH3 e das células enteroendócrinas positivas para FMRF-amida, prejudicando a manutenção do epitélio intestinal. A exposição ao tebutiuron causou 50% de mortalidade em 72h após a exposição, e estimulou a atividade locomotora em relação ao controle. A exposição ao herbicida mostrou desorganização do epitélio intestinal larval, além de diminuir a atividade enzimática da SOD e CAT, que pode estar ligado a inativação dessas enzimas pelo excesso de produção das espécies reativas de oxigênio (ROS). Por outro lado, a exposição ao herbicida não levou ao aumento na detecção de Caspase-3, LC3/AB e JNK nas células digestivas, porém, houve diminuição das células positivas para ERK 1/2, Wnt, Armadillo, Caderina, Notch/Delta e Prospero, afetando a diferenciação celular e reorganização do tecido e também diminuição do número de células em proliferação, positivas para PH3 e das células enteroendócrinas FMRF-positivas, indicando que pode haver comprometimento na remodelação e renovação do epitélio intestinal. Assim, o difenoconazol e o tebutiuron são produtos que causam danos importantes ao intestino médio larval, indicando que há uma toxicidade em larvas de A. aegypti, comprometimento sua sobrevivência e desenvolvimento, além de ser prejudicial ao meio ambiente, pois, ambos são utilizados comercialmente na agricultura, que podem afetar outras espécies, atingindo níveis tróficos superiores, que pode causar danos em todo ecossistema. No entanto, são necessários mais estudos para compreender melhor os efeitos tóxicos em diferentes organismos não-alvos aquáticos, que embora o modo de ação de cada composto não tenha como alvo os insetos, foi demostrado ter um efeito negativo. Palavras-chave: Agroquímicos. Efeitos subletais. Sinalização Celular. Organismos não-alvo.
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    Avaliação da atividade antitumoral, proliferativa, antimicrobiana e anti-inflamatória in vitro, de extratos etanólicos de diferentes espécies vegetais da Mata Atlântica brasileira
    (Universidade Federal de Viçosa, 2023-04-11) Sampaio, Barbara Sperandio; Santos, Anésia Aparecida dos; http://lattes.cnpq.br/6152212759983792
    A Mata Atlântica, com a sua rica biodiversidade, abriga diversas espécies vegetais em variados ecossistemas. Essa diversidade botânica motivou a produção de extratos derivados de plantas, fontes promissoras de compostos bioativos. A habilidade desses extratos em demonstrar potenciais biológicos reforça a importância da biodiversidade da Mata Atlântica para a investigação de atividades biológicas, impulsionando o avanço do conhecimento. Nessa pesquisa, serão examinados os potenciais biológicos de extratos provenientes de uma variada gama de plantas presentes na Mata Atlântica, por meio de avaliações in vitro das atividades antitumorais, proliferativas, antimicrobianas e anti-inflamatórias. Foram preparados extratos etanólicos (de Serigueleira, Aroeira Branca, Aroeira Preta, Candeia, Caneleira, Jabuticabeira, Pitangueira, Amoreira, Caramboleira e Lobeira) a partir de material vegetal seco e triturado. Após filtragem em percolador, os extratos foram submetidos à evaporação rotativa, liofilizados e determinados seus rendimentos. Os resultados das medições de rendimento indicam um processo de extração bem-sucedido, com rendimentos muitas vezes superiores às expectativas iniciais. As atividades antitumoral e proliferativa de 10 extratos de folhas e 1 extrato do fruto foram avaliadas pelo ensaio MTT (brometo de 3-(4,5-dimetiltiazol-2-il)-2,5-difeniltetrazólio). A atividade antitumoral avaliada na linha celular de câncer de mama murino 4T1 mostrou resultados não promissores para qualquer um dos extratos, em contraste com a avaliação da proliferação celular realizada em linhagens celulares normais. Esses resultados foram especialmente promissores na linhagem celular normal VERO, em que os extratos de Caramboleira (250 µg/ml) e Caneleira (250 µg/ml) apresentaram atividade proliferativa significativa. Além disso, o extrato de Fruto de Aroeira Branca (62,5 µg/ml) e o de Lobeira (250 µg/ml) exibiram potencial proliferativo moderado. Vale ressaltar que o extrato de Caneleira (250 µg/ml) demonstrou forte potencial proliferativo na linhagem celular normal BGM. A atividade antimicrobiana foi avaliada pelo método de difusão em ágar e a determinação da concentração inibitória mínima (CIM) foi realizada pelo método de microdiluição em caldo e ensaio de resazurina. O extrato de Aroeira Branca apresentou forte potencial antimicrobiano para ambas as concentrações examinadas (100 mg/ml e 100 µg/ml). Além disso, os extratos de Aroeira Preta, Caramboleira e Fruto de Aroeira Branca apresentaram significativo potencial antimicrobiano contra todas as cepas bacterianas testadas do gênero Staphylococcus na concentração de 100 mg/ml. Notavelmente, o extrato de Pitangueira demonstrou interessante potencial antimicrobiano na concentração de 100 µg/ml. Quatro métodos in vitro foram empregados para realização de triagem de ação anti-inflamatória: Inibição da Desnaturação da Albumina; Ação Inibitória da Digestão de Proteinase; Ensaio de Estabilização de Membrana (Hemólise) e Ensaio de Inibição de Hemólise. Dentre os resultados referentes à atividade anti-inflamatória, destacam-se os extratos de Jabuticabeira, que apresentaram alto potencial anti-inflamatório, e o extrato de Candeia, demonstrando potencial moderado. Em seguida os extratos de Caramboleira, Serigueleira e Pitangueira apresentaram classificações de médio potencial anti-inflamatório. Em conclusão, os resultados obtidos neste estudo enfatizam a influência significativa da escolha da técnica de extração e do solvente utilizado para alcançar rendimentos extrativos substanciais. Essa abordagem foi essencial para analisar as atividades biológicas, impulsionando o avanço do conhecimento na pesquisa com extratos naturais obtidos da biodiversidade da Mata Atlântica. Palavras-chave: Extratos etanólicos. Antitumoral. Proliferação. Antimicrobiano. Anti- inflamatório.
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    Envolvimento de nanopartículas de ferro zero valente não convencional, na tolerância ao cádmio em Lemna valdiviana
    (Universidade Federal de Viçosa, 2023-07-31) Freitas, Darlielva do Rosário; Oliveira, Juraci Alves de; http://lattes.cnpq.br/2180124519044658
    A fitorremediação é um conceito que abrange uma diversidade de técnicas de baixo custo, na qual plantas são utilizadas para o tratamento de ambientes contaminados por diferentes classes de compostos químicos, incluindo ambientes com concentrações de metais acima dos limites definidos na legislação ambiental. As Lemnas sp. são monocotiledôneas aquáticas, de pequeno tamanho e de crescimento rápido o que, associado ao potencial de bioacumulação, tem chamado a atenção para fins de fitorremediação. A presente pesquisa utilizou a espécie Lemna valdiviana, que tem se mostrado eficiente na remoção de arsênio e outros poluentes metálicos do meio aquático e, portanto, participa como uma possível bioacumuladora de cádmio (Cd). Este elemento foi detectado em concentrações superiores às permitidas (5 ppb) no rio Fumaça, que nasce dentro do Parque Estadual Serra do Brigadeiro (PESB). Para este estudo, avaliamos a influência do ferro, na forma iônica e de nanopartículas “verdes” (ferro zero valente – nZVI), sintetizadas de forma não convencional, na absorção e nos danos bioquímicos causados pelo Cd em plantas de Lemna valdiviana. Para tanto, as plantas mantidas apenas em solução nutritiva de Clark (controle) e submetidas aos tratamentos contendo Fe, na forma de Fe-EDTA e na forma de nZVI, na concentração de 50 mg L-1, e Cd, na concentração de 0,02 mg L-1, por 48 h. As plantas cultivadas em presença de Cd e de Fe, na forma salina e de nanopartículas, acumularam maiores concentrações de Cd sem, contudo, aumentar os danos celulares em comparação ao tratamento com Cd de forma isolada. De modo geral, podemos concluir que o sistema antioxidante enzimático atuou para mitigar os danos oxidativos e que a suplementação com Fe, em ambas formas químicas, atuou de forma benéfica na mitigação de danos celulares. Palavras-chave: Sistema antioxidante. Fitorremediação. Estresse abiótico.