Biologia Celular e Estrutural
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Item A dieta influencia? Ultraestrutura das células digestivas do intestino médio de hemípteros (Insecta: Hemiptera) com diferentes hábitos alimentares(Universidade Federal de Viçosa, 2017-03-10) Santos, Helen Cristina Pinto; Serrão, José Eduardo; http://lattes.cnpq.br/6530960479559622Os Hemiptera são insetos hemimetábolos distribuídos dentre quatro subordens monofiléticas, Sternorrhyncha, cujas relações Auchenorrhyncha filogenéticas e são Heteroptera. estudadas: Estes Coleorrhyncha, insetos apresentam diversificados hábitos alimentares que variam dentre a fitofagia, zoofagia, dentritivoria, hematofagia e onivoria. Devido a esta variedade de hábitos e o conhecimento da filogenia dos táxons superiores do grupo, os hemípteros tornam-se interessantes modelos de estudos comparativos do intestino. Analisando-se a compartimentalização da digestão e a produção de enzimas no intestino médio de insetos foi levantada a hipótese de que características deste órgão eram semelhantes entre espécies relacionadas filogeneticamente mesmo que estas apresentassem diferentes hábitos alimentares. Estudos comparativos visando investigar esta questão sob o viés morfológico ainda eram ausentes na literatura. Devido a isso, com o objetivo de testar, sob o ponto morfológico, a hipótese de que a evolução do intestino médio em insetos é mais relacionada à proximidade filogenética das espécies que ao hábito alimentar, analisamos a ultraestrutura das células digestivas do intestino médio em Hemiptera levando-se em conta seus diferentes hábitos alimentares e filogenia. Esta análise evidenciou que em Hemiptera as células digestivas do intestino médio são polifuncionais responsáveis pela produção e secreção de enzimas, absorção de nutrientes, reserva de nutrientes, neutralização de compostos tóxicos e osmorregulação. Além disso, as células digestivas são similares, apresentando em todas as espécies, membrana perimicrovilar, microvilosidades, núcleo bem desenvolvido e estruturas de reserva, apesar dos diferentes hábitos alimentares apresentados por estas. Portanto, a ultraestrutura das células digestivas em Hemiptera é mais relacionada à proximidade filogenética das espécies.Item Ação antioxidante do açaí (Euterpe oleracea MART.) frente ao estresse oxidativo induzido pelo cádmio no testículo de camundongos adultos(Universidade Federal de Viçosa, 2018-02-28) Mouro, Viviane Gorete Silveira; Matta, Sérgio Luis Pinto da; http://lattes.cnpq.br/9028464724155016O Cádmio (Cd) é um metal pesado, cuja contaminação na água e solo é bem conhecida. O Cd interfere no metabolismo de vários órgãos, particularmente nos testículos, onde é capaz de romper a barreira hematotesticular, com apoptose das células germinativas e perda do epitélio. Alteração nas células de Leydig e redução na concentração sérica de testosterona também refletem ação do Cd. O Cd pode competir com minerais essenciais e com isso causar o desbalanço destes elementos no testículo. Além disso, o estresse oxidativo é um dos mecanismos de toxicidade do metal. Dessa forma, vários estudos têm-se voltado para a descoberta de produtos naturais com ação antioxidante frente ao Cd. Dentre as plantas com potencial antioxidante destaca-se o açaí da Amazônia (Euterpe oleracea). Seu fruto é conhecido por sua atividade antioxidante devido a presença de compostos fenólicos, destacando-se as antocianinas, e de ácidos graxos presentes na fração lipídica. Assim, neste trabalho inicialmente foi comparada a toxicidade do Cd por diferentes vias e forma de administração, para posteriormente ser feita a escolha da via na avaliação dos efeitos do óleo e da polpa desengordurada rica em antocianinas (PDRA) de E. oleracea. Camundongos Swiss receberam CdCl 2 nos modos seguintes: 1,5 mg/Kg intraperitoneal (i.p.) dose única; 30 mg/Kg via oral dose única e 4,28 mg/Kg via oral durante 7 dias. No oitavo dia os animais foram eutanasiados. O Cd bioacumulou em todas as vias, sendo maior na oral fracionada. As concentrações de Ca e Cu testicular reduziram em todos os animais expostos ao Cd, enquanto que Zn e Mn reduziram apenas na via i.p.. A atividade de SOD reduziu em ambas formas de administração via oral, CAT aumentou na via i.p., Glutationa aumentou em todos os animais intoxicados. A concentração sérica de testosterona reduziu em ambas administrações via oral. Danos tubulares foram mais intensos naqueles que receberam o metal via oral fracionado. Assim, quanto o Cd é ofertado de forma fracionada via oral, as alterações no epitélio germinativo são mais intensas, sendo esta forma de administração escolhida para se testar os efeitos do fruto de E. oleracea. Camundongos Swiss receberam solução aquosa de CdCl 2 na concentração de 4,28 mg/Kg por via oral durante 7 dias. Após este tratamento, os animais foram separados em grupos e tratados com óleo de E. oleracea nas doses de 50, 100 e 150 mg/Kg e com PDRA nas doses de 100, 200 e 300 mg/Kg por 42 dias. Parâmetros morfométricos tubulares e de Leydig foram recuperados após o tratamento com o óleo associado a aumento na concentração sérica de testosterona e da viabilidade celular. O tratamento com PDRA levou melhoria nestes parâmetros. O tratamento com o óleo preveniu a progressão dos danos na morfologia tubular causados pelo Cd, enquanto que a PDRA apenas de danos leves. A concentração de Mn e Zn testiculares, aumentaram nos animais tratados com o óleo, além da estimulação na atividade de SOD e CAT. A PDRA causou aumento na concentração de Zn e Mg na concentração de 300 mg/Kg. Cu reduziu em todos os tratamentos e Fe naqueles que receberam 100 mg/Kg de PDRA. O tratamento com PDRA aumentou a atividade de SOD e a concentração de 300 mg/Kg reduziu a peroxidação lipídica. Assim, conclui- se que o tratamento com o óleo de E. oleracea apresentou atividade antioxidante curativa contra alterações testiculares induzidas pelo Cd, enquanto a PDRA, nas doses testadas, ameniza os danos testiculares causados pelo Cd, sendo considerada com potencial antioxidante.Item Ação da polpa e do óleo de juçara (Euterpe edulis Martius) nos testículos de camundongos Swiss expostos ao cádmio(Universidade Federal de Viçosa, 2023-12-11) Araujo, Diane Costa; Matta, Sérgio Luis Pinto da; http://lattes.cnpq.br/5935042252243288Item Ação da própolis de Scaptotrigona aff. postica (Latreille, 1807) (Hymenoptera, Apidae, Meliponini) em diferentes linhagens de células tumorais(Universidade Federal de Viçosa, 2014-06-25) Sanches, Márcia Aparecida; Serrão, José Eduardo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785636U6; http://lattes.cnpq.br/5624845537584512; Cardoso, Silvia Almeida; http://lattes.cnpq.br/6041368188542057; Contini, Silvia Helena Taleb; http://lattes.cnpq.br/3150041419125347; Bastos, Esther Margarida Alves Ferreira; http://lattes.cnpq.br/3631900068139252; Siqueira, Maria Augusta Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4777253E4A própolis de abelhas sem ferrão (Apidae, Meliponini) vem sendo estudada nos últimos anos em várias linhagens de células tumorais quanto à citotoxidade de seus componentes. Neste estudo, extratos etanólicos de própolis de Scaptotrigona aff. postica nas concentrações: 1 mg/mL, 0,5 mg/mL, 0,25 mg/mL e 0,125 mg/mL foram avaliados em linhagens de adenocarcinoma mamário (MCF7), melanoma murino (B16F10), astrocitoma (U343MGa) e fibroblastos de camundongos (3T3). Os resultados evidenciaram que a própolis de S. aff. postica apresenta atividade citotóxica em todas as linhagens celulares nas concentrações utilizadas. As frações do extrato etanólico obtidas a partir de diferentes solventes (hexano, hexano:acetato, acetato, acetato:metanol, metanol) mostraram atividade citotóxica para todas as linhagens celulares, com exceção para a fração hexano, cujas porcentagens de mortalidade foram baixas ou nulas. Determinações analíticas da fração hexano:acetato evidenciaram a presença do esteroide etisterona e de cardanol I. Os resultados apresentados confirmam a possibilidade de uso da própolis de S. aff. postica como fonte de substâncias antitumorais.Item Ação de extratos vegetais no reparo de feridas cutâneas em ratos diabéticos(Universidade Federal de Viçosa, 2016-10-03) Souza, Mariáurea Matias Sarandy; Gonçalves, Reggiani Vilela; http://lattes.cnpq.br/0888940291566758Objetivo: Investigar o efeito da aplicação tópica da pomada à base de Strycnos pseudoquina nas concentrações 5 e 10% na cicatrização de feridas cutâneas em ratos diabéticos. Material e Método: Amostras de S. pseudoquina foram coletadas no Município de Rio Verde, Goiás, Brasil e em seguida submetido a prospecção fitoquímica. O extrato foi emulsificado em lanolina nas concetrações 5% e 10%. Foram utilizados trinta ratos Wistar que após a indução do diabetes com estreptozotocina, foram divididos em 5 grupos de 6 animais: Sal: feridas tratadas com 0,9% de solução salina; VH (veículo da pomada): feridas tratadas com 0,6 g de creme de lanolina; SS (Sulfadiazina de Prata): feridas tratadas com 0,6 g de creme de Sulfadiazina de Prata (0,01%); ES5: feridas tratadas com pomada a base de S. pseudoquina (5%); ES10: feridas tratadas com pomada a base de S. pseudoquina (10%). Três feridas circulares de 12 mm de diâmetro foram realizadas no dorso dos animais e fragmentos das feridas foram retirados para análises histológicas e bioquímicas a cada 7 dias durante 21 dias. Resultados: Os grupos que receberam o extrato de S. pseudoquina nas concentrações 5 e 10% apresentaram maior taxa de fechamento das feridas, maior quantidade de células, vasos sanguíneos e aumento do colágeno III e I. Os marcadores de estresse oxidativo foram menores nos grupos ES5 e ES10, e os níveis de enzimas antioxidantes foram maiores nestes mesmos grupos. Conclusão: Os resultados deste trabalho demonstraram que a aplicação tópica de pomada à base de S. pseudoquina promove um reparo cutâneo rápido e eficaz em ratos diabéticosItem Adaptação da metodologia de ensaio cometa para avaliação de genotoxicidade do glifosato em milho (Zea mays L.)(Universidade Federal de Viçosa, 2017-07-28) Passamani, Paulo Zanchetta; Carvalho, Carlos Roberto de; http://lattes.cnpq.br/7745351198384911O milho (Zea mays L.), além de ser um dos grãos de maior importância econômica no mundo, é um importante modelo em diversos estudos com plantas. Em virtude da sua grande importância econômica, a minimização da perda na produtividade tem sido priorizada em pesquisas e em programas de melhoramento dessa cultura. O advento do uso de defensivos agrícolas é uma das alternativas adotadas mundialmente para assegurar aumento de produtividade, principalmente em plantações de milho. Os pesticidas são muito eficazes no controle das pragas e na manutenção do nível de produção, mas podem gerar danos a nível genético na planta. Uma forma de avaliar a ocorrência de danos na molécula de DNA tem sido pelo uso da técnica de ensaio cometa, ou eletroforese de célula única. A aplicação dessa metodologia é relativamente rápida, sensível e simples para quantificar danos e reparo no DNA, conforme verificado com sucesso em testes com células humanas e de diversos outros organismos. Portanto, torna-se imperativo e de grande importância a padronização desta técnica para a avaliação da genotoxicidade em plantas, principalmente em culturas de grande importância econômica. O presente trabalho adaptou a metodologia de ensaio cometa em milho, utilizando tanto folha como raízes. Nas adaptações envolvendo raízes, foram avaliados dois métodos de isolamento nuclear, utilizando protoplasto e chopping, incluindo testes para verificar o efeito da sincronização nuclear com hidroxiureia (HU) nas raízes. O uso de núcleos oriundos de protoplasto se mostrou mais eficiente nos ensaios, bem como o tratamento com HU gerou núcleos sincronizados sem danos detectáveis no DNA. Tal procedimento foi útil para padronização do tamanho dos núcleos analisados. Nas adaptações metodológicas envolvendo núcleos oriundos de folhas, o ensaio cometa foi utilizado para avaliar a genotoxicidade associada ao tratamento com Roundup®, herbicida a base de glifosato, em dois híbridos de milho, um resistente à aplicação do herbicida e ou suscetível ao mesmo. Ambos os híbridos apresentaram danos nas moléculas de DNA. A planta não-resistente apresentou sinais de genotoxicidade associado a todos os tratamentos com glifosato. Já o híbrido resistente só teve danos genotóxicos nos tratamentos com as doses mais altas, indicando que a dose recomendada para uso do herbicida não gera danos no DNA deste híbrido.Item Álcool e dieta hipercalórica retardam a cicatrização de feridas cutâneas de segunda intenção em ratos Wistar(Universidade Federal de Viçosa, 2016-03-04) Rosa, Daiane Figueiredo; Gonçalves, Reggiani Vilela; http://lattes.cnpq.br/5875057326217323Existem poucos estudos demostram efeito do álcool ou da dieta hipercalórica no reparo cutâneo, sendo que nenhum relata o efeito do álcool e da dieta hipercalórica, associados durante a cicatrização. Para iniciar o estudo foi realizada uma revisão sistemática de todos os artigos relevantes sobre o efeito do álcool e da dieta hipercalórica sobre o processo de reparo cutâneo. A partir da revisão sistemática obtiveram-se informações que serviram como base para o presente estudo. Dessa forma, investigou os danos oxidativos, histológicos e bioquímicos do álcool e da dieta hipercalórica, isolados ou associados, durante o processo de reparo cutâneo em ratos wistar. Cinco grupos experimentais foram analisados: G1: controle, dieta comercial e água com gavagem, G2: controle, dieta comercial e água sem gavagem, G3: dieta comercial e álcool, G4: dieta hipercalórica, G5: dieta hipercalórica e álcool. Os animais foram tratados com álcool e dieta hipercalórica durante 61 dias. Após 40 dias de tratamento foram realizadas 3 feridas cutâneas de segunda intenção no dorso dos animais por meio de incisão cirurgia e a cada 7 dias foram retirados fragmentos totalizando 21 dias. Todos os grupos que receberam álcool e dieta hipercalórica apresentaram um retardo no processo de cura, principalmente em relação à alta celularidade, retardo na angiogênese e na deposição de colágeno I, caracterizando o atraso no remodelamento da matriz extracelular. Esses resultados estão condizentes com o aumento do estresse oxidativo pela elevação dos níveis de TBARS, PCN e das enzimas antioxidantes Superóxido Dismutase (SOD), Catalase (CAT), Glutationa-S- Transferase (GST). Além disto, observaram-se alterações sorológicas e biométricas que tem efeito direto no processo de reparo, além do aumento da expressão de TGF-β contribuindo para o processo de inflamação crônica. Assim, baseado em todos os parâmetros analisados, conclui-se que o álcool e a dieta hipercalórica causa um retardo na cicatrização de feridas cutâneas de segunda intenção.Item Alterações morfofisiológicas em Cassia grandis L. (Fabaceae) cultivadas em rejeito de mineração de ferro(Universidade Federal de Viçosa, 2020-02-18) Matos, Letícia Paiva de; Oliveira, Juraci Alves de; http://lattes.cnpq.br/4458609451533689A atividade minerária gera impactos ambientais por diversos meios, como o acúmulo de metais pesados nos solos e na água. As técnicas de fitorremediação, são muito utilizadas e podem ter seu potencial ampliado com a associação a micro-organismos. Este trabalho avaliou o acúmulo de metais pesados e os efeitos sobre parâmetros morfofisiológicos de plântulas de Cassia grandis, associadas a fungos micorrízicos arbusculares (FMA), cultivadas em rejeito de mineração. Sementes de C. grandis foram germinadas em areia lavada e transplantadas para tubetes com substrato comercial, com ou sem FMA. Posteriormente, foram transferidas para vasos com rejeito de mineração e mantidas em casa de vegetação, por 4 meses, divididas em cinco grupos: substrato comercial sem inóculo (T 0 ), rejeito sem inóculo (T 1 ), rejeito e inóculo obtido de solo de floresta nativa (T 2 ), rejeito e inóculo obtido de área contaminada com rejeito (T 3 ), rejeito e inóculo obtido de área contaminada com rejeito com cultura de laboratório (T 4 ). Foram analisados os teores de metais e arsênio, atividade enzimática antioxidante, trocas gasosas, teores de pigmentos cloroplastídicos, de peróxido de hidrogênio, de malonaldeído e morfologia de folhas. Os elementos arsênio, cádmio e chumbo não foram detectados nos tecidos das plantas. Por outro lado, houve aumentos nas concentrações de ferro (Fe) e cobre (Cu) em folhas das plantas cultivadas com rejeitos de mineração em relação ao controle. O cultivo das plantas em substratos com rejeito de mineração resultou em aumento na atividade das enzimas antioxidantes e nos teores de antocianinas, e diminuição nos teores de clorofilas a, b e carotenoides. O aumento da atividade enzimática pode estar relacionado ao aumento da concentração de alguns metais pesados. Os parâmetros de trocas gasosas foram reduzidos e este fato está diretamente relacionado a alta compactação do rejeito, que impõe uma limitação hídrica as plantas. Nossos resultados indicam que o cultivo de C. grandis em rejeitos de mineração impõe danos fisiológicos e, a inoculação de FMA’s, não resultou em ganhos positivos para a maioria dos parâmetros analisados. A limitação física ao desenvolvimento radicular foi o principal problema nos tratamentos contendo rejeitos. Entretanto, com o manejo adequado do solo, esta espécie pode ser utilizada para revegetação de locais contaminados por rejeito de mineração de ferro. Palavras-chave: Fitorremediação. Metais Pesados. Fisiologia Vegetal. Revegetação.Item Alterações morfofisiológicas em morcegos frugívoros (Artibeus lituratus) expostos à formulação comercial do inseticida deltametrina(Universidade Federal de Viçosa, 2017-08-14) Oliveira, Jerusa Maria de; Oliveira, Leandro Licursi de; http://lattes.cnpq.br/4598394373764781A Deltametrina (DTM) é um inseticida piretroide utilizado na agricultura e no controle de vetores de doenças. Resíduos desse pesticida são comumente encontrados no ambiente e podem trazer prejuízos para a saúde de organismos não-alvos, como os morcegos frugívoros. Durante o forrageio, estes animais entram em contato com esse inseticida por intermédio da água e alimentação. No entanto, a literatura científica apresenta escassez de dados que demonstram a toxicidade dos pesticidas em dos morcegos. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar a toxicidade aguda de baixas concentrações do inseticida DTM no morcego frugívoro Artibeus lituratus (Olfers, 1818). Para isso, foram capturados 23 morcegos machos utilizando redes de neblina em fragmentos de Mata Atlântica - MG, Brasil. Os animais foram mantidos em gaiolas (3x3x2 m) no morcegário da Universidade Federal de Viçosa, e porções de mamão pulverizadas com solução do inseticida DTM (0; 0,02; 0,04 mg/kg de mamão), foram oferecidas diariamente aos animais, durante sete dias. Após o período de exposição, foram avaliadas as enzimas antioxidantes catalase (CAT), superóxido dismutase (SOD), glutationa S-transferase (GST), a peroxidação lipídica e as proteínas carboniladas no fígado, músculo peitoral e testículos dos morcegos. Os níveis de peróxido de hidrogênio foram mensurados no fígado e músculo peitoral e o óxido nítrico (NO) no fígado, músculo peitoral, rins e testículos. No plasma, foram mensurados a atividade da alanina aminotransferase (ALT) e aspartato aminotransferase (AST), a glicemia e as proteínas totais. Foram mensurados o percentual de glicogênio hepático, os níveis de lipídios e proteínas totais do músculo peitoral e do fígado. A imunidade inata foi avaliada por intermédio da atividade bactericida do soro e da proliferação celular de esplenócitos. Foram realizadas também avaliações histopatológicas e histomorfométricas no fígado, rim, intestino e testículos. Os morcegos mostraram estresse oxidativo no fígado, no músculo peitoral e nos testículos. No plasma, os animais apresentaram hiperglicemia e aumento das transaminases AST e ALT. O fígado também mostrou redução da reserva de glicogênio, esteatose, e histopatologias pronunciadas. No intestino ocorreu hiperplasia de células caliciformes e maior evidência de células apoptóticas. Os rins mostraram aumento de glicogênio nos túbulos proximais, infiltrados inflamatórios, nefroesclerose vascular benigna e redução dos níveis de NO. Os testículos dos morcegos expostos mostraram aumento nos níveis de NO, apoptose das células germinativas e histopatologias severas. Os parâmetros imunológicos avaliados não apresentaram alterações entre os grupos, provavelmente devido ao tempo de exposição. Portanto, esses resultados nos mostram que a exposição oral de morcegos frugívoros à baixas concentrações da formulação comercial do inseticida DTM pode alterar o metabolismo de carboidratos, causar injúrias no fígado, músculo peitoral, rins, intestino e testículos. Portanto, a DTM pode ser tóxica para morcegos frugívoros, e comprometer a saúde desses animais.Item Alterações morfológicas dos testículos e vesículas seminais da abelha Plebeia lucii (Hymenoptera: Apoidea: Meliponini), durante a maturação sexual.(Universidade Federal de Viçosa, 2008-06-26) Campos, Mônica Volpini; Serrão, José Eduardo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785636U6; Lino Neto, José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786229P1; Campos, Lúcio Antonio de Oliveira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783908P9; Matta, Sérgio Luis Pinto da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798314Z0; Lisboa, Luciane Cristina Oliveira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4707649T7A abelha sem ferrão Plebeia lucii foi descrita pelo Prof. Dr. Pe. Jesus Santiago Moure em 2004, a partir de indivíduos de uma colônia coletada em Viçosa, Minas Gerais. Para contribuir com o conhecimento da morfologia e fisiologia do aparelho reprodutor masculino desta espécie os ductos deferentes, vesículas seminais e os testículos foram investigados em abelhas entre zero e 16 dias de vida. O sistema reprodutor em machos dessa espécie é formado por um par de testículos, cada um com quatro folículos, e por um par de ductos deferentes, os quais possuem uma região dilatada e modificada, as vesículas seminais. Assim como os demais meliponíneos, não possuem glândulas acessórias no trato reprodutor masculino. Após quatorze dias de idade os machos podem ser considerados sexualmente maduros, já que as vesículas estão cheias de espermatozóides e os testículos encontram-se degenerados.Item Alterações no intestino anterior durante a metamorfose da abelha Apis mellifera (Hymenoptera: Apidae): origem do proventrículo(Universidade Federal de Viçosa, 2022-02-23) Guedes, Daniela de Castro; Serrão, José Eduardo; http://lattes.cnpq.br/9112109608104411Abelhas são insetos holometábolos, passando assim por uma complexa mudança corpórea durante a metamorfose. Além disso, são insetos bem-sucedidos evolutivamente, e parte desse sucesso se deve a variedade fisiológica e estrutural de seu trato digestório, que é dividido em três porções anatomicamente distintas: intestino anterior ou estomodeu, intestino médio ou ventrículo e intestino posterior ou proctodeu. O intestino posterior tem como função o equilíbrio osmótico e excreção, o intestino médio é simples morfologicamente, porém é complexo funcionalmente, sendo este o principal sitio de digestão e absorção de nutrientes. No intestino anterior ocorre a passagem e o armazenamento do alimento. Este, segundo Cruz-Landin (2009), não sofre uma metamorfose real no sentido de degeneração, o que ocorre de fato é uma diferenciação seguida de uma reorganização celular, ocorrendo assim um alongamento dessa porção do intestino e a formação do papo e do proventrículo. O proventrículo é o segmento final do intestino anterior, situado na transição para o intestino médio. Durante a fase larval o proventrículo está representado apenas pela válvula estomodeal, sendo o bulbo formado durante a metamorfose. O presente estudo buscou investigar os eventos celulares que possibilitam a formação e diferenciação do proventrículo durante a metamorfose de Apis mellifera. As regiões precursoras do proventrículo foram submetidos a análises histológicas e de imunofluorescência para detecção de apoptose, autofagia, proliferação e diferenciação celular. Os dados mostraram proliferação celular ocorrendo nas pré- pupas, nas pupas de olho branco e de olho marrom. Nas pupas de olho rosa não ocorre proliferação, e sim uma intensa diferenciação celular. Morte celular por apoptose ocorre em grande quantidade nas pré-pupas, sendo raras nos outros estágios do desenvolvimento. Pupas de olho preto e adultas não apresentaram células positivas para os anticorpos testados.Item Análise citogenética de abelhas do gênero Trigona Jurine, 1807 (Hymenoptera: Meliponini)(Universidade Federal de Viçosa, 2015-07-28) Ferreira, Ríudo de Paiva; Lopes, Denilce Menezes; http://lattes.cnpq.br/9692779348110730O gênero Trigona é um dos maiores e mais amplamente distribuídos táxons de abelhas da tribo Meliponini. A citogenética comparativa permite através de suas técnicas de bandamento clássica e molecular entender sobre a evolução do cariótipo em diversos organismos. As informações citogenéticas disponíveis para o gênero Trigona mostram um número diplóide constante (2n=34), além disso, as espécies do gênero compartilham um cromossomo acrocêntrico totalmente eucromático (Ae). Este trabalho buscou (i) verificar se existem variações cromossômicas e como estas se distribuem entre as populações de espécies com ampla distribuição, Trigona spinipes (ii) descrever citogeneticamente algumas espécies do gênero e por fim, (iii) buscar alguns caracteres citogenéticos para entender a evolução cariotípica em Trigona. Os resultados obtidos neste trabalho reforçam a homogeneidade do número diploide entre as espécies do gênero Trigona. O mapeamento do microssatélite (GA)15 mostrou-se mais efetivo para separar populações de T. spinipes do que as espécies do mesmo gênero. O gene rDNA 18S apresentou variações interespecíficas, contudo não foram observadas diferenças numéricas e de posicção desse gene entre as popT. spinipes. Uma comparação usando os marcadores citogeneticos (quantidade de heterocromatina, rDNA 18S e cromossomo Ae) sugere um processo de eliminação da heterocromatina no gênero Trigona. Por fim, esse estudo ressalta a importância de se usar técnicas de citogenética molecular em estudos com populações, e de citogenética comparativa de espécies com baixo polimorfismo cromossômico, como as abelhas da tribo Meliponini.Item Análise da expressão de desmogleína 1 e desmoplaquina nas linhagens de células epiteliais MDCK e MCF-7 antes e após uma transição fenotípica de crescimento(Universidade Federal de Viçosa, 2008-07-04) França, Andressa Antunes Prado de; Martins, Marcelo Lobato; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4789678A0; Neves, Clóvis Andrade; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785611E1; Vilela, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781002D7; http://lattes.cnpq.br/1081080156647658; Paula, Sérgio Oliveira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4767540P4; Serrão, José Eduardo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785636U6Estudos anteriores identificaram uma alteração no padrão de crescimento de algumas linhagens celulares cultivadas em monocamada, dentre elas as células MDCK, derivadas de epitélio normal de rim de cão, e as células MCF-7, derivadas de carcinoma de mama humana. Nas células MDCK, foi observada uma transição de um comportamento exponencial para um regido por distribuição em leis de potência. Já nas células MCF-7, a transição observada comportou-se de maneira contrária, de uma distribuição em leis de potência para um decaimento exponencial. No presente estudo, foi analisada a expressão da proteína de adesão desmogleína (Dsg) por meio de western blot e imunofluorescência, usando-se amostras das linhagens supracitadas antes e após a transição fenotípica de crescimento. Assim, amostras de MDCK foram retiradas antes de 76 horas e após 146 horas do plaqueamento, e amostras de MCF-7 foram retiradas antes de 64 horas e após 140 horas, para análise da caderina desmossômica. Após a obtenção das quatro amostras, estas tiveram seu perfil protéico caracterizado por meio de eletroforese unidimensional em gel de poliacrilamida a 8%, e em seguida, as proteínas do gel foram transferidas para uma membrana de nitrocelulose, por meio de transferência eletroforética, e a presença da desmogleína foi revelada com solução do anticorpo monoclonal 32-2B, específico para isoforma 1. Os resultados do western blot indicaram que as amostras de MCF-7 apresentavam maior expressão de Dsg1 que as MDCK, sendo que as MCF-7 antes da transição apresentam a maior expressão de Dsg1, e dentre as MDCK, a amostra obtida após a transição apresentou nível mais elevado de Dsg1. Para realização da imunofluorescência, as amostras das duas linhagens foram obtidas nos mesmo tempos citados para as amostras para eletroforese. As células haviam sido plaqueadas sobre lamínulas de 13mm em placas de 24 poços, sendo então fixadas e marcadas com anticorpo primário 11-5F, contra outra proteína desmossômica, a desmoplaquina, e em seguida com anticorpo secundário marcado com FITC. O resultado da imunofluorescência indica maior concentração de proteínas desmossômicas organizadas na membrana celular nas células MCF-7 antes da transição, em relação à amostra retirada após a transição, e nas MDCK, maior marcação após a transição, sendo que, de forma condizente com o resultado do western blot, as células MCF-7 apresentaram marcação mais intensa que as MDCK para as proteínas desmossômicas. Os resultados deste experimento indicam uma relação entre os níveis de expressão da Dsg e o regime de crescimento das linhagens celulares analisadas, de modo que a possível atuação desta proteína em vias de controle do ciclo celular deve ser discutida.Item Análise da vacinação BCG segundo a classificação operacional e gênero nos casos novos de hanseníase no município de Ubá/MG, de 2000 a 2016(Universidade Federal de Viçosa, 2018-02-07) Garcia, Ingrid Rabite; Silva, Eduardo de Almeida Marques da; http://lattes.cnpq.br/1660439179548274A hanseníase é uma doença de notificação compulsória que permanece como um problema de saúde pública no Brasil. A Organização Mundial da Saúde (OMS), com intuito de facilitar a classificação da doença para fins de tratamento, adotou a classificação operacional que estabelece os pacientes com até cinco lesões como paucibacilares e aqueles com seis ou mais lesões como multibacilares. A presença da cicatriz de BCG é reconhecida como um fator protetor contra a hanseníase. Alguns estudos demonstram que uma dose adicional de BCG oferece um acréscimo na proteção. Além disso, há estudos em que a BCG proporciona maior proteção contra as formas multibacilares. Diante desse quadro, o presente trabalho tem como objetivo descrever e relacionar as variáveis classificação operacional, vacinação BCG e o gênero dos casos novos de hanseníase ocorridos na comunidade ao redor da Casa de Saúde Padre Damião (CSPD), município de Ubá, no período de 2000 a 2016. Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo, com abordagem quantitativa dos dados e inter-relacional das variáveis. Os dados foram coletados das fichas do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), contidas nos prontuários dos pacientes, ou por entrevista para observação da cicatriz vacinal de BCG. Foram identificados e analisados 43 casos novos de hanseníase. A análise descritiva das variáveis demonstrou o predomínio do gênero feminino, forma multibacilar e de vacinados entre os casos novos. Ao relacionarmos as variáveis, na distribuição da classificação operacional segundo vacinação ocorreu uma diminuição significativa na porcentagem de casos multibacilares entre os sem cicatriz de BCG (94%) e aqueles com uma ou duas cicatrizes (65%). Quando feita a análise de estratificação por gênero, essa diminuição foi observada entre nenhuma (100%) e uma cicatriz de BCG (58%) nas mulheres. Nos homens, essa diminuição ocorreu entre nenhuma ou uma cicatriz (85%) e aqueles com duas cicatrizes de BCG (0%), sendo todos classificados como paucibacilares. Os achados desse estudo sugerem que a presença da cicatriz de BCG (1 ou 2) possa oferecer maior proteção contra a forma multibacilar e a segunda cicatriz, possa oferecer um acréscimo de proteção nos homens contra essa forma.Item Análise de redes extracelulares de neutrófilos (NETs), autofagia e apoptose desencadeados por vírus Zika(Universidade Federal de Viçosa, 2019-10-21) Oliveira Neto, Mário José de; Paula, Sergio Oliveira de; http://lattes.cnpq.br/5214959393777074O vírus Zika (ZIKV) apresenta tendência de migrações para órgãos imuno privilegiados no qual tem a capacidade de se replicar e gerar doenças graves. O vírus nesses locais, sem a presença de neutrófilos, se replica e ativa vias de escape. A imunidade inata atua em resposta às doenças virais pela formação de redes extracelulares de neutrófilos (NETs) que usam as vias de autofagia para promover a destruição de vírus impedindo o escape viral por meio da apoptose. O objetivo desse trabalho foi mostrar a ação das redes extracelulares de neutrófilos em vírus Zika, avaliando se as mesmas são capazes de ativar as vias estresse oxidativo e autofagia necessária para a ativação e destruição viral e se apoptose interfere nesse processo. Foram coletados neutrófilos de nove doadores saudáveis, purificados e avaliados por imuno marcação, FACS (Citometria de fluxo), leitor de fluorescência para avaliar a presença de NETs, autofagia, estresse e vias de sinalização, e apoptose estimulados pelo vírus Zika ou não. Os resultados mostraram que ocorre formação de NETs pela formação de estruturas visíveis ao microscópio, com a presença de autofagia. A quantificação de estresse oxidativo e peroxidase também confirma a ocorrência de NETs ex vivo induzidas por ZIKV em neutrófilos humanos, e a sinalização de duas horas das proteínas p-ERK e p-AKT mostram que não ocorre escape viral. A via de apoptose foi observada apenas de forma basal no grupo controle e no grupo que recebeu ZIKV o que indica que não ocorre escape viral em neutrófilos. O presente estudo demonstra que em neutrófilos existe um eficiente sistema de resposta ao vírus, e pode-se concluir que o vírus zika estimula os neutrófilos a ativarem as vias de estresse, autofagia, e de NETs, pela sinalização p-Erk e que não ocorre vias de escape viral em neutrófilos humanos infectados com ZIKV. Palavras-chave: Zika. NETs (redes extracelulares de neutrófilos). Autofagia. Apoptose.Item Análise do uso de nanotubos de carbono como veículos para aprimorar a transfecção de um candidato vacinal de DNA contra o vírus da dengue(Universidade Federal de Viçosa, 2015-03-30) Calegari, Luan Prados; Paula, Sérgio Oliveira de; http://lattes.cnpq.br/4788161979827841As infecções causadas pelos vírus dengue representam a principal arbovirose em nível mundial e são de grande importância para o nosso país. O controle desta doença se baseia na tentativa de eliminar os mosquitos transmissores, pois não existem vacinas disponíveis comercialmente para este vírus, o qual é representado por quatro sorotipos diferentes. Pesquisas recentes com desenvolvimento de vacinas contra a dengue têm explorado o uso de expressão de antígenos recombinantes em vetores de expressão, chamados vacinas de DNA. Recentemente tem sido estudado o uso de nanotubos de carbono para aplicações na área biológica, como transporte e disponibilização de drogas, proteínas e genes em células. No presente estudo foi utilizado um candidato vacinal de DNA tetravalente contra a dengue, o qual possui genes para a expressão do domínio III da proteína E dos quatro sorotipos do vírus. Foi feita a conjugação do mesmo com nanotubos de carbono de paredes múltiplas e foi verificado quanto a sua expressão tanto em cultura de células como em modelos animais, com avaliação do padrão de resposta imunológica gerado. Pelos resultados obtidos foi possível observar que o candidato vacinal de DNA tetravalente desenvolvido obteve uma resposta pouco satisfatória quando testado in vitro e in vivo, uma vez que o único resultado interessante foi com relação ao aumento de células B e a produção de citocinas pró-inflamatórias IFN- γ e IL-6. Além disso, foi demonstrado que a conjugação do candidato vacinal com o MWCNT não gerou aumento da resposta imune nos camundongos, sendo que o único resultado obtido foi um aumento de células B quando os camundongos foram tratados com esse composto.Item Análise histológica e morfométrica de componentes neuroendócrinos do intestino delgado do gambá Didelphis aurita (Wied-Neuwied, 1826)(Universidade Federal de Viçosa, 2009-05-21) Ribeiro, Gláucia Marques Freitas; Neves, Clóvis Andrade; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785611E1; Matta, Sérgio Luis Pinto da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798314Z0; Fonseca, Cláudio César; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780777E6; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762276Z3; Maldonado, Izabel Regina dos Santos Costa; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780778U6; Benjamin, Laércio dos Anjos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4797917E7; Barbosa, Larissa Pires; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703455A2Objetivou-se analisar os aspectos referentes à histologia e morfometria do intestino delgado de dez gambás pós-púberes e adultos da espécie Didelphis aurita. A descrição morfométrica do intestino delgado desta espécie foi realizada enfocando as camadas mucosa, submucosa e muscular. A quantificação das células enteroendócrinas e dos gânglios nervosos mioentéricos e submucosos foi realizada nos diferentes segmentos deste órgão. As técnicas de coloração utilizadas visaram identificar e quantificar células argirófilas (Grimelius), argentafins (Masson-Fontana modificada), e imunorreativas à insulina (imunoperoxidase direta), dos gânglios mioentéricos e submucosos (H-E), além das camadas mucosa, submucosa e muscular (H-E). A população de células enteroendócrinas argirófilas e argentafins foi menor distalmente, com destaque para o maior número de células argirófilas quando comparada às demais. O número destas células não variou entre as regiões iniciais, médias e finais do duodeno, jejuno e íleo (P>0,05), exceto as células argirófilas no jejuno. Em média, foram encontrados cerca de 17,29 gânglios submucosos/mm2 na camada submucosa, e 23,77 gânglios mioentéricos/mm2 entre as camadas musculares. Nenhuma diferença foi constatada em relação ao número destes gânglios entre os segmentos intestinais (P>0,05). Também, não existiu nenhuma relação entre o número de gânglios nervosos submucosos e mioentéricos e as células endócrinas dos diferentes segmentos do intestino delgado (P>0,05). Foram constatadas diferenças na espessura das camadas intestinais entre o duodeno, jejuno e íleo (P<0,05), embora nenhuma variação tenha ocorrido entre as regiões inicial, média e final de cada segmento (P>0,05). Nenhuma relação foi encontrada entre o número de células enteroendócrinas e a espessura das camadas do intestino delgado de D. aurita adultos e pós-púberes (P>0,05) e entre o número de gânglios nervosos submucosos e mioentéricos e a espessura das camadas da parede intestinal (P>0,05). A maioria das células endócrinas não diferiu numericamente (P>0,05) entre animais adultos (Classe 1) e pós-púberes (Classe 2) e, somente a espessura da camada muscular do duodeno e jejuno foi maior nos gambás da classe 2 (P<0,05). Os aspectos histológicos e neuro-endócrinos encontrados no intestino delgado do gambá Didelphis aurita foi similar ao relatado na literatura para os mamíferos placentários.Item Análise histológica e por imunofluorescência de órgãos de camundongos para detecção de Klebsiella pneumoniae(Universidade Federal de Viçosa, 2006-08-04) Gomides, Antônio Frederico de Freitas; Neves, Clóvis Andrade; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785611E1; Vanetti, Maria Cristina Dantas; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783874H3; Mezencio, José Mário da Silveira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787261E6; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4768675U0; Oliveira, José Rogério de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785966E6; Pereira, Simone Cardoso Lisboa; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4792968Y6O presente trabalho teve como objetivo demonstrar a presença de antígenos de K. pneumoniae, em tecidos ou órgãos de camundongos imunodeprimidos e não imunodeprimidos, tratados com dieta enteral contaminada com K. pneumoniae na presença e ausência de prebióticos FOS e inulina. Fígado e baço dos animais oriundos do sexto e sétimo dia de experimento foram coletados e processados através de técnicas histológicas para a análise por microscopia óptica e de fluorescência. Para a técnica de imunofluorescência indireta foi produzido anti-soro policlonal contendo anticorpos para K. pneumoniae utilizando coelhos albinos da raça Nova Zelândia. O anti-soro obtido também apresentou reação positiva nos testes sorológicos para 14 isolados de Klebsiella sp. Os testes de imunofluorescência indireta e de colorações com hematoxilina e eosina (HE), azul-de-toluidina, ácido periódico de Shiff (PAS) e Gram, utilizados para a detecção de K. pneumoniae, não revelaram indícios da presença da bactéria no fígado e no baço, bem como as análises histológicas não demonstraram alterações nos órgãos analisados.Item Análise proteômica da glândula de Dufour em operárias nutridoras e campeiras de Apis mellifera L. (Hymenoptera: Apidae)(Universidade Federal de Viçosa, 2016-03-04) Teixeira, Aparecida das Dores; Serrão, José Eduardo; http://lattes.cnpq.br/0589444655432816Em abelhas eussociais, que inclui Apis mellifera, a colônia é constituída por uma rainha, com função reprodutiva, e de operárias estéreis ou semi-estéreis, que exercem as demais funções dentro da colônia como cuidados com a prole e busca por alimento. Associada ao aparelho do ferrão há a glândula de Dufour, que dentre outras funções, desempenha importante papel na comunicação entre os membros da colônia. Esta glândula libera substâncias químicas, mas a natureza e a função dos compostos variam em diferentes táxons. O objetivo deste estudo foi identificar proteínas com abundância diferencial nas glândulas de Dufour de operárias nutridoras e campeiras de A. mellifera. As glândulas de Dufour foram dissecadas, e as proteínas, extraídas. Os extratos proteicos foram submetidos à eletroforese bidimensional em gel. Spots diferencialmente abundantes foram digeridos e os peptídeos analisados no espectrômetro de massas MALDI/TOF- TOF. Os espectros de fragmentação (MS/MS) foram pesquisados em bancos de dados usando a ferramenta Mascot, e as proteínas identificadas foram validadas usando o software Scaffold. Um total de 131 spots apresentou abundância diferencial entre nutridoras e campeiras, sendo identificadas 28 proteínas distintas. Destas 28 proteínas identificadas, 21 foram mais abundantes em nutridoras e sete proteínas foram mais abundantes em campeiras. As proteínas identificadas pertencem a diferentes categorias funcionais envolvidas nos metabolismos proteico, energético, lipídico e de carboidratos, detoxificação, homeostase, comunicação celular, citoesqueleto, proteínas constitutivas e alergênicas. Os dados obtidos neste estudo trazem novas informações que contribuem para a compreensão das funções biológicas da glândula de Dufour e seu papel na organização social das abelhas.Item Análise proteômica de espermatecas de fêmeas virgens e rainhas fecundadas de Atta sexdens rubropilosa FOREL, 1908 (Hymenoptera: Formicidae)(Universidade Federal de Viçosa, 2012-02-17) Malta, Juliana; Salomão, Tânia Maria Fernandes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787017A5; http://lattes.cnpq.br/4648922320228181; Pereira, Maria Cristina Baracat; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780021E6; Ribeiro, Myriam Marques Ramos; http://lattes.cnpq.br/9067587442716563As formigas cortadeiras do gênero Atta, popularmente conhecidas como saúvas, pertencem à Tribo Attini, família Formicidae e ordem Hymenoptera, a qual também inclui as abelhas e as vespas. Assim como na maioria das fêmeas de insetos, as rainhas deste gênero possuem um órgão que armazena espermatozóides após o acasalamento, conhecido como espermateca. A estocagem do esperma na espermateca permite a fertilização dos ovos independentemente da presença do macho. O tempo de armazenamento do esperma varia entre os insetos, podendo chegar a 20 anos nas formigas. Desta forma, o presente estudo teve como objetivo avaliar proteínas diferencialmente expressas na espermateca de fêmeas virgens e de rainhas fecundadas da espécie de formiga cortadeira Atta sexdens rubropilosa, visando obter dados que poderão contribuir para o entendimento da biologia reprodutiva dessa espécie. Para isso, fêmeas virgens e rainhas fecundadas foram coletadas no campo no dia da revoada e as espermatecas dissecadas. Posteriormente, as proteínas das espermatecas foram extraídas e submetidas à eletroforese bidimensional. Os perfis protéicos foram analisados e 22 spots que indicavam expressão diferencial foram excisados e submetidos à espectrometria de massas para identificação. Dentre as proteínas presentes nestes 22 spots, 16 apresentaram possível homologia com proteínas descritas nos bancos de dados utilizados, sendo que seis foram consideradas proteínas desconhecidas. Apenas a proteína Actina 5-C, identificada na espermateca de rainhas fecundadas, apresentou dados de identificação significativa, embora os valores de massa e pI da maioria das outras proteínas tenham sido próximos aos da proteína com a qual houve homologia. Além disso, valores de % de cobertura da sequência, scores e número de matchs foram consideráveis para algumas das proteínas avaliadas, o que indica que estudos mais detalhados com essas proteínas poderão ser úteis para ampliar os conhecimentos acerca das mesmas e facilitar a sua real identificação. Os resultados obtidos poderão também ser úteis em estudos futuros objetivando a compreensão do papel de proteínas da espermateca de A. sexdens rubropilosa e, consequentemente, de outros insetos, no processo de armazenamento e manutenção de grandes quantidades de gametas viáveis nesse órgão.