Economia Aplicada

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    Regulação ambiental e comércio internacional: fluxos comerciais de grãos Brasil - OCDE
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-02-21) Padrão, Glaucia de Almeida; Duarte, Jason de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/7575373657569182; Garcia, João Carlos; http://lattes.cnpq.br/5362848930704368; Lírio, Viviani Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763739E6; http://lattes.cnpq.br/5213278146723474; Torres, Daniela Almeida Raposo; http://lattes.cnpq.br/2773152340636494; Cunha, Dênis Antônio da; http://lattes.cnpq.br/1033658951252242; Silveira, Suely de Fátima Ramos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4704277E4
    As últimas três décadas do século XX foram marcadas pela crescente preocupação com a relação entre o crescimento econômico e o meio ambiente; preocupação esta que foi gerada pelos conservacionistas influenciados pelas idéias malthusianas de escassez dos recursos, mostrando a necessidade de repensar os padrões de produção e consumo. Novos instrumentos de política pública passaram a ser incorporados na década de 1980, com o objetivo principal de reduzir o trade-off entre o crescimento econômico e a preservação dos recursos naturais. Quando se tem em mente as relações comerciais entre países, o debate tem gerado crescente interesse nos fóruns de discussão, mas é também marcado por controvérsias. Por um lado estão os defensores do livre comércio, que acreditam que um comércio internacional sem barreiras é promotor de crescimento, geração de renda, redução das desigualdades, e consequentemente, da preservação ambiental. Por outro lado, osambientalistas defendem que a liberalização comercial faria com que os países desenvolvidos se beneficiassem em detrimento dos países menos desenvolvidos, além de estimular práticas produtivas promotoras da destruição do meio ambiente. Dessas discussões emergiram duas abordagens principais que têm sido utilizadas em importantes estudos empíricos sobre o tema: a hipótese de Pollution Haven, que argumenta que as diferenças de padrões ambientais existentes entre os países, levam a uma realocação das indústrias poluentes dos países com regulação ambiental rígida para os países com regulação menos rígida (em geral países em desenvolvimento); e a hipótese de Porter e van der Linde (1995), pela qual a restrição ambiental não reduz a competitividade da indústria em um país; podendo aumentar a competitividade da mesma se a política ambiental for bem definida. É sabido que, historicamente, sempre houve diferenças entre os países desenvolvidos e em desenvolvimento, no que tange a formulação de políticas ambientais, marcadas por uma política mais restritiva nos primeiros em comparação com os segundos. Este estudo foi conduzido de maneira a testar empiricamente a hipótese de Pollution Haven para o comércio de grãos brasileiros com destino aos países da OCDE, utilizando como proxy para a restritividade da regulação ambiental os índices de performance ambiental - EPI, e tendo como modelo para testar a equação empírica o modelo gravitacional. Analisando os índices de desempenho ambiental para o Brasil e para os países da OCDE, observou- se grande discrepância entre os países no que tange à formulação de políticas ambientais, haja vista que a regulação ambiental interna é determinada pelos interesses políticos, econômicos e sociais de cada país. No que tange o Brasil, este se encontra classificado abaixo de países desenvolvidos da OCDE na maior parte dos índices, indicando que a regulação ambiental brasileira é menos restritiva em relação aos principais países da OCDE. Isto pode resultar em um entrave às práticas produtivas sustentáveis, uma vez que o interesse global e o bem estar coletivo são postos de lado, em prol do crescimento econômico desordenado e práticas produtivas mais baratas. Os resultados do modelo gravitacional mostraram que a regulação ambiental mais restritiva xvpraticada pelos países da OCDE tendem a intensificar as exportações brasileiras dos grãos considerados neste estudo, nas diferentes categorias de política ambiental, o que indica a comprovação da hipótese de Pollution Haven. Concluiu-se, portanto, que a fiscalização ineficiente das normas ambientais e um abrandamento da regulação ambiental, podem ser explicações para os resultados obtidos. Este resultado torna-se ainda mais grave quando o Brasil tem sua regulação ambiental comparada com países desenvolvidos, indicando que o país tem caminhado na contramão das propostas mundiais de melhoria da qualidade e proteção do meio ambiente, apesar dos progressos feitos com os inúmeros acordos internacionais assinados pelo Brasil. Assim, este estudo constitui um avanço no que tange a análise dos efeitos causados pela regulação ambiental nos fluxos de comércio entre o Brasil e os países pertencentes a OCDE, e chama a atenção para o desenvolvimento e utilização de metodologias mais específicas que abordem o tema, considerando não apenas o aspecto ambiental, mas todos os aspectos considerados pela sustentabilidade, a saber, a economia, o meio ambiente e a sociedade.
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    Alternativas de financiamento para o Regime Geral de Previdência Social e suas implicações na economia brasileira
    (Universidade Federal de Viçosa, 2007-03-20) Tosta, Marielce de Cássia Ribeiro; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; Lírio, Viviani Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763739E6; Gomes, Marília Fernandes Maciel; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780074U1; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766938D7; Almeida, Eduardo Simões de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4797699P4; Ponciano, Niraldo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4791992U4; Teixeira, Erly Cardoso; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787961Y8
    Desde a Constituição de 1988, o déficit do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) vem aumentando consecutivamente, tornando-se alvo de intensa discussão na agenda dos debates do Brasil. A necessidade de mudanças no RGPS tornou-se consenso no País, para que se alcance o equilíbrio das contas públicas e, por conseguinte, o desenvolvimento da economia. Assim, buscou-se, neste trabalho, conhecer as características relacionadas ao financiamento do RGPS e suas implicações na economia brasileira. Para isso, foram utilizadas as teorias do desenvolvimento econômicas e a de finanças públicas. No modelo analítico, utilizaram-se o índice de Rasmussen- Hirschman, para determinação de setores-chave; os multiplicadores setoriais de produto, emprego, renda e impostos para a economia brasileira em 1996; o modelo de equilíbrio geral computável; e o modelo de simulação demográfico-atuarial para o Sistema Previdenciário Brasileiro (MAPS). Da análise dos resultados encontrados, em primeiro lugar, pode-se ressaltar que a Indústria de transformação foi considerada setor-chave para a economia nacional. Isso significa que esse setor é o de maior envergadura em gerar desenvolvimento para o País, dada a sua capacidade de induzir os demais setores ao processo de transformação estrutural. Deve-se ressaltar também que o multiplicador de produto calculado determinou que se poderia aumentar a capacidade de arrecadação por meio de políticas voltadas à produção dos setores das Indústrias de transformação, Indústrias extrativas e Instituições financeiras, uma vez que esses setores apresentaram melhores resultados do multiplicador de produto; quanto aos demais setores, esse aumento na arrecadação poderia vir dos seus próprios rendimentos, uma vez que estes apresentaram melhores resultados no tocante aos multiplicadores de emprego e renda. Já na análise do modelo de equilíbrio geral, foram considerados seis cenários distintos. De todos os cenários analisados, apenas dois puderam ser considerados como alternativas ao financiamento do RGPS: o cenário 1, que considera nula a alíquota de contribuição do RGPS sem nenhuma contrapartida; e o cenário 6, que utiliza alíquota de 14% sobre o valor adicionado dos setores para financiar o Regime. Em ambos os cenários houve melhora nos níveis de poupança interna e do governo, nos salários, nos rendimentos dos autônomos e não-autônomos (rendimento do capital), do investimento e do consumo das famílias. Foram observados ainda aumento do nível de produção e redução dos níveis de preços no cenário 1 e uma variação positiva e muito pequena dos preços no cenário 6. Todos esses indicadores são corroborados pela análise de bem-estar, que indicou variação positiva da renda para as famílias. No entanto, existem várias incertezas quanto à forma de financiamento proposta no cenário 1. Por esse motivo, a melhor alternativa para minimizar o déficit do RGPS no Brasil seria o sexto cenário. Por fim, da análise do MAPS, ressaltou-se a relevância das despesas da Previdência Rural no custeio do Regime como um todo, sendo estas advindas principalmente das aposentadorias por idade e que elevariam os custos do RGPS até 2030. Esses resultados obtidos no presente trabalho são de suma importância para destacar os efeitos tanto dos setores econômicos quanto das alterações dos impostos no financiamento da Previdência na economia do País, bem como mostrar a relevância da Previdência Rural para o déficit do Regime.
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    Globalização financera, inserção externa e risco-Brasil
    (Universidade Federal de Viçosa, 2006-12-28) D'almeida, Alexandre Rodrigues; Carvalho, Fátima Marília Andrade de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788650U3; Lima, João Eustáquio de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783228J6; Silva, José Maria Alves da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4793502U2; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4709386T7; Fernandes, Cândido Luiz de Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787669U1; Corrêa, Vanessa Petrelli; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4789701J6; Silva, Orlando Monteiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781281D9
    Na década de 80, o capitalismo passou por profundas transformações institucionais, com a desregulamentação dos mercados e a maior liberdade dos movimentos dos capitais, quando se verificou um processo de intensa integração dos mercados financeiros domésticos entre os países, aumentando a instabilidade das finanças mundiais. Nesse período, o Brasil conviveu com um processo inflacionário crônico aliado à crise cambial. A maior liquidez internacional na década seguinte possibilitou a adoção de programas de estabilização de cunho neoliberal, fundamentados em programas de privatização e na utilização de âncora cambial, além da promoção de uma profunda abertura tanto comercial quanto financeira. A conseqüência foi que, a partir de meados da década de 90, o País incorreu em crescentes déficits de transações correntes, que o conduziram a uma situação de maior vulnerabilidade a choques externos. O País acabou atingido tanto pelas crises asiática e russa, na segunda metade da década de 90, quanto pelas turbulências financeiras e políticas, em níveis internacional e doméstico, no interregno entre 2000 e 2002. Recentemente, uma série de acontecimentos contribuiu para uma conjuntura internacional extremamente favorável: o forte crescimento da economia mundial, o intenso desenvolvimento do comércio internacional e a melhoria dos termos de troca dos produtos primários e manufaturados intensivos em trabalho e energia. Esses fatos permitiram ao Brasil obter superávits em transações correntes a partir de 2003, quando se iniciou um movimento de recorrente declínio do seu risco-país. Atualmente, o seu patamar se encontra entre os mais baixos da série histórica. A literatura recente sobre o risco-Brasil se encontra em duas vertentes, ambas concentradas no aspecto macroeconômico: uma, representada pelo modelo de sustentabilidade fiscal, considera que o risco-Brasil é causado pelos juros elevados, e seus partidários que advogam a adoção de uma política cambial passiva e a ampliação do superávit primário; a outra, representada pela ótica da solvabilidade externa, considera os juros elevados causadores do risco-Brasil, e os seus adeptos propõem uma política cambial ativa e redução da taxa de juros. O objetivo primeiro deste trabalho foi testar, por meio de modelos econométricos apropriados, a hipótese de que o risco-Brasil é fortemente influenciado pelos fluxos de capitais voláteis, caracterizando-se forte dependência de fatores exógenos, em vez de ser determinado pelos fundamentos econômicos domésticos. Os resultados sugerem que os fluxos de capitais internacionais primeiramente afetam a taxa de juros doméstica, que, por sua vez, acaba afetando o risco-país. Isto serve como crítica tanto ao modelo da sustentabilidade fiscal quanto à ótica da solvabilidade externa, por não considerarem em suas análises a causalidade do risco-Brasil, ou seja, que sua determinação é fundamentalmente determinada de fora para dentro do País. Dessa forma, para a manutenção do atual baixo risco-Brasil, a análise não deve somente se concentrar nas questões macroeconômicas da política cambial e da causalidade entre taxa de juros e risco-Brasil, mas também levar em conta a histórica política referente à forma subordinada como o Brasil realizou a sua integração econômica junto à economia mundial, orientada pelos interesses dos países centrais.
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    Impactos dos subsídios agrícolas dos Estados Unidos no crescimento do agronegócio brasileiro
    (Universidade Federal de Viçosa, 2007-06-06) Figueiredo, Adelson Martins; Campos, Antônio Carvalho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781810A0; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; Santos, Maurinho Luiz dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783108H7; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4735944P2; Perobelli, Fernando Salgueiro; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703617J2; Almeida, Eduardo Simões de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4797699P4; Teixeira, Erly Cardoso; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787961Y8
    Em 1994, com a conclusão das negociações multilaterais do Acordo Agrícola da Rodada Uruguai, estabeleceram-se metas de redução de 20% dos subsídios à produção agrícola nos países desenvolvidos (PDs). Entretanto, mesmo com a assinatura desse acordo os Estados Unidos da América (EUA) elevaram os volumes de subsídios à produção agrícola, quase triplicando-os no período de 1995 a 2001. Assim, a redução desses subsídios nos EUA tem sido discutida na Organização Mundial do Comércio, principalmente a partir de novembro de 2001 quando se iniciou a Rodada Doha. Para o Brasil, a relevância da diminuição desses subsídios nos EUA e em outros PDs está relacionada à importância do agronegócio, o qual é responsável por cerca de um terço do PIB do Brasil. Ademais, aproximadamente 40% das exportações brasileiras advêm das vendas externas de produtos agroindustriais. No intuito de contribuir com a discussão e com o entendimento dos efeitos dos subsídios agrícolas dos EUA sobre o crescimento do agronegócio brasileiro, investigou-se a hipótese de esses subsídios distorcerem os preços relativos de Brasil e EUA, gerando perdas de competitividade e empecilhos ao crescimento e desenvolvimento do agronegócio brasileiro. Para obtenção de respostas mais objetivas, utilizou-se de um Modelo Aplicado de Equilíbrio Geral para a economia brasileira e norte-americana. Expost usaram-se hipóteses de market-share constante para mensurar as alterações na competitividade da economia brasileira. Ademais, calcularam-se possíveis variações na taxa de câmbio real bilateral entre Brasil e EUA. Foram construídos cenários de redução dos subsídios agrícolas nos EUA por instrumentos de política, dentre os quais selecionaram-se os Loan Deficiency Payments (LDP), os Marketing Loss Assistance (MLA) e os Counter-Cyclical Payments (CCP). De maneira geral, a redução desses subsídios promoveria contração na produção do agronegócio norte-americano, gerando oportunidades de expansão da produção desse setor no Brasil. Verificaram-se distorções nos preços relativos de Brasil e EUA, especialmente nos preços de soja, milho, indústria do açúcar e álcool e outros da agricultura. Por meio das mudanças na taxa de câmbio real bilateral constatou-se que essas distorções são mais significativas em setores específicos do que na economia brasileira. O aumento das exportações brasileiras ocorreria devido a ganhos de competitividade medida tanto em níveis de eficiência quanto em níveis de desempenho. Verificou-se ainda que a redução dos subsídios dos EUA em até US$ 3,51 bilhões elevaria o bem-estar das famílias norteamericanas, compensando a contração do PIB. Entretanto, reduções superiores a US$ 3,51 bilhões gerariam ganhos de bem-estar inferiores aos das quedas no PIB dessa economia. A partir de aproximadamente US$ 10 bilhões foram constatadas quedas no PIB e no bem-estar das famílias norte-americanas. Quanto ao Brasil, a redução conjunta dos LDP, CCP e MLA promoveria aumentos no PIB e no bemestar per capita compreendidos entre R$ 7,71 a R$ 9,58 e R$ 4,86 a R$ 6,08, respectivamente. Assim, conclui-se que o fechamento da Rodada Doha com redução dos subsídios dos EUA promoveria aumentos da competitividade do agronegócio brasileiro, com incrementos no PIB e no bem-estar da economia.
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    Mudanças no perfil de pobreza no Brasil: uma análise multidimensional a partir da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2002-2003 e 2008-2009
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-01-15) Rodrigues, Cristiana Tristão; Lima, João Eustáquio de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783228J6; Helfand, Steven M.; http://lattes.cnpq.br/7500417981576662; http://lattes.cnpq.br/6589443552217993; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; Salvato, Márcio Antônio; http://lattes.cnpq.br/2172044497745150; Neder, Henrique Dantas; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728120U4; Coelho, Alexandre Bragança; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4707938D3
    Durante muito tempo, houve uma controvérsia na literatura de pobreza sobre qual indicador seria o mais apropriado para mensurar o bem-estar das famílias. O consumo, por diversas razões, passou a ser apontado como uma medida de bem-estar mais acurada do que a renda. Diante destes fatos, surge a necessidade de definir uma medida que capte o bem-estar de forma mais consistente. Portanto, a primeira parte desta tese tem como objetivo principal definir um novo perfil de pobreza para o Brasil e analisar as mudanças ocorridas no período de 2003 a 2009, utilizando-se os dados de consumo, da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF), como medida de bem-estar. São apresentadas as metodologia para estimação da linha de pobreza alimentar e linhas de pobreza ajustadas para itens não alimentares, bem como a metodologia para construção de medidas-resumo adequadas do agregado de pobreza. Além disto, apresenta-se metodologia de imputação para correção de erros de mensuração no consumo alimentar da POF. A conclusão que se chega sobre a incidência da pobreza no Brasil, é que, de fato, esta vem declinando ao longo da última década, o que corrobora com os resultados dos diversos estudos de pobreza que vem sendo realizados no Brasil. Porém, o grande diferencial, é que neste trabalho constata-se que a pobreza tem caído no Brasil, com base no consumo como medida de bem-estar, o que ainda não foi apresentado na literatura sobre o assunto. Ao se utilizar esta medida de bem-estar, nota-se que a incidência de pobreza é menor do que quando se considera a renda monetária como medida de bem-estar. Além disto, a queda na pobreza também foi menos expressiva ao se considerar o consumo como medida de bem-estar. Portanto, a utilização da renda monetária, além de superestimar a incidência da pobreza, tende a gerar quedas mais expressivas nas taxas de pobreza ao longo do tempo. Este resultado se torna pertinente, devido ao fato de que a renda monetária tem, xviitradicionalmente, sido utilizada, para calcular os índices de pobreza, apesar do consumo ser apontado na literatura como uma medida de bem-estar mais acurada do que esta última. É importante ainda destacar que as taxas de pobreza estimadas com base nas linhas de itens alimentícios e não alimentícios são maiores que as taxas estimadas com base nas linhas administrativas do governo. Sendo assim, o governo ao usar estas linhas administrativas pode estar deixando de atender importante parcela da população que precisa de auxílio. Por outro lado, estudos recentes têm enfatizado que apesar do consumo ser uma medida de bem-estar mais acurada do que a renda, este indicador, por si só, não é um indicador completo de pobreza. Ou seja, a substituição da renda pelo consumo na definição das linhas de pobreza não resolve o problema da insuficiência de indicadores unidimensionais, para a análise da qualidade de vida e, por conseguinte da pobreza. Diante destas considerações, a segunda parte deste trabalho tem como objetivo fornecer estimativas de pobreza para o Brasil que vão além da dimensão de renda e consumo, utilizando-se de uma abordagem mais sofisticada para a combinação de um conjunto mais amplo de variáveis que captam outras dimensões importantes da qualidade de vida, no intuito de propiciar assim a definição de um perfil multidimensional e subjetivo para o Brasil, bem como uma análise das mudanças ocorridas nestes perfis no período de 2003 a 2009, utilizando-se para tanto os microdados da Pesquisa de Orçamento Familiar. Apresenta-se a metodologia de Alkire e Foster (2011a) para mensuração da pobreza multidimensional. Esta metodologia consiste de um método de identificação que estende a tradicional abordagem da união e interseção, e de um método de agregação da pobreza. A etapa de identificação emprega a abordagem de "dual cutoff". A etapa da agregação emprega as tradicionais medidas FGT, apropriadamente ajustadas para considerar a multidimensionalidade do fenômeno da pobreza. A conclusão deste trabalho é que, em relação à pobreza de renda, que caiu drasticamente na última década, a pobreza multidimensional tem diminuído de forma mais gradual. Identificou-se que a Pobreza multidimensional é um problema mais grave nas áreas rurais e nas regiões Norte e Nordeste. Desta forma, o Índice de Pobreza Multidimensional pode contribuir para o planejamento das políticas sociais de enfrentamento da pobreza na medida em que revela a intensidade da pobreza em diferentes grupos populacionais, possibilitando melhor focalização. Isso é um avanço, pois permite que áreas com pobreza muito severa sejam priorizadas. Além disto, o Índice traz informações também sobre as dimensões que mais contribuem para a pobreza, o que pode ajudar a potencializar o efeito dos investimentos sociais e a orientar políticas públicas. A análise de decomposição mostra que privações em educação, consumo em necessidades básicas e condições de moradia são as que mais contribuem para o índice de pobreza xviiimultidimensional total. Sendo assim, as intervenções de políticas públicas deveriam ser direcionadas na intenção de garantir melhorias no acesso à estes três indicadores, o que levaria a menor grau de incidência da pobreza. Melhoria na percepção que as famílias têm de suas próprias condições de vida, por meio da queda nas taxas de pobreza subjetivas, corrobora o declínio na pobreza multidimensional, o que é um indicativo de melhoria nas condições de vida da população. As decomposições, no entanto, mostram um quadro um pouco diferente, com a insuficiência de renda, alimentação e saúde/acesso à serviços contribuindo mais para a pobreza multidimensional subjetiva. Embora a pobreza tenha diminuído, as taxas de pobreza multidimensional e subjetivas permanecem elevadas.
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    The dynamics of farm milk price formation in Brazil
    (Universidade Federal de Viçosa, 2007-04-18) Siqueira, Kennya Beatriz; Kilmer, Richard Lee; Aguiar, Danilo Rolim Dias de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796127H2; Campos, Antônio Carvalho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781810A0; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762340P2; Rufino, José Luís dos Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780382T0; Reis, Brício dos Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761466Z0; Perez, Ronaldo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763156J5
    O setor lácteo é um dos maiores setores da economia agrícola do País. Entretanto, este setor tem sofrido significativas mudanças no período pós-liberalização. Por isso, é importante saber quais mudanças ocorreram na integração espacial do mercado e na formação do preço do leite no nível de produtor. Este problema é importante para o desenvolvimento do setor lácteo e ainda não foi estudado no Brasil. O objetivo geral deste trabalho é analisar a dinâmica de formação do preço do leite no Brasil. A teoria adotada é uma versão de Faminow e Benson (1990), desenvolvida para um mercado olipsionista no Brasil. A metodologia é uma modificação de Gonzalez-Rivera & Helfand (2001), a qual é composta de extensão do mercado, padrão de interdependência e grau de integração do mercado. A extensão do mercado é determinada através da medida do índice de autosuficiência, teste de raiz unitária e procedimento de Johansen. Este último é focado na busca de uma tendência comum entre as séries temporais. O padrão de interdependência é estudado usando a análise do vetor de correção de erros, em associação com Directed Acyclic Graphs. Por último, o grau de integração é medido pelas funções de impulsoresposta derivadas da decomposição de Bernanke. Como resultado, verificou-se que o mercado lácteo no Brasil é composto por Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Nas regiões Norte e Nordeste existem vários mercados locais. Constatou-se também que este mercado tem uma baixa velocidade de ajustamento a choques e não existe um líder na formação de preço no Brasil.
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    Desenvolvimento regional e convergência de renda nos municípios do Estado do Ceará
    (Universidade Federal de Viçosa, 2007-03-21) Barreto, Ricardo Candéa Sá; Almeida, Eduardo Simões de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4797699P4; Lima, João Eustáquio de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783228J6; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4774829Z7; Perobelli, Fernando Salgueiro; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703617J2; Coelho, Alexandre Bragança; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4707938D3; Lírio, Viviani Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763739E6
    O problema da pesquisa investigado neste estudo refere-se à inserção e ao fortalecimento econômico de cidades estratégicas do interior do Ceará no processo de desenvolvimento regional. A hipótese é de que o futuro destas depende não apenas do mercado baseado no princípio da eficiência econômica, mas também do planejamento estadual, com políticas apropriadas de desenvolvimento para cada agrupamento formado no interior com um equilíbrio estável entre forças centrípetas e centrífugas. Os objetivos gerais deste trabalho foram estudar se a desconcentração regional das atividades econômicas nos municípios do estado do Ceará foi eficiente e verificar se houve entre eles convergência e transbordamento espacial no período de 1996 a 2003. A metodologia utiliza técnicas da Econometria Espacial, estimando um modelo com o intuito de captar externalidades que afetam o crescimento do PIB per capita dos municípios cearenses, verificando as variáveis que influenciam diretamente o desenvolvimento dos municípios vizinhos, seu PIB per capita e a formação de clusters espaciais. Para tal, dividiu-se a análise em duas etapas. Na primeira, utilizou-se o método da Análise Exploratória de Dados Espaciais (AEDE). Na segunda, implementou-se um modelo de convergência espacial para verificar se, no período de análise, as disparidades regionais aumentaram ou diminuíram. Os resultados indicaram autocorrelação positiva para todos os anos analisados, a formação de clusters significativos de municípios de alto crescimento do PIB per capita circundados por municípios de alto crescimento do PIB per capita e municípios de baixo crescimento do PIB per capita circundados por municípios de baixo crescimento do PIB per capita em todos os anos. No que se refere à convergência, os resultados mostram que, no período de 1996 a 2003, houve convergência de PIB per capita, ou seja, houve uma diminuição das disparidades regionais. Contudo, ressaltam-se questões inerentes ao processo de desenvolvimento e crescimento econômico, planejamento de médio e longo prazos, tipologias regionais, dentre outros. Foram também investigadas as principais forças econômicas por trás do desenvolvimento intermunicipal de 1996 a 2003, dentro do estado do Ceará, sobretudo a relação entre crescimento do PIB per capita, acesso ao mercado, atratividade espacial e amenidades locais, usando o método de análise da Econometria Espacial com dados de painel. Os resultados obtidos permitiram identificar a possível formação de um clube de convergência, no Estado, entre os municípios que mais cresceram. Interessante é notar também que as desigualdades dão-se principalmente entre os municípios mais industrializados: Fortaleza, Maracanaú, Eusébio, Horizonte, Maranguape, todos da Região Metropolitana de Fortaleza, e Sobral e o interior do Estado. Embora algumas mudanças, no que diz respeito à velocidade de convergência, possam ser percebidas, de modo geral as posições relativas não se alteram e as desigualdades são mantidas. Além disso, ficou destacada na pesquisa a importância do capital humano, do capital social, da infra-estrutura e das economias de urbanização (em que os custos de transportes se inserem), dos mercados regional e metropolitano, das externalidades positivas e negativas pelo efeito do meio industrial, do efeito congestão da densidade demográfica e de outras amenidades urbanas do desenvolvimento econômico dos municípios. O modelo econométrico de convergência condicional mostrou que o crescimento do PIB per capita foi afetado negativamente pelas variáveis criminalidade e densidade demográfica, e positivamente pelas variáveis capital humano, infra-estrutura, capital social, meio industrial e potencial dos mercados regional e metropolitano. A desigualdade regional no Ceará é muito grande. Estima-se que um período de 51 anos é necessário para o nível inicial de renda per capita atingir metade do nível do estado estacionário (nível de equilíbrio), controlando a heterogeneidade espacial deste processo por efeitos fixos. Em resumo, foi comprovado que a influência de determinado município sobre o seu vizinho é de suma importância, uma vez que permite identificar níveis de interdependência dentro do estado do Ceará. E, além disso, no período analisado, comprovou-se um movimento de homogeneização no estado do Ceará, ou seja, desconcentração espacial da renda per capita.
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    Mudanças recentes nos ciclos de negócios brasileiros
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-02-24) Lopes, Luckas Sabioni; Chauvet, Marcelle; http://lattes.cnpq.br/0029580161463777; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; Lima, João Eustáquio de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783228J6; http://lattes.cnpq.br/6272544093682738; Caetano, Sidney Martins; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4706384A9; Vieira, Fabrício de Assis Campos; http://lattes.cnpq.br/3303467687565454; Alexopoulos, Joana Georgios
    A presente tese contém dois artigos. No primeiro novos fatos sobre os ciclos de negócios ocorridos no Brasil entre 1947 e 2012 são oferecidos. Utiliza-se um método de extração do componente cíclico do produto interno bruto (PIB) que combina o resultado de diversos filtros Hodrick-Prescott, criando um conjunto de informações que é robusto aos problemas de quebras estruturais e de seleção de filtros. As principais conclusões do artigo são que os ciclos econômicos no país são assimétricos, com expansões mais longas que recessões; a tendência de crescimento da economia tornou-se visivelmente mais suave após os anos 1980; e, há uma quebra na volatilidade do PIB ocorrendo aproximadamente nos anos de 1996 ou 1997, quando o país se tornou mais estável. Foi também verificado que a taxa de crescimento de longo prazo da economia reduziu-se em 50%, de um valor de 8% ao ano no período de 1947 a 1980, a 4% no período seguinte. O segundo capítulo estuda profundamente a questão da Grande Moderação aplicada ao caso brasileiro, investigando quais fatores geraram a queda observada na volatilidade da inflação e do produto no país. Para tanto, estima-se um modelo dinâmico de equilíbrio geral estocástico (DSGE) Novo Keynesiano, através de técnicas bayesianas, ao longo de diferentes amostras para o período de 1975 a 2012. De acordo com os resultados obtidos, a Grande Moderação Brasileira começou no ano de 1995, quando a volatilidade da inflação e do Produto Interno Bruto (PIB) caiu significativamente. Detectaram-se também instabilidades nos parâmetros que descrevem o setor privado, a política monetária e a variância dos choques exógenos. Com respeito às causas desse fenômeno, mudanças na política monetária e nos choques explicam a redução na volatilidade da inflação (aproximadamente 50% cada, de acordo com algumas especificações). Entretanto, nas estimações em primeira diferença, percebeu-se que alterações na inclinação da curva de Phillips também foram importantes para a estabilização da inflação. Em relação ao PIB, a redução da variância dos choques foi o único fator por trás de sua maior estabilidade. A Grande Moderação no Brasil é, portanto, fruto de um misto de política monetária efetiva, de mudanças no setor privado e de um ambiente macroeconômico favorável.
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    Regulação e eficiência dos modelos de concessões de rodovias no Brasil
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-06-30) Profeta, Graciela Aparecida; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; Lírio, Viviani Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763739E6; http://lattes.cnpq.br/8771374825470483; Cunha, Dênis Antônio da; http://lattes.cnpq.br/1033658951252242; Santos, Vladimir Faria dos; http://lattes.cnpq.br/5215950216933713; Nascimento, Ana Carolina Campana; http://lattes.cnpq.br/2348397234521519
    Acredita-se que as concessões de rodovias no Brasil melhoraram as condições físicas das vias e aumentaram a segurança dos usuários. Contudo, isto afetou a competitividade dos produtos nacionais frente ao mercado externo, dado que comparativamente às concessões em outros países, as brasileiras apresentam elevados custos com pedágio, em decorrência do crescimento das tarifas que muitas vezes ocorre acima da inflação observada no período. Isto, é, muitas vezes, atribuído ao fato de ser custoso para o Poder Concedente e órgãos reguladores obterem informação completa sobre os dados financeiros e operacionais das concessionárias, permitindo que as mesmas tenham oportunidade de aumentar as tarifas acima do necessário, alegando a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro. Essas evidências sugerem que o Estado não tem conseguido desenvolver mecanismos capazes de ofertar rodovias em condições adequadas e ao mesmo tempo garantir uma tarifa menos onerosa. Nesse contexto, indaga-se: os modelos de concessões de rodovias no Brasil têm sido mecanismos que garantem a eficiência na oferta do serviço? Para tanto, verificou-se o papel das agências reguladoras, analisou-se os diferentes modelos de concessões e aferiu os níveis de eficiência considerando um ambiente de incerteza. As discussões se sustentaram na teoria da regulação econômica. Para alcançar os objetivos propostos, utilizou-se estudo documental para averiguar o papel das agências e examinar características dos diferentes modelos de concessões e aplicou-se o a análise envoltória de dados em dois estágios com o uso da regressão tobit bootstrap de modo a inserir na análise os fatores não discricionários, mas que afetam os níveis de eficiência. Em relação às agências reguladoras, verificou-se que os conselhos diretores, órgãos máximos da agência, são compostos por membros nomeados pelos Governos sem preocupações com a capacidade técnica. Logo, passíveis de ação oportunista de grupos de interesse. No que tange à independência financeira, o que se notou foi que, em alguns casos, o orçamento das agências dependiam, em parte, do percentual de receitas das concessionárias afetando a independência decisória. Quanto aos modelos de concessões, observaram-se diferentes regras em relação à definição do vencedor da licitação, que variam desde as que garantiam a menor tarifa, o maior valor de outorga, ou ainda uma mescla desses dois critérios. Tais diferenças, implicam nos retornos dos negócios, nos valores das tarifas e nos padrões de qualidade, e na eficiência do setor. Quanto à análise empírica, o que se pôde inferir foi que não há evidência de um modelo dominante de concessões de rodovias no Brasil. Todavia, pode-se afirmar que os modelos federal, gaúcho e paulista foram os de melhor desempenho e o modelo paranaense o pior, e isto pode estar associado ao fato de que os dois primeiros tiveram a implantação das agências reguladoras no inicio do período de concessão, e para o Paraná isso só correu em 2012. Além disso, notou-se que a presença da agência foi importante para explicar a eficiência. Portanto, com base nisso, confirma-se a hipótese de que os melhores modelos são aqueles que apresentaram estrutura regulatória associada. Como fator limitante à pesquisa, aponta-se a dificuldade na obtenção de dados que permitissem inserir questões de assimetria de informação no modelo empírico. Neste sentido, como sugestão para futuras pesquisas acredita-se que a inserção de variáveis que contemplem questões de qualidade, assimetria de informação, características específicas das agências e dos modelos possam enriquecer o estudo.
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    Impactos do programa nacional de crédito fundiário sobre a renda, o patrimônio e a qualidade de vida do sertão nordestino
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-08-27) Brito, Marcos Antônio de; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; Helfand, Steven M.; http://lattes.cnpq.br/7500417981576662; Lírio, Viviani Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763739E6; http://lattes.cnpq.br/6064996324287183; Khan, Ahmad Saeed; http://lattes.cnpq.br/3198350508846033; Lima, João Eustáquio de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783228J6; Silveira, Suely de Fátima Ramos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4704277E4
    Objetivando mitigar os problemas decorrentes da concentração de terras, renda e da pobreza no meio rural brasileiro, foi criado o Programa Nacional de Crédito Fundiário - PNCF. No caso do Nordeste, a principal categoria é o Combate à Pobreza Rural. Portanto, a pergunta que norteia essa pesquisa é a seguinte: quais são os impactos das políticas públicas de financiamento de crédito fundiário sobre a renda e o patrimônio, que repercutem na qualidade de vida dos seus beneficiários? Nesse sentido, este trabalho tem como objetivo principal avaliar o impacto do crédito fundiário na renda agropecuária e patrimônio, além de mensurar a qualidade de vida dos seus beneficiários. Para tanto, utilizaram-se como referenciais teóricos: políticas públicas, modelo teórico de maximização de receita líquida e a teoria da qualidade de vida. Para avaliar o impacto do crédito fundiário foi utilizado o método de dupla diferença, enquanto a mensuração da qualidade de vida dos entrevistados foi feita usando o método linear da média aritmética e análise fatorial. Desta forma, pôde-se concluir que: o crédito fundiário proporcionou elevado aumento na renda agropecuária dos beneficiários do PNCF, no período de 2006 a 2010. Todavia, esse impacto diminuiu significativamente, no período de 2006 a 2012, mormente devido à baixa pluviosidade e falta de incentivos de programas que complementem as ações do crédito fundiário, como por exemplo o PRONAF. Portanto, houve uma diminuição significativa da renda e do patrimônio dos entrevistados (beneficiários e não beneficiários), no período de 2010 a 2012, devido ao baixo desempenho da agropecuária, por consequência da seca de 2012; durante o período de carência, o impacto do PNCF na renda e no patrimônio mostrou-se negativo e insignificante estatisticamente. Somente a partir do quarto ano é que se observou impacto positivo e significante. Mas, os melhores resultados foram encontrados só a partir do sexto ano de exposição ao Programa. No que concerne à qualidade de vida, encontrou-se um Índice de Qualidade de Vida dos Beneficiários IQVB e não Beneficiários - IQVN dentro do intervalo de média qualidade de vida. Entretanto, o grupo de beneficiários apresentou resultados melhores, na maioria dos indicadores de qualidade de vida, enquanto o grupo de beneficiários mostrou resultados próximos ao limite de baixa qualidade de vida.