Agroquímica
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Item Estudo da atividade inseticida e dos constituintes voláteis das partes aéreas (folhas e cascas) de Gallesia gorazema Moq. por cromatografia em fase gasosa e espectrometria de massas(Universidade Federal de Viçosa, 1995-08-24) Teixeira, Robson Ricardo; Barbosa, Luiz Claúdio de Almeida; http://lattes.cnpq.br/6104660258664620Gallesia gorazema, da família das fitolacáceas, é uma espécie vegetal que faz parte da imensa flora medicinal brasileira. De grande valor terapêutico, é utilizada, popularmente, para combater os mais diferentes tipos de enfermidades. Além disso, no meio rural acredita-se que suas cascas possuam atividade inseticida contra baratas e repelente contra vários insetos. O presente trabalho teve por meta realizar testes biológicos para averiguar se as cascas apresentavam ou não atividade inseticida e, ou, repelente, bem como analisar a composição química das cascas, objetivando identificar os compostos responsáveis por tais atividades. Os testes biológicos conduzidos em laboratório, com baratas e cascas de Gallesia gorazema, evidenciaram que as mesmas são altamente repelentes para tais insetos e não mostraram possuir nenhuma atividade inseticida. Para o propósito de se estudar a composição química das cascas da espécie vegetal, foram preparados extratos etéreo e por arraste a vapor das cascas. Estes extratos foram, então, analisados por cromatografia em fase gasosa e espectrometria de massas (CG/EM). O cromatograma do extrato etéreo das cascas mostrou a presença de um grande número de compostos, sendo possível a identificação dos organossulfurados 2,3,4-tritiapentano (trissulfeto de metila), metilmetanotiossulfinato, metilmetanotiossulfonato, 1,2,4-tritiolano, metiotiometildissulfeto, metiltiometildimetilsulfona, 2,3,4,6-te-tratiaeptano, 1-metilsulfonil-2,3-ditiabutano, 2,3,5,7-tetratiaoctano, 2,4,5,7-te-tratiaoctano (bis (metiltiometil)dissulfeto), 2,3,5,6- tetratiaoctano, 2,3,4,6,8-pentatianonano, 2,3,5,6,8-pentatianonano, 1,4- dimetilsulfinil-2,3-ditiabutano e 2,4,5,6,8-pentatianonano, além dos compostos não-sulfurados hidroquinona, 4-hidroxi-3-metilacetofenona e 2,3-diidro-3,5-diidroxi-6-metil-4H-piran-4-ona. A análise do óleo essencial das cascas revelou a presença dos organossulfurados 2,3,4- tritiapentano (trissulfeto de metila), metilmetanotiossulfinato, metilmetanotiossulfonato, 1,2,4-tritiolano, metiotiometildissulfeto, 2,3,4,5-tetratiaexano (tetrassulfeto de metila), 2,3,5,6-tetratioeptano, 2,3,4,6-tetratiaeptano, 1,2,4,5-tetratiano, 2,3,4,6-tetratiaeptano, 1- metilsulfonil-2,3-ditiabutano, 2,3,5,7-tetratiaoc-tano, 2,4,5,7-tetratiaoctano (bis (metiltiometil)dissulfeto), 2,3,4,6,8-penta-tianonano, 2,3,5,6,8- pentatianonano, 1-metilsulfinil-2,3,4-tritiaexano, 1,4-dimetilsulfinil-2,3- ditiabutano e 2,4,5,6,8-pentatianonano. Ainda foi analisado por CG/EM o extrato etéreo das folhas, no qual foi possível identificar os compostos organossulfurados dimetilsulfona, metilmetanotios-sulfonato, benzotiazol, 1-metilsulfonil-2,3,-ditiabutano e, ainda, os com-postos não-sulfurados hidroquinona, 4-hidroxi-3-metilacetofenona, 3-oxo-α-ionol e vitamina E na forma de α-tocoferol. Tendo-se em vista a possibilidade de utilização de Gallesia gorazema como uma fonte alternativa de vitamina E, subseqüentemente procedeu-se à quantificação do teor desta vitamina, em diferentes tipos de amostras de folhas, por cromatografia em fase gasosa.Item Estudo físico-químico de ilmenitas ocorrentes no Brasil, desenvolvidas de pedossistemas máficos(Universidade Federal de Viçosa, 1996-01-10) Doriguetto, Antonio Carlos; Goulart, Antônio Taranto; http://lattes.cnpq.br/4581537476491370Para determinar a composição química e os parâmetros cristalográficos da ilmenita, um óxido duplo de ferro e titânio, mineral normalmente descrito por meio de sua fórmula estequiométrica (FeTiO3), foi estudado um perfil de solo, desenvolvido de anfibolito. Neste trabalho, o mineral em questão, retirado da rocha fresca e alterada, bem como dos respectivos horizontes A, B e C do solo, foi estudado por difratometria de raios X, espectroscopia Mössbauer, medidas de magnetização espontânea e análise química. Procurando estabelecer relações entre a litologia de origem e a composição química e mineralógica das ilmenitas estudadas, foram também analisadas amostras provenientes de um Latossolo- Roxo, desenvolvido de basalto. Os resultados demonstram que em anfibolitos e solo dele derivado, a exemplo de outras rochas máficas, como o basalto e seus produtos de alteração, a espécie mineralógica, normalmente, relatada como ilmenita, com composição FeTiO3, é na verdade membro da série substitucional (1-x)Fe2O3(x)FeTiO3, com x variando de 0,79 a 0,91. Este mineral, quando no solo, é encontrado dentro de lamelas de espécies magnéticas (maghemita) e também na forma livre, na fração granulométrica do solo de tamanho do silte. Os resultados permitem ainda, verificar que, com o transcorrer do intemperismo, a solução sólida perde Fe3+, por mecanismos desconhecidos, tendendo sua composição para a da ilmenita estequiométrica.Item Estudo químico dos frutos de Rheedia gardneriana (Pl. e Tr.) e aplicações biológicas dos constituintes(Universidade Federal de Viçosa, 1996-02-28) Santos, Marcelo Henrique dos; Nagem, Tanus Jorge; http://lattes.cnpq.br/4558270749970982Rheedia gardneriana, conhecida popularmente como “bacuparí”, “bacuparí miúdo” e “bacoparé”, é uma planta da família Guttiferae, nativa da região Amazônica, e se encontra espalhada por todo o território brasileiro em menor proporção. O estudo químico do fruto (casca e polpa) conduziu à identificação dos seguintes constituintes: sesquiterpenos (mistura de compostos C15H24, contendo, dentre outros: α-copaeno, α-muuroleno e cadineno), ésteres de ácidos graxos (palmitato, estearato, oleato, linoleato e linolenato), açúcares (glicose, sacarose e frutose), triterpenóide pentacíclico (ácido oleanólico), benzofenona prenilada (clusianona) e esteróides (estigmasterol e β-sitosterol). Além destes compostos, foram isolados outros que não tiveram suas estruturas até o momento elucidadas, por constituírem misturas de hidrocarbonetos e álcoois. Os constituintes RCH1B, RCH5B e RCD8, extraídos da casca do fruto, foram avaliados quanto ao seu potencial biológico em testes realizados in vitro. RCH5B e RCD8 mostraram atividade inibitória do crescimento de Staphylococcus aureus e Listeria monocytogenes. Já RCH5B demonstrou atividade sobre o crescimento da fitobactéria Clavibacter michiganense subsp. michiganense. No teste sobre a eclosão de juvenis do fitonematóide Meloidogyne incognita, raça 3, a substância RCD8 mostrou-se mais eficiente na redução de eclosão deste patógeno. Quanto ao potencial alelopático, somente RCH5B demonstrou atividade sobre Sorghum bicolor.Item Determinação espectrofotométrica de fungicidas ditiocarbamatos em frutos do tomateiro (lycopersicon esculentum Mill.)(Universidade Federal de Viçosa, 1996-08-28) Dias, Mauro Cesar; Queiroz, Maria Eliana Lopes Ribeiro de; http://lattes.cnpq.br/3114105343647059Os fungicidas ditiocarbamatos são amplamente empregados em diversas olericulturas no controle da requeima da batata e do tomate, no mídio da videira, em antraquinoses da abóbora e do pepino, etc. Apesar de a maioria desses fungicidas estarem catalogados na classe de toxicidade inexpressiva ao homem, eles podem apresentar, em casos excepcionais, riscos sérios à saúde humana. Procurou-se, neste trabalho, avaliar o nível de contaminantes em tomates produzidos e comercializados na região de Viçosa, determinando-se os índices de resíduos de fungicidas ditiocarbamatos no fruto total, na casca e na polpa. Desse modo, fez-se necessário determinar a curva de persistência do fungicida maneb, em tomates, em duas condições: amostras expostas no campo e amostras armazenadas em laboratório. Para essas análises utilizou-se o método espectrofotométrico de hidrólise ácida, amplamente estudado preliminarmente, no qual fez-se uso de Curva de Calibração e Calibração Multivariada (PLS) e do método espectrofotométrico de extração com 1-(2'-piridilazo)-2-naftol (PAN). Para identificar o fungicida ditio-carbamato presente nas amostras aleatórias, foi empregada Cromatografia em Camada Delgada (CCD). Os resultados foram expressos em níveis de maneb, fungicida ditio-carbamato bastante utilizado pelos agricultores dessa região. O tempo máximo de permanência deste fungicida foi de 10 dias no fruto armazenado em laboratório e de oito dias no fruto exposto no campo, sendo o tempo máximo de permanência estipulado pelo fabricante de sete dias. Comparando os resultados, o método espectrofotométrico de extração com PAN apresentou níveis de resíduos de maneb relativamente superiores aos encontrados pelo método espectrofotométrico de hidrólise ácida. Possivelmente, espécies de manganês presentes, oriundas da degradação do maneb, interferem no processo de complexação com PAN, o que poderia justificar esses resultados. O uso da Calibração Multivariada possibilitou estudos de técnicas com-putacionais, complementando o método espectrofotométrico de hidrólise ácida. Os níveis de resíduos de maneb determinados no fruto total estão abaixo do limite máximo permitido pela legislação, que é de 2 mg kg-1 em tomates.Item Caracterização nutricional da plasteína obtida da proteína da folha de mandioca, da soja e do soro de queijo(Universidade Federal de Viçosa, 1996-09-26) Souza, Eliana Carla Gomes de; Nagem, Tanus Jorge; http://lattes.cnpq.br/1749833699813885Com o objetivo de testar o aproveitamento de fontes protéicas de baixo custo (folha de mandioca, do soro de queijo e da soja) através da reação da plasteína, para obtenção de um produto com propriedades físico-químicas e nutricionais satisfatórias para fins na alimentação humana, foram preparados o isolado protéico de folha de mandioca (IPFM), o concentrado protéico de soro ultrafiltrado (CPSU) pelo processo de ultrafiltração e adquirido no mercado o isolado protéico de soja. O IPFM e o CPSU foram desengordurados após a obtenção. O IPFM, CPSU e o isolado protéico de soja (Proteimax- 90 HG) foram submetidos separadamente ao processo de hidrólise enzimática. Em seguida, foram misturados e submetidos ao processo de ressíntese enzimática, utilizando-se pancreatina em diferentes valores de pH para hidrólise e síntese. Durante as reações foram controlados temperatura, tempo de reação, pH e concentração da enzima e do substrato. Foram dialisados a plasteína e o sobrenadante de plasteína. Os teores protéicos da plasteína precipitada e do sobrenadante de plasteína foram 52,6 e 72,0%, respectivamente, sendo o teor protéico do sobrenadante da plasteína superior ao do concentrado protéico de soro ultrafiltrado e do isolado protéico de folha de mandioca. Os resultados da atividade de urease demonstraram que houve destruição quase completa de todos estes fatores. Pode-se verificar que tanto as matérias - primas quanto os produtos obtidos podem ser considerados boas fontes de aminoácidos essenciais, principalmente para adultos e criança após o desmame. Os valores do Quociente da Eficiência Líquida Protéica (NPR) das plasteínas não diferiram estatisticamente dos apresentados pela caseína e o valor da Utilização Líquida da Proteína (NPU) da plasteína precipitada não diferiu estatisticamente da caseína e o do sobrenadante de plasteína foi inferior ao padrão de caseína. A plasteína precipitada e o sobrenadante de plasteína apresentaram valores de digestibilidade significativamente inferiores (P< 0,05) ao padrão, com adequação de 70,3 e 91,2%, respectivamente, em relação à caseína. A plasteína precipitada e o sobrenadante de plasteína são boas fontes de cobre e sódio e não são boas fontes de cálcio e potássio. A plasteína precipitada é boa fonte de ferro, manganês, magnésio e zinco, segundo recomendação do RDA (1989). Pode-se concluir que com a reação de plasteína, há uma melhoria na qualidade protéica de fontes alternativas.Item Avaliação da contaminação, por crômio, em ecossistemas aquáticos, nas proximidades de indústrias de curtimento de couros em Minas Gerais(Universidade Federal de Viçosa, 1996-09-27) Silva, Alessandro Costa da; Jordão, Cláudio Pereira; http://lattes.cnpq.br/4716407733343855Este trabalho é uma contribuição ao estudo da contaminação, por crômio, em ecossistemas aquáticos fluviais que recebem dejetos resultantes das atividades de indústrias de curtimento de couros (curtumes). Essa problemática decorre da freqüência e necessária utilização de compostos de crômio, visando à melhoria da qualidade do couro. O aspecto bioquímico mais importante e provavelmente mais conhecido do crômio é a reação com as proteínas, como a curtição de couros, que é a transformação do colágeno da pele em couro através do entrelaçamento das protofibrilas do colágeno. No que tange à toxicidade do crômio, esta depende do estado de oxidação em que é lançado no efluente. Existem muitas referências sobre os efeitos cancerígenos do Cr(VI), e outras sobre a possibilidade de íons Cr(V) também o serem; os íons Cr(III), entretanto, não parecem ter, diretamente, implicações tóxicas. Embora nos despejos de curtumes predominem os compostos de crômio trivalente, dependendo de alguns parâmetros característicos do corpo receptor, a oxidação de Cr(III) à Cr(VI), acredita-se poder ser favorecida, colocando em risco a fauna, a flora e a população que utiliza estas águas. A principal preocupação neste trabalho deve-se à possibilidade de despejos de íons Cr(III) que, mesmo não sendo tão nocivos, causarem efeitos maléficos em elevadas concentrações. Foram realizadas análises em compartimentos abióticos como águas, material particulado em suspensão e sedimento e em compartimentos bióticos como vegetação ribeirinha e peixe. A determinação de crômio foi realizada em espectrofotômetro de absorção atômica, em chama N2O-acetileno, utilizando o método de adição-padrão para análise de águas, e curva de calibração para as demais amostras. As localidades estudadas compreenderam: Ipatinga, Matias Barbosa, Dores de Campo, Ressaquinha, Ubá, e Juiz de Fora. Para efeitos comparativos, analisaram-se amostras coletadas em área não-industrializada (Belmiro Braga-MG). Os resultados obtidos confirmaram a contaminação. Em geral, as amostras de vegetação, sedimento e peixe apresentaram maior contaminação. Pela análise em itens da biota, concluiu-se que existe uma transferência de crômio entre os compartimentos dos ecossistemas estudados. Consciente da complexidade do problema, e considerando a importância atual dos estudos ambientais, é necessário que se faça um monitoramento visando gerar dados relevantes para o controle ambiental.Item Determinação de resíduos de organoclorados em águas empregando diferentes técnicas de extração e quantificação por cromatografia em fase gasosa(Universidade Federal de Viçosa, 1996-12-18) Chagas, Cíntia Maria; Queiroz, Maria Eliana Lopes Ribeiro de; http://lattes.cnpq.br/8300314729671971A crescente e indiscriminada utilização de agrotóxicos na agricultura brasileira tem acarretado uma série de impactos ao meio ambiente. Dentre os agrotóxicos de uso comum na agricultura encontram-se os inseticidas organoclorados. Alguns deles foram utilizados indiscriminadamente na década de 60, devido à sua eficiência no controle de pragas. Esses compostos, no entanto, são persistentes e bioacumulativos, de forma que, mesmo com seu uso proibido pela legislação brasileira há vários anos, os níveis residuais são significativos e exigem um monitoramento constante. A extração líquido-líquido é a técnica normalmente recomendada para a extração de organoclorados em águas, seguida de uma etapa de identificação e quantificação por cromatografia em fase gasosa, usando detector de captura de elétrons (CG/DCE). Neste trabalho, procurou-se avaliar a eficiência da técnica de destilação e extração simultâneas em relação à técnica de extração líquido-líquido, para um grupo de 18 compostos organoclorados. Procurou-se também avaliar a presença desses resíduos nos cursos d'água do Município de Viçosa-MG, onde foram coletadas amostras de água de três pontos diferentes do ribeirão São Bartolomeu. Estas amostras foram submetidas as duas técnicas de extração. Otimizou-se a técnica de destilação e extração simultâneas, determinando-se o tempo ideal de extração (uma hora), o melhor solvente extrator (acetato de etila) e o volume do solvente (7 mL). Para avaliar a eficiência dessas duas técnicas, amostras de água deionizada e de água natural foram fortificadas com 18 padrões de organoclorados. Os extratos obtidos foram analisados por CG/DCE. A técnica de extração líquido-líquido mostrou-se eficiente para 14 organoclorados e a técnica de destilação e extração simultâneas, para13, dos 18 organoclorados estudados. Os níveis de recuperação variaram de 80 a 114% e de 80 a 100%, para dois níveis de fortificação em água; respectivamente. Em amostras naturais, verificou-se que a técnica de extração líquido-líquido mostrou-se eficiente para 13 organoclorados e a destilação e extração simultâneas, para dez, dos 18 organoclorados estudados, levando-se em consideração o intervalo de recuperação aceitável pela literatura de 80 a 120%. O limite de detecção dos dois métodos foi de 0,6 pg.μL-1. Depois de estabelecidas as condições ideais de extração e análise, foram analisadas as amostras de água do ribeirão São Bartolomeu. Nestas amostras, foram encontrados quatro dos organoclorados estudados, empregando-se a técnica de extração líquido-líquido, o quais estavam em nível superior ao do permitido pela legislação. Ao analisar essas mesmas amostras de água pela técnica de destilação e extração simultâneas, foram encontrados resíduos de três organoclorados, com apenas um estando abaixo do limite permitido pela legislação. Dos resultados encontrados pela técnica de destilação e extração simultâneas, dois foram semelhantes aos da técnica de extração líquido-líquido. Comparando-se a eficiência das duas técnicas de extração, constatou-se que a de destilação e extração simultâneas apresentou resultados próximos aos da de extração líquido-líquido para alguns inseticidas; e, por ser a primeira uma técnica nova, que consome menor volume de solvente, merece maiores estudos.Item Isolamento e avaliação da atividade nematicida de constituintes químicos de Mucuna aterrima(Universidade Federal de Viçosa, 1997-01-30) Barcelos, Fernando Fontes; Barbosa, Luiz Cláudio de Almeida; http://lattes.cnpq.br/0107213052692969As plantas do gênero Mucuna têm sido largamente utilizadas na agricultura, principalmente para eliminação de plantas daninhas, adubação verde e supressão da população de nematóides, levando à redução das aplicações de agroquímicos. Porém, poucos estudos fitoquímicos foram realizados com plantas deste gênero, e os compostos que conferem atividade nematicida a estas plantas ainda não foram caracterizados, apesar da reconhecida atividade e de sua vasta utilização. Em face disso, este trabalho teve por objetivo comprovar a eficiência da mucuna-preta (Mucuna aterrima) no controle do fitonematóide Meloidogyne incognita raça 3, através de ensaios biológicos in vitro com seu extrato bruto, bem como de realizar o estudo químico do caule e da raiz desta planta, buscando a identificação dos princípios ativos responsáveis pela atividade nematicida e, ou, nematostática. Assim, foram obtidos os extratos etanólicos a quente e a frio da raiz e da parte aérea da mucuna-preta, sendo estes submetidos a ensaios biológicos de atividade nematicida diante de Meloidogyne incognita raça 3. Todos os extratos apresentaram atividade de inibição da eclosão de ovos deste nematóide, e o extrato da raiz obtido a frio mostrou-se mais eficiente. Com base nesses resultados foram utilizados extratos etanólico do caule e etanólico e benzênico da raiz para o estudo químico. Estes foram submetidos a análises por CCD e fracionamentos sucessivos por cromatografia em coluna, proporcionando o isolamento dos seguintes compostos: do caule - KNO3 + NaNO3 (4,9 %, em massa), ácidos graxos e ésteres de ácidos graxos (6,2 %) e β-sitosterol + estigmasterol (0,5 %); e da raiz - KNO3 + NaNO3 (1,0 %), ácidos graxos (0,7 %), β-sitosterol + estigmasterol (2,8 %), alantoína (2,3 %), β-sitosterol glicosilado (daucosterol) + estigmasterol glicosilado (0,15 %) e, ainda, um álcool não-identificado (0,2 %). Estes compostos e os padrões de L-dopa, ácido caprílico, ácido palmítico, ácido esteárico, ácido linolênico, palmitato de metila e estearato de metila foram submetidos a ensaios biológicos, utilizando a técnica do tubo invertido. A análise dos resultados mostrou que os compostos, em uma concentração de 5 μg mL-1, que causaram maior mortalidade sobre juvenis de Meloidogyne incognita raça 3 foram o β-sitosterol + estigmasterol (74,4 % de mortalidade, em relação ao branco), o álcool não-identificado (69,7 %), KNO3 + NaNO3 (68,3 %) e a L-dopa (64,4 %).Item Síntese e avaliação da atividade herbicida de compostos do tipo 3-Aril-2α,4α-dimetil-6,7-exo-isopropilidenodioxi-8-oxabiciclo[3.2.l]oct-2-eno(Universidade Federal de Viçosa, 1997-06-25) Costa, Adilson Vidal; Barbosa, Luiz Claudio de Almeida; http://lattes.cnpq.br/1638000107452454Em virtude da crescente necessidade de novos produtos químicos para o controle racional e eficiente das pragas agrícolas, objetivou-se, com este trabalho, contribuir com as pesquisas de novos produtos com atividade herbicida. Para isso, foi sintetizada uma série de compostos do tipo 3-Ari1-2α,4α-dimetil-6,7- exo-isopropilidenodioxi-8-oxabiciclo[3.2.1]oct-2-eno, ainda não descrita na literatura. Assim, a partir da ciclo adição [3+4] entre furano e o cation oxialilico gerado pelo tratamento da 2,4-dibromopentan-3-ona com NaI/Cu, sintetizou-se o 2α,4α-dimetil-8-oxabiciclo[3.2.l]oct-6-en-3-ona, convertido em duas etapas no 2α,4α-dimetil-6,7-exo-isopropilidenodioxi-8-oxabiciclo[3 .2. 1]octan-3-ona (acetonideo [4]). O tratamento desse composto com vários reagentes de Grignard e butil litio, seguido da desidratacao dos álcoois, levou a obtenção de oito arialquenos. A avaliação da atividade desses produtos foi feita em ensaios preliminares com plantas de Sorghum bicolor, Cucumis sativus e algumas espécies de plantas daninhas, aplicando-se uma dose fixa de 6,6 ppm do composto sintetizado. Os principais produtos com atividade herbicida foram os álcoois [11], [17] e [19], que inibiram, em alguns casos, até 100 % das espécies de plantas testadas. Estes resultados indicaram que os compostos avaliados constituem uma nova classe de compostos orgãnicos com potencial atividade herbicida, sendo justificáveis estudos mais aprofundados sobre eles.Item Caracterização biológica e purificação da proteína BiP da soja (Glycine max (L.) Merrill)(Universidade Federal de Viçosa, 1997-07-25) Carolino, Sônia Madali Boseja; Fontes, Elizabeth Pacheco Batista; http://lattes.cnpq.br/4252852403677230A proteína BiP, residente no lúmen do retículo endoplasmático (RE), tem sido descrita como um componente importante no processo de dobramento e montagem de proteínas secretórias recém-sintetizadas. Com base na localização subcelular, identidade imunológica, massa molecular relativa e síntese constitutiva, foi possível identificar o homólogo de BiP da soja, usando-se anticorpos preparados contra BiP do milho. A análise do padrão de acúmulo da proteína BiP revelou que a sua síntese é coordenada, temporalmente, com a síntese de proteínas de reserva na semente. Além disso, a síntese de BiP é correlacionada com a concentração de proteína total acumulada na semente de diferentes variedades de soja. Esses resultados indicam que a proteína BiP é induzida pelo aumento da atividade secretória do cotilédone, associada à síntese ativa de proteínas de reserva. Consistente com sua função de chaperone molecular, BiP é induzida em resposta a diversos estresses fisiológicos que promovem a proliferação do RE e o acúmulo de proteínas mal dobradas nesta organela. Infestação por Tetranichus urticae e infecção por Cercospora sojina Hara induziram a síntese de BiP em níveis comparáveis. Similarmente, sua síntese foi induzida, significativamente, em resposta a estresse nutricional. Ao contrário de BiP de espinafre, BiP de soja é regulada positivamente por estresse hídrico. Esses resultados contraditórios indicam que vias distintas de mecanismos regulatórios controlam a expressão dos genes BiP em plantas. Como membro da família Hsp70, foi demonstrado que a proteína BiP da soja se liga a ATP e associa-se com polipeptídios sintetizados exclusivamente na semente. No entanto, o complexo formado entre BiP e esses polipeptídios é altamente estável e insensível a ATP. A propriedade de BiP de se ligar a ATP foi explorada como meio de purificar essa proteína a partir de extratos protéicos de sementes, usando-se cromatografia de afinidade em resinas de ATP-agarose. Conforme julgado através de géis de acrilamida corados com prata, BiP foi purificada em um nível de homogeneidade em torno de 90%. A identidade da proteína purificada foi confirmada, uma vez que seus anticorpos reconheceram eficientemente a proteína expressa pelo clone cUFVBiP1, que codifica BiP da soja.Item Síntese e avaliação da atividade herbicida de compostos derivados de 2α,4α-dimetil-8-oxabiciclo[3.2.1]oct-6-en-3-ona(Universidade Federal de Viçosa, 1997-08-22) Andreão, Almir; Barbosa, Luiz Cláudio de Almeida; http://lattes.cnpq.br/7725758495994335A busca de solução para o problema de controle das plantas daninhas é um trabalho constante conduzido pela pesquisa química. No presente trabalho foi sintetizada uma série de álcoois e alquenos derivados do 2α,4α-dimetil-8- oxabiciclo[3.2.1]oct-6-en-3-ona com potencial atividade herbicida, ainda não descrita na literatura. Esses compostos foram preparados, inicialmente, a partir da cicloadição [3+4] entre o furano e o cátion oxialílico gerado pelo tratamento da 2,4-dibromopentan-3-ona com NaI/Cu, levando à obtenção do 2α,4α-dimetil-8- oxabiciclo[3.2.1]oct-6-en-3-ona, convertido em duas etapas no 2α,4α-dimetil- 6,7-exo-isopropilidenodioxi-8-oxabiciclo[3.2.1]octan-3-ona. Como material de partida, esse acetonídeo foi utilizado no preparo de sete álcoois, que, por processo de desidratação, levaram à obtenção de cinco alquenos. A avaliação da atividade herbicida desses produtos foi feita em ensaios preliminares, sob condições de laboratório e em casa de vegetação, com plantas de sorgo (Sorghum vulgare L.), utilizando-se uma dose fixa de 5,5 ppm do composto sintetizado. Nesses bioensaios, o álcool 2α,4α-dimetil-6,7-exo-isopropilidenodioxi-8- oxabiciclo[3.2.1]octan-3-exo-ol e os alquenos 3-(2-fluorofenil)-2,4α-dimetil-6,7- exo-isopropilidenodioxi-8-oxabiciclo[3.2.1]oct-2-eno e 3-(3-fluorofenil)-2,4α- dime-til-6,7-exo-isopropilidenodioxi-8-oxabiciclo[3.2.1]oct-2-eno revelaram-se os mais ativos sobre o desenvolvimento da parte aérea das plantas de sorgo, enquanto sobre o sistema radicular os melhores potenciais herbicidas foram obtidos pelos três compostos anteriormente citados, que confirmaram seus efeitos fitotóxicos, e também pelos álcoois 2α,4α-dimetil-3-exo-(3-metoxifenil)-6,7-exo- isopropilideno-dioxi-8-oxabiciclo[3.2.1]octan-3-ol e 3-exo-butil-2α,4α-dimetil- 6,7-exo-isopropili-denodioxi-8-oxabiciclo[3.2.1]octan-3-ol e pelo alqueno 3- butil-2,4α-dimetil-6,7-exo-isopropilidenodioxi-8-oxabiciclo[3.2.1]oct-2-eno. É necessária a realização de novos ensaios, com outras espécies cultivadas e também com plantas daninhas, testando outras formulações e doses, a fim de se obter conclusão definitiva sobre o potencial herbicida dos novos compostos sintetizados.Item Influência do alumínio sobre as transformações magnetita → maghemita → hematita(Universidade Federal de Viçosa, 1997-09-08) Gonçalves, Cláudia Maria; Goulart, Antonio Taranto; http://lattes.cnpq.br/7137344586070999Foram preparadas magnetitas com diferentes graus de substituição isomórfica do ferro por alumínio. As magnetitas foram aquecidas ao ar, a 420- 430oC, dando origem às maghemitas. Estas, aquecidas a 740-750°C, transformaram-se em hematitas. As magnetitas foram caracterizadas por meio de análises químicas por via úmida, medidas de magnetização espontânea, difratometria de raios X, espectroscopia Mössbauer, termogravimetria e por análise térmica diferencial. As maghemitas, bem como as hematitas, foram estudadas pelas mesmas técnicas, com exceção das análises por via úmida e DTA. Os resultados obtidos evidenciaram que na magnetita o íon Al3+ substitui o Fe3+, podendo a substituição se dar tanto no sítio tetraédrico, quanto no octaédrico. Essas substituições favorecem a oxidação do Fe2+, diminuindo, deste modo, a estabilidade da magnetita. Pôde-se observar, também, que a presença do alumínio na estrutura das maghemitas estabiliza o mineral, aumentando a temperatura de transformação em hematita. Foram estabelecidas as relações que correlacionam os teores de alumínio, expressos em termos de mol % de Al2O3, com os parâmetros de rede (a0) das magnetitas e hematitas.Item Adsorção de íons Cu2+ em latossolo vermelho-amarelo húmico e ácidos húmicos de origem comercial(Universidade Federal de Viçosa, 1997-10-17) Alves, Neusa Maria; Jordão, Cláudio Pereira; http://lattes.cnpq.br/7699291120081476Em estudos ambientais, há a necessidade de se conhecer o comportamento adsortivo de metais, por solos e ácidos húmicos, pois os efeitos desfavoráveis dos metais pesados e mesmo de micronutrientes, em altas concentrações, no meio ambiente, estão relacionados à habilidade desses substratos em adsorver tais substâncias. Utilizaram-se amostras de latossolo vermelho-amarelo húmico, da região de Araponga, MG, bem como ácidos húmicos de origem comercial (Fluka AG), sem dialisar e dialisados, com o objetivo de verificar o comportamento de adsorção dos íons Cu2+ por esses substratos. Aplicou-se o modelo matemático descrito pela equação de adsorção de Langmuir, na sua forma linearizada, obtendo-se os valores da capacidade máxima de adsorção “b” e da constante relacionada à energia de ligação “a”. Alíquotas de soluções de nitrato de cobre contendo várias concentrações desse metal foram adicionadas a amostras de solos e de ácidos húmicos, sendo o pH ajustado para valores pré-determinados, com a finalidade de desenvolver os experimentos de adsorção. Foram realizadas caracterizações físicas e químicas da amostra de solo, por meio dos experimentos, para avaliar a capacidade de troca catiônica (CTC), determinar o pH, determinar a concentração de carbono orgânico, avaliar o teor de matéria orgânica, nitrogênio e fósforo, determinar a concentração de metais (Al, Fe, Pb, K, Mg, Ni, Cr, Zn, Cu, Co, Ca e Cd), realizar a análise granulométrica e a difração de raios-X. Para a caracterização física e química da amostra de ácidos húmicos, foram executadas as seguintes etapas analíticas: purificação por diálise, teor de cinzas, difração de raios-X e concentração de metais (Ca, K, Mg, Al, Fe, Mn, Co, Cu, Zn, Pb, Cd, Ni e Cr). A capacidade máxima de adsorção dos íons Cu2+, para a amostra de solo, foi similar nos dois valores de pH examinados, isto é, 4 e 5, e o valor da constante relacionada à energia de ligação também. Os resultados evidenciaram que a amostra de ácidos húmicos de origem comercial, sem dialisar, apresentou maior capacidade máxima de adsorção em pH 5 que em pH 4. Em relação à amostra dialisada, a constante relacionada à energia de ligação foi maior para a amostra sem dialisar, em pH 4. Quando se compara a amostra de solo com a de ácidos húmicos, verifica-se que os valores mais altos da capacidade máxima de adsorção foram observados para os ácidos húmicos, enquanto que a constante relacionada à energia de ligação foi maior para a amostra de solo.Item Efeito de corantes naturais nos níveis de colesterol e triacilgliceróis séricos em ratos hiperlipidêmicos(Universidade Federal de Viçosa, 1997-12-22) Valente, Suely Terezinha Xavier; Silva, Cremilda RosaPropriedades fisiológicas e farmacológicas dos princípios ativos de corantes naturais comumente utilizados como aditivos alimentares têm sido demonstradas em alguns estudos. Com o objetivo de avaliar o efeito dos corantes naturais cúrcuma, antocianina (cascas de uva), carmim e monascus sangüíneos, dois nos níveis experimentos de colesterol foram e triacilgliceróis realizados com ratos hiperlipidêmicos. Os corantes fornecidos por via oral a ratos albinos, da raça Wistar, com peso médio inicial de 225 g, foram avaliados no experimento I, na dose de 40 mg, e no experimento II, na dose de 80 mg. Para indução da hiperlipidemia, os animais foram previamente tratados com Triton WR-1339, na dose de 300 mg/ kg de peso corporal, por via intraperitoneal. Os resultados, verificados 48 horas após a aplicação de Triton-WR-1339, mostraram que a administração dos corantes cúrcuma, antocianina, carmim e monascus resultou em diminuição significativa dos níveis de colesterol total sérico, com as duas doses testadas, verificando-se maior efeito de redução com a dose de 80 mg. Os níveis de HDL-colesterol também mostraram-se reduzidos significativamente com a administração dos quatro corantes, nas doses testadas. A dose de 80 mg apresentou também maior efeito de redução. Com os corantes cúrcuma, antocianina e monascus, observou-se redução significativa dos níveis de triacilgliceróis séricos com as duas doses testadas, não se verificando, entretanto, diferença significativa, quanto a este efeito, entre as doses de 40 e 80 mg. A administração do corante carmim, nas doses testadas, não apresentou efeito de redução significativa dos níveis de triacilgliceróis séricos.Item Efeito da composição química de Lycopersicon hirsutum f. glabratum (PI 134417) sobre a traça-do-tomateiro Tuta absoluta(Universidade Federal de Viçosa, 1998-02-09) Magalhães, Sérgio Tinôco Verçosa de; Jham, Gulab Newandran; http://lattes.cnpq.br/1810376252222573Tridecan-2-ona (2-TD) e undecan-2-ona (2-UD), presentes no tomateiro- selvagem Lycopersicon hirsutum f. glabratum (PI 134417), atuam como principais fatores de resistência a diversas pragas do gênero Lycopersicon, nos EUA. Entretanto, apesar de o tomateiro-selvagem demonstrar resistência contra Tuta absoluta, os aleloquímicos 2-TD e 2-UD ainda não são comprovadamente considerados fatores de resistência. O presente trabalho objetivou obter dados sobre fatores de resistência química desse tomateiro, através da identificação dos componentes presentes no extrato hexânico das folhas de L. hirsutum f. glabratum, bem como avaliar sua toxicidade sobre T. absoluta. Outro objetivo foi determinar curvas de concentração-mortalidade dos padrões 2-TD e 2-UD. Sementes do tomateiro-selvagem foram plantadas na Horta Nova da Universidade Federal de Viçosa, em Viçosa, MG, e, aos 120 dias de idade, as folhas foram extraídas com hexano por seis horas. O hexano foi evaporado e o resíduo, fracionado por coluna cromatográfica de sílica-gel, usando-se solventes de polaridades diversas. As frações com composição química similar foram agrupadas em 29 subfrações e analisadas, por cromatógrafo, em fase gasosa/espectrometria de massas (CG/EM), tendo sido possível identificar 2-TD, 2-UD, trans-cariofileno, α-humuleno e outros compostos. Verificou-se que, em 8 das 29 subfrações, os principais componentes foram 2-TD e 2-UD e uma subfração continha trans-cariofileno e α-humuleno. A toxicidade de todas as 29 subfrações foi avaliada mediante o emprego de larvas de 2o ínstar de T. absoluta, verificando-se que 7 subfrações, das 8 que continham 2-TD e 2-UD, foram significativamente mais tóxicas do que as outras (Scott-Knott, p < 0,05). A partir desses resultados, bem como dos da literatura, pode-se concluir que 2-TD e 2-UD são os principais fatores de resistência a T. absoluta presentes no extrato hexânico de L. hirsutum f. glabratum. A partir de dados das curvas de concentração-mortalidade, verificou-se que 2-TD é mais tóxico que 2-UD e que ocorreram interações antagonistas e neutras de 2-UD sobre 2-TD, dependendo das suas concentrações.Item Efeitos do composto de lixo urbano na disponibilidade e absorção de metais pesados em alface(Universidade Federal de Viçosa, 1998-02-18) Nascentes, Clésia Cristina; Jordão, Cláudio Pereira; http://lattes.cnpq.br/0354323372008275O lixo é um grande problema ambiental. Sem tratamento, polui solo, águas, plantas e prejudica a qualidade de vida da população. A reciclagem dos materiais inertes e compostagem da fração orgânica do lixo são soluções para este problema. O composto de lixo é aplicado ao solo, visando melhorar sua fertilidade. Entretanto, estes compostos podem apresentar altas concentrações de metais pesados, podendo contaminar solos e plantas e atingir a cadeia alimentar. No Brasil, dados científicos sobre efeitos da utilização do composto na agricultura são escassos. Para obter mais informações, conduziu-se experimento, utilizando-se dois compostos, provindos de Coimbra e Rio de Janeiro, três doses destes compostos (0, 35 e 70 t/ha) e quatro tempos de aplicação antes do plantio (0, 10, 20 e 30 dias) para cultivar alface. Avaliaram-se produção; pH e disponibilidade de Zn, Cu, Mn, Pb e Ni no solo; absorção e acúmulo destes metais pelas plantas; e correlações entre metais extraídos com ácido dietilenotriaminopentacético (DTPA) e acumulados na planta. Resultados mostraram que a produção aumentou com a elevação das doses dos compostos. Os tempos que levaram à máxima produção estão entre 15 e 20 dias. O pH elevou-se com o aumento das doses e diminuiu com o aumento do tempo. As concentrações de Zn, Cu, Pb e Ni disponíveis aumentaram com a elevação das doses, e de Mn manteve-se praticamente constante. Em geral, as concentrações dos metais aumentaram com o aumento do tempo de aplicação. O composto do Rio de Janeiro causou maior incremento na concentração disponível dos metais. Na parte aérea, a concentração de todos os metais aumentou com as doses aplicadas. As concentrações de Cu, Mn e Pb aumentaram até o tempo de 30 dias. A concentração de Zn aumentou até os tempos estimados de 16,9; 19,2; 21,5 dias para 0, 35, 70 t/ha e 18,3 dias para todas as doses, respectivamente, para os compostos do Rio de Janeiro e de Coimbra. A concentração de Ni aumentou linearmente para o composto de Coimbra e até os tempos estimados de 21,5; 28,4; 30 dias para 0, 35, 70 t/ha do composto do Rio de Janeiro. Os coeficientes de correlação entre concentrações disponíveis e acumuladas na planta foram: 0,73; 0,43; 0,80; 0,87 e 0,78, respectivamente, para Zn, Cu, Mn, Pb e Ni. A utilização dos compostos causou aumento nas concentrações dos metais nas plantas, não atingindo, entretanto, os limites permitidos pela legislação brasileira para alimentos. O composto de Coimbra promoveu maior produção e concentrações menores dos metais no solo e na planta, sendo mais indicado como adubo.Item Estudo de propriedades do sistema macromolecular amido por espectroscopia vibracional na região do infravermelho(Universidade Federal de Viçosa, 1998-02-27) Vieira, Luciene Patricia; Cares Cuevas, German Enrique; http://lattes.cnpq.br/4441314699718940Este trabalho constituiu de um estudo do amido, que é um sistema físico-químico e multicomponente. Para sua realização, utilizou-se um amido extraído da mandioca. Como ferramentas de estudo, foram utilizadas as técnicas de espectroscopia eletrônica na região do UV-visível, análise termogravimétrica (TGA) e, principalmente, espectroscopia vibracional na região do infravermelho por transformada de Fourier (FT-IR). Verificou-se que essas técnicas permitem estudar potencialmente os fenômenos físicos e químicos do sistema amido, como a adsorção e a difusão de moléculas. Fez- se um estudo com amostras do amido em pó e do amido na forma de filme polimérico, obtido por meio da gelatinização e posterior retrogradação do grão de amido. Os espectros na região do infravermelho foram obtidos, com o objetivo de estudar algumas propriedades estruturais do amido. Fez-se um estudo da difusão de moléculas de água no amido em pó e no filme de amido, por meio do aquecimento das amostras a diferentes temperaturas, e avaliaram-se os parâmetros intensidade e posição das bandas de absorção dos espectros no infravermelho. Os resultados evidenciaram que o estudo da difusão pode ser acompanhado com mais clareza no filme de amido que no amido em pó, principalmente pelo fato de que a densidade de moléculas no caminho óptico da radiação infravermelha deve ser constante. Em relação aos estudos com moléculas de água, realizou-se, também, uma análise termogravimétrica (TGA) do grão e do filme de amido, avaliando-se os termogramas obtidos, tendo sido verificados os mesmos eventos térmicos nas duas amostras. Um evento térmico foi atribuído à evaporação de moléculas de água, o outro se deu em função de quebra de ligações com formação de compostos voláteis. Outro estudo realizado foi a capacidade do filme de amido em adsorver gás sulfeto de hidrogênio (H2S) e vapores de iodo. Para tanto, utilizaram-se as técnicas espectroscópicas vibracional no infravermelho e eletrônica no UV-visível. Pelos espectros obtidos, pôde-se concluir que o filme de amido possui uma boa capacidade de adsorção e dessorção de gases; já na análise dos espectros obtidos após a introdução de vapores de iodo no filme, constatou-se que pode haver formação de dois tipos de complexos entre o amido e as moléculas de iodo: complexos de poliodeto e complexos de transferência de carga.Item Efeito de antocianinas de uvas roxas (enocianinas) e de antocianinas extraídas de trapoeraba (Tradescantia pallida) em ratos normais e diabéticos(Universidade Federal de Viçosa, 1998-04-02) Frinhani, Eduarda de Magalhães Dias; Queiroz, Maria Eliana Lopes Ribeiro de; http://lattes.cnpq.br/1593539255674923Com o intuito de se avaliar o efeito de antocianinas de Tradescantia pallida e de uvas roxas em animais normais e diabéticos, foi realizado um modelo experimental com ratos albinos, da raça Wistar, que foram alimentados com ração comercial e uma dose diária de 50 mg do extrato antociânico. O experimento teve duração de 21 dias, em que se avaliaram o nível de glicose sangüínea e o peso corporal. O teor de proteínas colagenosas e não-colagenosas no tecido ósseo das patas dianteiras e traseiras dos animais foi avaliado no final do experimento. O diabetes foi induzido pela administração intravenosa de aloxano, perfazendo uma dose de 60 mg/kg de peso corporal. Esta patologia foi caracterizada pela elevação da glicose sangüínea, após quatro dias de aplicação do aloxano e também pelo aumento do nível de proteínas colagenosas no tecido ósseo das patas dos animais, após os 21 dias de tratamento. Um volume de 6 mL do extrato aquoso de antocianinas de Tradescantia pallida, equivalente a 50 mg de peso seco, foi misturado, diariamente, à ração comercial. Antocianinas de Tradescantia pallida foram extraídas, com uma solução etanol:água (40:60) acidificada com HCl 0,1%, e parcialmente purificadas em uma coluna cromatográfica, que teve como fase estacionária a polivinilpolipirrolidona. O extrato antociânico de uvas roxas, na forma de pó, é utilizado comercialmente como corante alimentício, sendo conhecido como enocianina. Os resultados obtidos mostraram que antocianinas de Tradescantia pallida e de uvas roxas não tiveram efeito hipoglicemiante nos ratos diabéticos. Ratos normais e diabéticos tratados com antocianinas de uvas roxas e ratos normais tratados com antocianinas de Tradescantia pallida apresentaram um ganho constante de peso corporal. Ratos diabéticos tratados com antocianinas de Tradescantia pallida perderam peso, apesar de terem consumido a mesma quantidade de alimento que os outros animais. Observou-se uma redução dos níveis de proteínas colagenosas do tecido ósseo das patas traseiras e dianteiras de ratos com diabetes induzido por aloxano, após tratamento com antocianinas de Tradescantia pallida e de uvas roxas. Não houve similaridade de resultados entre os teores de proteínas não- colagenosas das patas dianteiras e traseiras, podendo-se concluir apenas que houve redução dos níveis totais de proteínas não-colagenosas nos ratos normais. O trabalho realizado demonstrou que antocianinas de Tradescantia pallida e de uvas roxas apresentam um potencial na redução dos níveis de proteínas colagenosas em animais com diabetes melito, podendo constituir-se em uma forma alternativa de auxílio nas enfermidades provocadas pelo diabetes melito.Item Adsorção de zinco por solos com remoção da matéria orgânica e de óxidos de ferro e de alumínio(Universidade Federal de Viçosa, 1998-04-14) Siqueira, Márcia de Oliveira; Jordão, Cláudio Pereira; http://lattes.cnpq.br/3524388378991820A utilização de isotermas para estimar os parâmetros relacionados à adsorção de íons por solos vem sendo feita desde longa data. Inicialmente, os estudos abordavam apenas a adsorção de ânions como o fosfato, passando, posteriormente, a enfatizar também a adsorção de cátions metálicos. Uma das vantagens da utilização das isotermas de adsorção, em particular do modelo de Langmuir, é a facilidade com que seus parâmetros, capacidade máxima de adsorção (b) e constante relacionada com a energia de ligação (a), podem ser obtidos. Os solos diferem bastante quanto aos teores de micronutrientes, possuindo propriedades que interferem diretamente no comportamento de cada elemento. Por isso, é interessante que se considere cada elemento em separado, para colocar em destaque os princípios da interação solo-nutriente. Considerando que fatores ambientais podem afetar diretamente a mobilidade e disponibilidade do zinco, verificou-se a adsorção desse metal em amostras originais de solos e após serem removidas as frações matéria orgânica, óxidos de ferro amorfos e cristalinos e óxidos de alumínio. Foram consideradas as influências da fração argila, matéria orgânica e capacidade de troca catiônica (CTC) na adsorção. As amostras de solos foram equilibradas com 14 concentrações de zinco, com pH inicial entre 5,8 e 6,0 e temperatura ambiente. Os valores obtidos da capacidade máxima de adsorção e da constante relacionada com a energia de ligação do íon zinco pelas amostras originais foram diferentes em cada solo. A extração da matéria orgânica reduziu a capacidade máxima de adsorção e a constante relacionada com a energia de ligação da maioria das amostras, enquanto o efeito produzido pela extração de óxidos de ferro e de alumínio variou em cada caso estudado. Os teores de óxidos de ferro e de alumínio, bem como a CTC efetiva, apresentaram correlação com a capacidade máxima de adsorção do zinco.Item Caracterização de uma proteína secretória de soja e de sua interação com BiP(Universidade Federal de Viçosa, 1998-07-20) Matrangolo, Fabiana da Silva Vieira; Fontes, Elizabeth Pacheco Batista; http://lattes.cnpq.br/8394545512645315Proteínas solúveis e de membrana da rota secretora são inicialmente endereçadas ao retículo endoplasmático (RE) e translocadas através da membrana deste. Em seguida, elas transitam através do Golgi para alcançar os compartimentos subcelulares e o meio extracelular. O RE mantém uma eficiente maquinaria de translocação, dobramento, associação, montagem de oligômeros e controle de qualidade de proteínas secretórias. A proteína BiP ("Binding Protein"), residente no RE, exibe atividade de chaperone molecular e participa ativamente neste processo por meio de interações proteína:proteína. Com o objetivo de identificar substratos potenciais de BiP, anticorpos contra frações microssomais isoladas da semente de soja foram usados para o escrutínio de uma biblioteca de expressão. Um clone de cDNA, denominado pUFVS64, que codifica uma proteína secretória, foi isolado e caracterizado. A proteína, codificada por pUFVS64 e denominada S-64, é sintetizada na semente de soja, em baixos níveis, e possui uma identidade de seqüência de 85% com uma proteína de membrana que se liga à sacarose, denominada SBP ("Sucrose Binding Protein"). Células intactas foram utilizadas para introdução de genes via eletroporação, ou biobalística, com o objetivo de aumentar a síntese da proteína S-64 em suspensões celulares de soja, de forma a aumentar a sensibilidade dos ensaios para determinação de associações entre as proteínas BiP e S-64.A associação entre BiP e S-64 foi avaliada, levando-se em consideração características bioquímicas diferenciadas, associadas com as referidas proteínas. Ensaios de sedimentação por afinidade, com o uso das resinas de ATP-agarose, GTP-agarose e ConA- sepharose, foram conduzidos, utilizando-se extratos de proteína total, de suspensões celulares de soja. Tanto S-64 quanto BiP são co-precipitadas por GTP-agarose, embora BiP não se associe com este nucleotídeo. A capacidade da resina GTP-agarose em sedimentar BiP reflete associação prévia entre BiP e uma proteína que liga GTP. Similarmente, ATP-agarose foi eficiente em co-sedimentar ambas as proteínas, embora apenas BiP se ligue diretamente à ATP. A sedimentação indireta de S-64 pela resina ATP-agarose demonstrou que S-64 estava a uma proteína que liga a ATP. A proteína S-64 é glicosilada e se liga diretamente a ConA-sepharose, enquanto BiP não se associa diretamente com concanavalina-A. Mesmo assim, BiP foi co-sedimentada indiretamente por ConA- sepharose. Coletivamente, estes resultados sugerem que S-64 interage com BiP, constituindo um substrato em potencial para caracterização de associações mediadas pela proteína BiP de plantas.