Agroecologia

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    Agroecossistemas e soberania alimentar na Vila Céu do Mapiá e entorno, Floresta Nacional do Purus
    (Universidade Federal de Viçosa, 2023-06-02) Araujo, Uriel Laurentiz de; Simas, Felipe Nogueira Bello; http://lattes.cnpq.br/2452667851122416
    A crescente transição global do consumo para alimentos industrializados tem desconectado os povos de seus ambientes e trazido consequências de ordem ecológica, econômica, social e cultural, com impactos negativos sobre a saúde pública. Com o avanço do modelo de desenvolvimento contemporâneo, as populações isoladas amazônicas vêm transformando a sua alimentação e os seus modos de vida. Esta realidade é vivida pelas comunidades locais na Floresta Nacional (FLONA) do Purus e tem se intensificado nos últimos dez anos com o aumento do consumo de alimentos industrializados, juntamente com a crescente importação das cidades de produtos agrícolas como arroz, feijão, legumes, farinha, que formam a base da alimentação regional, e tradicionalmente eram produzidos localmente. Frente a tal cenário, parte da comunidade local tem buscado há vários anos a reconstrução dos sistemas agroalimentares locais por meio da valorização da agricultura e do consumo de alimentos produzidos localmente, com o resgate de conhecimentos e práticas adaptadas ao ambiente amazônico. Dentro desse contexto, o presente trabalho busca apoiar a construção da soberania alimentar na FLONA do Purus, por meio de um diagnóstico exploratória organizada em dois capítulos. O primeiro capítulo traça, por meio da sistematização das experiências, uma retrospectiva histórica das ações da agricultura no território estudado. Para a sistematização foram realizadas entrevistas com informantes-chave, pesquisa documental e revisão bibliográfica sobre a agricultura na FLONA do Purus. A sistematização permitiu identificar diferentes fases de ações e direcionamentos da agricultura local na construção de uma rede agroalimentar local, através da valorização de práticas de trabalho coletivo, a constituição de novos polos de produção de alimentos, a experimentação agroecológica e o apoio técnico e logístico para a comercialização de alimentos locais. No segundo capítulo, o objetivo foi a caracterização de agroecossistemas locais atuais, com uma análise da situação dos principais polos de produção de alimentos da FLONA do Purus, a vila Céu do Mapiá (Vila), a comunidade Fazenda São Sebastião e Igarapé Mapiá (Fazenda) e as praias do Purus (Praias). Para esta caracterização foram integradas metodologias como a observação participante, entrevistas-semiestruturadas, caminhadas transversais e a análise dos atributos sistêmicos dos agroecossistemas por meio do método de análise econômico-ecológica de agroecossistemas (Método Lume). Os principais sistemas de cultivo são os roçados de corte e queima, sistemas agroflorestais, os quintais produtivos e os plantios de agropraias. A autonomia é um atributo sistêmico de maior destaque em todos os polos produtivos, já que os agricultores possuem uma baixa dependência de insumos para realizar suas práticas agrícolas. Além disso os agroecossistemas possuem uma grande diversidade de espécies o que possibilita diversas colheitas e a evolução de roçados para sistemas agroflorestais. A capacidade de adaptação foi maior na Vila devido as transformações sociais e o fluxo de pessoas neste polo produtivo. Entre as principais fragilidades das comunidades observa-se o baixo protagonismo da juventude em Vila e Fazenda, enquanto que nas Praias, devido ao isolamento geográfico e à vulnerabilidade das famílias, o atributo com menores avaliação foi a integração social foram a desses sistemas. A caracterização dos agroecossistemas permitiu identificar a realidade socioambiental das famílias, indicando que as ações futuras de fomento à agricultura, como acesso às políticas públicas para acesso à financiamento e equipamentos, capacitações e acompanhamento de sistemas agroflorestais e dos cultivos das agropraias. As comunidades da FLONA do Purus representam exemplos valiosos de desenvolvimento rural sustentável na Amazônia, ressaltando a importância da construção de redes agroalimentares locais e da busca pela soberania alimentar. Palavras-chave: Agroecologia. Alimentos Locais. Amazônia. Sistemas Agroalimentares.
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    Redesenho agroecológico de pastagens: efeito na qualidade do solo e na macrofauna edáfica
    (Universidade Federal de Viçosa, 2023-06-28) Correa, Leandro Rodrigues da Cunha; Fernandes, Raphael Bragança Alves; http://lattes.cnpq.br/0079916103336642
    A agricultura brasileira pouco utiliza os benefícios que a biodiversidade do solo pode proporcionar. O modelo de produção baseado em monoculturas e grande utilização de insumos pouco valoriza a biologia e a vida do solo. Mesmo em áreas de pastagens, onde o solo não é costumeiramente revolvido, o componente biológico tem sido negligenciado. As pastagens ocupam parte significativa das regiões do Brasil e, em sua maioria, estão sob algum estado de degradação. Sistemas silvipastoris têm sido apontados como alternativa para a transição agroecológica e o restabelecimento dos serviços ecossistêmicos associados a estes ambientes pastoris. Dentro da biologia do solo a macrofauna edáfica tem sido apontada com papel relevante na dinâmica da fertilidade e de outros atributos do solo devido a sua atuação funcional e de mobilização de matéria nas camadas superficiais do solo. Outros estudos indicam que a presença de árvores nos sistemas pastoris influencia positivamente na distribuição e dinâmica desses organismos edáficos. Adicionalmente, a macrofauna edáfica tem sido relacionada como um bom indicador de qualidade dos solos em processos participativos de pesquisa e de sensibilização de agricultores, por serem organismos visíveis a olho nu e por fazerem parte do cotidiano das pessoas. Diante do exposto, a presente pesquisa é centrada nas perguntas de como e por que o manejo agroecológico de pastagens favorece a atividade da macrofauna edáfica, e qual a percepção dos agricultores em relação a esses organismos. O objetivo geral do estudo foi avaliar a macrofauna edáfica em sistemas silvipastoris, em resposta ao manejo agroecológico de pastagens, bem como a compreensão dos agricultores familiares em relação a esses organismos. O estudo foi realizado em uma propriedade da agricultura familiar utilizada como modelo de implantação de piquetes para o manejo do rebanho bovino em sistema silvipastoril em bases agroecológicas, em Divino-MG. A pesquisa foi realizada considerando três capítulos. O primeiro capítulo objetivou sistematizar as atividades realizadas pelo projeto, bem como analisar as interações etnoecológicas desenvolvidas entre agricultor familiar e seu agroecossistema pastoril. O segundo capítulo avaliou como o piqueteamento das pastagens afeta a qualidade do solo e a riqueza e abundância da macrofauna edáfica em sistemas silvipastoris. No terceiro capítulo, o objetivo foi avaliar o efeito da presença de árvores nesses sistemas sobre a qualidade do solo e a dinâmica da macrofauna do solo. Todo o processo foi executado com a participação dos agricultores, que foram consultados sobre os nomes comuns e as funções dos organismos encontrados no solo. Análises físicas de solo foram executadas nas mesmas amostras utilizadas para a determinação da fauna, a fim de verificar as relações entre a macrofauna e as características do solo. Os resultados obtidos indicaram que o agricultor colaborador desta pesquisa conhece os macrorganismos edáficos que compõem os agroecossistemas em que trabalha, os nomeia e compreende suas funcionalidades ecossistêmicas. Ele é capaz de estabelecer critérios próprios para a execução do planejamento forrageiro por meio da observação da altura do capim de cada piquete e também para a inclusão de árvores na pastagem. Mesmo com pouco tempo de adoção, o redesenho agroecológico de pastagens influenciou alguns atributos associados à qualidade física do solo, e ainda a distribuição de macrorganismos edáficos nos agroecossistemas avaliados. Palavras-chave: Sistemas silvipastoris agroecológicos. Manejo agroecológico de pastagens. Biologia do solo.
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    Plant spacing and organic fertilization of sorrel (Rumex Acetosa L.)
    (Universidade Federal de Viçosa, 2023-07-27) Nwadinobi, Charity Amara Obioma; Santos, Ricardo Henrique Silva
    The incentive for the cultivation and consumption of non-conventional vegetables enriches the diet of people and contributes to their nutrition and food security. The aim of this study is to evaluate the organic fertilization of sorrel. The experiment was carried out from April to August 2013 in areas of the Experimental Field of Santa Rita belonging to the Agricultural Research Company of Minas Gerais (EPAMIG) in the municipality of Prudente de Morais, Midwest Region of Minas Gerais. The experimental design was in randomized blocks in a split-plot design with four replications. In the plots, five doses of tanned cattle manure corresponded to the application of 0; 25; 50; 75; and 100 t ha -1; in the subplots, two spacings were evaluated: 25 cm X 25 cm and 30 cm X 30 cm. The characteristics evaluated were total yield (YTOT, expressed in t/ha), commercial yield (YC, expressed in t/ha), and non-commercial yield (YNC, g/plant) on a fresh matter basis. The collected data were subjected to an analysis of variance, and means were compared by the SISVAR package (5%). For doses of organic manure, plants show a positive linear correlation for total number of leaves, number of commercial leaves, % of commercial leaves, total number of leaves, and commercial leaves. The maximum point of the curve was not reached. The mean numbers of total number of leaves, number of commercial leaves, % of commercial leaves, total number of leaves, and commercial leaves were higher at the smallest distances between the plants. The export of nutrients observed was K, N, Ca, Mg, P, and S. Different doses of manure and the spacing influence the productivity and the amount of nutrients exposed by the common sorrel. Keywords: Non-conventional vegetable. Organic cultivation. Rumex acetosa L.
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    Produção e microambiente de cafeeiros (Coffea arabica L.) a diferentes distâncias de renques de cedro-australiano e eucalipto
    (Universidade Federal de Viçosa, 2023-05-31) Souza Neto, Jussiê Gonçalves de; Santos, Ricardo Henrique Silva; http://lattes.cnpq.br/0874620422961818
    Em decorrência das mudanças climáticas é esperado que a cultura do cafeeiro arábica sofra alterações no seu desenvolvimento e produtividade. O cultivo do cafeeiro em Sistemas Agroflorestais (SAF) apresenta potencial de mitigar alterações negativas do clima, vide os extremos climáticos, resultando em menores estresses ambientais ao cafeeiro. O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito da espécie arbórea e da distância entre os cafeeiros e as árvores sobre o microclima e a produtividade do cafeeiro. O experimento localizou-se no município de Coimbra, Região das Matas de Minas Gerais, a 825 m de altitude, numa encosta com 21% de declividade e face de exposição solar sudeste a 142º SE. Foi conduzido entre setembro de 2021 e junho de 2022, instalado em uma lavoura de Coffea arabica L. cv. Catuaí 144, implantada em 2006. O espaçamento entre as plantas foi de 2,80 × 0,70 m, resultando em 5102 plantas/ha. Os renques de árvores foram implantados em 2006, utilizando-se duas espécies arbóreas (Eucalyptus sp. e Toona ciliata M. Roem. var. Australis), com espaçamento entre plantas de 1,82 e 3,43 m. As variáveis microclimáticas (potencial matricial do solo a 20 e a 40 cm de profundidade, temperaturas máxima, média e mínima do ar e radiação fotossinteticamente ativa) foram avaliadas, assim como a produtividade na safra 2021/22 foi estimada. Houve redução da produtividade conforme a proximidade do renque de eucaliptos, possivelmente causada pela competição por água, ainda que o ano agrícola tenha apresentado adequada disponibilidade hídrica para a região. A flutuação da temperatura do ar foi menor nos cafeeiros sombreados pelo eucalipto. O cafeeiro associado ao cedro-australiano apresentou produtividade (46,29 sacas/ha) superior à média da região cafeicultora (23,10 sacas/ha). Não houve diferença na radiação fotossinteticamente ativa disponível aos cafeeiros, independentemente da espécie arbórea ou distância dos cafeeiros ao renque. Conclui-se que o cedro-australiano pouco influencia nas variáveis microclimáticas avaliadas e na produtividade do cafeeiro. Temperaturas do ar mais altas estão relacionadas a maiores produtividades na associação com o Eucalipto. Palavras-chave: Café. Sombreamento. Produtividade. Microclima.
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    Consórcios de milho com cinco espécies de leguminosas em sistema orgânicos na produção e valor nutritivo de silagem
    (Universidade Federal de Viçosa, 2023-07-18) Rosa, Ricardo Oliveira; Lana, Rogério de Paula; http://lattes.cnpq.br/0459674893397565
    A região da Zona da Mata Mineira apresenta inverno frio e seco, com baixa oferta de pastagem aos animais. O milho (Zea mays L.) é a principal forrageira utilizada na alimentação de animais ruminantes no período da seca na forma de silagem. A utilização do consórcio com leguminosas pode aumentar a produção de matéria seca (MS), proteínabruta (PB), carboidratos solúveis totais (CNF), cinzas (MM) e outros. O objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho agronômico e a produção de milho silagem em plantios solteiros ou consorciados com crotalária (Crotalaria juncea cv. IAC KR1), milho com feijão guandu (Cajanus cajan cv. BRS mandarim), milho com feijão de porco (Canavalia ensiformis), milho com mucuna preta (Mucuna pruriens), milho com lab lab (Lablab purpureus cv. Rongai) inoculadas com bactérias diazotróficas. O trabalho foi conduzido na Universidade Federal de Viçosa (UFV), entre agosto de 2021 a abril de 2022. A área de pesquisa recebeu calagem dolomítica e esterco bovino curtido, nas doses de 1,5 e 22 t ha-¹, respectivamente. Os consórcios foram realizados na mesma linha de semeadura do milho. Cada parcela continha 12 m lineares do consórcio. Na fase de meia linha do leite o conjunto, milho e leguminosas, foram cortados, triturados e ensilados. Paralelamente, avaliou-se o desempenho agronômico do milho, como estande de plantas ha-¹, número de espigas plantas-¹, massa de espigas (g), altura de inserção da primeira espiga e de plantas de milho (m), comprimento de espigas, diâmetro de colmo e espigas (cm), número de grãos úmidos espiga-¹, fileiras espiga-¹ e grãos fileira-¹, massa de mil grãos (MMG), matéria fresca (MF), matéria seca (MS) e grãos secos (t ha-¹). Após 60 dias de fermentação, foram realizadas as análises bromatológicas, foram determinados os teores de MS, PB, fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA), lignina (LIG), matéria mineral (MM), extrato etéreo (EE) e CNF do milho silagem resultantes dos consórcios. Para mensurar a qualidade do processo de fermentação foi avaliada as perdas por gases, efluentes e MS total. A comparação entre os tratamentos foi realizada pelo teste Tukey, com 5% de probabilidade. Na ausência de inoculação das leguminosas, as plantas de milho apresentaram maior estande, altura total e de inserção da primeira espiga, bem como espigas maiores em comprimento e menor teor de MS dos consórcios. As menores alturas de inserção da primeira espiga foram obtidas no consórcio milho com feijão de porco. Não houve diferenças estatísticas para o rendimento de grãos fileiras-¹, grãos espigas-¹ e MMG. Os consórcios com sementes de leguminosas inoculadas apresentaram ganhos de diâmetro de colmo das plantas de milho, mas somente o feijão de porco diferiu estatisticamente do controle. A composição nutricional do consórcio de milho e leguminosas apresentou ganhos à silagem mista, em destaque o feijão de porco. Os consórcios aumentaram os teores PB, FDN e MM. O feijão guandu aumentou os teores de FDN e FDA e diminuiu o CNF na silagem mista. A inoculação de leguminosas não afeta a qualidade da silagem mista, apesar de diminuir o teor de FDN e aumentar a concentração de MM e CNF da matéria fresca. O uso de leguminosas na produção de milho silagem pode mitigar as perdas no processo de ensilagem. Palavras-chave: Cajanus cajan. Canavalia ensiformis. Consorciação. Crotalaria juncea. Lablab purpureus. Mucuna pruriens. Zea mays L.
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    Segurança alimentar e indicadores nutricionais de agricultores familiares expositores em feiras livres de Viçosa-MG e suas percepções referentes à pandemia da COVID-19 e condições de vida
    (Universidade Federal de Viçosa, 2023-03-06) Rezende, Isabella de Andrade; Franceschini, Sylvia do Carmo Castro; http://lattes.cnpq.br/0627366215304670
    Introdução: A Segurança Alimentar e Nutricional envolve aspectos no que se refere a produção de alimentos, acesso, disponibilidade, qualidade e práticas alimentares. Com a chegada do vírus Sars-Cov-2, as medidas de tentativa de contenção do mesmo levaram a bloqueios de estradas, fechamento de comércios e feiras livres, e consequentemente perda financeira para os agricultores familiares. Muitos produtores que dependiam de feiras livres para exposição e comercialização de seus produtos tiveram sua renda diminuída ou comprometida nesse período. Objetivo: Avaliar a situação de (In) Segurança Alimentar e indicadores nutricionais de agricultores familiares expositores em feiras livres locais e suas percepções referente ao impacto da pandemia da COVID-19 em suas condições de vida. Metodologia: foram avaliados agricultores familiares, maiores de 18 anos, que expõem seus produtos em feiras livres locais. Um questionário foi aplicado contendo informações demográficas, socioeconômicas, de consumo alimentar e da percepção do impacto da pandemia nas condições de vida. A Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA) foi utilizada para o diagnóstico da Segurança Alimentar (SA). A avaliação do estado nutricional foi feita pelo Índice de Massa Corporal. O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal de Viçosa (parecer n. 5.401.008). As análises estatísticas foram conduzidas no software R versão 4.0.5, adotando-se nível de significância de p<0,05. A comparação das variáveis categóricas entre os grupos de InSA e SA foi realizada pelo teste Qui-quadrado. A Oddis Rattio foi utilizada para determinar a magnitude de associação entre a InSA e cada variável analisada. Resultados: No estudo realizado 52,3% (n = 35) dos agricultores estavam em situação de InSA. Observou-se que participar de programa governamental, ter maior disponibilidade energética diária per capita e possuir abastecimento de água da rede pública apresentou relação com a SA. Quanto maior a pontuação na EBIA menor a disponibilidade energética, de carboidratos, proteínas e lipídeos per capita diária. A maioria dos agricultores, independente da situação de SA ou InSA, relataram ter feito trocas alimentares durante a pandemia, sendo que foi observado aumento no consumo de arroz e redução no consumo de carne bovina. Considerações finais: A paralisação das feiras livres agravou a situação dos agricultores familiares expositores, já que,muitas vezes, a venda dos seus produtos nesses locais é sua única ou principal fonte de renda. Estratégias devem ser tomadas para minimizar o impacto da pandemia na saúde e alimentação dessa população. Portanto, são necessárias medidas governamentais que visem garantir condições socioeconômicas e segurança alimentar, assegurando assim o direito a todos a alimentação em qualidade e quantidades suficientes. Palavras-chave: Agricultura Familiar. COVID-19. Feiras Livres. Segurança Alimentar.
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    Aspectos determinantes para adoção de sistemas agroflorestais no brasil: revisão sistemática e metanálise
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-08-10) Ribeiro, Julio Cesar Pereira; Filho, Elpídio Inácio Fernandes; http://lattes.cnpq.br/9170795633184678
    Os sistemas agroflorestais (SAFs) representam atividades agrícolas que otimizam o uso e cobertura da terra e possuem potencialidades ecológicas e econômicas. Apesar dos estudos sobre SAFs mostrarem resultados promissores, muitos agricultores ainda não adotam esse modelo de agricultura. Esta revisão sistemática e metanálise identificou quais desafios e barreiras interferem na tomada de decisão dos agricultores para adotar sistemas agroflorestais no Brasil. Dos 957 artigos identificados, 60 artigos foram incluídos na análise final após uma rigorosa revisão de triagem duplo-cega. Dos 60 artigos, 35 foram selecionados para extração de dados e utilizados para revisão sistemática, enquanto apenas 10 foram utilizados para metanálise. A revisão e metanálise mostraram que, embora os SAFs apresentem vantagens para aumento de renda e recuperação ambiental, a falta de informação torna-se uma das principais barreiras para a adoção do SAF. Agricultores com acesso à informação têm 2,21 vezes mais chances de adotar um SAF em comparação com agricultores sem acesso à informação. Além disso, existem vários desafios para adoção e aceitação do SAF no Brasil, incluindo políticas públicas, assistência técnica qualificada, acesso à terra, participação em cooperativas e associações, uso do SAF para recuperação de áreas degradadas, educação, comercialização do produto SAF, aplicação de metodologias participativas, acesso a crédito e subsídios. Esta revisão e metanálise destacou as lacunas existentes para a adoção do SAF e a ausência de estudos que apontassem os principais avanços com os SAFs. Pesquisas futuras sobre variáveis associadas à adoção do SAF devem, em primeiro lugar, criar um método de coleta de dados, um protocolo de pesquisa para orientar a condução da pesquisa do SAF. Isso permitirá a criação de um banco de dados para compor informações referenciais para acompanhar a evolução dos SAFs no Brasil e estabelecer políticas que estimulem sua expansão Palavras-chave: Agrofloresta. Acesso à Informação. Adoção de SAF. Agricultura Familiar. Agroecologia.
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    Coletivo de mulheres campesinas, produção de extratos vegetais e potencial de uso no milho agroecológico
    (Universidade Federal de Viçosa, 2023-02-24) Rodrigues, Josiéle Botelho; Galvão, João Carlos Cardoso; http://lattes.cnpq.br/6887821823958186
    Óleos essenciais (OEs) e hidrolatos (Hs) de plantas possuem potencial de uso no manejo de insetos-pragas e patógenos em sistema agroecológico. Objetivo desse estudo foi reportar a tra- jetória do grupo Anacauíta na extração de OEs e Hs de plantas nativas dos domínios Pampa e Mata Atlântica. As espécies utilizadas foram Baccharis dracunculifolia e Schinus molle para determinação da composição química dos OEs e a ação de seus OEs e Hs no controle dos inse- tos pragas da cultura do milho Spodoptera frugiperda e Sitophilus zeamais. A caracterização do grupo Anacuíta deu-se pela realização de entrevistas com perguntas abertas com cinco integran- tes. Utilizou-se a cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas para a obtenção da composição química. Para a avaliação dos OEs e Hs no manejo dos insetos pragas foram testadas seis concentrações de OEs (1%, 0,5%, 0,25%, 0,125%, 0,0625% e 0,0312%) e cinco Hs (1:0, 1:1, 1:2, 1:4, 1:8) e mais três tratamentos controle: bifentrina (+), somente água e água + emulsificante (-). A avaliação dos efeitos letais da S.frugiperda foi realizada às 48h, e os efei- tos subletais seguiram após com a quantificação do número de indivíduos sobreviventes. Para o S.zeamais, foi realizada a contagem dos insetos e averiguado o peso final da massa dos grãos após 80 dias de armazenamento. No bioensaio de repelência, realizou-se o teste de arena livre, sendo testado 10 e 100% do H e 0,0312% e 1% do OE. Dos resultados obtidos, os produtos do grupo Anacauita apresenta aplicabilidades variadas, desde o uso humano até o uso agrícola e os componentes majoritários corroboram com as potencialidades. Os tratamentos testado não reproduziram efeito letal na S.frugiperda. No S.zeamais, os tratamentos não reduziram o cres- cimento populacional, por outro lado, o OE de B.dracunculifolia foi o que apresentou menor infestação e perda de peso dos grãos. Na repelência, ambos extratos das duas espécies demons- traram potencial. Os estudos devem ser continuados referentes ao potencial dos OEs e Hs na agricultura, pois estes se mostraram eficientes para o S.zeamais. Entretanto, resta avaliar testes de repelência das mariposas e lagartas. Palavras-Chave: Insetos-praga. Grupo Anacauita. Aroeira-salsa. Alecrim do campo.
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    Sistema participativo de garantia e resiliência na Rede Borborema de Agroecologia
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-12-21) Silva, Ihédilla Humberta Sinésio Cândido; Costa, Bianca Aparecida Lima; http://lattes.cnpq.br/2943297009420988
    A institucionalização dos Sistemas Participativos de Garantia - SPG no Brasil oportunizou a inclusão de agricultores(as) familiares no mercado, abrindo espaços justos de comercialização e construção de coesão social. O estudo teve como objetivo analisar o dinamismo da certificação participativa, considerando os processos de resiliência para a formação e consolidação de um SPG. A pesquisa, de caráter qualitativo, ocorreu a partir da aproximação com a Rede Borborema de Agroecologia, primeiro SPG credenciado na Paraíba. Os procedimentos metodológicos adotados envolveram a realização de entrevistas semiestruturadas, observação-participante e pesquisa documental. Identificou-se que a autonomia conquistada pelos(as) agricultores(as) familiares da Rede Borborema procede de processos de resiliência, que fortalecem a promoção da reprodução socioeconômica pautada pela agroecologia. A auto-organização, aprendizagem e adaptação foram observadas desde a luta social pela terra e créditos rurais até o processo de certificação participativa. A inserção dos agricultores na certificação participativa oportunizou o aumento da pluriatividade, o fortalecimento do capital social e a integração de conhecimentos tradicionais aos conhecimentos técnicos advindos das parcerias com redes sociotécnicas. Esses fatores conferem resiliência ao sistema, ou seja, a capacidade de se recuperar diante de colapsos, sejam eles socioeconômicos, políticos ou ambientais, o que possibilitou a reorganização do SPG Rede Borborema de Agroecologia no período de pandemia da COVID-19. Com a identificação dos trajetos de resiliência a partir dessas reorganizações, esta pesquisa elucida que a resiliência da agricultura familiar na certificação participativa pode contribuir para a promoção da agroecologia. Palavras-chave: Agroecologia. Certificação Participativa. Ecologia. Resiliência.
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    Teor de iodo na água, sal e temperos consumidos por agricultores familiares da região geográfica imediata de Viçosa – MG associados às suas procedências
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-12-19) Mayer, Edna Miranda; Franceschini, Sylvia do Carmo Castro; http://lattes.cnpq.br/7110864626011452
    O objetivo deste estudo foi associar os teores de iodo na água, sal, temperos caseiros e industrializados consumidos pelos agricultores familiares da Região Geográfica Imediata de Viçosa com suas procedências. Trata-se de um estudo transversal desenvolvido no meio rural da Zona da Mata de Minas Gerais, tendo como público, 306 adultos. Foram coletadas e analisadas 300 amostras de sal, 314 água e 166 temperos consumidos, no período de julho de 2020 a agosto de 2021. Para determinar a concentração de iodo na água baseou-se no método espectrofotométrico “Leuco Cristal Violeta”, no sal utilizou-se o descrito no Manual do Instituto Adolfo Lutz (2008) e para o tempero um método baseado no escrito por Perring et al. (2001). Com o questionário semiestruturado obteve-se informações sobre as procedências da água, sal e tempero de consumo. A mediana de teor de iodo na água de consumo das amostras da torneira foi de 4,56 μg L -1 e nas nascentes, 7,08 μg L -1 . 94,1% das amostras de água da torneira estão com baixa concentração de iodo. A mediana da ingestão hídrica diária foi de 2000 mililitros disponibilizando 9,12 μg de iodo. A concentração de iodo na água foi diferente entre as cidades participantes. Ocorreu associação entre a concentração de iodo abaixo da mediana com água advinda de poço artesiano ou cisterna, água armazenada em caixa d’água de polietileno e amianto e limpeza da caixa d’água ≤ 6 meses. A mediana de teor de iodo das amostras de sal foi de 23,42 mg. Kg -1 . O sal refinado apresentou maior mediana de teor de iodo (24,01 mg Kg -1 ). 80,6% das amostras analisadas encontraram-se adequadas com relação a concentração de iodo e 94,3% são compostas por sal refinado. Verificou-se que 50,7% dos sais foram da marca A, 43,0% são armazenados em locais considerados quentes, 94,0% retiram o sal da embalagem original e 95,7% utilizam utensílio seco para manusear o sal. Os valores de mediana, mínimo e máximo da disponibilidade diária de sal de consumo alimentar consumido foi de 11,1 g, 1,4 g e 33,3 g, respectivamente, oferecendo 260,0 μg, 0,0 μg e 4319,6 μg de iodo, respectivamente. A concentração de iodo no sal de consumo foi diferente entre o do sal mineral com sal refinado. A distribuição de iodo no sal de consumo foi diferente entre a Marca C com a Marca A e Marca B. A média de iodo das amostras de tempero foi de 52,68 μg/100g. Identificou-se que, 37,3% dos temperos foram acondicionados em locais secos e ventilados, 65,1% são colocados em potes de plásticos e 89,8% utilizam utensílio seco para manuseá-lo. A mediana de concentração de iodo no tempero foi de 0,97 mg 100g -1 (0,0 – 2,8 mg 100g -1 ). O sal de consumo é o que mais contribuiu para a disponibilidade de iodo para a população do estudo, seguido do tempero e água. Palavras-chave: Iodo. Agricultores familiares. Adulto.