Agroecologia

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    Aspectos determinantes para adoção de sistemas agroflorestais no brasil: revisão sistemática e metanálise
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-08-10) Ribeiro, Julio Cesar Pereira; Filho, Elpídio Inácio Fernandes; http://lattes.cnpq.br/9170795633184678
    Os sistemas agroflorestais (SAFs) representam atividades agrícolas que otimizam o uso e cobertura da terra e possuem potencialidades ecológicas e econômicas. Apesar dos estudos sobre SAFs mostrarem resultados promissores, muitos agricultores ainda não adotam esse modelo de agricultura. Esta revisão sistemática e metanálise identificou quais desafios e barreiras interferem na tomada de decisão dos agricultores para adotar sistemas agroflorestais no Brasil. Dos 957 artigos identificados, 60 artigos foram incluídos na análise final após uma rigorosa revisão de triagem duplo-cega. Dos 60 artigos, 35 foram selecionados para extração de dados e utilizados para revisão sistemática, enquanto apenas 10 foram utilizados para metanálise. A revisão e metanálise mostraram que, embora os SAFs apresentem vantagens para aumento de renda e recuperação ambiental, a falta de informação torna-se uma das principais barreiras para a adoção do SAF. Agricultores com acesso à informação têm 2,21 vezes mais chances de adotar um SAF em comparação com agricultores sem acesso à informação. Além disso, existem vários desafios para adoção e aceitação do SAF no Brasil, incluindo políticas públicas, assistência técnica qualificada, acesso à terra, participação em cooperativas e associações, uso do SAF para recuperação de áreas degradadas, educação, comercialização do produto SAF, aplicação de metodologias participativas, acesso a crédito e subsídios. Esta revisão e metanálise destacou as lacunas existentes para a adoção do SAF e a ausência de estudos que apontassem os principais avanços com os SAFs. Pesquisas futuras sobre variáveis associadas à adoção do SAF devem, em primeiro lugar, criar um método de coleta de dados, um protocolo de pesquisa para orientar a condução da pesquisa do SAF. Isso permitirá a criação de um banco de dados para compor informações referenciais para acompanhar a evolução dos SAFs no Brasil e estabelecer políticas que estimulem sua expansão Palavras-chave: Agrofloresta. Acesso à Informação. Adoção de SAF. Agricultura Familiar. Agroecologia.
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    Sistema participativo de garantia e resiliência na Rede Borborema de Agroecologia
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-12-21) Silva, Ihédilla Humberta Sinésio Cândido; Costa, Bianca Aparecida Lima; http://lattes.cnpq.br/2943297009420988
    A institucionalização dos Sistemas Participativos de Garantia - SPG no Brasil oportunizou a inclusão de agricultores(as) familiares no mercado, abrindo espaços justos de comercialização e construção de coesão social. O estudo teve como objetivo analisar o dinamismo da certificação participativa, considerando os processos de resiliência para a formação e consolidação de um SPG. A pesquisa, de caráter qualitativo, ocorreu a partir da aproximação com a Rede Borborema de Agroecologia, primeiro SPG credenciado na Paraíba. Os procedimentos metodológicos adotados envolveram a realização de entrevistas semiestruturadas, observação-participante e pesquisa documental. Identificou-se que a autonomia conquistada pelos(as) agricultores(as) familiares da Rede Borborema procede de processos de resiliência, que fortalecem a promoção da reprodução socioeconômica pautada pela agroecologia. A auto-organização, aprendizagem e adaptação foram observadas desde a luta social pela terra e créditos rurais até o processo de certificação participativa. A inserção dos agricultores na certificação participativa oportunizou o aumento da pluriatividade, o fortalecimento do capital social e a integração de conhecimentos tradicionais aos conhecimentos técnicos advindos das parcerias com redes sociotécnicas. Esses fatores conferem resiliência ao sistema, ou seja, a capacidade de se recuperar diante de colapsos, sejam eles socioeconômicos, políticos ou ambientais, o que possibilitou a reorganização do SPG Rede Borborema de Agroecologia no período de pandemia da COVID-19. Com a identificação dos trajetos de resiliência a partir dessas reorganizações, esta pesquisa elucida que a resiliência da agricultura familiar na certificação participativa pode contribuir para a promoção da agroecologia. Palavras-chave: Agroecologia. Certificação Participativa. Ecologia. Resiliência.
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    Teor de iodo na água, sal e temperos consumidos por agricultores familiares da região geográfica imediata de Viçosa – MG associados às suas procedências
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-12-19) Mayer, Edna Miranda; Franceschini, Sylvia do Carmo Castro; http://lattes.cnpq.br/7110864626011452
    O objetivo deste estudo foi associar os teores de iodo na água, sal, temperos caseiros e industrializados consumidos pelos agricultores familiares da Região Geográfica Imediata de Viçosa com suas procedências. Trata-se de um estudo transversal desenvolvido no meio rural da Zona da Mata de Minas Gerais, tendo como público, 306 adultos. Foram coletadas e analisadas 300 amostras de sal, 314 água e 166 temperos consumidos, no período de julho de 2020 a agosto de 2021. Para determinar a concentração de iodo na água baseou-se no método espectrofotométrico “Leuco Cristal Violeta”, no sal utilizou-se o descrito no Manual do Instituto Adolfo Lutz (2008) e para o tempero um método baseado no escrito por Perring et al. (2001). Com o questionário semiestruturado obteve-se informações sobre as procedências da água, sal e tempero de consumo. A mediana de teor de iodo na água de consumo das amostras da torneira foi de 4,56 μg L -1 e nas nascentes, 7,08 μg L -1 . 94,1% das amostras de água da torneira estão com baixa concentração de iodo. A mediana da ingestão hídrica diária foi de 2000 mililitros disponibilizando 9,12 μg de iodo. A concentração de iodo na água foi diferente entre as cidades participantes. Ocorreu associação entre a concentração de iodo abaixo da mediana com água advinda de poço artesiano ou cisterna, água armazenada em caixa d’água de polietileno e amianto e limpeza da caixa d’água ≤ 6 meses. A mediana de teor de iodo das amostras de sal foi de 23,42 mg. Kg -1 . O sal refinado apresentou maior mediana de teor de iodo (24,01 mg Kg -1 ). 80,6% das amostras analisadas encontraram-se adequadas com relação a concentração de iodo e 94,3% são compostas por sal refinado. Verificou-se que 50,7% dos sais foram da marca A, 43,0% são armazenados em locais considerados quentes, 94,0% retiram o sal da embalagem original e 95,7% utilizam utensílio seco para manusear o sal. Os valores de mediana, mínimo e máximo da disponibilidade diária de sal de consumo alimentar consumido foi de 11,1 g, 1,4 g e 33,3 g, respectivamente, oferecendo 260,0 μg, 0,0 μg e 4319,6 μg de iodo, respectivamente. A concentração de iodo no sal de consumo foi diferente entre o do sal mineral com sal refinado. A distribuição de iodo no sal de consumo foi diferente entre a Marca C com a Marca A e Marca B. A média de iodo das amostras de tempero foi de 52,68 μg/100g. Identificou-se que, 37,3% dos temperos foram acondicionados em locais secos e ventilados, 65,1% são colocados em potes de plásticos e 89,8% utilizam utensílio seco para manuseá-lo. A mediana de concentração de iodo no tempero foi de 0,97 mg 100g -1 (0,0 – 2,8 mg 100g -1 ). O sal de consumo é o que mais contribuiu para a disponibilidade de iodo para a população do estudo, seguido do tempero e água. Palavras-chave: Iodo. Agricultores familiares. Adulto.
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    Saberes do rio Gualaxo do Norte: etnoindicadores e ecotoxicologia para monitoramento ambiental
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-03-31) Dias, Paloma Pereira; Benjamin, Laércio dos Anjos; http://lattes.cnpq.br/4301188698645636
    O rompimento da barragem do Fundão, na quinta bacia Hidrográfica mais importante do Brasil, foi o maior desastre ambiental mundial desde os anos de 1960 e foi responsável por uma série de mudanças na bacia hidrográfica do rio Doce. Estas mudanças estão presentes no solo, na água, na fauna, na flora e também atravessam e impactam a vida das pessoas e as relações sociais. A ausência de participação dos/as atingidos/as no processo de tomada de decisão relacionado às ações reparatórias tem invisibilizado seus saberes, gerado insatisfação e deixado dúvidas quanto à contaminação ambiental e à segurança em produzir e consumir alimentos no território. O objetivo deste estudo foi identificar e sistematizar etnoindicadores úteis para o monitoramento ambiental participativo e promover o diálogo entre estes indicadores com os indicadores de avaliação da qualidade da água e da saúde dos peixes por meio de experimento ecotoxicológico. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas e caminhadas transversais com 12 famílias. Nas entrevistas foram identificados 30 etnoindicadores relacionados aos peixes, ao rio, à água, ao solo, às plantas, aos cultivos agrícolas e aos animais domésticos. Foi possível perceber que estes etnoindicadores estão intimamente ligados com as mudanças sofridas no ambiente. Além disso, as mudanças geomorfológicas do rio e da sua diversidade de espécies são importantes indicadores para as pessoas e este conhecimento pode ser utilizado para a avaliação mais abrangente do ambiente. Dessa forma, os saberes da população abrangem os ciclos hidrológicos, o solo, a fauna e a flora e podem contribuir para o monitoramento ambiental e percepção das mudanças que ocorreram ao longo do tempo no ecossistema que foi impactado. Um experimento ecotoxicológico crônico foi conduzido no Laboratório de Biologia de Peixes do DVT-UFV utilizando água de três pontos do rio Gualaxo do Norte. Peixes da espécie lambari (Astyanax altiparanae) foram utilizados como bioindicadores. As análises encontradas mostram que os padrões físico-químicos da água se mantiveram estáveis e dentro do padrão de qualidade. No entanto, foram encontrados níveis mais altos de arsênio e chumbo nas amostras de água do rio Gualaxo do Norte. A avaliação dos biomarcadores histológicos das brânquias encontrou alterações na espessura de lamela primária e no diâmetro de vaso, o que pode indicar prejuízo à morfologia saudável destes órgãos frente a presença dos contaminantes. As alterações histológicas encontradas confirmam as informações obtidas com os etno indicadoresque apontam para a sensibilidade dos peixes à qualidade da água. A avaliação e monitoramento ambiental, utilizando os saberes populares e conhecimentos científicos e populares, possibilitam a compreensão dos problemas de forma mais abrangente. Os saberes populares permitem a compreensão sensível de mudanças ambientais e estas, por sua vez, se relacionam com os indicadores científicos avaliados nesta pesquisa pelos biomarcadores histológicos das brânquias. Palavras-chave: Saberes populares. Etnociência. Biomarcadores. Histologia.
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    Alterações endócrinas, concentração urinária de iodo, estado nutricional e uso de agrotóxicos por agricultores familiares da Zona da Mata de Minas Gerais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-08-09) Bittencourt, Jersica Martins; Priore, Silvia Eloiza; http://lattes.cnpq.br/2846709685083121
    De acordo com a lei 7.802, de 11 de julho de 1989 os agrotóxicos são substâncias químicas destinadas a repelir seres vivos considerados indesejáveis e causadores de danos à agricultura. É notável o aumento no uso dessas substâncias, no entanto a sua utilização causa controvérsias, pelo fato de estar relacionada com danos à saúde e ao meio ambiente. Diante disso, o objetivo deste estudo é verificar a associação das alterações endócrinas, concentração urinária de iodo e estado nutricional com uso de agrotóxicos por agricultores familiares de uma região da Zona da Mata de Minas Gerais. Calculou-se a amostra e como resultado, chegou-se a 306 indivíduos (20 a 59 anos), distribuídos proporcionalmente por sexo e residentes rurais dos municípios da Região Geográfica Imediata de Viçosa, que compõem a Zona da Mata de Minas Gerais. Foi realizada a leitura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, que em função da pandemia da COVID-19 foi feito por telefone e mediante o aceite dos voluntários, obteve-se também via telefônica utilizando-se questionário semiestruturado informações sobre condições sociodemográficas, uso de agrotóxicos, doenças endócrinas e medidas antropométricas (peso e altura) estas auto relatadas. A coleta de sangue e urina ocorreram no domicílio ou em um local apropriado previamente combinado, seguido as normas de prevenção da COVID-19. O sangue foi coletado para quantificar a tiroxina livre (T4L), hormônio tireoestimulante (TSH), triodotironina (T3), colinesterases totais (ChEs) e acetilcolinesterase (AChE), e a urina para avaliar a concentração urinária de iodo. O sangue coletado por um profissional do laboratório contratado, já a urina foi fornecido um recipiente para o participante realizar a coleta. A análise dos dados foi feita no Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 23.0. Foi feito o teste Kolmogorov Smirnoff, para verificar o padrão de normalidade das variáveis, o teste de qui-quadrado de Pearson ou Exato de Fisher para as variáveis categóricas e a magnitude da associação foi avaliada pela Odds Ratio (OR). A análise de correlação foi feita pelo teste de Spearman. Foi realizada a análise multivariada utilizando-se regressão logística múltipla, além disso, realizou-se teste de postos Mann-Whitney e o teste de médias t de Student. Para todas estas análises foi adotado um α de 5%. Participaram do estudo 306 agricultores familiares, 52% (n=159) do sexo masculino, com média de idade de 43,5 (DP=9,1) anos. Em relação aos agrotóxicos 43,8% (n=135) o utilizam, 74,1% (n=100) usam a mais de dez anos, 88,1% (n=119) não fazem uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI) completo, 57,0% (n=77) não seguem a bula, 68,9% (n=93) não respeitam o período de reentrada nas lavouras, 76,3% (n=103) aplicam os agrotóxicos por tempo ≥ 4 horas por dia, 50,3% (n=68) usam mais de três tipos diferentes de agrotóxicos, sendo a classe mais utilizada a dos herbicidas. O tempo de uso de agrotóxicos se correlacionou positivamente com os valores de renda per capita (r=0,125 p=0,029) as ChEs negativamente com escolaridade (r=-0,148 p=0,009) e a AChE positivamente com a idade (r=0,220 p=0,000). Verificou-se que o sexo está associado ao uso de agrotóxicos (p<0,0001), sendo que ser do sexo masculino tem de 39,45 vezes mais chances de usar esses produtos. Foi encontrado elevado percentual de agricultores familiares apresentando excesso de peso e de iodo urinário. Observou-se que a exposição atual e pregressa aos agrotóxicos está associada ao excesso de iodo (OR=1,730; IC 95% 1,100 – 2,721; p=0,017). O modelo múltiplo final mostrou que as alterações endócrinas estão relacionadas com a idade (OR=1,064; IC 95% 1,014 -1,115; p=0,01), uso de agrotóxicos por tempo ≥ 10 anos (OR=3,553; IC 95% 1,536 – 8,220; p<0,01) e sexo feminino (OR=2,785; IC 95% 1,174 – 6,607; p=0,02), sendo que estas variáveis aumentam as chances de alterações endócrinas. Constatou-se diversos fatores que podem levar a consequências negativas para a saúde dos agricultores familiares referente ao uso dos agrotóxicos, a exemplo o longo período de utilização desses produtos e o não uso de EPI. Evidenciou-se a predominância do uso desses produtos, de excesso de peso e iodo urinário, além do uso atual e pregresso de agrotóxicos estar associado ao excesso de iodo urinário, o que chama a atenção para o surgimento de alterações endócrinas tireoidianas no futuro. Por fim, fica evidente a necessidade de incentivar o cultivo de sistemas alimentares de base agroecológica, que não coloquem em risco a saúde humana e o meio ambiente. Palavras-Chave: Agrotóxicos. Agricultores. Alterações endócrinas.
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    Bactérias do EM (microrganismos eficientes) com potencial biotecnológico isoladas em cultivos de milho e fragmento florestal
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-07-11) Pedrosa, Betania Guilhermina; Galvão, João Carlos Cardoso; http://lattes.cnpq.br/4324032623360167
    O milho é o segundo grão mais produzido no Brasil e tem grande importância na alimentação humana e animal, sobretudo em regiões de baixa renda, além disso, é utilizado na produção de bebidas, polímeros e combustíveis. Na sua maioria, os pequenos produtores de milho possuem pouco acesso a insumos, infraestrutura e logística adequados, o que leva a baixa produtividade das lavouras. Desta forma, práticas de manejo de baixo custo devem ser implementadas com a finalidade de atender a esta importante parcela da população brasileira. É reconhecido que os microrganismos têm papel fundamental na construção de sistemas agroalimentares produtivos e saudáveis, a exemplo dos Microrganismos eficientes (EM), que se tornaram uma tecnologia social utilizada por diversas famílias camponesas da Zona da Mata mineira. Estes microrganismos podem melhorar a qualidade do solo, crescimento e produção de culturas, além de controlar doenças do solo, melhorar a absorção de nitrogênio, fósforo e potássio, aumentar a mineralização da matéria orgânica, entre outros benefícios. Entretanto, existem poucos trabalhos evidenciando a diversidade microbiana do EM e seu papel na promoção de crescimento de plantas. Assim, o objetivo deste trabalho foi realizar a caracterização bioquímica e a identificação de isolados bacterianos do EM provenientes de um fragmento florestal e de sistemas de cultivo de milho, visando a obtenção de microrganismos com potencial aplicação biotecnológica. A obtenção dos microrganismos do EM foi realizada a partir de um fragmento florestal (M), uma área de cultivo convencional de milho (C) e uma área de cultivo orgânico de milho (O) na Unidade de Ensino, Pesquisa e Extensão Coimbra da Universidade Federal de Viçosa, selecionados em arroz cozido, seguido por fermentação em melaço de cana-de-açúcar; além do EM ® comercial (P) reativado conforme instruções do fabricante. As etapas de isolamento e caracterização possibilitaram a obtenção de 15 isolados de cada tratamento, totalizando 60 bactérias, que foram selecionadas em meio sólido Nfb e conservadas em NBY com glicerol a - 80 ºC. O DNA dos isolados foi extraído, amplificado na região 16S do rDNA, sequenciado e realizado a filogenia de cada gênero previamente identificado. Para a caracterização bioquímica foram realizados testes de fixação biológica de nitrogênio, solubilização de fosfato inorgânico e produção de ácido indol-acético (AIA). Três isolados não apresentaram crescimento após a conservação e, portanto, dos 57 isolados testados, 43 apresentaram capacidade de fixação biológica de nitrogênio, sendo 11 do tratamento fragmento florestal, 10 do tratamento cultivo de milho convencional, 13 do tratamento cultivo de milho orgânico e 9 do tratamento produto comercial. Dos 57 isolados, 25 apresentaram capacidade de solubilização de fosfato, sendo sete do tratamento fragmento florestal, seis do tratamento cultivo de milho convencional, dois do tratamento cultivo de milho orgânico e 10 do tratamento produto comercial. Dos isolados testados, quatro apresentaram capacidade de produção de AIA. Com o sequenciamento foi possível a identificação de 39 isolados, sendo as espécies Vibrio sonorensis e Acetobacter farinalis e os gêneros Burkholderia, Bacillus, Priestia, Acinetobacter, Acetobacter. Assim, evidenciamos que o EM é fonte acessível de bactérias promotoras de crescimento vegetal e que as bactérias isoladas de diferentes formulações de EM têm amplo potencial biotecnológico, o que permite novas formulações artesanais e comerciais. Palavras-chave: Bactérias promotoras de crescimento vegetal. Biotecnologia. FBN. Solubilização de fosfato. AIA.
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    Cultivos sucessivos de alface após adubação verde e diferentes períodos de pousio
    (Universidade Federal de Viçosa, 2021-07-26) Ferreira, Rebeca Lorena Costa; Santos, Ricardo Henrique Silva; http://lattes.cnpq.br/7975227606930348
    A produção de hortaliças é de grande relevância no Brasil, sobretudo na conjuntura da agricultura familiar. O país é o quarto maior consumidor de fertilizantes minerais no mundo. No âmbito da olericultura convencional as principais fontes de N são os fertilizantes nitrogenados sintéticos. Estes são, em sua maioria, importados e sua obtenção gera grande gasto energético. Seu uso indiscriminado pode ocasionar alguns problemas ambientais como eutrofização dos cursos d’água, contaminação dos lençóis freáticos e intensificação do efeito estufa. Diante dos entraves apontados, a adubação verde se configura como uma alternativa com potencial para suprir total ou parcialmente a demanda de N no cultivo de olerícolas, sendo que, seu efeito pode perdurar por mais de um ciclo produtivo. Nesse contexto, o presente estudo teve o objetivo de avaliar o efeito da adubação verde com tremoço branco (Lupinus albus), após diferentes períodos de pousio, em cultivos sucessivos de alface (Lactuca sativa). Para tanto, o tremoço foi incorporado ao solo, na dose de 7 t ha -1 de matéria seca, com diferentes períodos de pousio (0, 30 e 60 dias) antecedendo os 3 cultivos sucessivos de alface. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso em esquema de parcelas subdivididas no tempo. Os períodos de pousio constituíram as parcelas e os cultivos sucessivos constituíram as sub- parcelas. Foram avaliadas características relacionadas à produtividade e crescimento na cultura da alface, sendo: matéria fresca, matéria seca, peso comercial, número de folhas, altura de plantas e teor de nitrogênio. Temperaturas elevadas durante o segundo cultivo de alface reduziram a produção da cultura. A adubação verde com tremoço branco aumenta a produção no cultivo de alface em sucessão, por pelo menos um ciclo subsequente. Sugere-se, que o período de pousio de 60 dias, promove maior sincronia entre a mineralização do N proveniente do tremoço branco e a demanda de absorção da cultura de alface. Palavras-chave: Alface - Nutrição. Adubação verde. Lactuca sativa.
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    Reuso direto de água cinza na agricultura: percepção de extensionistas rurais e proposta de dimensionamento de Círculo de Bananeiras
    (Universidade Federal de Viçosa, 2021-11-08) Silva, Juliano Rezende Mudadu; Fernandes, Raphael Bragança Alves; http://lattes.cnpq.br/8653207290166955
    O estudo foi motivado pelo direito humano ao acesso ao saneamento seguro, pela sustentabilidade da segurança hídrica, alimentar e nutricional e pelo desenvolvimento de sistemas agroalimentares mais resilientes. O objetivo geral foi investigar e contribuir com as estratégias para o uso sustentável da água cinza como recurso hídrico alternativo com a abordagem do saneamento ecológico, dentro de uma proposta de integração do saneamento à agricultura na recuperação de recursos. O estudo foi dividido em dois capítulos. O primeiro capítulo teve como objetivos propor um modelo de dimensionamento de um projeto padrão para o sistema Círculo de Bananeiras, baseado no conceito de balanço hídrico, os fluxos de água cinza, chuva, infiltração e evapotranspiração. O dimensionamento do sistema considerou as áreas necessárias para os fenômenos da infiltração e evapotranspiração. Na determinação da área de infiltração foi considerada uma vala de forma cilíndrica, sendo determinadas a taxa de carga hidráulica e a taxa de percolação do solo. A taxa de evapotranspiração das bananeiras foi considerada na definição da área de evapotranspiração. Uma simulação teórica foi efetuada considerando a produção de água cinza por uma família de cinco pessoas, vivendo em um contexto de baixa renda e com escassez de água. Os resultados indicaram o potencial do modelo proposto para fornecer critérios para o projeto padrão. O segundo capítulo objetivou avaliar a aceitação e percepção de riscos e benefícios de técnicos de assistência rural de Minas Gerais para o reuso da água cinza como recurso hídrico alternativo na agricultura. Os resultados indicaram atitude positiva dos entrevistados em relação ao reuso da água cinza na agricultura. Mais de 80% dos técnicos acreditam na possibilidade de utilizar a água cinza como um recurso hídrico alternativo e apresentam disposição de realizar a prática. Apesar da percepção de possíveis riscos à saúde humana com a ingestão de alimentos crus, a maioria dos entrevistados acredita que é possível realizar o reuso de forma segura com a adoção de técnicas de irrigação e tratamento no local. Uma perspectiva positiva para o desenvolvimento de políticas públicas para o reuso de água no estado foi percebida entre os técnicos, especialmente nas regiões com histórico de escassez hídrica e em um contexto socioeconômico mais precário. Este estudo oferece contribuições às discussões relacionadas ao reuso da água na agricultura e subsídios para o desenvolvimento de políticas públicas de reutilização de águas residuárias. Palavras-chave: Reuso. Evapotranspiração. Permacultura. Saneamento Ecológico.
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    Caracterização agronômica de Cratylia argentea (Desv.) O. Kuntze sob diferentes alturas e frequências de corte
    (Universidade Federal de Viçosa, 2021-08-12) Reis, Douglas Rafael Lopes; Santos, Ricardo Henrique Silva; http://lattes.cnpq.br/2336212620841109
    A Cratylia argentea, espécie leguminosa, arbustiva e classificada como de múltiplo uso, adaptada aos ambientes tropicais e com alta capacidade de rebrota, apresenta características para compor sistemas agropecuários de produção na Zona da Mata mineira. C. argentea tem preferencialmente sua reprodução sexuada e, apesar de nativa, é pouco estudada. Neste contexto, para utilização de uma espécie utilizada como adubo verde, forrageira e na recuperação de áreas degradadas faz-se necessário obter mais informações do comportamento de C. argentea sob diferentes alturas e idade de corte da planta. O trabalho objetivou estudar as características agronômicas das plantas de C. argentea sob diferentes alturas e idade de corte nas condições edafoclimáticas da Zona da Mata mineira. Os objetivos específicos foram avaliar o acúmulo de fitomassa, nitrogênio e proteína bruta frente a diferentes alturas e idade de corte, avaliar as características morfológicas e determinar a curva de acúmulo de fitomassa e determinar a melhor combinação de altura e idade de corte em plantas de C. argentea para utilização como forrageira e adubo verde. As plantas receberam poda de uniformização realizada a 40 cm do solo. Na avaliação do efeito da altura e idade de corte na produção de fitomassa de C. argentea, as plantas foram cortadas aos 60 e 120 dias de crescimento nas alturas de 10, 30 e 50 cm. Foram avaliados no corte realizado aos 60 dias de crescimento o número de brotações, comprimento do maior ramo, número de folhas do maior ramo, fitomassa fresca, fitomassa seca, teor de fitomassa seca e produção de fitomassa seca. Nas plantas cortadas aos 120 dias de crescimento, além das características anteriores, foram avaliadas a produtividade acumulada do primeiro e segundo corte, teor de nitrogênio, nitrogênio total, proteína bruta, nitrogênio acumulado e relação folha/caule. O crescimento contínuo até os 120 dias é o mais indicado na produção de fitomassa, chegando a 9680 kg ha -1 de fitomassa seca, bem como, na mesma idade também é indicada para a produção de nitrogênio e proteína bruta, quando cortado nas maiores alturas. No segundo experimento intitulado potencial agronômico de C. argentea na Zona da Mata mineira as plantas foram conduzidas em crescimento livre a partir da poda de uniformização realizada a 40 cm do solo. Foram realizadas quatro avaliações com plantas cortadas rente ao solo com 60, 120, 180 e 240 dias a partir da poda de uniformização, sendo avaliadas a fitomassa fresca e seca da planta, folha, caule e inflorescência, relação folha/caule, produtividade, teor e acúmulo de nitrogênio e proteína bruta. Aos 212 dias de crescimento as plantas acumularam maiores quantidades de fitomassa chegando a 8,9 t ha -1 . O acúmulo de nitrogênio e proteína bruta é crescente até os 180 dias de crescimento, acumulando 338,73 kg ha -1 de nitrogênio. Após esse período a planta começa a investir em estrutura de sustentação e reserva (caule), fator limitante na potencialidade de forrageira e adubo verde. Palavras-chave: Leguminosa. Forrageira. Adubo verde. Planta de uso múltiplo. Cratília.
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    Manejo agroecológico aumenta a multifuncionalidade ecológica e o fornecimento de serviços ecossistêmico da propriedade rural
    (Universidade Federal de Viçosa, 2021-07-19) Tibiriçá, Ariecha Vieira Rodrigues; Simas, Felipe Nogueira Bello; http://lattes.cnpq.br/4550417912246293
    Os ambientes naturais sofrem modificações ao longo do tempo em função da forma como os seres humanos manejam a paisagem. A Agroecologia, em sua mais ampla aplicação (âmbitos social, econômico e ambiental), possui capacidade de estruturar as atividades humanas de maneira consonante à manutenção da qualidade dos ecossistemas manejados. Com uma perspectiva holística, o manejo agroecológico é capaz de unir o uso antrópico com a proteção e preservação das funções ecossistêmicas, conservando a diversidade dos processos do ecossistema em nível de paisagens. Na transição de um ecossistema natural para um agroecossistema, a elasticidade primitiva e a estabilidade biológica são substituídas pela combinação de fatores socioeconômicos e ecológicos. Isto aconteceu em larga escala no Brasil e na Zona da Mata mineira, com extensa substituição das florestas e ecossistema nativos por culturas agrícolas como o café, que atualmente em sua maior parte deu lugar às pastagens. No presente trabalho buscamos investigar como o manejo agroecológico contribui para a regeneração da multifuncionalidade ecológica da paisagem. Selecionamos como estudo de caso uma propriedade na Zona da Mata mineira, que vem sendo manejada há quinze anos a partir de uma abordagem agroecológica, visando a regeneração de pastagens degradadas e a produção agroecológica de alimentos. Foram selecionadas características para se entender as mudanças na funcionalidade ecológica ao de 15 anos, a saber: i) uso e cobertura do solo; ii) estoque de carbono orgânico nos solos e na vegetação; iii) biodiversidade e; iv) susceptibilidade dos solos à erosão. A partir de imagens aéreas e conversas com os atuais proprietários, foi reconstruído o cenário do ano de 2004. Em 2019, foi realizado um levantamento com o uso de drone e elaborado um mosaico ortoretificado da área de estudo e feito o mapeamento e caracterização do uso atual do solo. Foram coletadas amostras de solo dos principais tipos de uso e utilizados dados secundários de inventário florestal para se avaliar estoques de carbono no solo e na fitomassa aérea do estrato arbóreo. A conversão da pastagem em outros tipos de uso de maior biodiversidade e com cobertura arbóreo-arbustiva é a principal alteração da paisagem contida na propriedade. Em termos do funcionamento ecológico avaliamos os impactos deste manejo em relação a três aspectos: i) conservação do solo e da água; ii) sequestro de carbono atmosférico e; iii) aumento da biodiversidade. Quanto aos impactos da substituição das pastagens sobre as características químicas dos solos, os resultados indicam que a sucessão ecológica e maior produção de biomassa aérea aumenta a ciclagem de nutrientes, porém o teor de carbono orgânico no solo permanece próximo ao das pastagens, indicando um sistema dinâmico de transformação de matéria e utilização da energia pelos seres vivos. Os resultados mostram poucas diferenças nos teores médios de carbono orgânico nos solos das diferentes classes de uso. A regeneração natural levou ao expressivo aumento da biodiversidade vegetal devido a ocorrência de estrato arbustivo e arbóreo. Com isso, tem-se a ampliação da diversidade de nichos ecológicos para diversas espécies da fauna. A maior produção de biomassa e sua deposição e decomposição nos solos e a presença de sistemas radiculares mais profundos também indicam o provável aumento da diversidade de microfauna do solo. A presença de estratos arbustivos e arbóreos nas encostas e a implantação de técnicas de “Plantio de Água” contribuem para a redução da estimativa do potencial de erosão do solo. Enquanto uma pesquisa exploratória, os resultados evidenciam que após 15 anos de manejo agroecológico tem-se uma paisagem atual com maior multifuncionalidade ecológica. Incentivo à disseminação deste tipo de manejo de forma mais ampla pode ter efeitos significativos em escala local e regional, contribuindo para a regeneração ecológica de um território mais extenso. Palavras-chave: Biodiversidade. Autorregulação. Paisagens funcionais.