Educação

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    A Licenciatura em Educação do Campo da UFV & A Formação dos Monitores de Escolas Família Agrícola
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-04-24) Silva, Diego Gonzaga Duarte da; Silva, Lourdes Helena da; http://lattes.cnpq.br/7843942124203010
    A presente pesquisa teve como objetivo geral compreender as contribuições da Licenciatura em Educação do Campo da Universidade Federal de Viçosa (LICENA) para a formação dos estudantes que são monitores de Escolas Família Agrícola (EFAs). Especificamente, nossos propósitos foram caracterizar os estudantes da LICENA que atuam como monitores em EFAs, identificando e analisando as avaliações construídas por eles sobre o processo de formação vivenciado no curso, com destaque para a dinâmica da formação por alternância e para os avanços, limites e contradições da formação para a atuação deles nas EFAs. Para realização dos objetivos propostos, recorremos aos pressupostos teóricos e metodológicos da pesquisa qualitativa, utilizando questionários e entrevistas semiestruturadas como procedimentos técnicos de coleta dos dados, dados esses que foram analisados sob orientação do método Análise de Conteúdo . De uma maneira geral, os resultados da pesquisa indicam que a LICENA tem contribuído para o processo de formação dos estudantes que atuam como monitores de EFAs. Na perspectiva dos entrevistados, a formação vivenciada no curso têm favorecido o desenvolvimento de práticas pedagógicas reflexivas, dialógicas, interdisciplinares e vinculadas as realidades do campo. São práticas que, além de valorizarem os sujeitos do campo, seus saberes, culturas e modos de vida, tem contribuído para melhorias nos processos de ensino e aprendizagem implementados no cotidiano das EFAs. Ao lado dessas contribuições, os entrevistados também indicam alguns limites enfrentados no processo de formação, como a organização do calendário dos Tempos Escola e a formação fragilizada em Ciências da Natureza, considerados como desafios a serem superados pelo curso.
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    Práticas textuais na Licenciatura em Educação do Campo: mundos que se tecem em busca de sentidos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2017-03-03) Lopes, Jéssica de Freitas; Barbosa, Willer Araujo; http://lattes.cnpq.br/7466446286619306
    As práticas textuais vem se tornando a cada vez, mais técnicas e tradicionais no que se refere ao contexto educacional brasileiro, visando atender aos pressupostos avaliativos e considerando a formação apenas para o mercado de trabalho. De tal modo, nos propomos a realizar uma pesquisa de caráter artístico, poético e filosófico, acreditando na interferência de tais elementos na construção do ensino-aprendizagem. Assim, essa dissertação buscou compreender possíveis sentidos produzidos por estudantes da Licenciatura em Educação do Campo enquanto ―autores e autoras‖ de produções artístico-textuais. Levamos em consideração as concepções de campo encontradas, a presença de poesia nos textos e as relações tecidas entre as produções textuais. Acreditando nos pressupostos da Filosofia da Linguagem, nas contribuições da linguagem poética, da poesia e da arte, as referências consultadas foram principalmente Roland Barthes e Mikhail Bakhtin, na perspectiva de compreensão da Filosofia da linguagem; Edgar Morin para tratarmos do amor e da poesia; Herbert Read para o estudo da Educação através da arte; Boaventura para a racionalidade estético- expressiva; Martine Joly e Alfredo Bosi para análise de imagens. Além disso, nos inspiramos na Pedagogia freiriana e freinetiana e na linguagem de Jorge Larrosa e Manoel de Barros para a construção do nosso trabalho. A trama desta pesquisa de cunho qualitativo foi desenvolvida a partir de narrativas textuais, afirmando-se a pesquisa documental e a autobiografia. Considerando a dimensão dessa pesquisa, além de ler textos, nos deparamos com o empoderamento artístico-textual de estudantes, com um campo que também produz vida, arte, poesia e que existe como forma de luta, como lugar de sonhar, de viver e de ser também artista. Realizar essa pesquisa me permitiu compreender outras concepções de campo, o que afetou e ressignificou a minha condição de camponesa. As leituras e análises dos textos dos/das estudantes, partiram do nosso contato com a LICENA (Licenciatura em Educação do Campo- UFV) e da forma como olhamos a Educação do Campo, a arte e a poesia. Portanto, cada pessoa, ao ler essa dissertação e ao se deparar com as produções textuais, poderão refletir e entendê-las de outras maneiras.
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    Trajetórias escolares dos licenciandos em Educação do Campo da UFV
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-02-29) Lopes, Natália Cristina; Silva, Lourdes Helena da; http://lattes.cnpq.br/4878103640305458
    O presente trabalho consiste numa pesquisa que tem como tema as trajetórias escolares de estudantes de licenciatura em Educação do Campo. O principal objetivo desta pesquisa consistiu em conhecer, descrever e analisar as trajetórias sociais e escolares dos estudantes que ingressaram no curso de Licenciatura em Educação do Campo (LICENA) - UFV. Especificamente, objetivamos compreender e interpretar as trajetórias sociais dos licenciandos que ingressaram no curso de Licenciatura em Educação do Campo da UFV no ano de 2014, que atuam em movimentos sociais e populares do campo. Em termos metodológicos, assumimos os pressupostos da abordagem de pesquisa qualitativa envolvendo a conjugação dos procedimentos técnicos da pesquisa bibliográfica, aplicação de questionário, observação e realização de entrevistas semiestruturadas. Os dados obtidos foram analisados de acordo com os pressupostos da Análise de Conteúdo (BARDIN, 1977; FRANCO, 2005). A dissertação está organizada em três capítulos, em que o primeiro capítulo discute a produção teórica sobre Educação do Campo, ou seja, as pesquisas sobre as licenciaturas em Educação do Campo, destacando os estudos sobre trajetórias escolares no campo da Sociologia. No segundo capítulo apresentamos o curso de Licenciatura em Educação do Campo da Universidade Federal de Viçosa, discutindo a estrutura do curso e o perfil dos estudantes. No terceiro capítulo, evidenciamos as trajetórias dos licenciandos da Educação do Campo da Universidade Federal de Viçosa, advindos dos depoimentos coletados por entrevistas com oito estudantes deste curso. Para finalizar, tecemos algumas considerações finais, apontando que esta pesquisa possibilitou compreender que as trajetórias desses sujeitos revelam singularidades em seus percursos escolares, práticas sociais e perspectivas de formação superior desse novo público que vem ocupando as universidades públicas brasileiras.
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    Currículo e escola do campo
    (Universidade Federal de Viçosa, 2015-10-30) Faria, Mariana de Sousa; Coelho, Edgar Pereira; http://lattes.cnpq.br/8761964566966845
    Essa dissertação se caracteriza metodologicamente como um estudo de caso e tem como objetivo central analisar as mudanças curriculares que aconteceram em uma das escolas públicas municipais de Miradouro, Minas Gerais, a partir da implementação da política pública municipal de Educação do Campo. Para apreender as contradições incorporadas, avanços e limites que as prescrições curriculares carregam, desde o momento de sua construção até a incorporação pelas escolas, foi feito um estudo qualitativo a partir da pesquisa bibliográfica, análise documental e entrevistas semiestruturadas aos sujeitos envolvidos no processo de construção curricular do município em questão. O espaço conquistado pelos sujeitos do campo em Miradouro legalizou uma política pública de Educação do Campo que nos levou a afirmar que há possibilidades para os movimentos sociais do campo inserirem suas reivindicações em âmbitos governamentais. No entanto, ao entrarem em parceria com o Estado, algumas ações se perdem em reprodução do discurso de terminologias que eram próprias dos movimentos sociais populares do campo, ou seja, são criadas políticas públicas de Educação do Campo para responder às demandas dos sujeitos do meio rural, porém com caráter regulador do Estado e permeado por ações fundadas no capitalismo, que busca resultados e redução de gastos. Nesse sentido, as mudanças curriculares que se idealizam adaptadas aos sujeitos que chegam às escolas do campo se encontram limitadas por uma grade curricular externa e exigências burocráticas de um Estado que visa a formação de determinado tipo de trabalhador. No caso específico, o município de Miradouro passou por uma mudança na liderança política que também acarretou mudanças de visão do projeto educativo e curricular da Educação do Campo, levando às escolas municipais a aderirem ao Empreendedorismo no Campo, e ao fechamento de algumas salas para aderir ao sistema de multisseriação. A realidade encontrada e analisada nos leva a enfatizar a necessidade de gestar uma educação que seja, de fato, inclusiva e genuinamente reflexiva, gestada e operacionalizada pelas identidades camponesas, onde as escolas rurais assumem suas identidades próprias que revelem a grande diversidade que existe também nos espaços rurais. Assim, o currículo das escolas do campo deve ser construído a partir das identidades dos sujeitos rurais, principais mobilizadores das propostas de Educação do Campo e articuladores de um projeto emancipatório enraizado na cultura e na luta pela sua consolidação na sociedade.
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    Educação do Campo e territorialização de saberes: contribuições dos intercâmbios agroecológicos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2015-03-25) Zanelli, Fabrício Vassalli; Silva, Lourdes Helena da; http://lattes.cnpq.br/8187785578302377
    Em consonância com o paradigma da ciência da modernidade, o ideário da Revolução Verde espalhou pelo mundo um novo projeto de desenvolvimento do campo, cujas consequências foram graves, tanto para a biodiversidade planetária, quanto para os agricultores familiares, que passaram a ser vistos enquanto sujeitos atrasados, desprovidos de conhecimentos. Resistindo às consequências da Revolução Verde, diversas organizações de agricultores em todo o mundo passaram a produzir outro paradigma de desenvolvimento e de relação com a natureza. Entre as ações criadas está a metodologia Campesino a Campesino na América Latina, e os Intercâmbios Agroecológicos na Zona da Mata mineira. Ao longo desta dissertação, procuraremos analisar os Intercâmbios Agroecológicos em sua perspectiva metodológica, para compreender suas contribuições ao processo de territorialização de saberes agroecológicos na Zona da Mata mineira. Para tanto, realizamos revisões de literatura sobre os conceitos de Educação do Campo, Agroecologia, Territórios e Territórios Educativos. Realizamos também um processo de coleta de dados junto aos sujeitos participantes dos Intercâmbios Agroecológicos (agricultores e extensionistas) que envolveu entrevistas Semiestruturadas e Grupos Focais. Em seguida analisamos os dados coletados sob a influência do método da Análise de Conteúdos. A experiência educativa dos Intercâmbios Agroecológicos está em curso há mais de oito anos na região, e tem apontado avanços significativos no desenvolvimento de processos de diálogo, pesquisa e aprendizagem com os agricultores. Os relatos e as análises nos revelam que, apesar de existirem muitos desafios a serem superados, os Intercâmbios Agroecológicos têm desencadeado vigorosos processos formativos e fortalecido a ampliação da Agroecologia, num processo de formação coletiva que envolve agricultores e suas organizações sociais, Universidades e ONGs.
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    Licenciatura em Educação do Campo e movimentos sociais: análise do curso da Universidade Federal de Minas Gerais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2015-03-31) Horácio, Amarildo de Souza; De Mari, Cezar Luiz; http://lattes.cnpq.br/0759896346247457
    Esta pesquisa analisou o Curso de Licenciatura em Educação do Campo (LECAMPO) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) no período de 2005 a 2008, buscando compreender em sua trajetória o lugar dos Movimentos Sociais no processo de implantação do referido Curso. Insere-se no âmbito da Educação do Campo, compreendida como luta de classes e disputas de projetos societários. Com a pesquisa foi possível apreender o caráter e os espaços da participação da sociedade civil, especialmente os grupos que tiveram envolvimento direto na construção e efetivação da proposta, tendo como categoria central a Teoria do Estado Ampliado (GRAMSCI, 2000). Por meio de uma abordagem qualitativa a pesquisa utilizou entrevistas semiestruturadas e estudo exploratório de documentos, tais como: regulamentos, Proposta Pedagógica do LECAMPO e relatórios da Rede Mineira de Educação do Campo. Foram entrevistados seis sujeitos no total, sendo eles: professores, coordenadores e educandos (lideranças do Curso). A análise de dados buscou observar o percurso dialético-crítico do objeto de pesquisa, fundamentada nas noções de contradição, totalidade e ser social. A pesquisa demonstrou a participação efetiva dos Movimentos Sociais na construção do LECAMPO, especialmente na primeira fase de implantação, tendo mudanças graduais na intervenção/participação nas fases posteriores. Tais mudanças foram nomeadas respectivamente como uma participação conceitual, administrativa e representativa. Por um lado, os sujeitos coletivos envolvidos no curso estão em constantes disputas por hegemonia no âmbito da Sociedade Civil no contexto do Estado Ampliado, por outro lado as disputas ensinam que somente com a compreensão e aprofundamento das reflexões e de ações articuladas é possível avançar para além das perdas e ganhos. A experiência da Licenciatura em Educação do Campo da UFMG mostrou as diversas faces das contradições sociais, com especial destaque para as relações dos Movimentos Sociais e as políticas públicas.
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    Territórios e Educação do Campo nas Serras do Brigadeiro
    (Universidade Federal de Viçosa, 2011-04-20) Ferrari, Clara Teixeira; Silva, Lourdes Helena da; http://lattes.cnpq.br/3570198774831465
    O conceito de território encontra-se presente em diversos campos do conhecimento, contribuindo para debates nas ciências políticas, humanas e da natureza. No campo educacional, tem emergido com mais frequência em estudos e produções científicas sobre Educação do Campo, devido á diversos fatores: o fato de ser este um campo de pesquisa interdisciplinar; a ênfase dada ao espaço geográfico, a um determinado grupo social e seus territórios; a defesa de uma educação do campo e não apenas no campo, que coloca em debate as questões sobre o desenvolvimento do espaço rural; a articulação com os movimentos sociais rurais e urbanos; e o dialogo com as políticas públicas para a educação e para o espaço rural que, nas últimas décadas, têm incorporado a perspectiva do “desenvolvimento territorial”, instituindo “Territórios Rurais” e “Territórios da Cidadania”, conceitos em permanente disputa no cenário atual. O conceito de Territórios Educativos, na perspectiva de Canário (2005), busca na lógica territorial uma forma de contribuir para a educação. Não desvinculando o educativo do político e do territorial é uma perspectiva que se aproxima do paradigma da Educação do Campo que tem sido construído nas ultimas décadas no Brasil, a partir do protagonismo dos movimentos sociais. A Educação do Campo, para além da construção de um Território Educativo, visa também contribuir para a consolidação do território camponês, materializado no espaço como espaço de vida, de trabalho, de lutas. Como as noções de território têm sido apropriadas, compreendidas e reelaboradas, ou seja, socialmente representadas pelos sujeitos envolvidos em experiências de Educação do Campo no Território da Serra do Brigadeiro? Estas são questões que orientaram o desenvolvimento da nossa pesquisa de mestrado, vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Viçosa/Brasil, na qual buscamos analisar as dinâmicas educativas do campo nos processos de territorialização camponesa nas Serras do Brigadeiro, de maneira a identificar avanços, contradições e desafios da Educação do Campo. Os dados revelam uma diversidade de representações sociais sobre Território, Educação do Campo e Territórios Educativos que apontam para processos de territorialização em busca de outras formas de ix envolvimento e desenvolvimento rural sustentável, com base na agroecologia, no respeito às diversidades culturais e ambientais
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    Práticas pedagógicas em alternâncias: contribuição ao estudo do trabalho docente na Escola Família Agrícola de São João do Garrafão, Espírito Santo
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-04-14) Sousa, Andrêssa Paula Fadini de; Vaz de Mello, Rita Márcia Andrade; http://lattes.cnpq.br/5597239486862925
    Este estudo versa sobre o processo educativo da Pedagogia da Alternância, cujo objeto de pesquisa foram as práticas pedagógicas d@s professor@s/monitor@s na Escola Família Agrícola de São João do Garrafão, Espírito Santo (EFASJG-ES). Vincula-se à linha de pesquisa “Formação de Professores e Práticas Educativas” do Programa de Pós-Graduação em Educação, em nível de Mestrado, da Universidade Federal de Viçosa. Teve como objetivo analisar as práticas pedagógicas estruturadas pel@s profes- sor@s/monitor@s do Ensino Médio/Técnico da EFASJG-ES, considerando as percep- ções destes sujeitos sobre suas práticas, de acordo com os princípios pedagógicos e instrumentos metodológicos orientadores da formação em alternância. Contempla uma pesquisa de cunho qualitativo, tendo como instrumentos de coleta de dados questioná- rio, observação, entrevista e análise documental. Participaram como sujeitos da pesquisa professor@s/monitor@s que atuam no Ensino Médio/Técnico. Os resultados indicaram que as práticas pedagógicas se estabelecem entrelaçadas pelos múltiplos contextos do cotidiano na escola, e das literaturas pedagógicas que estruturam o trabalho docente na formação em alternância, bem como se ancoram nos saberes acadêmico e das experiências. São consideradas complexas, envolvem pessoas, relações, princípios de organização, processos formativos, movimentadas por diferenças sociais, históricas, econômicas e culturais de tod@s @s ator@s nela envolvid@s. Estruturam-se com limites, confrontos e desafios que necessitam serem rompidos. Espera-se com este estudo socializar uma contribuição aos debates político e pedagógico da formação docente d@s educador@s que atuam na educação do campo tendo em vista as relevantes contribuições dos sujeitos participantes desta pesquisa, por atuarem em uma escola cujo projeto educativo fundamenta-se nos princípios pedagógicos e metodológicos da alternância. O projeto de formação para a prática docente acontece no trajeto da vida, vincula-se ao processo de escolarização, estende-se ao ingressar na profissão, prolonga-se no processo formativo da vida profissional com a oportunidade de tornar-se virtuosa no cotidiano escolar.
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    Intercâmbios e diálogos entre educação do campo e agroecologia
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-01-07) Miranda, Élida Lopes; Silva, Lourdes Helena da; http://lattes.cnpq.br/0451390906642122
    Nas últimas duas décadas, o movimento Nacional da Educação do Campo tem-se afirmado na sociedade brasileira por um conjunto de lutas sociais e práticas educativas em defesa de outro paradigma de educação, escola e projeto: desenvolvimento de campo e de sociedade. Um dos desafios do movimento tem sido o desenvolvimento de práticas educativas que rompam com os modelos de ciência e privilegia o modo de produção capitalista. Na Educação do Campo, a agroecologia enquanto matriz técnico-científica inovadora tem assumido dimensão central nas reflexões e práticas do movimento. Todavia, não foram identificados estudos que aprofundassem especificamente a temática da agroecologia no campo da Educação do Campo. Esta pesquisa teve como objetivo analisar as representações sociais e as práticas educativas dos Intercâmbios Agroecológicos enquanto experiência educativa de articulação da Educação do Campo e Agroecologia na Zona da Mata de Minas Gerais. Em termos metodológicos, assumiram-se os pressupostos da abordagem da pesquisa qualitativa, envolvendo a conjugação dos procedimentos técnicos da análise documental, observação participante, aplicação de questionário e realização de entrevistas. Este estudo encontra-se organizado em cinco capítulos. O primeiro capítulo aborda o Movimento Nacional da Educação do Campo, e o segundo capítulo versa sobre a constituição do campo agroecológico no Brasil. No terceiro capítulo, apresentam-se os Intercâmbios Agroecológicos em seus princípios, concepções e perspectiva metodológica e, posteriormente, a caracterização dos Intercâmbios Agroecológico na ótica das famílias agricultoras, com destaque para as suas avaliações/considerações sobre os Intercâmbios Agroecológicos. No último capítulo, buscou-se apresentar e analisar as representações sociais sobre agroecologia construídas pelos agricultores dos Intercâmbios Agroecológicos da Zona da Mata de Minas Gerais. No processo de análise das representações sociais, foram localizadas duas lógicas centrais, que orientam a compreensão dos agricultores sobre agroecologia. Uma está ancorada nas noções de diversidade, preservação e redução de insumos agrícolas, em que se identifica uma representação de agroecologia como agricultura sustentável, construída por uma relação agricultor-natureza orientada pelo respeito e cuidado, entre outros. E a representação de agroecologia, compreendida como estilo de vida, na qual, mais que a relação agricultor-natureza, se destaca uma dimensão que envolve as relações dos agricultores entre si e com a sociedade. Na especificidade das representações sociais dos agricultores sobre agroecologia, este estudo revela um conjunto de compreensões e significados que, por sua vez, traz contribuições para ações futuras do movimento agroecológico na região.
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    Práxis e construção do conhecimento nos estudos sobre pedagogia da alternância
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-03-25) Sobreira, Milene Francisca Coelho; Silva, Lourdes Helena da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728228U7; http://lattes.cnpq.br/0491016286425664; Mari, Cezar Luiz de; http://lattes.cnpq.br/0201073550093287; Rodrigues, João de Assis
    Esta dissertação de mestrado insere-se nos estudos realizados no Programa Observatório de Educação do Campo- Práticas em Educação de Jovens e Adultos, Letramento e Alternâncias. O objetivo desta pesquisa foi identificar e analisar, nas dinâmicas de construção de conhecimento da pedagogia da alternância, os níveis da práxis que encontram subjacentes. Para atingir o propósito, realizou-se um estudo teórico visando identificar e analisar as pesquisas realizadas de 2006 a 2011, que destacaram as dinâmicas de conhecimento da pedagogia da alternância. Na realização desta investigação, a metodologia utilizada combinou aspectos da abordagem qualitativa e quantitativa de pesquisa. Na análise dos dados utilizou-se o Método de Análise de conteúdo de Bardin (1977). Dentre as produções sobre a alternância mapeadas, não foram identificados trabalhos que tivessem como objeto de estudo e/ou temática especifica as dinâmicas do conhecimento construídas nas experiências da alternância no Brasil, entretanto foi possível identificar nove trabalhos que permitiram analisá-las. Nas análises das produções encontradas foram construídas três categorias que indicam a construção do conhecimento na alternância como uma práxis criativa: Experiência; Pesquisa; e Transformação. Foram estabelecidas também três categorias que indicam a construção do conhecimento na alternância como uma práxis reiterativa: Ênfase na escola e na formação técnica; Centralidade do saber do monitor; e Imposição do currículo. Os resultados permitem inferir que o processo de construção de conhecimento na alternância é complexo e envolve contradições e que a práxis está presente em todas as experiências, embora em diferentes níveis. Assim, ora se aproxima de uma educação libertadora e se expressa como uma práxis criativa; ora se aproxima de uma educação bancária e se expressa como uma práxis reiterativa.