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    Aprendizagem da docência e desenvolvimento profissional: narrativas sobre a formação de professores no Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-12-17) Amâncio, Dayanne Cremonez; Ferenc, Alvanize Valente Fernandes; http://lattes.cnpq.br/1045008660275127
    O processo de formação ocorre ao longo de toda a vida, influenciado por condições intelectuais, emocionais, sociais e econômicas, sua análise depende, pois, de múltiplos fatores. Em 1996, com a aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB 9394/96), a formação docente foi reforçada como um elemento fundamental para a garantia da qualidade da educação. Outras leis também destacaram a questão como, por exemplo, a Política Nacional de Formação de Profissionais do Magistério da Educação Básica, instituída em 2009 e alterada em 2016 e a criação, em 2013, do Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio (PNEM). Este visava qualificar os professores para colocar em prática as Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio (DCNEM), aprovadas em janeiro de 2012. Nesse contexto, a pesquisa desenvolvida teve como objeto o PNEM e o objetivo principal foi analisar e compreender a implementação desse curso no município de Ponte Nova - MG, para examinar a possibilidade de constituição de processos de aprendizagens docentes, considerando-o como parte do desenvolvimento profissional dos professores. Foi feita uma análise dos documentos oficiais para contextualizar a referida política no cenário educacional, que demonstrou a existência, entre 2009 e 2013, de uma agenda nas políticas educacionais pautada na formação integral dos alunos e na rediscussão das práticas docentes à luz da compreensão das juventudes e dos sujeitos do Ensino Médio. Para a discussão sobre formação de professores, aprendizagem da docência e desenvolvimento profissional o referencial teórico usado foi Diniz-Pereira (2007; 2013), Gatti (2003; 2008; 2010), Mizukami (2004; 2006), Shulman (2014) e García (1999; 2009). Do ponto de vista metodológico, foi realizada uma pesquisa narrativa, nela as experiências dos sujeitos são trazidas à tona por meio da escuta das suas vozes. A análise dos dados contou com o referencial de Clandinin e Connelly (2011), Ferraroti (2010), Finger e Nóvoa (2010) e Ferenc (2017). Esses autores consideram que a reflexão sobre a experiência é uma ferramenta para a compreensão da formação dos sujeitos. Por meio de cinco entrevistas semiestruturadas com professores que cursaram o PNEM analisamos o processo de aprendizagem da docência e o desenvolvimento profissional dos docentes. As narrativas mostraram que os professores entendiam a formação humana integral dos estudantes como uma temática de grande relevância, mas tiveram dificuldades para colocar em prática as discussões feitas no Pacto, uma vez que elas demandavam trabalho coletivo e ressignificação dos tempos e espaços escolares. As narrativas foram uníssonas quanto à contribuição do PNEM para o desenvolvimento profissional, entretanto, os professores relataram a dificuldade de fazer atividades interdisciplinares, devido às precárias condições de trabalho docente, a organização curricular e a carga horária da escola. Diante disso, essa pesquisa reafirmou a importância do Pacto como espaço de discussão e reflexão das práticas docentes, mas salientou, com base nas narrativas dos professores, que a transformação da realidade educacional do Ensino Médio não passa exclusivamente pela formação docente, há outros fatores que devem ser considerados como, por exemplo, a situação socioeconômica dos jovens, as condições do trabalho docente e a estrutura curricular dessa etapa. Palavras-chave: Formação de professores. Aprendizagem da docência. Desenvolvimento profissional. Pacto do Ensino Médio. Práticas docentes.
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    A pesquisa na formação do professor: limites e possibilidades no Curso de Geografia
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-07-08) Celestino, Edilson Junior; Braúna, Rita de Cássia de Alcântara; http://lattes.cnpq.br/0300698036246065
    A formação de professores ao longo de sua história suscitou grandes debates entre teóricos de várias nacionalidades. Dentre os saberes indispensáveis à realização do trabalho docente, a pesquisa tem despertado o interesse de vários autores, demonstrando sua importância nesse processo formativo. Posto isso, este trabalho alinha-se aos estudos acerca da formação de professores, contribuindo para a reflexão quanto a importância da pesquisa nesse percurso formativo. No desenvolvimento dessa pesquisa, buscamos compreender o lugar e os limites da pesquisa em ensino no Curso de Geografia da Universidade Federal de Viçosa (UFV). Perquirimos também: identificar de que forma o Projeto Pedagógico do curso articula a dimensão da pesquisa como parte integrante da formação dos licenciandos; levantar a concepção de pesquisa que se configura no imaginário de professores e egressos da Licenciatura e Bacharelado do Curso de Geografia/UFV; investigar os espaços propícios ao desenvolvimento de pesquisa sobre o ensino de Geografia considerando de que forma a existência ou falta de tais espaços pode afetar a formação do licenciando; e identificar os temas de maior recorrência dentre os trabalhos de Monografia do Curso de Geografia/UFV. Na construção do referencial teórico, nos fundamentamos em estudos que tratam da base de conhecimentos necessários para a formação docente, sobretudo, associados ao papel da pesquisa nessa formação. Nos valemos também de estudos que explicitam o histórico dos Cursos de formação de professores de Geografia no contexto brasileiro. Realizamos uma pesquisa de cunho qualitativo, utilizando como técnicas de geração de dados o questionário e a entrevista e a Análise de Conteúdo para examina-los. Como sujeitos, selecionamos professores e egressos do Curso de Geografia da Universidade Federal de Viçosa (UFV). Os professores foram selecionados em função do seu tempo de serviço no âmbito da instituição, priorizando aqueles mais antigos no curso. Para a seleção dos egressos, consideramos aqueles que se formaram nas modalidades de Licenciatura e bacharelado e que desenvolveram em suas pesquisas de Monografia estudos referentes à temática do ensino de Geografia. Como principais resultados, explicitamos que existem disciplinas específicas que contribuem para a formação do pesquisador, tanto para a Licenciatura, quanto para o Bacharelado, perfazendo uma carga horária bem próxima daquela encontrada nos cursos de Pós-Graduação. Observamos também que professores e egressos possuem o entendimento de que a pesquisa é um conceito plural destacando a compreensão dela como “produção de conhecimento novo” a partir da utilização de determinados “procedimentos metodológicos” imprescindíveis para qualquer trabalho de pesquisa, fato amplamente destacado pela literatura especializada. Constatamos que, no entendimento de egressos e professores do Departamento, as disciplinas oferecidas pelo curso são espaços destinados à formação do licenciando enquanto pesquisador, assim como os laboratórios de pesquisa coordenados pelos professores do Departamento o são. Identificamos que a escolha pela temática do ensino de Geografia como tema para os trabalhos de Monografias estava atrelada às vivências dos sujeitos, por meio de sua participação em projetos de ensino/extensão. Aferimos, ainda, que, no rol de trabalhos desenvolvidos, aqueles que abordaram o emprego de diferentes metodologias para o ensino de Geografia são os que apresentaram maior recorrência. Concluímos que, embora seja viável a inserção da pesquisa na formação do professor de Geografia, existe a necessidade de ampliação do debate acerca do professor pesquisador, de forma que sejam ofertados outros espaços para esta formação – espaços estes que perpassem pela discussão quanto a necessidade de inserção da disciplina de Monografia para a licenciatura –, iniciativa que poderá concorrer para ampliar a discussão quanto à importância da formação do professor como pesquisador. Palavras-chave: Formação de professores. Professor Pesquisador. Pesquisa em ensino de Geografia.
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    Formação continuada: tecendo redes e construindo possibilidades com os cotidianos escolares
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-02-25) Castro, Letícia de Oliveira; Herneck, Heloisa Raimunda
    O presente trabalho teve como objetivo acompanhar o cotidiano escolar de professoras/es de uma escola pública, bem como seguir os meios, as frestas, que as/os mesmas/os utilizam para aprender e ensinar na escola. Assim, foi experienciado os cotidianos escolares acompanhando as/os professoras/es em seus movimentos de formação continuada nos processos de ensinaraprender na escola. O mapeamento das metodologias de elaboração do corpo docente em seus cotidianos escolares permitiu a produção de narrativas sobre a formação continuada. Como aporte teórico, utilizou-se estudiosos da formação docente centrada na escola, como Carlos Marcelo Garcia e António Nóvoa, para compreender a formação continuada centrada na escola. E para mergulhar nos cotidianos da escola pesquisada e seus praticantes, em Michel de Certeau, Nilda Alves, Carlos Eduardo Ferraço e Inês Barbosa de Oliveira. A formação inventiva é evidenciada sobre o olhar de Virgínia Kastrup e a discussão sobre a experiência em Jorge Larrosa. A pesquisa foi realizada na escola Atílio Pizzol na cidade de Venda Nova do Imigrante, estado do Espírito Santo. Assim, o revisitar a escola para a pesquisa foi permeado por emoções e afecções. Então, buscou-se nos documentos da escola o cotidiano idealizado pelos seus/suas registros escritos e durante cinco semanas forma feitas observações e relatos em caderno de campo. Também foram realizadas rodas de conversa com todas/os docentes e entrevistas com as professoras de Português, sendo esta acompanhada também em momentos de planejamento de aulas e em sala de aula, além de entrevista com a coordenadora da escola e o professor de artes. Como resultados, pontua-se como a formação continuada se constitui dentro do espaço escolar pelas/os docentes em seus momentos cotidianos. O compartilhamento de informações como potente estratégia formativa por professoras/es. A troca de experiências plurais, se mostra, então, um caminho na tessitura da formação, pois percebe-se a necessidade de reconhecer a diversidade de saberes que se constitui dentro da escola. Ao compartilhar histórias professoras/es tecem redes, permitindo que a partilha se consolide em espaço de formação mútua.
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    A apropriação da noção de cidadania e direitos na educação básica: uma análise em uma escola estadual no município de Viçosa-MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-02-27) Andrade, Yan Francisco Rodrigues; Mello, Rita Márcia de Andrade Vaz de; http://lattes.cnpq.br/0662449669134178
    O presente trabalho consiste numa pesquisa que tem como tema o ensino de noções de direito, na perspectiva da cidadania, oferecido nas escolas públicas do município de Viçosa-MG. O principal objetivo deste estudo foi analisar como os assuntos jurídicos gerais, notadamente aqueles que se mostram indispensáveis ao exercício da cidadania, foram tratados no último ano do Ensino Médio da Escola Estadual Dr. Raimundo Alves Torres (ESEDRAT), umas das principais escolas públicas da cidade. Para atingir este objetivo, em primeiro lugar, nos dedicamos a entender a evolução histórica e o significado do termo cidadania, sobretudo para a sociedade brasileira, para, em seguida, compreender a relação desse conceito com os fenômenos da educação e do direito. Ainda, buscamos explorar o tratamento dado à cidadania nos documentos oficiais da educação brasileira, bem como no projeto político-pedagógico da instituição pesquisada, extraindo dessa análise os assuntos jurídicos gerais que devem ser abordados ao longo da educação básica, principalmente do Ensino Médio, para que os estudantes tenham uma formação cidadã efetiva. Nos caminhos metodológicos, utilizamos, para a coleta dos dados, o levantamento bibliográfico, a análise documental, a aplicação de questionário e a realização de entrevistas. Já na análise e interpretação do resultado, elegemos as técnicas da análise de conteúdo e da triangulação dos dados. Os resultados desta pesquisa permitiram constatar que a cidadania, conceito ligado às noções de participação, de exercício de direitos e deveres e também de identidade, é tema muito presente nas atividades desenvolvidas pela escola investigada, seja dentro das salas-de-aula ou mesmo fora delas. Além disso, verificamos que, a despeito da transversalidade da temática, as disciplinas afeitas à área de “Ciências Humanas e suas Tecnologias”, sobretudo a Sociologia, a Filosofia e a História, abordam esses assuntos com maior frequência. Ademais, observamos que, apesar de os temas jurídicos fazerem parte dessa abordagem, esta não abrange, em regra, uma perspectiva própria da ciência do direito, principalmente em razão da ausência de formação jurídica dos professores da escola, o que, em nosso sentir, representa um entrave à consecução do objetivo de se educar para a cidadania. Palavras-chave: “educação básica”; “direito”; “cidadania”.
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    Reinações de uma professora: alinhavos de como pratica um cotidiano escolar
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-06-17) Silva, Rúbria de Cássia Magalhães e; Lopes, Eduardo Simonini; http://lattes.cnpq.br/6539865713539983
    Era uma vez uma professora, chamada Julia, que lecionava para sua turma de crianças do segundo período da Educação Infantil. O nome da turma era Amor. Eles viviam suas aulas num prédio da esquina de uma rua franciscana, de uma cidade chamada Ubá-MG. As crianças chegavam de suas casas, ou da creche, e davam vida ao pátio com suas conversas, corridas e gritos. Ao sinal de uma campainha, elas se organizavam: uma fila com os meninos e outra com as meninas. E sortudo era quem chegava primeiro para ter o privilégio de subir, de mãos dadas com a professora, os vinte e nove degraus até chegar à sala de aula, onde, lá, viviam suas aventuras escolares. Um dia aconteceu algo que não estava programado na agenda daquela professora, escola e turma: a chegada de uma mestranda, para a professora, enquanto que, para os alunos, outra tia. Ela chegou com uma fala difícil, de querer acompanhar o fazer- inventar de uma professora em sua sala de aula, tendo a perspectiva de seguir os modos como a professora e seus alunos praticam uma educação, que está a se fabricar no calor dos encontros do dia a dia na escola. E lá ela se desdobrou para arrumar um cantinho na sala mais quentinha daquele prédio escolar. Assim, o cotidiano escolar (Simonini, Botelho e Amorim (2014), Ferraço (2007) e Oliveira (2012)), amparado no seu velho ar rotineiro, recheado com suas repetições, foi se flexionando e movimentando.Não que as pessoas ouvissem os ruídos das mudanças ou as vissem arquitetônicas. Aconteceu no sussurrar das conversas (Spink, (2008)) entre as crianças, entre a mestranda e a professora, entre a professora e a turma do Amor, entre a professora e os ofícios da prática pedagógica, e entre outras palavras fofoqueiras, onde foi se compondo a pesquisa com/nos/dos cotidianos escolares. Para isso, a mestranda não levou poções mágicas, muito menos seu tradicional livro de receitas; pelo contrário, abandonou alguns hábitos e mergulhou nas produções que a professora construía com suas crianças, com sua sala, em sua prática pedagógica. Foi por meio de conversas pelo Whatsapp e nos cadernos de campo que a mestranda compôs sua pesquisa,bem como nas capturas dos instantes registrados pela fotografia de um celular. Para isso, pareceu útil usar do que Certeau (2017) nos ensinou: de estudar aquilo que os sujeitos fabricam nas dimensões minúsculas de seu viver, ou seja, usando dos cotidianos escolares;seguindo as pistas das fabricações que compuseram os ritmos dos afetos que encontramos junto à professora e às crianças. E qual seria o melhor jeito de contar essa vivência? Nada melhor que uma boa e velha narrativa. Uma fabulação. Um caso contado alinhavando uma escrita em cenas que, ao serem narradas por mim, arquiteta uma maneira de construir um mundo. Afinal, as narrativas nos ajudam a tecer e a ensinar um modo de conduzir atitudes, de aprender, de contar, de imaginar, de praticar um ritmo de vida. Encontrei pelos cotidianos rastros de um planejamento, de usos de livros didáticos, de feminilidades e masculinidades, de políticas educacionais e de currículos praticados tramados a partir de uma professora que, com suas sensibilidades e experiências, constrói, fabrica, produz reinações de uma sala de aula inimaginável. Dito isto, fui tecendo algumas considerações ao longo do caminho:uma de que os cotidianos escolares são prenhes de paradoxos, pois há o de mais bonito e o de mais estranho quando resolvemos sentir, cheirar, tocar ou saborear o que nos soa familiar. Outra de que são nos micro-lugares, naquele terceiro andar, daquela esquina franciscana, que se inventa e pratica currículos potentes, mas que só se permitem serem capturados usando recursos astutos. É mágica do tipo pó de pirlimpimpim. Mas como acaba essa história? Bom... o que há de mais interessante numa história é lê-la e descobrir que todo o fim é o trampolim de muitos começos.
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    O milagre de uma escola: a fabricação de uma infância em uma instituição revelada pela Virgem Maria
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-04-29) Monteiro, Cíntia Castro; Lopes, Eduardo Simonini; http://lattes.cnpq.br/2910961841905805
    O presente trabalho teve como objetivo seguir diferentes processos de subjetivação da infância em uma sala de aula de Educação Infantil, de forma a acompanhar a fabricação da infância no cotidiano escolar. Para tal finalidade, acompanhei uma turma de Educação Infantil, em idade de três anos de uma escola com forte orientação religiosa. No que tange à minha investigação fiz uso de entrevistas não dirigidas a docentes, diretora e fundadoras da instituição e também me inspirei na pesquisa cartográfica, afim de acompanhar as relações cotidianas entre os sujeitos pesquisados. Cartografar é fazer o mapa das intensidades dos encontros no cotidiano; o mapa das conexões, o mapa das composições de força dos dispositivos de subjetivação. Como resultado da pesquisa, percebi que os processos de subjetivação que emergiam nas vivências cotidianas estavam relacionados a práticas disciplinadoras e ao contexto religioso/católico em que a escola foi produzida. A escola pesquisada era animada por dois modelos distintos de “ser professora” e, consequentemente, dois modelos de “ser criança”: um priorizava a liberdade, a criatividade e os momentos brincantes; outro dava ênfase à manutenção da ordem dentro e fora da sala de aula. A importância da conservação destas ordens e do cumprimento das regras circulavam por toda instituição, produzindo assim crianças disciplinadas e submissas. Assim, esta pesquisa nos convida a pensar como diferentes modelos de docência assumidos no cotidiano escolar praticam igualmente diferentes modelos de infância e de educação.
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    As perspectivas de estudantes de licenciatura sobre o papel das tecnologias digitais nos trabalhos em grupo
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-04-30) Lima, Mariana Aparecida Toledo de; http://lattes.cnpq.br/2391090844832960
    A presente pesquisa teve como objetivo investigar o papel das tecnologias digitais no desenvolvimento de trabalhos em grupo, a partir das perspectivas de estudantes de licenciatura da Universidade Federal de Viçosa. Inicialmente, nossa pesquisa bibliográfica traz as conceituações acerca da “técnica” e da “tecnologia”; no que concerne à utilização das tecnologias digitais no âmbito educacional, refletimos sobre a necessidade de se preparar o espaço escolar para as recorrentes transformações sociais que ocorrem em consonância com essas criações. Ainda no campo da educação, os estudos acerca dos trabalhos em grupo, trazem reflexões sobre a associação desta prática às demandas contemporâneas, investigando de que maneira ela pode potencializar a produção de conhecimentos e de ensino e aprendizagem. Para realizarmos esta pesquisa, utilizamo-nos da abordagem qualitativa, de modo que a produção de dados foi realizada em duas etapas: aplicação de questionários e realização de entrevistas semiestruturadas. Para tal, selecionamos duas disciplinas da licenciatura da UFV que possibilitassem apreender as mais variadas perspectivas acerca do nosso tema. A partir daí, nossos dados foram construídos e nossos objetivos alcançados a partir da análise de três categorias emergentes, que revelaram a forma como vem ocorrendo a comunicação entre os estudantes nos trabalhos em grupo quando mediados pelas tecnologias digitais; os limites e as possibilidades emergentes desta forma de trabalho, bem como os apresentados pelo uso dessas tecnologias quando associadas a essas atividades; e a interferências das tecnologias digitais na produção de conhecimento coletiva. Concluímos com esta pesquisa, que outra forma de se relacionar emerge a partir da utilização das tecnologias digitais, no entanto, apesar de a internet possibilitar a flexibilização do tempo e do espaço, o uso dessas tecnologias não está isento de limites e possibilidades, os quais os estudantes apontam sob uma perspectiva crítica quando questionados sobre o seu uso. Ademais, ao vislumbrarem o momento de formação inicial como um período de preparação para o mercado de trabalho, a metodologia de trabalhos em grupo é apontada pelos licenciandos como essencial, pois, não só a escola exigirá deles o trabalho interpessoal, mas todos os aspectos da vida social que os circundam.
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    O currículo da Licenciatura em Matemática da UFV frente às Diretrizes Curriculares Nacionais de Formação de Professores de 2015
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-02-18) Nascimento, Mayara Permanhane; Braúna, Rita de Cássia de Alcântara; http://lattes.cnpq.br/6829476450210495
    Esta dissertação teve como objetivo analisar como o curso presencial de licenciatura em matemática da Universidade Federal de Viçosa está articulando as adaptações em sua matriz curricular, visto a aprovação das novas Diretrizes Curriculares Nacionais em 2015 e o prazo de sua implementação de julho de 2017. Para tanto, buscamos investigar como o curso de Licenciatura em Matemática da UFV está se adaptando às Diretrizes Curriculares Nacionais, buscando analisar quais saberes da formação docente estão sendo contemplados nesse processo; descrever como as disciplinas pedagógicas estão sendo inseridas no currículo do curso, bem como analisar possíveis articulações com as disciplinas específicas; compreender como os alunos do curso estão sendo considerados na adaptação do currículo, buscando analisar, na ótica desses sujeitos, se o currículo favorece a sua formação como licenciando; compreender como a prática como componente curricular está sendo inserida no currículo do curso em questão. Nosso referencial de estudo abrange as categorias teóricas relativas aos saberes docentes, a Prática como Componente Curricular e as teorias do currículo, bem como uma contextualização histórica dos cursos de licenciatura. Esta pesquisa tem abordagem qualitativa, e utilizamos os seguintes instrumentos de coleta de dados: análise documental, entrevista semiestruturada e caderno de campo. Para fazer a análise de dados, utilizamos da técnica da análise de conteúdo. Encontramos, como principais resultados: a inclusão de novas disciplinas no currículo, como Monografia e Metodologia da Pesquisa em Educação, que incentivam a dimensão da pesquisa para o licenciando; a reformulação dos planos analíticos das disciplinas de Prática de Ensino e Estágio Supervisionado, visando uma melhor articulação entre elas; uma maior carga horária dedicada às disciplinas específicas de Matemática em detrimento da carga horária dedicada à Prática como Componente Curricular, que está aquém do proposto na legislação nacional. Quanto aos saberes docentes, há uma maior concentração de carga horária de disciplinas na categoria “Prática científica” (40,4% da carga horária total) do que nas categorias “Prática escolar” e “Práticas cotidianas não formais”, privilegiando as disciplinas teóricas do curso. Houve alguns avanços no currículo, apesar de as mudanças ocorridas indicarem mais uma adequação do que uma reformulação curricular.
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    O ensino de Ciências nos anos iniciais da Educação Básica por professores atuantes em escolas do município de Viçosa-MG: dificuldades e possibilidades
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-03-14) Rocha, Ney Marcos Ferreira; Paixão, Jairo Antônio da; http://lattes.cnpq.br/5736403475491749
    O ensino de Ciências ofertado nos anos iniciais do Ensino Fundamental se torna importante por possibilitar o desenvolvimento do senso crítico e de questionamentos acerca do contexto em que o indivíduo está inserido. Como se sabe, o curso de Licenciatura em Pedagogia é o responsável pela formação de professores para atuarem nessa etapa da educação. Portanto, o professor dos anos iniciais tem a função de oportunizar o primeiro contato do aluno com essa área do conhecimento, e com isto disponibilizar uma base necessária para que os conhecimentos sejam sistematizados pelo professor habilitado em Ciências Biológicas. Nesse sentido, essa pesquisa teve por objetivo geral analisar como os professores formados no curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Federal de Viçosa (UFV), trabalham o ensino de Ciências em escolas da rede estadual, municipal e particular da cidade de Viçosa-MG. A partir de uma pesquisa qualitativa, através de questionário e entrevista semiestruturada, e tendo um grupo amostral composto por 12 professoras atuantes em 7 escolas da Cidade, chegou-se aos seguintes resultados: os principais recursos didáticos utilizados nas aulas de Ciências são os vídeos e as imagens, contudo há uma predominância de aulas expositivas com o uso do livro didático e de material impresso. Foi ressaltada também a importância de se realizar atividades práticas nas aulas de Ciências por instigarem a participação, a curiosidade e a aprendizagem de conhecimentos científicos. Constatou-se também que os principais fatores que dificultam o desenvolvimento das aulas de Ciências estão associados à falta de laboratórios nas escolas, ao pouco tempo para planejar as aulas e atividades. Mesmo não possuindo laboratórios na maioria das escolas analisadas, observou-se que essas atividades ocorrem dentro da sala de aula com a utilização de materiais de fácil acesso. Todas as participantes da pesquisa relataram gostar e possuir afinidade com a área de Ciências, sendo que, uma parte destas apresentam facilidades para desenvolver o ensino em decorrência da segurança e do fato de considerar como tranquilos os assuntos discutidos. Porém, mesmo apresentando dificuldades para trabalharem esse conteúdo, as professoras reconheceram que procuram desenvolver seus conhecimentos por meio do estudo e da pesquisa e buscam abordar da melhor maneira possível o ensino de Ciências nos anos iniciais.
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    Os usos das tecnologias digitais nas licenciaturas em matemática a distância em Minas Gerais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-09-06) Campos, June Rodrigues Pereira; Santos, Silvana Claudia dos; http://lattes.cnpq.br/9266248005579498
    O objetivo geral dessa pesquisa foi investigar a compreensão das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) mineiras sobre o papel das Tecnologias Digitais (TD) nos cursos de Licenciatura em Matemática a distância. O contexto pesquisado foi composto por oito IFES mineiras vinculadas à Universidade Aberta do Brasil (UAB) que oferecem ou já ofereceram esse curso. Sendo assim, buscamos responder “Qual é o papel das TD nos cursos de Licenciatura em Matemática a distância de Minas Gerais, segundo os Coordenadores desses cursos?”. A produção e análise dos dados seguiram preceitos da Pesquisa Qualitativa e a discussão dos resultados foi guiada pela teoria das Tecnologias da Inteligência: oralidade, escrita e informática e pelo construto seres- humanos-com-mídias. Pelo fato de buscarmos apreender a compreensão das IFES sobre o papel das TD nos cursos de Licenciatura em Matemática a distância, selecionamos como participantes da pesquisa os coordenadores desses cursos. Os instrumentos para a construção dos dados contaram com três fontes de informação, sendo elas: os Projetos Pedagógicos Curriculares (PPC) dos cursos, um questionário, e entrevistas. Os resultados dessa pesquisa indicaram que as TD têm desempenhado diferentes papéis na dinâmica dos cursos investigados, na visão de seus Coordenadores. Elas são mediadoras do processo de ensino e aprendizagem, assim como facilitadoras do processo de interação entre os participantes do curso. Além disso, são ferramentas de apoio pedagógico e auxiliam na estruturação e gerenciamento do curso pelos Coordenadores, Professores e Tutores. Percebemos também que as TD têm diferentes facetas no dia a dia dos cursos, podendo desempenhar todos esses papéis ao mesmo tempo. Os dados evidenciaram o papel condicionante das TD na perspectiva de Lévy (2014), pois cada IFES adota uma dinâmica distinta utilizando os mesmos recursos digitais. Em relação à formação técnica e crítica dos Licenciandos para o uso das TD na Educação, percebemos que algumas IFES já vêm buscando oferecer essa formação. E, com isso, indicam a possibilidade de estudos mais pontuais sobre esse aspecto. Percebemos também que os avanços tecnológicos interferem nas práticas pedagógicas e, à medida que são incorporados pelos cursos, interferem no processo de produção do conhecimento, formando coletivos pensantes compostos por seres-humanos-com- mídias, implicando muitas mudanças nas relações entre as pessoas, influenciando e mudando o próprio conceito de sociedade. Identificamos ainda que a qualidade do serviço de internet tem sido um dos limites enfrentados pelas IFES, a qual interfere diretamente nas ações dos cursos.