Meteorologia Agrícola

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    Impacto do desmatamento na interação biosfera-atmosfera do domínio caatinga
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-03-02) Queiroz, Maria Gabriela de; Zolnier, Sérgio; http://lattes.cnpq.br/2053330973064133
    A região Semiárida brasileira e a vegetação de caatinga sofrem constante mudança do uso da terra, devido ao processo de desmatamento para a extração de lenha e implantação de culturas agrícolas e pastagens, resultando em paisagens com distintos níveis de perturbação antrópica. Assim, o objetivo desta pesquisa foi avaliar as mudanças na interação biosfera-atmosfera do Domínio de Caatinga, com reflexos na transferência de água e de energia, condições micrometeorológicas, umidade do solo, interceptação de água pelo dossel, atributos físicos e químicos do extrato do solo e produção de serapilheira. Foram estudadas duas paisagens: área com vegetação de caatinga (CAA) e área desmatada adjacente (ADA), ambas situadas no Eixo Norte- Sul da região central do Estado de Pernambuco. O período experimental estendeu-se de 01 de novembro de 2014 a 31 de outubro de 2017, com a delimitação de períodos chuvosos, secos e transições, agrupados de acordo com o regime hídrico local. Foram instaladas torres de aço galvanizado em cada sítio para aquisição de dados micrometeorológicos. Assim, foram realizadas comparações das respostas das condições micrometeorológicas, da evapotranspiração real, e dos componentes do balanço de energia nos diferentes regimes hídricos e entre as superfícies, por meio do método do balanço de energia com base na razão de Bowen para estimar os fluxos diários, mensais e sazonais do calor sensível (H) e latente (LE). Dados de atributos físico-químicos dos sítios e climáticos da área de estudo foram avaliados por meio da aplicação das estatísticas descritiva e multivariada. O monitoramento da umidade volumétrica (θv) no perfil do solo foi realizado por uma sonda capacitiva, em um período total de 157 dias. Adicionalmente, foi examinado o particionamento das chuvas em precipitação interna (Pi), escoamento do tronco (Et) e interceptação pelo dossel (I) por espécies da vegetação de caatinga. Por fim, determinou-se a deposição mensal de serapilheira (total, por fração e por espécies), a taxa de decomposição e a exportação de nutrientes via material decíduo de espécies vegetais da caatinga. Os resultados indicaram que houve diferenças significativas na densidade de fluxos diurnos do saldo de radiação (R N ), LE, H e fluxo de calor no solo (G), com maiores médias na CAA, com exceção dos valores médios de G, provavelmente devido ao aumento do albedo na ADA. A evapotranspiração média na CAA e ADA foi de 2,19 e 1,97 mm, nesta ordem. Cerca de 48% do R N recebido foi utilizado no LE, 44% para H e 9% para G na CAA, versus 34% de R N para LE, 50% para H e 16% para G na ADA. Não houve diferença na maioria dos atributos físico-químicos do solo entre os dois sítios. Exclusivamente para o estudo da umidade do solo, uma terceira paisagem foi incluída, a palma forrageira. A θ v foi superior na caatinga (0,086 m³ m-³), intermediária na palma forrageira (0,064 m³ m-³), e inferior na área desmatada (0,045 m³ m-³). Para a vegetação de caatinga, a Pi e a Et representam 81,2% e 0,8% da precipitação total, enquanto a interceptação pelo dossel foi de 18%. A remoção da vegetação resultou em aumentos de 10% no escoamento superficial para locais desmatados, com maiores incrementos nos primeiros eventos de chuva. A Caatinga depositou em média 1.177 kg MS ha-¹ ano-¹ de serapilheira, sendo 56% de folhas; 24% de galhos; 15% de estruturas reprodutivas e, 5% de miscelânea. A taxa de decomposição da serapilheira foi de 0,33 Kg MS ha-¹ ano-¹, sendo exportados anualmente 23,76 kg ha-¹ de nutrientes. Conclui-se que a conversão da vegetação de caatinga em outras superfícies promoveu maior degradação de paisagens, ocasionando reduções do R N , com valores elevados de H e G, e ET ligeiramente reduzida na área desmatada. A remoção da vegetação de caatinga resultou em declínios da θv e perda de interceptação de água pelo dossel vegetativo. Em áreas de caatinga com intervenção antrópica, a perda de matéria seca depositada sobre o solo pode chegar a 1,18 ton. ha-¹ ano-¹.
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    Uso da terra e balanço de água em unidades hidrológicas edafoclimáticas distintas no Rio Grande do Sul
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-07-29) Klippel, Andréia Hollunder; Ribeiro, Aristides; http://lattes.cnpq.br/9136804674163194
    Objetivou-se discriminar o uso do solo em duas bacias, por meio da classificação de imagens de satélite, e a partir disso, gerar mapas da evapotranspiração. A área de estudo compreende as Bacias Hidrográficas do Rio Baixo Jacuí e Rio Santa Maria localizadas no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Foram adquiridas imagens do satélite LANDSAT 8 OLI para a elaboração dos mapas de uso da terra. Foram utilizadas seis classes de uso da terra, sendo elas: plantio florestal, mata nativa, corpo d’água, arroz, solo exposto e pastagem/cultivo agrícola. Foi realizada a classificação supervisionada pelo algoritmo de Máxima Verossimilhança (MAXVER) e acurácia do classificador foi analisada por meio do índice kappa. A evapotranspiração potencial foi corrigida levando-se em consideração fatores de acordo com o uso do solo. Os mapas de classificação do uso do solo, apresentaram índice Kappa, de 0,84 e 0,91 para as Bacias de Baixo Jacuí e Santa Maria, respectivamente. A classe cultivo florestal para bacia de Baixo Jacuí apresentou cerca de 1179,41 km 2 , enquanto que na deSanta Maria esse valor foi 264,2 km 2 . A classe que apresentou maior área, nas duas bacias, foi agrícolas. A área classificada como mata nativa foi muito superior em Baixo Jacuí, se comparada à área, contendo a mesma classe, na bacia de Santa Maria. Em relação à classe Corpos d’água, a bacia de Santa Maria apresentou 287,67km 2 e Baixo Jacuí 257,5 km 2 . A área cultivada com arroz foi de 923,9 Km 2 , cerca de 5,33% da área total da na Bacia de Baixo Jacuí. Já na bacia de Santa Maria, esse valor foi de 369,03 km 2 . A distribuição espacial da evapotranspiração se modificou após a correção nas duas bacias, considerando os usos da terra. A classe corpo d’água apresentou um aumento, após a correção da evapotranspiração, por outro lado a classe de pastagem e cultivos agrícolas, foi a que teve maior redução nos valores da evapotranspiração, devido ao valor do kc ter sido menor. As imagens de satélite escolhidas, juntamente com as amostras de treinamento selecionadas, proporcionaram um bom desempenho para o método de classificação empregado, ao conseguir distinguir as diferentes classes de uso do solo objetos de estudo deste trabalho.
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    Fontes e destinos de vapor de água na Amazônia e os efeitos do desmatamento
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-02-17) Sumila, Telmo Cosme António; Costa, Marcos Heil; http://lattes.cnpq.br/1161757772782517
    O oceano Atlântico Tropical é a mais importante fonte de umidade da América do Sul (AS), resultante da ação dos principais sistemas meteorológicos que atuam na região. Contudo, a fonte e o destino no transporte de vapor de água na AS é fortemente influenciada pela floresta Tropical Amazônica. Assim, há necessidade de entender os impactos locais, regionais e globais do desmatamento da floresta amazônica no clima, na agricultura e na geração de energia hidrelétrica. Neste estudo, aplicou-se o método de conservação de massa (bulk-method), para identificar as fontes e os destinos do vapor de água que contribuem para a precipitação nas regiões economicamente relevantes, e os efeitos dos diferentes níveis de desmatamento na floresta amazônica. Os dados utilizados neste trabalho são de 6 cenários de desmatamento do experimento numérico de Pires & Costa [2013]. Os resultados mostram que a contribuição de vapor de água que entra pelo limite Oeste da bacia do Rio Xingu tende a reduzir com o aumento dos níveis de desmatamento. No trimestre Setembro, Outubro e Novembro (SON) há uma tendência de redução marcante da precipitação média mensal na região do Xingu seguindo o aumento das áreas desmatadas, onde os valores das anomalias atingem -86, -79 e -81 mm/mês correspondentes aos cenários de F20, F40 e F60 de desmatamento respectivamente. Esta redução da precipitação varia de 42 a 45% da precipitação total média mensal da bacia do Rio Xingu. As anomalias de precipitação no trimestre Dezembro, Janeiro, Fevereiro (DJF) foram de -42, -31 e -27 mm/mês para F20, F40 e F60 de área desmatada respectivamente. Estas reduções de precipitação correspondem a intervalos de 8 a 13% em relação a 321 mm/mês de precipiração total média mensal da região. Na bacia do Rio Madeira, há uma tendência de entrada de cada vez mais vapor de água na direção norte-nordeste (N-NE) e menos entrada de vapor de água na direção sudeste-leste (SE-E), sugerindo que com aumento dos níveis de desmatamento os ventos alísios (VA) de N-NE tendem a aumentar de intensidade enquanto que, os ventos alíseos de SE-E tendem a enfraquecer. No trimestre SON, os valores das anomalias foram de -19, -21 e -27 mm/mês correspondentes aos cenários de F20, F40 e F60 de desmatamento respectivamente. Estas reduções da precipitação variam entre 10 e 16% em relação a precipitação total média mensal (198 mm/mês) da bacia do Rio Madeira. Além disso, observou-se que o vapor de água evapotranspirado nas regiões do Acre, Rondônia, norte da Bolívia e noroeste do Mato Grosso, sob a influência dos Jatos de Baixos Níveis da América do Sul (JBN), adquirem uma maior redistribuição do alcance continental, se comparadas com áreas de vapor de água evapotranspirada de regiões não influenciadas por este sistema. No semestre de SON-DJF, há cada vez menos vapor de água proveniente da região ao sul da bacia do Rio Xingu sendo transportado para o sul da América do Sul (Paraguai, Uruguai e norte da Argentina). Os resultados aqui apresentados, nos indicam que, embora o desmatamento aumente o potencial convectivo, a disponibilidade de água é marcadamente reduzida, fazendo com que haja uma forte tendência de redução da precipitação e evapotranspiração com o aumento de áreas desmatadas. O complexo, e não-linear, mecanismo de retroalimentação no sistema Solo-Planta-Atmosfera poderia diminuir ou intensificar as mudanças climáticas antropogênicas.
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    Inter-relações de variáveis ambientais com características morfoprodutivas e hídricas de cactáceas Nopalea sp. e Opuntia sp. no semiárido brasileiro
    (Universidade Federal de Viçosa, 2015-07-28) Barbosa, Marcela Lúcia; Zolnier, Sérgio; http://lattes.cnpq.br/9840512028043653
    Há uma carência de estudos que abordem as inter-relações entre as variáveis ambientais, o crescimento, a evapotranspiração e o acúmulo de biomassa de clones de palma forrageira em condições de campo. Assim, o objetivo deste estudo foi analisar a contribuição de variáveis ambientais nas características morfológicas de clones dos gêneros Nopalea e Opuntia, assim como destas variáveis e dos aspectos morfológicos na transferência de água na interface palma-atmosfera. Além disso, verificou-se a influência das características estruturais dos cladódios (CE-Cladódios) sobre a arquitetura das plantas (CE-Planta). Finalmente, foram avaliados os efeitos destas características, em conjunto com a evapotranspiração, na explicação da capacidade de acúmulo de biomassa da cultura. O experimento foi conduzido em Serra Talhada, no estado de Pernambuco, onde os clones IPA Sertânia (IPA, Nopalea), Miúda (MIU, Nopalea) e Orelha de Elefante Mexicana (OEM, Opuntia) foram submetidos a três lâminas (2,5 mm, 5,0 mm e 7,5 mm) e intervalos fixos de irrigação (7, 14 e 28 dias), entre março de 2012 e agosto de 2013. Durante o período experimental, foram obtidos dados de variáveis biométricas, meteorológicas, da evapotranspiração real dos clones (ET) e, na ocasião da colheita, da produtividade da cultura, os quais constituíram os grupos: “CE-Cladódios”, “CE-Planta”, “Ambiente”, “ET” e “REND”. Adicionalmente, foi realizada a estimativa da evapotranspiração de referência (ETo) e, posteriormente, calculada a razão ET/ETo. Os grupos de variáveis foram caracterizados como resposta ou explicativo na inter-relação entre os mesmos para cada um dos clones estudados. Em seguida, elaborou-se a matriz de correlação de Pearson entre as variáveis e aplicaram-se análises de multicolinearidade, canônica e de trilha. A partir dos resultados obtidos, foi verificado que as variáveis meteorológicas afetaram a expressão das características morfológicas. A radiação solar global destacou-se como a variável que mais influenciou na redução da ET dos três clones e a velocidade do vento àquela que afetou positivamente a razão ET/ETo dos clones OEM e IPA. O aumento do índice de área do cladódio implicou na redução da ET dos clones IPA e OEM, ao passo que, para o clone MIU, constatou-se que os efeitos do número de cladódios de primeira e de segunda ordens foram os mais importantes. As características dos cladódios de ordens superiores dos clones Nopalea (IPA e MIU) foram aquelas que mais afetaram a relação ET/ETo. As características estruturais dos cladódios de segunda e de terceira ordens, foram as que mais contribuíram para a arquitetura das plantas dos clones IPA e MIU. Para o clone OEM, os cladódios de primeira e terceira ordens foram os mais importantes. O número de cladódios de terceira ordem e a dimensão dos cladódios de segunda e terceira ordens afetaram a capacidade de acúmulo de biomassa do clone IPA. Em contraste, o rendimento foi mais influenciado pelo crescimento do cladódio basal no clone MIU. Os números de cladódios de primeira e segunda ordens e as suas dimensões, promoveram maior acúmulo de biomassa para o clone OEM. Com relação à disponibilidade de água, a ET não afetou a expressão do potencial produtivo dos clones de palma forrageira. As variáveis meteorológicas, e ou características morfológicas de clones dos gêneros Opuntia e Nopalea, afetaram a transferência de água na interface palma-atmosfera, a capacidade produtiva da cultura e a dinâmica de formação do dossel vegetativo.
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    Evapotranspiração e eficiência produtiva da videira Syrah no Submédio do vale do São Francisco
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-02-21) Pereira, Vágna da Costa; Moura, Magna Soelma Beserra de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4769996A1; Silva, Thieres George Freire da; http://lattes.cnpq.br/0213450385240546; Sediyama, Gilberto Chohaku; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788051E6; http://lattes.cnpq.br/3355555690297448; Ferreira, Williams Pinto Marques; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799404E8; Imbuzeiro, Hemlley Maria Acioli; http://lattes.cnpq.br/9796784370869247
    A determinação do consumo de água pela videira é de crucial importância para obtenção de produtividades satisfatórias para elaboração de bons vinhos, redução de custos de produção e, principalmente, para o manejo sustentável dos recursos hídricos regional. Neste sentido, com este trabalho objetivou-se analisar os valores da evapotranspiração da cultura da uva para elaboração de vinhos, determinada por duas metodologias (balanço de energia com base no método da razão de Bowen (BERB) e o modelo de Penman-Monteith), e a eficiência do uso da água da cultura para as condições climáticas do Submédio do Vale do São Francisco (SVSF). O experimento foi conduzido em uma área comercial da Fazenda Ouro Verde (09°16 S; 40°51 O e 444 m) no primeiro semestre do ano de 2010, que fica localizada na região semiárida do município de Casa Nova, Bahia. A área de 9 hectares selecionada foi plantada com a videira (Vitis vinífera L.), variedade Syrah , enxertada sobre o porta-enxerto IAC 766, com três anos de plantio, e irrigada por gotejamento. A poda de produção foi realizada no dia 08 de março de 2010 e a colheita no dia 19 de julho de 2010, totalizando o ciclo produtivo de 133 dias. Com base nos resultados observou-se que durante a análise de consistência física do método BERB, 69,5% dos dias avaliados foram considerados válidos para a determinação da densidade de fluxos de energia em escala diária. O saldo de radiação e a radiação refletida representaram aproximadamente 73 e 16%, respectivamente, da radiação solar incidente no parreiral. Ao longo do ciclo produtivo da videira, os valores médios diários do fluxo de calor latente (LE) representaram cerca de 70% do saldo de radiação (Rn), enquanto 30% foi destinado ao aquecimento do ar atmosférico, representado por meio do fluxo de calor sensível (H). Entretanto, não houve energia destinada ao aquecimento do solo (G) durante quase todas as fases fenológicas, exceto na fase final quando a relação G/Rn representou aproximadamente 4%. Em relação aos graus-dia acumulados (GDA), foram necessários 1.819 GDA para a videira Syrah completar o seu ciclo produtivo, correspondendo ao total de 133 dias para poda no primeiro semestre do ano. A evapotranspiração de referência (ETo) e a evapotranspiração da cultura determinada por meio do método BERB (ETcBERB) durante o ciclo da cultura foram de 474,0 e 376,4 mm, respectivamente, com valor médio diário de 3,9 e 3,1 mm. A transpiração máxima estimada pelo método de Penman-Monteith oscilou entre 9,2 a 3,0 L d-1 m-2, com volume total de 614,7 L m-2, aproximadamente 204,9 mm. A razão ETcBERB/ETo atingiu valores médios de 0,70; 0,85 e 0,66, respectivamente, para as fases fenológicas de Brotação-Floração, Floração-Maturação e Maturação-Colheita. A produtividade média da videira Syrah , para elaboração de vinhos finos, foi de 4.400 kg ha-1, enquanto a média da produtividade de água com base na evapotranspiração e transpiração total da cultura determinada por meio do método BERB e Penman-Monteith foi de 1,17 kg m-3 e 2,15 kg m-3, respectivamente.
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    Regionalização de vazões considerando a evapotranspiração real em seu processo de formação
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-11-27) Rego, Fernando Silva; Pruski, Fernando Falco; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727304E8; http://lattes.cnpq.br/9686447289994830; Marcuzzo, Francisco Fernando Noronha; http://lattes.cnpq.br/1923800998058989; Borges, Alisson Carraro; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4706302U9
    A regionalização de vazões visa suprir a carência de informações hidrológicas em locais com pouca ou nenhuma disponibilidade de dados, sendo o conhecimento e o aprimoramento dessa técnica de grande importância para estimativas mais seguras das vazões. Esse trabalho teve como objetivo aperfeiçoar o procedimento de regionalização de vazões mínimas e média, considerando uma variável explicativa que representa a evapotranspiração real no processo de formação de vazões. O estudo foi realizado em duas bacias do rio São Francisco: uma sub- bacia do rio Paracatu, onde foram avaliados a vazão média de longa duração (Qmld), a vazão mínima com permanência de 95% do tempo (Q95) e a vazão mínima com sete dias de duração associada a um período de retorno de dez anos (Q7,10); e a bacia do rio Pará, na qual foi avaliado apenas a Q7,10. As variáveis independentes utilizadas foram a área de drenagem, a vazão equivalente ao volume precipitado (Peq), a vazão equivalente ao volume precipitado menos 750 mm (Peq750) e a vazão equivalente ao volume precipitado menos a média estimada da evapotranspiração real na bacia (PeqETR). Avaliou-se o desempenho da regionalização por meio de três análises: estatística, comportamento físico e risco. A PeqETR proporcionou os melhores ajustes estatísticos para as três vazões analisadas na sub-bacia do rio Paracatu, contudo, enquanto essa variável foi a que representou o melhor comportamento físico e estimativas mais seguras das vazões mínimas, a Peq750 foi a que teve estimativas mais representativas da vazão média. Para a bacia do rio Pará, o uso da PeqETR como variável explicativa gerou os melhores ajustes estatísticos e uma melhor representação do comportamento físico e de risco da variável dependente analisada. Assim, o uso da variável explicativa que considera a evapotranspiração real proporciou, nas bacias estudadas, os vmelhores ajustes estatísticos e, com exceção da vazão média, uma análise física mais representativa e segura.
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    Efeito da mudança na cobertura vegetal na evapotranspiração e vazão de microbacias na região do Alto Xingu
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-07-29) Dias, Lívia Cristina Pinto; Costa, Marcos Heil; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799234J7; http://lattes.cnpq.br/3473464984753698; Cuadra, Santiago Vianna; http://lattes.cnpq.br/6681955405635283; Pruski, Fernando Falco; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727304E8
    Uma das formas tradicionais de expansão da fronteira agrícola é por meio da conversão de ecossistemas naturais em áreas de cultivo, geralmente por meio de desmatamento. A região do Alto Xingu, no Estado do Mato Grosso - Brasil, tem sido indicada como uma das regiões de mais intensa conversão de ecossistemas naturais em pastagens ou culturas agrícolas (principalmente a soja) no país e há preocupação em se compreender como e quanto essa alteração da cobertura vegetal modifica a hidroclimatologia da região. Assim, o objetivo deste trabalho é examinar o quanto a mudança na cobertura vegetal influencia a evapotranspiração e a vazão de microbacias do Alto Xingu, na região sudeste da bacia Amazônica. Foram feitas medições de vazão em microbacias com uso uniforme do solo na região de estudo e foram conduzidas simulações pontuais com as coberturas de floresta, cerrado e pastagem no modelo InLand e com cobertura de soja, no AgroIBIS. Os dados meteorológicos e parâmetros como a condutividade hidráulica saturada do solo utilizados nos modelos foram medidos na Fazenda Tanguro MT. As vazões médias simuladas nos modelos InLand e AgroIBIS foram semelhantes aos valores observados em campo no período de setembro de 2008 a agosto de 2010. Comparando-se as vazões simuladas para as quatro coberturas no Alto Xingu, estima-se que a conversão da precipitação em vazão nos ecossistemas naturais (floresta e cerrado) foi 53,5% menor que nos ecossistemas agrícolas (pastagem e soja). Quando comparado aos ecossistemas naturais, a evapotranspiração dos ecossistemas agrícolas foi 38,3% menor durante o período de estudo. Também se buscou avaliar a influência de 11 diferentes classes texturais no particionamento da precipitação em escoamento total e evapotranspiração nas coberturas estudadas. Independente da textura do solo considerada, o escoamento total com cobertura de floresta tropical foi sempre inferior à simulada para as demais coberturas e a diferença entre o escoamento total simulado para as coberturas de floresta e cerrado é maior quanto menores são os valores de condutividade hidráulica saturada.
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    Evapotranspiração e crescimento de clones de palma forrageira irrigada no Semiárido brasileiro
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-07-26) Pereira, Poliana de Caldas; Silva, Thieres George Freire da; http://lattes.cnpq.br/0213450385240546; Silva, Sérvulo Mercier Siqueira e; http://lattes.cnpq.br/0654495217313534; Zolnier, Sérgio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4795613U7; http://lattes.cnpq.br/9759144977849612; Ferreira, Williams Pinto Marques; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799404E8
    O objetivo deste estudo foi quantificar a evapotranspiração e o crescimento de clones de palma forrageira irrigada durante o primeiro ano produtivo do segundo ciclo da cultura (março de 2012 a fevereiro de 2013). O experimento foi conduzido em Serra Talhada PE, localizada no Semiárido brasileiro. Utilizou-se o delineamento em blocos ao acaso, com três repetições, em arranjo fatorial (3x3), no qual as parcelas foram compostas por três condições de disponibilidade de água, resultantes da aplicação de uma lâmina fixa (L: 7,5 mm) em três frequências (F: 7, 14 e 28 dias), e as subparcelas por três clones de palma forrageira (IPA: IPA Sertânia; MIU: Miúda; e OEM: Orelha de Elefante Mexicana). Foi realizado, durante o período de junho de 2012 a fevereiro de 2013, o monitoramento do conteúdo de água no solo com auxílio de uma sonda capacitiva (Diviner 2000@ SentekPty Ltda. Austrália), no intervalo médio de três dias. Dados diários dos elementos meteorológicos foram obtidos a partir de uma estação automática, visando determinar a evapotranspiração de referência (ETo) pelo método de Penman-Monteith, parametrizado no Boletim 56 da FAO. Por meio desses dados e de propriedades físico-hídricas do solo, foi realizado o balanço de água no solo (BAS) a cada 14 dias, sendo que os componentes foram acumulados, posteriormente, em nove períodos de 28 dias. Por resíduo do BAS, estimou-se a evapotranspiração real da cultura (ETr) para determinação da relação ETr/ETo. Após 150 dias do primeiro corte, foram realizadas oito campanhas biométricas, com intervalos de trinta dias cada, para análises morfológicas da planta e dos cladódios. Com esses dados, foram determinadas as taxas morfogênicas ao longo do tempo para o ciclo dos clones. Todos os dados foram comparados pela análise de variância e pelo teste de médias de Tukey, ao nível de 5% de significância. A evapotranspiração e os demais componentes do BAS apresentaram diferenças significativas entre os clones e condições de irrigação ao longo do tempo. Entretanto, para os valores acumulados ao longo do ciclo, apenas o fluxo de água no solo do clone IPA, na condição F14 (-66,5 mm), diferenciou-se dos demais clones, apresentando o valor mais alto de fluxo. A ETr média da palma forrageira irrigada, durante o período de análise foi de 1,5 mm dia-1 para uma demanda atmosférica média de 5,1 mm dia-1. A relação ETr/ETo dos clones apresentou baixa magnitude nas condições impostas (ambiente em conjunto com a irrigação), proporcionando valores de 0,27±0,12; 0,30±0,14 e 0,29±0,12 para a IPA, MIU e OEM, respectivamente. Constatou-se que as condições de disponibilidade de água avaliadas também não afetaram significativamente (P>0,05) a maioria dos valores absolutos e relativos das variáveis de crescimento dos três clones. Quando se compararam os diferentes clones, independentemente da condição de disponibilidade de água, observou-se que, em termos de valores absolutos, a OEM apresentou as maiores médias. Na avaliação ao longo do tempo, houve evolução significativa do crescimento dos clones nos últimos meses do primeiro ano produtivo. Porém, isso ocorreu devido aos eventos de precipitação pluviométrica, que em conjunto com a aplicação dos tratamentos de irrigação, promoveram maiores incrementos nos clones OEM e IPA, nessa ordem, atingido 70% e 60% da taxa total para a altura, e 37,0% e 45,3% para a largura da planta. Assim, conclui-se que as diferentes condições de disponibilidade de água no solo não influenciaram a evapotranspiração e o crescimento dos clones de palma forrageira. Todavia os clones OEM e IPA tiveram os melhores desempenhos de crescimento em relação ao MIU, que foi o que apresentou o menor crescimento sob condições irrigadas do Semiárido brasileiro.
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    Avaliação de modelos de estimativa de produtividade da cana-de- açúcar irrigada em Jaíba-MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2010-10-28) Oliveira, Henrique Faria de; Sediyama, Gilberto Chohaku; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788051E6; Coelho, Mauricio Bernardes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783264H9; Mantovani, Everardo Chartuni; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783628Z4; http://lattes.cnpq.br/7395203182969057; Sousa, Elias Fernandes de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4782465D2; Faccioli, Gregório Guirado; http://lattes.cnpq.br/4563644185421346; Oliveira, Rubens Alves de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785359E1
    A cultura da cana-de-açúcar é submetida durante o seu desenvolvimento a diferentes condições ambientais, sendo o rendimento agrícola afetado diretamente por estas condições. Modelos de produtividade tornam-se ferramentas importantes objetivando suprir estimativas de rendimento ao longo das safras visando à caracterização de alternativas de manejo, aumentando a eficácia das decisões gerenciais e estratégicas. A tecnologia da informação é uma importante ferramenta nesse processo e tem sido cada vez mais utilizada para coleta e análise de dados que são utilizados como base nas suas decisões. O objetivo deste trabalho foi incluir no software Irriplus modelos de estimativa de produtividades de culturas agrícolas, utilizando os modelos de Stewart e Mantovani para estimar a produtividade real e o Método da Zona Agroecológica (MZA) para estimar a produtividade máxima. Além dos modelos, foi desenvolvida uma metodologia de regressão linear múltipla para explicar os fatores que estão influenciando a produtividade da cultura e gerar modelos de produtividade a partir de dados históricos. Para avaliar os modelos, foi utilizada análise descritiva e testes de análise comparativa entre a produtividade estimada e observada em campo. Os testes estatísticos utilizados foram: teste-t pareado, erro relativo percentual (ERP) e erro médio absoluto (MAE). Foram utilizados dados reais de produtividade da cana-de-açúcar RB 86-7515 irrigada, safras 2007/2008 e 2008/2009, do município de Jaíba do estado de Minas Gerais. O modelo de Stewart requer como dado de entrada a produtividade máxima, que foi estimada pelo MZA nas duas safras. Na safra 2007/2008, o modelo estimou a produtividade média em 113,58 t ha-1, enquanto a produtividade média observada em campo foi 113,47 t ha-1, o MAE foi igual a 10,10. Na safra 2008/2009 o modelo estimou a produtividade média em 121,81 t ha-1, enquanto a produtividade média observada em campo foi 121,81 t ha-1, o MAE foi igual a 8,02. Nas duas safras o teste-t pareado não demonstrou diferença significativa entre as médias de produtividade. O modelo de Mantovani utilizou a mesma produtividade máxima do modelo de Stewart estimada pelo MZA. Na safra 2007/2008, o modelo estimou a produtividade média em 198,13 t ha-1, enquanto a produtividade média observada em campo foi 113,47 t ha-1, o MAE foi igual a 84,66. Na safra 2008/2009, o modelo estimou a produtividade média em 154,81 t ha-1, enquanto a produtividade média observada em campo foi 121,81 t ha-1, o MAE foi igual a 32,72. Nas duas safras, o teste-t pareado demonstrou diferença significativa entre as médias de produtividade e a estimativa do modelo superestimou produtividade observada em campo. Foi ajustada uma equação por regressão linear múltipla, com dados da safra 2007/2008, relacionada com as variáveis: irrigação total necessária, capacidade total de água no solo, água disponível no solo, evapotranspiração de referência, evapotranspiração da cultura e evapotranspiração máxima da cultura. A equação foi avaliada na safra 2008/2009 para estimativa da produtividade. A equação estimou a produtividade média em 122,41 t ha-1, enquanto a produtividade média observada em campo foi 121,81 t ha-1, o MAE foi igual a 7,07. O teste-t pareado não demonstrou diferença significativa entre as médias de produtividade.
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    Estimativa da evapotranspiração e do balanço hídrico a partir de imagens de satélite de duas sub-bacias do Paracatu
    (Universidade Federal de Viçosa, 2010-02-12) Lima, Evaldo de Paiva; Gleriani, José Marinaldo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4791933J1; Soares, Vicente Paulo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781715A9; Sediyama, Gilberto Chohaku; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788051E6; http://lattes.cnpq.br/8346418220540384; Hamakawa, Paulo José; Andrade, Ricardo Guimarães; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4775077J9
    Neste trabalho, utilizou-se o algoritmo Surface Energy Balance Algorithm for Land (SEBAL), juntamente com produtos obtidos por meio do sensor Moderate-Resolution Imaging Spectroradiometer (MODIS), a bordo do satélite Terra, para estimar os componentes do balanço de energia, a evapotranspiração e os componentes do balanço hídrico nas condições climáticas das sub-bacias do ribeirão Entre Ribeiros e rio Preto. Nesse sentido, foram elaborados mapas temáticos instantâneos das componentes do balanço de energia, além da evapotranspiração diária, para 12 dias, sendo cada um desses representativos de um decêndio, no período de julho a outubro de 2007. Após a estimativa da evapotranspiração diária, procedeu-se à extrapolação desses resultados em nível decendial. Dessa forma, os resultados dos componentes do balanço hídrico (saldo de precipitação, armazenamento e escoamento superficial) foram encontrados para esse mesmo intervalo de tempo. Em razão de os componentes do balanço de energia não terem sido medidos por uma estação meteorológica automática nos limites das sub-bacias em estudo, os resultados desses componentes, encontrados por meio do SEBAL, foram compatíveis com os citados nas literaturas, em diversas localidades. Apesar dos resultados da evapotranspiração diária encontrados para a cultura do feijão, ainda assim o SEBAL pôde ser utilizado como boa opção para determinar, com utilização de produtos do sensor MODIS, a evapotranspiração diária. Para tanto, deve-se trabalhar com superfícies extensas que possuam o mesmo tipo de cobertura. Na maior parte do período de estudo, o saldo de precipitação foi negativo, sinalizando a ocorrência da estação seca sobre a região, e, devido à falta de chuva, o escoamento superficial não foi expressivo durante os decêndios dos meses de julho, agosto e setembro. A utilização de técnicas de sensoriamento remoto na estimativa da evapotranspiração e dos componentes do balanço de energia e balanço hídrico se apresenta como alternativa, principalmente, para áreas onde os dados meteorológicos são limitantes, que é caso verificado nas sub-bacias do ribeirão Entre Ribeiros e rio Preto.