Ciências Humanas, Letras e Artes

URI permanente desta comunidadehttps://locus.ufv.br/handle/123456789/5

Navegar

Resultados da Pesquisa

Agora exibindo 1 - 10 de 11
  • Imagem de Miniatura
    Item
    A criança de seis anos no ensino fundamental na perspectiva de mães e professoras
    (Universidade Federal de Viçosa, 2011-04-12) Pedrosa, Michelha Vaz; Oliveira, Milton Ramón Pires de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727595E0; Souza, Rita de Cássia de; http://lattes.cnpq.br/7746547555939279; Mello, Rita Márcia Andrade Vaz de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4760230H9; http://lattes.cnpq.br/1408416309984883; Gomes, Maria Carmen Aires; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4791838E8
    A presente pesquisa objetivou investigar como as mães representam a entrada da criança de seis anos no Ensino Fundamental, assim como a representação que têm da alfabetização nas turmas de seis anos, buscando verificar se há influência de sua parte sobre o trabalho das professoras neste quesito. O estudo desenvolveu-se por meio da abordagem qualitativa. Utilizaram-se como instrumentos de coleta de dados a observação, o questionário, a entrevista semiestruturada e o diário de campo. Os dados obtidos nas entrevistas foram analisados segundo a técnica de Análise de Conteúdo. O lócus da pesquisa constituiu-se de duas escolas da rede pública municipal de educação da cidade de Muriaé Minas Gerais. Os sujeitos pesquisados foram seis mães e cinco professoras regentes do 1º ano de escolaridade obrigatória. Os resultados indicaram uma tendência por parte das mães em associar o atual primeiro ano de escolaridade à antiga primeira série, o que as leva, em muitos momentos, a depositar sobre a criança de seis anos e sobre o trabalho da escola as mesmas expectativas de aprendizagem e desenvolvimento antes depositadas nas crianças de sete anos. Dentre as principais expectativas das mães quanto à entrada da criança de seis anos no Ensino Fundamental, destaca-se a ruptura com as práticas atribuídas à Educação Infantil, a aprendizagem da leitura e escrita, bem como o afastamento da rua e da criminalidade. Há, por parte das mães, o desejo e a satisfação em ver os filhos lendo e escrevendo, mesmo que sejam apenas palavras simples, já no primeiro ano de escolaridade. A maioria delas demonstrou compreender a existência das especificidades da criança de seis anos, dentre elas a ludicidade, assim como a compreensão das diferenças individuais de cada criança. No entanto, algumas mães apresentaram uma visão de alfabetização ao longo do primeiro ano de escolaridade como sendo uma meta para os filhos. A justificativa para tal postura pauta-se no fato de não haver mais a reprovação, o que para elas poderá prejudicá-los caso passem para o ano seguinte sem estarem alfabetizados. Quanto à relação família e escola, foi possível observar que esta ainda necessita ser estreitada. As mães afirmam compreender a importância da participação na vida escolar dos filhos, no entanto, algumas delas confessam não disporem do tempo necessário para acompanhá-los como deveriam. Todas mencionaram o fato de já terem, em algum momento, conversado com a professora sobre a aprendizagem da leitura e escrita; todavia, apenas uma delas demonstrou exercer acompanhamento mais sistemático sobre o trabalho da professora. Todas as professoras confirmaram o fato de haver interesse das famílias em torno da alfabetização dos filhos no decorrer do primeiro ano, contudo, consideram que tal fato não exerça influência sobre o seu trabalho. Para as professoras esse interesse está relacionado a outros fatores que de fato influenciam mais na relação de algumas famílias com a escola, como a falta de acompanhamento e colaboração, a falta de diálogo e as comparações feitas entre as diferentes crianças e o trabalho da escola com o de outras.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Análise do processo decisório familiar concernente à saúde bucal: fatores determinantes e implicações do tratamento ortodôntico
    (Universidade Federal de Viçosa, 2011-03-30) Ramos, Thais Cristina Vasconcelos; Teixeira, Karla Maria Damiano; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790320H4; Vargas, Andréa Maria Duarte; http://lattes.cnpq.br/1949307178423219; Loreto, Maria das Dores Saraiva de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787872U2; http://lattes.cnpq.br/5885021055694721; Ferreira, Efigênia Ferreira e; http://lattes.cnpq.br/0633684421168567; Mafra, Simone Caldas Tavares; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723600T9
    As oclusopatias possuem alta prevalência em adolescentes brasileiros. Porém, mesmo com a Política Nacional de Saúde Bucal, que oferece à população uma rede de tratamentos odontológicos especializados, o serviço de ortodontia na saúde pública ainda é muito incipiente. Neste sentido, pressupõe- se que, a partir das diversas demandas e necessidades da família, esta deverá buscar alocação e manejo eficiente de seus recursos. Sendo assim, esta pesquisa objetivou analisar como a família percebe, estrutura e se organiza, em termos do processo de tomada de decisão relativo à saúde bucal, examinando seus fatores determinantes e implicações sobre os subsistemas pessoal e administrativo da unidade familiar. Mais especificamente, buscou-se caracterizar a saúde bucal no cenário brasileiro e mineiro, caracterizando o desenvolvimento das políticas de prevenção, promoção, recuperação e manutenção da saúde bucal, e o exercício da prática ortodôntica, em função das percepções dos ortodontistas do município de Bambuí/MG sobre o contexto de saúde bucal, bem como sobre o tratamento e o processo decisório familiar. Além disso, foram analisadas as representações sociais das mães acerca da saúde bucal e do tratamento ortodôntico, a fim de se entender qual o sentido e o significado atribuídos pelo segmento materno a estes serviços. Posteriormente, foram identificados os papéis, as etapas e os fatores intervenientes no processo decisório referente ao uso do aparelho ortodôntico pelo adolescente, bem como suas implicações sobre os subsistemas pessoal e administrativo da família. Como procedimento metodológico, foi feito uso da pesquisa documental sobre dados da Odontologia no Brasil e em Minas Gerais, como também de entrevistas semiestruturadas com ortodontistas e com mães ou responsáveis por adolescentes que são submetidos a tratamento ortodôntico, no município de Bambuí/MG. Os profissionais foram entrevistados em sua totalidade, enquanto que a amostra das mães foi definida por critério de quotas, relacionado ao número de famílias repassadas à pesquisadora por cada dentista. Os resultados mostraram uma diversificação do mercado de trabalho odontológico, porém, com o exercício predominantemente privado e com a prática clínica ainda centrada no modelo curativista e normativo. A ortodontia é a especialidade que mais desperta interesse em dentistas, sendo a região Sudeste do Brasil a que mais concentra ortodontistas. Em nível local, os odontólogos ressaltaram os avanços na Odontologia local, com maior conhecimento da população por serviços de saúde bucal. Além disso, destacaram os baixos valores cobrados pelos procedimentos clínicos, muitas vezes, fruto da baixa renda da população de Bambuí/MG e do aumento do número de profissionais. Com relação ao processo decisório, os ortodontistas identificam as mães como tomadoras de decisão quanto ao tratamento, sendo a estética ou a insatisfação com a aparência dento facial o principal motivo pela procura do serviço ortodôntico. As mães associam a saúde bucal à ausência de doença. Seu significado é traduzido em termos de cuidado, simbolizado por idas ao dentista, higiene e tratamento curativo. A aparência e a estética são consideradas essenciais para uma boa saúde bucal, sendo o tratamento ortodôntico o símbolo da conquista de dentes perfeitos . Assim, as mães revelaram-se como componente essencial para o desenvolvimento das etapas do processo decisório, sendo seus comportamentos cognitivo e afetivo determinantes das estratégias de promoção da saúde bucal. A mudança no uso dos recursos familiares, em termos de realocação e manejo, envolveu decisões por prioridades, fundamentadas na lógica da produção simbólica, com reflexos sobre o subsistema administrativo familiar, cujo orçamento sofreu reajustes e controle de gastos, com a finalidade de manter o tratamento ortodôntico dos filhos e buscar a adaptabilidade do sistema familiar.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Realidade, significado e expectativas do Programa Nacional de Habitação Rural: o caso de Guiricema e São Miguel do Anta MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-03-28) Santos, Suellen Nascimento dos; Reis, Lílian Perdigão Caixêta; http://lattes.cnpq.br/2710436780723053; Silva, Maristela Siolari da; http://lattes.cnpq.br/3224189686991044; Silva, Neuza Maria da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783876Z0; http://lattes.cnpq.br/4713098609372685; Loreto, Maria das Dores Saraiva de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787872U2; Carvalho, Aline Werneck Barbosa de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766934H2
    Em decorrência do quadro histórico de déficit habitacional em que se apresenta o Brasil, diversos programas e políticas públicas têm sido lançados, a fim de combater a crise de moradia do país. Esses programas muito evidentes nas cidades, também se fazem notar na zona rural onde situações precárias de acesso a serviços e materiais têm trazido a necessidade de investimento dos órgãos públicos. Dentre essas ações voltadas para o público residente no campo, em 2009, foi lançado o Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR), no âmbito do Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV). Em função de se tratar de um Programa recente e ainda pouco estudado, este trabalho buscou analisar os termos em que tem sido implantado este programa, especificamente se este tem se dado em consonância com o sentido de moradia e expectativas do principal agente social: o beneficiário. A pesquisa realizada com cinquenta e cinco famílias contempladas pelo Programa nos municípios de Guiricema e São Miguel do Anta em Minas Gerais, é de caráter quantitativo e qualitativo. O estudo desenvolvido trouxe como resultado, a parcial incongruência entre o projeto de unidade habitacional do PNHR e a expectativa de moradia do beneficiário, visto que as casas do Programa possuem características urbanas e o camponês mantém valores específicos do ambiente rural. Conclui-se que o PNHR introduz uma nova perspectiva de casa , com configuração urbana e com características uniformizadas, existindo uma defasagem com respeito às expectativas dos beneficiários em termos de divisão e readequação do espaço, novos ambientes, maior tamanho e materiais utilizados na construção da Unidade Habitacional.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    A significação do trabalho e da aposentadoria: o caso dos servidores da Universidade Federal de Viçosa
    (Universidade Federal de Viçosa, 2011-06-13) Bressan, Maria Alice Lopes Coelho; Melo, Mônica Santos de Souza; http://lattes.cnpq.br/5603442663409183; Loreto, Maria das Dores Saraiva de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787872U2; Mafra, Simone Caldas Tavares; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723600T9; http://lattes.cnpq.br/2410873791265272; Stepansky, Daizy Valmorbida; http://lattes.cnpq.br/4536787585350512
    O problema desta pesquisa foi pautado nos desafios apresentados à sociedade atual com relação ao crescimento do número de aposentadorias como consequência do aumento da expectativa de vida mundialmente. Considerou-se que grande parte da adaptação à aposentadoria irá depender diretamente do significado que o indivíduo dá ao trabalho, de seu envolvimento com ele, do significado atribuído à aposentadoria e às expectativas e das limitações com relação ao bem-estar neste momento de transição. O estudo, realizado na Universidade Federal de Viçosa (UFV), localizada na cidade de Viçosa, MG, teve como principal objetivo realizar uma análise da significação do trabalho, da aposentadoria e do bem-estar na aposentadoria entre profissionais que estão próximos desse processo. Foram considerados os níveis de classificação de cargos, visando identificar os pontos de proximidade e divergência, bem como cargo e o nível de escolaridade dos participantes, para subsidiar o planejamento de programas de preparação para a aposentadoria (PPA) no serviço público, no âmbito das Universidades Federais. O estudo pode ser considerado qualitativo e descritivo. Os dados foram obtidos utilizando-se a entrevista semiestruturada e analisados conforme a análise do discurso proposta por Patrick Chareudeau. Foram entrevistados 33 servidores, distribuídos da seguinte forma: cinco docentes, cinco técnico administrativos do nível A, sete do nível B, sete do nível C, quatro do nível D e cinco do nível E. De acordo com os resultados, há forte significação subjetiva positiva apresentada pelos entrevistados e importante vínculo emocional, demonstrando satisfação e envolvimento deles com o trabalho e a organização. A maioria dos participantes reconheceu na aposentadoria a oportunidade de obter ganhos, como liberdade das responsabilidades do trabalho e ter mais tempo para o lazer e relacionamentos . Porém, ainda é evidente o medo e a insegurança frente à transição, o que foi marcado pela ênfase nas perdas dos aspectos tangíveis do trabalho e dos aspectos emocionais do trabalho . Os fatores percebidos como essenciais para a garantia do bem-estar na aposentadoria foram saúde e tranquilidade financeira, que estão ligados à dimensão fatores de risco e sobrevivência. Os fatores considerados como positivos em relação ao bem-estar para a população foram a educação, o relacionamento familiar, a saúde e o engajamento em atividades culturais e de lazer. Fatores como a perspectiva de trabalho pós-aposentadoria, a situação financeira, a falta de conhecimento da responsabilidade institucional na aposentadoria e os relacionamentos sociais predizem dificuldades no processo de transição, o que evidencia a importância da inclusão da família no PPA. Nesse sentido, faz-se necessário refletir a respeito da importância de um PPA efetivo e que acompanhe o servidor na organização durante sua carreira, para abrir perspectivas além do trabalho, e, consequentemente, preparar o indivíduo para quando ocorrer o desligamento. Também é necessário que a família tenha acesso ao PPA, para que possa se beneficiar dos eventuais ganhos propiciados pelo Programa, visto que os fatores que irão afetar o indivíduo possuem reflexo direto na família. Conclui-se também que estudos como este podem ajudar no planejamento de PPAs focados em fatores condizentes com a realidade de cada população, sendo assim possível alcançar maior adesão aos programas e, consequentemente, favorecer o bem-estar e a qualidade de vida tanto individual quanto familiar dentro desse processo.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Do contexto familiar ao universitário: o campo de possibilidades para a construção de territórios e identidades homossexuais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-06-27) Bissaco, Joelcio Zoboli; Fiúza, Ana Louise de Carvalho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796571E6; Pinto, Neide Maria de Almeida; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4701521A0; http://lattes.cnpq.br/5940088697367020; Civale, Leonardo; http://lattes.cnpq.br/6084393659907979; Amodeo, Nora Beatriz Presno; http://lattes.cnpq.br/6045747294263289l/visualizacv.do?id=K4708493A7
    O objetivo desta pesquisa foi compreender o significado que tem, para os estudantes homossexuais, a mudança para uma cidade universitária e o afastamento da família de origem em termos da construção ou afirmação de suas identidades. Buscou-se ainda analisar a rotina desses estudantes, seus grupos, redes de sociabilidade, espaços que frequentam e como ficou a relação com a família após saírem de casa. A população estudada foi então composta por trinta homossexuais estudantes da Universidade Federal de Viçosa, que não são naturais da cidade. Para explorar e adentrar a realidade social e territorial dos sujeitos da pesquisa foram aplicadas entrevistas semiestruturadas. Como resultado, a pesquisa evidenciou que, no cotidiano, estes estudantes homossexuais constituem redes e vínculos sociais que se baseiam em relações de amizade e de colaboração com outros universitários, sejam homossexuais ou não, criando uma identidade ufeviana que, além de ser maior que a identidade homossexual, ajuda a manter uma segregação entre quem é nativo de Viçosa e quem é de fora . Na cidade, os universitários homossexuais revelaram uma preferência por transitarem por espaços de diversão e lazer mais tolerantes, como alguns bares, o chat e as festas gays, apesar destas constituírem territórios muito fluidos. Embora a relação com a família tenha se mantido inalterada para a maioria dos gays e lésbicas, chegar a Viçosa permitiu uma grande mudança em termos da construção das suas identidades homossexuais, pois, para aqueles que já haviam assumido a sua identidade sexual antes de se mudarem, Viçosa oferece várias possibilidades de vivenciá-la e, para aqueles que ainda não tinham saído do armário , estar em Viçosa foi o momento para fazê-lo.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Família no Programa Residência Agrária: a visão dos atores da Universidade Federal do Ceará
    (Universidade Federal de Viçosa, 2011-08-29) Jesus, Margarida Maria Higino de; Farias, Rita de Cássia Pereira; http://lattes.cnpq.br/2022876282345858; Loreto, Maria das Dores Saraiva de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787872U2; Silva, Lourdes Helena da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728228U7; http://lattes.cnpq.br/6521866410725779; Barbosa, Willer Araujo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784248J4
    A pesquisa trata de uma análise sobre a efetividade do Programa Residência Agrária (PRA) da Universidade Federal do Ceará, implantado em 2004, por meio da análise de sua estruturação, metodologia de extensão e das concepções e vivências sobre família no contexto do programa. Partiu-se do seguinte questionamento: O Programa Residência Agrária tem conseguido desconstruir o movimento predominante da produtividade, do difusionismo tecnicista, formando e qualificando extensionistas capazes de compreender a diversidade local e integrar as famílias, por meio de um desenvolvimento participativo de baixo para cima? Para responder a esse questionamento, a pesquisa, de natureza qualitativa, fez uso de referências bibliográficas e documentais, além de entrevistas semi-estruturadas realizadas junto a professores, estudantes e egressos do programa, cujos dados foram trabalhados sob a perspectiva da Análise Descritiva. Os resultados mostraram que, para a implementação do Projeto Piloto na UFC, recorreu-se aos princípios da Pedagogia da Alternância que prima pelo contato do estudante com a realidade dos assentamentos, mediante dois tempos complementares: o Tempo Universidade e o Tempo Comunidade. Outra Metodologia adotada a partir de 2007, foi a Análise de Diagnóstico de Sistemas Agrários (ADSA), que permite conhecimento amplo sobre a realidade das famílias e do assentamento. Para fazer um diagnóstico efetivo, os estudantes trabalham com metodologias participativas que consideram os assentados como sujeitos de mudança daquela realidade. Percebe-se que o PRA vem, de modo geral, propiciando ganhos as partes envolvidas, levando o jovem a repassar o conhecimento para seu assentamento, atuando como agente multiplicador aumentando sua autoestima e motivando-o a continuar os estudos. Acerca da relevância da categoria família no Programa Residência Agrária, as entrevistas demonstram que, antes de ir para o Estágio de Vivência nos assentamentos, os estudantes recebem diversas instruções para que observem a dinâmica das famílias, a fim de conhecer suas práticas, vivências e valores, para depois fazer o diagnóstico que favorecerá a atuação profissional. A inserção no campo é marcada por diversas dificuldades, como o medo do desconhecido, principalmente em função da visão negativa que a mídia apresenta sobre o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). Aos poucos as dificuldades são superadas e o Estagio de Vivência proporciona uma experiência rica de aprendizagem e troca de saberes entre estagiários e egressos. Acerca do estudo da categoria família no Programa Residência Agrária, apesar da família ser o ponto de partida para o trabalho do PRA, a mesma não é um eixo estruturador do Programa. O aprendizado sobre as famílias se da nas vivências práticas. Entretanto, essa constatação não diminui a relevância do PRA na formação de profissionais para atuarem na Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) e Assessoria Técnica, Ambiental e Social (ATES). Nesse sentido, conclui-se que a academia, mediante Programas como o Residência Agrária, não somente instrumentaliza e empodera os assentados, como também forma profissionais mais preparados para uma atuação mais próxima à realidade dos assentados. Além disso, a vivência dos estudantes nos assentamentos contribui para a desmontagem de mitos e estereótipos construídos sobre grupos minoritários, como o caso das famílias dos assentamentos.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Redes sociais e administração dos domínios da vida: um estudo de caso com detentoras da guarda dos filhos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2011-08-18) Rosado, Ana Paula Nery; Loreto, Maria das Dores Saraiva de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787872U2; Andrade, Viviane Delfino Albuquerque; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4791117H1; Teixeira, Karla Maria Damiano; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790320H4; http://lattes.cnpq.br/8288583663698750; Silva, Neuza Maria da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783876Z0; Cirino, Jader Fernandes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4757681Z9
    Focalizar a família como objeto de análise implica reconhecer que ela não é um sistema fechado, mas sim uma unidade com relações intra e interfamiliares, que são importantes para sua manutenção e continuidade. Dessa maneira, é de fundamental importância enfatizar as redes sociais de apoio à família, principalmente quando se enfoca a família monoparental, que não tem mais um dos cônjuges para a divisão das tarefas domésticas, para os cuidados e responsabilidades com os filhos e, muitas vezes, conta com recursos financeiros limitados para o sustento familiar e reorganização do seu cotidiano. Diante desse contexto, o problema da pesquisa consistiu em estudar o impacto da separação ou divórcio na administração dos diferentes domínios da vida, bem como analisar as redes sociais dos detentores da guarda dos filhos residentes em Viçosa/MG em face da nova realidade do grupo familiar. Os domínios da vida analisados foram: trabalho remunerado, renda familiar, educação pessoal, trabalho doméstico, educação dos filhos, cuidado com os filhos, saúde, lazer e vida espiritual. Nesse sentido, objetivou-se investigar as alterações na administração dos domínios da vida pelos detentores da guarda dos filhos em face da dissolução da sociedade conjugal, assim como o processo de construção e, ou, consolidação das redes sociais. O estudo, de natureza exploratório-descritiva, teve como população homens e mulheres residentes no município de Viçosa/Minas Gerais, detentores da guarda unilateral dos filhos, que passaram pelo processo de separação ou divórcio, iniciado no período de 2006 a 2008 e finalizado no ano de 2008. A amostra foi intencional, visto que sua seleção foi baseada na natureza das metas de pesquisa, foi obtida aleatoriamente por meio do contato direto com os sujeitos e contou 18 detentoras da guarda dos filhos. Para os dados quantitativos obtidos por meio da entrevista, foi utilizada a análise univariada e, no que se refere ao tratamento qualitativo das informações, foi feita a análise de conteúdo. A separação ou divórcio foi um fator motivador da construção ou consolidação da maioria das redes sociais. O enfraquecimento das redes se deu, principalmente, para o domínio renda familiar. As redes foram constituídas, em sua maioria, por membros da família, como o ex-cônjuge, filhos, pais, irmãos, avós, primos, tias, sogra, entre outros, tendo expressiva representatividade da mãe e do ex-cônjuge. As redes formais possuem papel relevante quando as redes informais não estão disponíveis e, ou, quando a renda familiar o permite. O apoio recebido pelas redes sociais foi caracterizado pelo cuidado e educação dos filhos, apoio na execução das tarefas domésticas, provisão de recursos, companhia e diálogo, além de conselhos. Na administração dos diferentes domínios da vida da nova família, destacaram-se a reestruturação do tempo, o estabelecimento de novas demandas e prioridades e o amadurecimento do indivíduo, além do papel imprescindível das redes sociais em cada uma das esferas da vida. Dessa maneira, toda e qualquer mudança na estrutura da família produz um remanejamento de funções, modificação nos papéis desempenhados e adaptação ao novo cotidiano familiar e, com isso, novos modos de se relacionar e de administrar a vida.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Territórios da informalidade: as diferentes estratégias reprodutivas das famílias inseridas no comércio informal de Viçosa-MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2011-05-06) Lelis, Juliana Lopes; Fiúza, Ana Louise de Carvalho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796571E6; Doula, Sheila Maria; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785704Z8; Pinto, Neide Maria de Almeida; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4701521A0; http://lattes.cnpq.br/7375176258588444; Civale, Leonardo; http://lattes.cnpq.br/6084393659907979
    Ao presenciar o crescimento das desigualdades sociais no espaço urbano brasileiro, a informalidade tem sido uma alternativa encontrada pelas famílias para manterem a sua reprodução física e social. A informalidade, inicialmente, caracterizada como atividades precárias; hoje se apresenta com novas tendências, visto que adquiriu diferentes finalidades na vida das famílias. Presente de forma significativa, nos pequenos e grandes centros urbanos, ela constrói, no seu cotidiano, relações sociais e espaciais que revelam a complexidade do seu universo. É nesta perspectiva, que a presente pesquisa teve como objetivo geral, compreender os territórios e territorialidades construídos pelas famílias inseridas no comércio informal de Viçosa (MG). Para tanto, a pesquisa caracterizou-se como um estudo de cunho quanti-qualitativo e de natureza descritivo-analítica, utilizando-se como métodos de coleta de dados, o Survey, a entrevista em profundidade e a história de vida. O estudo foi realizado na cidade de Viçosa (MG), sendo a amostra composta por 208 comerciantes. Para a coleta de dados foram combinadas diferentes técnicas: observação não-participante, análise de documentos e registros da Prefeitura Municipal, questionário e entrevistas semi-estruturadas, e notas de campo. A análise dos dados baseou-se em dois procedimentos: a utilização do software SPSS (Statistical Package for Social Scienses); e no agrupamento e análise das informações a partir de categorias analíticas retiradas do referencial teórico. Os resultados apontaram que o perfil dos comerciantes era diversificado, com destaque para a presença de homens (66,8%), casados (70,7%), naturais de Viçosa e microrregião (87,7%), com idade média de 44,6 anos, que possuíam baixa escolaridade, e ainda, que vendiam diferentes tipos de mercadorias. Além disso, os resultados evidenciaram que como reflexo da tendência nacional, o comércio informal de Viçosa (MG) assumiu diferentes finalidades na vida das famílias envolvidas, visto que 29,3% a viram como uma alternativa para sair do desemprego, 27,7% uma atividade para complementar a renda familiar; 23,2% a perceberam como uma boa perspectiva de trabalho; 6,6% como uma forma de entretenimento; 9,8% uma possibilidade de manter a tradição familiar; e 3,4% como a possibilidade de desenvolver um trabalho por conta própria. Além disso, mesmo atuando em locais específicos (Shopping Chequer e Feiras Livre e de Artesanato) e temporários (ocupação das ruas, calçadas e praças pelos ambulantes), os comerciantes informais teciam diferentes redes e significados nestes espaços demarcando outras espacialidades, os territórios da informalidade. Assim, foi possível verificar, a existência de três territórios, que se configuravam como o espelho das relações estabelecidas no cotidiano da atividade informal: o território precário, visto como única opção de trabalho, onde se destacava a ajuda dos membros familiares; o território em ascensão, identificado como uma opção de vida, onde se tinha redes sociais mais extensas, não limitadas aos membros familiares; e o território de resistência, tido como uma possibilidade do trabalho familiar, onde se destacava as relações simbólicas e representações sociais dos seus trabalhadores. Concluiu-se, portanto, que além de sua importância enquanto uma estratégia que permite a sobrevivência física do grupo, o comércio informal tornou-se, também, uma atividade que possibilita às famílias alcançarem outros objetivos de vida. E ainda, a família mostrou-se em qualquer um desses territórios, como a principal referência para a manutenção dessa atividade. Assim, na base destes territórios, estava a lógica de organização dos grupos familiares, marcada por uma identidade que estava diluída entre os espaços do trabalho e da casa.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Capital humano, oportunidades de trabalho e incentivos públicos: motivações e decisões da família quanto ao investimento em ensino superior
    (Universidade Federal de Viçosa, 2011-04-08) Rodrigues, Joelma Castro; Teixeira, Karla Maria Damiano; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790320H4; Noronha, José Ferreira de; http://lattes.cnpq.br/7377162407855190; Bartolomeu, Tereza Angélica; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4709252T1; http://lattes.cnpq.br/0011570695734284; Silva, Neuza Maria da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783876Z0; Deus, Maria Alba Pereira de; http://lattes.cnpq.br/9860141898522353
    A pesquisa apresentada nessa dissertação, constituiu-se de um estudo que tem como embasamento teórico a teoria do Capital Humano, segundo a qual, quanto mais alta a escolaridade de um indivíduo, mais altos são os seus rendimentos salariais. Porém, no Brasil, onde significativa parte da população é classificada como pobre, há menos ativos públicos destinados ao investimento em Capital Humano, fazendo com que as economias das famílias tornem-se a maior fonte de investimento em Educação, principalmente quando se analisa a questão do ensino superior. Assim, buscou-se analisar a questão do investimento na educação superior, considerando a atual situação da educação de jovens no Brasil, partindo-se de dados que apontaram para, quanto mais atraentes as alternativas de trabalho para os indivíduos em idade de estudar, menos atrativos são os estudos e menor é o investimento em educação. A pesquisa foi realizada no município de Córrego Fundo-MG, que tem sua economia baseada em atividades de extração e beneficiamento do minério cal. O processo decisório das famílias do referido município foi analisado no que concerne ao investimento em capital humano, considerando as políticas públicas locais de incentivo ao investimento em ensino superior. Trata-se de uma pesquisa de caráter exploratório-descritivo, quanti-qualitativo, de cunho longitudinal, que partiu da análise de documentos fornecidos pela Secretaria Municipal de Educação de Córrego Fundo e pela Secretaria Acadêmica do Centro Universitário de Formiga UNIFOR/MG, relativos aos anos de 1995 a 2009. Além da análise documental, foram aplicados questionários, tendo sido os mesmos aplicados a jovens que se matricularam e a jovens que não se matricularam na educação superior no período de tempo delimitado para o estudo. Com este instrumento buscou-se analisar o contexto sócio-cultural e econômico em que estavam inseridos os participantes, bem como a situação acadêmica daqueles que se matricularam no ensino superior. A amostra foi selecionada com base no número de novas matrículas a cada ano, para os jovens que cursaram ensino superior. Para os jovens não matriculados, a amostra foi calculada em número compatível com o de matrículas, visto que foi feita uma análise comparativa. Buscou-se analisar o processo decisório das famílias do município, em dois períodos distintos: antes e depois da existência do incentivo financeiro oferecido pela prefeitura municipal para os matriculados no ensino superior. Os resultados apontaram a existência de dois tipos de auxílio em forma de bolsas de estudo subsidiados, um pelo município Lei Municipal 479/2010 e outro pela instituição de ensino o projeto Amigos do Bairro. Constatou-se que, a partir da oferta dos benefícios, houve um aumento de 700% no número de jovens de Córrego Fundo matriculados no ensino superior. Contatou-se, ainda, que a maioria dos jovens que se matricularam no ensino superior não teriam condições de fazê-lo sem a existência dos auxílios, devido a restrições de renda na família. Verificou-se também que mais de 80% dos jovens participantes da pesquisa conciliaram trabalho e estudo durante o ensino superior, afirmando que o trabalho era necessário, não havendo condições de dedicação exclusiva aos estudos. Constatou-se ainda que entre os jovens que cursaram ensino superior havia mais pessoas empregadas e com situação empregatícia legalizada. Constatou-se que as atividades que caracterizam o município, quais sejam estas de extração e beneficiamento da cal, absorvem em maior proporção, os jovens que não cursaram ensino superior e que, entre estes jovens, a maioria não prosseguiu nos estudos por falta de condições financeiras.Constatou-se, por fim, que os jovens participantes da pesquisa, em sua maioria, consideravam o ensino superior como uma possibilidade de ascender cultural e socialmente e, mesmo entre os jovens que não se matricularam no ensino superior, a maioria valorizava os estudos e consideravam que maiores níveis de escolaridade poderiam ter lhes proporcionado melhor qualidade de vida.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Casamento na roça: uma análise no município de Porto Firme, Zona da Mata de Minas Gerais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2010-10-26) Rosado, Katia Milagres; Fiúza, Ana Louise de Carvalho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796571E6; Pinto, Neide Maria de Almeida; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4701521A0; Ludwig, Márcia Pinheiro; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790500T3; http://lattes.cnpq.br/7327428261635732; Bifano, Amélia Carla Sobrinho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4709059E2; Farias, Rita de Cássia Pereira; http://lattes.cnpq.br/2022876282345858
    Este trabalho procurou analisar o significado do casamento para famílias proprietárias de terra do município de Porto Firme a partir das suas vivências, observações e histórias. Para fundamentar a análise tomamos por base diferentes estudos sobre ruralidades, famílias e casamento rural. A pesquisa foi orientada pela perspectiva da metodologia qualitativa e quantitativa a partir da utilização de dados secundários, questionários, entrevistas, observação direta com registro em caderno de campo e registro fotográfico. O trabalho foi desenvolvido com uma amostra constituída por trinta famílias e 147 registros de casamentos civis. A análise foi feita pelo cruzamento e comparação dos dados e interpretação qualitativa e quantitativo dos mesmos. Os resultados do estudo foram apresentados por meio de quatro artigos, a saber: Artigo 01 - Famílias e casamentos em processo de mudanças: Do urbano ao rural; Artigo 02 - Os atores sociais no contexto de um rural em mudanças; Artigo 03 – Família e significado do casamento na roça; Artigo 04 - Casamento na roça: Uma etnografia. No primeiro artigo procuramos mostrar que mudanças sociais implicaram em uma reestruturação das famílias, tanto no que se refere à organização interna como também no número de membros que a compõem. Tais mudanças resultaram em modificações nos papéis conjugais e na forma de produção e reprodução familiar. No segundo artigo buscamos evidenciar que as famílias continuam desempenhando um papel fundamental no cotidiano daqueles que vivem no rural e que essa se encontra em um continuo processo de mudança na sua forma tradicional, sobretudo no que diz respeito ao modo de produção e reprodução familiar. No terceiro artigo apresentamos os significados atribuídos ao casamento: Casamento-poder; casamento-religiosidade; casamento-necessidade. No quarto artigo apresentamos a etnografia desenvolvida a partir do acompanhamento do ritual do casamento antes, durante e depois. Procuramos apresentar o ritual que é valorizado e presente no imaginário coletivo, onde há uma valorização dos valores e ritos locais e um desejo intergeracional de reprodução dos mesmos. Mesmo com modificações, a incorporação de novos elementos ao rito não despreza as tradições que dão sentido a sua prática. Desenvolver um estudo com famílias proprietárias de terra nos possibilitou apreender o rural, como espaço privilegiado em processo de mudanças, as quais refletem na produção e reprodução de um grupo social específico, sendo o casamento mais uma prática em transformação que é ressignificada.