Ciências Humanas, Letras e Artes
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Item Uma análise sistêmica dos efeitos de políticas de estabilização sobre a dinâmica da economia brasileira: 1970-2010(Universidade Federal de Viçosa, 2010-07-08) Pacheco, Rodrigo Monteiro; Carvalho, Luciano Dias de; http://lattes.cnpq.br/0061368522702958; Caetano, Sidney Martins; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4706384A9; Bueno, Newton Paulo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788572J6; http://lattes.cnpq.br/7637718381404016; Fernandes, Elaine Aparecida; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762376Z1; Lírio, Viviani Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763739E6Buscando contribuir com a discussão a respeito do tipo de impacto que os gastos governamentais exercem sobre a atividade econômica, este trabalho discute se políticas econômicas de estabilização (intervenções do governo) têm ou não um efeito significativo em impedir que a economia brasileira desvie-se de trajetórias sustentáveis de crescimento nos próximos anos. Dentro desta perspectiva, o objetivo geral é construir um modelo macroeconômico de simulação que englobe os principais componentes da política econômica atual para determinação do Produto Interno Bruto brasileiro e que sirva de instrumento de análise da relação entre os componentes da demanda agregada e o comportamento dos níveis de produto e emprego da economia brasileira no período 2000-2010. A metodologia empregada para realizar a modelagem é a dinâmica de sistemas. Escolhida por permitir a construção de um modelo híbrido integrando as formas de oferta e demanda agregada em um mesmo framework analítico, por meio de ciclos de retroalimentação. E que, além disso, contribui ao fornecer uma maneira simplificada e dinâmica de simular os efeitos de vários cenários diferentes de política econômica baseados na mudança de parâmetros, das condições iniciais impostas e de choques adversos. Os resultados mostram que o modelo proposto responde de forma condizente com as séries reais de PIB e taxa de juros, respeitando os pressupostos teóricos. O hiato obtido a partir das tendências encontradas pós-simulação de PIB modelado (calculado a partir de instrumentos característicos de demanda) e PIB potencial (obtido por meio da versão sistêmica do modelo Solow-Swan) apresenta comportamento significativo a partir da checagem dos acontecimentos históricos reais observados durante o período em estudo. Em suma, verificou-se que políticas econômicas de estabilização atuando sobre o comportamento do produto e, conseqüentemente sobre a inflação, têm efeitos significativos em impedir que a economia brasileira se desvie de trajetórias sustentáveis de crescimento no longo prazo.Item Capital social e disparidade de renda nos municípios do Vale do Rio Doce em Minas Gerais: uma aplicação da nova economia institucional(Universidade Federal de Viçosa, 2010-03-29) Andrade, Gustavo Viny de; Caetano, Sidney Martins; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4706384A9; Gomes, Adriano Provezano; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666H9; Bueno, Newton Paulo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788572J6; http://lattes.cnpq.br/3703122261218329; Muniz, José Norberto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783559D8; Cirino, Jader Fernandes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4757681Z9O interesse dos pesquisadores com os motivos das elevadas desigualdades de renda regionais entre os municípios brasileiros tem gerado inúmeros trabalho científicos, contudo, a maioria desses estudos não tem levado em conta a importância da organização institucional ou social dos municípios. O presente trabalho visa exatamente verificar se o capital social, juntamente com as questões envolvendo ação coletiva abordadas pela teoria da nova economia institucional, são relevantes para explicar tais disparidades. O capital social é composto por um conjunto de características relacionadas a organização social tais como: laços de confiança, normas, sistemas, redes de interação, cadeias de relações sociais, associações, cooperativas, entidades filantrópicas, dentre outras. Esse conjunto de características facilita as transações econômicas através da redução dos custos de transação e os indivíduos que estão organizados coletivamente, conseguem obter bens e recursos que só conseguiriam adquirir mediante esses custos mais elevados. Observou-se nos municípios estudados, que o estoque de capital social tem contribuído para utilização racional e sustentável dos recursos naturais que servem de insumos básicos para produção agrícola, como por exemplo a água. Apesar de facilitar as interações humanas existe alguns problemas de ação coletiva relacionado principalmente com a utilização de recursos comuns, que mesmo com elevados níveis de capital social não são superados sem a imposição de restrições ou incentivos ao comportamento individual. Nos cento e dois municípios que compõe a mesorregião do Vale do Rio Doce em Minas Gerais, foi verificado que o nível de capital social, capital humano e infraestrutura de saúde, são relevantes para determinação da renda per capita dos municípios. A heterogeneidade social que poderia minar as bases de interrelações sociais ainda não são suficientes para impedir a disposição dos indivíduos cooperarem. Certamente, as manifestações cooperativas e de confiança provenientes do capital social, estão sendo importantes para aumentar a reputação que os indivíduos possuem em adotar atitudes cooperativas. Dessa forma os indivíduos são capazes de desenvolver instituições eficientes que ajudam a preservar ao longo do tempo as fontes de recursos naturais. É importante destacar que as restrições que o governo tem adotado em relação ao comportamento dos indivíduos, principalmente relacionado a degradação ambiental, estão sendo também relevantes para salvaguardar o nível de renda da população.Item Os cisnes cinzentos do desemprego no Brasil: a previsão a partir de padrões regulares(Universidade Federal de Viçosa, 2013-02-22) Bohn, Liana; Carvalho, Luciano Dias de; http://lattes.cnpq.br/0061368522702958; Silva, Evaldo Henrique da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785521A7; Bueno, Newton Paulo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788572J6; http://lattes.cnpq.br/3625641544852126; Protil, Roberto Max; http://lattes.cnpq.br/2752435119365984A atual estrutura econômica é altamente vulnerável às crises decorrentes de eventos extremos, vulnerabilidade esta que se dá pela pobre compreensão de sistemas complexos, especialmente nos países subdesenvolvidos. A capacidade de predizer o curso dos eventos em sistemas sociais é inerentemente limitada, mas existe uma nova e promissora abordagem para prever e entender os sistemas complexos que tem emergido através da integração de estudos em ciências sociais e da previsão matemática. Esta nova abordagem, ao ser proposta no presente trabalho, visa elaborar uma heurística, a partir do reconhecimento de padrões regulares nos indicadores macroeconômicos, para detectar períodos de grande aumento das taxas de desemprego no Brasil. Para tanto, utilizam-se três linhas metodológicas. A primeira tem por objetivo avaliar a série de desemprego brasileira (de 1985 a 2012), de modo a reconhecer nela padrões regulares, o que é feito a partir das regressões splines; a segunda busca identificar, na própria variável, indícios de uma mudança na tendência de longo prazo do desemprego, utilizando-se da análise de autocorrelação e da análise fractal; e, por fim, para determinar quais variáveis macroeconômicas apresentam com antecedência um comovimento com a série do desemprego, faz-se uso da análise discriminante. Os resultados encontrados revelam uma robusteza na capacidade preditiva do modelo sugerido. Nos 27 anos analisados, houve seis pontos críticos que conduziram a um aumento acelerado nos níveis de desemprego do país. Antes deles, é possível observar um aumento do expoente de Hurst, o que indica que as observações estão mais relacionadas e transmitindo um desempenho já ocorrido no passado, ou seja, as mudanças no comportamento de longo prazo do desemprego não são meramente aleatórias. Este mesmo resultado não é tão perceptível a partir do exame da autocorrelação da série que, apesar de ser essencialmente alta, não se amplia quando da proximidade de uma mudança de estado no desemprego. Para fins de previsão, das 10 variáveis analisadas, cinco delas obtiveram correlações significativas com o desemprego e destas, três foram escolhidas para discriminar os casos onde há, ou não, uma ampliação em seus níveis. Nessa conjuntura inclui-se o aparecimento de pontos mínimos nas tendências de longo prazo das séries dos termos de troca e da importação, em consonância com variações negativas e consideráveis (a partir de 10 dólares PPC) na série dos resíduos do salário mínimo em PPC, que consiste nas variações da série observada em relação à tendência de longo prazo. Deste modo, melhorias nas relações de troca, aumento das importações e queda dos salários mínimos reais em PPC precedem períodos de aceleração do desemprego, conjuntamente sinalizando a eminência de uma piora de longo prazo no mercado de trabalho.Item Difusão de inovações em redes de influência social(Universidade Federal de Viçosa, 2014-02-20) Araújo Júnior, Inácio Fernandes de; Vieira, Fabrício de Assis Campos; http://lattes.cnpq.br/3303467687565454; Carvalho, Luciano Dias de; http://lattes.cnpq.br/0061368522702958; Bueno, Newton Paulo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788572J6; http://lattes.cnpq.br/9811955933040382; Protil, Roberto Max; http://lattes.cnpq.br/2752435119365984Nos últimos anos a teoria sobre difusão de inovações tem sido aperfeiçoada pela incorporação das técnicas e ferramentas geradas pela análise de redes sociais (social network analysis). Os modelos desenvolvidos neste campo consideram que os indivíduos tendem a ser afetados pelas opiniões e comportamentos de outros indivíduos que pertencem a sua rede de influência ou que ocupem uma posição de destaque no sistema social. Deste modo, este trabalho se propõe a resumir o estado atual do conhecimento sobre o assunto, com o objetivo de analisar como as características das redes de inter-relações sociais afetam o processo de difusão de inovações. Para simular a formulação de políticas capazes de acelerar a difusão de novas tecnologias e/ou comportamentos considerados desejáveis em diferentes redes sociais foi utilizada a técnica de modelagem baseada em agentes. Os resultados gerais indicam que a difusão está positivamente associada à presença de indivíduos de destaque no network, entretanto, a influência dos líderes de opinião para desencadear o processo de difusão é importante em sistemas centralizados e dissortativos. E quanto mais conectado o network, menor a massa crítica requerida para desencadear o processo de difusão. Os mecanismos de análise desenvolvidos neste trabalho também podem ter aplicações fora do âmbito da difusão de inovações. Um possível campo de aplicação seria finanças e políticas sociais e de saúde pública.Item Emergência de cooperação em sistemas sócio-ecológicos: um modelo baseado em agentes(Universidade Federal de Viçosa, 2011-03-14) Vieira, Ednando Batista; Fernandes, Elaine Aparecida; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762376Z1; Gomes, Adriano Provezano; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666H9; Bueno, Newton Paulo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788572J6; http://lattes.cnpq.br/2476672563010081; Muniz, José Norberto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783559D8; Cirino, Jader Fernandes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4757681Z9No campo da Nova Economia Institucional (NEI), os estudos de como os indivíduos se organizam para criar mecanismos capazes de proporcionar a cooperação em pequenos grupos vem ganhando grande atenção recentemente. Nesse sentido, algumas variáveis como heterogeneidade e tamanho do grupo são tidas como importantes para a cooperação, contudo existe uma indefinição dos efeitos que estas causam, e se elas são fortes o suficiente para levar uma comunidade ao colapso. Para buscar responder essa questão, este trabalho cria um modelo baseado em agentes, com o intuito de testar quais os efeitos que essas duas variáveis (tamanho e heterogeneidade) têm sobre a cooperação em assentamentos rurais, e comparar os resultados modelados com os resultados reais de uma pesquisa de campo realizada em 2005 nas comunidades Primeiro de Julho e Cachoeirinha, localizadas na região do Vale do Rio Doce, no norte do Estado de Minas Gerais. O modelo baseado em agentes indica que aumentos no tamanho do grupo levam ao aumento da não cooperação, como indicado pela Teoria da Ação Coletiva, mas não é suficiente para levar a extinção do grupo; já a heterogeneidade leva tanto a queda dos níveis de cooperação quanto à extinção da comunidade, uma vez que quanto mais diferentes e divergentes forem os interesses das pessoas, mais difícil será para eles se organizarem a fim de criarem instituições capazes de proporcionar o desenvolvimento dessa comunidade.Item Encadeamentos em rede na economia: um estudo aplicado sobre a estrutura econômica brasileira(Universidade Federal de Viçosa, 2014-05-16) Abreu, Mariana Piaia; Carvalho, Luciano Dias de; http://lattes.cnpq.br/0061368522702958; Vieira, Fabrício de Assis Campos; http://lattes.cnpq.br/3303467687565454; Bueno, Newton Paulo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788572J6; http://lattes.cnpq.br/7045634143016233; Del-vecchio, Renata Raposo; http://lattes.cnpq.br/1321582809712928Nesta pesquisa questiona-se como a estrutura brasileira, enfatizando os encadeamentos setoriais, responde aos diversos processos de difusão, como a propagação de choques de demanda, espalhamento da inflação e difusão tecnológica. O sistema social estudado são os setores da economia brasileira, os canais de comunicação são as relações que estes setores têm uns com os outros, ou seja, o quanto um setor contribui para a produção de outros setores, e a inovação é tida como um choque, sendo o choque um efeito de uma variação exógena nos setores na economia brasileira, podendo ser um choque de demanda, um processo inflacionário ou uma nova tecnologia. Compreende-se que os processos de difusão dão-se segundo uma rede de contatos, que depende de como se compõe as interações dos setores da economia. Conforme os setores se relacionam, um choque pode se difundir com formas e velocidades diferentes. Cascatas de informação que ocorrem nas redes se dão via contágio social, dependendo da topologia da rede, podem se espalhar e atingir um grande número de setores. Os métodos recentes desenvolvidos pela abordagem de redes permitem iniciar uma tentativa de resposta a questões cruciais sobre a estrutura econômica. Argumenta-se que esse procedimento complementa as análises de insumo-produto tradicionais em dois sentidos: (i) inferir como características específicas das redes subjacentes influenciam a dinâmica dos processos de difusão; (ii) analisar os distintos efeitos de encadeamento em rede e identificar como os diferentes processos de difusão se dão na economia brasileira. A hipótese é que há determinados setores-chave dependendo do processo de difusão que se queira analisar, o que foi verificado. Notou-se a diferença dos setores-chave nos três processos de difusão, tanto para a análise convencional da matriz insumo-produto, como para a análise padrão de setores- chave de rede. Este resultado justifica a análise e sugere que esta metodologia é um bom ponto de partida para os estudos dos processos de difusão em economias.Item Previsão de recessões brasileiras com indicadores antecedentes: uma abordagem heurística(Universidade Federal de Viçosa, 2013-07-10) Maia Filho, Antonio Carlos Fernandes; Carvalho, Luciano Dias de; http://lattes.cnpq.br/0061368522702958; Silva, Evaldo Henrique da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785521A7; Bueno, Newton Paulo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788572J6; http://lattes.cnpq.br/5566331409936321; Teixeira, Erly Cardoso; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787961Y8Neste trabalho foi empregado um método alternativo para determinar os momentos de recessão da economia brasileira, utilizando um filtro polinomial na série de produção industrial. Foram realizadas previsões para estes momentos de recessão a partir de uma análise discriminante, com a variável dependente indicada dicotomicamente representando as recessões e as variáveis explicativas em forma de taxas de crescimento, defasadas em pelo menos seis meses, chamadas de indicadores antecedentes. Estes indicadores foram escolhidos a partir da literatura já existente. O arcabouço teórico que a pesquisa está inserida tratou a recessão como sendo um evento extremo que, por sua vez, defende o uso de métodos alternativos de previsão, uma vez que as técnicas econométricas tradicionais incorrem no erro de prever séries de tempo que não são independentes e identicamente distribuídas, como a maior parte das séries econômicas. Os resultados da pesquisa indicaram ser possível prever com certa confiabilidade, com uma média de seis meses de antecedência, os momentos recessivos da economia brasileira. O poder da previsão foi testado para dados não-amostrais que abrangeram as duas últimas recessões brasileiras, de 2008 e 2011, as quais foram bem antecipadas pelo modelo de previsão heurístico aqui construído.