Ciências Biológicas e da Saúde

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    Comportamento alimentar de mães com vivência em perda de filho(a)
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-02-22) Campos, Maria Teresa Fialho de Sousa; Araújo, Raquel Maria Amaral; http://lattes.cnpq.br/2680484261707665
    A morte de um(a) filho(a) provoca reações afetivo-emocionais de longa duração que têm implicações no comportamento alimentar e no estado de nutrição dos pais. Com a supressão do convívio com o(a) filho(a) falecido(a), muito há por compreender em atitudes alimentares manifestadas no luto. O presente trabalho teve como objetivo investigar o comportamento alimentar de mães com vivência em perda de filho(a). Trata-se de um estudo transversal, com amostra por conveniência, realizado com mães frequentadoras de Organizações não- governamentais de apoio ao luto do Estado de Minas Gerais. Para atender a abordagem qualitativa e quantitativa deste estudo, foi desenvolvido um protocolo de condutas como um instrumento de acesso específico para conduzir inquéritos alimentares com enlutados. Para análise compreensiva das múltiplas dimensões que o fenômeno do luto materno envolve, a abordagem qualitativa foi ancorada na entrevista alimentar não-diretiva, adotando-se a perspectiva teórico-metodológica da fenomenologia existencial Heideggeriana. Para a abordagem quantitativa foi aplicado um questionário contemplando variáveis antropométricas, clínicas, socioeconômicas, causa do óbito, dor da perda, e caracterização do enlutamento. A ingestão foi documentada por meio de Questionário de Frequência Alimentar – QFA e para identificar tendências alimentares no luto materno, procedeu-se a análise de marcadores do consumo alimentar. Solicitou-se o registro das sensações hedônicas (fome, apetite, saciação, saciedade e refeição apetitosa) em datas críticas de tributo ao(a) filho(a) falecido(a) – de nascimento ou falecimento. O protocolo de condutas desenvolvido foi uma ferramenta que atendeu de forma satisfatória à necessidade de obtenção de informações de qualidade e de minimizar reações emocionais por parte da mãe. Participaram deste estudo 33 mães com idade entre 40 a 61 anos, com predominância de dois anos ou mais de vivência em perda de filho. Por meio da pesquisa foi possível delinear as práticas alimentares de mães com vivência em perda de filho(a) em seu contexto existencial e na sua relação com o alimento. A influência que o luto exerceu na relação de mães com a alimentação foi evidenciada de diversas maneiras, seja na ausência de fome, na alteração do peso e na falta do(a) filho(a) nas refeições, representando os desafios da mãe perante uma “mesa que encolheu” e exigindo das mesmas novas significações frente à alimentação. A condição existencial da mãe em ser-com os demais filhos possibilitou reações mais contundentes de enfrentamento ao luto no contexto da dimensão existencial do espaço do culinário. Os resultados da análise quantitativa também evidenciaram que a condição de ter mais filhos impôs às mães reações proativas frente aos alimentos, mesmo diante do luto recente. Verificou-se que a intensidade da dor da perda se correlacionou, de forma significativa, com ausência da fome, saciação rápida e saciedade prolongada; enquanto, o tempo maior de óbito do(a) filho(a) teve correlação com as escalas de sensação de fome e de menor saciação e saciedade. Os marcadores do consumo alimentar indicaram que o hábito alimentar da mãe tende a se restabelecer com o tempo. Ao se estudar a relação das mães com o alimento diante do luto materno, o seu modo de ser presente revelou que esta relação estava permeada por conflitos que implicaram em alterações nas práticas alimentares, levando a riscos nutricionais. O trauma decorrido da morte de um filho exerce fortes influências no sistema de regulação da fome e da saciedade, resultando, de início, na ausência da fome, na saciação rápida e na saciedade prolongada; e posteriormente, na busca por alimentos de resíduos adocicados e na persistência de determinadas restrições alimentares. Essas reações resultam em desgastes físicos com implicações no estado nutricional.
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    Relação do excesso de peso em crianças com os parâmetros nutricionais e ambiente escolar: uma análise multinível do Programa Saúde na Escola em Palmas – TO, Brasil
    (Universidade Federal de Viçosa, 2020-05-11) Moreira, Renata Andrade de Medeiros; Cotta, Rosângela Minardi Mitre; http://lattes.cnpq.br/5453434127959577
    Objetivo: Avaliar a relação do sobrepeso/obesidade com os parâmetros nutricionais e do ambiente escolar, em crianças participantes do Programa Saúde na Escola, das escolas municipais de Palmas, Tocantins. Métodos: Estudo transversal realizado com amostra representativa das escolas públicas municipais de Palmas-TO (n=25) e de crianças de 2º e 4º ano matriculadas na rede municipal de ensino (n=1036). Coletou-se dados das crianças quanto ao consumo alimentar, atividades não sedentárias e sedentárias, deslocamento para a escola. Aferiu-se medidas antropométricas (peso, estatura e perímetro da cintura - PC), calculou-se o Índice de Massa Corporal para idade (estado nutricional: magreza/eutrofia e sobrepeso/obesidade) e a razão cintura estatura (risco cardiovascular - RCV: SRCV= sem RCV; CRCV= com RCV). Realizou-se o teste de aptidão cardiorrespiratória de caminhada de 6 minutos em 30 metros (T6M) e calculou-se o índice T6M/t (T6M dividido pela estatura). Coletou-se os dados do ambiente escolar quanto ao tipo de escola; número de alunos matriculados; aulas de atividade física; alimentação escolar; venda de alimentos no entorno escolar; horta escolar; e realização de ações de promoção da saúde, prevenção da obesidade infantil e avaliação do estado nutricional por profissionais da escola e da atenção primária à saúde. Para as análises estatísticas adotou-se nível de significância de α<0,05. Realizou-se análise descritiva, testes de normalidade, t-Student, Mann-Whitney, ANOVA, Qui-quadrado e Exato de Fischer. Comparou-se a capacidade respiratória do T6M com o T6M/t por correlação de Pearson e teste t-pareado. A força de associação entre as variáveis dependentes (dicotômicas: estado nutricional, RCV e linear: T6M/t) com as explicativas foram avaliadas utilizando regressão logística multinível (estado nutricional e RCV) e linear (T6M/t). Verificou-se os ajustes dos modelos pelo critério de informação Akaike (AIC) e teste de razão de verossimilhança. Para as variáveis dicotômicas realizou-se abordagem de heterogeneidade individual da análise dos efeitos contextuais específicos (oddsratio e intervalo de confiança de 95% - IC95%) e dos mecanismos mediadores dos efeitos contextuais gerais (Coeficiente de Correlação Intraclasse, odds ratio mediano e da área sob a curva característica de operação do receptor). Para a variável linear utilizou-se o coeficiente de regressão intraclasse e IC95%. Resultados: A mediana de idade foi de 8 anos, sendo 54,9% do sexo feminino, 27,8% com sobrepeso/obesidade, 10,8% CRCV. A média da T6M foi de 459,84±67,53m e do T6M/t de 343,28±51,29, que tiveram correlação positiva e diferença entre as médias. Na regressão logística multivariada a variância do sobrepeso/obesidade entre as escolas explicou 23,7% da variação, com mais chance de desenvolver sobrepeso/obesidade quando a criança realizava >2 atividades sedentárias/dia, a localização da escola, e venda de doces no entorno escolar, e menos chance quando a criança realizava >5 refeições/dia e praticava dança na escola. A variância do RCV entre as escolas explicou 85% da variação, com mais chance de apresentar RCV quando a criança realizava >2 atividades sedentárias/dia e menos chance de acordo com o T6M/t, consumo de porções de frutas, e de leite e derivados, e nos que estudavam em tempo integral. Na regressão linear multivariada a variância de T6M/t entre as escolas reduziu entre os modelos, sendo associado negativamente com PC, e positivamente com horta escolar. Conclusões: Verificou-se que a escola explica a variância do desenvolvimento do excesso de peso, RCV e aptidão cardiorrespiratória das crianças em mais de 50%. Portanto, deve-se avaliar o tempo de permanência das crianças na escola por propiciarem melhor infraestrutura, mais atividade física e 3 refeições/dia, além de coibir a venda de alimentos ultraprocessados no entorno escolar, fatores esses que evidenciaram estar relacionada com o desenvolvimento do excesso de peso, RCV e melhora do índice T6M/t. As variáveis individuais e contextuais propiciaram o desenvolvimento de sobrepeso/obesidade e RCV das crianças, além de influenciar na aptidão cardiorrespiratória. Portanto, verificou-se a necessidade de que o aumento da prática de atividade física e promoção da alimentação saudável sejam desenvolvidos em políticas e programas de saúde intersetoriais e incluídos no currículo escolar para o enfrentamento da obesidade infantil. Palavras-Chave: Obesidade infantil. Risco cardiovascular. Capacidade funcional. Ambiente escolar. Estado nutricional. Consumo alimentar. Atividade física. Educação alimentar e nutricional. Atenção primária á saúde. Escolas.
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    Effect of coconut, olive, and soybean oil on endotoxemia, inflammation, body composition, and metabolic status related to obesity
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-11-18) Cândido, Flávia Galvão; Alfenas, Rita de Cássia Gonçalves; http://lattes.cnpq.br/4474011149115219
    Objectives: To evaluate the effects of different fat types on lipopolysaccharides (LPS) translocation, systemic low-grade inflammation, body composition, and metabolic status in woman with excess body fat. Materials and methods. Original article 1: This is a randomized parallel arm study in which 78 excess body fat woman (aged 20 to 41y, mean ± standard error of 47.23 ± 0.48% of total body fat) were allocated to receive a drink containing 25mL of one of the three tested oils: coconut oil (CO, n = 23), extra-virgin olive oil (EVOO, n = 31), or soybean oil (SO, n = 24). Participants reported to the laboratory in a fasting state (12h). Blood samples were taken at baseline and 2 and 4h after starting one of the drinks. Triglycerides, LPS, and the citokines IL-8, IL-1β, IL-6, IL-10, TNF-α, and IL-12p70 concentrations were assessed. Original article 2: This is a randomized, double-blind, placebo-controlled clinical trial in which 41 excess body fat woman (aged 19 to 40y, 46.8 ± 0.6% of total body fat) consumed breakfasts containing 25mL of SO (control group, n = 20) or EVOO (n = 21) daily in the laboratory during nine consecutive weeks. Energy-restricted diets (-2090kJ, ~32%E) were prescribed. Anthropometric, body composition, blood pressure, and biochemical assessments were conducted in fasting state in the first and last day of experiment. Results. Original article 1: LPS concentrations were not affected by intervention. SO increased more triglicerydes and IL-8 than EVOO. CO was the only group that presented increase in IL-1β/IL-10 ratio. Changes in LPS were positively associated with pro-inflammatory profile only in CO. Original article 2: EVOO reduced diastolic blood pressure and increased total body fat loss in ~80% when compared to control group. There were a decrease in HDL-c and an increase in IL-10 in control group, while EVOO increased serum creatinine and reduced alkaline phosphatase (P between-groups > 0.050). Conclusions: The consumption of reasonable doses of distinct dietary fats influences postprandial systemic inflammation without changing plasma LPS concentrations. Detrimental changes were observed after consumption of SO and CO and correlation analyses suggested a synergic mechanism between CO and LPS-induced inflammation. Since EVOO contributed to improve fat loss and blood pressure, EVOO consumption should be stimulated in weight-loss programs.
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    Biomarcadores relacionados ao excesso de peso e saúde óssea
    (Universidade Federal de Viçosa, 2017-08-04) Silva, Laís Emilia; Alfenas, Rita de Cássia Gonçalves; http://lattes.cnpq.br/5165053059153242
    Acredita-se que o aumento do peso corporal favoreça o aumento da densidade mineral óssea (DMO). Entretanto, os efeitos do excesso de gordura corporal sobre a saúde óssea ainda não estão bem estabelecidos. Acredita-se que a obesidade se associe à manifestação de doenças como a osteoporose, pois adipócitos e osteoblastos originam- se da mesma célula progenitora na medula óssea, denominada célula-tronco mesenquimal. O objetivo da presente dissertação foi investigar a relação entre o excesso de peso corporal e a saúde óssea em adultos saudáveis com excesso de peso. Para isso, uma revisão sistemática e um estudo original foram desenvolvidos. Os resultados dos estudos incluídos na revisão sistemática indicaram que tanto a massa magra quanto a gordura corporal parecem atuar como fatores de proteção da massa óssea em homens e mulheres. Entretanto, a gordura depositada na região visceral parece ser um fator de risco nessa relação em adultos saudáveis. No estudo original, foi evidenciado que a gordura corporal total ou compartimentalizada exerceu efeito protetor sobre a DMO do colo femoral e do fêmur total em adultos com excesso de peso corporal. Porém, o efeito protetor da gordura androide sobre a DMO do colo do fêmur somente foi observado na ausência da influência da resistência insulínica (RI). Análises adicionais demonstraram que indivíduos com excesso de gordura androide possuíam maior RI e o aumento da RI esteve associado à menor DMO do colo femoral. Assim, as evidências científicas apontam que o excesso de peso corporal atua como fator de proteção para a saúde óssea de adultos saudáveis com excesso de peso. A RI e outras alterações metabólicas associadas à obesidade devem ser objeto de estudo de pesquisas futuras, visando a compreensão da relação entre excesso de gordura corporal e massa óssea, bem como dos possíveis mecanismos envolvidos.
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    Caracterização química, atividade antioxidante e antimicrobiana do óleo de coco e do azeite de oliva: potencial de uso no controle da obesidade
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-07-29) Coelho, Olívia Gonçalves Leão; Alfenas, Rita de Cássia Gonçalves
    Introdução: A obesidade é um problema de saúde mundial, que se agrava ao longo dos anos e que está diretamente relacionado às complicações de diversas morbidades como diabetes mellitus, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares e câncer. A manifestação da obesidade se associa a um quadro inflamatório subclínico, ao estresse oxidativo e alterações indesejáveis na composição da microbiota intestinal. O óleo de coco virgem e o azeite de oliva extra virgem são óleos vegetais que apresentam composição nutricional distinta e cujo consumo tem sido associado a benefícios relacionados ao controle da obesidade e à promoção da saúde. Sugere-se que tais efeitos estejam relacionados à atividade antioxidante e antimicrobiana, resultando em alterações benéficas à microbiota intestinal. Entretanto, são escassos os estudos em que se avaliou o efeito destes óleos contra bactérias que compõe a microbiota intestinal. Objetivos: Caracterizar quimicamente e avaliar a atividade antioxidante, o teor de compostos bioativos e a capacidade antimicrobiana in vitro, contra bactérias intestinais relacionadas ao excesso de peso, do óleo de coco virgem e do azeite de oliva extra virgem. Metodologia: Três marcas comerciais de azeite de oliva extra virgem e óleo de coco virgem foram testadas. A atividade antioxidante foi avaliada por meio do teste de DPPH. Investigamos a ocorrência e concentração dos oito isômeros de vitamina E (α, β, γ, δ tocoferois e tocotrienois); carotenoides (α-caroteno, β-caroteno e β-criptoxantina, luteína e zeaxantina); flavonoides (3-deoxiantocianidinas, flavonas e flavanona) e compostos fenólicos totais. Essas análises foram realizadas por cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC), exceto os compostos fenólicos totais e atividade antioxidante, que foram analisados por meio de espectrofotometria. Para avaliação da atividade antimicrobiana foi selecionada a marca de cada óleo que apresentou melhor perfil de compostos bioativos. Os óleos foram previamente digeridos in vitro pela ação da lipase pancreática. Os microrganismos testados foram B. fragilis, B. ovatus, C. perfringens, E. faecalis, E. coli, L. paracasei, P. intermedia e S. aureus. Foram determinadas a concentração inibitória mínima (CIM) dos óleos selecionados, a velocidade específica de crescimento das bactérias testadas e a densidade óptica final de 24 horas. Resultados: O azeite de oliva possui os isômeros α, β e γ-tocoferol, enquanto o óleo de coco α, β, γ e δ-tocotrienol. O azeite de oliva possui maior teor de vitamina E total que o óleo de coco. Dentre as marcas de óleo de coco, a marca 1 apresentou maior concentração de xivitamina E total e dos isômeros identificados. O único carotenóide identificado foi a luteína, apenas nas amostras de azeite de oliva, sendo a marca 1 a que apresentou maior concentração. Não detectamos a ocorrência de flavonoides em nenhum tipo de óleo. As marcas de óleo de coco apresentaram conteúdo inferior de compostos fenólicos em relação ao azeite de oliva. As marcas de azeite de oliva apresentaram percentual de inibição do radical DPPH dez vezes maior que as do óleo de coco. O azeite de oliva não apresentou atividade antimicrobiana contra nenhuma das bactérias testadas. O óleo de coco inibiu o crescimento de sete das oito bactérias avaliadas. As bactérias anaeróbias foram mais sensíveis à ação do óleo digerido, apresentando valores de CIM menores que as aeróbias. Conclusões: As diferentes marcas de um mesmo tipo de óleo diferiram quanto à composição dos compostos antioxidantes. A marca 1 do azeite de oliva e a marca 1 do óleo de coco se destacaram em relação aos compostos analisados. O azeite de oliva extra virgem apresentou melhor perfil de compostos bioativos e maior atividade antioxidante que o óleo de coco. Enquanto o azeite de oliva não inibiu o crescimento microbiano, o óleo de coco apresentou alta atividade antimicrobiana contra bactérias relacionadas ao excesso de peso.
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    Efeito do aumento da ingestão de cálcio sobre o estresse oxidativo e a função renal em indivíduos com diabetes do tipo 2 e excesso de peso
    (Universidade Federal de Viçosa, 2017-02-22) Silva, Letícia Linhares da; Alfenas, Rita de Cássia Gonçalves; http://lattes.cnpq.br/9100333787555145
    O diabetes mellitus tipo 2 (DM2) é a causa mais frequente de doença renal crônica mundo e está diretamente associado ao excesso de gordura corporal. O excesso de gordura, principalmente localizada na região central, promove o estresse oxidativo, afetando negativamente o controle glicêmico, favorecendo a manifestação de complicações como das doenças renais, em diabéticos. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do aumento da ingestão de cálcio sobre o estresse oxidativo e a função renal em indivíduos com diabetes e baixo consumo de cálcio. Quatorze indivíduos adultos, com DM2, com excesso de peso e baixo consumo de cálcio (<600mg/dia) participaram deste estudo controlado, simples cego, do tipo crossover. Os participantes receberam prescrição de dieta hipocalórica (-500 kcal/dia) e foram alocados aleatoriamente em um dos dois tratamentos: Baixo cálcio (BC, 800mg/dia + bebida placebo) ou Alto cálcio (AC, 800mg/dia + bebida láctea ~700mg de cálcio), com 12 semanas de duração cada e intervalo de oito semanas entre os tratamentos. No primeiro e no último dia de cada tratamento, foram avaliadas medidas antropométricas (peso, altura e perímetro da cintura- PC), de composição corporal (gordura corporal - GC e massa livre de gordura - MLG) e realizadas análises bioquímicas em amostras de sangue (hemoglobina glicada - HbA1, vitamina D, PTH, catalase, superóxido dismutase, malondialdeído, óxido nítrico, peróxido de hidrogênio e Ferric Reducing Ability of Plasma (FRAP), ácido úrico, creatinina, albumina) e de urina (ácido úrico, creatinina e microalbuminúria). O clearance de creatinina (CCr) foi estimado com base na equação de CKD-EPI. Houve redução de PC, IMC, GC e HbA1c e aumento MLG após AC, enquanto que BC não alterou PC e IMC, provocou aumento de GC e HbA1c e reduziu MLG (Pintra<0,05). Comparado com BC, AC também obteve menores deltas de calatase (Pinter<0,001) e de FRAP (Pinter 0,003). Houve redução de ácido úrico sérico (p=0,01) e do CCr (p=0,03), além do aumento de creatinina sérica (p=0,03) ao final de AC. Já em BC ocorreu aumento (p=0,03) de ácido úrico. Os efeitos benéficos do cálcio sobre a composição corporal e a HbA1c se associaram positivamente às variações nas concentrações de catalase, FRAP, ácido úrico, creatinina séricos e CCr. Com isso conclui-se que o aumento da ingestão de cálcio mostrou ser benéfico à função renal e ao estresse oxidativo de pacientes DM2 com baixo consumo de cálcio, sendo uma estratégia dietética a ser considerada no tratamento desses pacientes.
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    Efeito de diferentes processamentos na estabilidade de vitaminas, carotenoides e flavonoides em sorgo (Sorghum bicolor L.)
    (Universidade Federal de Viçosa, 2017-02-24) Pinheiro, Soraia Silva; Sant’Ana, Helena Maria Pinheiro; http://lattes.cnpq.br/6215851030824010
    O sorgo (Sorghum bicolor L.) é um cereal utilizado para a alimentação humana em países da África, Ásia e América Central, mas ainda pouco consumido no Brasil e em outros países do Ocidente. Este cereal possui elevado valor nutricional e potencial funcional, os quais podem ser alterados durante o processamento dos grãos. No entanto, ainda são escassos na literatura dados sobre os efeitos dos principais tipos de processamento na concentração de vitaminas e compostos bioativos de sorgo. Neste contexto, a presente pesquisa teve como objetivo avaliar a estabilidade de vitaminas, carotenoides e flavonoides em grãos de sorgo desenvolvidos para a alimentação humana, na forma in natura e processada. No genótipo BRS 330, foi avaliado o efeito do processamento (diferentes condições de extrusão industrial, maceração, germinação, estalamento em pipoqueira convencional, estalamento em micro- ondas e cocção em água) na concentração de vitaminas do complexo B (tiamina, riboflavina e piridoxina), vitamina E (α, β, γ e δ-tocoferóis e tocotrienóis), carotenoides (luteína e zeaxantina) e flavonoides (3- desoxiantocianidinas-3 DXAs, flavonas e flavanonas). Os compostos foram analisados por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE), sendo as vitaminas do complexo B e vitamina E detectadas por fluorescência e os carotenoides e flavonoides utilizando Detecção por Arranjo de Diodos (DAD). A maceração e a germinação reduziram as concentrações de tiamina e piridoxina (retenção de 3,8 a 50,2%, respectivamente). A concentração de riboflavina não foi afetada pela maceração e aumentou com a germinação (p<0,05). A concentração de vitamina E total não foi influenciada pela maceração (p>0,05), sendo que a germinação reduziu a concentração total deste composto (p<0,05). A concentração de carotenoides não foi afetada pela maceração e germinação, quando comparada ao controle (p>0,05). As 3-DXAs foram sensíveis à maceração e germinação (retenção entre 69,7 e 70,0%, respectivamente). A concentração de flavonas não foi influenciada pela vmaceração (p>0,05) e reduziu com a germinação (p<0,05). A concentração de flavanonas aumentou nos grãos macerados e reduziu nos grãos germinados (p<0,05). Ambos os estalamentos e a cocção em água reduziram as concentrações de tiamina quando comparados ao controle (p<0,05) e não influenciaram as de riboflavina. O estalamento em micro-ondas não afetou a concentração de piridoxina (p>0,05), sendo que o estalamento em pipoqueira e a cocção em água reduziram as concentrações desta vitamina (p<0,05). O estalamento em pipoqueira não afetou a concentração total da vitamina E (p>0,05). De forma geral, os perfis de vitamina E após os estalamentos dos grãos foram similares entre si, com exceção do α-tocoferol e do γ-tocotrienol (suas concentrações não foram influenciadas após estalamento em micro- ondas, mas reduziram após o estalamento em pipoqueira e cocção em água). A cocção dos grãos em água não afetou a concentração total de vitamina E e seu perfil foi similar ao apresentado após o estalamento dos grãos em pipoqueira. Ambos os estalamentos e cocção apresentaram comportamento similar, uma vez que reduziram as concentrações das somas de carotenoides, bem como as de zeaxantina e não influenciaram as de luteína. Para as 3- DXAs, os estalamentos e a cocção apresentaram efeitos similares, com retenções que variaram entre 0,04 a 22,4% em relação às concentrações iniciais. Os estalamentos resultaram em retenções de apenas 1,4 a 13,7%, ao mesmo tempo em que reduziram muito a concentração de flavanonas (retenção de 2,7 a 17,7%). Em relação à extrusão dos grãos de sorgo, os pontos centrais de temperatura e rotações do parafuso não influenciaram as concentrações de tiamina e piridoxina. As diferentes temperaturas e rotações do parafuso não influenciaram as concentrações de luteína, zeaxantina e o total de carotenoides. As maiores temperaturas e rotações (161 a 182 o C; 292 a 348 rpm) aumentaram a concentração de α-tocoferol. Menores temperaturas (entre 98 a 119 o C) e maiores rotações do parafuso (entre 292 e 348 rpm) aumentaram a concentração de β-tocotrienol. Os valores médios de rotações do parafuso (entre 178 e 292 rpm) e baixos valores de temperatura (entre 98 e 119 o C) aumentaram a concentração de δ-tocotrienol. O total de 3 DXAs não foi influenciado pelas temperaturas e rotações utilizadas na extrusão, mas as concentrações de apigeninidina e 7-metoxi-apigeninidina aumentaram em vicondições de alta temperatura e baixa rotação do parafuso. As temperaturas e rotações não influenciaram as concentrações de flavonas e flavanonas totais, mas as de eriodictiol aumentaram com valores altos de rotações do parafuso. Nossos resultados indicam que as temperaturas e rotações do parafuso apresentaram comportamentos diferentes frente a cada classe de compostos, sendo que maiores valores de rotações e menores valores de temperatura ocasionaram menores perdas de vitaminas, carotenoides e flavonoides. Em conclusão, recomenda-se a ingestão do sorgo especialmente nas formas macerada e cozida em água, bem como em condições de extrusão que incluam altos valores de rotação do parafuso e menores valores de temperatura.
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    Dietary advanced glycation end products intake and cardiometabolic risk in overweight adults
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-09-21) Tavares, Juliana Ferreira; Alfenas, Rita de Cássia Gonçalves; http://lattes.cnpq.br/5670180319565013
    Obesity has reached epidemic proportions worldwide and it is considered a severe public health problem. Overweight is associated with inflammation and oxidative stress, leading to chronic diseases manifestation. The results of recent studies suggest that advanced glycation end products (AGEs), in turn, may favor inflammation and oxidative stress occurrence. Therefore, the consumption of diets rich in AGEs may be involved in the pathogenesis of chronic diseases. Although the effect of the consumption of dietary AGEs has been investigated in animals and humans with diabetes and impaired renal function, studies in overweight healthy subjects are scarce. Therefore, we conducted a systematic review in which we critically analysed clinical studies that evaluated the effects of dietary AGEs on overweight related complications. We also conducted a cross-sectional study to explore the associations between dietary AGEs versus cardiometabolic risk markers in healthy overweight adult subjects. In our systematic review we verified that dietary AGEs restriction seems to improve anthropometric, glycemic, cardiometabolic and inflammatory markers, suggesting that it may be a therapeutic strategy to promote health and prevent chronic diseases. In our cross-sectional study, we estimated the habitual dietary AGEs intake using a Quantitative Food Frequency Questionnaire to assess our subject’s previous six months food intake. We also assessed blood pressure, biochemical variables, homeostatic model assessment for insulin resistance (HOMA-IR), besides the concentrations of inflammatory, and oxidative stress markers. Dietary AGEs consumption was positively associated with malondialdehyde concentrations, an oxidative stress and lipid peroxidation marker, regardless of habitual physical activity, sex, body mass index, energy intake and macronutrients intake. Since oxidative stress is a condition implicated in chronic diseases pathogenesis and overweight subjects are already at high risk of developing such conditions, it is imperative to establish a safe recommendation on dietary AGEs intake and to further explore the molecular mechanisms underlying dietary AGEs and chronic diseases development.
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    Distribuição espacial, percepção dos ambientes construído, alimentar e social no estilo de vida e excesso de peso - projeto CUME
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-02-22) Domingos, Ana Luiza Gomes; Bressan, Josefina; http://lattes.cnpq.br/8369387836814213
    No Brasil, observa-se o aumento da prevalência de excesso de peso e da prática insuficiente de atividade física entre os adultos. Devido a esse perfil comportamental, faz-se necessário compreender não apenas os fatores individuais associados a esses desfechos, mas também as características dos ambientes social e construído nos quais as pessoas estão inseridas. Diante disso, o objetivo desse estudo foi estimar a associação entre características ambientais e individuais e o estilo de vida e excesso de peso dos participantes da Coorte de Universidades Mineiras. Para o presente estudo foi adotado o delineamento transversal e observacional referente às informações coletadas na linha de base (Q_0; 2016), em questionário online, tendo como população alvo os egressos da Universidade Federal de Viçosa (UFV) e Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Após a obtenção da lista de participantes da linha de base (n=4.291), todos os participantes residentes na cidade de Viçosa (n=315), foram convidados a participar de uma entrevista presencial. Foram considerados os seguintes desfechos: excesso de peso (IMC ≥ 25 kg/m2), tempo excessivo de exposição às telas do computador e/ou TV-vídeo (≥ 8 horas/dia; p50) e horas semanais de caminhada e/ou corrida (≥ 5 horas/semana, p90). Com o questionário online foi possível obter o endereço residencial, além de informações sociodemográficas, de estilo de vida, clínicas, consumo e práticas alimentares. A unidade de vizinhança adotada foi um buffer circular de 800 m (equivalente a 10 minutos de caminhada), considerando a residência do participante como ponto central. A partir disso, averiguou-se o número de equipamentos públicos e privados que o indivíduo teria acesso na unidade, assim como o número de ocorrências criminais. Foram cadastrados: clubes, academias ao ar livre, centros de ginástica e musculação, pilates, ioga, academias de luta e dança; agências bancárias; igrejas e templos religiosos; hospitais e unidades básicas de saúde. Em relação ao ambiente alimentar, os estabelecimentos foram cadastrados e agrupados em: Ambiente alimentar saudável (feiras-livres, sacolões, açougue e peixarias, lojas de produtos naturais, estabelecimentos de venda de laticínios e frios), Ambiente alimentar não saudável (bares, lanchonetes e confeitarias, sorveterias, comércio ambulante de alimentos, mercearias, lojas de conveniência) e Ambiente alimentar misto (padarias, restaurantes e supermercados). As ocorrências policiais em 2015/2016 foram geolocalizadas e agrupadas em crimes contra a dignidade sexual, crimes contra o patrimônio e crimes contra a pessoa. Ainda, aqueles que compareceram à coleta presencial (n=138), preencheram duas escalas de percepção do ambiente, transformadas posteriormente em escores. A coleta das coordenadas foi realizada por meio do aplicativo ColetAPP versão 1.0. Os dados foram coletados em configuração de Sistema de Coordenadas Geográficas WGS 84 e posteriormente transformados para o Sistema de Coordenadas Projetadas, Sistema Universal Transverso de Mercator, fuso 23S, datum SIRGAS 2000, por meio do software QGIS 3.4.2. As análises foram realizadas nos programas SPSS ® versão 21.0 e R versão 3.5.0. As diferenças entre dois grupos independentes foram avaliadas pelo teste t de Student e teste de Mann Whitney. Para as variáveis categóricas foi realizada um teste qui-quadrado (χ2) de Pearson. Todas as variáveis com um valor-p < 0,20 foram incorporadas no modelo de regressão logística. As variáveis que demonstraram valor-p ≤ 0,05, plausibilidade biológica e relevância epidemiológica, permaneceram no modelo logístico multivariado, ajustado pelo teste de Hosmer e Lemeshow. Para avaliar a associação entre o excesso de peso e as demais variáveis, utilizou-se ainda o Modelo Aditivo Generalizado (GAM), tendo os testes global e local do risco aplicados no modelo final. Dentre os participantes residentes em Viçosa, 33,6% apresentaram excesso de peso, 53,3% relataram passar mais de 8 horas/dia diante da tela e apenas 10,1% tinham o hábito de caminhar ou correr por lazer por mais de 5 horas na semana. Considerando a distribuição espacial, verificou-se uma maior concentração dos indivíduos próxima a UFV, sendo identificadas duas áreas de alto risco para a ocorrência do excesso de peso e uma área de baixo risco (próxima à universidade). No modelo GAM, o sexo, a faixa etária e a percepção de saúde apresentaram associação com o excesso de peso. O acesso a diferentes equipamentos, ambiente alimentar e ocorrências criminais diferiram entre os grupos eutrófico e excesso de peso. Não ter um animal de estimação (cachorro) e morar em uma região com ruas não planas tiveram associação com o excesso de tempo de tela (R2 ajustado =12,9%, p< 0,001). Já a presença de um lugar público para a prática de atividade física próximo à própria residência foi associada a maior quantidade de horas de caminhada ou corrida (R2 ajustado =8,7%, p<0,001). Os resultados indicaram a associação entre características ambientais e o excesso de peso, tempo de tela e prática de caminhada/corrida em adultos participantes da coorte CUME residentes em Viçosa. Diante disso, deve-se considerar o contexto ambiental que o indivíduo está inserido para que políticas públicas efetivas e específicas possam ser desenvolvidas na região.
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    Effect of sorghum (Sorghum bicolor L.) on metabolic variables in adults
    (Universidade Federal de Viçosa, 2017-03-31) Anunciação, Pamella Cristine; Sant’Ana, Helena Maria Pinheiro; http://lattes.cnpq.br/8640496419959189
    Sorghum presents as a possibility of consumption to conventional cereals because it is an excellent source of bioactive compounds, which contribute to its high antioxidant capacity. Sorghum-based products can therefore be useful in reducing the risk of chronic noncommunicable diseases. This study aimed to evaluate the effect of the consumption of extruded sorghum-based preparations on the metabolic variables in adult subjects. To evaluate the effect of extruded sorghum consumption on the glycemic response of a subsequent meal (Article 1), 10 eutrophic and normoglycemic adults participated in 4 experimental sessions in which one of the 3 drinks containing different sorghum genotypes or a non-sorghum drink were consumed (control). Drinks were prepared by homogenizing the ingredients (sorghum flour, milk powder, cocoa powder, and sweetener) in 200 ml of mineral water. Thirty minutes after ingestion of one drink (all containing 25g of available carbohydrate) volunteers consumed a glucose solution. The glycemic response was monitored at times 0 (before glucose solution intake), 15, 30, 45, 60, 90 and 120 minutes (after consumption of the glucose solution). Results showed that ingestion of the P 3DXA drink (containing proanthocyanidins and 3- deoxyanthocyanidins) resulted in lower postprandial iAUC than the other sorghum containing drinks. Sorghum-containing drinks minimized the postprandial blood glucose peak compared to non-sorghum drink. Sorghum and wheat-based preparations (breakfast cereal and drinks) were developed for volunteers consumption in the intervention study (Article 2). These preparations were evaluated for sensory acceptance, occurrence and concentration of bioactive compounds (3-deoxyanthocyanidins, flavones, flavanones, total phenolics and vitamin E) and antioxidant capacity. Sorghum breakfast cereal was more widely accepted than whole wheat cereal. The sorghum cereal presented higher content of 3-deoxyanthocyanidins (100% higher), total phenolic compounds (98.2% higher) and antioxidant capacity (87.9% higher) than wheat breakfast cereal. Flavones and flavanones were not detected in both cereals. Vitamin E content was 78.6% higher in whole-wheat breakfast cereal. To evaluate the effect of the consumption of sorghum- based preparations in the control of metabolic variables (Article 3), 24 overweight men participated in the study. The randomized crossover study consisted of 2 periods of 8 weeks with at least 4 weeks of washout, in which volunteers were allocated in 2 treatments: consumption of sorghum or wheat-based preparations. Body composition, lipid and glycemic profile, insulin resistance, oxidative stress markers, serum vitamins and carotenoids, and caloric and macronutrient intake were evaluated at the beginning and at the end of each intervention period. The consumption of extruded sorghum for eight weeks led to a reduction in body weight, waist circumference, percentage of body fat and increased levels of glutathione peroxidase. To evaluate the effect of sorghum consumption on the composition of the intestinal microbiota, during the second stage of the intervention study, at the beginning and at the end of 8 weeks, a stool sample was collected from 22 participants and a blood sample was collected by venipuncture to determine the markers of inflammatory response. Stool samples were collected in sterile vials, kept under refrigeration and delivered in a maximum of 12 hours. Aliquots were stored at -80°C until analysis. The fecal hydrogen potential (pH) was measured in digital pHmeter immediately after sample preparation. Organic acids were determined by high performance liquid chromatography with refractive index detection. The composition of the intestinal microbiota was determined by PCR with the purpose of characterizing Proteobacteria, Firmicutes and Bacteroidetes. Inflammatory markers were analyzed by ELISA using specific kit ((HCYTOMAG-code 60K, Millipore). The consumption of extruded wheat reduced waist circumference, but increased fasting blood glucose. After 8 weeks of intervention, there was no change in faecal pH, organic acid concentration and microbiota composition in both groups. There was also no change in the inflammatory markers evaluated. It is suggested that the ingestion of sorghum-based preparations may be an effective measure to reduce postprandial blood glucose from the subsequent meal, improve glycemic control, assist in weight reduction, and improve oxidative stress. Consumption of whole grain sorghum-based cereals should be encouraged as it has good sensory acceptance and is a source of bioactive compounds that promote human health benefits. Further studies on the effect of sorghum consumption on the composition of the intestinal microbiota should be performed with a larger sample size or using more specific techniques.