Ciências Biológicas e da Saúde

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    Caracterização molecular de estirpes de Staphylococcus aureus de mastite bovina e atividade anti-biofilme de uma lectina tipo C
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-02-18) Klein, Raphael Contelli; Ribon, Andréa de Oliveira Barros; http://lattes.cnpq.br/7185650565356570
    Staphylococcus aureus é um dos principais patógenos responsáveis à mastite bovina subclínica que, frequentemente, evolui para a forma crônica. A caracterização de cepas circulantes em rebanhos leiteiros é importante para o desenvolvimento de métodos de diagnóstico precoces e identificação de marcadores de prognóstico. Esse trabalho foi dividido em três capítulos. No capítulo I, isolados bovinos coletados em diversas fazendas dos Estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro foram caracterizados com base em características moleculares e fisiológicas. Observou-se a predominância do spa t605 e do grupo agr tipo II sobre os demais. A maioria dos isolados apresentou moderada produção de biofilme e uma alta sensibilidade aos antimicrobianos testados. Esses resultados aumentam o conhecimento sobre as cepas disseminadas em rebanhos brasileiros e contribuem para definição de estratégias de combate à mastite no país. No capítulo II, realizou-se uma busca por marcadores de prognóstico em 285 isolados de S. aureus originários do Canadá. Os isolados foram coletados de animais com manifestação de mastite clínica ou subclínica, ao longo do ciclo lactacional da vaca, sendo a persistência validada por método molecular. Os isolados que persistiam do período seco até a próxima lactação produziram mais biofilme que os não persistentes. Os isolados clínicos foram menores produtores de biofilme quando comparados aos isolados subclínicos. A produção de biofilme foi inversamente porporcional à expressão do gene hld. Dezoito tipos de spa foram encontrados, sendo o t529 o mais predominante. Para os isolados em lactação, o gene seg foi associado com a redução da chance da bactéria ser persistente. No capítulo III, uma busca por substâncias com atividade antipatogênica em veneno de Bothrops jararacussu foi realizada. Frações obtidas por cromatografia de exclusão molecular mostraram atividade anti-biofilme quando testadas sobre S. aureus e S. epidermidis. Espectrometria de massas identificou uma lectina que foi purificada por cromatografia de afinidade, cuja atividade anti-biofilme foi comprovada sobre diferentes espécies de bactérias causadoras de mastite bovina. Esse trabalho revelou uma nova atividade biológica para lectinas do tipo C, que pode ser testada como estratégia complementar no combate de infecções causadas por S. aureus.
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    Mastite bovina: avaliação de antígenos de Staphylococcus aureus para diagnóstico e o papel do regulador LysR na interação patógeno-hospedeiro
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-02-19) Klein, Mary Hellen Fabres; Ribon, Andréa de Oliveira Barros; http://lattes.cnpq.br/7789291493996522
    Infecções intramamárias causadas por Staphylococcus aureus são em sua maioria de natureza subclínica e evoluem frequentemente para persistente. O diagnóstico preciso dos animais infectados é fundamental para evitar a dissiminação do patógeno e prevenir o surgimento de novas infecções. A cultura bacteriológica é utilizada como padrão-ouro na identificação de patógenos causadores de mastite, mas a demora na obtenção de resultados ainda é um grande entrave. Os imunoensaios são uma abordagem alternativa para o diagnóstico que podem ser rápidos, específicos e, em alguns casos, realizados em campo. Na busca por marcadores para o diagnóstico da mastite bovina causada por S. aureus, avaliou- se a capacidade de três proteínas na identificação da bactéria em amostras de leite mastítico. O potencial de IsaA e Nuc para o immunodiagnóstico de S. aureus de origem bovina foi mostrado, embora seja necessária a padronização do método para que a sensibilidade aumente. Sugere-se que apenas uma região da proteína seja usada no teste. Neste trabalho, o papel de um regulador transcricional putativo da família LysR (SAB2209) também foi avaliado para expandir nosso conhecimento sobre os mecanismos envolvidos na patogênese de S. aureus. A superexpressão de LysR afetou a formação de biofilme e a susceptibilidade a estresse oxidativo, no entanto sem afetar o crescimento bacteriano e hemólise. LysR também reduziu a colonização da bactéria em ensaios ex vivo e in vivo. Análise do transcriptoma mostrou que 34,8% dos genes de S. aureus RF122 foram alterados em resposta à superexpressão de SAB2209. O gene sortase A (srtA), que codifica uma transpeptidase que ancora adesinas na parede da célula, e os genes tagX e tagB, envolvidos na produção de ácido teicóico foram reduzidos 3,0; 7,3 e 11,2 vezes, respectivamente. Em contraste, a transcrição dos genes responsáveis pela biossíntese de purinas e adenosina sintase (adsA) foi estimulada. Os nossos resultados sugerem que SAB2209 influencia passos iniciais para a colonização de S. aureus e evasão do sistema imune do hospedeiro, através da alteração da expressão de genes associados com a função da parede celular e estratégias evasivas.
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    Caracterização de estirpes de Staphylococcus aureus e dispersão de biofilmes por uma lectina tipo C de Bothrops jararacussu
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-07-29) Aguilar, Ananda Pereira; Ribon, Andréa de Oliveira Barros; http://lattes.cnpq.br/8173710952837463
    A grande diversidade de estirpes de Staphylococcus aureus em circulação nos rebanhos leiteiros reforça a necessidade de uma melhor caracterização dessas bactérias a fim de gerar informações que possam ser usadas no controle da mastite bovina. Neste trabalho, hipotetizou-se que estirpes de S. aureus geneticamente relacionadas causam diferentes formas de mastite. As bactérias S. aureus 302 e S. aureus 322, foram isoladas de vacas com mastite persistente e não-persistente, respectivamente, e apresentaram os mesmos genes de virulência e perfis de bandas idênticos quando genotipadas por análise em multilocus de repetições em tandem de número variável (MLVA). Por eletroforese em gel de campo pulsado (PFGE), utilizado como um método genotípico adicional, comprovou-se que as bactérias são geneticamente relacionadas. Apesar dessa proximidade, ensaios in vitro de produção de biofilme, hemólise, invasão e persistência em células mamárias bovinas MAC-T e virulência in vivo em modelo Galleria mellonella comprovaram diferenças significativas entre as estirpes. Os resultados sugerem que apenas a caracterização molecular é insuficiente para correlacionar sintomas da doença à uma determinada estirpe. S. aureus 302 e S. aureus 322, além de S. aureus 469 (mastite persistente) e S. aureus 366 (mastite não-persistente) foram contrastadas por uma abordagem proteômica. Extratos de proteínas totais foram preparados a partir de bactérias crescidas até a fase exponencial e separados por eletroforese bidimensional. Um total de 35 spots com abundância diferencial foi detectado, dos quais três foram exclusivos de S. aureus 302 quando comparada a S. aureus 322 e S. aureus 366 e podem representar marcadores que indicam a persistência da bactéria no animal. Este trabalho também avaliou a dispersão de biofilmes de S. aureus NRS 155 e S. epidermidis NRS 101 pela lectina BjcuL, isolada de Bothrops jararacussu. Essa lectina não impediu a adesão inicial das células e foi capaz de inibir a formação de biofilmes quando pré-aderida a superfícies abióticas. Houve uma melhor atividade sobre biofilme pré-formado de S. aureus NRS 155 em comparação S. epidermidis NRS 101. Por qRT-PCR, detectou-se uma alteração na expressão de genes envolvidos no controle do operon ica, responsável pela produção do polissacarídeo de adesão intercelular. Finalmente, BjcuL foi capaz de restaurar a susceptibilidade de bactérias em biofilme pré-formado a antibióticos como gentamicina e ampicilina, revelando o potencial da estratégia antibiofilme no controle de infecções de S. aureus.
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    Resistência à oxacilina e à vancomicina em Staphylococcus aureus e estafilococos coagulase negativos de diferentes origens
    (Universidade Federal de Viçosa, 2007-12-21) Oliveira, Rodrigo Coelho de; Moraes, Célia Alencar de; http://lattes.cnpq.br/2338229432406509
    Os determinantes de resistência aos antimicrobianos vancomicina e oxacilina foram investigados em 264 bactérias do gênero Staphylococcus originados de salame fermentado, de bovinos acometidos com mastite e de casos clínicos humanos. Todos os isolados foram sensíveis ao antibiótico vancomicina e não apresentaram o gene vanA. Dos 57 isolados de salame fermentado, houve um predomínio de CNS, estafilococos coagulase negativos , (89,5%) sobre Staphylococcus aureus (10,5%) e apenas um isolado apresentou-se resistente à oxacilina pelo método de difusão em disco e seu mecanismo de resistência foi proveniente da atividade da -lactamase de expectro extendido). Noventa e cinco isolados de mastite bovina foram submetidos ao teste de atividade da enzima coagulase, predominando a espécie de S. aureus (68,5%), sobre os CNS (32,5%) e ao teste de sensibilidade in vitro, obtendo-se 14 resistentes a oxacilina, sendo dois isolados apresentando o gene mecA e outros 11 atividade de ESBL, predominando este mecanismo de resistência. Dos espécimes clínicos, 52,7% foram CNS e 47,3% S. aureus constituindo 112 isolados, sendo 103 resistentes à oxacilina. Destes, 67 possuíam o gene mecA, 71 apresentaram atividade de ESBL e 40 isolados ambos os mecanismos de resistência. Entre os da espécie S. aureus, predominou a presença do gene mecA como o provável fator de resistência, enquanto nos isolados de CNS, a atividade de ESBL foi mais significativa como possível determinante de resistência. Cinco isolados de origem humana e um de leite mastítico não tiveram seu mecanismo de resistência elucidado, sugerindo ser linhagens MODSA (modified penicillin-binding protein S. aureus) ou outro mecanismo de resistência. Os resultados demonstraram a maior prevalência de resistência a antimicrobianos entre os isolados relacionados a espécimes clínicos humanos seguidos daqueles de vacas mastíticas, bem como a diversidade em possíveis mecanismos de resistência.
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    Isolamento, caracterização e genômica comparativa de patógenos de mastite bovina
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-02-29) Silva, Danielle Mendes; Ribon, Andréa de Oliveira Barros; http://lattes.cnpq.br/8764422749361513
    A mastite bovina é considerada por muitos autores a principal doença do rebanho leiteiro. Staphylococcus aureus e Streptococcus agalactiae são patógenos contagiosos comumente associados à forma subclínica e persistente da doença. A caracterização de estirpes em circulação nos rebanhos é de extrema importância na definição de estratégias de manejo para o controle da doença e de marcadores de prognóstico da mastite. No capítulo 1, 175 amostras positivas para o teste California Mastitis (CMT) foram coletadas de vacas holandesas e análises microbiológicas revelaram a presença de S. agalactiae em 34,2% das amostras. Em 36% das amostras foi observado o crescimento de bactérias pertencentes a outros grupos, em especial com S. aureus. A tipagem de S. agalactiae pela metodologia multilocus de repetições em tandem de número variável (MLVA) revelou seis genótipos (SagT1-T6), sendo SagT1 o mais prevalente no rebanho e também o mais frequentemente isolado de infecções mistas com S. aureus. Os isolados de S. agalactiae foram fortes produtores de biofilme in vitro e produziram hemólise do tipo beta. A análise de virulência dos isolados em larvas de Galleria mellonella definiu os tipos SagT3 e SagT1 como os mais e menos virulentos, respectivamente. Porém, dois isolados pertencentes a esses tipos não invadiram nem apresentaram efeito citotóxico em células epiteliais bovinas MAC-T. No capítulo 2, genomas de quatro estirpes de S. aureus causadoras de mastite subclínica, sendo SAU302 e SAU1364 isoladas de infecções persistentes e SAU170 e SAU1269 de infecções não persistentes, foram sequenciados. Uma grande conservação foi encontrada entre os genomas, como tamanho médio de 2,6 Mb, 32,8% de conteúdo GC e 2589 CDS. A tipagem por MLST classificou SAU170, SAU302, e SAU1364 como ST126, um tipo frequentemente encontrado em rebanhos brasileiros, e SAU1269, como ST1, associado a infecções humanas e bovinas. A comparação entre os genomas sequenciados e uma referência construída com genomas de dois isolados de mastite bovina, revelou uma identidade maior que 90% para a maioria dos genes anotados. A análise filogenética dos isolados sequenciados agrupou em ramos separados isolados de diferentes manifestações, sugerindo que algumas das particularidades compartilhadas entre isolados podem estar relacionados à persistência das infecções causadas por eles. A análise de polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs) mostrou SNPs em genes relacionados à adesão das células bacterianas ao hospedeiro e na sequência de agrC, proteína receptora do sinal de quorum-sensing em S. aureus, alguns deles importantes para estrutura da proteína.
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    Identificação e caracterização das estirpes Staphylococcus aureus e Streptococcus agalactiae associadas às mastites bovinas persistente e não persistente
    (Universidade Federal de Viçosa, 2015-11-30) Silva, Mônica Pacheco da; Ribon, Andréa de Oliveira Barros; http://lattes.cnpq.br/6252277128179977
    Staphylococcus aureus e Streptococcus agalactiae são patógenos contagiosos associados à forma subclínica e persistente da mastite bovina, principal doença da pecuária leiteira. Neste trabalho avaliou-se a presença de dois patógenos em amostras de leite CMT positivas coletadas durante seis meses de animais pertencentes a um rebanho da Zona da Mata de Minas Gerais. Foi encontrada uma alta prevalência dos patógenos contagiosos o que indica possível falta de higiene nos procedimentos de rotina de ordenha ou falha no tratamento da doença. A análise de multilocus de repetições em tandem de número variável (MLVA) revelou apenas um genótipo de S. aureus e seis genótipos de S. agalactiae, alguns dos quais foram associados a infecções persistentes e ao número de parições do animal. A maioria das bactérias isoladas foi considerada forte produtora de biofilme e no caso de S. aureus, os isolados apresentaram uma variada atividade hemolítica. É possível que esses fenótipos contribuam com a persistência da infecção. No capítulo 2, estirpes de S. aureus isoladas de animal com manifestação de mastite persistente ou não persistente foram contrastadas quanto a características importantes para a patogênese bacteriana e virulência in vivo. Genotipagem por eletroforese em campo pulsado (PFGE) revelou que as bactérias possuíam uma similaridade de 90%. As duas estirpes contrastadas apresentaram os mesmos genes de virulência. Porém, elas diferiram significativamente na produção de hemolisina e biofilme, na capacidade de invasão e persistência em células do epitélio mamário bovino (MAC-T). Nos ensaios in vivo realizados com o modelo Galleria mellonella, a estirpe SAU 302 revelou-se mais virulenta do que a SAU 322. Uma forte reação do sistema imune do inseto foi observada mediante infecção com as bactérias. Os resultados mostraram variações fenotípicas entre as estirpes geneticamente relacionadas que podem contribuir positivamente para o desenvolvimento da doença e devem ser cuidadosamente exploradas. Conclui-se que bactérias geneticamente relacionadas podem apresentar uma variação fenotípica não revelada por técnicas de fingerprint do DNA e que esta variação pode ter uma implicação na progressão da mastite bovina. Sugere-se a definição de um conjunto de ensaios fenotípicos relevantes para a doença a fim de caracterizar bactérias isoladas de animais com manifestação conhecida.
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    Associação de bacteriocinas e bactérias lácticas para inibição de Staphylococcus aureus em queijo Minas frescal
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-09-10) Martins, Evandro; Vanetti, Maria Cristina Dantas; http://lattes.cnpq.br/0808780430929716
    O queijo Minas frescal é um dos produtos mais populares do Brasil e suas características nutricionais não são limitantes para o crescimento de micro-organismos deterioradores e patogênicos. Surtos de intoxicação alimentar envolvendo queijos Minas frescal contaminados com Staphylococcus aureus são frequentes e, por esse motivo, torna-se necessário o desenvolvimento de novas estratégias que controlem o crescimento desse patógeno no produto. Em razão disso, o objetivo desse trabalho foi o de avaliar o efeito das bacteriocinas bovicina HC5, nisina e de bactérias lácticas sobre o crescimento e produção de enterotoxinas por S. aureus. O crescimento das estirpes de S. aureus ATCC 6538, EMBRAPA 4018 e FRI 722 foi acompanhado em caldo tripticase e soja (TSB) e em leite em pó desnatado reconstituído a 10 % (LDR 10%), a 37 oC, em presença de bovicina HC5 e, ou nisina e Lactococcus lactis ATCC 19435. Amostras de queijo Minas frescal produzido com cultura starter (Lactococcus lactis subsp. lactis e L. lactis subsp. cremoris) foram inoculadas com, aproximadamente, 106 UFC.g-1 das estirpes de S. aureus e adicionadas de 1200 UA.g-1 das bacteriocinas. A presença das bacteriocinas aumentou a fase lag e este efeito foi mais acentuado na presença de nisina. Embora as bacteriocinas tenham apresentado efeito inibidor inicial, S. aureus reassumiu o crescimento e alcançou população final similar ao do tratamento controle, sem bacteriocinas, após 24 h de incubação. A produção de enterotoxina pelas estirpes de S. aureus avaliadas neste estudo foi detectada no meio TSB tanto na ausência como na v presença de bacteriocinas adicionadas ao meio de cultura. O cocultivo de S. aureus e L. lactis não interferiu no crescimento do patógeno, porém foi suficiente para inibir a produção de enterotoxinas. Em LDR 10 %, as bacteriocinas combinadas a 1200 UA.mL- exerceram efeito bactericida sobre as estirpes avaliadas de S. aureus e não foi possível recuperar sobreviventes pela técnica de contagem em placas após 96 h de incubação. A adição das bacteriocinas combinadas em queijo Minas frescal reduziu a população inicial de S. aureus, bactérias starter e da microbiota contaminante do queijo. A presença de enterotoxinas não foi detectada nos queijos produzidos com culturas starter, adicionados ou não das bacteriocinas nisina e bovicina HC5.
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    Avaliação de extratos vegetais para obtenção de sabonetes com atividade antimicrobiana
    (Universidade Federal de Viçosa, 2015-06-25) Maia, Thalita de Faria; Diaz, Marisa Alves Nogueira; http://lattes.cnpq.br/3741425625234448
    O anúncio de novas linhagens resistentes a antibióticos sempre preocuparam a comunidade científica. O estudo de produtos naturais ativos representa uma alternativa para a diminuição de infecções bacterianas através da busca por novas moléculas capazes de inibir o crescimento bacteriano. Neste trabalho foi testado e comparado o efeito antibacteriano de extratos vegetais sobre três cepas de Staphylococcus aureus, um dos principais agentes etiológicos causadores da mastite bovina. A atividade de seis extratos vegetais (Salvia officinalis, Psychotria vellosiana, Baccharis dracunculifolia, Alternanthera brasiliana, Senna macranthera, Miconia latecrenata) foi testada sobre as cepas 3828, 4125 e 4158 de S. aureus. As melhores atividades de inibição do crescimento bacteriano nas condições apresentadas foram dos extratos de Senna macranthera, Salvia officinalis e Psychotria vellosiana Benth. Posteriormente, esses extratos foram submetidos às inferências de Concentração Inibitória Mínima (CIM), Ensaio de Redução de Viabilidade Celular e determinação da Concentração Inibitória Mínima de Biofilme. A partir daí, foram produzidos sabonetes contendo os extratos vegetais para teste de campo. Foram realizados também testes em campo na Divisão de Gado de Leite da Universidade Federal de Viçosa com as luvas contaminadas de ordenhadores, que manipularam animais com mastite. Os sabonetes produzidos com os extratos de S. macranthera, P. vellosiana Benth e S. officinalis tiveram grande impacto sobre a microbiota da luva, já que não foi possível visualizar crescimento bacteriano após a lavagem da mesma com os sabonetes. Os resultados deste estudo sugerem a utilização dos sabonetes contendo os extratos de S. macranthera e S. officinalis no controle da população bacteriana para reduzir agentes causadores de mastite bovina.
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    Adesão, formação e composição de biofilme por Staphylococcus aureus em poliestireno na presença de nisina
    (Universidade Federal de Viçosa, 2015-02-24) Andre, Cleriane; Vanetti, Maria Cristina Dantas; http://lattes.cnpq.br/7047442323047711
    Staphylococcus aureus é um patógeno humano oportunista que apresenta riscos a saúde humana, é capaz de aderir em superfícies bióticas e abióticas e formar biofilmes, tornando as células mais protegidas e de difícil remoção. Células liberadas do biofilme podem se constituir em importante fonte de contaminação de alimentos, comprometendo a qualidade e a segurança dos mesmos. O objetivo deste estudo foi verificar o efeito da bacteriocina nisina e dos sanitizantes hipoclorito de sódio e ácido peracético, em concentrações subinibitórias, sobre a hidrofobicidade da superfície de poliestireno, sobre o crescimento e formação de biofilmes por estirpes de S. aureus e ainda, verificar a interferência da nisina sobre a composição e estrutura do biofilme desse patógeno. Células de Staphylococcus epidermidis ATCC 35984 foram usadas como referência para formação de biofilmes. O cultivo das bactérias foi feito em caldo Luria-Bertani (LB) ou em meio sintético (MS). A presença de genes de adesão foi determinada pela reação em cadeia da polimerase (PCR) e os três genes avaliados, icaA, icaD e clfB, foram encontrados nas estirpes COL e FRI 722 de S. aureus, enquanto a estirpe Embrapa 4018 de S. aureus e em S. epidermidis, apenas o gene icaA foi identificado. A hidrofobicidade da superfície de poliestireno foi avaliada por meio da medida do ângulo de contato e constatou-se que o meio LB reduziu a hidrofobicidade da superfície, dificultando a observação do efeito dos antimicrobianos sobre a mesma. O tratamento da superfície de poliestireno com MS adicionado de 1,34 mg/L de nisina reduziu a adesão de S. aureus. Concentrações subinibitórias de 2,01 mg/L; 1.500 mg/L e 0,40 mg/L respectivamente dos antimicrobianos nisina, hipoclorito de sódio e do ácido peracético foram adicionadas isoladamente ou combinadas entre si ao caldo LB e constatou-se a diminuição da formação de biofilmes pela cultura mista de estirpes de S. aureus e por S. epidermidis em microplacas de poliestireno quando os antimicrobianos agiram isoladamente. A composição de polissacarídeos e DNA nos biofilmes de S. aureus e S. epidermidis foi alterada quando o cultivo ocorreu na presença de 2,01 mg/L de nisina. Entretanto, o conteúdo em proteínas nos biofilmes formados pela cultura viiimista das estirpes de S. aureus estudadas ou por S. epidermidis não foi alterado pela presença de nisina no meio de cultura em concentração subinibitória. A estrutura do biofilme de S. aureus e S. epidermidis foi avaliada por microscopia confocal a laser, confirmando os resultados quantitativos de que a presença de concentração subinibitória de nisina reduz a formação de biofilmes por estas espécies. Estes resultados demonstram que a investigação de produtos alternativos para auxiliar no controle e combate aos biofilmes é estratégia promissora além de contribuir com informações sobre a composição do biofilme de S. aureus.
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    Atividade das bacteriocinas bovicina HC5 e nisina sobre Listeria monocytogenes e Staphylococcus aureus em queijo Minas frescal
    (Universidade Federal de Viçosa, 2010-02-23) Pimentel Filho, Natan de Jesus; Carvalho, Antônio Fernandes de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781655T2; Mantovani, Hilário Cuquetto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727026Z7; Vanetti, Maria Cristina Dantas; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783874H3; http://lattes.cnpq.br/9157232954010211; Pinto, Cláudia Lúcia de Oliveira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783521J6; Paula, Rosinéia Aparecida de; http://lattes.cnpq.br/8437455167904238; Santos, Miriam Teresinha dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786872Z0
    O queijo Minas frescal é um dos produtos lácteos mais consumidos no Brasil e suas características químicas tornam-o um meio apropriado para o crescimento de micro-organismos deterioradores e patogênicos. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito de bovicina HC5 e nisina sobre o crescimento de Listeria monocytogenes e Staphylococcus aureus em queijo Minas frescal. O crescimento de estirpes de L. monocytogenes, L. innocua e S. aureus foi acompanhado em caldo tripticase de soja (TSB) e em leite integral comercialmente esterilizado (UAT), a 37 ºC em presença de bovicina HC5 e nisina adicionadas isoladas ou combinadas. Queijo Minas frescal foi produzido e inoculado com população inicial de 104 UFC.g-1 de L. monocytogenes e S. aureus e adicionado de 600 UA.mL-1 de bovicina HC5 e nisina. Na presença de concentrações de 10, 20 e 50 UA.mL-1 de bovicina HC5 em caldo TSB houve aumento da fase lag e redução da velocidade específica de crescimento das estirpes de L. monocytogenes, L. innocua e S. aureus. O crescimento foi completamente inibido quando bovicina HC5 foi adicionada nas concentrações 100 e 150 UA.mL-1 e em concentrações de nisinaacima de 10 UA.mL-1. L. innocua isolado de queijo Minas foi sensível a baixas concentrações das bacteriocinas enquanto L. innocua LMA83 apresentou um aumento de 10 h na fase lag quando 10 e 20 UA.mL-1 de nisina foram acrescentadas ao caldo TSB. Em concentrações de nisina e bovicina HC5 acima de 50 UA.mL-1, nenhum crescimento de L. innocua foi observado. A presença das bacteriocinas em concentrações de até 50 UA.mL-1 aumentou a fase lag mas, não impediu o crescimento de S. aureus enquanto as concentrações 100 ou 150 UA.mL-1 de bovicina HC5 inibiram a multiplicação bacteriana. A combinação das bacteriocinas bovicina HC5 e nisina em caldo TSB inibiu o crescimento de L. monocytogenes, S. aureus EMBRAPA 4018 e L. innocua em concentrações inferiores do que quando usadas isoladamente. Em leite UAT, concentrações de bovicina HC5 acima de 400 UA.mL-1 reduziram o número de células viáveis de L. monocytogenes Scott A em um ciclo log. Entretanto, nisina foi bactericida apenas quando foi usada na concentração de 1200 UA.mL-1, sendo o crescimento reassumido após 3 h de incubação. L. innocua LMA83 foi sensível a todas as concentrações de bovicina HC5 adicionadas ao leite enquanto nenhuma redução no número de células viáveis foi observada após adição de nisina. S. aureus ATCC 6538 cresceu em leite mesmo na presença de 400 ou 800 UA.mL-1 de bovicina HC5 e efeito bacteriostático foi observado na concentração 1200 UA.mL-1. A concentração 1200 UA.mL-1 de nisina exerceu efeito bactericida sobre células de S. aureus. Em queijo Minas frescal, a adição das bacteriocinas bovicina HC5 e nisina combinadas na concentração 600 UA.g-1 reduziu o número de células viáveis inicial de 104 UFC.g-1 de L. monocytogenes Scott A para valores abaixo de 1 UFC.25 g-1, após nove dias de estocagem a 4 ºC. Efeito bactericida sobre S. aureus ATCC 6538 foi observado nos queijos adicionados das bacteriocinas combinadas durante 15 dias de estocagem a 4 ºC. Entretanto, após esse período, a multiplicação de S. aureus foi retomada. A presença das bacteriocinas combinadas na concentração 600 UA.g-1 não impediu a produção de enterotoxinas estafilocócica C por S. aureus EMBRAPA 4018 em queijos mantidos sob temperatura de 15 ºC de estocagem. Estes resultados demonstraram que bovicina HC5 e nisina foram efetivas no controle dos patógenos avaliados em leite e queijo Minas frescal, em especial quando usadas associadas.