Ciências Biológicas e da Saúde

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    Variabilidade genética em populações de Melipona rufiventris (Hymenoptera: Apidae, Meliponinae) no estado de Minas Gerais – Brasil
    (Universidade Federal de Viçosa, 2003-03-31) Costa, Ronaldo Guimarães; Tavares, Mara Garcia; http://lattes.cnpq.br/4503906630060325
    Com objetivo de caracterizar e quantificar a variabilidade genética e de encontrar marcadores genéticos que possibilitassem estudos populacionais, operárias adultas de Melipona rufiventris foram coletadas nas saídas das colméias e submetidas à eletroforese em gel de amido. Foram obtidas amostras de M. rufiventris de 39 colônias em 13 localidades do Estado de Minas Gerais, sendo 8 delas localizadas em regiões com vegetação típica de cerrado e 5 em regiões com vegetação típica de mata. Nove sistemas enzimáticos foram analisados: Malato Desidrogenase (MDH), Peptidase-A (PEP-A), Isocitrato Desidrogenase (ICD), α-Glicerofosfato Desidrogenase (α-GPDH), Glicose-Fosfato Isomerase (GPI), Fosfoglicomutase (PGM), Hexoquinase (HK), Esterase (EST) e P-Hidróxido Butirato Desidrogenase (β-HBDH). Estes nove sistemas enzimáticos permitiram estudar 17 locos, dentre os quais, apenas 2 foram polimórficos (Est-4 e Mdh-1). Est-4 apresentou polimorfismo apenas em colônias coletadas em região de mata, enquanto o polimorfismo para Mdh-1 foi verificado apenas em colônias oriundas do cerrado. Nas colônias de Brasilândia (cerrado), a Est-4 apresentou um padrão enzimático intermediário, entre o padrão apresentado por colônias de mata e de cerrado, o que sugere que as colônias desta região sejam híbridas. Observou-se ainda, que os sistemas PEP-A e β-HBDH apresentaram diferentes padrões de expressão entre populações de mata e cerrado, o que contribuiu para a diferenciação de ambas. A heterozigosidade esperada foi de 0,0068 em populações de cerrado e de 0,0078 em populações de mata e a proporção de locos polimórficos foi de 5,88% em cada população. Esse valor de heterozigosidade foi bem menor do que o verificado em outros Hymenoptera. Os altos valores de Fst (índice de fixação) encontrados (Fst = 0,2306 entre sub-populações de mata e Fst = 0,3870 entre sub-populações de cerrado) encontrados indicam uma grande diferenciação genética entre as sub-populações de mata e de cerrado. A distância genética entre colônias de mata e de cerrado variou de 0,4739 a 0,5003, o que sugere a existência de, pelo menos, duas “formas” de M. rufiventris rufiventris, no estado de Minas Gerais, ou até mesmo, de duas espécies, sendo uma delas, encontrada, em regiões de mata e a outra em regiões de cerrado.
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    Biologia reprodutiva de Peltastes peltatus (Vell.) Woodson (Apocynaceae): morfologia floral, mecanismo de polinização e polinizadores
    (Universidade Federal de Viçosa, 2002-03-25) Tostes, Renata Barreto; Vieira, Milene Faria; http://lattes.cnpq.br/5777279000099677
    O gênero Peltastes Woodson (Apocynoideae), possui sete espécies, todas restritas às Américas Central e do Sul. Trabalhos sobre a biologia reprodutiva em espécies desse gênero inexistem. O presente trabalho tem como objetivo estudar a biologia reprodutiva de Peltastes peltatus na Reserva Florestal Mata do Paraiso (20°45’S e 42º54'W), Viçosa, Zona da Mata de Minas Gerais. Para tanto foram registrados dados sobre a fenologia da floração, morfologia e biologia floral, visitantes florais e sistema reprodutivo. Para o estudo da fenologia da floração foram realizadas visitas semanais ao campo, no período de outubro de 2000 a abril de 2001 e outubro de 2001 a março de 2002. A análise da morfologia floral foi feita em laboratório, com auxílio de microscópio estereoscópio e fixando flores em diferentes estádios de desenvolvimento em FAA 50% e CRAFT, para a realização de cortes anatômicos. Os dados sobre visitantes florais foram tomados ao longo do dia por observações diretas. O sistema reprodutivo foi verificado mediante testes de polinização. P. peltatus floresceu de outubro a abril e suas flores duraram, em média, 3,28 dias. Essa espécie apresentou características morfológicas ainda não mencionadas para as Apocynaceae s.s., como por exemplo, união entre filetes e retináculo não-tricomáceo. A captura de pólen da probóscide do inseto visitante foi transferida para tecidos não-carpelares. As fendas anterais desempenham a função de guiar o aparelho bucal dos insetos dentro da flor, conduzindo-o para que ocorra a polinização e remoção de nova carga de pólen. A mucilagem secretada pela cabeça dos estiletes exerce importante função na reprodução de P. peltatus, permitindo a germinação do pólen, crescimento dos tubos polínicos, além de auxiliar na remoção de pólen. Tanto em autopolinização como em polinização cruzada os tubos polínicos crescem até os ovários e penetram nos óvulos. P. peltatus é polinizada por abelhas Euglossini, dentre elas, Euplusia violacea foi o polinizador mais efetivo. Essa abelha é sazonal na região de Viçosa, estando ativa de outubro até meados de março, ocorrendo, portanto, sobreposição do período de floração de P. peltatus com seu período de atividade e maior abundância. O néctar de P. peltatus parece suprir parte do recurso alimentar necessário para manutenção dessas abelhas, na área de estudo. P. peltatus apresentou baixa produção de frutos.
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    Frutificação e herbivoria floral de espécies de Melastomataceae em áreas em recuperação após mineração de bauxita em Poços de Caldas, MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2003-07-28) Vianna, Maria Rodrigues; Marco Junior, Paulo de; http://lattes.cnpq.br/1965117391645606
    A família Melastomataceae possui uma grande variedade de tipos de reprodução, desde formas agamospérmicas a sistemas com auto-incompatibilidade. Nestes, a importância de agentes polinizadores pode ser fundamental. Essa variedade de estratégias reprodutivas, associadas a fatores como resistência a altas concentrações de alumínio no solo, poluição do solo, do ar e grande capacidade de colonização, as tornam abundantes em regiões perturbadas e podem tornar as espécies dessa família de grande importância na recuperação de áreas degradadas. Na ausência de espécies responsáveis por serviços do ecossistema entre outros a polinização, o controle biológico e a dispersão de sementes, processos como recuperação de áreas degradadas podem se tornar lentos. Se esses serviços são fundamentais na manutenção de ecossistemas, eles podem ser utilizados para a melhoria do desempenho do processo sucessional, aumento da produtividade ou para indicação de sustentabilidade, partindo do princípio de que um ecossistema autosustentável possui todas as suas funções sendo desempenhadas mais eficientemente. Os objetivos deste trabalho foram estudar alguns dos aspectos da história natural da polinização e os danos causados pela herbivoria floral em espécies de Melastomataceae presentes em áreas de recuperação após mineração de bauxita. A partir disto, buscou-se determinar a importância relativa dos agentes polinizadores para a produção de frutos e avaliar qual metodologia utilizada para a recuperação de áreas degradadas pode ser considerada mais sustentável. Foram estudadas dez espécies de Melastomataceae presentes no Retiro Branco, na área da utilizada para a recuperação de áreas degradadas pode ser considerada mais sustentável. Foram estudadas dez espécies de Melastomataceae presentes no Retiro Branco, na área da ALCOA Alumínios S/A, em Poços de Caldas, MG. Nesse local, são utilizados principalmente dois tipos de revegetação: plantio de monocultura de bracatinga (Mimosa scabrella) e plantio de espécies nativas da região. Em experimento controlado de exclusão de polinizadores determinou-se a proporção de frutos produzidos e taxas de herbivoria floral. Os resultados corroboram a hipótese de que pode haver uma tendência filogenética para a ocorrência de agamospermia na tribo Miconieae, bem como para o tipo de fruto produzido. Quanto maior a quantidade de flores numa inflorescência, maior é a herbivoria floral entre as espécies estudadas, mas não dentro de cada uma delas. Características como a cor e o tamanho das flores não foram consideradas bons indicadores de atratividade floral. Existe uma forte tendência dentro desta família de espécies que investem em polinização não investirem em dispersão e vice versa. Áreas recuperadas por plantios que favorecem a sucessão ecológica naturalmente devem ter uma maior taxa de produção de frutos e menor taxa de herbivoria floral. Os tipos de recuperação empregados não afetam a produtividade de frutos das espécies de Melastomataceae na área do Retiro Branco. Para plantas que se reproduzem por agamospermia, outros critérios, como presença de dispersores e intensidade de dispersão, devem ser melhore indicadores de sustentabilidade. Apesar do Retiro Branco ser considerado um local privilegiado em termos de potencial para recuperação, funções básicas como polinização não atingiram um nível que pudesse ser considerado ótimo em pelo menos uma espécie dependente de polinizadores.
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    Manutenção de Populações de Borboletas do Gênero Heliconius em um Complexo Siderúrgico Industrial
    (Universidade Federal de Viçosa, 2003-03-31) Oliveira, Elna Mugrabi; Souza, Francisco Fonseca de; http://lattes.cnpq.br/0187449737693860
    Com o intuito de compreender as causas proximais dos processos que desencadeiam a redução das populações de herbívoros em ambientes impactados por condições siderúrgico-industriais, o objetivo desse estudo foi investigar duas ques- tões e testar as seguintes hipóteses: Pergunta 1: O que determina a redução das populações das borboletas adultas de Heliconius spp. em ambientes impactados? a. Hipótese: a presença dos recursos; b. Hipótese: as condições ambientais. Pergunta : Por que as populações são afetadas negativamente nesses ambientes altamente im- pactados pela poluição? a. Hipótese: fêmeas reduzem suas posturas em razão da menor qualidade da planta; b. Hipótese: indivíduos que comem dieta contaminada apresentam parâmetros populacionais reduzidos, afetando sua fertilidade. Esse es- tudo foi realizado no complexo siderúrgico da Companhia Siderúrgica de Tubarão, Serra, ES, cuja área é fortemente impactada pela poeira atmosférica siderúrgico- industrial. A hipótese de que as populações dessas borboletas são reguladas através de variáveis bióticas (recursos alimentares, como flores de Lantana spp. e Passiflo- raceae) e variáveis abióticas (poeira industrial) foi testada contra dois parâmetros populacionais dos indivíduos adultos: densidade e residência. A densidade populaci- onal é afetada negativamente pela poeira industrial e, positivamente pelas passiflo- ráceas e lantana. A residência não foi afetada nem pelas passifloráceas e lantanas, nem pela poeira industrial. Relativo à hipótese do comportamento de oviposição da | segunda questão, estudamos em laboratório a preferência de fêmeas de Heliconius ethilla por plantas de Passiflora edulis com oito concentrações (0,7 a 7,Img/cm?) de poeira urbano-industrial. As fêmeas de H. ethilla preferiram ovipositar em plantas hospedeiras limpas, confirmando que fêmeas evitam colocar ovos em plantas com poeira. Para essa mesma pergunta e testando a hipótese da redução da fertilidade dos indivíduos, o efeito da poeira urbano-industrial foi estudada, em condições de labo- ratório, sobre o desenvolvimento larval de H. ethilla e H. erato. As lagartas de ambas espécies foram alimentadas com folhas da planta alimento (P. edulis) contendo um gradiente de concentração de poeira de 0,7 a 7,Img/cm*. A poluição industrial afetou negativamente todos os parâmetros analisados: sobrevivência dos indivíduos; peso da crisálida e tamanho dos indivíduos adultos. Serão discutidos uma possível ação deletéria dos metais pesados, identificados na dieta contaminada, e suas prováveis consequencias para a redução da densidade populacional em campo.
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    Diferentes soluções de manipulação na viabilidade de embriões de camundongas e na taxa de gestação de receptoras de embrião bovino
    (Universidade Federal de Viçosa, 2009-05-30) Lopes, Flávio Guiselli; Costa, Eduardo Paulino da; http://lattes.cnpq.br/4325348070015581
    O objetivo deste trabalho foi substituir as soluções de manipulação de embriões bovino em uso na rotina de TE por meios mais simples e estáveis e, que possam ser armazenados em temperatura ambiente. Na primeira etapa experimental, foram utilizados embriões de camundongas nos estádios de blastocisto inicial (Bin), mórula compacta grau I (McI) e II (McII), distribuídos aleatoriamente em três tratamentos, de acordo com o meio de manutenção: T1 - PBS modificado (Controle); T2 (MD1) e T3 (MD2). Os embriões foram mantidos durante quatro horas no meio de manutenção e, posteriormente cultivados em meio TCM 199. Após o término do tempo de cultivo, os embriões de cada tratamento foram separados aleatoriamente em amostras para avaliação da taxa de clivagem e morfometria, aspectos ultra-estruturais, detecção de apoptose celular e quantificação de expressão gênica de Hsp70.3. A taxa de desenvolvimento dos embriões após manutenção por quatro horas nos meios de manipulação foi inferior (P<0,05) para os embriões do Controle, quando comparada com os embriões do MD1 e MD2, diferença esta não observada (P>0,05) após o cultivo in vitro. Contudo, os embriões McII do MD2 tiveram um maior desenvolvimento (P<0,05), quando comparado com embriões do Controle e MD1, indicando o efeito benéfico do enriquecimento do meio MD2. Não foi verificada diferença (P>0,05) entre tratamentos no diâmetro celular, nuclear, nucleolar, na relação núcleo:nucléolo, no número de células e na percentagem de células apoptóticas. Quanto à expressão gênica de Hsp70.3, foi verificado diferença entre tratamentos (P<0,001), em embriões Bin, McI e McII após manutenção e, posterior cultivo in vitro. Na segunda etapa experimental, foram testados dois meios de manipulação utilizados para coleta e manipulação de embriões, MD1 e MD2 e como controle o PBS modificado, usualmente empregado nas rotinas de TE nas diferentes espécies animais. A transferência dos embriões bovino foi realizada a fresco, ou seja, os embriões coletados de uma determinada doadora foram inovulados no período máximo de quatro horas nas receptoras. Foram coletados e transferidos apenas os embriões de qualidade I e II. Foram utilizados 58 receptoras de embriões, distribuídas aleatoriamente em três tratamentos: T1 – PBS modificado (Controle); T2 (MD1) e T3 (MD2). As taxas de gestação observadas foram: Controle = 47,4% (9/19); MD1= 47,4% (9/19) e MD2 = 55,0% (11/20). Estes resultados demonstram que o uso de diferentes meios de manipulação não influenciou nas taxas de gestação (P>0,05). Deste modo, conclui-se que os meios de manipulação MD1 e MD2 podem ser utilizados nas rotinas de TE, em substituição a solução PBS modificado.
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    Avaliação da resposta imune em bovinos inoculados com o imunógeno sintético SBbo 23290 e desafiados com amostra virulenta de Babesia bovis (BABES, 1888; STARCOVICI, 1893)
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-04-14) Jardim, Larissa Ferraz Bedôr; Salcedo, Joaquin Hernán Patarroyo; http://lattes.cnpq.br/3079271612682262
    Bovinos da raça holandesa entre 3-4 meses de idade receberam quatro imunizações subcutâneas do peptídeo sintético 23290 anti-Babesia bovis mais saponina, e foram desafiados com amostra virulenta de B. bovis, sendo avaliados alguns parâmetros clínicos como hematócrito, hemoglobina, parasitemia e temperatura, além do acompanhamento do desenvolvimento da resposta imune humoral, mediante quantificação de IgG total e identificação de isótipos IgG1 e IgG2 antígeno- específicos. Os parâmetros hematológicos e a temperatura foram analisados semanalmente no período de imunização, e diariamente a partir do 7o dia pós-desafio com o parasito; Os exames sorológicos foram realizados semanalmente durante todo o experimento. As análises sangüíneas demonstraram que SBbo 23290 minimizou o impacto da infecção pela B. bovis, além de inibir a carga parasitária. Os estudos sorológicos constataram que o SBbo 23290 estimulou a produção de imunoglobulinas G antígeno-específico, com predominância estatisticamente maior de isótipos IgG1 sobre IgG2 bem como elevação da produção de IgG total. Com relação aos parâmetros clínicos, que foram observados 18 dias pós-desafio, houve um declínio nos valores observados em todos os grupos. Quanto à temperatura, o observado foi que houve elevação significativa da mesma após o desafio com B. bovis, sendo diretamente proporcional à carga parasitária. Sendo assim, pode-se concluir que o peptídeo sintético induz de maneira eficaz uma resposta imunológica antígeno-específica, na qual encontram-se envolvidos mecanismos celulares e humorais.
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    Hormese: um pouco de algo perigoso pode ser bom
    (Universidade Federal de Viçosa, 2002-02-28) Jusselino Filho, Pedro; Zanuncio, José Cola; http://lattes.cnpq.br/2931598393121006
    Percevejos predadores são inimigos naturais importantes de muitas espécies de artrópodos e em condição de campo estão constantemente expostos a xenobióticos usados para o controle de insetos-praga. Em várias classes de organismos, os efeitos de xenobióticos sobre variáveis biológicas são complexos e o entendimento dos mesmos são de grande importância para vários campos do conhecimento científico. Assim, estudou-se o efeito das doses subletais de 0,131; 1,315; 13,15; 131,5 e 1315 ppb de permetrina nos parâmetros biológicos de Podisus distinctus (Stål) (Heteroptera: Pentatomidae), aplicadas topicamente em ninfas de terceiro estádio desse predador. Houve redução na duração dos terceiro e quarto estádios nas doses de 0,131 e 1,315 ppb de permetrina, respectivamente. Evidenciou-se o efeito hormético com 0,131, 1,315 e 13,15 ppb de permetrina sobre ninfas de P. distinctus, as quais apresentaram maior peso e sobrevivência, além de menor duração ninfal nessas doses. Além disso, observou-se hormese em parâmetros reprodutivos, como os números de ovos e de ninfas/fêmea de P. distinctus. Tabelas de vida de fertilidade e de esperança de vida mostraram maiores valores da taxa bruta (TBR) e líquida (R 0 ) de reprodução na dose de 0,131 ppb de permetrina que no controle e demais doses. O aumento populacional desse predador por ano foi maior com essa dose de permetrina, o que confirma também, a ocorrência de hormese. A hormese, embora raramente observada em inimigos naturais em condições de campo, pode ser induzida e melhorar a performance reprodutiva de P. distinctus e representa uma ferramenta para programas de controle biológico no manejo integrado de pragas.
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    Produção da micotoxina citrinina por Penicillium spp.
    (Universidade Federal de Viçosa, 2002-02-28) Vivan, Juliana; Coelho, Jorge Luiz Cavalcante; http://lattes.cnpq.br/8582025092660791
    O fungo Penicillium expansum, produtor de enzimas pectinolíticas e xilanolíticas, as quais possuem aplicação na indústria têxtil, na indústria de bebidas, principalmente na clarificação de sucos e vinhos, e na indústria de alimentos, está incluído entre as espécies toxigênicas capazes de produzir micotoxinas, dentre elas a citrinina. A presença dessa micotoxina inviabiliza a utilização de P. expansum na indústria de alimentos. Com o propósito de analisar a possibilidade desse fungo produzir simultaneamente as enzimas de interesse e a citrinina, foram verificadas seis linhagens de Penicillium , que vêm sendo utilizadas em estudos de produção de pectinases e xilanases na Universidade Federal de Viçosa. Dois métodos de análise, cromatografia em camada delgada (CCD) em sílica-gel e cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) em fase reversa, foram utilizados com o único propósito de detectar citrinina. Dentre as seis linhagens, P. citrinum (principal produtor de citrinina ), P. expansum GF (linhagem toxigênica isolada de maçãs deterioradas), P. expansum VIC, P. griseoroseum , P. roqueforti e P. camemberti , apenas P. citrinum e P. expansum GF produziram citrinina nos três meios de cultivo testados (Timonin, YES e Aveia). P. roqueforti produziu citrinina apenas em caldo Timonin e os demais não a produziram em nenhum dos meios testados. Apenas o fungo P. citrinum foi capaz de produzir citrinina sob condições de incubação estática e em agitação rotacional a 150 rpm, em longos períodos de tempo (40 dias). O fungo P. expansum GF produziu a citrinina somente em condições estáticas, os demais fungos testados, P. expansum VIC, e P. roqueforti , também cultivados em ambas as condições, foram incapazes de produzir citrinina. Deste modo, pode-se concluir que os fungos P. expansum VIC e P. griseoroseum não representam perigo quanto à produção de citrinina, quando utilizados na indústria de alimentos, pois não têm capacidade de produzir a micotoxina nas mesmas condições em que produzem as enzimas de interesse, poligalacturonase e xilanase.
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    A vacina sintética SBm7462 no controle do carrapato Boophilus microplus (Canestrini, 1887) em animais estabulados e a campo
    (Universidade Federal de Viçosa, 2002-02-19) Pimentel, Jorge Couto; Salcedo, Joaquin Hernán Patarroyo; http://lattes.cnpq.br/0540335099300292
    O peptídeo sintético SBm7462 foi avaliado como imunógeno para o controle do carrapato Boophilus microplus em teste misto (estábulo e campo). O estudo se realizou com as doses de 1,0mg e 2,0mg em 30 bovinos da raça holandesa com média de grau de sangue de 91,16% (H/Z), os quais foram mantidos sob o manejo rotineiro no Campo Experimental do Centro Nacional de Pesquisa em Gado de Leite-EMBRAPA/CNPGL em pastos altamente infestados com larvas dessa espécie de carrapato. Os animais foram separados em três grupos: vacinal 2,0mg, vacinal 1,0mg e controle, sendo os grupos vacinais imunizados nos dias 0, 30 e 60 a campo. Foram realizadas a contagem de carrapatos e a coleta de sangue semanalmente, a partir do dia 0. Duas semanas após a terceira inoculação, os animais foram levados para baias individuais e submetidos a uma infestação artificial com um total de 4.500 larvas/animal de B. microplus (amostra “Porto Alegre”). A partir do 19 o dia pós-infestação, foram coletadas as teleóginas desprendidas, contadas, pesadas, identificadas e incubadas em estufa B.O.D. por quinze dias, quando os respectivos ovos foram pesados. A análise da fertilidade desses ovos e a viabilidade das larvas provenientes foram também analisadas. A cinética da produção de anticorpos foi acompanhada através de ELISA, obtendo- se títulos maiores para os grupos vacinais, estatisticamente diferentes do grupo controle (p<0,01). Os parâmetros biológicos foram analisados levando-se em conta o número de teleóginas, peso dos ovos e fertilidade dos ovos. A eficácia foi de 15,8% para a dose de 1,0mg do peptídeo sintético SBm7462 e de 53,29% para 2,0mg, com diferenças estatísticas significativas entre os grupos 1,0mg, 2,0mg e controle (p<0,05). Quanto à avaliação do número de carrapatos a campo, não houve diferença estatística entre os grupos testados. Os resultados obtidos mostram que o peptídeo sintético SBm7462 é uma alternativa viável para o controle do carrapato comum dos bovinos, pela sua eficácia, segurança e baixo custo.
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    Caracterização de α -galactosidase de soja para hidrólise de oligossacarídeos de rafinose
    (Universidade Federal de Viçosa, 2002-02-28) Viana, Simone de Fátima; Rezende, Sebastião Tavares de; http://lattes.cnpq.br/4767669584583840
    A ingestão de grãos de leguminosas, como a soja e derivados, resulta no aparecimento de sintomas desagradáveis, o que limita o seu consumo. Dentre os sintomas desagradáveis, destaca-se a flatulência, que é resultante do metabolismo anaeróbico de α-1,6-galactosídeos de rafinose (RO: oligossacarídeos de rafinose) presentes nos grãos das leguminosas em geral. A remoção desses açúcares das sementes ou do extrato hidrossolúvel poderia aumentar o consumo de alimentos derivados de soja. Vários processos para redução do conteúdo de RO em derivados de soja já foram descritos; entretanto, a hidrólise enzimática dos RO, catalisada por α-galactosidases, parece ser o mais promissor. O objetivo deste trabalho foi verificar a eficiência da α-galactosidase de sementes de soja em germinação para hidrolisar os RO presentes no extrato de soja. Sementes de soja (Glycine max , vr. CAC-1) foram germinadas por 60 h, a 27 °C. O extrato enzimático foi obtido pela trituração das sementes em tampão citrato/fosfato de sódio, pH 5,0. A suspensão foi filtrada e centrifugada, e o extrato enzimático resultante, utilizado para a purificação da α-galactosidase. Em uma primeira abordagem, o extrato enzimático foi fracionado em um sistema de duas fases aquosas (SDFA), formado por uma mistura de 16% (p/p) de PEG 1500, 16% (p/p) de fosfato de sódio pH 5,0 e 12% (p/p) de NaCl. A enzima presente na fase superior do SDFA foi dialisada e submetida à cromatografia de troca iônica em coluna de CM-Sepharose, pH 4,0. As frações com atividade de α-galactosidase, eluídas com um gradiente de NaCl (0-0,8M), foram reunidas, concentradas por ultrafiltração, originando a α-galactosidase semi-purificada. A α-galactosidase foi purificada 12,4 vezes e o rendimento do processo de purificação foi de 13,5%. Atividade máxima de α-galactosidase foi detectada em pH 5-6 a 50 °C. A enzima manteve-se em torno de 100% da atividade original após pré- incubação por 3 h, a 35 e 40 °C, mas somente 50% da atividade original foi mantida após pré-incubação a 45 °C. K M ap para ρNPGal, melibiose e rafinose determinados pelo método do duplo-recíproco foram de 0,30 mM, 0,63 mM e 6,16 mM, respectivamente. A enzima hidrolisou com maior intensidade rafinose, seguido de ρNPGal, estaquiose e melibiose. Galactose, rafinose, melibiose, CuSO 4 , SDS e CAC-1l 2 atuaram como inibidores da atividade da enzima parcialmente purificada. Resultados do tratamento do leite de soja com a enzima mostraram redução de 72,3% de estaquiose e 89,2% de rafinose após um período de incubação de 6h, a 40 °C. Com o objetivo de aumentar o rendimento do processo de purificação, visando futuras aplicações em ensaios biológicos, um segundo protocolo foi estabelecido. O extrato enzimático obtido, como já descrito, foi submetido à crioprecipitação, precipitação ácida, fracionamento com sulfato de amônio (20-50% de saturação) e cromatografia de filtração gélica em Sephadex G-100. A α-galactosidase foi semi purificada em quatro etapas, com índice de purificação de 21,33 vezes e recuperação de 44% da atividade enzimática. Em conclusão, observamos que a adição de α -galactosidase ao extrato de soja hidrolisou uma fração significativa dos carboidratos não digeríveis, estaquiose e rafinose, podendo diminuir a flatulência causada por esses oligossacarídeos e assim aumentar o uso desta fonte protéica vegetal na alimentação humana e animal. Além disso, essa enzima apresenta características cinéticas compatíveis com as exigências para sua utilização em processos industriais, visando a diminuição nos teores dos oligossacarídeos de rafinose.