Ciências Biológicas e da Saúde

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    Produção de ácidos orgânicos e tolerância de sorgo à toxicidade do alumínio
    (Universidade Federal de Viçosa, 1998-07-29) Gonçalves, José Francisco de Carvalho; Cambraia, José; http://lattes.cnpq.br/0553096006639259
    Este estudo objetivou analisar os efeitos do alumínio (Al), em nível tóxico, sobre o crescimento de plantas de sorgo, os teores e a exsudação de ácidos orgânicos, e a atividade de enzimas ligadas à síntese e à degradação destes ácidos, em plantas de dois cultivares de sorgo, um sensível (BR007A) e outro tolerante (BR006R) ao Al. Os pesos da matéria seca das duas partes das plantas dos dois cultivares e o comprimento da maior raiz diminuíram com o aumento das concentrações de Al na solução, tendo o cultivar sensível sido mais severamente afetado que o tolerante. Os teores de Al, tanto nas raízes quanto na parte aérea, aumentaram com os aumentos nas concentrações de Al na solução nutritiva e o cultivar sensível acumulou mais Al nas duas partes da planta. O Al acumulou-se principalmente no ápice radicular (0-5 mm). Este segmento da raiz, além de apresentar maior teor de Al que os demais segmentos analisados, no cultivar sensível, apresentou cerca de 25,0% mais Al que o cultivar tolerante. Os teores de P, K, Ca e Mg diminuíram com o aumento das concentrações de Al na solução nutritiva, nas duas partes da planta, mas os cultivares não diferiram entre si, exceto quanto ao teor de Ca na parte aérea. A aplicação de ácido málico resultou em amenização do efeito inibitório do Al sobre o alongamento radicular, mas não houve eliminação completa da toxicidade do Al, mesmo na concentração mais alta. Os teores dos principais ácidos orgânicos, encontrados nas raízes e na parte aérea, aumentaram com a exposição das plantas ao Al. Os dois ácidos orgânicos mais abundantes em sorgo e, provavelmente, os mais importantes do ponto de vista da tolerância ao Al foram os ácidos málico e t-aconítico. Dentre todos os ácidos orgânicos, o ácido málico foi aquele que, na presença de Al, sofreu o maior aumento absoluto no seu teor, sempre mais pronunciado no cultivar tolerante, sugerindo um papel importante deste ácido no mecanismo de tolerância das plantas à toxicidade de Al. O Al promoveu aumento no teor do ácido cítrico transportado na seiva xilemática, principalmente no cultivar tolerante, no qual foi cerca de 26,0% maior que no cultivar sensível. O Al, de modo geral, influenciou a atividade das enzimas estudadas, no sentido de estimular a síntese e, ou, inibir a degradação do ácido málico. Nos casos dos ácidos cítrico e t-aconítico, isto nem sempre aconteceu. No cultivar tolerante, as enzimas de síntese dos ácidos orgânicos mostraram-se mais sensíveis ao estímulo, enquanto as enzimas de degradação foram mais sensíveis ao efeito inibitório do Al tóxico. As enzimas importantes no controle da produção de ácidos orgânicos e determinantes do comportamento diferencial dos cultivares de sorgo frente ao estresse de Al parecem ser a carboxilase do fosfoenolpiruvato e, principalmente, a fumarase.
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    Métodos de purificação e efeitos da qualidade espectral da luz em Nostoc spp
    (Universidade Federal de Viçosa, 1998-09-10) Nascimento, Antônio Galvão do; Pontes, Marisia Cyreti Forte; http://lattes.cnpq.br/0800366304990945
    A partir de um conjunto de 39 cianobactérias, foram purificados 14 isolados através de quatro métodos. Organismos que apresentam motilidade foram purificados por repicagens sucessivas ou por fragmentação de filamentos compostos por células vegetativas acoplado a repicagens sucessivas. Organismos sem motilidade puderam ser purificados por fragmentação de agregados de acinetos acoplada à esterilização com hipoclorito de sódio (comercial) ou por fragmentação de agregados de filamentos vegetativos envolvidos por bainhas rígidas acoplada à esterilização com hipoclorito comercial. Foram escolhidos os isolados Nostoc sp1(F16), Nostoc sp2(F40) e Nostoc piscinale (F108) para realizar determinações de concentração de ficobiliproteínas, caracteres morfológicos e o crescimento, sob luz verde e luz vermelha. Foi observada a ocorrência de adaptação cromática complementar somente em F16. F108 apresentou concentrações muito maiores de ficocianina (Pc) relativa a ficoeritrina (Pe) e F40 apresentou aproximadamente 50 % de ficocianina e 50 % de ficoeritrina em ambos os tipos de luz. A incubação em meio líquido, sob condições de agitação promoveu a formação de grumos de filamentos em F16 e F108, mas não em F40. Houve uma maior diferenciação de hormogônios em F16 e F108 sob luz vermelha, comparada à ocorrida sob luz verde e, devido a isso, ocorreu uma desagregação progressiva dos grumos nestes isolados sob luz vermelha, o que não foi observado sob luz verde. Em F40, não foram observados hormogônios em nenhum dos dois tipos de luz. Durante o crescimento de F16 e F108, foram observadas fases de interrupção de crescimento intermediárias a fases distintas de crescimento e F40 apresentou apenas uma única fase de crescimento. Propõe-se como hipótese que a diferenciação de hormogônios em F16 e F108 ocorra em fases específicas da curva de crescimento e que o fator determinante para a ocorrência de diferenciação destes filamentos seja a filtração seletiva da luz pelas camadas externas de células do grumo. Foi observada uma interação entre os efeitos da composição de ficobiliproteínas e da arquitetura das colônias sobre o incremento em biomassa. Em F16 e F108, a maior desagregação dos grumos sob luz vermelha, possivelmente seja a explicação do maior incremento de biomassa neste tipo de luz. Em F108, este maior incremento sob luz vermelha pode ser devido à maior concentração de Pc relativa a Pe. Em F40, o maior incremento de biomassa sob luz verde pode ser explicada pelas concentrações semelhantes de Pe e Pc em ambos os tipos de luz.
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    Fermentação alcoólica de soro de queijo por Klebsiella oxytoca M5A1, recombinante P2
    (Universidade Federal de Viçosa, 1997-03-25) Magalhães, Cláudia Helena de; Guimarães, Walter Vieira; http://lattes.cnpq.br/2555939259991281
    A produção de etanol a partir de soro de queijo suplementado com LB ou 0,5% de extrato de Ievedura por Klebsiella oxytoca M5A1, recombinante P2 (Kb.P2), em valores de pH controlado em 6,0; 6,5; 6,9; 7,0; e 7,3, apresentou baixo rendimento, o que indica ineficiência de estirpe Kb.P2 em utilizar a lactose do soro como substrato. A temperatura ótima para produção de enzima β-D-galactosidade foi 30°C. O pH e a temperatura de atividade ótima da enzima β-D-galactosidade foram 7,0 e 45°C, respectivamente. A enzima não apresentou estabilidade em temperatura superior a 35°C. Houve repressão catabólica de enzima, com a adição de glicose 10 minutos após a adição do indutor lPTG. A galactose adicionada em uma cultura paralela, no mesmo tempo, inibiu ligeiramente a produção de enzima. A β-D-galactosidase de Kb.P2 apresentou 37% de atividade em relação à E. coli K12, quando induzida com IPTG, indicando que Kb.P2 possui uma baixa expressão de enzima. As células rompidas com a prensa francesa ou as células permeabilizadas com tolueno apresentaram 1,3 vez mais atividade de β-D-galactosidase 30 minutos após a adição do indutor, comparado a células induzidas e não tratadas, o que indica baixa eficiência na entrada do substrato nas células. Os resultados permitem evidenciar que a fermentação de soro de queijo por Kb.P2 depende, ainda, do conhecimento e da manipulação do sistema da bactéria, visando utilizar lactose.
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    Caracterização cinética da isocitrato desidrogenase de mitocôndrias de batata e de soja
    (Universidade Federal de Viçosa, 1999-07-28) Borges, Regis; Silva, Marco Aurélio Pedron e; http://lattes.cnpq.br/9673696798282013
    Este trabalho teve por objetivo avaliar a regulação da atividade da isocitrato desidrogenase dependente de NAD + (NAD + -IDH), por cátions divalentes e nucleotídeos de adenina, em mitocôndrias vegetais. Para isto, utilizaram-se extratos enzimáticos de mitocôndrias isoladas de hipocótilos e raízes de soja e de tubérculos de batata, tendo a atividade da enzima sido determinada, espectrofotometricamente, pela redução do NAD + a 340 nm. A NAD + -IDH, independente da fonte da enzima, apresentou atividade ótima em pH 7,5 e temperatura de 35 o C. O armazenamento em banho de gelo ocasionou perda progressiva de atividade enzimática, semelhante para os materiais utilizados. A -20 o C, a enzima extraída de soja mostrou maior estabilidade, em função do tempo, que a de tubérculos de batata. Os cátions Mn 2+ e Mg 2+ estimularam a atividade da enzima, além de reverterem os efeitos do EGTA, porém, o Ca 2+ não teve as mesmas influências. Houve pequena diminuição da atividade enzimática em presença do ADP e uma diminuição da atividade enzimática mais drástica em resposta ao ATP, independente da fonte da enzima. O cálcio não interferiu no efeito dos nucleotídeos de adenina. Os valores de K M app e V máx app aparentes não foram alterados pelo cálcio. Em média, os valores de K M app foram em torno de 0,10 mM. Para as mitocôndrias de batata V máx app foi de 28 nm min -1 e para soja, em torno de 13 nm min -1 . Os dados não permitem associar a capacidade de mitocôndrias em acumular Ca 2+ com um possível controle diferencial deste cátion sobre a atividade da isocitrato desidrogenase dependente de NAD + .
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    Cinética da fluorescência e atividade do sistema antioxidativo em plantas de eucalipto com micorrizas sob temperatura supra-ótima
    (Universidade Federal de Viçosa, 1998-11-27) Tótola, Marcos Rogério; Borges, Arnaldo Chaer; http://lattes.cnpq.br/4086846335875092
    Plantas de Eucalyptus grandis foram aclimatadas a 25 o C e 400 μmol fótons m -2 s -1 , em câmara de crescimento, e posteriormente submetidas a uma combinação de temperatura e irradiância supra-ótimas, 40 o C e 1.200 μmol fótons m -2 s -1 , a fim de se avaliarem as respostas fisiológicas dessa espécie a uma condição potencialmente fotoinibitória. Não se observaram efeitos isolados da temperatura ou do excesso de irradiância sobre a eficiência fotoquímica do Fotossistema II (FS II), avaliada como a razão entre a fluorescência variável e a fluorescência máxima (F v /F m ), porém observou-se um efeito sinérgico desses dois fatores. A redução de F v /F m foi atribuída, primariamente, à redução da fluorescência máxima (F m ). A pré-aclimatação dos discos foliares à temperatura de 35 o C e baixa irradiância, 5 μmol fótons m -2 s -1 , por duas horas, resultou em aumento da tolerância à condição fotoinibitória. Pode-se inferir que a aquisição de tolerância à fotoinibição do PS II de E. grandis envolveu, primariamente, a alteração conformacional do centro de reação do PS II. Não se pode descartar o envolvimento da síntese de novo de proteínas neste processo, em razão do tempo requerido para se observar a alteração. O funcionamento de alguns componentes do sistema antioxidativo foi avaliado no sistema Eucalyptus-Pisolithus, em resposta à elevação da temperatura de 25 o C-28 o C para 40 o C. As alterações nas atividades de catalase (Cat), peroxidases não-específicas (Pod) e superóxido dismutase (Sod), em dois isolados fúngicos, traduziram estratégias diferentes de regulação do sistema antioxidativo. Houve reduções significativas nas atividades específicas da Cat, das Pod e da ascorbato peroxidase (AscPod), da atividade total da Sod e do teor de proteínas solúveis em folhas de E. grandis, após incubação a 40 o C. Essas alterações refletiram no menor teor de clorofila a e no aumento do teor de malondialdeído, uma indicação de que houve peroxidação de lipídios. Em raízes, não se observou efeito significativo da temperatura sobre as atividades de Cat, Pod e Sod. Não se detectou atividade da AscPod nesse órgão. Houve redução significativa do teor de proteínas solúveis e aumento do teor de malondialdeído após incubação a 40 o C, por três horas. As relações Sod:Cat e Sod:Pod nas micorrizas seguiram o padrão de aumento ou de redução observado no micélio dos dois isolados fúngicos. A atividade total da Sod foi maior do que nas raízes, a despeito da sua menor atividade nos micélios fúngicos. Este aumento resultou da indução de 4 a 5 novas isoenzimas de Sod do tipo Mn-Sod, todas de baixo peso molecular e com possível origem fúngica. O conjunto dos resultados obtidos permite inferir que o controle do sistema antioxidativo é exercido de forma mais eficiente nas micorrizas do que nos componentes individuais da associação mutualista. Este controle pode ser um dos responsáveis pelo benefício mútuo decorrente da associação simbiótica, especialmente observado em condições ambientais pouco favoráveis à sobrevivência dos organismos que dela participam.
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    Efeito do ácido jasmônico sobre lipoxigenases de folhas de soja
    (Universidade Federal de Viçosa, 1999-03-10) Colombo, Lucinete Regina; Barros, Everaldo Gonçalves de; http://lattes.cnpq.br/2983600944854240
    Este trabalho foi realizado com a variedade comercial de soja IAC-12 e a linha quase-isogênica dela derivada (IAC-12 TN), com ausência de lipoxige- nase (LOX) em suas sementes, com dois objetivos básicos: verificar o efeito do ácido jasmônico sobre as LOX foliares e analisar se a eliminação genética das LOX das sementes não alterou o pool de LOX das folhas. Foram determinados parâmetros cinético-bioquímicos do pool de LOX dos dois genótipos, nos tem- pos de 12, 24 e 48 horas após o tratamento com ácido jasmônico. O pH ótimo foi semelhante entre os dois genótipos, em torno de 6,0. Observou-se também um segundo pico de atividade, em torno de pH 4,5. As análises de temperatura indicaram maior atividade em torno de 25 0 C para o valor de pH 6,0. O parâme- tro cinético K M aparente (K M app) foi menor no tempo de 24 horas em ambos os genótipos, tratados ou não com ácido jasmônico. O genótipo IAC-12 exibiu maior K M app quando tratado com ácido jasmônico, ao passo que IAC-12 TN apresentou menor K M app quando tratado do que o controle, entretanto, em ambos os casos, as diferenças não foram acentuadas. Os dados obtidos indicaram que a remoção genética das LOX de semente de soja não influencia o pool de LOX foliares nem a sua resposta ao ácido jasmônico.
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    Metabolismo do nitrogênio em Phaseolus vulgaris L. durante senescência foliar induzida por deficiência de fósforo
    (Universidade Federal de Viçosa, 1999-03-05) Medeiros, Juliana Carvalho Gonçalves Dias de; Mosquim, Paulo Roberto; http://lattes.cnpq.br/8849275400732166
    Com o objetivo de verificar se a deficiência de P é um sistema experimental adequado para o estudo da senescência, e se há redistribuição mais eficiente de P em cultivares melhoradas para menor requerimento, foi avaliado o metabolismo de N durante senescência foliar induzida por deficiência de P, em duas cultivares de Phaseolus vulgaris L. com diferentes requerimentos de P. Plântulas das cultivares POT 51 (baixo requerimento) e Pérola (alto requerimento) foram crescidas em solução nutritiva completa, e, em seguida, transferidas para soluções deficientes em P. Após uma semana de deficiência, foram medidos, a cada três dias, nos trifólios senescentes, os teores de clorofilas e proteínas solúveis e as atividades da NR, da GS e da NADH-GDH. Também foram determinados os níveis das isoformas citossólica (GS 1 ) e cloroplastídica (GS 2 ) de GS e os teores de N e P (medidos também no trifólio mais jovem completamente expandido). Nas duas cultivares, tanto em senescência natural quanto induzida, foi observada remobilização de N, sendo esta, acelerada após aplicação da deficiência. Os níveis de N se mantiveram nos trifólios jovens, enquanto os de P caíram, paralelamente aos dos trifólios senescentes. Nas duas cultivares, a indução de senescência acelerou o início da perda de clorofila, mas não da de proteínas solúveis. As atividades da GS e da NR caíram progressivamente, sendo a queda acelerada após aplicação da deficiência, nas duas cultivares. Tanto durante senescência natural quanto induzida, a queda da atividade da GS foi causada pela diminuição dos níveis de GS 2 . Os níveis de GS 1 aumentaram, sugerindo seu papel na remobilização de N. As atividades real e potencial da NR foram mais altas em Pérola que em POT 51, tanto em senescência natural quanto induzida. Apenas nos estádios mais avançados, as cultivares apresentaram atividades iguais. Durante senescência natural, a atividade da NR apresentou limitação por substrato nas duas cultivares. Em senescência induzida, a atividade foi limitada, possivelmente, pela concentração da enzima. Em Pérola, a atividade da NADH-GDH diminuiu durante a senescência natural e aumentou durante a induzida. Em POT 51, a atividade manteve-se constante e não houve efeito de tratamento. Durante a senescência induzida, a maioria dos parâmetros acompanhados apresentou perfis similares aos observados durante a natural. Conclui-se que a aplicação da deficiência de P é um sistema adequado para o estudo do metabolismo de N durante a senescência foliar em feijão. Não ficou claro se POT 51 é mais eficiente na remobilização de P.
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    Caracterização bioquímica da proteína S-64, envolvida no transporte de sacarose em soja (Glycine max (L.) Merrill)
    (Universidade Federal de Viçosa, 1999-03-04) Pirovani, Carlos Priminho; Fontes, Elizabeth Pacheco Batista; http://lattes.cnpq.br/9615448923708075
    O cDNA da proteína S-64, homóloga à proteína de ligação à sacarose (SBP), foi previamente isolado de uma biblioteca de expressão de cotilédones de soja. A seqüência de aminoácidos deduzida da proteína S-64 apresenta 85% de identidade com a proteína de ligação à sacarose (SBP), um provável sinal, um sítio consenso de glicosilação e um sítio consenso de ligação à ATP/GTP. Nessa investigação, uma versão truncada da proteína S-64 foi expressa em E. coli e a proteína recombinante purificada, utilizada em ensaios de caracterização bioquímica. Além da alta conservação de seqüência com SBP, o fracionamento subcelular de cotilédones demonstrou que a proteína S-64 está associada a membranas. Consistente com sua localização subcelular, o terminal amino hidrofóbico da proteína parece ter função de Peptídeo sinal, uma vez que a proteína intacta não foi acumulada em E. coli, ao passo que a proteína S-64 isenta do Peptídeo sinal foi eficientemente sintetizada em bactéria. Provavelmente, o sistema de secreção da E. coli reconheceu o terminal hidrofóbico da proteína intacta, e a proteína recombinante foi secretada e degradada. No entanto, tradução in vitro do RNA sintético de S-64 usando reticulócitos de coelho, na presença de membranas microssomais pancreáticas caninas, demonstrou que o Peptídeo sinal de S-64 não é clivado. Tal resultado indicou que a proteína S-64 é uma proteína de membrana do tipo II, e o seu terminal amino apresenta as funções de Peptídeo sinal, endereçando a proteína para o retículo endoplasmático; e domínio transmembrana, fixando a proteína na membrana plasmática. A capacidade de S-64 oligomerizar foi avaliada em géis semidesnaturantes e o seu domínio de oligomerização mapeado, correspondente aos aminoácidos 36 a 343, usando-se versões truncadas da proteína. A possibilidade de a proteína ligar-se à GTP por meio do seu sítio consenso de ligação a nucleotídeos foi determinada por “GTP dot blot”. A proteína S-64 liga-se à GTP, preferencialmente à ATP, uma vez que uma versão de S-64 produzida em E. coli foi marcada radioativamente por [ 32 Pα]-GTP, na presença de ATP não marcado como competidor. O sítio de ligação à GTP foi delimitado pelo teste de perda de função a partir de mutação dirigida in situ. De fato, mutação no putativo sítio de ligação a ATP/GTP bloqueia a referida atividade da proteína. Tais resultados estabelecem que a proteína S-64 é, de fato, uma proteína de ligação à GTP associada à membrana. A atividade de ligação à GTP da proteína pode estar envolvida na regulação da função da proteína como transportadora de sacarose.
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    Embriogênese somática indireta e fusão interespecífica de protoplastos em Coffea
    (Universidade Federal de Viçosa, 1998-10-01) Cordeiro, Antônio Teixeira; Zambolim, Laércio; http://lattes.cnpq.br/0388151868008976
    Esta pesquisa foi conduzida com o objetivo de verificar a exeqüibilidade da fusão protoplástica interespecífica como ferramenta no melhoramento parassexual em Coffea. Para tanto, pretendeu-se a introgressão das resistências aos nematóides Meloidogyne incognita e M. exigua, do cultivar canéfora Apoatã, nos genótipos arábicas diplóide DH 3 e tetraplóides Catimor e Catuaí Amarelo. Com vistas à obtenção dos protoplastos, foi dado início a suspensões celulares embriogênicas a partir de calos friáveis embriogênicos induzidos de explantes foliares. Posteriormente foram estudadas, nas suspensões celulares Apoatã e DH 3 , as cinéticas do crescimento e do rendimento protoplástico em função do tempo pós-subcultura, bem como as condições de digestão enzimática da parede celular de seus agregados celulares. Foram realizados, ainda, estudos para a seleção dos heterofusionados. Embora todos os genótipos testados tenham reagido favoravelmente à formação de tecido embriogênico friável, apenas os arábicas DH 3 e Catuaí Vermelho requereram a ação conjunta de auxina e citocinina. Os demais Apoatã, Catimor e Catuaí Amarelo reagiram mais favoravelmente quando o regulador de crescimento foi apenas a citocinina BAP. As maiores freqüências de explantes com calos friáveis verificadas para os genótipos canéfora Apoatã e arábicas DH 3 , Catimor, Catuaí Amarelo e Catuaí Vermelho foram, respectivamente, 80, 60, 40, 40 e 20%. A diferenciação embriogênica dos agregados celulares, em cultura líquida, rendeu cerca de 241.000, 72.870 e 121.760 embriões g -1 MF de agregados celulares Apoatã, Catimor e DH 3 , respectivamente. As suspensões celulares Apoatã e DH 3 revelaram, imediatamente após a subcultura, uma fase exponencial de crescimento celular até um ponto de inflexão, a partir do qual as taxas de crescimento reduziram progressivamente para atingir um peso de matéria fresca dos agregados celulares assintótico. Coincidentemente, os menores rendimentos protoplásticos foram observados para tempos pós-subcultura superiores àquele do ponto de inflexão. A pré-plasmólise, a seleção dos agregados celulares de diâmetro inferior a 1 mm e a adição de cisteína 0,83 mM, durante a digestão enzimática, não interferiram no rendimento protoplástico das suspensões celulares Apoatã e DH 3 , ao contrário das concentrações das enzimas pectinases e celulase. De maneira geral, o rendimento protoplástico Apoatã, sempre inferior àquele DH 3 , foi maior quando as duas pectinases, pectoliase e macerozima, estiveram associadas à celulase, as três nas maiores concentrações testadas. Os 12 meios de cultivo de protoplastos testados não permitiram distinguir os protoplastos parentais Apoatã e DH 3 em nível de crescimento dos microcalos. Alternativamente, os inibidores metabólicos iodoacetamida e rodamina, nas respectivas concentrações de 2 e de 0,9 mM, mostraram-se eficazes em inibir a regeneração dos protoplastos parentais em microcalos. Seu aproveitamento permitiu a realização de 23 ensaios de eletrofusão interespecífica, cujos produtos, aparentemente justificados pela complementação metabólica, encontram-se em desenvolvimento com vistas à diferenciação embriogênica e regeneração de plantas. Esta última permitirá análises para verificação do potencial da fusão protoplástica no melhoramento parassexual em Coffea.
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    Análise dos constituintes químicos do pólen e da inflorescência de Stryphnodendron polyphyllum, em relação à cria-ensacada brasileira em Apis mellifera
    (Universidade Federal de Viçosa, 1999-08-18) Santos, Mara Lúcia de Azevedo; Message, Dejair; http://lattes.cnpq.br/4346386170135221
    O objetivo deste trabalho foi analisar os constituintes químicos do pólen de Stryphnodendron polyphyllum (barbatimão), causador da doença cria-ensacada brasileira (CEB) em Apis mellifera. Para isso, coletaram-se pólen e inflorescência de barbatimão para serem submetidos a extrações sucessivas com hexano e, posteriormente, com etanol. Com os extratos hexânico e etanólico do pólen e da inflorescência obtidos, foram realizados ensaios biológicos, nos quais se verificaram pré-pupas com sintomas da doença nos tratamentos em que as larvas eram alimentadas com dieta de operária mais extrato etanólico. Observou-se a presença de taninos nos extratos etanólicos, tendo sido determinado nestes 7,91 e 21,43% de taninos no pólen e na inflorescência, respectivamente. Com o fracionamento do extrato etanólico do pólen, isolaram-se ainda ácidos graxos e frutose, que foram submetidos a ensaios biológicos. Essas frações não determinaram o aparecimento de sintoma da CEB nas abelhas tratadas. Como várias espécies de barbatimão são conhecidas por possuírem altas concentrações de tanino, realizaram-se ensaios biológicos com concentrações diferentes de ácido tânico para verificar o seu efeito no desenvolvimento das crias de abelhas. Observou-se a presença de sintomas da doença e de alta mortalidade das crias tratadas a partir da terceira alimentação com dieta contendo diferentes concentrações de ácido tânico, tendo sido estimada uma CL50 de 0,012% no referido composto. Diante desses resultados, concluiu-se que o constituinte químico responsável pelos sintomas da cria-ensacada brasileira está presente na fração etanólica do pólen, podendo pertencer ao grupo dos taninos. Os resultados dos ensaios biológicos obtidos com a inflorescência foram semelhantes àqueles conseguidos com o pólen.