Economia Doméstica
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Item Desconstruindo o discurso sobre a velhice: revelando o idoso como cuidador(Universidade Federal de Viçosa, 2010-07-13) Gomes, Ivani Soleira; Fiúza, Ana Louise de Carvalho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796571E6; Barreto, Maria de Lourdes Mattos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4700160D8; Pinto, Neide Maria de Almeida; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4701521A0; http://lattes.cnpq.br/1174073723312072; Pereira, Eveline Torres; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4797481T0; Bartolomeu, Tereza Angélica; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4709252T1O envelhecimento populacional tem-se apresentado como fenômeno mundial, registrando-se maior crescimento do número de idosos em comparação com as demais faixas etárias. No Brasil e nos demais países em desenvolvimento, esse fenômeno vem acontecendo de forma mais acelerada que nos países desenvolvidos. Observa-se, no entanto, que o aumento quantitativo de idosos vem ocorrendo no mesmo momento em que a família também experimenta transformações estruturais. O aumento da população idosa coloca novos desafios para a instituição família, uma vez que é vista como fonte de apoio informal, seja pela corresidência, seja pela cessão de bens e recursos financeiros. No entanto, verifica-se que alterações econômicas, sociais e culturais na família têm colocado o idoso como possibilidade de apoio aos descendentes, de forma temporária ou perene. Diante disso, procurou-se responder às seguintes questões: (1) Qual papel os idosos cumprem, atualmente, em relação à reprodução social das famílias? (2) Qual papel a família atribui-se a si, em relação aos seus idosos? (3) Como o envelhecimento interfere na dinâmica e organização do grupo? (4) Qual a percepção do grupo familiar sobre a institucionalização? Desse modo, este estudo teve como principal objetivo analisar o papel do idoso no grupo familiar e como o envelhecimento interfere na dinâmica e organização dos grupos familiares que têm em sua composição um idoso. Buscou-se, ainda, analisar a percepção que o idoso tem da institucionalização. Trata-se de estudo qualitativo de natureza descritiva, de corte transversal. Utilizaram-se como instrumentos de coleta de dados a análise documental, questionário e entrevista semiestruturada. A pesquisa foi realizada com 36 familias com presença de idosos, residentes no Bairro Santo Antônio, da cidade de Viçosa, MG. Os dados obtidos a partir do questionário foram analisados estatisticamente, utilizando-se o programa Microsoft Office Excel 2007, enquanto nas entrevistas foi empregada a análise das falas. Verificou-se que os idosos estudados são, em sua maioria, do sexo feminino, com médias de idade que os caracterizaram como idosos jovens , proprietários de suas moradias, portadores de doenças crônicas, com baixa escolaridade e com renda per capita que os colocaram acima da situação de pobreza. Verificou-se, ainda, que a renda do idoso constituía item importante na composição do orçamento doméstico familiar e essa renda é oriunda da previdência ou assistência social, via aposentadoria, pensão ou beneficio social. O envelhecimento foi percebido a partir de três temas específicos: mudanças fisiológicas e psicológicas, aspectos sociais e idade cronológica. Constatou-se a existência de uma rede de apoio informal dos idosos para o grupo familiar, evidenciada na corresidência, cuidado com as crianças, ajuda nas atividades da vida diária e nas atividades instrumentais externas. Nas famílias pesquisadas, o idoso era o principal provedor e a figura de autoridade no seu grupo familiar. As mudanças admitidas na dinâmica e organização familiar, em função do envelhecimento, referem-se ao trabalho e à disponibilidade e utilização do tempo livre. Foi verificado que os idosos rejeitam a ideia de serem institucionalizados, havendo expectativa de que eles venham a ser cuidados pelos familiares. Finalmente, constatou-se que, entre as famílias estudadas, não foi possível estabelecer associação clara entre dependência e envelhecimento. Ao contrário disso, o idoso cumpre papel importante na reprodução social do grupo familiar.Item Desmitificando a idéia de passividade, dependência e alienação atribuída às camadas populares: um estudo acerca do significado da prestação de serviço às famílias ligadas à Rebusca em Viçosa, MG(Universidade Federal de Viçosa, 2005-04-28) Silva, Valeska Medeiros da; Fiúza, Ana Louise de Carvalho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796571E6; Lopes, Maria de Fátima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4793922P1; Pinto, Neide Maria de Almeida; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4701521A0; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4237195D6; Oliveira, Milton Ramón Pires de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727595E0; Doula, Sheila Maria; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785704Z8Buscamos nesta dissertação problematizar a caracterização geralmente atribuída às camadas populares como alienadas e passivas, recebedoras de benesses do Estado, de políticos ou de instituições de assistência social. O que relativizamos, através do estudo que iremos apresentar, é justamente que tais famílias, pertencentes ao estrato popular, se prestam ao clientelismo quando este se lhes apresenta como uma forma de satisfação às necessidades vividas, mas que não está arraigado em sua constituição identitária um padrão passivo e alienado. Nesses termos, tomou-se como referencial empírico desse estudo, as formas de interação das famílias de camadas populares da cidade de Viçosa, MG, assistidas nos programas de ação social oferecidos pela Rebusca Ação Social Evangélica. A observação participante, entrevistas estruturadas e as entrevistas feitas às famílias, bem como a pesquisa aos documentos da instituição permitiram-nos traçar desde o funcionamento dos programas da Rebusca até as condições de vida dos atendidos e seus comportamentos face aos programas de assistência social da instituição estudada. Interessou-nos chamar a atenção, principalmente, para o fato das famílias não evangélicas assistidas pela Rebusca manterem uma margem de independência em termos de filiação religiosa a esta instituição. Dentro do quadro de carência das famílias assistidas, a autonomia relativa face aos atrativos da conversão religiosa , complexificaria a afirmação da passividade e de alienação atribuída a estas camadas sociais. Além disto, a própria busca por assistência aos filhos pode ser lida como não passividade frente a pequena oferta de prestação de serviços por parte do Estado, o qual reconhece tais necessidades sociais de assistência, porém desenvolve poucas políticas efetivas nesse sentido.Item Do contexto familiar ao universitário: o campo de possibilidades para a construção de territórios e identidades homossexuais(Universidade Federal de Viçosa, 2012-06-27) Bissaco, Joelcio Zoboli; Fiúza, Ana Louise de Carvalho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796571E6; Pinto, Neide Maria de Almeida; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4701521A0; http://lattes.cnpq.br/5940088697367020; Civale, Leonardo; http://lattes.cnpq.br/6084393659907979; Amodeo, Nora Beatriz Presno; http://lattes.cnpq.br/6045747294263289l/visualizacv.do?id=K4708493A7O objetivo desta pesquisa foi compreender o significado que tem, para os estudantes homossexuais, a mudança para uma cidade universitária e o afastamento da família de origem em termos da construção ou afirmação de suas identidades. Buscou-se ainda analisar a rotina desses estudantes, seus grupos, redes de sociabilidade, espaços que frequentam e como ficou a relação com a família após saírem de casa. A população estudada foi então composta por trinta homossexuais estudantes da Universidade Federal de Viçosa, que não são naturais da cidade. Para explorar e adentrar a realidade social e territorial dos sujeitos da pesquisa foram aplicadas entrevistas semiestruturadas. Como resultado, a pesquisa evidenciou que, no cotidiano, estes estudantes homossexuais constituem redes e vínculos sociais que se baseiam em relações de amizade e de colaboração com outros universitários, sejam homossexuais ou não, criando uma identidade ufeviana que, além de ser maior que a identidade homossexual, ajuda a manter uma segregação entre quem é nativo de Viçosa e quem é de fora . Na cidade, os universitários homossexuais revelaram uma preferência por transitarem por espaços de diversão e lazer mais tolerantes, como alguns bares, o chat e as festas gays, apesar destas constituírem territórios muito fluidos. Embora a relação com a família tenha se mantido inalterada para a maioria dos gays e lésbicas, chegar a Viçosa permitiu uma grande mudança em termos da construção das suas identidades homossexuais, pois, para aqueles que já haviam assumido a sua identidade sexual antes de se mudarem, Viçosa oferece várias possibilidades de vivenciá-la e, para aqueles que ainda não tinham saído do armário , estar em Viçosa foi o momento para fazê-lo.Item Educação inclusiva: das intenções às ações - Um estudo sobre o processo de inclusão escolar de alunos caracterizados como portadores de necessidades especiais em escolas públicas no Município de Viçosa, MG(Universidade Federal de Viçosa, 2006-05-31) Braga, Adriane Fontes; Fiúza, Ana Louise de Carvalho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796571E6; Barreto, Maria de Lourdes Mattos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4700160D8; Pinto, Neide Maria de Almeida; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4701521A0; Marques, Luciana Pacheco; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727347P8; Oliveira, Milton Ramón Pires de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727595E0Na atualidade, a busca por uma sociedade mais justa e democrática é um grande desafio. Nesse contexto, a escola representa uma aliada nessa construção, à medida que se pode transformar num espaço de reconhecimento e valorização das diferenças humanas. Para avaliar a concretude dessa proposta, esta pesquisa buscou compreender de que forma vêm sendo implementadas as diretrizes pró-inclusão escolar dos alunos caracterizados como portadores de necessidades especiais na rede regular pública de ensino, assim como as dificuldades para a construção dessa nova realidade educativa. Para tanto, tomamos como referencial empírico do nosso estudo três instituições de educação pública do Município de Viçosa (MG), que estão vivenciando a educação inclusiva de diferentes maneiras - as escolas Professora Maria José Santana , Effie Rolfs e APAE/Viçosa . As observações nas salas de aula e as entrevistas semi-estruturadas com os professores e gestores dessas instituições permitiram-nos conhecer as diretrizes pró-inclusão de cada instituição e os diversos olhares desses profissionais sobre a educação inclusiva, a anormalidade, a prática educativa vivenciada nessas escolas e as dificuldades e avanços nessa área. Os resultados possibilitaram-nos concluir que os professores e gestores dessas instituições educativas concebem a educação inclusiva e os alunos caracterizados como portadores de necessidades especiais sob diferentes enfoques, com definições e ações que ora se aproximam dos princípios da integração, que pressupõem a mudança do aluno para acompanhar a escola, ora se referem aos princípios inclusivos, que pressupõem a mudança da escola para atender às diferenças dos alunos. Além disso, as diferentes condutas e mudanças estruturais, pedagógicas e organizacionais para o atendimento dos alunos caracterizados como portadores de necessidades especiais nas instituições investigadas apontaram para a manutenção de um modelo de avaliação dos alunos e de condução do processo de ensino e aprendizagem, guiando-se por padrões de referência e normativos hegemônicos impostos pela sociedade e pelo sistema escolar regular.Item A emigração sob o olhar de quem fica: uma análise das experiências de famílias do município de Ipaba-MG(Universidade Federal de Viçosa, 2007-05-30) Coelho, Luciane Germano Simões; Fiúza, Ana Louise de Carvalho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796571E6; Doula, Sheila Maria; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785704Z8; Pinto, Neide Maria de Almeida; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4701521A0; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4756355Z8; Teixeira, Karla Maria Damiano; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790320H4; Soares, Jeferson Boechat; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4760231A4A migração internacional de brasileiros ganha destaque nas últimas décadas. O Brasil, historicamente conhecido como destino de diversas correntes migratórias, especialmente a partir de 1980, presencia um volume expressivo de brasileiros em direção a outros países. Com o processo de globalização contemporânea e as profundas modificações que assolam o mundo do trabalho, esta tem sido a saída encontrada por muitos brasileiros na busca pela melhoria do nível de vida. Com a ausência desse integrante, a família que fica passa a vivenciar novas experiências e transformações. Portanto, este trabalho teve como objetivo analisar as conseqüências da migração internacional nas famílias que tiveram um ou mais de seus membros migrando para o exterior e o significado dessa experiência para o grupo, bem como analisar as transformações que a migração internacional vem provocando na economia e no espaço urbano do município de Ipaba-MG. A pesquisa de abordagem qualitativa contou com entrevista semi-estruturada realizada com 12 famílias de migrantes desse município, além de discussão teórica sobre as temáticas migração internacional, família e rede social. Os resultados demonstraram que em Ipaba os indivíduos migram para os Estados Unidos em busca do sonho de obtenção da casa própria. Para realização desse projeto, contam com a presença dos membros da família, que auxiliam tanto nos recursos da partida, nos interesses deixados pelo migrante no município de origem, como também prestam apoio necessário para a chegada do migrante através da rede social. Com as remessas enviadas pelo migrante às famílias que ficam, a economia do município vem gradativamente se desenvolvendo, especialmente no setor da construção civil, através das casas que são construídas, modificando o espaço urbano da cidade. Ainda assim, a migração provoca transformações na organização familiar, especialmente no que se refere às mudanças de papéis sociais ocorridas nas famílias de pais migrantes. Com a saída do pai, cabe à mãe, sozinha , comandar a casa, os filhos e até as finanças, ampliando o seu papel diante do grupo familiar. No entanto, observou-se também a existência de estratégias que são criadas para a manutenção do poder e da autoridade do pai que migrou e da perda do papel das esposas, que passam a viver com a ausência dos maridos. Para as famílias, a experiência migratória pode significar possibilidades de melhoria das condições de vida, possibilidades de aprendizagem de uma convivência longe de quem migrou e possibilidades de melhorias das relações familiares, promovidas pela distância e pela ausência. Conclui-se que a migração internacional do município de Ipaba é um projeto coletivo, ao refletir os anseios do grupo familiar,que para ser realizado tem a participação efetiva dos membros da família nas esferas financeira, social e emocional, além de ser um projeto com tempo e finalidade determinados, implicando continuamente perdas e ganhos para as famílias e para os migrantes.Item Família, trabalho e religião: fatores de reintegração do detento? Um estudo comparativo e descritivo entre o sistema prisional comum e a Associação de Proteção e Assistência aos Condenados(Universidade Federal de Viçosa, 2009-07-06) Coutinho, Adriana de Souza Lima; Fiúza, Ana Louise de Carvalho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796571E6; Doula, Sheila Maria; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785704Z8; Pinto, Neide Maria de Almeida; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4701521A0; http://lattes.cnpq.br/7750603771066809; Barreto, Maria de Lourdes Mattos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4700160D8; Muniz, Vera Lúcia Travençolo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762370Z6A reintegração dos detentos na sociedade e a diminuição da criminalidade e da reincidência têm sido temas de interesse do Estado e da sociedade. Buscando soluções para a crise dos estabelecimentos prisionais, alternativas como o Método APAC têm sido elaboradas pela sociedade com o objetivo de reintegrar o preso à sociedade. A perspectiva do método APAC tem como premissa a recuperação e inclusão social dos indivíduos a partir da reconstrução e ressignificação dos seus laços sociais, afetivos e religiosos. Nesse contexto, esta pesquisa buscou analisar os elementos diferenciais entre a metodologia APAC e o sistema prisional comum, tendo como objeto de análise o Presídio de Viçosa e a APAC de Itaúna, MG. Os sujeitos do estudo foram os detentos, seus familiares e representantes das duas instituições. Os dados foram construídos por entrevistas e observação não participante. Em relação a três dos doze elementos nos quais o método da APAC se apoia - família, trabalho e religião -, estes analisados no presente estudo, evidenciou-se que os fundamentos do método se baseiam em uma ordem moral que se dá, sobretudo, por meio da família e da religião, com resultados ainda pouco expressivos nos aspectos relacionados à inserção dos detentos no mercado de trabalho e à qualificação pela educação. Não se pode dizer dos efeitos e contribuições dessas ações para a não reincidência ou para o não envolvimento dos ex-detentos no mundo do crime. Os resultados apontaram que, para que a capacitação profissional aconteça de maneira eficaz, tanto na APAC quanto no Presídio, é necessário um direcionamento para a demanda de mercado. Constatamos que os laços com a família podem se colocar como um importante apoio aos ex-detentos; contudo, a família nem sempre deve ser compreendida como uma referência positiva para a mudança de vida. Acerca do vínculo religioso, muitos reclusos utilizavam a religião como válvula de escape para os problemas vivenciados no mundo do crime. No entanto, para aqueles que incorporavam os valores e as práticas religiosas, nas duas instituições, a religiosidade podia ser um fortalecedor da perspectiva de mudança de vida. O estudo evidenciou que, além dos aspectos individuais, a inclusão social dos ex-detentos deve ser percebida no âmbito das políticas públicas, a partir de ações que tenham como perspectivas mudanças das relações sociais e das contradições que são inerentes ao modo de produção capitalista. É necessário também o apoio da sociedade, a partir de oportunidades de emprego e diminuição do preconceito, bem como de encaminhamento ao mercado de trabalho e acompanhamento social após o cumprimento da pena. É esse conjunto de fatores que, associados, possibilitarão a recuperação do detento e, consequentemente, a diminuição da criminalidade e da reincidência.Item O lugar do assentamento nos projetos de vida das famílias assentadas: o caso do assentamento Margarida Alves, em Bambuí-MG(Universidade Federal de Viçosa, 2011-06-13) Faria, Mariângela de; Fiúza, Ana Louise de Carvalho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796571E6; Ludwig, Márcia Pinheiro; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790500T3; Pinto, Neide Maria de Almeida; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4701521A0; http://lattes.cnpq.br/1558829752998309; Oliveira, Marcelo Leles Romarco de; http://lattes.cnpq.br/9640368530350343A permanência dos assentados rurais na terra conquistada tem sido uma das promessas dos governos. Estudos de autores como Bogo (1999), Andrade et al (2009) e outros revelaram que após a conquista da terra, os assentados enfrentavam dificuldades para permanecerem no local, tendo que buscar seu sustento fora do assentamento ou desenvolver atividades agrícolas paralelas a outras atividades para garantir seu lote. Esta pesquisa buscou compreender o lugar que o assentamento rural Margarida Alves, no município de Bambuí MG, ocupa na trajetória de vida dos assentados, analisando como os projetos de vida das famílias de um assentamento rural revelam as expectativas dos mesmos para o futuro. Para tanto, as famílias do assentamento foram caracterizadas quanto ao seu perfil socioeconômico e estratégias de reprodução, trajetórias e projetos de vida, procurando problematizar o lugar que o assentamento ocupa nestes projetos. O estudo mostrou que o perfil das famílias assentadas agrega realidades rurais e urbanas: pessoas que sempre vivenciaram a roça, pessoas que vivenciaram o campo e a cidade e pessoas que nunca vivenciaram a realidade rural. A maioria das famílias entrevistadas era proveniente do município de Bambuí e para grande parte, o acesso ao lote significou continuar trabalhando em atividades ligadas ao rural. Para os assentados provenientes de outras localidades, o acesso a terra não significou rompimento com as antigas atividades, pois os que exerciam atividades agrícolas e não-agrícolas, como pintor, motorista, peão de rodeio, pedreiro, continuaram a exercê-las concomitantemente às atividades do lote. Para a grande maioria, inclusive, esse acesso garantiu o fortalecimento e a possibilidade de incremento dessas atividades, pois estas encontram demanda tanto no meio urbano quanto no meio rural. A sociabilidade dos assentados se construía também na zona urbana de Bambuí, devido aos inúmeros vínculos que mantinham no município a partir do trabalho, lazer e estudo. E a reprodução das famílias não estava associada, de forma exclusiva, às atividades desenvolvidas no lote. Grande parte dos jovens, filhos dos assentados, tinha seus projetos de vida ligados ao urbano, seja pelo interesse em estudos, ou pelo desenvolvimento de outras atividades. Percebeu-se através do estudo realizado que o assentado do Margarida Alves pouco se diferenciava do pequeno agricultor de Bambuí, pois ter um (pequeno) pedaço de terra e manter uma residência na área urbana, ou ainda nesta desenvolver outra atividade profissional faz parte do cotidiano de muitos agricultores bambuienses. O entendimento do assentamento como meio ou fim para se alcançar uma melhor condição de vida não se constituiu em um fator restritivo às possibilidades de reprodução social dos assentados. Pelo contrário, inseriu os mesmos na cultura local.Item Moradia e consumo no campo: mudanças e permanências face ao processo de urbanização na zona rural de Araponga, MG(Universidade Federal de Viçosa, 2013-05-17) Guimarães, Edilene Pereira; Fiúza, Ana Louise de Carvalho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796571E6; Pinto, Neide Maria de Almeida; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4701521A0; http://lattes.cnpq.br/3151535214120434; Barreto, Maria de Lourdes Mattos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4700160D8; Mafra, Rennan Lanna Martins; http://lattes.cnpq.br/7855740978392721No âmbito do rural brasileiro, verifica-se que se vivencia um momento de importantes mudanças em relação aos modos de vida das pessoas que residem no campo. Nesse sentido, pensar nas repercussões que o processo de urbanização do campo pode causar sobre os modos de vida das famílias que residem neste espaço em termos dos modos de moradia e hábitos de consumo é um desafio a ser investigado. A pesquisa teve como objetivo geral compreender as influências do processo de urbanização do campo no modo de moradia e de consumo das famílias que vivem no campo. Buscou-se perceber indícios das possíveis transformações ocorridas nesse espaço que deverão ser constatadas em termos dos modos de vida do rural tradicional ao moderno que poderão se expressar nas habitações e nas formas de consumo, de modo a observar de que forma essa maior proximidade entre campocidade se manifestaria. Tomou-se como referência a zona rural do município de Araponga do Estado de Minas Gerais, por apresentar características socioeconômicas típicas à Zona da Mata Mineira, onde se encontra situado. Trata-se de uma pesquisa descritiva, onde se fez a combinação de abordagens metodológicas qualitativas e quantitativas utilizando-se de fontes primárias e secundárias, com o uso de questionários semi-estruturados, aplicados a 72 famílias, dados documentais, com base em registro fotográfico, áudios e observações não participantes. Os resultados apontaram que a interferência dos indicadores de urbanização no estilo de vida, dentro dos padrões de consumo e modos de morar, aparato tecnológico, no acesso a serviços se fez presente entre as famílias pesquisadas. Contudo, para aqueles indicadores que estavam relacionados com os anos de estudo, renda, tipo de vínculo com o trabalho, realização do trabalho, e questões relacionadas com o lazer, recebeu influência do modo de vida rural. Observamos que as famílias rurais passaram a adquirir e absorver novos valores de consumo e características dos padrões urbanos a partir dos filtros estabelecidos pelas especificidades culturais enraizadas na sua história, no seu modo de vida, sem, no entanto, perder as suas especificidades culturais. Isto, porque persistem características identitárias típicas de um rural tradicional, como, por exemplo, a realização do trabalho doméstico em que a mulher era a pessoa encarregada de desenvolver as atividades ligadas ao ambiente doméstico. Além das características voltadas para a produção artesanal das famílias em que os produtos de limpeza, como sabão, ou mesmo objetos de uso decorativo demonstraram a permanência da tradição, cujos valores continuavam sendo mantidos. Conclui-se, portanto, que o processo de urbanização trouxe consigo modificações, ainda que parciais, nos modos de morar das famílias rurais, bem como nos hábitos de consumo diante da apropriação que elas faziam da cultura urbana. Esse processo deu-se, no entanto, sem descaracterizar totalmente a sua cultura local. Ou seja, mesmo constatando que as famílias que residem no campo não estavam totalmente independentes dos desejos de consumo que o mercado oferece e que se manifestou nos modos de morar, no aparato tecnológico, e no acesso aos bens e aos serviços.Item Paralisia cerebral: o significado do cuidar no contexto familiar de camadas populares(Universidade Federal de Viçosa, 2012-05-28) Costa, Elisa Maria Almeida; Fiúza, Ana Louise de Carvalho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796571E6; Pereira, Eveline Torres; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4797481T0; Pinto, Neide Maria de Almeida; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4701521A0; http://lattes.cnpq.br/3436304216811545; Gediel, Ana Luisa Borba; http://lattes.cnpq.br/4847726396513108; Barreto, Maria de Lourdes Mattos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4700160D8Nessa pesquisa, buscou-se analisar o significado do ato de cuidar e as implicações que o cuidado, de pessoas com Paralisia Cerebral (PC), geram para o cuidador principal e para a família de tal pessoa. Especificamente, os objetivos do trabalho foram: analisar como essas famílias, provenientes de camadas populares, reconhecem e elaboram a deficiência de seu familiar; compreender as possíveis modificações que ocorreram, na dinâmica e na organização da família, em decorrência de um familiar com deficiência e quais as repercussões desse fato nas esferas física (do domicílio), social, econômica e cultural da família; compreender qual é o significado do cuidado do familiar com deficiência, bem como o custo social e econômico desse cuidar para o cuidador principal; e identificar a influência das redes de suporte social (institucionais e não institucionais) no provimento de cuidados à pessoa com deficiência. O aporte teórico foi baseado em três categorias deficiência, família e cuidado , a fim de entendermos como a pessoa com deficiência foi tratada e cuidada historicamente, tanto pelo Estado, quanto pela família. Além disso, visamos compreender como esse cuidado se materializa no contexto familiar, em termos dos papeis desempenhados pelos membros familiares, em relação a esse cuidar, e do papel das redes de suporte social às famílias. Definimos a APAE (Associação de Pais e Alunos Excepcionais), localizada na cidade de Viçosa MG, como nosso campo empírico. A amostra foi composta por doze cuidadoras de pessoas com PC e o método utilizado, para a coleta de dados, foi o Estudo de Caso, apoiado nas seguintes técnicas: diário de campo, questionário e entrevista semiestruturada. A análise dos dados foi pautada em uma abordagem qualitativa e as informações, oriundas das entrevistas e do diário de pesquisa, foram analisadas a partir da análise das falas; já as informações obtidas, por meio dos questionários, foram analisadas e reduzidas a termos descritivos, sendo posteriormente quantificadas. Foi constatado que a maneira, através da qual a família reconhecia e elaborava a deficiência de seu familiar, esteve relacionada não somente à imagem construída, historicamente e socialmente, em torno da deficiência, mas também a uma série de fatores que variaram desde a forma como o diagnóstico foi transmitido, pela equipe de saúde, até o estado emocional dos familiares; os quais, por vezes, não se sentiam preparados para entender o que aconteceu ou não desejavam adquirir maiores informações sobre o quadro clínico da criança, limitando seu conhecimento relacionado ao assunto. Além desses aspetos emocionais de caráter subjetivo, a presença de um familiar com PC envolveu mudanças de caráter objetivo, tais como: modificações na rotina, na estrutura física da residência e nas relações sociais. Essas mudanças afetaram mais intensamente as vidas das cuidadoras principais, as quais assumiam não somente as atividades ligadas ao cuidado cotidiano do familiar com PC, mas também desempenhavam múltiplas funções, como as de mãe, esposa, dona de casa e, em alguns casos, de lavradoras, empregadas domésticas e balconistas. Tais afazeres e responsabilidades, assumidos pelas cuidadoras, se materializaram como fatores preponderantes para um possível desgaste físico e emocional das mesmas. Em virtude desse desgaste, as mães, na maioria das vezes, encontravam, nas redes de suporte social, apoio para minimizarem a sobrecarga do cuidado e/ou para se adaptarem à nova dinâmica de vida. Os resultados reforçaram a importância do suporte social no processo de adaptação familiar, uma vez que o mesmo influencia aspectos do comportamento familiar. Em especial, destacamos aqueles relacionados à capacidade de resolução de problemas, por meio de vários tipos de apoios, os quais variam desde contribuições econômicas e suporte emocional, até o fornecimento de informações e/ou de auxílio no provimento de cuidados à pessoa com deficiência.Item A percepção das mulheres beneficiárias do programa bolsa-família sobre sua implementação em Viçosa-MG(Universidade Federal de Viçosa, 2008-07-03) Carneiro, Maria da Penha Aparecida Klug Basílio; Fiúza, Ana Louise de Carvalho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796571E6; Dias, Marcelo Miná; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723733T2; Pinto, Neide Maria de Almeida; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4701521A0; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4737471A6; Silva, Neuza Maria da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783876Z0; Oliveira, Milton Ramón Pires de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727595E0Nesta pesquisa, buscou-se analisar, a partir da percepção das famílias beneficiárias do Programa Bolsa-Família, em sua implantação no Município de Viçosa, MG, a capacidade do Programa de auxiliar na redução da pobreza e da exclusão social enquanto incentiva a inclusão social e práticas cidadãs. Especificamente, teve como objetivos: apontar o desenho do PBF em nível nacional; caracterizar o PBF em Viçosa, a partir dos gestores e das famílias beneficiárias; caracterizar o perfil socioeconômico das famílias atendidas pelo PBF; e identificar a percepção que as famílias beneficiárias têm do Programa Bolsa-Família, bem como as mudanças e as permanências percebidas por essas famílias no que diz respeito à diminuição da pobreza e da exclusão social e ao fortalecimento da cidadania. O aporte teórico foi baseado em três categorias pobreza, exclusão e cidadania , para fundamentar a relação entre a permanência da pobreza e da exclusão no Brasil e o tipo de cidadania existente. O campo empírico foi o PBF implementado no Bairro Novo Silvestre, na cidade de Viçosa, MG. A amostra foi composta por 25 famílias beneficiárias residentes no referido bairro e em seu entorno e por dois profissionais do Programa. O método utilizado para a coleta de dados foi o Estudo de Caso, apoiado nas seguintes técnicas: pesquisa documental, pesquisa bibliográfica, entrevistas semi- estruturadas, observação informal e registros fotográficos das condições de moradia das famílias. Na análise dos dados, privilegiaram-se a estatística descritiva e a Interpretação dos sentidos a partir dos sujeitos pesquisados, nos termos de Minayo. Foi constatado que o PBF na percepção das famílias é entendido como Bolsa-Escola e contribui para o impedimento de situações de fome. O PBF, em Viçosa, prioriza apenas a transferência de renda, razão por que as chances de ser considerado portas de saída da pobreza e da exclusão social são pequenas. Em princípio, suas estratégias deveriam conduzir as famílias beneficiárias a novos caminhos, nos quais o peso da pobreza e da exclusão, corporificado nas experiências vividas, desse lugar às experiências de práticas cidadãs, num contexto de inclusão social. Os resultados reforçaram o pressuposto de que a pobreza e a exclusão social só podem ser enfrentadas mediante um conjunto de medidas articuladas, que não se caracterizem como assistencialistas, mas que reforcem os direitos de cidadania.Item Os polos agroflorestais como política de desenvolvimento rural sustentável em Rio Branco no Acre: da proposição à realidade(Universidade Federal de Viçosa, 2008-10-13) Souza, Elyson Ferreira de; Fiúza, Ana Louise de Carvalho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796571E6; Dias, Marcelo Miná; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723733T2; Pinto, Neide Maria de Almeida; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4701521A0; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4284499J9; Maciel, Raimundo Cláudio Gomes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4709453D2; Ludwig, Márcia Pinheiro; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790500T3A presente pesquisa analisou se a política pública de desenvolvimento rural denominada Polos Agroflorestais proporciona melhorias de vida às famílias assentadas em Rio Branco-AC, figurando como uma alternativa de sustentabilidade nos aspectos econômico, social, ambiental e político-institucional. Os principais resultados da pesquisa revelaram que, em termos econômicos, os Polos representaram oportunidade de geração de renda e importante estratégia para a subsistência das famílias. No social, o maior avanço dos Polos foi propiciar moradia às famílias. Em contrapartida, os Polos não apresentam unidades de saúde, policiamento e espaços públicos destinados ao lazer. No aspecto ambiental, a maior parte das famílias pesquisadas revelou sentir necessidade de maiores cuidados no trato com o lixo, destinação de dejetos humanos e da água usada nas casas. No aspecto político-institucional, a pesquisa revelou que as famílias tinham consciência de que o desenvolvimento em nível local poderia ocorrer de várias formas e uma delas seria por meio do acesso a políticas públicas. No entanto, a maioria das famílias assume uma postura pouco proativa, pois deixa a cargo do poder público e das associações a responsabilidade exclusiva de apresentar melhores resultados quanto aos benefícios para a comunidade . A análise das condições de vida das famílias pesquisadas apresentou algumas privações quanto ao lazer, educação, saúde, infraestrutura e outros aspectos que afetam decisivamente a maior parcela populacional dos Polos: os jovens. Tal perspectiva compromete seriamente a sucessão e a sustentabilidade dos Polos na condição de política pública. Para que haja melhoras efetivas nas condições de vida das famílias que residem nos Polos Agroflorestais, há que ampliar as práticas holísticas de desenvolvimento, nas quais são considerados não somente os aspectos econômicos, mas a correlação destes aspectos, com o acesso aos serviços sociais básicos, cuidados ambientais e engajamento político-institucional.Item O processo de implementação do Programa Minha Casa Minha para população de baixa renda: o caso de Viçosa- MG(Universidade Federal de Viçosa, 2013-10-03) Guimarães, Eliane Aparecida; Pinto, Neide Maria de Almeida; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4701521A0; http://lattes.cnpq.br/9406463488708128; Reis, Lílian Perdigão Caixêta; http://lattes.cnpq.br/2710436780723053; Carvalho, Aline Werneck Barbosa de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766934H2Essa pesquisa teve como objetivo geral analisar o processo de implementação do programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV) em Viçosa-MG, e como esse processo se reverteu no acesso à casa pela população de baixa renda. Especificamente pretendeu-se traçar o perfil socioeconômico dos beneficiários; analisar o processo de implementação do programa frente à configuração legal que o regulamenta; a participação dos seus beneficiários no processo de implementação; a percepção dos beneficiários em termos de sua satisfação com a casa adquirida; as condições de infraestrutura do empreendimento e aos aspectos simbólicos do acesso à habitação. Trata-se de uma pesquisa de natureza descritiva, em que se realizou uma avaliação pós-ocupação, com abordagem mista, utilizando-se como técnica de coleta de dados a entrevista semi-estruturada, a fotografia, a observação participante e a análise documental. Para atender aos objetivos propostos investigou-se a implantação dos três conjuntos habitacionais (Benjamim José Cardoso, César Santana Filho e Floresta) voltados para população de baixa renda no município de Viçosa, entrevistou-se 76 beneficiários, representantes da Caixa Econômica Federal, funcionários do Departamento de Habitação e Urbanismo do Município de Viçosa, bem como, realizou-se observação participante nas reuniões do Conselho Municipal de Habitação e nas atividades do Trabalho Técnico Social. A partir do trabalho realizado, concluiu-se que os beneficiários encontram-se dentro da faixa de renda estipulada pelo PMCMV, e embora se sintam realizados com a conquista da casa própria , conseguem perceber que a infraestrutura disponibilizada não os atende, principalmente, em relação à acessibilidade ao conjunto, ao transporte público, aos serviços de correio, telefonia, saúde e segurança. Para além desses resultados foi possível perceber também que não há participação dos beneficiários no processo de implementação e os atores locais acabam repetindo ações realizadas à época do Banco Nacional de Habitação (BNH), sem primar pela qualidade da localização e da distribuição dos serviços e infraestrutura, o que contribui para o aumento da segregação socioespacial, das desigualdades, da exclusão social e da não apropriação do espaço pelos beneficiários. Palavras chaves: Política habitacional, participação, casa própria.Item O Programa Bolsa-Família em um contexto de cidades rurais: o caso de Bambuí-MG(Universidade Federal de Viçosa, 2011-06-27) Rios, Denis Fernando Fraga; Loreto, Maria das Dores Saraiva de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787872U2; Pinto, Neide Maria de Almeida; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4701521A0; http://lattes.cnpq.br/2154817837815547; Fiúza, Ana Louise de Carvalho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796571E6É sabido que, no Brasil, há elevada concentração e desigualdade de riquezas, com uma população que vive abaixo da linha da pobreza, em torno de 21,5%, expressando enorme segmento de desamparados, vivendo plena miséria e à margem dos direitos sociais. Visando mitigar as desigualdades e vulnerabilidades sociais, o Brasil vem adotando políticas públicas em programas de cunho social. Criado em janeiro de 2004, o Programa Bolsa-Família (PBF) objetiva combater a fome e miséria e promover e emancipar as famílias mais pobres do país, com transferência direta de renda, conforme critérios da Lei 10.836/2004. Nesse sentido, este estudo objetivou examinar a realidade do PBF em proceder ao empoderamento e inclusão social das famílias beneficiadas, no município de Bambuí, MG, num contexto de uma cidade rural, sendo esse o seu campo empírico. Tomou-se como sujeitos da pesquisa o Gestor municipal do Programa na cidade mais 160 famílias beneficiárias, estratificadas proporcionalmente, em pesquisa de abordagem qualiquantitativa e de caráter descritivo-exploratório. Após a coleta, por meio de entrevistas, os dados foram analisados fazendo-se uso da estatística descritiva. Os resultados apontaram que o Gestor municipal percebe o Programa como um estímulo à autonomia das famílias e de acesso a direitos universais sem, entretanto, a saída da condição de vulnerabilidade social, pela ausência de programas complementares. Na percepção das famílias, o PBF tem caráter de reforço na renda familiar e auxílio no combate à fome, o que expressa uma cidadania fragilizada, quando muito, ao acesso limitado de bens voltados à sobrevivência cotidiana. Esses resultados reforçaram o pressuposto de que o PBF em Bambuí, MG, prioriza apenas a transferência de renda, não possibilitando a saída da pobreza e não trazendo situações de empoderamento e inclusão social ampla que só podem ser enfrentadas mediante medidas articuladas de mobilização social no contexto das ações estatais, que têm por foco a família, geração de renda, capacitação e formação profissional e de cidadania, inexistente no município.Item Projeto de vida e trabalho dos jovens no contexto das novas ruralidades : o caso dos estudantes da EFA de Tinguá/RJ(Universidade Federal de Viçosa, 2006-12-06) Oliveira, Sirle Brum de; Amodeo, Nora Beatriz Presno; http://lattes.cnpq.br/6045747294263289l/visualizacv.do?id=K4708493A7; Silva, Lourdes Helena da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728228U7; Pinto, Neide Maria de Almeida; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4701521A0; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4282019P0; Ludwig, Márcia Pinheiro; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790500T3; Fiúza, Ana Louise de Carvalho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796571E6Esse trabalho buscou analisar, ou compreender, o lugar que a Escola Família Agrícola (EFA) ocupa no processo de formação dos jovens estudantes desta escola, a partir de seus projetos e de suas possíveis expectativas de vida e trabalho, no contexto das novas ruralidades, no distrito de Tinguá, que apresenta características rurbanas, no município de Nova Iguaçu, RJ. Para realizar tal análise tomamos diferentes estudos acadêmicos sobre ruralidades e juventude, bem como a discussão sobre projeto de vida. Foram realizadas entrevistas com os estudantes, funcionários da escola e responsáveis, análises documentais, além das pesquisas sobre dados censitários. Os dados da pesquisa foram organizados para que pudessem ser compreendidos a partir de sua descrição, análise de conteúdo, cruzamento dos dados e análise comparativa dos mesmos. Os resultados apontaram que a maioria dos jovens, que fizeram parte desta pesquisa, tem projetos de vida rurbano , negociando valores de seu universo simbólico e o desejo de usufruir as disponibilidades encontradas nas grandes cidades, que representa o mundo moderno . Observamos que diferentes determinantes influenciam na trajetória dos jovens, que se constitui como um processo individual, e que vão dar direções na construção dos projetos de vida e trabalho. Tendo como parte de suas trajetórias a formação na EFA, percebemos que os jovens desta escola incorporaram em seus projetos futuros, perspectivas relacionadas às vivencias e formação recebida na escola, que talvez não estivessem presentes caso estes estudantes tivessem um outro tipo de formação.Item A reforma psiquiátrica brasileira e suas repercussões nas famílias de camada popular: um estudo de caso em Viçosa-MG(Universidade Federal de Viçosa, 2008-07-09) Rabelo, Patrícia Njaim Coury; Fiúza, Ana Louise de Carvalho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796571E6; Doula, Sheila Maria; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785704Z8; Pinto, Neide Maria de Almeida; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4701521A0; http://lattes.cnpq.br/8205629084457402; Muniz, Vera Lúcia Travençolo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762370Z6; Barreto, Maria de Lourdes Mattos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4700160D8Esta pesquisa buscou compreender como as famílias de camada popular respondem às demandas de provimento de cuidado e à convivência cotidiana com o portador de transtorno mental, a partir do Movimento de Reforma Psiquiátrica Brasileiro. O objetivo geral que norteou a presente pesquisa foi analisar as repercussões socioeconômicas e subjetivas trazidas pela Reforma Psiquiátrica Brasileira sobre as famílias de camada popular que tem entre seus membros o portador de transtorno mental (PTM). Especificamente buscamos caracterizar o perfil socioeconômico do grupo familiar, do portador de transtorno mental e de seu principal cuidador; analisar como as famílias reconhecem e elaboram o transtorno mental do seu familiar; compreender as modificações ocorridas nas relações do grupo familiar, especialmente as que se referem às mudanças nos papéis familiares, decorrentes da eclosão do transtorno mental; caracterizar as estratégias de organização e as dinâmicas utilizadas pelas famílias de camadas populares que têm um de seus membros com transtorno mental, para produzirem os cuidados cotidianos ao portador de transtorno mental (PTM); analisar o papel do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) na relação da família com o portador de transtorno mental; analisar o papel das redes sociais no provimento de cuidados ao portador de transtorno mental e ao grupo familiar no município de Viçosa/ MG. A revisão bibliográfica foi dividida em quatro capítulos teóricos: contextualização do panorama político-econômico do Brasil para melhor compreensão das medidas tomadas pelo Estado na reorientação das políticas sociais e de saúde; reconstrução do percurso teórico e cronológico das modalidades de assistências no campo da saúde mental, delineamento da trajetória do movimento antimanicomial e da reforma psiquiátrica; contextualização sócio-histórica da relação da família com o portador de transtorno mental; relação entre família, Estado e reprodução social, contemplando ainda estudos sobre cuidados familiares, redes sociais e construção social do papel da mulher. A pesquisa foi realizada em uma abordagem quanti-qualitativa utilizando a estratégia do estudo de caso e tendo como técnicas de coleta de dados o questionário semi-aberto, as entrevistas semi-estruturadas, a análise documental e a observação. Foi realizada junto às famílias de camada popular que possuíam portador de transtorno mental adulto em atendimento junto ao Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), serviço de saúde mental de natureza pública e gratuita, do município de Viçosa - MG. A amostra foi composta por vinte e cinco famílias para aplicação do questionário. Dentre estas, selecionamos dez famílias, com diferentes organizações familiares para a realização da entrevista. Informações oriundas dos questionários foram analisadas e reduzidas a termos descritivos, sendo posteriormente quantificadas por meio de distribuição de freqüência. Informações originadas das entrevistas e diários de pesquisa foram analisadas tendo como referência a abordagem qualitativa, através da qual buscamos descrever e interpretar como as pessoas agem e atribuem sentidos às suas experiências, destacando diferenças significativas entre as falas dos respondentes. Para isso os depoimentos foram agrupados conforme as questões da entrevista e buscamos aprofundar a compreensão das questões investigadas através de uma leitura compreensiva das mesmas. Foi constatado que as famílias de camada popular, na condição de parceira nos cuidados ao portador de transtorno mental, têm sido sobrecarregadas no aspecto sócioeconômico e emocional. Os resultados confirmaram o pressuposto de que a provisão de cuidados ao portador de transtorno mental ainda é encargo feminino e que tanto a convivência quanto a provisão de cuidados gera sobrecarga emocional e financeira para o cuidador, dificulta a inserção no mercado de trabalho e traz dificuldades para o relacionamento do grupo familiar.Item A sociabilidade em condomínios fechados: o caso do Condomínio Residencial Recanto da Serra em Viçosa-MG(Universidade Federal de Viçosa, 2009-07-10) Portugal, Josélia Godoy; Carvalho, Aline Werneck Barbosa de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766934H2; Fiúza, Ana Louise de Carvalho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796571E6; Pinto, Neide Maria de Almeida; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4701521A0; http://lattes.cnpq.br/7270469734450301; Silva, Neuza Maria da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783876Z0; Ribeiro Filho, Geraldo Browne; http://lattes.cnpq.br/3896317531441357A lógica capitalista que produz uma sociedade hierarquicamente organizada também se expressa nos espaços urbanos, compondo territórios para as camadas altas da sociedade e para as camadas baixas. Em um contexto urbano segregado, as famílias que possuem poder aquisitivo maior tendem a se aproximarem fisicamente, constituindo seus espaços de moradia como os condomínios fechados. O objetivo geral de nossa pesquisa foi apreender o significado de morar em condomínio fechado para os seus moradores e as relações que desenvolvem a partir desse espaço em três escalas diferentes: intramuros, com o bairro e com a cidade. Buscamos abordar essa problemática pelo viés das relações sociais e físicas que os moradores estabelecem entre si e com o espaço físico da cidade de Viçosa, MG. Nossa amostra se compôs dos moradores do condomínio Residencial Recanto da Serra. A metodologia contemplou entrevistas com os moradores do condomínio, questionário socioeconômico e observação não participante. Na escala intramuros, identificamos que, mesmo compondo um grupo homogêneo em relação à cidade, no espaço interno do condomínio esses moradores se distinguiam fortemente entre si, formando subgrupos e estabelecendo relações de poder. Nas relações estabelecidas com os bairros limítrofes, verificamos que a motivação para os contatos foi de caráter utilitário, não havendo investimento, por parte dos moradores do condomínio, em relações de amizade. Quanto à cidade de Viçosa, os espaços frequentados pelos condôminos, ou seja, aqueles espaços onde se socializam com os de fora do núcleo familiar ou da vizinhança imediata, são marcados pelo signo da segregação, como o shopping, os clubes de lazer, os restaurantes e os espaços escolares. Nesse tipo de configuração de moradia, como os condomínios fechados, as relações que as famílias estabelecem entre si tendem a refletir as relações que estabelecem com a sociedade. No caso de Viçosa especificamente, é importante pontuar que a cidade tal como se configura hoje, evidenciando cada vez mais a tendência à segregação socioespacial, foi construída historicamente sob o signo da distinção. Ao reconstruirmos o histórico das relações estabelecidas entre os distintos grupos sociais que compõem a sociedade local, percebemos a presença da Universidade Federal de Viçosa (UFV) como fator de distinção não só pelo capital econômico, mas, principalmente, pelo capital cultural de parcela da população que a ela está diretamente ligada, como os professores. Em nossa pesquisa, constatamos que os moradores do condomínio Recanto da Serra tinham, em sua maioria, suas atividades de trabalho relacionadas com a UFV. Para desenvolvimento local da cidade hoje, um grande desafio é conciliar as potencialidades dessa Instituição, principalmente seu capital humano, com as necessidades de um município que carece de recursos e investimentos, apresentando localizações, como alguns bairros periféricos e a zona rural, com poucas condições de garantir a qualidade de vida de sua população.Item Territórios da informalidade: as diferentes estratégias reprodutivas das famílias inseridas no comércio informal de Viçosa-MG(Universidade Federal de Viçosa, 2011-05-06) Lelis, Juliana Lopes; Fiúza, Ana Louise de Carvalho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796571E6; Doula, Sheila Maria; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785704Z8; Pinto, Neide Maria de Almeida; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4701521A0; http://lattes.cnpq.br/7375176258588444; Civale, Leonardo; http://lattes.cnpq.br/6084393659907979Ao presenciar o crescimento das desigualdades sociais no espaço urbano brasileiro, a informalidade tem sido uma alternativa encontrada pelas famílias para manterem a sua reprodução física e social. A informalidade, inicialmente, caracterizada como atividades precárias; hoje se apresenta com novas tendências, visto que adquiriu diferentes finalidades na vida das famílias. Presente de forma significativa, nos pequenos e grandes centros urbanos, ela constrói, no seu cotidiano, relações sociais e espaciais que revelam a complexidade do seu universo. É nesta perspectiva, que a presente pesquisa teve como objetivo geral, compreender os territórios e territorialidades construídos pelas famílias inseridas no comércio informal de Viçosa (MG). Para tanto, a pesquisa caracterizou-se como um estudo de cunho quanti-qualitativo e de natureza descritivo-analítica, utilizando-se como métodos de coleta de dados, o Survey, a entrevista em profundidade e a história de vida. O estudo foi realizado na cidade de Viçosa (MG), sendo a amostra composta por 208 comerciantes. Para a coleta de dados foram combinadas diferentes técnicas: observação não-participante, análise de documentos e registros da Prefeitura Municipal, questionário e entrevistas semi-estruturadas, e notas de campo. A análise dos dados baseou-se em dois procedimentos: a utilização do software SPSS (Statistical Package for Social Scienses); e no agrupamento e análise das informações a partir de categorias analíticas retiradas do referencial teórico. Os resultados apontaram que o perfil dos comerciantes era diversificado, com destaque para a presença de homens (66,8%), casados (70,7%), naturais de Viçosa e microrregião (87,7%), com idade média de 44,6 anos, que possuíam baixa escolaridade, e ainda, que vendiam diferentes tipos de mercadorias. Além disso, os resultados evidenciaram que como reflexo da tendência nacional, o comércio informal de Viçosa (MG) assumiu diferentes finalidades na vida das famílias envolvidas, visto que 29,3% a viram como uma alternativa para sair do desemprego, 27,7% uma atividade para complementar a renda familiar; 23,2% a perceberam como uma boa perspectiva de trabalho; 6,6% como uma forma de entretenimento; 9,8% uma possibilidade de manter a tradição familiar; e 3,4% como a possibilidade de desenvolver um trabalho por conta própria. Além disso, mesmo atuando em locais específicos (Shopping Chequer e Feiras Livre e de Artesanato) e temporários (ocupação das ruas, calçadas e praças pelos ambulantes), os comerciantes informais teciam diferentes redes e significados nestes espaços demarcando outras espacialidades, os territórios da informalidade. Assim, foi possível verificar, a existência de três territórios, que se configuravam como o espelho das relações estabelecidas no cotidiano da atividade informal: o território precário, visto como única opção de trabalho, onde se destacava a ajuda dos membros familiares; o território em ascensão, identificado como uma opção de vida, onde se tinha redes sociais mais extensas, não limitadas aos membros familiares; e o território de resistência, tido como uma possibilidade do trabalho familiar, onde se destacava as relações simbólicas e representações sociais dos seus trabalhadores. Concluiu-se, portanto, que além de sua importância enquanto uma estratégia que permite a sobrevivência física do grupo, o comércio informal tornou-se, também, uma atividade que possibilita às famílias alcançarem outros objetivos de vida. E ainda, a família mostrou-se em qualquer um desses territórios, como a principal referência para a manutenção dessa atividade. Assim, na base destes territórios, estava a lógica de organização dos grupos familiares, marcada por uma identidade que estava diluída entre os espaços do trabalho e da casa.