Solos e Nutrição de Plantas

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    Cafezais manejados sob os princípios da agricultura natural: aporte de nutrientes, formação e composição da matéria orgânica do solo
    (Universidade Federal de Viçosa, 2023-12-21) Figueiredo, Naiara Oliveira; Soares, Emanuelle Mercês Barros; http://lattes.cnpq.br/5331121025875595
    A matéria orgânica do solo (MOS) desempenha relevante papel, em âmbito global por representar uma importante fonte armazenadora de C, e localmente em razão dos atributos do solo por ela influenciados. Sistemas conduzidos sob manejo agroecológico preconizam a conservação do solo, a manutenção da diversidade vegetal e biológica das áreas, contribuindo para estabilidade da MOS. Nesse contexto, a quantidade e composição bioquímica dos resíduos vegetais depositados na área desempenham um papel crucial nas transformações da MOS e suas frações. Desse modo, o objetivo geral deste estudo foi analisar o manejo da propriedade, a influência da aplicação de diferentes resíduos vegetais no aporte de nutrientes e na formação e composição da matéria orgânica do solo durante a transição agroecológica. Portanto, no capítulo 1 foi realizada a sistematização acerca do processo de transição agroecológica da propriedade. No capítulo 2, foi avaliado a composição bioquímica, dinâmica da decomposição e mineralização de nutrientes a partir de resíduos utilizados como fonte de adubação na propriedade. Para estudar a contribuição destes resíduos na composição molecular da MOS foi realizado a termoquimólise de amostras dos solos, de áreas de café em diferentes épocas de transição para o manejo sob os princípios da agricultura natural, apresentado no capítulo 3. Essas áreas de café estão localizadas no Sitio Pedra Redonda em Araponga-MG. O sítio possui 12 hectares distribuídos em nove talhões que são consorciados com árvores nativas, frutíferas e espécies anuais para consumo familiar e geração de renda. A sistematização foi realizada a partir de visitas e caminhadas transversais, além do uso da matriz de sistematização para compilar dados coletados e dados secundários. Para avaliar a dinâmica de decomposição dos resíduos vegetais, um experimento foi montado em condições controladas pelo período de seis meses. Análises foram realizados ao longo do tempo para verificar a quantidade liberada de nutrientes, a taxa de decomposição e contribuição para as frações da matéria orgânica do solo. A caraterização da MOS foi feita por fracionamento físico, determinando-se as fracções MOP e MOAM. A partir destas, foi feita a determinação dos teores de C, N, razão C/N e DSC. Para caracterizar bioquimicamente a MOS presente nessas frações e na vegetação, foi realizada análise de termoquimólise com identificação dos compostos por GC/MS com objetivo de analisar se há correlação entre a composição desses vegetais e a composição bioquímica da MOS. Em vinte anos de transição o agricultor alcançou um nível considerado de sucesso no processo de conservação de agroecossistemas, pois trabalha potencializando os processos ecológicos, não dependendo em nenhum momento de insumos externos e principalmente a partir da mão de obra familiar. A análise revelou uma maior liberação de nutrientes em solos de 0-20cm, influenciada pelo tempo de incubação e composição dos resíduos. Variações na saturação de carbono afetaram apenas a liberação de nitrogênio. Amendoim forrageiro e bananeira contribuíram significativamente para a mineralização de N, P, K e Ca, enquanto o tambu se destacou para Mg. A serapilheira mostrou menor mineralização, indicando possível imobilização de nutrientes. Solos sem resíduos apresentaram redução nos teores de C-MOP, C-MOAM e N-MOP. Nas áreas de Agricultura Natural com maior tempo de manejo (9 e 5 anos), os teores de C-MOP, C-MOAM, N-MOP e N-MOAM na entrelinha assemelham-se à vegetação natural. A entrelinha é comumente usada para manejo de resíduos, exceto no talhão Araras (1 ano), onde são aplicados diretamente na linha. Essa diferença reflete-se na composição molecular da matéria orgânica, indicando que os compostos nas áreas mais cultivadas se aproximam mais da vegetação natural. Palavras-chave: Agroecologia. Ciclagem de nutrientes. Decomposição. Manejo de resíduos. TMAH-GC-MS.
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    Monitoramento nutricional de palma de óleo (Elaeis Guineensis) utilizando métodos de aprendizagem de máquina e dados espectrais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-05-18) Teixeira, Rayanne Oliveira; Neves, Júlio César Lima; http://lattes.cnpq.br/0492080848542303
    A palma de óleo (Elaeis guineenses), é uma oleaginosa que fornece dois principais produtos, o óleo de palma e o óleo de palmiste, extraídos da polpa do fruto e semente, respectivamente. Os países Indonésia e Malásia, são os principais produtores mundiais, e o Brasil ocupa o 10º lugar do ranking, com grande maciço concentrados no Estado do Pará. Monitorar a condição nutricional destas lavouras permite ter mais informações sobre as taxas de extração e remobilização de nutrientes e consequentemente melhor compreensão sobre a nutrição e sua relação com as produtividades de cachos de frutos. O fato de muitos materiais genéticos terem produções mensais, exige uma forma de monitoramento nutricional que seja mais rápido, assertivo e com informações capazes de subsidiar as estratégias de manejo de fertilização da palma de óleo. Neste contexto, foi proposto utilizar ferramentas de programação e imagens do satélite Sentinel 2A, para compreender o comportamento espectral da cultura através dos índices de vegetação e relacionar estas variáveis com os resultados de tecido foliar. Com base neste banco de dados, foi possível calcular diversos índices de vegetação, treinar e validar diferentes algoritmos capazes de predizer a condição nutricional de macronutrientes, micronutrientes e produtividade dos plantios de forma eficaz. Além do tradicional NDVI, foi possível selecionar índices que apresentaram melhor performance para avaliação nutricional da palma, destacando-se o GRNDVI, MSAVI, ARI, VARI e NDWI. Quando se trata de produtividade, os índices Red_edge_NDVI, RGVI, GRNDI e LAI foram os que melhor se ajustaram na base de dados deste estudo. Os algoritmos, Cubist, Ranger e Random Forest mostram-se eficientes para predizer a produtividade. Os resultados obtidos neste trabalho evidenciam o grande potencial desta ferramenta para monitoramento dos plantios. Quanto maior o detalhamento e estratificação das informações por material genético e idade, a tendencia é obter melhores ajustes dos modelos e seleção dos índices cada vez mais apropriados para monitorar a condição nutricional e produtividade dos plantios de palma de óleo. Palavras-chave: Machine learning; Diagnose foliar; Amazonia; Índices de vegetação.
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    Sistemas de cultivo de milho de longo prazo no Cerrado: dinâmica de P no solo e fluxo de gases de efeito estufa
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-12-19) Freitas, Larissa Espinosa; Fernandes, Raphael Bragança Alves; http://lattes.cnpq.br/8576912622079606
    Em condições de cultivo de longo prazo, a atividade microbiológica e a manutenção da matéria orgânica do solo podem ser peças chaves para a reversibilidade do P adsorvido. Os cultivos sucessivos também podem influenciar a dinâmica da emissão de gases de efeito estufa (GEEs), uma vez que adubações consecutivas, uso de leguminosas e o revolvimento ou não do solo são fatores importantes neste processo. Neste cenário, este estudo objetivou avaliar como o manejo e o cultivo de longo prazo influencia as formas de P, capacidade de recuperação do P adsorvido, comunidade microbiana e fluxo de GEEs de um Latossolo Vermelho que há mais de duas décadas é submetido ao cultivo predominante de milho sob diferentes sistemas manejos. A área de estudo foi um experimento de longa duração já implementado, no qual foram avaliados os seguintes tratamentos: revolvimento do solo para o cultivo do milho; ausência de revolvimento do solo, com sucessão soja-milho e; área de vegetação nativa típica de Cerrado (referência). Nessas áreas foram coletas amostras de solo para avaliação das formas de P e atividade enzimática para um primeiro capítulo que objetivou avaliar o efeito de diferentes formas de uso e preparo de solo, no longo prazo, sobre a dinâmica de P e de enzimas ligadas ao ciclo deste nutriente. No segundo capítulo, amostras de solo foram coletadas e acondicionadas em vasos para a montagem de um experimento com plantas de milho em casa de vegetação, c que teve por objetivo avaliar o efeito do revolvimento do solo e da adição de fungos solubilizadores de fosfatos (FSPs) na recuperação de P adsorvido depois de quase duas décadas de cultivo. No terceiro capítulo, câmaras foram instaladas na área experimental de campo para a coleta dos gases CH4, CO2 e N2O, entre julho de 2019 e fevereiro de 2020, objetivando avaliar como os sistemas de manejo de longo prazo afetam o fluxo de GEEs. Os resultados obtidos revelaram incremento das formas lábeis inorgânicas nas camadas superficiais de todos os sistemas de manejo. A substituição da vegetação nativa pela agricultura reduziu o teor de carbono do solo, efeito minorado na camada mais superficial. O cultivo mínimo foi capaz de manter ou melhor a atividade de enzimas do solo, componentes considerados importantes na nutrição de plantas e qualidade do solo. A adição de FSPs demonstrou ser capaz de melhorar a dinâmica do P no solo e o desempenho das plantas, de forma semelhante à adubação química. As práticas de preparo do solo e a adubação nitrogenada de cobertura não alteraram as emissões dos GEEs do solo das áreas cultivadas, em comparação ao observado na vegetação nativa. A reversibilidade do P do solo foi incrementada com a adição de FSPs em um solo com acúmulo de formas não lábeis, demostrando o potencial dessa estratégia para o melhor aproveitamento do nutriente imobilizado. Não se verificaram diferenças das emissões de GEEs das áreas cultivadas e nativa, entretanto, ressalta-se que tal resultado não se pode ser utilizado para se justificar a livre remoção da vegetação nativa. Palavras-chave: Adsorção de fosfato. Efeito estufa. Cultivo mínimo. Fracionamento de P.
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    Machine learning algorithms to improve phosphorus management
    (Universidade Federal de Viçosa, 2023-02-06) Ologunde, Olanrewaju Hameed; Valadares, Samuel Vasconcelos
    Optimizing phosphorus (P) management in agriculture is critical for food security and sustainable development. Models can effectively combine multiple inputs and site conditions to improve understanding and predictions of nutrient dynamics. Machine learning (ML) models are becoming relevant in various agricultural sectors, with widely available, capable and cost efficient. In this study ML models were trained and tested to predict maize yield in response to phosphorus management. The effects of P on crop yield were predicted for Sub-Saharan Africa (SSA) using a total of 438 observations sourced from published articles. Specifically, we considered articles that determined the influence of P management on maize grain yield. Easily accessible soil and weather variables that affect the dynamics of phosphorus in soil-plant systems were included for possible improvement in the ML models. These variables include clay content, soil P, soil carbon content and weather variables, with variation in ranks across the region and sub-regions. Four machine models were used; multiple linear regression (MLR), random forest (RF), support vector regression (SVR) and k-nearest neighbors (KNN). Overall, the artificial intelligence models trained and tested in this work were able to predict plant responses to P addition and management in different cropping environments in SSA. The result showed that RF had better prediction performance for whole SSA (R2 = 0.57), East (R2 = 0.69) and South (R2 = 0.73) regions, while KNN had higher performance in the West region (R2 = 0.76). This study provides a basis for implementing a new framework for optimizing phosphorus management in agricultural systems. Keywords: Soil fertility. Phosphorus. Maize production. Sub Sahara Africa.
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    Impactos da colheita mecanizada de eucalipto em propriedades físicas e perdas de solo
    (Universidade Federal de Viçosa, 2023-02-24) Araújo, Tiago Guilherme de; Neves, Júlio César Lima; http://lattes.cnpq.br/5971452487717850
    A colheita florestal de eucaliptos em regiões de relevo declivosos tem sido um grande desafio. A escassez e ao alto custo da mão-de-obra florestal, além dos riscos de segurança e condições ergonômicas da colheita manual, torna cada vez maior a necessidade de mecanização das atividades. Uma recente evolução das máquinas de colheita, utilizando cabo auxiliar para ancoragem das máquinas, permitiu o avanço da colheita mecanizada em áreas declivosas e atualmente, no sistema de toras curtas, é possível realizar a atividade com segurança em declividades de até 35°. As operações mecanizadas podem causar impactos negativos às propriedades físicas do solo, principalmente compactação do solo. Em terrenos declivosos, a compactação juntamente com a desestruturação da camada superficial do solo pode aumentar o risco da ocorrência de processos erosivos. Dessa forma, é fundamental a realização de estudos que quantifiquem os possíveis impactos causados ao solo pela colheita mecanizada no sistema de toras curtas em terrenos com diferentes classes de declividade. O objetivo desse trabalho foi avaliar, em diferentes classes de declividade, o efeito do tráfego de máquinas do sistema mecanizado de colheita de toras curtas de eucalipto sobre propriedades físicas do solo. Em duas regiões no leste de Minas Gerais, nas quais a colheita do eucalipto foi realizada em período chuvoso, foram coletadas amostras deformadas e indeformadas de solo em locais com tráfego (CT) e sem tráfego (ST) do equipamento de baldeio de madeira (forwarder) em três classes de declividade, 0-17°, 17-27° e 27-35°. Em laboratório, foram realizadas as análises físicas de umidade, densidade do solo (Ds), densidade de partículas (Dp), análise granulométrica, microporosidade (Mi), macroporosidade (Ma), porosidade total (PT), curva de retenção de água no solo (CRA), e obtido os valores de Índice S (IS), assim como, análises químicas de rotina. Em campo, foi feita avaliação da resistência do solo à penetração (RSP) com penetrômetro de impacto, comparando áreas CT e áreas ST de forwarder. Também foi realizado uma quantificação da movimentação de solo nas três classes de declividade em estudo, por meio do método de pinos de erosão, onde os pinos foram distribuídos nas áreas e avaliados mensalmente durante um período chuvoso. Com base no resultado da movimentação do solo, foi estimado o total de nutrientes e Carbono orgânico perdidos no período. Após as análises dos resultados podemos fazer as seguintes conclusões: 1) O tráfego de máquinas causou efeito negativo na maioria das propriedades físicas avaliadas e na movimentação de solo, e a ordem decrescente de relevância por classe de declividade foi 27-35° > 17-27º > 0-17°. 2) A movimentação de solo é maior nas classes de maior declividade, podendo ser influenciada pelo comprimento de rampa; 3) As perdas de nutrientes, com a movimentação de solo devem ser computadas no balanço de nutrientes para a recomendação de adubação dos plantios florestais. Palavras chave: Eucalipto; Compactação; Colheita Florestal; Declividade; Erosão.
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    Minerais da fração argila de solos amazônicos e síntese de óxidos de alumínio: morfologia e cristalinidade
    (Universidade Federal de Viçosa, 2023-08-31) Gasparini, Arthur Stefanelli; Fontes, Maurício Paulo Ferreira
    A Amazônia é um importante bioma brasileiro, sendo considerada a maior e uma das mais biodiversas florestas tropicais do planeta. É também o mais extenso bioma deste país, ocupando quase metade de seu espaço territorial. Porém, apesar de sua importância, observa-se que ainda há grande necessidade de promover o avanço do conhecimento acerca dos solos amazônicos e suas inter-relações. Trabalhos recentes vêm mostrando que as gibbsitas de solos amazônicos apresentam características morfológicas e cristalinidade mais semelhantes àquelas de gibbsitas provenientes de depósitos geológicos, quando comparadas às gibbsitas de solos de outras regiões do Brasil. De forma semelhante, observa-se normalmente que as caulinitas dos solos amazônicos são mais cristalinas do que aquelas de outras regiões do Brasil. Informações sobre quais fatores levam à formação de caulinitas e gibbsitas mais cristalinas nessa região, entretanto, são relativamente escassas. Nesse contexto, objetivou-se com esse estudo avaliar a mineralogia e as características cristalográficas dos minerais mais comuns em solos amazônicos de terra firme, buscando-se estabelecer relações entre esses atributos com seu ambiente de formação. Foram avaliadas amostras dos horizontes A e B de 23 solos amazônicos bem desenvolvidos de terra firme, as quais foram caracterizadas do ponto de vista químico, físico e mineralógico. Observou-se, com os resultados obtidos, que as goethitas dos solos avaliados apresentaram teores elevados de alumínio estrutural, e a cristalinidade desse mineral foi melhor em goethitas mais substituídas por alumínio. As caulinitas e gibbsitas apresentaram melhor cristalinidade nos solos amazônicos, quando comparadas àquelas de solos de outras regiões do Brasil. A melhor cristalinidade da caulinita nesses solos pode estar relacionada à rápida ciclagem biogeoquímica de silício, favorecendo a permanência de caulinitas na forma de cristais grandes e de boa cristalinidade. Observa-se que a cristalinidade da caulinita é afetada também pelo material de origem dos solos, com caulinitas mais cristalinas sendo identificadas em solos derivados de rochas sedimentares. Solos derivados de rochas cristalinas, por outro lado, apresentaram caulinitas de pior cristalinidade, mas ainda melhor do que aquela de solos de outras regiões do Brasil. Além do estudo de minerais do solo, observa-se uma crescente necessidade de produção e caracterização de minerais sintéticos, particularmente, dos óxidos de alumínio. Além da importância desses materiais para aplicações industriais, o estudo de seus processos de síntese pode contribuir para melhorar o entendimento sobre a gênese de minerais de alumínio no solo. A síntese desses materiais foi conduzida priorizando a utilização de protocolos simples e de fácil execução. Buscou-se ainda produzir e caracterizar óxidos de alumínio sintéticos na presença de aditivos que representam componentes abundantes nos solos, além de testar a influência de ciclos de umedecimento e secagem sobre os materiais sintetizados. As metodologias de síntese utilizadas foram eficientes para a produção de nanocristais de bayerita de elevada cristalinidade, de forma rápida e simples. Variações na técnica utilizadas permitiram produzir ainda pseudoboehmita e γ-alumina sintéticas. As metodologias apresentadas, portanto, permitiram a síntese de três óxidos de alumínio puros, por meio de técnicas simples, rápidas e de fácil condução. Palavras-chave: Solos Amazônicos. Mineralogia de Solos. Caulinita. Gibbsita. Goethita. Minerais Sintéticos. Bayerita. Pseudoboehmita. Gama-Alumina.
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    Calagem e gessagem na vulnerabilidade da palma de óleo ao déficit hídrico
    (Universidade Federal de Viçosa, 2023-10-31) Farias, Magda do Nascimento; Melo, Hidelblandi Farias de; http://lattes.cnpq.br/9532599729307011
    A acidez e a baixa fertilidade natural associadas ao déficit hídrico constituem importantes fatores limitantes ao manejo nutricional adequado no cultivo de palma de óleo em solos tropicais. Desta forma, a utilização das práticas corretivas tem demonstrado resultados promissores quanto às melhorias das características químicas do solo e a redução da vulnerabilidade das plantas a eventos de déficit hídrico. Assim, o trabalho objetivou avaliar a interação de diferentes regimes hídricos e das práticas corretivas no status nutricional, hídrico e na massa seca das plantas jovens de palma de óleo e nos atributos químicos de um Latossolo Amarelo. O delineamento experimental foi em blocos inteiramente casualizados, com três repetições, em um esquema fatorial duplo (2 x 4); sendo duas lâminas de água (25 e 100 % da evapotranspiração- ETc) e quatro condições de práticas corretivas do solo (sem aplicação de gesso e calagem (testemunha) – T1, com calagem – T2, com gessagem – T3 e associação da calagem e gessagem – T4). A parcela experimental foi caracterizada por uma planta de palma de óleo, cultivada em tubos de policloreto de vinila-PVC (diâmetro de 30 cm e altura de 60 cm, volume= 42,4 dm3) preenchido com solo. O calcário foi aplicado 20 dias antes da instalação do experimento sendo incorporado na camada superficial (0 – 20 cm), visando a elevação da saturação por bases para 60 %. O gesso foi aplicado na superfície do solo, sem incorporação, na época de transplantio das plantas. Aos 360 dias do transplantio, nas camadas de 0-20, 20-40 e 40-60 cm do solo, foram avaliados os seguintes atributos químicos do solo: pH (H2O), teores de Al3+, cálcio - Ca2+, magnésio - Mg2+, enxofre - S, potássio - K+, fósforo – P e o carbono (C) lábil do solo rizosférico (camada de 20-40 cm) e não rizosférico (camadas de 0-20, 20-40 e 40- 60 cm). A saturação por bases (V %), a saturação por Al+3 (m %) e a CTC potencial (T), foram então estimados. Em seguida, foi determinada a massa seca das folhas, estipe e raiz das plantas, para determinação do status nutricional das plantas por meio da análise dos teores e acúmulos de Ca, Mg, S, K e P. Posteriormente, foi avaliado também o status hídrico das plantas, por meio das análises de teor relativo de água (TRA) e potencial hídrico foliar. De modo geral, a aplicação do calcário incorporado na camada superficial, demonstra melhorias nas propriedades químicas do solo na camada superficial e subsuperficial. Destacam-se aumento na disponibilidade de Ca2+, Mg2+, S, K+, P nos teores de C lábil do solo rizosférico. Além disso, a menor disponibilidade hídrica afetou o processo de transporte desses nutrientes em direção às raízes das plantas, levando a maiores concentrações desses nutrientes no solo, principalmente de bases trocáveis, assim favorecendo menores teores de Al 3+e aumento na m %, V % e CTC potencial. Por outro lado, as plantas submetidas a maior lâmina de água e à calagem apresentaram expansão no sistema radicular, aumentando a capacidade na absorção dos nutrientes e água do solo. Assim, há contribuição com maiores acúmulos dos nutrientes e produção da massa seca da parte aérea e raiz. Ainda, tais tratamentos influenciaram positivamente na hidratação celular, evidenciado pelo incremento no teor relativo de água e no potencial hídrico foliar da palma de óleo. Palavras-chaves: Acidez do solo. Estresse hídrico. Práticas corretivas. Teor de nutriente.
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    Mehlich-3BR: extrator Mehlich-3 modificado
    (Universidade Federal de Viçosa, 2023-10-30) Costa, Saulo Jonas Borges; Cantarutti, Reinaldo Bertola; http://lattes.cnpq.br/6561552908732678
    Para avaliar a fertilidade dos solos, é fundamental ter a estimativa dos teores disponíveis dos nutrientes no solo. Para isso, utilizam-se extratores químicos sensíveis às frações dos nutrientes no solo, que garantam a disponibilidade deste para as plantas. O extrator Mehlich-1 (M-1) é amplamente utilizado para caracterizar a disponibilidade de P, K, Fe, Mn, Cu e Zn em solos altamente intemperizados. No entanto, o M-1 pode ser menos eficiente na estimativa do P disponível em solos com fertilidade melhorada, onde pode ser mais expressiva a fração de P associada ao Ca, que é de menor labilidade. Isso pode levar a interpretações incorretas sobre o estado nutricional do solo. Diante disso, o extrator Mehlich-3 (M-3) tem se mostrado uma alternativa e com a vantagem de possibilitar a avaliação do Ca e Mg trocáveis. Apesar das evidências favoráveis ao M-3, a sua adoção nos laboratórios de fertilidade do solo tem sido limitada pela dificuldade de acesso ao nitrato de amônio (NH4NO3), um dos componentes do M-3. Assim, este trabalho teve como objetivo adequar a composição do M-3, sem o nitrato de amônio, preservando seu caráter de extrator multielementar para avaliar a disponibilidade de macro e micronutrientes. As modificações consistiram na omissão NH4NO3 ou na sua substituição por NH4OH, NH4Cl ou (NH4)2SO4, assim como, alterações nas concentrações dos demais constituintes do extrator. Para avaliar as alterações do M-3 utilizaram-se amostras de 28 solos de várias unidades taxonômicas, com ampla variação de textura e teores dos nutrientes e matéria orgânica. Validou-se o extrator alterado confrontando seus resultados com os teores de P, K, Fe, Mn, Cu e Zn obtidos pelo extrator M-1 e os teores de Ca2+ e Mg2+ extraídos em KCl 1 mol L-1 de 54 solos. Os nutrientes foram dosados por espectrofotometria de: absorção molecular (EAM), emissão de chama (EEC), absorção atômica (EAA) e de emissão ótica em plasma indutivamente acoplado (EICP). Avaliou-se também o pH das soluções extratoras. Os resultados obtidos com os extratores modificados (yj) foram confrontados com os obtidos com o M-3 (yl). A comparação se deu pelo teste de identidade de métodos analíticos, fundamento nas estatísticas do teste de F modificado de Graybill, teste de t para o erro médio e análise dos coeficientes de correlações lineares. A simples omissão do NH4NO3, mantendo- se a composição e concentração original dos demais reagentes (15 mmol/L NH4F, 13 mmol HNO3, 1,0 mmol/L EDTA e 200 mmol/L CH3COOH) resultou na recuperação de menores teores de P, K, Ca, Mg, Fe, Mn, Zn e Cu. As substituições do NH4NO3 por NH4OH, NH4Cl ou (NH4)2SO4 proporcionou elevação no pH dos extratores e menor eficiência na extração de P, K, Ca, Mg, Fe, Mn, Zn e Cu. Diante disso, omitindo-se o NH4NO3 testaram-se em etapas sucessivas, ajuste nas concentrações dos reagentes até chegar ao extrator E-35, composto por 20,0 mmol/L de NH4F, 17,32 mmol/L de HNO3, 0,6 mmol/L de EDTA e 200 mmol/L de CH3COOH. O E-35 recuperou dos 28 solos teores de P, K, Ca, Mg, Fe, Mn, Cu e Zn estatisticamente equivalentes àqueles recuperados pelo M-3. A dosagem por EICP mostrou a mesma eficácia que a EAM, EEC, EAA nas dosagens de P, K e Ca, respectivamente. Os teores de P, K, Ca, Mg, Mn, Cu e Zn recuperados pelo E-35 mostrou elevada correlação (> 0,90) com os teores recuperados pelo M-1 e KCl 1 mol/L. Para os teores de Fe esta correlação foi de 0,75. Os resultados indicam que o extrator E-35 é equivalente ao Mehlich-3 e tem potencial para ser adotado com extrator multielmentar par P, K, Ca, Mg, Mn, Cu e Zn, em substituição ao Mehlich-1 e KCl a 1 mol/L. Palavras-chave: Extrator multielementar. Nutriente disponível. Extrator Mehlich-1. Extrator KCl. Nutriente trocável.
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    Combinação de aglomerantes orgânicos com subproduto da concentração de bauxita na produção vegetal e na qualidade da água percolada em tecno-solos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2023-08-02) Rosado, Humberto Teixeira; Silva, Ivo Ribeiro da; http://lattes.cnpq.br/1681393404114517
    O Brasil tem em reservas 2,4 bilhões de toneladas de Bauxita e ocupa o terceiro lugar no mundo em termos de reservas desse minério. A extração e o beneficiamento do minério estão associados a grandes mudanças na paisagem, removendo solo superficial e barragens rejeitos. Novas técnicas têm sido pensadas com o objetivo de acabar com a destinação de rejeitos em barragens e o aproveitamento do subproduto na reconstituição da área. No entanto, esse componente possui baixo teor de C e nutrientes, o que limita o desenvolvimento das plantas. Uma alternativa que tem sido buscada é a possibilidade de formação de um novo solo, incorporando o subproduto da mineração da Bauxita (Torta de Argila), aglomerantes orgânicos e fertilizantes, para a construção de Tecno-solos. Os desafios em utilizar a Torta de Argila como base para a formação do Tecno-solo, e sua utilização para a recuperação de áreas degradadas, devem-se principalmente aos poucos estudos sobre o assunto, tendo em vista que este é um procedimento adotado recentemente no beneficiamento da Bauxita. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi avaliar diferentes proporções de resíduos como condicionadores da Torta de Argila durante a construção do Tecno-solo, atendendo a portaria CONAMA nº 357/2005, qualidade das águas superficiais. O experimento foi conduzido com 22 tratamentos compostos por resíduos orgânicos (cama de frango - CM, serragem - SE, torta de filtro - TF e fino do carvão vegetal - CV) em blocos ao acaso, com presença de plantas em 4 repetições. As colunas de PCV simularam o perfil do Tecno-solo que recebia 500 mL de água deionizada a cada 7 dias, simulando uma precipitação anual de 1200 mm. Após 35 dias e 4 lixiviações, avaliou-se a produção de massa seca, os teores de N-NH4+, N-NO3- e P do Tecno-solo e do lixiviado, além da turbidez do lixiviados. As combinações que proporcionaram maiores produções de matéria seca foram: 18,0 % TF : 2,0 % CV; 19,0 % TF : 1,0 % CM e 19,0 % TF : 1,0 % SE. Por vez as melhores doses para produção de mMSPA, pode não ser as melhores para a qualidade ambiental dos lixiviados, devido à lixiviação do Fósforo. Palavras-chave: Tecno-solos. Barragens de rejeito. Torta de Argila. Resíduo orgânico. Lixiviados.
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    Coberturas de pilhas de estéril da mineração de ferro e efeitos na germinação do banco de sementes do topsoil
    (Universidade Federal de Viçosa, 2023-07-28) Anunciação, Amanda de Abreu; Assis, Igor Rodrigues de; http://lattes.cnpq.br/4603756670467320
    Reservas de minério de ferro na região do Quadrilátero Ferrífero geralmente estão associadas a presença de ecossistemas singulares, os Campos Rupestres Ferruginosos (CRF), que são constantemente ameaçados e impactados pela mineração. A recuperação dos CRF após os impactos causados pela atividade minerária é um grande desafio devido as especificidades que esse ecossistema apresenta. O impacto ambiental é inerente a mineração, mudanças bruscas são causadas na paisagem e passivos ambientais como pilhas de estéril são gerados. A bioengenharia de solos é uma técnica muito empregada para a recuperação de áreas degradadas pela atividade minerária. A transposição de topsoil, aplicação de biomantas e mais recentemente, aplicação de manta projetada, são exemplos de técnicas amplamente utilizadas. A transposição do topsoil é uma técnica muito vantajosa, pois este material é fonte de um banco de sementes viáveis, contém propriedades químicas, físicas e biológicas que podem potencializar os resultados da revegetação. Cada uma destas técnicas citadas é utilizada individualmente, mas a utilização destas em consórcio com o topsoil pode ser uma alternativa para potencializar os resultados da revegetação, principalmente em condições de inclinação como taludes de pilhas de estéril evitando a sua perda por erosão. No entanto, pouco se sabe sobre a influência dessas associações nas propriedades do substrato de taludes de pilhas de estéril, no estabelecimento da vegetação, nas propriedades e no banco de sementes do topsoil. Por conseguinte, este trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar a influência das diferentes técnicas de bioengenharias de solos em associação ou não nas propriedades físicas, químicas e biológicas das pilhas de estéril e a capacidade de germinação do banco de sementes do topsoil dos campos ferruginosos. Para esse estudo, foram realizados dois experimentos. Um experimento foi montado em pilha de estéril com o objetivo de avaliar a influência de diferentes técnicas de bioengenharia de solos em associação ou não, nas propriedades químicas, físicas e biológicas do substrato de pilha de estéril, sobre o estabelecimento da cobertura vegetal e sobre a erosão das pilhas de estéril. O experimento seguiu delineamento inteiramente casualizado com três repetições. Os tratamentos consistiram em: Hidrossemeadura (H); Hidrossemeadura + biomanta (B); Hidrossemeadura + manta projetada (MP); Hidrossemeadura + topsoil (T); Topsoil + hidrossemeadura (T+H). Após dez meses de da montagem do experimento foi avaliada a cobertura pela vegetação e foram realizadas análises químicas, físicas e biológicas do substrato e avaliada a cobertura pela vegetação. Diferenças quanto a cobertura vegetal e características do substrato foram encontradas entre associações das técnicas de bioengenharia. Os tratamentos não se diferenciaram quanto a perda de sedimentos por erosão. O tratamento com biomanta se destacou positivamente entre os demais tratamentos. Um segundo experimento foi conduzido em casa de vegetação com objetivo de avaliar a influência da manta projetada sob umidade controlada na germinação do banco de sementes de um topsoil de CRF. O experimento seguiu delineamento em blocos casualizados, em arranjo fatorial 2 x 4, com quatro repetições. O primeiro fator consiste na presença e ausência de manta projetada sobre o topsoil e o segundo fator em quatro diferentes umidades com valores aproximados equivalentes a 60 %, 70 %, 80 % e 90 % da C.C., monitorada diariamente por gravimetria para a reposição da água perdida durante 180 dias. Foram avaliadas a emergência (quantificação e identificação) de plantas, a germinação por meio do Índice de Velocidade de Emergência (IVE) e a diversidade de espécies foi avaliada por meio do índice de Shannon Weaver (H’), do índice de equabilidade de Pielou (J) e do índice de Simpson (1-D). Ao final dos seis meses foram realizadas as análises químicas e físicas do topsoil. Após término do período experimental foram contabilizados 214 indivíduos em todas as unidades experimentais, sendo identificadas doze espécies presentes no banco de sementes do topsoil utilizado. Foi encontrada uma baixa diversidade de espécies. A manta influenciou negativamente na germinação das sementes do topsoil. A umidade não foi significativa quanto a diferença no número de indivíduos, mas esta influenciou na disponibilidade de nutrientes, mostrando ser importante o seu controle. Palavras-chave: Recuperação de áreas degradadas. Bioengenharia de solos. Banco de sementes. Campo rupestre ferruginoso. Mineração.