Solos e Nutrição de Plantas

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    Geoambientes: solos e áreas de mineração de ouro na região norte do Suriname
    (Universidade Federal de Viçosa, 2023-02-27) Freitas, Agnaldo Roberto de Jesus; Francelino, Márcio Rocha; http://lattes.cnpq.br/0032307531121907
    O Suriname, localiza-se na costa norte do continente sul-americano, no Planalto das Guianas é um dos países com maior cobertura florestal proporcional do mundo. No entanto, houve nestes últimos anos, aumento crescente no desmatamento, principalmente nas áreas de mineração de ouro, causando grandes impactos ambientais, principalmente nos solos e corpos hídricos destas áreas. Os solos deste país foram pouco estudados onde os estudos ocorreram quando o país era colônia neerlandesa, quando foi desenvolvido o Sistema Surinamês de Classificação de Solos (SiSCS), que se baseado no sistema holandês e americano (Soil Taxonomy). Devido a semelhança ambiental e proximidade geográfica o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS) poderia ser útil para transferência de conhecimentos pedológicos. Dessa forma, este trabalho, teve como objetivos: interpretar e correlacionar os solos da região norte do Suriname com o SiBCS e WRB e servir como base para elaboração de projetos para o planejamento do uso da Terra. Além disso propor um método de classificação utilizando as técnicas de análise de imagens baseada em objetos (OBIA) com técnicas de aprendizado de máquina (AM) para classificar e caracterizar as áreas alteradas pela mineração de ouro no Suriname. Foram coletadas amostras de solos em diversos pontos para reconhecimento e correlação com as classes de solos. Análises físicas, químicas e mineralógicas foram realizadas para caracterização das propriedades dos solos. Foram gerados mapas de solos do Suriname utilizando os sistemas SiBCS e WRB. Foram utilizadas imagens dos satélites Landsat 5 (2001 e 2008), Landsat 8 (2014) e do Sentinel-2A (2020), para análise temporal das alterações de uso e cobertura das áreas de mineração de ouro. Foi observado que na Planície Costeira Jovem predominam os Gleissolos (Gleysols), seguidos pelos Organossolos Háplicos (Folic Histosols) com formação de turfeiras. Nesse ambiente, em menor quantidade, ocorrem os Neossolos Quartzarênicos (Arenosols). Na Planície Costeira Antiga predominam os Plintossolos (Plinthosols) e os Argissolos (Acrisols). Na Cobertura Savânica ocorrem os Espodossolos (Podzols) e os Neossolos Quartzarênicos (Arenosols). Nas Terras Altas predominam os solos mais desenvolvidos e distróficos os Latossolos (Ferrasols), Argissolos (Acrisol) e Plintossolos (Plinthosols), moderadamente desenvolvidos como os Neossolos Flúvicos (Flúvisols), e os mais jovens Neossolos Litólicos (Leptosols) e Cambissolos Háplicos (Cambisols). Entre 2001 e 2008 a área da mineração aumentou 100%, explorando as partes médias da bacia com mineração hidráulica. No período de 2008 a 2014 a área de mineração triplicou, evoluindo para partes baixas e altas da bacia do rio Maurouni com início da escavação mecânica. Entre 2014 e 2020 o aumento foi de 27%, sendo que 97% por escavação mecânica, principalmente na cabeceira da bacia do rio Maurouni, aumentando o potencial de contaminação desta bacia. O SiBCS pode ser utilizado no Suriname de forma a contribuir para transferência de conhecimentos pedológicos para melhor planejamento do uso da Terra e dos recursos naturais no país. O método proposto de classificação de áreas de mineração possui grande potencial para classificar e caracterizar áreas de mineração de ouro, oferecendo melhor análise e monitoramento do impacto ambiental nas áreas de mineração por escavação e hidráulica. Palavras-chave: Sustentabilidade ambiental. Planejamento do uso da terra. Poluição ambiental. Machine learning. Sensoriamento remoto.
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    Paisagens verdes e negras: estratificação ambiental participativa e conhecimento local do solo em uma comunidade quilombola
    (Universidade Federal de Viçosa, 2017-12-11) Ferrari, Lucas Teixeira; Fernandes, Raphael Bragança Alves; http://lattes.cnpq.br/3318503909491827
    Comunidades tradicionais de agricultores acumulam conhecimento prático com o passar das gerações, o que lhes permitem elaborar sistemas próprios de interpretação, estratificação e classificação das unidades ambientais em seus territórios, que podem ser articulados com o conhecimento científico sobre solos e ambientes através de uma abordagem etnopedológica integrada e, assim, contribuir para um planejamento territorial mais adequado à realidade local. O objetivo deste trabalho foi compreender as relações entre o saber local e o conhecimento científico sobre o solo e suas interfaces com os outros componentes ambientais, no Quilombo Santa Cruz, em Ouro Verde de Minas, no Vale do Mucuri-MG. Para tal, resgatou-se o histórico de uso e ocupação do território com entrevistas semi-estruturadas, realizou-se uma estratificação ambiental participativa através de oficinas de mapeamento participativo e travessias guiadas por diferentes gradientes pedológicos, aliados à descrição de perfis de solo e coleta de amostras para análises químicas e granulométricas e, por fim, comparou-se a classificação local de solos com a científica. A comunidade quilombola de Santa Cruz apresenta um forte protagonismo político que permite sua sobrevivência e a reprodução de sua cultura quilombola, frente a cenários de conflitos fundiários e degradação ambiental dos solos e das águas. Os quilombolas estratificam a paisagem, em diferentes níveis, de acordo com critérios variados. A posição na paisagem é determinante na distinção dos compartimentos ambientais maiores e mais heterogêneos (Chapada, Baixada e Lajedo) e, à medida que a estratificação ambiental é aprofundada, outros critérios aparecem, como a face de exposição, a pedoforma e a presença afloramentos rochosos. Esses últimos distinguem etnoambientes menores e mais homogêneos (Pinel da Chapada, Pé do Lajedo, Morro com Pedra, Morro sem Pedra, Baixa e Brejo), que condicionam diferentes tipos de solo. Estrutura, umidade, cor e textura do solo, foram os critérios locais utilizados na distinção das quatro principais classes de solo: Terra Vermelha, Terra Arenosa, Terra Poenta e Barro. Esses solos foram mapeados e tiveram correspondência no Sistema Brasileiro de Classificação de Solos, através das respectivas classes: Argissolo Vermelho-Amarelo, Neossolo Regolítico, Cambissolo Háplico e Gleissolo Háplico. A estratificação ambiental participativa revelou a diversidade da paisagem no quilombo Santa Cruz, que evidencia gradientes pedológicos determinantes no desenho dosagroecossistemas.
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    Genesis and classification of semi-arid soils from James Ross Island, Weddell Sea region, Antarctica
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-12-03) Paula, Mayara Daher de; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://lattes.cnpq.br/4866491950822266
    The objective of this research was to investigate pedogenetic processes and soil formation factors in the region of the Weddell Sea and South Shetland Islands in the Peninsular Antarctic region. The work was divided into three papers. In the first paper the objective was to investigate the pedogenesis of a volcano-sedimentary topolithosequence, located in the James Ross Island, Weddell Sea region, through morphological, physical, chemical and mineralogical characterization, and classification of soils according to the international systems Soil Taxonomy and WRB / FAO. Soils are predominantly Gelisols/Cryosols and present cryoturbation features. Vegetation is scarce and nesting birds are absent, so that most soils can be characterized as ahumic. All profiles have a skeletic character, with a high percentage of coarse materials. The soil pH varied from neutral to alkaline and the potential acidity values were null. The mineralogy of the clay fraction presented kaolinite, which was likely inherited from warmer and wetter paleoclimatic conditions during sedimentation. The soils have mixed properties between maritime and continental Antarctic, such as cryoturbation and redoximorphism, side-by-side with desert pavements and ahumic character. In the second paper, the soils developed on different parent materials along the Ulu Peninsula, located on James Ross Island were analyzed geochemically through the quantification of major oxides and traces in soils, as well as the study of the uniformity of the parent material and the degree of weathering of soils, through geochemical indexes. Based on the major and trace oxides geochemistry, the soil types are well differentiated indicating that geochemical composition of soils is highly affected by their parent materials. Therefore, based on the major oxides abundances, chemical weathering seems insignificant. According to the high chemical index of alteration and mineralogical composition which have kaolinite in the clay fraction, soils developed on sedimentary rock of showed a pre-weathered nature. In the third paper the objective was to construct a database with all soil profiles collected since 2002 in the South Shetland Islands Group and the James Ross Islands Group to statistically analyze the physical and chemical properties of these soils located in different climatic regions. The results support the predominance of physical weathering rather than chemical weathering. However, in certain areas, chemical weathering and/or the parent material are more influential. The mean pH values of JRIG soils are closer to those found in Continental Antarctica. SSIG soils are the most acidic in Antarctica, given both the presence of sulfides, and the biological influence associated with the area’s greater precipitation and temperature. The highest P values (Mehlich-1) found in the two island groups were due to the influence of birds, mainly penguins, which are more significant in the SSIG. In the two island groups, the soils affected by avifauna activity have the highest amount of organic material, thereby resulting in high total organic carbon content. Climate is the factor that most influences the development of SSIG soils. Greater precipitation combined with higher temperatures considerably increases the organic matter content in these soils, in addition to the leaching of base elements, resulting in a more acidic pH, and more developed soils.
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    Deltas dos rios Doce e ttapemirim: solos, com ênfase nos tiomórficos, água e impacto ambiental do uso
    (Universidade Federal de Viçosa, 1997-09-23) Lani, João Luiz; Rezende, Sérvulo Batista de; http://lattes.cnpq.br/1639662511175931
    O Delta do rio Doce é uma extensa área de solos que na sua grande maioria foi submetida ao hidromorfismo. Os solos hidromórficos predominam na região do “Vale do Suruaca”. Aqueles foram, na sua maioria, drenados pelo DNOS - Departamento Nacional de Obras e Saneamento. sem maior atenção às consequências de uma drenagem excessiva. No delta, ocorrem diversos solos: Areias Quartzosas Marinhas. Gleissolos, Orgânicos, Podzol Hidromórfico, Aluviais e outros. Alguns como, por exemplo, os Gleissolos e Orgânicos podem ser sujeitos ao tiomorfismo. Com o objetivo de identificar esses solos, como eles se relacionam na paisagem; seu uso atual; os efeitos da subsidência dos solos Orgânicos, percorreu-se intensamente a área, coletaram-se amostras de solos, plantas e águas. Estas foram submetidas, conforme a pertinência, a diversas análises físicas, químicas, mineralógicas e micromorfológicas. Maior ênfase foi dada aos solos tiomórlicos e, neste particular, incorporaram- se amostras provenientes da Fazenda AGRIL (Riacho - Aracruz, ES), do delta do rio ltapemirim e de Campos, RJ. Concluiu-se que, sem um planejamento amplo de uso dos solos do delta, de equilibrio delicado, os danos ecológicos poderão ser desastrosos. A drenagem excessiva e o uso do fogo intensificam a subsidência dos solos Orgânicos. A drenagem tem aumentado a incidência de pragas como o “mofofô” (Euetheola humilis, Burm) cujas larvas atacam o sistema radicular das pastagens. São, também, drásticos os efeitos da drenagem nos solos tiomórficos: o abaixamento excessivo do pH da água e, principalmente, do solo elimina toda a vegetação. O “cabeludinho” também conhecido como “beiço de égua” e a quaresmeira mirim (Tibouchina sp.), são as plantas que resistem, por mais tempo, aos efeitos adversos do baixo pH e dos altos teores de ferro e aluminio. A reinundação por 104 dias, em condições de laboratório, que não foram suficientes para elevar o pH a valores próximos da neutralidade, somente altíssimas aplicações de CaCO3 elevaram o pH a valores próximos de 6,0, mesmo assim, somente de alguns horizontes ou camadas. Águas transparentes e adstringentes podem servir de critério para identificar solos tiomórficos em condições de campo. O número de caramujos (Australorbis sp.), por outro lado, pode servir de critério de identificação das águas eutróficas e estas, por sua vez, podem ser um grande potencial de proliferação da esquistossomose, por fornecerem os elementos necessários à formação das suas conchas. Foram identificadas algumas lagoas próximas à estação da Petrobrás com salinidade e teores de enxofre comparativamente maiores do que os da água do mar, o que leva a crer na contaminação por efluentes de águas servidas industriais. Sugere-se mapear os solos tiomórficos, com urgência, e destina-los à preservação natural (Classe 6 do Sistema de Aptidão Agricola das Terras). De fato, nos levantamentos feitos pelo SNLCS e RADAMBRASIL, as áreas de solos tiomórficos foram bastante subestimadas. Estes solos requerem cuidados especiais ao seu manejo,em razão da sua extrema acidez após drenados, o que pode produzir um impacto desastroso ao meio ambiente.
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    Gênese de solos em topolitossequência no Sinclinal Moeda Quadrilátero Ferrífero (MG)
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-09-30) Oliveira, Diego Aniceto dos Santos; Ker, João Carlos; http://lattes.cnpq.br/4884473248554826
    O conhecimento das características químicas, físicas e mineralógicas dos solos que ocorrem no Quadrilátero Ferrífero contribui para a evolução da ciência do solo e auxilia na tomada de decisão sobre diversas ações mitigatórias relacionadas ao melhor aproveitamento e conservação deste recurso. Com este objetivo, foram estudados nove perfis de solo associados a diferentes materiais de origem e condições de relevo e paisagem no flanco oeste do Sinclinal Moeda, a saber: um Neossolo Regolítico Distrófico (P1) e um Cambissolo Háplico Tb Distrófico (P2) originados de xisto; um Gleissolo Háplico Tb Distrófico (P3) originado de filito da Formação Moeda; um Neossolo Litólico Distrófico (P4) e um Espodossolo Ferrihumilúvico Órtico (P5) derivados de quartzitos; um Cambissolo Háplico Tb Distrófico (P6) originado de filito da Formação Batatal; dois Latossolos Vermelhos Acriférricos (P7 e P8) e um Cambissolo Háplico Perférrico (P9) relacionados ao itabirito. Após a realização dos trabalhos de campo onde foram feitas as descrições morfológicas dos perfis e a coleta das amostras, foram realizadas análises químicas (pH em água e em KCl, Ca2+, Mg2+, K+, Na+, Al3+, H+Al, P, P-rem, C.O.), físicas (granulometria, ADA, densidade de partículas), mineralógicas (difração de raios-X), digestão sulfúrica (SiO2, Al2O3, Fe2O3, TiO2, P2O5, MnO2), digestão semi-total (As, Cr, Cd, Cu, Mn, Ni, Pb, V e Zn), extração de óxidos por DCB e oxalato, além da micromorfologia de horizontes Bw complementada com técnicas de EDS (Energy Dispersive X-Ray Detector). Os solos desenvolvidos de xisto apresentaram textura argilosa e teores elevados de Cr (> 500 mg kg-1). A xistosidade do material de origem sugere relação direta com a dissecação da paisagem e com a vegetação predominante. No domínio das rochas pertencentes à Formação Moeda (quartzitos e filitos), a textura dos solos associada ao comportamento hidrogeológico dos materiais de origem propicia a ocorrência de processos pedogenéticos distintos, levando à ocorrência de Gleissolos e Espodossolos. Os Latossolos desenvolvidos de itabirito ou de materiais a ele relacionados apresentaram textura muito argilosa e tendência de valores positivos de ∆pH em profundidade (intemperismo isoelétrico). A mineralogia destes solos é composta por quartzo, caulinita, hematita, magnetita, goethita e gibbsita. Nas encostas itabiríticas voltadas para o interior do sinclinal ocorrem Cambissolos Háplicos Perférricos com atração magnética e teores elevados de Fe2O3 obtidos pelo ataque sulfúrico (> 528 g kg-1). A ocorrência dos solos na área de estudo é fortemente influenciada pelo material de origem e pelo relevo. As análises com EDS permitiram analisar diferenças na composição química dos Latossolos sugerindo estarem relacionadas tanto com a mistura do itabirito com materiais de origem mais aluminosos quanto com a maior mobilidade do Fe em relação ao Al ao longo da encosta.
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    Restauração ecológica de Campos rupestres ferruginosos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-10-31) Rezende, Lina Andrade Lobo de; Dias, Luiz Eduardo; http://lattes.cnpq.br/7132995654361065
    Os Campos fupestres ferruginosos ocorrem no Brasil associados a afloramentos rochosos hematíticos em Minas Gerais, Pará e Mato Grosso. Trata-se de vegetação que apresenta elevado endemismo resultante do isolamento das comunidades vegetais no topo das serras e às condições geoecológicas. As plantas adaptadas a essas condições apresentam diversos mecanismos de adaptação, tornando esse ambiente um ecossistema único. As pressões que os Campos Rupestres Ferruginosos sofrem devem-se principalmente à atividade de mineração e, em Minas Gerais, à expansão urbana. No Brasil, são poucas as unidades de conservação que apresentam áreas representativas dessa formação, podendo- se citar o Parque Estadual do Rola Moça no Quadrilátero Ferrífero, MG. É inegável a importância da mineração em nossa sociedade, tornando-se necessário estabelecer estratégias de conservação e preservação da biodiversidade desses ambientes. Essa tese apresenta os resultados obtidos através do acompanhamento de projeto de pesquisa iniciado em 2009 na mina de Capão Xavier (VALE) em Nova Lima, MG. Foi instalado experimento de campo que teve como foco a restauração de Campos Rupestres Ferruginosos utilizando as diretrizes da Sociedade Internacional para Restauração Ecológica (Ser-International, 2004). Além desses resultados apresenta estudos de mapeamento dos campos e comportamento do solo, temas identificados como lacunas para o sucesso de projetos de restauração ecológica. O acompanhamento da evolução de experimento de campo utilizando plantas provenientes de operações de resgate de flora e o uso de diferentes espessuras de topsoil contribuiu para avaliar a dinâmica das áreas em processo de restauração. O estabelecimento de parcelas com diferentes espessuras de topsoil reproduziu situação de mosaico semelhante à encontrada nas áreas naturais favorecendo a biodiversidade no ambiente. Entretanto, espécies invasoras apresentaram grande contribuição na cobertura vegetal na área experimental, indicando a necessidade da realização de intervenções. A sobrevivência da comunidade de plantas reintroduzidas no experimento apresentou decréscimo significativo ao longo do tempo. O comportamento térmico do solo em região do Pará indicou que as plantas nos ambientes rochosos ferruginosos podem passar até 7 horas do dia acima de 40 0C graus, evidenciando necessidade de se estabelecer protocolos de preparo de solo de forma a garantir condições ambientais específicas. A identificação das classes de vegetação e o mapeamento de áreas naturais no Quadrilátero Ferrífero foram realizados com o objetivo de fornecer informações sobre a natureza dos ambientes alterados e o contexto ambiental de sua inserção. A classificação supervisionada da composição de todas as bandas de imagem GeoEye, a primeira componente principal da imagem (PCA1) e o índice de vegetação da diferença normalizada (NDVI) apresentou os bons resultados para mapeamento do uso do solo (Índice Kappa = 0,87), indicando possibilidade de sua aplicação na etapa de planejamento de programas de restauração ambiental.
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    Gênese e classificação de solos na península Coppermine (ilha Robert) e ilha Barrientos, Antártica marítima
    (Universidade Federal de Viçosa, 2015-02-13) Paula, Mayara Daher de; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://lattes.cnpq.br/4866491950822266
    A península Coppermine e a ilha Barrientos se localizam ao longo do arquipélago das Shetland do Sul, na Antártica marítima. As rochas encontradas nestes dois locais são formadas por lavas de olivina-basalto, do Cretáceo Superior. A olivina cristaliza-se primeiro, deixando um magma mais pobre em sílica e mais rico em ferro e magnésio, enquanto as demais rochas ígneas de origem vulcânica entre as ilhas Rei George e Low são em sua maioria, constituídas de andesitos, mais ricos em sílica e pobres em ferro. Considerando essa particularidade litológica foi proposta uma unidade litoestratigráfica separada: a “Formação Coppermine”. Nesse contexto, este é o primeiro trabalho pedológico realizado na “Formação Coppermine”, ou seja, em áreas onde predominam basaltos ricos em olivina. Os objetivos deste trabalho são estudar as características físicas, químicas e mineralógicas dos solos desenvolvidos sob lava olivina-basalto na península Coppermine (ilha Robert); e verificar a influência da ornitogênese na formação de solos vulcânicos mais antigos da ilha Barrientos. Para tanto, foram realizados estudos de gênese dos solos desenvolvidos de olivina-basalto e processos pedológicos no contexto de vulcanismo antigo na Antártica marítima, e sua influência nos ecossistemas terrestres. Além disso, classificou-se tais solos pelos sistemas de classificação Soil Taxonomy e WRB/FAO. As amostras foram coletadas em perfis, submetidas a análises físicas e químicas de rotina. Amostras selecionadas foram submetidas a extrações químicas com oxalato de amônio, pirofosfato de sódio e ditionito-citrato- bicarbonato, difração de raios-X e microanálises em seções finas. A maioria dos solos não apresentaram permafrost dentro dos 100 cm, sendo, portanto classificados como Entisols e Inceptisols (Soil Taxonomy) e Leptosols e Cambisols (WRB/FAO). A textura dos solos é grosseira, tendo a TFSA composta principalmente por areia, seguida por silte, sendo a classe textural franco-arenosa predominante. Os elevados teores de Na e K são atribuídos aos sprays salinos associados às feições geomórficas e aos ventos predominantes. A saturação por bases é elevada na maior parte dos solos (>50%), refletindo a litologia basáltica, com teores de Mg mais elevados que os de Ca. Na península Coppermine, os teores de fósforo extraível por Mehlich-1 são mais elevados nas áreas sob influência ornitogênica mais atual. A mineralogia da fração argila é composta basicamente por minerais 2:1 e plagioclásios. As propriedades dos solos como classe textural, cor, pH, carbono orgânico total, soma de bases e mineralogia são bem homogêneas entre si, reflexo do material de origem mais uniforme ao longo de toda a península. Entretanto, a variação de algumas propriedades pode ser atribuída principalmente à diferenciação do relevo. A influência da nidificação, apesar de representar importante fonte de nutrientes para os solos, assumem importância secundária como fonte de fosfatização. Na ilha Barrientos, porém, todos os solos possuem algum grau de ornitogênese, com valores de P (Mehlich-1) diferenciados sob influência da atividade de petréis ou pinguins. Os teores de P (Mehich-1) são menores na ilha Barrientos quando comparado a outras áreas da Antártica marítima, reflexo da menor população de aves atual. A presença de strengita na fração argila dos solos da ilha Barrientos está fortemente relacionada ao material de origem, bem mais rico em Fe que os andesitos das demais Ilhas Shetland do Sul.
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    Mineração de dados, exatidão da classificação e modelagem do sombreamento do relevo no mapeamento do uso e cobertura da terra
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-10-30) França, Michelle Milanez; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703656Z4; Lani, João Luiz; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076P1; http://lattes.cnpq.br/4699163871152127; Soares, Vicente Paulo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781715A9; Ferreira, Williams Pinto Marques; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799404E8; Brandão, Pedro Christo; http://lattes.cnpq.br/6847119919293306
    Este trabalho está segmentado em três capítulos, inter-relacionados. O primeiro capítulo trata da quantificação das áreas de sombras em imagens de satélites, estabelecidos a partir de dados existentes acerca dos dias e horário de passagem do satélite, bem como do estabelecimento das melhores épocas para aquisição de imagens, de forma a obter o menor percentual de sombra. Os produtos do Sensoriamento Remoto acabam apresentando pixels com áreas consideráveis de sombra, principalmente nas altas latitudes dos Hemisférios Norte e Sul. Este efeito realça as geoformas do relevo, mas em contrapartida prejudica o trabalho de classificação de imagens, impedindo que seja obtida a classe situada abaixo da sombra. Como até o momento não foi possível identificar nenhum dado que apresente a área perdida por sombreamento em imagens de satélite, decidiu-se modelar a radiação solar direta que atinge o terreno, em data e horário de passagem do satélite Landsat TM e ETM+, cujas imagens são mundialmente utilizadas. Para isso, foram simuladas as mesmas condições de relevo, em latitudes distintas, partindo da latitude 0° (Equador) até a latitude 40° S. Verificou-se que, nas latitudes 30°S e 40°S, onde a perda de área por sombreamento vai de 27% a 91%, as imagens devem ser adquiridas, preferencialmente, entre outubro e março. Nas latitudes 0° e 10° a perda pode ser considerada desprezível, quando fixado um limiar mínimo de ocorrência em 10%. No segundo capítulo foram utilizadas duas imagens do satélite Landsat TM, uma adquirida em período da primavera/inverno, apresentando extensas áreas de sombras e outra do período do inverno/outono, realçando um pouco mais os alvos do terreno. Estas imagens foram submetidas ao processo de mineração de dados para obtenção da melhor combinação de bandas e o algoritmo Maxver. A mineração de dados foi utilizada para verificar se existem combinações de bandas que agregam melhor resultado final na classificação, além das tradicionais 2,3,4 e 345, muito difundidas no Sensoriamento Remoto. Além das bandas espectrais do referido sensor, foram utilizadas três componentes principais e o índice NDVI, totalizando 10 bandas que, combinadas entre si, resultaram em 1023 classificações para cada imagem. O maior índice kappa obtido para a imagem da primavera/inverno foi de 0,90 com a combinação 235610 e para o do inverno/outono, obteu-se kappa de 0,88 na combinação 2358910. Foram obtidos kappas condicionais baixos apenas para as classes café e eucalipto. Ao avaliar o efeito do conjunto de bandas verificou-se que as componentes principais e o índice de vegetação NDVI proporcionaram incremento no kappa. O NDVI apareceu em todas as combinações com kappas altos. As classificações que tiveram pelo menos uma banda do visível, uma do infra-vermelho, uma componente principal e o NDVI, apresentaram bons resultados. No último capítulo, foi abordado a questão da exatidão dos mapeamentos produzidos, os índices utilizados na avaliação da exatidão e suas limitações, bem como o que vem sendo proposto ultimamente. Para isso, foram utilizados os resultados das cinquenta melhores classificações obtidas com as duas imagens que foram avaliadas, pixel a pixel. Foi verificado que, as classes de café e eucalipto foram classificadas em sete a oito categorias de diversidade. Embora isso, grande parte da área da bacia é classificada em comum acordo, ou seja, essas discordâncias representam menor percentual. Mesmo assim, o resultado revelou que o teste estatístico empregado (teste z), embora muito utilizado e recomendado para avaliar diferenças estatísticas entre classificadores ou combinações de bandas, não foi satisfatório por apresentar resultados diferentes onde, teoricamente, não havia diferença estatística com z ao nível de 5% de probabilidade. Os resultados dos dados que não apresentaram divergência entre respostas mostraram acerto de 41,4% para a imagem do primavera/inverno e de 60,5% para a imagem da inverno/outono. Ou seja, com base no resultado obtido apenas estes percentuais de área possuam a mesma resposta no processo de classificação.