Solos e Nutrição de Plantas

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    Geoambientes na RPPN Capivari II e monitoramento térmico e hídrico em solos de canga ferrífera e quartzito, Quadrilátero Ferrífero Minas Gerais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-03-28) Ferrari, Lucas Teixeira; Simas, Felipe Nogueira Bello; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766936J5; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723204Y8; http://lattes.cnpq.br/3318503909491827; Mendonça, Bruno Araujo Furtado de; http://lattes.cnpq.br/8081324794152785; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703656Z4
    O Quadrilátero Ferrífero (QF) é uma região montanhosa de ecossistemas bastante peculiares, condicionados pela heterogeneidade da paisagem, composta de substratos geológicos diversos. As rochas mais resistentes e salientes na paisagem, tais como quartzitos e itabiritos, sustentam ambientes rupestres diversificados e com elevado grau de endemismo. A despeito da importância de conservação destes ecossistemas, há muitos anos o minério de ferro é explorado no QF, suprimindo as áreas de canga ferrífera, sendo que ainda são escassos os estudos sobre sua vegetação peculiar, sua relação com o solo e importância ambiental. A região do QF abrange várias unidades de conservação, como por exemplo as Reservas de Proteção ao Patrimônio Natural (RPPN), pertencentes a empresas mineradoras, e que ainda carecem de estudos ambientais integrados, importantes para o manejo adequado dessas áreas e para o fomento de novas pesquisas. Esta pesquisa teve como objetivo geral aprofundar o conhecimento acerca das relações entre solo e vegetação no QF e, nesse sentido, dois capítulos distintos foram desenvolvidos. No primeiro capítulo, foi feita a estratificação geoambiental da RPPN de Capivari II, na qual as unidades geoambientais foram descritas, mapeadas e identificadas, utilizando imagem Ikonos de alta resolução, mapa geológico em programa ArcGIS 10 e viagens de campo. No capítulo 2, objetivouse caracterizar e comparar a dinâmica térmica e hídrica do solo em área de canga e quartzito no QF. Para tal, foi realizado, durante o período de 14 meses, o monitoramento in situ da umidade e da temperatura do solo e da temperatura do ar em quatro ambientes distintos, a saber: Campo Rupestre sobre Canga (CC), Mata sobre Canga (MC), Campo Rupestre sobre Quartzito (CQ) e Mata sobre Quartzito (MQ). O monitoramento da umidade do solo foi baseado no método TDR (do inglês Time Domain Reflectometer), através do qual, por meio de calibração dos sensores em laboratório, valores de tempo de propagação do pulso eletromagnético detectado por sensores instalados no solo foram convertidos em valores de umidade gravimétrica. Perfis de solo representativos de cada ambiente amostrado, tanto na RPPN quanto nos sítios de monitoramento, foram descritos e classificados de acordo com o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos e as amostras de solo coletadas foram submetidas às análises físicas e químicas de rotina do Departamento de Solos da UFV. A RPPN de Capivari II apresentou 10 unidades geoambientais distintas, em sua maioria representada por solos rasos, pobres, cascalhentos e vegetação campestre; os geoambientes com feições de vegetação florestais e arbustivas ficam restritas às áreas com maior umidade do solo, proporcionada pela profundidade do solo e posição na paisagem, ou às áreas protegidas contra a ação do fogo, devido à rochosidade/pedregosidade do solo. O mapeamento da área revelou também sua fragilidade ambiental, bem como mostrou o quanto é diversificada a paisagem no QF, mesmo em áreas de dimensões restritas. A caracterização da dinâmica térmica e hídrica mostrou a influência da temperatura, da umidade do solo e da profundidade sobre as fitofisionomias de vegetação de canga e quartzito, além da profundidade do solo. Os dados também revelaram a magnitude das variações de temperatura e umidade do solo, que denuncia condições ambientais extremas às quais estão submetidas a vegetação naturalmente adaptada aos ecossistemas rupestres do QF, além de permitir o entendimento mais detalhado da dinâmica pedoclimática destes ambientes. Este estudo mostrou que a utilização do equipamento TDR para a determinação da umidade do solo apresenta alguns desafios metodológicos, desde sua correta instalação no campo até a determinação da densidade do solo, necessária para a calibração dos sensores. Por fim, os estudos aqui detalhados ilustraram as estreitas relações existentes entre solo e vegetação no QF, uma região com notável fragilidade ambiental, ao mesmo tempo em que abrem novos caminhos para investigações mais detalhadas acerca dos mecanismos de adaptação das plantas, naturalmente adaptadas a estes ambientes.
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    Reabilitação de campos ferruginosos degradados pela atividade minerária no Quadrilátero Ferrífero
    (Universidade Federal de Viçosa, 2010-02-19) Rezende, Lina Andrade Lobo de; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; Griffith, James Jackson; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787063H6; Dias, Luiz Eduardo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788182U8; http://lattes.cnpq.br/7132995654361065; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Fernandes, Geraldo Wilson Afonso; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781072Y0
    As áreas de canga apresentam uma série de restrições ao estabelecimento das espécies vegetais, tais como solos rasos, com baixo teor de umidade e nutrientes, estrutura deficiente, além de uma grande amplitude térmica diária. A alta especialização da vegetação contribui com a elevada taxa de endemismo que caracteriza a flora dos campos ferruginosos. Os campos rupestres ferruginosos estão entre os ecossistemas com maior perda de habitat, menor área de ocorrência e de representatividade em unidades de conservação. A estreita associação entre a lavra de minério de ferro e esses campos levou esta formação a uma condição especial de vulnerabilidade. Esse trabalho teve como objetivo propor abordagens para a reabilitação de campos ferruginosos no Quadrilátero Ferrífero (QF) considerando aspectos técnicos relacionados à aplicação do topsoil associado à canga, reintrodução de plantas provenientes de operações de resgate e regeneração natural. Pretende-se com isso, propor práticas de manejo que conciliem a exploração mineral no QF e a conservação da biodiversidade desses ambientes. Para isso, montou-se experimento em pilha de estéril da mina Capão Xavier localizada em Nova Lima, (QF) - MG. Foram estabelecidas 32 parcelas experimentais de 50 m2, referentes a oito tratamentos com quatro repetições. Os tratamentos foram compostos a partir de combinações de duas espessuras de canga e topsoil associado (20 e 40 cm) e quatro níveis de adubação. O experimento foi montado em esquema de parcelas subdivididas, sendo o efeito de camadas nas parcelas e de doses nas subparcelas, distribuídas em um delineamento em blocos casualizados. As mudas provenientes do resgate permaneceram por dois anos em condições de céu aberto no viveiro. Em cada parcela foi feito o plantio do mesmo número de mudas seguindo o mesmo arranjo espacial. A avaliação dos tratamentos foi feita aos dez meses após o plantio pelo índice de cobertura vegetal e sobrevivência das espécies plantadas e da regeneração natural. Paralelamente, foi feita avaliação da biomassa da parte aérea de Melinis multiflora uma vez que, instalado o experimento, houve a suspeita de que a utilização de fertilizantes poderia favorecer o desenvolvimento desta espécie invasora em detrimento das demais. Não houve diferença significativa entre as médias de sobrevivência das mudas plantadas para as diferentes espessuras de substrato. A sobrevivência das plantas também não respondeu significativamente ao aumento de doses de fertilizantes. Isso pode indicar que o resgate de flora é uma estratégia eficaz de reabilitação. O curto período de avaliação, porém, não permite dizer que a adubação não terá efeito sobre a sobrevivência destas plantas ao longo do tempo. As espécies que apresentaram índices de sobrevivência superiores a 70% foram Laelia crispata, Artdrocereus glaziovii, Vrisea minarum, Bilbergia elegans, Clusia sp, e Cupania sp. Houve diferença significativa entres as médias de cobertura vegetal para as camadas de 20 e 40 cm e foi possível ajustar modelos de regressão relacionando cobertura vegetal com doses. A aplicação das mesmas doses de fertilizantes em ambas as camadas, não fez com que as parcelas com camadas de 20 cm alcançassem índices de cobertura vegetal semelhantes aos índices das parcelas com 40 cm, evidenciando que o efeito das doses não elimina as diferenças causadas pelo efeito das espessuras. Vale ressaltar que não existe evidência de que maior cobertura vegetal irá implicar em reabilitação mais adequada, visto que poderá implicar em competição indesejável pelo aumento de espécies ruderais invasoras. Houve aumento linear da produção da biomassa da parte aérea de Melinis multiflora em resposta aos níveis de adubação. Os substratos expostos nos taludes apresentam características químicas limitantes ao desenvolvimento da vegetação e a aplicação de fertilizantes no material de canga, originalmente pobre, favoreceu a colonização dessa espécie invasora nas parcelas. As médias da produção da biomassa da parte aérea de Melinis multiflora em função da espessura da camada de cobertura (canga + topsoil) apresentaram diferença significativa a partir da dose correspondente ao uso de 60% da quantidade de fertilizantes recomendada. A partir dessa dosagem, a maior produção de biomassa do capim gordura, pode ser atribuída ao favorecimento do crescimento do sistema radicular das plantas devido à maior disponibilidade de água e nutrientes em um volume maior de substrato. Ainda que os resultados apontem maior desenvolvimento de regeneração natural e cobertura vegetal para o uso de capeamento de 40 cm de espessura utilizando 908 kg/ha de termofostato, 554 kg/ha de sulfato magnesiano e 2.000 kg/ha de N-P-K, deve-se entender que os demais tratamentos testados favoreceram o desenvolvimento de outros arranjos ambientais estabelecendo uma situação de mosaico muito comum nos campos naturais. Além disso, a definição do programa de reabilitação deverá levar em consideração a disponibilidade de material de canga e o custo associado a esta operação.