Solos e Nutrição de Plantas

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    Gênese de solos desenvolvidos de sedimentos marinhos na Ilha Seymour, Antártica Peninsular
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-08-31) Spinola, Diogo Noses; Fernandes, Raphael Bragança Alves; http://lattes.cnpq.br/0163783298262937
    A Ilha Seymour, localizada no norte da Península Antártica, está em uma zona de clima transicional entre a Antártica Marítima e Antártica Continental. Os solos da ilha são formados de sedimentos marinhos com fraca diagênese, sendo, portanto fracamente consolidados. Desta forma, o objetivo desta dissertação foi estudar a gênese destes solos. A estrutura de apresentação deste trabalho foi organizada em dois capítulos, buscando atender diferentes objetivos específicos. No primeiro capitulo foram selecionados quatro perfis em distintas geoformas. As características físicas, químicas e mineralógicas por extração de Fe secundário (ditionito-citrato-bicarbonato DCB e oxalato de amônio) e difratometria de raios-x da fração argila foram avaliadas. De acordo com os aspectos químicos, verificou-se que a sulfurização e salinização são os principais processos pedogenéticos. Os óxidos de Fe secundários também foram quantificados e observou-se predomínio de formas cristalinas, no entanto, no difratograma de raios-x da fração argila não foram identificados óxidos de Fe como hematita ou goethita. Conforme verificado na literatura, a jarosita é dissolvida no durante a extração por DCB, portanto, não sendo um método recomendado em caso de solos sulfatados. A composição mineralógica indica haver intemperismo químico atuante, visto a ausência de minerais primários facilmente intemperizáveis. A jarosita, anatásio, quartzo, esmectita-vermiculita foram os minerais predominantes. Foram também identificados minerais relacionados a ambientes de clima árido, como calcita, anidrita e aragonita. Atribuiu-se a presença de caulinita como de origem detrital. Os solos da Ilha Seymour se assemelharam mais aos da Antártica Continental do que da Antártica Marítima, principalmente pelo excesso de sais e virtual ausência de vegetação. Compreendeu-se que o material de origem é o principal fator de formação do solo responsável pelos processos pedogenéticos que ocorrem na ilha. No segundo capitulo, o principal objetivo foi a distinção de solos e sedimentos. Com este propósito, optou-se por se buscar identificar descontinuidades litológicas e avaliar as taxas de intemperismo nos perfis amostrados. As descontinuidades litológicas foram avaliadas iiimediante análise da distribuição dos teores de Ti e Zr e da relação Ti/Zr, além da distribuição granulométrica da areia e silte em uma base livre de argila, e dos teores da própria argila para fins comparativos. Na avaliação da taxa de intemperismo foram utilizados o índice CIA (Index of Chemical Alteration) e a mineralogia da fração argila. Dos quatro perfis avaliados, três apresentaram descontinuidades litológicas, no entanto, apenas um apresentou descontinuidade de origem sedimentar, os outros processos envolvidos foram a adição de material por via eólica e ação ornitogênica. A avaliação da distribuição de Ti e Zr permitiu ainda distinguir pinguineiras mais antigas das mais recentes. A aridez do ambiente ficou também evidente visto a ausência de minerais fosfáticos nos perfis ornitogênicos.
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    Território, conhecimento local e uso do solo na comunidade quilombola de Malhada Grande Norte de Minas Gerais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-09-28) Matuk, Fernanda Ayaviri; Jucksch, Ivo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723123H4; Simas, Felipe Nogueira Bello; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766936J5; Fernandes, Raphael Bragança Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728400J8; http://lattes.cnpq.br/7242410413258739; Coelho, France Maria Gontijo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784228E8
    O contexto socioambiental e científico tem enfatizado a importância da realização de estudos interdisciplinates e etnocientíficos, visando a análise integrada da realidade. Nesse sentido, a associação de uma abordagem territorial com a Etnopedologia permite uma ampla visão sobre o uso do solo, o saber local e as demandas locais, constituindo-se como importante ferramenta para a atuação junto a comunidades rurais, que deve ser explorada. Este trabalho investigou o saber local sobre os solos e o uso do solo de uma comunidade integrante do Quilombo Gurutuba, localizada em Malhada Grande (Catuti Norte de MG). Os principais objetivos do trabalho, voltados para a compreensão do uso e ocupação do solo, foram: relacionar o saber local sobre geoambientes e solos ao saber científico; avaliar a aptidão agrícola dos solos coletados e analisá-la em relação ao uso do solo praticado; relacionar as mudanças no uso do solo com as transformações ocorridas na territorialidade local. A metodologia consistiu em: levantamento do histórico de uso do solo e do saber local sobre geoambientes e solos, turnês-guiadas, entrevistas semi-estruturadas, coleta e tradagem dos solos identificados, bem como descrição e análise química e física dos solos coletados. Também foram realizados o Mapeamento participativo dos geoambientes e do uso do solo, a avaliação e mapeamento da aptidão agrícola dos solos e a articulação entre saber local (emicista) e científico (eticista). Na estratificação ambiental local foram identificados três macroambientes, Alto, Alta e Baixa, que correspondem, respectivamente, ao topo, à encosta e à planície de inundação. Esses foram subdivididos em geoambientes, distintos em função de um sistema local de classificação dos solos, baseado principalmente na cor, textura e consistência do solo. Esses ambientes foram interpretados pedogeomorfologicamente originando uma chave de identificação pedogeoambiental, na qual foram identificadas as seguintes classes: Altos com Terra vermelha/ Topos aplainados com Latossolo Amarelo distrófico argissólico e Argissolo Vermelho-Amarelo; Baixios do Alto com Barro branco duro/ Depressões de topo com Plintossolo Argilúvico; Furados com Barro branco mais duro/ Depressão endorréica com Plintossolo Argilúvico eutrófico abrúptico e Planossolo Háplico; Altas com Terra branca/ Encostas pedimentadas com Neossolo Quartzarênico órtico típico; Baixios da Alta com Barro branco/ Depressões da encosta com Plitossolo Argilúvico; Capões com Terra branca mais cultura/ Cordões arenosos com Neossolo Regolítico; Vargens com Barro escuro duro/ Planícies fluviais parcialmente inundáveis com Planossolos Háplico eutrófico solódico e Plintossolo Háplico; Vazantes com Terra Preta/ Planície fluvial inundável com Plintossolo Háplico eutrófico típico; Neossolo Flúvico e Gleissolo Háplico. Os solos analisados foram, em sua maioria, eutróficos, exceto o Latossolo e o Neossolo Quartzarênico. A geologia Coberturas Detrícicas refletiu-se na fração granulométrica dos solos, com predomínio de areia fina e areia grossa e da textura areiafranca ou média. O clima da região, que confere menor intemperismo químico, favorece a conservação de Ca2+ e Mg2+ no complexo de troca, presença de argila de alta atividade (Planossolo e Plintossolo) e altos valores de relação silte/argila. Os principais elementos que orientam o uso e ocupação do solo são: sazonalidade climática; oferta de água, terra, mão de obra e renda e distância do geoambiente da moradia. O uso do solo se concentra na encosta, com quintais agroflorestais, cultivos anuais e pastagem; uma vez que no topo a escassez de água limita o uso a pastagem e a planície de inundação pode ser usada somente na seca. Os principais fatores de limitação à aptidão agrícola das terras foram restrição hídrica e deficiência de oxigênio. A maioria dos solos apresentou aptidão para pastagem, sendo o Plintossolo da Vazante o único com aptidão para lavoura. O uso do solo, no geral, segue os critérios considerados pelo sistema de avaliação da aptidão, mas é definido em função da oferta de recursos e da necessidade de produzir e obter o autoconsumo. O conhecimento local, estruturado a partir da experiência agrícola, apresentou-se muito vasto e possui grande correspondência com o científico. A pressão antrópica sobre os solos não se deve à falta de conhecimento. Ela tem sido provocada e enfatizada pela escassez de terra e adoção de atividades voltadas para o mercado. A reestruturação da territorialidade da comunidade decorreu da expropriação de terra, da modernização, da intensificação da escassez de água e da degradação do solo e da vegetação. A redefinição do uso e ocupação do solo, referente às atividades produtivas, à produtividade, ao uso comunal dos recursos, etc., foi essencial para a permanência da comunidade no território.
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    Propriedades físicas e intervalo hídrico ótimo de um Latossolo Amarelo coeso sob diferentes usos no ecossistema tabuleiro costeiro.
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-12-10) Dias, Camila Brasil; Souza, Luciano da Silva; http://lattes.cnpq.br/5332437579093392; Assis, Igor Rodrigues de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4778546P9; Rocha, Genelício Crusoé; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796777Y9; http://lattes.cnpq.br/4870875421234902; Oliveira, Teógenes Senna de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788532T0; Hamakawa, Paulo José
    O objetivo deste trabalho foi avaliar alguns atributos físicos e determinar o intervalo hídrico ótimo de um Latossolo Amarelo Distrófico coeso dos Tabuleiros Costeiros do Recôncavo da Bahia submetido a diferentes usos e manejo do solo. Foram coletadas 40 amostras de solo com estrutura indeformada, nos horizontes A/Ap e AB coeso em cada um dos três usos do solo: mata nativa (Mata Atlântica), pastagem degradada de Brachiaria decumbens e cana-de-açúcar (após 3 anos de subsolagem), localizadas no Campus da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia em Cruz das Almas- BA. Avaliaram-se a porosidade, a densidade do solo, a curva de retenção de água do solo, a resistência à penetração em função do potencial matricial da água no solo e o intervalo hídrico ótimo. Os resultados indicaram que a resistência do solo à penetração foi influênciada positivamente pela densidade e negativamente pela umidade do solo, com maior magnitude no horizonte AB, e principalmente, no solo sob pastagem. A porosidade total e a macroporosidade da mata foram semelhantes a da cana (subsolagem), mas diferem da pastagem. Considerando a mata como referência, pode-se inferir que o manejo da pastagem diminuiu a porosidade total e a macroporosidade, enquanto no caso da cana isso não aconteceu, ou seja, o manejo utilizado no cultivo da cana (subsolagem) além de tornar os horizontes Ap e AB mais parecidos fisicamente, fez com que os valores se aproximassem aos do solo sob mata. A retenção de água no solo sob mata e sob cana- de-açúcar foi maior no horizonte AB, um pouco mais argiloso que o horizonte A, entretanto, no solo sob pastagem ocorreu o inverso. O intervalo hídrico ótimo no horizonte A da mata e Ap na cana-de-açúcar foram semelhantes, e ambos maiores que na pastagem.Já no horizonte AB, o IHO para a cana-de-açúcar foi maior que para a mata, e esta maior que para a pastagem. Os horizontes A/Ap apresentaram maiores valores de densidade crítica em relação ao horizonte AB para todos os usos avaliados. O uso que mais apresentou valores de densidade do solo maiores que a densidade crítica foi a pastagem. Em solos coesos o controle da qualidade física é dependente da conservação da água ao longo do perfil, e a redução da RP por métodos que incrementem a macroporosidade via redução da Ds é uma alternativa para manter a RP em níveis não impeditivos às plantas.
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    Critérios de seleção da população no estabelecimento de valores de referência para a diagnose nutricional do eucalipto
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-09-28) ávila, Vinícius Tavares de; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; Mattiello, Edson Marcio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762958P3; Fontes, Renildes Lúcio Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781182P3; http://lattes.cnpq.br/1461845143351787; Leite, Roberto de Aquino; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785893P8
    A cultura do eucalipto apresenta grande importância no cenário nacional e mundial por se mostrar uma fonte de energia e de matéria prima para vários usos industriais, além de material para o uso civil e agrícola. O bom desempenho do setor florestal deve-se, em grande parte, à melhoria das técnicas que contribuam para o aumento da produtividade. Neste sentido, o manejo nutricional das plantas pode basear-se em algumas ferramentas como o DRIS (Diagnosisand Recommendation Integrated System), método proposto por Beaufils (1973), que consiste em um método de análise bivariado. Por este método são calculados índices que expressam o balanço relativo dos nutrientes em uma planta, a partir da comparação de relações duais na amostra com valores-padrão ou normas, como objetivo de classificar os nutrientes quanto a ordem de limitação ao crescimento e desenvolvimento das plantas. Para gerar essas normas, Beaufils (1973) recomenda a utilização de populações de plantas que reflitam a variabilidade dos nutrientes, concluindo pela indicação da população de média produtividade. Porém, outros autores preconizam a necessidade de se gerar normas específicas que levem em consideração os fatores locais que interferem nos processos biogeoquímicos envolvidos no desenvolvimento vegetal. Outro método consagrado é o proposto por Kenworthy (1961), no qual se avalia o balanço dos nutrientes de forma individual além de incorporar a variabilidade do teor na população de referência. Trabalhos mostram que a melhoria da adequação da diagnose nutricional se dá com a utilização de normas específicas para uma região, com relação ao uso de normas gerais, definidas a partir de um banco de dados em que se abrangem diferentes condições de clima, época de amostragem, parte da planta amostrada, sistema de manejo do solo e variedade, entre outros. O presente trabalho teve o objetivo de avaliar o efeito do uso de diferentes critérios para a seleção da população de referência utilizada na geração das normas sobre o grau de universalidade das normas gerais e específicas geradas. Os resultados mostram que o critério de seleção das populações de referência para o estabelecimento de normas DRIS não afetou a universalidade das mesmas.
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    Recomendação de fertilizantes para violeta africana de acordo com o requerimento e suprimento nutricional
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-11-07) Matta, Patrícia Morais da; Mattiello, Edson Marcio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762958P3; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Venegas, Victor Hugo Alvarez; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727865T0; http://lattes.cnpq.br/3728972313927971; Barbosa, José Geraldo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783055P7; Fernandes, Raphael Bragança Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728400J8
    A adubação é o maior gargalo para a produção de violetas, visto que não há recomendações específicas para as mesmas. Assim, foi desenvolvido um método para recomendação de adubação baseado na demanda e requerimento da planta e suprimento do substrato. No método do suprimento nutricional os princípios gerais das leis de adubação são satisfeitos. Os objetivos deste trabalho foram: determinar a demanda e a taxa de recuperação de macro e micronutrientes pela violeta africana; estimar as taxas de recuperação de macro e micronutrientes pelos extratores de formas disponíveis e determinar a dose que supra os requerimentos de violeta africana durante todo o ciclo. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, na UFV. O arranjo experimental utilizado foi um fatorial (2×6×4)+1, duas variedades de violeta, Kalisa e Fiesta, cultivadas com seis doses (0, 20, 40, 60, 120 e 200 mg/dm3/aplicação) de adubo fluido, sendo cada aplicação de 100 mL a cada 7 d por unidade experimental (composta por um prato com 3 vasos de 0,4 dm³ de substrato e uma planta cada), e 4 épocas de colheita (35, 70, 105 e 140 d após o início da aplicação das doses de adubo), totalizando 48 tratamentos, mais o tempo zero correspondente a amostragem feita nas mudas no dia em que chegaram ao departamento. Em cada colheita foi coletada também uma amostra do substrato de cada unidade experimental, para análise química. A parte vegetal (folha, meristema e inflorescência) foi seca em estufa de circulação forçada a 70 °C, pesada, moída e calcinada (0,1 g) em mufla a 475 °C. Posteriormente foi adicionado 10 mL de HCl 0,1 mol/L e o extrato foi filtrado, acrescentando 10 mL de água deionizada (volume final 20 mL). Em seguida os teores de S, Ca, Mg, B, Mo, Zn, Fe, Mn e Cu, foram analisados por espectrofotômetria de emissão ótica em plasma induzido (ICP-OES), de P por colorimetria, de K por fotômetria de chama e de N pelo método Kjeldahl (Jackson, 1979; Bremner, 1979). A partir do teor do nutriente i (tNui) e da produção de matéria seca de cada órgão vegetal (mMSO) da planta, foi obtido o conteúdo do nutriente por órgão vegetal (cNuov = tNui×mMSO) e, pelo somatório, o conteúdo total do nutriente na planta (cNuit = cNu Inflorescência + cNu Folha + cNu Meristema). O requerimento do nutriente pela planta é obtido pela divisão da demanda nutricional pela taxa de recuperação do nutriente pela planta. A taxa de recuperação pelo extrator foi calculada de duas formas, com o objetivo de estimar a quantidade real de nutrientes presentes no substrato, já que os extratores não são capazes de extrair 100 % dos nutrientes disponibilizados, para isso foi dividido as quantidades encontradas no substrato por cada uma das taxas de recuperação do extrator calculadas. Já a taxa de recuperação pela planta foi calculada por sete equações diferentes, onde o numerador era sempre [100 (d̂ Nuij d̂ Nui0) ]; em que dNuij= Demanda do nutriente i pelas plantas fertilizadas com a dose j, em mg/pl e dNui0= Demanda nutriente i absorvido pelas plantas na dose 0, em mg/pl; e os denominadores foram: qNuiDj = Quantidade do nutriente i disponibilizado pela aplicação da dose j, em mg/vaso ; q̂ NuiDjS = Quantidade do nutriente i disponibilizado pela aplicação da dose j, e pela quantidade do nutriente i disponibilizado pelo substrato, em mg/vaso. q̂ NuiSij = Quantidade do nutriente i disponibilizado pelo substrato na dose j, em mg/vaso. q̂ NuiSc = Quantidades do nutriente i disponibilizado pelo substrato, corrigidas pela taxa de recuperação pelo extrator do nutriente i na dose j, em mg/vaso . q̂ NuiDjSc,= Quantidade do nutriente i disponibilizado pela aplicação da dose j, em mg/vaso e pela quantidade disponibilizada pelo substrato, por vaso, corrigidas pela taxa de recuperação pelo extrator do nutriente i na dose j, em mg/vaso. q̂ NuiSm, = Quantidade do nutriente i disponibilizado pelo substrato corrigido pela taxa de recuperação média pelo extrator do nutriente i na dose j, em mg/vaso . q̂ NuiDjSm = Quantidade do nutriente i disponibilizado pela aplicação da dose j, em mg/vaso, e pela quantidade do nutriente i disponibilizado pelo substrato corrigido pela taxa de recuperação média pelo extrator do nutriente i na dose j. A equação que representa melhor as taxas de recuperação pela planta é aquela cujo denominador é: q̂ NuiDjSm , devido aos valores intemediários de taxas de recuperação que apresenta, o que gera um requerimento que supre as necessidades da planta e é economicamente viável. As maiores taxas de recuperação pelo extrator foram para K; A variedade Fiesta apresentou maior conteúdo de macro e micronutrientes, em relação a variedade Kaliza exceto para Fe; As duas variedades não apresentaram diferenças significativas em relação ao acúmulo de massa de matéria seca; As maiores taxas de recuperação pela planta foram para K, N e Mo; A dose 120 mg/dm³/aplicação proporcionou maior acúmulo de matéria seca, com altas taxas de recuperação, sendo a dose recomendada para ambas variedades.
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    Ecotoxicidade de arsênio em solos e sua relação com o valor de prevenção
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-09-26) Moraes, Mateus Lanna Borges de; Mello, Jaime Wilson Vargas de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4789445D2; Abrahão, Walter Antônio Pereira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798343H6; http://lattes.cnpq.br/7472209077416208; Fernandes, Raphael Bragança Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728400J8; Assis, Igor Rodrigues de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4778546P9; Ciminelli, Virgínia Sampaio Teixeira; http://lattes.cnpq.br/3590884268165249
    Embora o conceito de áreas contaminadas não seja novidade, no Brasil o gerenciamento de áreas contaminadas é relativamente recente. Entre as ferramentas utilizadas no gerenciamento de áreas contaminadas estão os valores orientadores, adotados para subsidiar decisões, não só visando a proteção da qualidade dos solos e das águas subterrâneas, como também o controle da poluição. Em Minas Gerais, segundo a Deliberação Normativa COPAM Nº 166, de 29/06/2011, em consonância com a Resolução do CONAMA N° 420 de 28/12/2009, os valores orientadores são concentrações de substâncias químicas que fornecem orientação sobre a qualidade e as alterações do solo e da água subterrânea . São considerados três valores, denominados: 1) Valor de Referência de Qualidade (VRQ) que é determinado a partir do background natural dos solos de uma região; 2) Valor de Prevenção (VP) que é a concentração de determinada substância no solo acima da qual podem ocorrer alterações prejudiciais à qualidade do solo e da água subterrânea e 3) Valor de Investigação (VI) que é a concentração de determinada substância no solo ou na água subterrânea acima da qual existem riscos potenciais, diretos ou indiretos, à saúde humana. Os VP vigentes foram obtidos por meio de revisão da literatura nacional, considerando-se que o VP seria igual a menor concentração que causa alguma fitotoxicidade, bem como as concentrações máximas permitidas para aplicação de lodo em solos agrícolas (CETESB, 2001). As fontes consultadas, no entanto, remetem a trabalho realizado no Japão ( Heavy Metals in soils of Japan de Kitagishi, 1981), para estabelecer o limite máximo permitido para As em solos de várzea como sendo 15 mg kg-1 (VP vigente para As). O risco ecotoxicológico calculado para organismos do solo não foi considerado, pois esta informação não estava disponível na literatura nacional. Visando a definição do risco ecotoxicológico do elemento Arsênio (As) para organismos do solo em MG foram testados, conforme as normas para ensaios de toxidez aguda para plantas superiores ISO 11.269-2:2005, seis solos divididos em dois grupos: 1) Baixo background de As: um LATOSSOLO VERMELHO distroférrico (LVdf); um LATOSSOLO AMARELO distrófico (LAd) e um CAMBISSOLO HÁPLICO Tb distrófico (CXbd), onde foram testados os efeitos de doses crescentes de As (0, 15, 150, 1500 e 3000 mg kg-1); 2) Elevado background de As: dois NEOSSOLO LITÓLICO distrófico, do município de Paracatu, MG, com teor de As maior que 2000 mg kg-1 (Formação Paracatu) (RLd -A e RLd -B); e um NEOSSOLO LITÓLICO distrófico proveniente de Santa Bárbara, MG (RLd -SB) (Formação Bandada de Ferro; BIF Supergrupo Rio das Velhas) (teor de As = 28 mg kg-1). No primeiro grupo também foi avaliado o efeito do tempo de incubação (24h e 6 semanas) de uma fonte solúvel de As sobre a toxidez para soja (Glicyne max) e sorgo (Sorghum bicolor), a capacidade máxima de adsorção de arsênio (CMA-As) determinada por meio de isotermas de Langmuir e a adsorção deste elemento no solo. A avaliação da adsorção foi realizada por meio de extração sequencial proposta por Wenzel, 2001. Também foi realizado um teste preliminar de toxidez de As para minhocas terrestres (Eisenia andrei). A dose de As que causou redução de 50% do crescimento (EC50) das plântulas de soja e sorgo mostrou-se dependente da capacidade máxima de adsorção de Arsênio (CMA-As), a qual é dependente do teor e do tipo de argila de cada solo. A EC50 variou de 120 a 2500 mg kg-1, sendo o solo LAd, com a menor CMA-As, incubado por 24 h, a condição mais restritiva e o solo LVdf, com a maior CMA-As, incubado por seis semanas, a condição menos restritiva. As formas mais lábeis, consideradas biodisponíveis, do As adicionado foram significativamente diminuídas com o passar do tempo. Em contrapartida, as formas menos lábeis aumentaram com o tempo de incubação. Os solos com elevado background apresentaram a maior parte do As apenas em formas menos lábeis e, como consequência não mostraram toxidez aguda às plantas de soja e sorgo cuja biomassa não diferiu significativamente do controle. Diante destes resultados, são discutidos valores de prevenção (VP) para As, segundo metodologia Holandesa de Avaliação de Risco Preliminar, condizentes com a realidade das condições ambientais do Estado de Minas Gerais. Os valores obtidos, variaram desde 20 mg kg-1, para a condição mais restritiva, até 258 mg kg-1, para o solo com maior capacidade de adsorção de As. Verificou-se, também, que este valor tende a ser ainda maior para o caso de contaminação natural ou geogênica, muito comum no Estado de Minas Gerais, em relação ao valor vigente na legislação estadual que é igual a 15 mg kg-1.
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    Lixiviação de nitrato e volatização de amônia em um Latossolo cultivado com café sob diferentes fontes de nitrogênio
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-03-30) Souza, José Adinan; Mattiello, Edson Marcio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762958P3; Rocha, Genelício Crusoé; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796777Y9; http://lattes.cnpq.br/6886638851222346; Martinez, Mauro Aparecido; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781072U1; Libardi, Paulo Leonel; http://lattes.cnpq.br/9364892468589146
    Dentre os diversos produtos existentes para reduzir as perdas de fertilizantes nitrogenados destaca se o uso do inibidor de urease (NBPT). Existem na literatura inúmeros trabalhos que confirmam a eficiência deste inibidor, principalmente para as culturas do milho, cana e arroz. No entanto, estudos que verifiquem os riscos de contaminação do lençol freático promovido pelas perdas por lixiviação de NO3- são raros, principalmente para a cultura do cafeeiro sob elevadas doses de N. Diante disso desenvolveu se este estudo, cujo objetivo foi avaliar as perdas de N por lixiviação de NO3- e volatilização de NH3. O experimento foi montado em uma lavoura comercial de café de sequeiro. Adotou se um delineamento em blocos ao acaso, em um fatorial de (3 x 2) + 1, com 4 repetições, sendo três doses de nitrogênio: 200, 400 e 600 kg ha-1, duas formas de ureia: comum e a com inibidor de uréase, um tratamento adicional sem aplicação nitrogenada. Para se obter o fluxo de solução no solo foram instalados três tensiômetros em cada parcela, nas profundidades de 0,90; 1,00 e 1,10 m acoplados ao manômetro de mercúrio. Foram instalados ainda, em cada parcela, um extrator de solução do solo na profundidade de 1 m, para se determinar a concentração de NO3- na solução no solo. Para se quantificar as perdas por volatilização de NH3 foram instalados coletores de NH3, do tipo semi aberto. Registrou se um total de 1172 mm de precipitação, durante o experimento, destes 620 mm foram percolados, correspondente a 52,90 %. Não se observou diferença estatística entre os tratamentos, para a drenagem interna. Os valores relativos de perdas por volatilização de amônia não sofreram influência da dose, em média a ureia com NBPT apresentou perdas de 3,51 % e a ureia comum de 11,21 %. Pode - se concluir que a ureia com NBPT foi estatisticamente mais eficiente em reduzir as perdas por volatilização. Quando se analisa as perdas por lixiviação, pode se observar que esta sofre forte influência dos fatores climáticos, como a precipitação, principalmente na distribuição temporal das chuvas. Os resultados permitem concluir que as perdas por lixiviação sofreram influência da dose do fertilizante aplicado. Ficou demonstrado que a ureia tratada com inibidor de urease apresenta maior risco de contaminação do lençol freático com NO3-. Pode se concluir que o uso de ureia tratada com inibidor de uréase é uma boa alternativa para se reduzir as perdas por volatilização, porém o uso em doses acima de 200 kg ha-1, pode representar risco considerável de contaminação do lençol freático com NO3-, comparado ao risco proporcionado pelo uso de ureia comum. Além de configurar perdas significativas de fertilizantes. Conclui se ainda que o uso de elevadas doses de N não acarretou em incrementos de produtividade, nem promoveu aumento no teor de nutrientes nas folhas das plantas
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    Diagnóstico da fertilidade do solo e estimativas de recomendação de calagem e adubação NPK para o Mato Grosso do Sul
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-07-19) Lins, Caio Buainain; Mattiello, Edson Marcio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762958P3; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Fontes, Renildes Lúcio Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781182P3; http://lattes.cnpq.br/2032289486784205; Vergütz, Leonardus; http://lattes.cnpq.br/1282294478259902; Villani, Ecila Mercês de Albuquerque; http://lattes.cnpq.br/3982959345685556
    O diagnóstico da fertilidade dos solos, quando realizado baseado em resultados de análises de solos de um determinado Estado da Federação, poderá servir de instrumento para auxiliar no planejamento e definição das políticas públicas ligadas ao setor produtivo daquele Estado. O trabalho teve como objetivos: diagnosticar a fertilidade dos solos do Mato Grosso do Sul (MS); estabelecer relações entre alguns atributos dos solos estudados; comparar as recomendações de calagem e adubação obtidas por meio de diferentes manuais de recomendações de corretivos e fertilizantes utilizados na região, para suas principais culturas agrícolas, com os dados de aquisição (NPK) ou produção (calcários) no Estado do MS em 2010. Foi realizado o levantamento das características químicas e da granulometria dos solos, utilizando-se banco de dados de resultados analíticos referentes aos solos do Estado do MS. O banco de dados, pertencente a um laboratório de análise de solo que atua no Estado do MS, é referente aos resultados de análises de 8.125 amostras coletadas nas camadas de 0 a 20 cm, no ano de 2010. Todas as amostras foram analisadas quimicamente, determinando-se: pH (CaCl2); P (Mehlich-1); K (Mehlich-1); Ca2+; Mg2+; Al3+; (H+Al) e matéria orgânica (M.O.). Foram calculadas a soma de bases (SB), saturação por bases (V) e CTC a pH 7 (T). Foram realizadas análises texturais e de P-Resina (P-Res) em 1.813 e 907 amostras, respectivamente. O diagnóstico da fertilidade dos solos do MS foi realizado por meio de estatísticas descritivas: frequência, mediana, desvio padrão, amplitude e a média dos atributos do solo no Estado. Foram avaliadas as relações entre o teor de P (Mehlich-1) com teor de P-res e argila; teor de M.O. com T e V com pH (CaCl2). Foram comparadas as quantidades de calcário produzidas e o total de fertilizantes NPK consumidos no Estado com as necessidades de calagem e de fertilização com NPK para as principais culturas do Estado (pastagem, soja, milho, cana-de-açúcar e eucalipto). As recomendações de calagem, determinadas pelo método de saturação por bases, e adubação foram realizadas com base nas: porcentagens de frequência das classes de fertilidade do solo, da área (ha) de ocupação das culturas e pelos principais boletins técnicos de recomendação utilizados no MS. 1) Quanto ao diagnóstico da fertilidade: 21,74 % das amostras têm pH em CaCl2 menor ou igual a 4,8; 82,18 % das amostras apresentam teor de alumínio menor ou igual a 0,2 cmolc dm-3; 7,35 % das amostras têm saturação por bases menor ou igual a 35 %; 46,16 % das amostras de fósforo apresentaram-se abaixo do nível crítico para culturas anuais; 12,53 % das amostras de potássio estão abaixo dos níveis críticos para culturas anuais;10,72 % das amostras de cálcio + magnésio apresentaram-se abaixo do nível crítico para culturas anuais. 2) A produção de calcário no MS foi insuficiente ao consumo do Estado em 2010. 3) O N é o nutriente utilizado em menor quantidade em relação as recomendações, seguido do P. 4) As quantidades de K2O utilizadas no MS em 2010 foram próximas às recomendadas. 5) Os relacionamentos obtidos, na forma de equações, entre atributos do solo são úteis para embasar funções de pedotransferência.
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    Características Edáficas de Cinco Ambientes de Restinga do Parque Estadual Paulo Cesar Vinha-ES, Brasil
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-04-23) Rocha, Pablo de Azevedo; Passos, Renato Ribeiro; http://lattes.cnpq.br/3882320619443256; Neri, Andreza Viana; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4777187T2; Costa, Liovando Marciano da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787252H9; http://lattes.cnpq.br/0965375911344160; Borges, Arnaldo Chaer; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783573Z8
    O Parque Estadual Paulo César Vinha (PEPCV) possui cerca de 1.500 ha de área e aproximadamente 12 km de litoral. Situa-se no Município de Guarapari, litoral sul do Espírito Santo entre as coordenadas 20°33 -20°38 S e 40°23 - 40°26 W. As Restingas ocupam 80% do litoral brasileiro, o que corresponde a 7.110 km. Esse ambiente tem sua formação vinculada ao período Quaternário, que tem inicio há cerca de dois milhões de anos. Durante esse período o mar realizou intenso trabalho de erosão e deposição de material arenoso devido aos diferentes estágios de flutuação de níveis relativos do mar e do transporte longitudinal de areia. Esse trabalho teve como objetivos: (1) caracterizar aspectos químicos, físicos e microbiológicos de cinco ambientes de Restinga: Aberta de Clusia (Entre Núcleos Vegetacionais), Aberta de Clusia (Núcleos Vegetacionais), Floresta não Inundável, Floresta Periodicamente Inundada e Brejo Herbáceo; (2) gerar dados que possam subsidiar ações de recuperação de áreas degradadas. Foram realizadas análises químicas de rotina, calcinação de amostras de solo em mufla e posterior determinação em ICP de elementos químicos liberados com a queima. Nos aspectos físicos foram realizadas análises de textura, fracionamento dos grãos de areia em cinco classes, equivalente de umidade, curva característica de água e por fim análises microbiológicas com determinação do carbono da biomassa microbiana e da diversidade de fungos e bactérias. Foi realizado então um transecto na área de estudo, tendo inicio no complexo vegetacional Aberta de Clusia, passando posteriormente pela Floresta não Inundada, Floresta Periodicamente Inundada e por fim chegando no Brejo Herbácio. Em cada unidade vegetacional foram abertas cinco minitrincheiras de 40 cm de profundidade, exceção feita na formação Aberta de Clusia, onde foram abertas dez minitrincheiras, sendo cinco nos núcleos vegetacionais e cinco na região entre núcleos vegetacionais. Nessas minitrincheiras foram coletadas amostras nas profundidades 0-20 cm e 20-40 cm. A microscopia eletrônica de varredura constatou a presença de cavidades nos grão de areia que são preenchidas por material organomineral que faz o capeamento do grão de areia. Estes aspectos são fundamentais para a retenção de água no solo e desenvolvimento da microbiota do solo. Os resultados desta pesquisa mostram que as características químicas e físicas do solo, assim como a acidez e as condições de saturação hídrica têm influência direta na distribuição da vegetação, tendo reflexo na microbiota do solo, em termos de carbono da biomassa microbiana e diversidade de microorganismos, que se mostram diferentes entre os ambientes.
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    Resíduos da colheita do eucalipto: ciclagem de nutrientes e uso da espectroscopia do infravermelho próximo para predição da composição química
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-06-26) Ferreira, Gabriel William Dias; Silva, Ivo Ribeiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799432D0; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; Soares, Emanuelle Mercês Barros; http://lattes.cnpq.br/2680869902625278; http://lattes.cnpq.br/1555026111282397; Vergütz, Leonardus; http://lattes.cnpq.br/1282294478259902; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Paiva, Haroldo Nogueira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788177J6
    A grande demanda por produtos oriundos das florestas de eucalipto faz com que se busquem formas adequadas de manejá-las, a fim de se obter elevadas produções em ciclos cada vez mais curtos. A grande exportação de nutrientes na colheita dos povoamentos gera preocupações sobre a sustentabilidade do ambiente e da produção dos ciclos subsequentes. A manutenção dos resíduos na área surge como alternativa para minimizar essa exportação, liberar gradualmente os nutrientes à próxima rotação e favorecer os estoques de matéria orgânica do solo (MOS), de papel fundamental nos solos de regiões tropicais. Esses processos são governados por fatores de clima, solo e qualidade do material vegetal. A avaliação da composição do material vegetal é feita por análises químicas trabalhosas e com grande consumo de tempo e reagentes. O uso de métodos espectroscópicos pode tornar esse processo mais simples, com resultados de boa confiabilidade. Os objetivos desse estudo foram avaliar a liberação de nutrientes pela decomposição dos resíduos da colheita do eucalipto e testar a viabilidade da espectroscopia do infravermelho próximo (NIRS) para predizer a composição química dos mesmos. As amostras utilizadas foram obtidas de dois experimentos distintos. Experimento 1: oito tratamentos definidos por um fatorial 2x2x2, sendo presença ou não da casca, com ou sem aplicação de N, mantidos em superfície ou incorporados, coletados em cinco tempos, até três anos em dez locais diferentes do Brasil, distribuídos por quatro estados. Foram determinados os teores de Ca, Mg, N, P, K e S. Não foi observada influência significativa da aplicação de N na liberação de nutrientes. A presença da casca aumentou os estoques de nutrientes na área e acelerou a liberação. A incorporação também aumentou a velocidade de liberação dos nutrientes. Os nutrientes tiveram comportamentos semelhantes nos locais avaliados, contudo, as taxas foram diferentes. Em geral, K foi o nutriente mais rapidamente liberado, enquanto o Ca teve liberação mais lenta. Mg, S, N, e P tiveram liberação mais gradual, tendendo a acompanhar a taxa de decomposição dos resíduos. Para todos os nutrientes, com exceção do K, foram observadas algumas fases de imobilização. Experimento 2: litter bags alocados em cinco povoamentos de eucalipto localizados em regiões distintas do Extremo Sul da BA, sendo quatro tratamentos, resultantes da combinação de resíduos de árvores submetidas ou não a altas doses de N, e presença ou ausência de casca, coletados em cinco tempos, até um ano após a instalação do experimento. Foram determinados os teores de C, N, lignina insolúvel Klason, lignina solúvel, extrativos e holocelulose. Foram selecionadas, com base na distribuição de frequência, 308 amostras que foram utilizadas na análise NIRS. Foram testadas 21 formas de pré-processamento espectral, variando entre a correção do espalhamento e aplicação de derivadas, até o segundo nível. Em cada uma das combinações, aplicou-se a técnica de análise de componentes principais (PCA) para identificar outliers e definir os grupos de calibração e validação. Com uso da mPLS (regressão modificada dos mínimos quadrados parciais) relacionou-se os espectros obtidos com os valores determinados pelos métodos químicos. Os modelos foram avaliados pelos resultados da validação cruzada e validação externa. Os modelos obtidos foram considerados eficientes na predição de todas as características, em todos os tempos, sendo para N e extrativos os mais acurados. Quando se utilizou formas diferenciadas de pré-processamento espectral para cada componente, ajustaram-se modelos com maior capacidade preditiva. O uso de apenas uma forma de pré-processamento (StdMSC 2a d.) possibilitou predizer o comportamento de todos os constituintes avaliados com boa precisão, apesar de não ter sido identificado como a melhor forma de pré-processamento para cada constituinte individualmente. Assim, verificou-se que é viável a utilização do NIRS para predição das transformações sofridas por diferentes componentes dos resíduos da colheita do eucalipto em decomposição.