Solos e Nutrição de Plantas

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    Movimentação e disponibilidade de boro para p feijoeiro cultivado em colunas de solo
    (Universidade Federal de Viçosa, 2010-05-03) Faria, Leonardo Campos; Lima, Paulo César de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783693J7; Venegas, Victor Hugo Alvarez; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727865T0; Fontes, Renildes Lúcio Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781182P3; http://lattes.cnpq.br/2332733641240725; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Carneiro, José Eustáquio de Souza; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783648T9
    O boro se apresenta, em geral deficiente na maioria dos solos brasileiros, comprometendo o potencial produtivo das culturas em geral e das espécies dicotiledôneas em particular, as quais são mais exigentes nesse elemento. Nos solos tropicais, em geral, a matéria orgânica constitui a principal fonte de B, sendo aqueles com baixo teor de matéria orgânica, mais propensos à deficiência desse elemento. A análise da disponibilidade de B em solos é fundamental para que se busque a correção de deficiências, o que, juntamente com o aporte adequado dos outros nutrientes, possibilita ganhos de produtividade. Essa disponibilidade de B está diretamente relacionada à sua adsorção ao solo que, por sua vez, controla a concentração de B na solução do solo. Essa adsorção alterará o que está disponível, na solução do solo, para absorção pela planta, sendo importante tanto na correção de deficiências quanto na prevenção de toxidez. Esse equilíbrio entre o B adsorvido e o B em solução no solo deve ser considerado ao se buscar o suprimento do nutriente para as plantas, de modo a se garantir boa produtividade com preservação da qualidade do sistema solo-água-planta. Vale ressaltar que o B na faixa de pH natural da maioria dos solos, se encontra na sua forma indissociada, uma das razões para a grande mobilidade que este elemento apresenta ao longo do perfil dos solos, podendo sofrer lixiviaçào, em especial nos solos arenosos. Os objetivos deste trabalho foram avaliar a resposta do feijoeiro (Phaseolus vulgarís L. cv. Majestoso) à disponibilidade de B em dois solos de diferentes classes texturais, fertilizados com duas fontes de B em doses crescentes, sem e com adição de matéria orgânica, e estudar a movimentação do B no solo, relacionando as doses às concentrações de B, em diferentes profundidades. O experimento foi conduzido em esquema fatorial (2 x 2 x 2 x 5) com 2 tipos de solo (arenoso e argiloso); sem e com adição de resíduo orgânico; 2 fontes de B (ácido bórico e ulexita); e 5 doses de B (0,0, 0,5, 1,5,3,0 e 6,0 mgldm3). O delineamento foi em blocos casualizados com três repetições. A unidade experimental foi constituída de amostra de solo em tubo de PVC de 15 cm de diâmetro e 42 cm de altura, contendo duas plantas de feijão. No estádio de florescimento (R6), foi retirada uma amostra de tecido foliar para análise da composição mineral. A análise de B foi feita após digestão, por via seca, da amostra vegetal, fazendo-se a dosagem, no extrato, por colorimetria com azometina-H. A partir do florescimento foi realizada a contagem do número de flores por planta. Todas as plantas foram colhidas na maturação fisiológica dos grãos (R9) e levadas à estufa de circulação forçada de ar. Após secagem a 65 °C até atingir peso constante, foi determinado a massa de matéria seca. Antes do corte das p!antas, as vagens foram colhidas, anotando-se o número de vagens por planta. Ao fim do experimento foi coletada uma amostra de solo a cada profundidade (2-7, 7-12, 12-22, 22-42 cm), sendo determinado o teor de B disponível para avaliar a sua movimentação no solo. Houve aumento do teor de B na folha com o aumento das doses aplicadas (respostas linear e quadrática), independente da classe de solo, da fonte utilizada, e da adição ou não de resíduo orgânico. Esses resultados coincidiram com o aumento dos teores de B disponível recuperados pelos dois extratores (HCl 50 mmol/L e CaCl2 5 mmol/L fervente). A magnitude dos valores dos coeficientes de correlação linear simples entre o conteúdo de B na folha e teor de B recuperado pelos extratores corroboram com a observação dos sintomas de toxidez observados nas plantas nas maiores doses aplicadas. Em geral, com o aumento das doses de B adicionadas ao solo, houve aumento nos teores de B disponível (CaCl2 5 mmoI/L fervente) encontrados nas diferentes profundidades (anéis), o que indica mobilidade do elemento ao longo do perfil do solo. Esses teores de B foram menores para o solo argiloso devido a maior interação deste elemento com as cargas da superfície da fração argila.
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    Matéria orgânica de solos da Antártica Marítima: impacto do aquecimento global sobre os estoques de carbono e nitrogênio, e sua modelagem
    (Universidade Federal de Viçosa, 2010-12-03) Pires, Cleverson Vieira; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723204Y8; Scala Júnior, Newton La; http://lattes.cnpq.br/1449605928537533; Mendonça, Eduardo de Sá; http://lattes.cnpq.br/4735276653354808; http://lattes.cnpq.br/8735501330624898; Simas, Felipe Nogueira Bello; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766936J5; Reis, César; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785327P6
    Existem poucos estudos sobre a qualidade, quantidade e dinâmica da matéria orgânica nos ecossistemas terrestres da Antártica, que se restringem às áreas livres de gelo que representam somente 2% da área total do continente. A região da Antártica Marítima apresenta os maiores valores de temperatura e precipitação de todo o continente, favorecendo a produção primária, a pedogênese e a atividade biológica. O objetivo deste estudo foi avaliar o potencial de emissão de C-CO2 do solo nestes ambientes, com vistas ao quadro de aquecimento global. Para isto foram coletadas amostras de solos em sete diferentes pontos da Ilha Rei George, sendo cinco deles na Península Keller (P1, P2, P3, P4 e P5) e dois na Costa Oeste da Baía do Almirantado, em local denominado Arctowski (P6 e P7). Dois destes solos são originários de basaltos e andesitos (P1 e P2), três deles são afetados por sulfetos (P3, P4 e P5) e os outros dois têm forte influência ornitogênica (P6 e P7). As amostras foram coletadas a duas profundidades distintas, 0 a 10 cm (0-10) e 10 a 20 cm (10-20). Foram analisados os teores de C e N orgânico total (COT e NT), seus teores nas diferentes frações das substâncias húmicas (SHs), avaliadas as taxas de mineralização destes nutrientes a quatro temperaturas distintas, 2, 5, 8 e 11 ºC e conduzida a modelagem dos estoques futuros de C e N, utilizando-se o modelo Century, considerando-se o possível quadro de aquecimento global. Os teores de COT e o NT nos solos de influência ornitogênica foram os mais altos: P6(0-10), COT=40,14 g/kg e NT=3,73 g/kg; P6(10-20), COT=30,85 g/kg e NT=2,54 g/kg; P7(0-10), COT=43,15 g/kg e NT=5,22 g/kg; P7(10-20), COT =31,56 g/kg e NT =3,57 g/kg. Além disso, estes solos apresentaram a menor relação C/N. Os solos P1 e P2 apresentaram os menores teores de COT e NT e as relações C/N mais altas, devido ao baixo conteúdo de T. Nos solos P3, P4 e P5, os valores encontrados foram intermediários. Em todos os locais, a maior parte do COT e NT está na fração humina (FH). A mineralização da matéria orgânica, avaliada via emissão de C-CO2 dos solos, assumiu comportamento distinto nas duas profundidades estudadas, tendo crescimento contínuo com a temperatura somente na profundidade de 0 a 10 cm. Já na profundidade de 10 a 20 cm, a mineralização foi maior com a temperatura até 8 ºC, mas na temperatura de 11ºC houve decréscimo, talvez pelo fato de os microrganismos deste ambiente não serem adaptados a tais temperaturas, pouco comuns nessa profundidade em ambientes da Antártica. Os solos que apresentaram maior sensibilidade da emissão à variação da temperatura de 2 para 11ºC foram os organossolos, com aumento de 102% e 61% no fluxo de C-CO2 para as amostras P6(0-10) e P7(0-10), respectivamente. Os resultados encontrados foram utilizados para alimentar o modelo, juntamente com dados da literatura, porém não se conseguiu dados consistentes, devido à lacuna de dados essenciais, como relativos à fisiologia dos vegetais e à caracterização e quantificação do aporte de resíduos animais em cada ambiente. Diante dos resultados encontrados, espera-se que os solos estudados, principalmente os ornitogênicos, devido ao alto teor de matéria orgânica, exerçam importante papel na emissão de C-CO2 caso o quadro de aquecimento global se confirme, tais ambientes passariam de acumuladores para emissores desse gás, contribuindo ainda mais para o aumento da temperatura do planeta.
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    Caracterização ambiental, classificação e mapeamento dos solos da Ilha da Trindade, Atlântico Sul
    (Universidade Federal de Viçosa, 2010-05-27) Sá, Mariana Médice Firme; Francelino, Márcio Rocha; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794183U4; Simas, Felipe Nogueira Bello; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766936J5; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723204Y8; http://lattes.cnpq.br/4164740177312753; Fernandes, Raphael Bragança Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728400J8; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703656Z4; Costa, Liovando Marciano da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787252H9
    Trindade é uma pequena ilha vulcânica situada no oceano Atlântico sul, a 1140 km da costa leste de Vitória (ES), e junto ao Arquipélago de Martin Vaz são os pontos mais orientais do território brasileiro. O único estudo mais detalhado acerca dos solos de Trindade foi realizado por Clemente et al., (2009), limitado a uma topossequência que não abrange a totalidade da ilha, e não inclui áreas de influência ornitogênica. Até hoje, pouco se sabe a respeito da mineralogia, das relações ecológicas e da gênese dos solos da ilha. Este estudo objetivou promover a caracterização morfológica, física, química e mineralógica dos solos da ilha da Trindade, bem como a classificação e o mapeamento dos solos e dos ambientes a eles associados. Foram descritas as paisagens e os solos da ilha, e coletadas amostras de 22 perfis de solos. Com base no Sistema Brasileiro de Classificação de solos (SBCS), os solos da ilha de Trindade pertencem a três ordens: Cambissolos, Organossolos e Neossolos. Em alguns casos, foram encontradas dificuldades de enquadramento no Sistema Brasileiro de Classificação de solos, que foram atribuídas, ora à ausência de conceituações mais adequadas, ora por apresentarem características consideradas atípicas para solos continentais. Os solos da ilha são jovens e pedregosos, de maneira geral, que apresentam argila de atividade alta com uma grande proporção de minerais primários facilmente intemperizáveis, além de riqueza em bases trocáveis. CTC alta e caráter eutrófico são típicos das áreas com rochas básicas e/ou compartimentos mais baixos e secos, menos intemperizados. Em menor proporção, os solos distróficos predominam nas partes mais elevadas da ilha, associados a rochas alcalinas. A ocorrência de solos fortemente ornitogênicos, associados ou não a ninhais atuais, foi confirmada, corroborando a hipótese de uma influência pretérita de aves mais expressiva do que os ninhais atuais observados na ilha. Alguns destes solos possuem peculiaridades marcantes em relação a outros solos ornitogênicos, descritos em Fernando Noronha, São Pedro e São Paulo e Abrolhos. O efeito do guano depositado pelas aves que nidificam em Trindade parece ser mais disperso, sobretudo nas áreas mais baixas da ilha, próximas ao mar. Foram encontrado o caráter ornitogênico em todas as três ordens encontradas na ilha, que foram classificados de acordo com o grau de desenvolvimento pedogenético e com o grau de influência da ornitogênese sobre a pedogênese. Muitos solos possuem elevada proporção de minerais de argila pouco cristalinos (amorfos) e propriedades ândicas, constatado pela mineralogia, difratometria de raio-X, pH NaF, P-rem, sugerindo que todos os solos possuem o caráter ândico.
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    Interação P×Zn avaliada pelos teores de Zn total e solúvel e pela atividade da enzima superóxido dismutase em mudas de cafeeiro
    (Universidade Federal de Viçosa, 2010-07-23) Araújo, Sandra Firme de; Mattiello, Edson Marcio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762958P3; Venegas, Victor Hugo Alvarez; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727865T0; Fontes, Renildes Lúcio Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781182P3; http://lattes.cnpq.br/4889193254295418; Lima, Paulo César de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783693J7; Villani, Ecila Mercês de Albuquerque; http://lattes.cnpq.br/3982959345685556
    O cafeeiro é uma planta exigente em micronutrientes, especialmente, em Zn, e a interação P x Zn é uma questão importante para o manejo de solos tropicais, haja vista a utilização de altas doses de P em solos com baixa disponibilidade deste nutriente. Neste trabalho foi estudada a resposta de mudas de Coffea arabica L. cv. Catuaí às doses de Zn e P, incluindo-se o suprimento de P que correspondeu a uma alta disponibilidade de P, portanto, a um alto potencial de antagonismo em relação à disponibilidade de Zn. O experimento foi conduzido em casa-de-vegetação entre o período de outubro/2009 a janeiro/2010 (122 dias de condução do experimento), utilizando esquema fatorial 4 × 4, distribuído em blocos casualizados, com três repetições, sendo quatro doses de Zn (0, 5, 15, e 45 mg/dm3 de solo) e quatro doses de P (0, 200, 600 e 1.800 mg/dm3 de solo). No solo, tendo como fonte ZnSO4.7H2O, as doses de Zn foram aplicadas em solução via solo, e as doses de P foram incorporadas, sendo a fonte o superfosfato triplo. Utilizaram-se amostras de um Latossolo Vermelho Amarelo textura franco-arenosa originário de Três Marias – MG e mudas de café com quatro pares de folhas, que foram transplantadas para vasos (2 dm3 de solo), mantendo-se a umidade do solo próxima à capacidade de campo. Avaliaram-se o teor total de Zn nos órgãos das plantas (folha, caule e raiz) e a fração solúvel de Zn (folha), os teores totais de P (folha, caule e raiz), atividade da enzima superóxido dismutase (SOD), altura de plantas, número de nós por planta, comprimento médio dos entrenós e produção de matéria seca (folha, caule e raiz). Não houve alterações significativas nos teores de Zn total nas folhas com o aumento das doses de P adicionadas ao solo, embora os teores de Zn solúvel (ativo) tenham diminuído, indicando, neste caso, interação antagônica entre as variáveis. A atividade da SOD foi reduzida com o aumento nas doses de Zn adicionadas ao solo. O crescimento das mudas de café foi influenciado pela interação P e Zn.
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    Identificação do uso da terra sob manejo agroecológico utilizando imagem de alta resolução e conhecimento local
    (Universidade Federal de Viçosa, 2010-02-23) Portes, Raquel de Castro; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703656Z4; Gleriani, José Marinaldo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4791933J1; Jucksch, Ivo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723123H4; Cardoso, Irene Maria; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761766J0; Vieira, Carlos Antonio Oliveira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728250D0
    Este trabalho objetivou avaliar o potencial de classificadores automáticos e da metodologia empregada na classificação da comunidade residente na bacia para mapeamento do uso e cobertura do solo sob manejo agroecológico. A área de estudo é a Bacia do Rio São Joaquim, no município de Araponga, Zona da Mata mineira. Na metodologia, no primeiro momento, foi realizada a ida a campo onde foram coletados os Pontos de Controle Terrestre para georreferenciar imagem IKONOS II e as amostras de treinamento e validação das classes de uso e cobertura do solo através de GPS. Em laboratório, foram realizadas classificações supervisionadas automáticas pelos algoritmos da Máxima Verossimilhança, Redes Neurais Artificiais e Bhattacharya. Para cada algoritmo, foram feitas duas classificações, 17 e 14 classes. Uma classificação do uso e cobertura do solo foirealizada pelos moradores da bacia onde foram identificadas as classes de uso e cobertura do solo. As imagens classificadas foram levadas ao laboratório e transformadas em formato digital. Os resultados demonstram que dentre os classificadores automáticos, o Bhattachaya apresentou melhor resultado, Kappa 0,76, resultado muito bom para classificação da área em questão. Já o Kappa da imagem classificada pela comunidade foi de 0,55, resultado considerado bom de acordo com a literatura. Estes resultados demonstram que o algoritimo Bhatacharya é o mais eficiente para o mapeamento e que é possível que a comunidade local interprete o meio em que vive e possa realizar com autonomia mapeamentos para traçar estratégias futuras. Sendo assim, os resultados encontrados nesta pesquisa além de serem úteis para futuros planejamentos de pesquisa-ação na bacia hidrográfica em estudo, servirão como conhecimento universal para classificação do uso do solo em outras áreas com manejo agroecólogico.
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    Atributos físicos de um substrato formado pela disposição de rejeito de beneficiamento de bauxita após uma década de recuperação ambiental
    (Universidade Federal de Viçosa, 2010-07-27) Guimarães, Lorena Abdalla de Oliveira Prata; Rocha, Genelício Crusoé; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796777Y9; Fernandes, Raphael Bragança Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728400J8; Dias, Luiz Eduardo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788182U8; http://lattes.cnpq.br/0879888234877795; Jucksch, Ivo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723123H4; Passos, Renato Ribeiro; http://lattes.cnpq.br/3882320619443256
    O rejeito da lavagem de bauxita apresenta características químicas, físicas e biológicas inadequadas para a revegetação, o que dificulta a recuperação ambiental dos tanques de deposição. Este trabalho foi realizado na Floresta Nacional Saracá-Taquera (ICMBio), Porto Trombetas, Oriximiná - PA, e teve como objetivo avaliar as alterações físicas, o teor de matéria orgânica e a respiração microbiana de um substrato formado pela disposição de rejeito de lavagem de bauxita em Porto Trombetas - PA, após dez anos de recuperação ambiental. O experimento foi instalado no ano de 1999, em delineamento experimental em blocos casualizados, com três repetições. Três tratamentos foram avaliados: T1 - sem plantio e sem aplicação de calcário e fertilizantes; T2 - com plantio de espécies nativas e menor nível de adubação; T3 - com plantio de espécies nativas e maior nível de adubação. Em campo foram determinados a resistência à penetração (RP) e a umidade do substrato (θ), até 60 cm de profundidade. Foram determinados em laboratório: Intervalo Hídrico Ótimo (IHO); índice S; distribuição de poros por classes de diâmetro, cujas classes foram: > 50, 50 a 10, 10 a 0,2 e < 0,2 μm; densidade do substrato (Ds); macro (Pma) e microporosidade (Pmi); porosidade total (Pt), argila dispersa em água (ADA), matéria orgânica (MO) e respiração microbiana (RM). Os resultados foram analisados estatisticamente por meio de contrastes ortogonais e correlação linear simples. Os valores de RP para os tratamentos T1, T2 e T3 variaram de 2,15 a 4,61, 2,29 a 4,15 e 2,79 a 4,02 MPa, respectivamente. Apenas na profundidade de 55 a 60 cm é que houve efeito significativo dos tratamentos, em que o tratamento T3 apresentou maior valor médio de RP. Os tratamentos T2 e T3 apresentaram maiores θ nas profundidades de 0 a 10, 20 a 30 e 30 a 40 cm. Não houve diferença significativa de θ entre os tratamentos T2 e T3 para essas profundidades. O coeficiente de correlação entre θ e RP foi de -0,73, o que demonstra o importante papel da água como atenuadora da RP. Partindo do tratamento T1 para o tratamento T3, nota-se deslocamento dos IHO para a esquerda, ou seja, os menores valores de Ds foram obtidos no tratamento T3. O valor de RP utilizado como limitante no cálculo do IHO (3,5 MPa) mostrou-se adequado para o presente estudo, sendo recomendado não apenas para substratos formados de rejeito de beneficiamento de bauxita, mas também para áreas em processo de recuperação ambiental. Os valores do índice S para os tratamentos T1, T2 e T3 foram de 0,059, 0,053 e 0,044, respectivamente. Os resultados das demais análises físicas mostraram que o substrato no tratamento T3 apresentou melhor qualidade física, sobretudo quando comparado ao tratamento T1, contestando os resultados do índice S. Dessa forma, o índice S não foi eficiente para representar as alterações físicas que ocorreram no substrato após dez anos de revegetação. No estudo da distribuição de poros por classes de diâmetro, a maior contribuição foi decorrente de poros com diâmetros inferiores a 0,2 μm, nos quais a água é fortemente retida. O efeito dos tratamentos T2 e T3 resultou em aumento do volume de poros na classe de diâmetro > 50 μm. Esses tratamentos diferiram significativamente apenas para a classe de diâmetro > 50 μm, em que o tratamento T2 apresentou maior volume. Os valores médios de Ds para o substrato nos tratamentos T1, T2 e T3 foram de 1,38, 1,31 e 1,13 kg dm-3, respectivamente. Os tratamentos T2 e T3, em relação ao tratamento T1, favoreceram o aumento de Pmi, Pt, RM e MO, e a redução da Ds e da ADA no substrato. Comparado ao tratamento T2, o tratamento T3 apresentou significativo aumento na Pmi e redução na Ds e a Pma. Foi observado efeito significativo do tratamento T3 sobre a redução da Ds e aumento da Pmi, Pt, RM e MO, comparado ao tratamento T1. Os menores valores de ADA obtidos para os tratamentos T2 e T3 podem estar associados aos maiores teores de cátions de caráter floculante, associados ao efeito da MO sobre a estabilização de agregados, reduzindo a dispersão da argila. A MO apresentou correlação significativa com a Pmi (r = 0,80), Pt (r = 0,85) e Ds (r = -0,74). A RM apresentou correlação significativa com a Pmi (r = 0,73), Pt (r = 0,81), MO (r = 0,96) e Ds (r = -0,63). A correção química do substrato e o plantio de espécies arbóreas foram fundamentais para o estabelecimento de vegetação e recuperação ambiental dos tanques de rejeito em Porto Trombetas. O plantio de espécies nativas e a aplicação de calcário e fertilizantes proporcionaram maior produção de biomassa, resultando em melhoria dos atributos físicos do substrato, sobretudo no que recebeu o maior nível de adubação. Novas caracterizações deverão ser realizadas a fim de identificar o nível de equilíbrio ecológico que pode ser alcançado nessas áreas.
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    Resíduo da colheita de eucalipto e fontes de cálcio na agregação do solo e na estabilização da matéria orgânica
    (Universidade Federal de Viçosa, 2010-07-27) Vasconcelos, Aline de Almeida; Rocha, Genelício Crusoé; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796777Y9; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Silva, Ivo Ribeiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799432D0; http://lattes.cnpq.br/7212421622708679; Mattiello, Edson Marcio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762958P3; Soares, Emanuelle Mercês Barros; http://lattes.cnpq.br/2680869902625278; Villani, Ecila Mercês de Albuquerque; http://lattes.cnpq.br/3982959345685556
    A interação de compostos orgânicos com cátions divalentes, como o cálcio (Ca), pode melhorar a agregação do solo e polimerizar as moléculas orgânicas, formando complexos organo-metálicos mais estáveis. A efetividade do Ca na agregação em solos florestais, em condições de campo, e a influência de fontes distintas de Ca na decomposição dos resíduos de eucalipto aportados e no processo de agregação e estabilização da matéria orgânica do solo (MOS) ainda são pouco conhecidas. Desta forma, objetivou-se avaliar o efeito de diferentes fontes de Ca associadas a resíduos da colheita de eucalipto na agregação e estabilização do carbono da MOS. Para tanto, foi conduzido estudo de campo que consistiu da adição de três fontes de Ca e resíduo de eucalipto (folha, galho e casca), em duas regiões no extremo Sul da Bahia, com índices pluviométricos e teores de argila distintos. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados com cinco repetições. Os tratamentos consistiram da ausência de suplementação de Ca e três fontes do nutriente (CaCO3, CaSO4 e CaSiO4) aplicadas ao solo contendo resíduos da colheita de eucalipto (folha, galho e casca), além de um tratamento adicional, sem adição de Ca e sem a manutenção do resíduo de eucalipto. Após 12 meses da instalação do experimento, foram realizadas: quantificação da matéria seca remanescente e estimativa do tempo de meia-vida (t0,05) dos resíduos de eucalipto depositados na área; determinação dos teores de Ca trocável e não trocável no solo; separação de agregados estáveis por via seca e cálculo do diâmetro médio geométrico (DMG), e nas classes de agregados mais representativas de agregado foram determinados os teores de Ca tocável, total de C orgânico, C lábil, a abundância natural do 13C da MOS e estabilidade dos agregados determinadas pelo método do ultra-som. Nas regiões Sul e Oeste as menores quantidades de Ca no resíduo do eucalipto foram observadas para o CaSO4 em relação ao CaCO3 e CaSiO3. A manutenção do resíduo vegetal de eucalipto na área de plantio, após 12 meses, contribuiu para aumento do DMG, na camada de 0-10 cm, mas não foram observadas alterações no DMG em profundidade (10-20; 20-40 e 40-60 cm). A adição de Ca por meio das distintas fontes reduziu o DMG nas quatro profundidades, mas esse efeito foi dependente da fonte. Na região Sul, a presença de Ca aumentou a estabilidade dos agregados e o inverso foi observado para a região Oeste. A maior recuperação de C oriundo do resíduo da colheita de eucalipto, na região Sul, ocorreu na classe de agregado 2,00-1,00 mm quando aplicou-se CaSO4 e CaSiO3. Na classe 1,00- 0,25 mm não houve diferença entre os tratamentos quanto à contribuição do C do resíduo. Na região Oeste, a contribuição do C derivado do resíduo de eucalipto foi maior na classe de 2,00-1,00 mm, mas não houve diferença entre os tratamentos.
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    Reabilitação de campos ferruginosos degradados pela atividade minerária no Quadrilátero Ferrífero
    (Universidade Federal de Viçosa, 2010-02-19) Rezende, Lina Andrade Lobo de; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; Griffith, James Jackson; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787063H6; Dias, Luiz Eduardo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788182U8; http://lattes.cnpq.br/7132995654361065; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Fernandes, Geraldo Wilson Afonso; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781072Y0
    As áreas de canga apresentam uma série de restrições ao estabelecimento das espécies vegetais, tais como solos rasos, com baixo teor de umidade e nutrientes, estrutura deficiente, além de uma grande amplitude térmica diária. A alta especialização da vegetação contribui com a elevada taxa de endemismo que caracteriza a flora dos campos ferruginosos. Os campos rupestres ferruginosos estão entre os ecossistemas com maior perda de habitat, menor área de ocorrência e de representatividade em unidades de conservação. A estreita associação entre a lavra de minério de ferro e esses campos levou esta formação a uma condição especial de vulnerabilidade. Esse trabalho teve como objetivo propor abordagens para a reabilitação de campos ferruginosos no Quadrilátero Ferrífero (QF) considerando aspectos técnicos relacionados à aplicação do topsoil associado à canga, reintrodução de plantas provenientes de operações de resgate e regeneração natural. Pretende-se com isso, propor práticas de manejo que conciliem a exploração mineral no QF e a conservação da biodiversidade desses ambientes. Para isso, montou-se experimento em pilha de estéril da mina Capão Xavier localizada em Nova Lima, (QF) - MG. Foram estabelecidas 32 parcelas experimentais de 50 m2, referentes a oito tratamentos com quatro repetições. Os tratamentos foram compostos a partir de combinações de duas espessuras de canga e topsoil associado (20 e 40 cm) e quatro níveis de adubação. O experimento foi montado em esquema de parcelas subdivididas, sendo o efeito de camadas nas parcelas e de doses nas subparcelas, distribuídas em um delineamento em blocos casualizados. As mudas provenientes do resgate permaneceram por dois anos em condições de céu aberto no viveiro. Em cada parcela foi feito o plantio do mesmo número de mudas seguindo o mesmo arranjo espacial. A avaliação dos tratamentos foi feita aos dez meses após o plantio pelo índice de cobertura vegetal e sobrevivência das espécies plantadas e da regeneração natural. Paralelamente, foi feita avaliação da biomassa da parte aérea de Melinis multiflora uma vez que, instalado o experimento, houve a suspeita de que a utilização de fertilizantes poderia favorecer o desenvolvimento desta espécie invasora em detrimento das demais. Não houve diferença significativa entre as médias de sobrevivência das mudas plantadas para as diferentes espessuras de substrato. A sobrevivência das plantas também não respondeu significativamente ao aumento de doses de fertilizantes. Isso pode indicar que o resgate de flora é uma estratégia eficaz de reabilitação. O curto período de avaliação, porém, não permite dizer que a adubação não terá efeito sobre a sobrevivência destas plantas ao longo do tempo. As espécies que apresentaram índices de sobrevivência superiores a 70% foram Laelia crispata, Artdrocereus glaziovii, Vrisea minarum, Bilbergia elegans, Clusia sp, e Cupania sp. Houve diferença significativa entres as médias de cobertura vegetal para as camadas de 20 e 40 cm e foi possível ajustar modelos de regressão relacionando cobertura vegetal com doses. A aplicação das mesmas doses de fertilizantes em ambas as camadas, não fez com que as parcelas com camadas de 20 cm alcançassem índices de cobertura vegetal semelhantes aos índices das parcelas com 40 cm, evidenciando que o efeito das doses não elimina as diferenças causadas pelo efeito das espessuras. Vale ressaltar que não existe evidência de que maior cobertura vegetal irá implicar em reabilitação mais adequada, visto que poderá implicar em competição indesejável pelo aumento de espécies ruderais invasoras. Houve aumento linear da produção da biomassa da parte aérea de Melinis multiflora em resposta aos níveis de adubação. Os substratos expostos nos taludes apresentam características químicas limitantes ao desenvolvimento da vegetação e a aplicação de fertilizantes no material de canga, originalmente pobre, favoreceu a colonização dessa espécie invasora nas parcelas. As médias da produção da biomassa da parte aérea de Melinis multiflora em função da espessura da camada de cobertura (canga + topsoil) apresentaram diferença significativa a partir da dose correspondente ao uso de 60% da quantidade de fertilizantes recomendada. A partir dessa dosagem, a maior produção de biomassa do capim gordura, pode ser atribuída ao favorecimento do crescimento do sistema radicular das plantas devido à maior disponibilidade de água e nutrientes em um volume maior de substrato. Ainda que os resultados apontem maior desenvolvimento de regeneração natural e cobertura vegetal para o uso de capeamento de 40 cm de espessura utilizando 908 kg/ha de termofostato, 554 kg/ha de sulfato magnesiano e 2.000 kg/ha de N-P-K, deve-se entender que os demais tratamentos testados favoreceram o desenvolvimento de outros arranjos ambientais estabelecendo uma situação de mosaico muito comum nos campos naturais. Além disso, a definição do programa de reabilitação deverá levar em consideração a disponibilidade de material de canga e o custo associado a esta operação.
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    Geotec II: proposição de um índice geográfico-tecnoógico para o setor agropecuário brasileiro
    (Universidade Federal de Viçosa, 2010-02-22) França, Michelle Milanez; Fontes, Rosa Maria Olivera; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783412T6; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703656Z4; Fontes, Maurício Paulo Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721443T4; http://lattes.cnpq.br/4699163871152127; Jucksch, Ivo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723123H4; Fernandes, Raphael Bragança Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728400J8
    A agricultura é uma atividade econômica dependente, em grande parte, do meio físico. O aspecto ecológico confere fundamental importância ao processo de produção agropecuária. Um país ou região apresenta várias sub-regiões com distintas condições de solo e clima e, portanto, com distintas aptidões para produzir diferentes bens agrícolas. A interpretação dos levantamentos de solo constitui-se de importância significativa para a utilização racional desse recurso natural na agricultura e em outros setores que se utilizam do solo como um elemento integrante de suas atividades. Em se tratando de atividades agrícolas, estas interpretações podem auxiliar na classificação de terras de acordo com sua aptidão para as diversas culturas, sob diferentes condições de manejo e viabilidade de melhoramento através de novas tecnologias. Pode-se ainda considerar, na interpretação dos levantamentos de solo, as necessidades de fertilizantes e corretivos, que possibilitam a avaliação potencial dos insumos em função da área cultivada no país. O sistema de avaliação da aptidão agrícola, no Brasil, teve início na década de 1960 como esforço em classificar o potencial das terras para a agricultura tropical. Na busca do conhecimento da aptidão das terras do Brasil, o Sistema de Avaliação da Aptidão Agrícola das Terras (Ramalho Filho & Beek, 1995) tem sido o mais empregado por consistir num importante instrumento para conhecimento do potencial e da disponibilidade de terras, de acordo com diferentes níveis de tecnologia ou de manejo, sendo o método preconizado pela Embrapa. O Índice Geográfico e Tecnológico (GeoTec) foi elaborado a partir de três outros índices: o Índice de Aptidão Agrícola (IAG), o Índice Tecnológico (ITE) e o Índice Hídrico (IHI). Fontes et al (2008) testaram diferentes combinações entre os três sub-índices utilizados em seu trabalho e chegaram ao seguinte cálculo: GeoTec= (IAG * 40%) + (ITE * 40%) + (IHI * 20%). Para este trabalho foi construído o Índice Geográfico e Tecnológico II (GeoTec II), sendo este elaborado a partir de dois outros índices: o Índice de Aptidão Agrícola (IAG) e o Índice Tecnológico (ITE). A combinação proposta para este novo índice resulta no seguinte cálculo: GeoTec II= (IAG * 50%) + (ITE * 50%). Esses índices consistem da agregação de variáveis geográficas, ativas e passivas cuja relevância está pautada na análise dos determinantes de renda e de crescimento no contexto das potencialidades naturais, bem como na análise de variáveis econômicas e sociais. Como este trabalho se perpassou nas unidades de federação do território brasileiro, o recorte mesorregional foi o mais adequado, tendo-se trabalhado com o mapeamento “Delineamento Macroecológico do Brasil” produzido pela Embrapa (Serviço Nacional de Levantamento e Conservação dos Solos – SNLCS) entre os anos de 1992/93. Os objetivos do presente trabalho foram: construção dos índices de aptidão agrícola (IAG) e índice tecnológico (ITE) das mesorregiões brasileiras com finalidade de subsidiar iniciativas que permitam o desenvolvimento agrícola das regiões, além de identificar as tecnologias que apresentaram maior associação com a produção das diferentes culturas. Os maiores valores do ITE estão situados nas mesorregiões Araraquara/SP, Oeste Catarinense e Noroeste Rio Grandense ao passo que os menores valores do ITE localizam-se nas mesorregiões Marajó/PA, Norte Amazonense e Sudoeste Paraense. Para o IAG os maiores valores são encontrados nas regiões Sudeste e Sul e os menores na região Norte. Constatou-se que o controle de pragas e doenças é uma tecnologia que precisa ser mais difundida em todo o território, visto que apenas 30% das propriedades do país a utilizam, com maior concentração nos Estados de Goiás, São Paulo e Minas Gerais. A maior porcentagem de utilização de adubos e corretivos e preparo do solo está situada no eixo Centro-Sul do país, sendo esta última tecnologia pouco utilizada no Norte do país.
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    Oligochaetas edáficos em solos sob sistema de manejo a pleno sol e agroflorestal e vermicompostagem associada com pós de rochas
    (Universidade Federal de Viçosa, 2010-07-26) Souza, Maria Eunice Paula de; Jucksch, Ivo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723123H4; Mendonça, Eduardo de Sá; http://lattes.cnpq.br/4735276653354808; Cardoso, Irene Maria; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761766J0; http://lattes.cnpq.br/7239077251706707; Janssen, Arnoldus Rudolf Maria; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4706455Y2; Lima, Ana Cláudia Rodrigues de; http://lattes.cnpq.br/9035431298468897
    Os Oligochaetas edáficos atuam em vários processos fundamentais para a manutenção da fertilidade e qualidade dos solos de agroecossistemas. As práticas agrícolas, condições climáticas e as características do solo afetam a população de oligochaetas edáficas. Atualmente, frente aos problemas como o decréscimo de qualidade do solo, da água e das plantas e o alto custo dos insumos agrícolas faz-se necessário buscar alternativas de uso sustentável das terras, como podem ser os sistemas agroecológicos, dentre eles os sistemas agroflorestais. Os sistemas agroflorestais, com aporte contínuo de matéria orgânica e qualidade e manutenção dos resíduos culturais na superfície do solo, propiciam maior biomassa das oligochaetas e atuam positivamente no equilíbrio populacional das mesmas, durante as estações do ano. Este trabalho teve como objetivo avaliar as alterações nas populações de Oligochaetas edáficos em função do manejo do café (Coffea arabica), no município de Araponga MG. O estudo foi realizado em áreas de plantio de café consorciado em sistema agroflorestal (SAFROM e SAFSAM); café a pleno sol agroecológico (PSAROM e PSASAM); café a pleno sol convencional (PSCCAR1) e (PSCCAR2); e dois fragmentos de mata (FRAROM e FRASAM) que foram utilizados como referências. PSAs diferem SAFs basicamente por não possuírem árvores consorciadas com o café. As coletas de oligochaetas foram realizadas, em quatro tratamentos, três profundidades (0 0,1m; 0,1 0,2m e 0,2 0,3m), duas épocas (fevereiro de 2009/ janeiro de 2010) e cinco repetições equidistantes em 10m, ao longo de uma linha de café, na mesma área. No laboratório, identificou-se os Oligochaetas no laboratório ao nível de gêneros e espécies. Para cada tratamento foi estimada a abundância das diferentes espécies de oligochaetas encontradas, riqueza e Índice de Shannon. A análise estatística foi feita utilizando Modelo Linear dos Efeitos Mistos (Programa R). Não houve efeito de época e houve diferença em profundidade. A profundidade de 0-10 cm apresentando a maior abundância, em média 52,3 ind/m2, seguida da profundidade de 10-20 cm apresentando, média de 25,9 ind/m2. Houve interação significativa entre profundidade e época. FRAROM apresentou o maior número de Oligochaetas (média de 224 ind/m2), não havendo diferenças (p<0,05) entre e FRASAM,, SAFSAM e PSASAM (55,8 ind m2) e entre SAFROM PSAROM (36,9 ind m2). Em PSCCAR praticamente não se encontrou oligochaetas e por isto não foi incluídos na análise estatística. Nos agroecossistemas avaliados ocorreu predomínio da espécie Pontoscolex corethrurus. A capacidade de solubilização de minerais durante o processo de vermicompostagem foi avaliada utilizando dois tipos de pó de rocha (gnaisse e esteatito) em 2 doses cada, com 5 repetições. A produção de vermicomposto com pó de rocha e sem pó de rocha foi realizada em potes plásticos cilíndricos (2 dm3), utilizando esterco de gado. O delineamento foi inteiramente casualizado (DIC), sendo o esterco enriquecido com pós de duas rochas diferentes (gnaisse = G e esteatito = E), três doses cada (0, 5 e 20 % m/m) e cinco repetições. Realizou-se um ensaio agronômico com a cultura do milho cultivada por 73 dias em Latossolo Vermelho Amarelo, fertilizado com os vemicompostos descritos e com apenas pó de gnaisse ou esteatito, totalizando oito tratamentos, sendo um controle (C, sem pós de rochas e sem vermicompostos), Vc (sem pós de rochas), VcG5, VcG20, VcE5, VcE20, G e E. O delineamento foi inteiramente casualizado com 4 repetições. Semanalmente a parte aérea do milho foi medida para avaliar crescimento. As plantas cresceram mais quando o solo foi fertilizado com esterco enriquecido com pó de rocha durante o processo de vermicompostagem. Os oligochaetas além de poder serem utilizados como indicadora de recuperação do solo, podem contribuir para o processo de recuperação, melhorando a disponibilidade de nutrientes presentes em resíduos que podem ser utilizados na agricultura.