Solos e Nutrição de Plantas

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    Crescimento e composição mineral de mudas de três espécies arbóreas nativas em resposta a macronutrientes
    (Universidade Federal de Viçosa, 2008-12-05) Oliveira, Fernanda Ataide de; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; Dias, Luiz Eduardo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788182U8; http://lattes.cnpq.br/8924295917311081; Fernandes, Luiz Arnaldo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4797463J9; Paiva, Haroldo Nogueira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788177J6
    O bioma da Mata Atlântica tem sofrido um processo contínuo de devastação, com grandes consequências ecológicas e ambientais, e a principal forma de recomposição florestal é o plantio de mudas. A produção de mudas de espécies arbóreas nativas da Mata Atlântica, na Usina Hidrelétrica de Itaipu Binacional tem o objetivo de reflorestar a mata ciliar do lago de Itaipu, e constituir o Corredor Biológico que interligará grandes áreas de mata protegida no Brasil, Paraguai e Argentina. Este empreendimento é considerado pela UNESCO um dos maiores projetos de conservação ambiental do mundo e inclui o Parque Estadual do Morro do Diabo, no extremo oeste de São Paulo; o Parque Nacional de Iguaçu, entre Paraná e Mato Grosso do Sul; as faixas verdes em torno do reservatório da usina de Itaipu; o Parque Nacional do Iguaçu e o de Iguazú, na Argentina; e o Parque Estadual do Turvo, no Rio Grande do Sul. Na produção de mudas, os hortos da empresa utilizam substrato comercial e tubete de 115 cm3 de capacidade. Os experimentos conduzidos em casa de vegetação do Departamento de Solos da Universidade Federal de Viçosa objetivaram avaliar os efeitos de doses dos macronutrientes (N, P, K, Ca, Mg e S). sobre o crescimento de Cedrella fissilis Vellozo (Cedro), Peltophorum dubium (Spreng.) Taub (Canafístula) e Tabebuia serratifolia (Vahl) Níchols. (lpê-amarelo), produzidas em tubete e substrato. As plântulas após aproximadamente 90 dias de emergência receberam cinco doses de cada macronutriente via aplicação em cobertura. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, sendo três espécies, cinco doses, seis nutrientes, com cinco repetições com quatro plantas cada, totalizando 90 tratamentos e 1800 plantas. Após 140 dias, foi avaliado para cada espécie o número de folhas, hastes, diâmetro do colo e altura, e determinado a matéria seca total e subdividida em folha, caule, parte aérea (MSPA), de raízes, a relação da massa seca da parte aérea com a raiz. Foram avaliados ainda os teores de N, P, K. Ca. Mg e S nas folhas e raízes. O aumento das doses de N proporcionou o crescimento significativo para as três espécies avaliadas. O aumento das doses de Mg influenciou as características de crescimento significativamente nas plantas de canafístula e Ipê-amarelo. O aumento das doses de S favoreceu os incrementos nas características de crescimento das plantas de Ipê-amarelo, para a produção máxima foram da ordem de 200 mg dm-3 de N, 240 mg dm-3 de Mg e 100 mg de de S. Em relação a dose zero, o N na máxima dose aplicada (200 mg dm-3), para as plantas de Cedro, Canafístula e Ipê-amarelo, proporcionou um incremento de 6,4, 20,5 e 20,8 % na MSPAA respectivamente; 0 Mg na dose máxima avaliada (24O mg dm-3), para as mudas de Canafístula e Ipê-amarelo proporcionou um incremento de 7,7 e 8,3 % na MSPA, respectivamente e o S para as mudas de Ipê-amarelo, na dose máxima avaliada (100 mg dm-3 ), proporcionou um incremento de 5.5 % na MSPA. Os teores críticos de N nos tecidos foliares nas plantas de Cedro, Canafístula e Ipé-amarelo, foram de 23,07, 20,61 e 22,68 g kg-1, e nas raízes 10,83, 9,8 e 14,19 g kg-1, respectivamente. Os teores críticos de Mg nos tecidos foliares nas plantas de Canafístula e Ipê-amarelo, foram de 0.96 e I,76 g kg-1, e nas raízes 0,57 e l,l9 g kg-1, respectivamente. Os teores críticos de S nas plantas de Ipê-amarelo, nos tecidos foliares, foram de 0,49 g kg-1 e 0.52 g kg-1 nas raízes. Os demais nutrientes não apresentaram as doses recomendadas para a produção máxima, justificado, provavelmente pela presença destes nutrientes no substrato, próximo ou acima do nível crítico. Em geral a resposta de crescimento significativo com o aumento da disponibilidade de N, possivelmente está ligada as condições favoráveis de lixiviação na produção de espécies florestais produzidas cm tubetes. Para o favorecimento do equilíbrio e disponibilidade de nutrientes no substrato comercial utilizado, é recomendado o uso de adubação complementar em substrato de Mg, para a Canafístula e Ipê-amarelo, de S para o Ipê-amarelo e de N para as três espécies.
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    Química, Física e Mineralogia de Solos Utilizados na Agricultura Familiar e na Fabricação de Cerâmica Artesanal em Itaobim, Médio Jequitinhonha, MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2008-01-28) Simões, Diana Ferreira de Freitas; Fontes, Maurício Paulo Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721443T4; Fernandes, Raphael Bragança Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728400J8; Ker, João Carlos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763842Z5; http://lattes.cnpq.br/4680121486632993; Lani, João Luiz; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076P1; Viana, João Herbert Moreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784619U7
    Localizado no nordeste do Estado de Minas Gerais, o Médio Jequitinhonha ocupa cerca de 18 mil km², correspondendo a cerca de 25 % da área total do Vale do Jequitinhonha. Apresenta quadro natural com distintas características de clima, relevo, geologia, solos e uso da terra. O suporte básico da economia regional são as atividades de agricultura familiar, pecuária extensiva e artesanato de cerâmica. A agricultura familiar concentra-se principalmente nos Cambissolos Háplicos de rampas de colúvio e Neossolos Flúvicos localizados nas várzeas dos rios Jequitinhonha, Araçuaí e alguns de seus afluentes. Nas áreas dos Cambissolos Háplicos de rampas de colúvio, encontram-se microrrelevos de murundus, também utilizados para a agricultura familiar, porém poucos caracterizados. Ainda que as produtividades das culturas sejam baixas, os agricultores consideram-nas satisfatórias, sugerindo fertilidade natural mais elevada dos solos. Além destes solos, Planossolos e Gleissolos ( barreiros ), dependendo do horizonte, são usados para a fabricação de peças de cerâmica artesanal. Assim, os objetivos deste trabalho foram: caracterizar física, química e mineralogicamente Neossolos Flúvicos, Cambissolos e Cambissolos com murundus, ambos Háplicos, utilizados na agricultura familiar ao longo de duas topossequências, e caracterizar solos hidromórficos utilizados para a fabricação de cerâmica artesanal na comunidade de Pasmado, município de Itaobim, MG. Para as caracterizações físicas, químicas e mineralógicas, foram selecionados e coletados nove perfis, distribuídos nas topossequências 1 (T1), composta por dois Cambissolos Háplicos (P1 e P2), um Cambissolo com murundu (P3) associado ao perfil P2 e dois Neossolos Flúvicos (P4 e P5), e na topossequência 2 (T2), compreendendo um Cambissolo Háplico (P6), seu Cambissolo com murundu (P7) e um Neossolo Flúvico (P8) utilizados para a agricultura familiar. Também foi coletado perfil de Cambissolo Háplico (P9) que serviu de amostra extra de referência para esta classe. Foram ainda coletados três perfis de barreiros usados para a fabricação de cerâmica artesanal. Foram realizadas as seguintes análises: granulometria, curva de retenção de água e limites de consistência para os solos utilizados na cerâmica; químicas de rotina e teores totais de Ca, Mg, K, P, Co, Cu, Zn e Ni na TFSA e nas frações areia e silte, extrações de Fe por ditionito-citrato-bicarbonato (DCB) e oxalato amônio e análises mineralógicas por meio da difratometria de raios-X nas frações argila, silte e areia. Foram ainda realizadas entrevistas semiestruturadas com os artesãos e elaboração do fluxograma de fabricação da cerâmica até sua comercialização. Os Cambissolos Háplicos e Neossolos Flúvicos apresentam textura média e, ou argilosa, com valores mais elevados de argila no horizonte B dos Cambissolos. Os solos apresentaram-se fracamente ácidos, eutróficos e distróficos, sugerindo que existe diferenciação nas produtividades alcançadas, mesmo que os teores de cálcio, magnésio e potássio tenham sido considerados de médios a bons nos horizontes superficiais. Além disso, os teores totais e trocáveis das frações areia e silte, juntamente com a fração argila, parecem importantes fontes de nutrientes para as plantas. Os Cambissolos Háplicos fase murundus apresentaram maiores teores de silte e argila, Ca2+, P e carbono orgânico (CO), indicando que a atividade das térmitas, provavelmente no passado, foi importante para sua maior fertilidade em relação aos Cambissolos Háplicos aos quais estão associados. A mineralogia da fração argila dos Neossolos Flúvicos e Cambissolos é constituída basicamente de caulinita e ilita, e as frações areia e silte por mica, plagioclásios cálcicos e sódicos e feldspatos potássicos. A análise química total das frações TFSA, areia e silte confirmaram maiores teores de potássio nestessolos. Os horizontes selecionados pelos ceramistas para a fabricação de cerâmica artesanal apresentaram os maiores teores de argila e silte, índice de plasticidade (IP) e índice de atividade coloidal (Ia), importantes para a qualidade final da cerâmica. As pequenas quantidades de areia fina parecem não ser suficientes para promover efeito não plástico no Gleissolo estudado, confirmando seu uso restrito para a confecção de algumas peças artesanais. Com o aumento da temperatura na massa cerâmica, houve redução da relação Feo/Fed, o que leva a questionar se isto pode influenciar na qualidade do produto final da cerâmica, principalmente em termos de resistência ao rompimento. A camada superficial, por ser mais arenosa, e subsuperficial, pela sua dureza, são descartadas, mesmo que em alguns casos esta última possa ser aproveitada para a fabricação de peças artesanais (horizonte C). O uso do horizonte C dos Planossolos estudados como matéria-prima ( barro ) para o uso em cerâmica é de extrema relevância para a comunidade, pois estes solos ocupam pequena extensão geográfica nas várzeas do rio Jequitinhonha, podendo serem considerados como um recurso finito para o desenvolvimento dessa atividade. As análises mineralógicas desses solos indicam presença de quartzo, feldspatos, plagioclásios e micas nas frações areia e silte, e caulinita e ilita na fração argila. As etapas pertinentes ao processo de confecção da cerâmica artesanal contam com participação masculina nas etapas iniciais de coleta, transporte do barro e formação da pasta, cabendo às mulheres, mesmo que não exclusivamente, a modelagem das peças até a arte final. A atividade ceramista é desenvolvida em todos os meses do ano, realizada por homens, mulheres e crianças, todos vendendo sua própria produção. Além de aposentadorias e programas sociais como o bolsa escola, a atividade ceramista constitui importante complemento da renda familiar, sendo mesmo, em alguns casos, a única fonte de renda na comunidade de Pasmado.
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    Dinâmica da paisagem na região do Alto Rio Abaeté, Bacia do Rio São Francisco
    (Universidade Federal de Viçosa, 2008-12-04) Costa, Fernanda de Oliveira; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723204Y8; Ruiz, Hugo Alberto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783550T5; Costa, Liovando Marciano da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787252H9; http://lattes.cnpq.br/3895234501635282; Albuquerque Filho, Manoel Ricardo de; http://lattes.cnpq.br/7155685877820562; Simas, Felipe Nogueira Bello; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766936J5
    A região fisiográfica do Alto Paranaíba, localizada no estado de Minas Gerais, é um importante divisor de águas entre as bacias dos rios São Francisco e Paraná. Além disso, foi também importante palco de diversas atividades geológicas e geomorfológicas ao longo de sua formação e evolução. Estas atividades ocorreram em épocas pretéritas, deixando como testemunho diversas rochas vulcânicas de diversificada composição química e mineralógica. Do ponto de vista geológico, o Alto Paranaíba está inserido em um complexo que compreende o Grupo Bambuí, constituído de rochas pelíticas; Formação Areado, constituída de conglomerados, arenitos, argilitos e folhelhos; Formação Mata da Corda; constituída de diversificado conjunto de rochas vulcânicas (tufos, lavas, conglomerados e rochas epiclásticas) e arenitos, e finalmente por uma superfície detrito-laterítica. Essa grande variedade de material geológico originou diversas classes de solos. O relevo da região se caracteriza por chapadas aplainadas, formas onduladas, e superfícies de erosão. Nos dias atuais, tais superfícies se apresentam soerguidas na paisagem, formando o chamado "Arco do Alto Paranaíba". As superfícies tabulares encontram-se em avançado estágio erosivo, onde seus remanescentes ainda preservados, distribuem-se em mesas residuais isoladas, delimitadas por bordas escarpadas muito bem definidas, muitas vezes formando cornijas, devido ao bordejamento pelas lateritas. A drenagem é fortemente orientada pela estrutura geológica. Para auxiliar interpretações relacionadas à área em estudo, foram produzidos mapas temáticos digitais na escala de 1:300.000, a partir de imagem de satélite SRTM (Shuttle Radar Topographic Mission) da Nasa, mapas do RADAMBRASIL, base de dados do IBGE e ANA, utilizando-se do software Arq Gis® 9.3 do ESRI (Environmental Systems Research Institute). Para o reconhecimento das feições erosivas existentes na porção do alto rio Abaeté, foram selecionados dois transectos, em um dos quais foram amostrados três perfis (Latossolo Amarelo Ácrico típico, Plintossolo Pétrico Concrecionário Distrófico típico e Argissolo Vermelho Amarelo Distrófico típico) para caracterizações físicas, químicas e mineralógicas. Foram gerados dados morfométricos da bacia hidrográfica do rio Abaeté, para auxiliar na compreensão de seu regime hídrico. De modo geral, os solos amostrados apresentaram fertilidade natural baixa, porem possuem boas propriedades físicas, com baixos valores de argila dispersa em água (ADA) e alta estabilidade de agregados por via seca e úmida. A mineralogia da fração argila indicou a presença predominante de óxidos, evidenciando alto grau de intemperismo desses solos. Nos chapadões, a presença da gibbsita representa papel importante na estabilidade de agregados devido ao desenvolvimento de uma estrutura tipo granular, com maior proporção de macroagregados e maior permeabilidade, permitindo que os solos, mesmo com tratos culturais intensivos, mantenham uma estrutura adequada. A remoção das concreções lateríticas das bordas dos chapadões têm sido prática comum na região, devendo ser bem avaliada, para se evitar o avanço da erosão nos fronts das escarpas desta superfície. O preparo inadequado do solo é outro fato comum, sendo realizado sobre solos com horizonte C exposto, o que associado à heterogeneidade do material geológico, acaba por condicionar o desencadeamento e a intensificação de processos erosivos severos nas áreas de relevo ondulado. Após análise dos mapas de solos, geologia, geomorfologia, declividade, e investigações de campo, sugere-se a necessidade da adoção de práticas conservacionistas, especialmente nas áreas associadas a solos mais jovens, derivados de rochas vulcânicas e de saprolitos do Grupo Bambuí. No contexto de tão diversificadas manifestações geológicas e geomorfológicas, o presente trabalho teve como objetivo geral avaliar a relação entre solos, geomorfologia e geologia com a dinâmica da paisagem no alto e médio rio Abaeté, sub-bacia do rio São Francisco.
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    Sistematização participativa de cursos de capacitação em solos para professores da educação básica
    (Universidade Federal de Viçosa, 2008-09-15) Cirino, Fernanda Oliveira; Cardoso, Irene Maria; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761766J0; Barbosa, Willer Araujo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784248J4; Muggler, Cristine Carole; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798498U0; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4568467H2; Jucksch, Ivo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723123H4; Assad, Maria Leonor R. C. Lopes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783626E3; Mello, Rita Márcia Andrade Vaz de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4760230H9
    Nos dias atuais, a formação em exercício de professores da Educação Básica tem se colocado como uma questão-chave na busca de melhorias na qualidade do ensino básico, uma vez que a formação inicial do professor não é suficiente para capacitá-lo diante dos desafios da sala-de-aula. E especificamente em relação aos conteúdos de solos, os professores geralmente encontram dificuldades tanto conceituais como pedagógicas. Assim, com o objetivo de ressignificar e desenvolver o ensino de solos, o Programa de Educação em Solos e Meio Ambiente (PES), do Departamento de Solos da UFV passou a oferecer, a partir de 2004, cursos anuais de capacitação em solos para professores da Educação Básica. Após três anos consecutivos de realização dos cursos já era possível observar os impactos dessa abordagem em algumas escolas de Viçosa-MG, e tornou-se necessário analisar e avaliar esses resultados, o que motivou a presente pesquisa. Para isso foi definida uma sistematização participativa, com o objetivo de analisar e refletir criticamente a influência dos cursos nas práticas pedagógicas de seus participantes. A sistematização participativa é caracterizada como um processo que permite além da organização e análise dos resultados, a reflexão crítica e coletiva de todo o processo, onde a participação dos sujeitos envolvidos busca proporcionar ensinamentos, aprendizados e trocas de experiências. A sistematização foi dividida em etapas, e para cada uma utilizaram-se de métodos e técnicas participativas. Os resultados da sistematização mostraram que a abordagem dos conteúdos de solos desenvolvida pelos professores em sua prática pedagógica subseqüente teve forte influência dos cursos de capacitação. Tanto conteúdos como métodos foram efetivamente apropriados pelos cursistas, que valorizaram e ressignificaram o tema e isso lhes deu mais segurança em sua abordagem, enriquecendo as aulas e diversificando-as com o uso de diferentes abordagens metodológicas, possibilitando inclusive a superação do livro didático como único apoio conceitual e metodológico às suas aulas.
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    Dispersantes químicos na análise granulométrica de latossolos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2008-11-28) Mauri, Jocimar; Ker, João Carlos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763842Z5; Fernandes, Raphael Bragança Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728400J8; Ruiz, Hugo Alberto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783550T5; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4736674H7; Rocha, Genelício Crusoé; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796777Y9; Fontes, Luiz Eduardo Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783256H7; Donagemma, Guilherme Kangussú; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761607E3
    O resultado mais acurado da análise textural é dependente da completa dispersão da amostra de solo e da manutenção da estabilidade da fase dispersa. Pode considerar que o pH elevado da solução é determinante na dispersão de solos com cargas dependentes de pH. Nas mesmas condições de pH e pressão osmótica, quanto maior o raio iônico hidratado do íon, mais efetiva será a dispersão de argilas, por incrementar a dupla camada difusa. Por último, a remoção de agentes cimentantes também incrementa a dispersão da amostra de solo. Em decorrência dessas afirmativa, foram testados compostos de Na+ e Li+ como dispersantes químicos alternativos, frente à solução de NaOH 0,01 mol L-1, com objetivo de lograr dispersão mais efetiva de forma a minimizar a presença de pseudocomponentes, fundamentalmente pseudo-silte, na análise granulométrica de Latossolos. O trabalho foi realizado utilizando amostras de oito Latossolos do Estado de Minas Gerais, selecionados por apresentarem diferentes materiais de origem e teores de óxidos de ferro. Os tratamentos foram dispostos segundo um delineamento em blocos casualizados, correspondendo a um arranjo fatorial 8 x 2 x 7, com três repetições. Os fatores em estudo foram as amostras dos oito Latossolos, retiradas nos horizontes A e B e sete dispersantes. O NaOH foi utilizado como dispersante de referência, testando-se, adicionalmente soluções de LiOH, NaClO, [NaClO + NaOH], [HCl + NaOH], (NaPO3)n e [(NaPO3)n + NaOH]. A dispersão mecânica foi realizada utilizando-se agitador rotatório tipo Wagner, regulado para 50 rotações por minuto, durante 16 horas. Os dispersantes alternativos foram comparados com NaOH por meio de teste de Dunnett. Utilizando a maior proporção de argila para identificar a efetividade dos dispersantes, nenhum deles igualou-se ao NaOH. Utilizando o sinal > para indicar maior efetividade, a seqüência determinada foi: NaOH > [(NaPO3)n + NaOH] > [HCl + NaOH] > [NaClO + NaOH] > LiOH > (NaPO3)n > NaClO. Dentre os dispersantes alternativos, destacou-se a solução de [(NaPO3)n+NaOH], com resultados próximos aos do dispersante de referência, evidenciando a importância da elevação do pH até valores próximos de 12. A efetividade das outras soluções sódicas com pH elevado, [NaClO+NaOH] e [HCl+NaOH], foi reduzida pela elevação da pressão osmótica da solução, dificultando a dispersão da amostra de solo. O LiOH foi inferior ao dispersante de referência. Essa resposta é justificada pela tendência desse cátion alcalino, de formar ligações covalentes que bloqueiam cargas elétricas negativas do complexo de troca das argila, com diminuição da densidade de carga superficial. O (NaPO3)n e NaClO foram os dispersantes menos efetivos, pelo menor pH das suas soluções. Pode concluir-se que a solução de NaOH é a mais efetiva para dispersar amostras de solos com argilas que apresentam capacidade de troca catiônica dependente do pH, ao favorecer o incremento de cargas negativas, a repulsão entre partículas e consequentemente a dispersão da amostra de solo, com valores relativamente baixos da pressão osmótica da suspensão.
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    Classificação automatizada do uso e cobertura do solo utilizando imagem Landsat no Município de Araponga, MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2008-11-27) Moreira, Gilberto Fialho; Vieira, Carlos Antonio Oliveira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728250D0; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703656Z4; Fernandes, Raphael Bragança Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728400J8; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4737761J0; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723204Y8; Lani, João Luiz; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076P1; Ribeiro, Guido Assunção; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783554H6; Leite, Hélio Garcia; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785373Z6
    Planejar o espaço na busca de entender o presente com informações do passado, bem como projetar cenários futuros é de fundamental importância para a melhor gestão ambiental. Neste sentido, dentro de um programa mais amplo de monitoramento, a detecção da cobertura florestal - de forma ágil, rápida e eficiente - pode contribuir para uma melhoria na proteção e qualidade ambiental, principalmente, em municípios que se destacam por apresentarem biodiversidade relevante, em especial àqueles que são sede de alguma Unidade de Conservação (UC). O uso de imagens de satélite tem se intensificado nos últimos anos, e incrementa o arsenal de informações disponíveis sobre o meio natural. Entretanto, a maior parte da tecnologia disponível para a detecção automatizada, em especial os softwares utilizados, apresentam elevado custo financeiro de aquisição. Neste contexto, o objetivo do presente trabalho foi avaliar novas tecnologias e metodologias de detecção automatizada da cobertura vegetal em imagens orbitais. Para tanto, foram executadas as classificações pelos métodos da Máxima Verossimilhança (MAXVER), das Redes Neurais Artificiais (RNA) e das Árvores de Decisão, utilizando-se de tecnologias de caráter gratuito e, ou, já disponíveis no Instituto Estadual de Florestas (IEF-MG). Essa iniciativa também visa contribuir na avaliação de novas soluções para os problemas e desafios relacionados ao mapeamento de cobertura vegetal enfrentados pelo setor de monitoramento ambiental do IEFMG, em especial pelo Centro de Estudos e Desenvolvimento Florestal, ligado à Gerência de Monitoramento e Geoprocessamento. Para a efetivação do presente projeto foram utilizados as bandas 1, 2, 3, 4, 5 e 7 da cena 217/74 de imagens do sensor LandSat 5 TM (Thematic Mapper), tomadas em 16/11/2005 (verão), correspondente ao município de Araponga (MG), onde concentra-se a maior área do Parque Estadual da Serra do Brigadeiro (PESB). Essa mesma cena foi utilizada para a produção do documento: Mapeamento da Flora Nativa e Reflorestamento de Minas Gerais (MFNR-MG), atualmente um referencial para a gestão ambiental do Estado de Minas Gerais. Foram consideradas nesse estudo as seguintes classes de vegetação: Floresta Estacional Semidecídua, Floresta Ombrófila, Campo de Altitude, Pastagem, Café e Eucalipto. Para a classificação automatizada das imagens, inicialmente os dados foram preparados com os Sistemas de Informações Geográficas (SIG): Sistema de Processamento de Informações Georreferenciadas (SPRING) e ArcGis 9.0. Posteriormente, foi realizada a classificação das imagens pelos métodos de MAXVER e o das RNA s. O SIG SPRING foi usado na classificação por MAXVER e, para as RNA s, foi utilizado o software Stuttgart Neural Network Simulator (SNNS). Ao final dos trabalhos de classificação, adicionalmente foi realizada uma comparação com os resultados alcançados no MFNR-MG, no qual outro método de classificação, o de Árvores de Decisão, foi empregado em seu procedimento de análise. Os resultados obtidos indicaram que a metodologia por MAXVER, por mais que tenha gerado confusão entre algumas classes por considerar somente o valor da reflectância, o que dificultou ou mesmo impediu a diferenciação entre algumas tipologias vegetacionais, em especial, entre campo de altitude e afloramentos rochosos; e entre eucalipto e floresta semidecídua, apresentou um bom resultado, atingindo um desempenho geral de aproximadamente 80%. A classificação efetuada por RNA s também não distinguiu efetivamente todas as classes pretendidas, mesmo considerando o plano de informação altitude, segundo fornecido pelo modelo de elevação do terreno. A comparação, dos classificadores testados no presente trabalho com a metodologia adotada no MFNR-MG indicou diferenças expressivas na quantificação das coberturas vegetacionais da área estudada, em especial quanto à formação Florestal Ombrófila, a qual se apresentou bem mais evidente nas classificações aqui executadas (MAXVER e RNA). Embora a metodologia de RNA s seja amplamente aceita como a mais adequada para a classificação de imagens de satélites, a complexidade e o tempo demandado na preparação dos materiais, bem como os vários procedimentos de tentativa e erro requeridos para sua execução dificultam ou mesmo restringem sua utilização, principalmente na demanda comercial. Por sua vez, dada a simplicidade e os resultados alcançados, a classificação por MAXVER desponta como uma opção mais viável em muitas situações, tais como às classes que não são distinguidas por algum outro fator que não seja a reflectância da imagem utilizada. No entanto, as duas metodologias aqui testadas (RNA e MAXVER), bem como a utilizada no MFNR-MG, não apresentaram bons resultados para as duas classes de cobertura vegetal exótica pretendida neste trabalho (eucalipto e café).
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    Nutrição e produção do eucalipto e frações da matéria orgânica do solo influenciadas por fontes e doses de nitrogênio
    (Universidade Federal de Viçosa, 2008-07-30) Jesus, Guilherme Luiz de; Silva, Ivo Ribeiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799432D0; Novais, Roberto Ferreira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783732H4; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; http://lattes.cnpq.br/6029448906403032; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Cantarutti, Reinaldo Bertola; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780430A1; Paiva, Haroldo Nogueira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788177J6
    As plantações comerciais de eucalipto no Brasil geralmente ocupam solos de baixa fertilidade natural e a fertilização é necessária para que se obtenham elevadas produtividades. Apesar da grande quantidade de nitrogênio (N) acumulado em plantios de alta produtividade dessa essência, o aumento em volume e biomassa em resposta à aplicação de N não tem sido freqüente e nem de elevada magnitude, o que tem sido atribuído à mineralização do N da matéria orgânica do solo. No entanto, observações recentes mostraram respostas contrastantes do eucalipto à aplicação de N. Numa situação, a resposta ao sulfato de amônio poderia ser atribuída ao enxofre, fato suportado pela maior resposta do eucalipto ao superfosfato simples em comparação com o superfosfato triplo. Contudo, no mesmo sítio florestal, a resposta permaneceu quando da aplicação de N na forma amoniacal e na forma nítrica. Poderia ser esta resposta um efeito indireto pela disponibilização de outros nutrientes conseqüente da mineralização da matéria orgânica? Este trabalho consistiu de dois experimentos, em que o objetivo geral foi avaliar o efeito do nitrogênio no crescimento e nutrição do eucalipto. O primeiro experimento, instalado no campo, no município de Itamarandiba-MG, em delineamento experimental em blocos ao acaso com três repetições, consistiu da aplicação de doses e fontes de N em plantio de eucalipto. Para verificar o efeito dos tratamentos sobre o crescimento e acúmulo de N nas plantas fez-se o inventário florestal, quando as plantas tinham 30 meses de idade, abatendo-se árvores com DAP médio e separando-as em lenho, casca, galhos e folhas para determinação da produção de matéria seca, dos teores e conteúdos de nutrientes das plantas. Amostras de solo e de serapilheira foram coletadas aleatoriamente para análises químicas de fertilidade. O teor de carbono (C) e nitrogênio (N) total da matéria orgânica particulada (MOP) e matéria orgânica associada à fração mineral (MOAM) foram determinados por espectrometria de massa de razão isotópica, após separação física. O segundo experimento foi conduzido em casa de vegetação, com os tratamentos em esquema fatorial 2 x 4 x 4, sendo: dois tipos de solo; quatro doses de N e quatro doses de S, em blocos casualizados com três repetições. Para adição de N utilizou-se 15NH4 15NO3 com 60 % em átomos de 15N. O solo de cada tratamento foi acomodado em recipiente de 3,6 L de capacidade, onde foram plantadas duas mudas de clone de eucalipto, com 45 dias de idade. Realizaram-se quatro coletas de folhas por vaso em tempos distintos, submetendo-as à análise de espectrometria de massa de razão isotópica de fluxo contínuo para obtenção da porcentagem de átomos de 15N em excesso. Com isso calculou-se a contribuição do fertilizante aplicado para o N acumulado na planta ao longo do tempo. Ao final do período experimental (80 dias) determinaram-se a altura e diâmetro de coleto das plantas, a matéria seca vegetal e o teor de nutrientes das plantas. As análises estatísticas consistiram de análise de variância e regressão. A aplicação de adubos nitrogenados promoveu aumento no crescimento, no campo e em casa de vegetação, principalmente, nesta condição, no solo com menor teor de matéria orgânica. Não foram detectadas alterações nos teores de C e N da matéria orgânica com a adubação nitrogenada. No entanto, houve aumento da absorção de Ca, Mg e S. A taxa de recuperação aparente de N no campo foi maior na dose de 120 kg ha-1 de N, atingindo 34,4 %. A contribuição do 15N derivado do fertilizante atingiu 30 % três semanas após aplicação, decrescendo ao longo do tempo.
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    Produtividade de milho e potencial de perdas de fósforo em Argissolo fertilizado com cama de frango
    (Universidade Federal de Viçosa, 2008-09-02) Abdala, Dalton Belchior; Novais, Roberto Ferreira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783732H4; Venegas, Victor Hugo Alvarez; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727865T0; Silva, Ivo Ribeiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799432D0; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4164545H0; Freire, Maria Betânia Galvão dos Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723248A0; Martinez, Hermínia Emília Prieto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788276P4
    A utilização de resíduos orgânicos na agricultura como fertilizantes ou condicionadores de solo tem ganho importância no Brasil na medida em que a agricultura orgânica tem expandido e os preços de fertilizantes tem aumentado sobremaneira. Contudo, estudos que relacionem as taxas de aplicação de fertilizantes orgânicos, tais como a cama de frango (PL), com o objetivo de aumentar o rendimento de culturas com mínimo risco ao ambiente tem sido escassos. O presente estudo foi conduzido sob condições de campo em um Argisolo Vermelho-Amarelo objetivando-se avaliar o rendimento de grãos de milho, as alterações em algumas caracteristicas químicas do solo, e o potencial de perdas de fósforo (P) como resultado da aplicação consecutiva de doses crescentes de cama de frango em superfície. As doses de PL utilizadas foram 0, 5, 10, 25, 50 e 100 t ha-1 e estas foram aplicadas superficialmente por três anos consecutivos e milho foi cultivado. As características químicas apresentadas foram determinadas ao final do terceiro ano de aplicação da PL. Foi observado que a aplicação de PL teve efeitos positivos sobre o rendimento de grãos (CGY), o qual variou entre 4443 kg ha- 1 no tratamento controle e 12 000 kg ha-1 nos tratamentos com aplicação de altas doses de PL. No terceiro ano, o rendimento físico máximo (ŷ máx) foi estimado como 12 500 kg ha-1, necessitando, portanto, de uma dose de PL de 74.7 t ha-1. Entretanto, um rendimento mais econômico de 11 207 kg ha-1, representado por 0.9 ŷ máx, foi obtido com uma dose de 21.7 t ha-1. A aplicação da dose mais elevada de PL conduziu a um grau de saturação de P de 21% estimado com o extrator Mehlich-3 (DPSM-3) e uma concentração de P pelo mesmo extrator (PM-3, 131 mg kg-1) considerada mais baixa que o valor limite (crítico) que a maioria dos índices ambientais alertam para o potencial risco de perda de P. Contudo, o valor de P soluvel em água (WSP) variou bastante acima do valor preconizado pelos indicadores ambientais, indicando que valores de DPSM-3 acima dos quais perdas de P são acentuadas estão abaixo daqueles encontrados para solos menos intemperizados. Este fato demonstra que medidas isoladas de valores analíticos, como concentração de P ou o DPSM-3, fornecem indicação limitada do real potencial de perda de P e sugerem, pois, a necessidade de se considerar o WSP como medida auxiliar para uma concepção mais realística do potencial de perda de P. Dessa forma, um nível crítico ambiental que também considera os valores críticos de WSP conduziu a uma indicação mais realística da perda de P. Assim, considerando-se valores de WSP, a dose estimada de PL a ser recomendada seria de 5.1 t ha-1. As alterações observadas nos atributos químicos do solo incluiram aumentos nas concentrações de nutrientes (N, P, K+, Ca2+, Mg2+ e Zn), Na+, pH e Carbono total (CT), e descréscimo em Al3+ trocável. Por fim, os resultados obtidos indicam que a dose de cama de frango requerida para a obtenção de rendimento máximo de grãos conduziriam a valores de saturação de P no solo e concentrações de WSP que estão muito acima dos níveis ambientais. Portanto, com vistas a atender recomendações de PL para cultivo de milho com mínimo risco de perdas de P, estas devem incluir análises de WSP complementares as demais medidas de P das análises de rotina ao invés de somente o rendimento de grãos, as concentrações de PM-3 e os níveis críticos ambientais referidos pelo DPSM-3.
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    Valores de referência de qualidade para metais pesados em solos no Estado do Espírito Santo
    (Universidade Federal de Viçosa, 2008-12-08) Paye, Henrique de Sá; Abrahão, Walter Antônio Pereira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798343H6; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703656Z4; Mello, Jaime Wilson Vargas de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4789445D2; http://lattes.cnpq.br/5692181977444636; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Silva, Juscimar da; http://lattes.cnpq.br/1823571141094864; Costa, Aureliano Nogueira da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788668Z1
    O desenvolvimento equilibrado e sustentável requer controle eficiente dos efeitos ambientais dos processos produtivos. Para isso, os órgãos de monitoramento ambiental necessitam de indicadores capazes de servir como referência para a avaliação continuada dos impactos ambientais causados pelas atividades antrópicas. Dessa forma, é evidente a necessidade de estabelecer valores orientadores que permitam identificar áreas poluídas ou contaminadas e, concomitantemente, avaliar o potencial de risco ao meio ambiente e à saúde humana. O conhecimento dos teores naturais de uma determinada substância é o mais simples e direto método para o estabelecimento de valores orientadores. Dessa forma, a adoção de valores de referência de qualidade (VRQ) se impõe no contexto como uma excelente ferramenta para identificar áreas contaminadas e contaminantes de interesse, em locais específicos, de modo a fornecer uma orientação quantitativa em estudos de avaliação de risco, e na tomada de decisão nas questões de prevenção, remediação, reciclagem e disposição de resíduos em solos. Nesse sentido, o presente estudo tratou de caracterizar geoquimicamente 56 amostras representativas de solo, nas bacias hidrográficas Riacho, Reis Magos e Santa Maria da Vitória no Estado do Espírito Santo, com a finalidade de obter os teores naturais de metais pesados e investigar os principais fatores envolvidos na distribuição desses elementos nos solos. A partir dessas informações, foram estabelecidos os valores de referência de qualidade (VRQ) utilizando-se para isso, técnicas de análise univariada e multivariada. Para tanto, foram determinados os teores totais de As, Cd, Co, Cr, Cu, Fe, Mn, Mo, Ni, Pb, Ti, V e Zn, por ataque ácido, com digestão em forno microondas, conforme o protocolo analítico SW-846 3052 da Environmental Protection Agency (U.S.EPA). A dosagem dos elementos foi obtida por espectrofotometria de emissão óptica com plasma induzido (ICP OES). Os teores médios encontrados para a maioria dos metais pesados estudados foram, em geral, inferiores aos reportados na literatura internacional. Os teores de cádmio ficaram abaixo do limite de detecção (LD) do método para todas as amostras. A partir das correlações de Pearson e da análise de componentes principais (ACP) foi possível selecionar os atributos dos solos (Fe, areia silte+argila e carbono orgânico) que melhor se correlacionaram com os teores de metais pesados e verificar a importância dessas variáveis nos resultados. A análise de agrupamento hierárquico (AAH) possibilitou a formação de grupos e indicou que a distribuição de metais pesados nos solos do ES pode ser explicada principalmente pelo tipo de relevo (geomorfologia) e pela geologia. A análise discriminante (AD) possibilitou avaliar o grau de acerto na distribuição das amostras entre os grupos, e também permitiu alocar novas amostras nos grupos previamente formados, a partir das funções de classificação. Os VRQ foram obtidos a partir do percentil 75 e 90 da distribuição de freqüência dos resultados analíticos se encontram próximos ou abaixo daqueles obtidos para o Estado de São Paulo e para solos brasileiros. Os valores correspondentes aos percentis 75 e 90 obtidos para o conjunto de 56 amostras de solo podem ser considerados os VRQ´s ou backgroud. Os VRQ obtidos para solos do Espírito Santo a partir do percentil 75 e 90 para os seguintes metais pesados em mg kg-1 são: As (< 12,83 14,28), Cd ( < 0,13), Co (10,21 14,56), Cr (54,13 68,81), Cu (5,91 10,78), Mn (137,80 253,01), Mo (1,74 3,36), Ni (9,17 17,22), Pb (< 4,54 8,92), Ti (8775,97 10188,89), V (109,96 129,35) e Zn (29,87 49,32). A adoção de VRQ´s obtidos para grupos de solos tem a vantagem de representar convenientemente as situações anômalas. Obviamente, esses valores tornam menos complexa e laboriosa a gestão das áreas contaminadas ou suspeitas de contaminação. Portanto, sugere-se que os maiores e menores valores dos percentis 75 e 90 obtidos para os diferentes grupos sejam considerados a flutuação do background ou a faixa de Valores de Referência de Qualidade para metais pesados nos solos das Bacias Hidrográficas do Riacho, Reis Magos e Santa Maria da Vitória no Estado do Espírito Santo.
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    Gênese, classificação e mapeamento de solos desenvolvidos de rochas pelíticas em áreas cultivadas com eucalipto em Minas Gerais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2008-07-22) Pereira, Thiago Torres Costa; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Ker, João Carlos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763842Z5; http://lattes.cnpq.br/8278516582581479; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723204Y8; Chagas, César da Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785135D2
    Em virtude da demanda por áreas cultiváveis tornar-se muito grande nos últimos anos, áreas ocupadas por solos até então tidos como marginais ao aproveitamento agrícola estão sendo reavaliadas e estudadas visando seu aproveitamento com plantios florestais, a exemplo dos Cambissolos desenvolvidos de rochas pelíticas do Grupo Bambuí. Em razão da expressividade destes solos, normalmente associados a Latossolos, selecionou-se as áreas das Fazendas Olhos d`Água e Cachoeira, pertencentes à empresa V&M Florestal (Curvelo - MG), cujos principais objetivos foram: estudar as características físicas, químicas e mineralógicas dos solos; compreender os processos pedogenéticos atuantes; mostrar a distribuição espacial dos solos por meio de mapeamento semi- detalhado na escala 1:20.000. As amostras de solos (LVA, LV e CX) foram submetidas às análises físicas e químicas de rotina, retenção de água, digestão total e sulfúrica, e análises mineralógicas. De acordo com os resultados, constatou-se que os CX das Fazendas Olhos d Água e Cachoeira apresentaram teores médios de silte de 40 e 54 %, respectivamente, com textura variando de argilo-siltosa a franco-argilo-siltosa. São ácidos, distróficos e álicos. Podem apresentar linhas de pedra em diferentes profundidades e estão normalmente associados a topografias mais movimentadas. Algumas características observadas nos CX, como direção horizontalizada do material de origem, elevados teores de silte e de densidade do solo, predomínio de caulinita e ilita na fração argila, consistência dura ou muito dura quando secos, e estrutura em blocos subangulares fracamente desenvolvida, estimulam a formação de selamento superficial e erosão laminar acentuada, contribuindo para a queda de qualidade dos sítios florestais nas áreas de ocorrência destes solos. A menor capacidade de retenção de água pelos materiais dos horizontes A e Bi dos CX, associada à baixa condutividade hidráulica, à pouca espessura do solum e maior dificuldade de infiltração de água em razão da topografia e do selamento superficial, parece ser indicativo de menor capacidade de recarga hídrica nas áreas onde ocorrem (CX), podendo contribuir para a depreciação na qualidade dos sítios florestais. Resultados de Ki em torno de 2,0 para os CX indicam menor pedogênese e maior proporção de caulinita e ilita na fração argila, comparativamente aos Latossolos. Nesta fração, foram constatadas também gibbsita e VHE. A fração silte revelou a presença principalmente de mica e quartzo e a fração areia, basicamente quartzo, confirmando a baixa reserva de nutrientes nas frações grosseiras. Todos os LVA e LV são ácidos, distróficos, na maioria álicos, e de textura argilosa ou muito argilosa. Apresentam estrutura geralmente do tipo blocos subangulares e consistência variando de ligeiramente dura a dura quando secos. Os LV apresentaram menores teores de silte do que os LVA, 23 e 31%, respectivamente, indicando maior intemperização, ainda que os resultados de Ki sejam semelhantes entre estas duas subordens. São profundos, podendo apresentar linha de pedra, em geral, abaixo de 150 cm. Na fração argila dos Latossolos foram constatadas caulinita, ilita, gibbsita, e VHE. A presença de gibbsita parece ser maior do que a constatada na fração argila dos CX, a inferir-se pelos resultados do Ki, em torno de 1,4. A fração silte revelou a presença principalmente de quartzo e mica e a fração areia, basicamente quartzo. Ainda que não existam diferenciações químicas e físicas marcantes entre os Latossolos, constatou-se nos perfis P8 e P10, ambos LV, magnetização considerável na fração areia, cuja difratometria de raios-X confirmou a presença de magnetita. Diferentemente de todos os LV do presente estudo, o P10 se destacou pela ocorrência de teores de Fe2O3 da digestão sulfúrica de 22 dag kg-1 para os horizontes A e Bw.