Solos e Nutrição de Plantas

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    Produção de mapas de vulnerabilidade de solos e aqüíferos à contaminação por metais pesados para o estado de Minas Gerais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2007-03-09) Lima, Carlos Eduardo Pacheco; Ker, João Carlos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763842Z5; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703656Z4; Fontes, Maurício Paulo Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721443T4; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4737807U4; Fontes, Luiz Eduardo Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783256H7; Horn, Adolf Heinrich; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787247T7
    O estudo da vulnerabilidade de ambientes à contaminação por compostos químicos apresenta-se hoje como uma importante ferramenta para tomada de decisões referentes ao uso, ocupação e manejo dos solos e aquíferos. Em sistemas tropicais úmidos, onde o manto de intemperismo é profundo e bem desenvolvido, a reatividade do solo torna-se mais importante do que a permeabilidade dos mesmos quando se trata das principais classes taxonômicas de ocorrência. Dessa forma, está sendo proposto nesse trabalho que mapas de vulnerabilidade de solos sejam incorporados na análise do índice final de vulnerabilidade de aqüíferos DRASTIC. Foram realizadas correções e melhoramentos no mapeamento da vulnerabilidade dos solos à contaminação por metais pesados para o estado de Minas Gerais e o mapeamento de vulnerabilidade de aqüíferos à contaminação por esses elementos utilizando o método DRASTIC modificado por PISCOPO (2001). As principais modificações com relação ao mapa de vulnerabilidade dos solos foram: (1) aumento no número de perfis registrados de 178 para 329 e posterior utilização dos mesmos gerando maior confiabilidade nos resultados obtidos, (2) modificação da forma de definição do índice para solos pouco desenvolvidos como os NEOSSOLOS LITÓLICOS e (3) construção de um banco de dados único para os solos do estado de Minas Gerais. Os resultados mostram que solos férricos e perférricos apresentaram menor vulnerabilidade, o que indica que a fração oxídica foi a principal responsável por esse fato. Essas manchas se concentram no sul do estado, triângulo mineiro e quadrilátero ferrífero. Já para vulnerabilidade de aqüíferos, os resultados mostram que aqüíferos porosos e cársticos como os sistemas Urucuia-Aerado (cretáceo e cenozóico), Bauru- Caiuá (paleozóico) e Bambuí (proterozóico) apresentaram maiores vulnerabilidades. No caso do sistema aqüífero Bambuí os resultados mostram que áreas onde materiais pelíticos e metapelíticos são encontrados apresentaram menor vulnerabilidade enquanto que áreas cársticas apresentaram vulnerabilidade elevada. O sistema aqüífero escudo oriental apresentou maiores vulnerabilidades a leste graças à grande recarga associada, à vunerabilidade média dos solos à contaminação por metais pesados e ao meio geológico extremamente fraturado constituído de granitos e gnaisses do Arqueano. Os menores índices de vulnerabilidade nesse sistema aqüífero foram encontrados para regiões com relevo muito acidentado, sobretudo áreas de Quartzito, nas serras do Espinhaço, Canastra e Saudade. Já o sistema qüífero Serra-Geral, de idade Paleozóica, apesar do extremo fraturamento, apresentou junto à grande proteção proporcionada pelos solos que o cobrem os menores índices de vulnerabilidade.
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    Disponibilidade de micronutrientes em solos e sua correlação com teores foliares em povoamentos jovens de eucalipto
    (Universidade Federal de Viçosa, 2007-10-19) Sequeira, Cleiton Henrique de; Novais, Roberto Ferreira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783732H4; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; Fontes, Renildes Lúcio Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781182P3; Martinez, Hermínia Emília Prieto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788276P4; Paiva, Haroldo Nogueira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788177J6
    O eucalipto é a essência florestal que se destaca no Brasil em área plantada, com 3,4 milhões de hectares. A utilização do solo em sucessivas rotações, a elevada produtividade e a plantação de clones contribuem para o aparecimento de sintomas de deficiência de micronutrientes como Cu, Mn, Fe e Zn. Este trabalho teve por objetivos: 1) avaliar a disponibilidade de Cu, Mn, Fe e Zn para eucalipto em diferentes solos do Estado de Minas Gerais; 2) correlacionar o estado nutricional das plantas com a capacidade de suprimento de nutrientes e características do solo; 3) avaliar o estado nutricional de diferentes clones. Amostras de solo de 0 a 20 cm de profundidade, e de folhas nas posições proximais e distais de ramos na posição mediana do terço basal (B1 e B2, respectivamente), e nas posições proximais e distais de ramos na posição mediana do terço apical da copa de árvores de eucalipto (A1 e A2, respectivamente) foram coletadas em plantios em seis regiões do Estado de Minas Gerais. No solo, foram determinados os teores de carbono orgânico total e de argila, pH e os teores de Cu, Mn, Fe e Zn extraídos por Mehlich-1, Mehlich-3 e DTPA. Nas folhas, foram determinados os teores de Cu, Mn, Fe e Zn. Os maiores teores de Cu, Mn, Fe e Zn do solo foram obtidos com os extratores Mehlich-1 e Mehlich-3 e os menores com DTPA. Os teores de Cu, Fe e Zn pelos extratores Mehlich-1 e Mehlich-3 apresentaram alta correlação entre si, e dependentes da estratificação dos solos em classes texturais. O Mehlich-1 foi o melhor extrator na avaliação da disponibilidade dos micronutrientes, de modo geral. Os teores de Cu, Mn e Zn nas folhas apresentaram correlação significativa e positiva com os teores de Cu, Mn e Zn pelos três extratores, enquanto que os de Fe correlacionaram-se negativamente com os teores disponíveis pelos extratores Mehlich-1 e Mehlich-3, e não mostraram correlação significativa com os do DTPA. A melhor correlação para Cu, Fe e Zn foi obtida com folhas da posição B1, e para Mn com folhas da posição A1. Os teores de carbono orgânico total e argila e o pH do solo, quando considerados juntamente com o teor dos micronutrientes catiônicos no solo, contribuíram para aumentar significativamente o poder dos modelos em estimar o teor foliar desses nutrientes. Nos modelos de regressão múltipla, os teores foliares de Cu e de Fe correlacionaram-se positivamente com os teores de matéria orgânica e argila, o teor foliar de Mn correlacionou-se negativamente com o teor de matéria orgânica e com o pH do solo. No caso do Zn, não houve melhora significativa dos modelos originais com a inclusão dessas propriedades. A inclusão dessas propriedades fez com que os resultados para Mehlich-3 e DTPA se aproximassem daqueles do Mehlich-1 na predição dos teores foliares dos micronutrientes. Os clones de Eucalyptus urophylla, Eucalyptus grandis, Eucalyptus camaldulensis, híbridos de Eucalyptus urophylla x Eucalyptus grandis, e híbridos de Eucalyptus camaldulensis x Eucalyptus urophylla não se diferenciaram quanto aos teores foliares de Cu, Mn, Fe e Zn, e um modelo geral para Eucalyptus foi adotado para correlacionar teores foliares com teores no solo. Os resultados deste estudo indicam a necessidade de se considerarem às características de solo na estimativa dos teores foliares de micronutrientes catiônicos para o eucalipto.
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    Produtividade do cafeeiro em resposta ao manejo da calagem e gessagem em Latossolo de Cerrado
    (Universidade Federal de Viçosa, 2007-04-03) Camilo, Nilza de Fátima Pereira; Novais, Roberto Ferreira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783732H4; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Venegas, Victor Hugo Alvarez; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727865T0; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4712379A0; Fontes, Renildes Lúcio Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781182P3; Martinez, Hermínia Emília Prieto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788276P4
    A cafeicultura de Minas Gerais está implantada, em sua maior parte, em solos de Cerrado, predominantemente em Latossolos, com aplicação de calcário em área total ou em faixas. Os objetivos deste trabalho foram comparar a produtividade do cafeeiro em resposta os diferentes manejos, determinar doses de calcário de máxima eficiência econômica (MEE) e as taxas de recuperação de Ca2+ e de Mg2+ nas análises de solo, para diferentes profundidades. Os fatores em estudo foram: uso de calcário ou calcário e gesso, divididos em duas estratégias de aplicação em área total ou faixa, que pela reposição de calcário ou calcário e gesso resultaram em oito manejos: quatro em área total (calagem sem reposição (CATSR); calagem e gessagem sem reposição (CGATSR); calagem e gessagem com reposição de doses proporcionais às de plantio (CGATRPP) e calagem e gessagem com reposição correspondente à necessidade de calagem (CGATRNC)) e quatro em faixa (calagem com reposição de doses proporcionais às de plantio (CFRPP); calagem e gessagem com reposição de doses proporcionais às de plantio (CGFRPP); calagem com reposição correspondente à necessidade de calagem (CFRNC) e calagem e gessagem com reposição correspondente à necessidade de calagem (CGFRNC)) e seis doses de calcário (em área total foram de 0,0 a 2,4 NC e, em faixa de 0,0 a 1,5 NC). Na definição dos tratamentos, utilizou-se a matriz experimental mista, Baconiana com Fatorial [(21 + 2) + 21)], em que (21 + 2) correspondem a tratamentos que receberam aplicação em área total e os outros 21 em faixa. Os tratamentos foram distribuídos em blocos casualizados com três repetições. Cada parcela útil constou de duas fileiras, com quatro plantas por fileira. O manejo CFRNC foi a melhor opção visando obter maior rendimento pela calagem com menor investimento. Apesar dos resultados indicarem, de forma geral, maior elevação do pH, maior redução dos teores de Al3+ e maior elevação dos teores de Ca2+ e de Mg2+ no solo nos diferentes manejos em relação à testemunha, em média, não houve diferença significativa na produtividade de café entre os manejos. As taxas de recuperação de Ca2+ em relação às de Mg2+ inicialmente foram semelhantes, tanto em área total como em faixa, posteriormente as de Ca2+ foram maiores. As taxas de recuperação de Ca2+ e de Mg2+ decresceram em profundidade. Nas doses de MEE os valores de pH foram muito baixos a baixos; os teores de Al3+ variaram de médio a alto e os teores de Ca2+ e de Mg2+ ficaram muito baixos a baixos. Nas folhas os teores de Ca e de Mg ficaram, consistentemente, abaixo da faixa de suficiência.
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    Resistência do arroz à mancha-parda mediada por silício e manganês
    (Universidade Federal de Viçosa, 2007-03-20) Zanão Júnior, Luiz Antônio; Rodrigues, Fabrício de ávila; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4709080E6; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Fontes, Renildes Lúcio Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781182P3; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4773958D7; Korndörfer, Gaspar Henrique; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721188P3; Martinez, Hermínia Emília Prieto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788276P4; Pereira, Olinto Liparini; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4767879D4
    As doenças das plantas são responsáveis pela redução significativa da produção de alimentos no mundo. Para o seu controle, cada vez mais são utilizados defensivos agrícolas que podem causar problemas ambientais, econômicos e sociais, havendo a necessidade de se buscar alternativas de controle menos agressivas ao socioecossistema. A nutrição adequada da planta, com enfoque nos elementos mais promissores para o aumento da resistência das plantas às doenças como o Si e o Mn, é uma dessas alternativas. Utilizando plantas de arroz cultivadas sob diferentes doses de Si e Mn objetivou-se com este trabalho: a) avaliar o acúmulo de massa da matéria seca de plantas, ângulo de inserção foliar e teores e acúmulo de macronutrintes, micronutrientes catiônicos e Si nas raízes, bainhas e folhas, b) avaliar a espessura das epiderme abaxial e adaxial das folhas c) avaliar o acúmulo de compostos fenólicos solúveis e lignina nas folhas de plantas inoculadas e não inoculadas com o fungo Bipolaris oryzae, causador da mancha-parda do arroz e d) avaliar o efeito de Si e Mn na resistência do arroz a esta doença. Em 4 experimentos em solução nutritiva, delineamento em blocos casualizados, os tratamentos foram dispostos em esquema fatorial 2 x 3 (0 e 2 mmol L-1 Si; 0,5; 2,5 e 10 µmol L-1 Mn), com 5 repetições. Cada unidade experimental foi composta de um vaso plástico com 4 L de solução nutritiva, com 6 plantas de arroz (cv. Metica-1). No primeiro e segundo experimentos não ocorreu a inoculação das plantas com o fungo (B. oryzae) e foram determinados a massa da matéria seca das folhas, bainhas e raízes e o teor e acúmulo de macronutrientes, micronutrientes catiônicos e Si nestes três componentes das plantas, aos 45 dias após a germinação. Adicionalmente, foram feitos estudos anatômicos para de determinar a espessura da epiderme adaxial e abaxial. No terceiro experimento as plantas foram inoculadas com o fungo aos 45 dias após a germinação determinando-se o período de incubação; lesões cm-2 de folha; severidade e área abaixo da curva de progresso da doença. No quarto experimento determinou-se o acúmulo foliar de compostos fenólicos solúveis totais e lignina em plantas inoculadas e não inoculadas com o fungo. Foi feita a análise de variância dos dados (Teste F, 5% e 1% de significância) e o ajuste de equações de regressão para as respostas às doses de Mn, dentro de cada nível de Si. Verificou-se efeito positivo significativo do Si em todas as variáveis avaliadas relacionadas à produção de massa seca do arroz, arquitetura da planta, componentes de resistência às doenças e acúmulo/teores de macronutrientes, micronutrientes catiônicos e Si nas raízes, bainhas e follhas e espessura da epiderme adaxial e abaxial. Com a adição do Si, houve aumento na produção de massa seca de raízes, bainhas e folhas, espessura da epiderme foliar e menor ângulo de inserção foliar que conferiu melhoria na arquitetura da planta. Quanto à resistência do arroz à mancha-parda, o Si proporcionou prolongamento no período de incubação da doença em aproximadamente 9 h, aumento no acúmulo de compostos fenólicos solúveis e lignina nas folhas inoculadas e redução na severidade da mancha-parda em até 96%, reduzindo também o número de lesões cm-2 e a área abaixo da curva do progresso da doença. Houve efeito significativo do Mn para a maioria das características avaliadas, porém, isso ocorreu apenas na ausência de Si na solução nutritiva.
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    Pedogênese de espodossolos em ambientes da formação Barreiras e de restinga do sul da Bahia
    (Universidade Federal de Viçosa, 2007-02-27) Oliveira, Aline Pacobahyba de; Silva, Ivo Ribeiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799432D0; Fontes, Maurício Paulo Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721443T4; Ker, João Carlos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763842Z5; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4735062A2; Fernandes, Raphael Bragança Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728400J8; Andrade, Felipe Vaz; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761472U5
    Em áreas do Barreiras e de restinga do sul da Bahia é comum a ocorrência de Espodossolos muito diferenciados morfologicamente. No domínio dos sedimentos da Formação Barreiras dessa região é comum a observação de um ambiente edafologicamente diferenciado, localmente chamado de muçununga , o qual ocorre em áreas deprimidas dos Tabuleiros Costeiros, e que alagam no período chuvoso. Nessas muçunungas observam-se Espodossolos com horizonte E (muçunungas brancas) e sem este horizonte (muçunungas pretas) que apresentam características diferenciadas entre si e em relação àqueles encontrados na restinga. Em razão da pequena quantidade de trabalhos realizados sobre os Espodossolos do Brasil existe a necessidade de conhecer suas características físico-químicas para melhor compreensão de sua gênese nestes ambientes. Assim, com o objetivo de caracterizar química, física e mineralogicamente e avaliar as possíveis diferenças nos processos de formação dos Espodossolos do Barreiras e da restinga no extremo sul da Bahia, foram descritos e coletados oito perfis de solos com materiais espódicos e realizadas análises químicas como extrações seletivas de ferro e alumínio pelo ditionito-citrato-bicarbonato de sódio (DCB), oxalato de amônio e pirofosfato de sódio, caracterização e fracionamento da matéria orgânica e extração de ácidos orgânicos de baixa massa molecular, mineralógicas, através da difratometria de raios-x nas frações argila, silte e areia dos horizontes espódicos dos solos estudados, e física para caracterização textural. Foi feita, também na fração areia grossa, a análise de visualização e obtenção de fotografias por microscopia ótica. No ambiente Barreiras, os Espodossolos apresentaram fragipã abaixo dos horizontes espódicos. As muçunungas brancas apresentaram horizonte B espódico cimentado, enquanto as pretas possuem estrutura pequena granular e coloração escura desde a superfície. Os solos apresentam textura arenosa e aumento dos teores de argila nos horizontes espódicos. São solos ácidos, distróficos e álicos. A CTC, dominada por H + Al, é representada basicamente pela matéria orgânica. Os resultados obtidos pelo ataque sulfúrico à TFSA mostram teores de sílica relativamente mais elevados nos fragipãs dos perfis e baixos teores de Fe e Al sugerindo destruição de argila dos Argissolos Amarelos coesos que ocorrem circundando os Espodossolos em áreas do Barreiras. Os solos apresentam acúmulo de matéria orgânica, principalmente ácidos fúlvicos e ácidos húmicos, e óxidos de Al e Fe nos horizontes B espódicos. A participação do Al é mais marcante em relação ao Fe no processo de podzolização, bem como a de formas mal cristalizadas em relação àquelas de melhor cristalinidade. Assim, A coloração parda e escura verificada nesses solos parece estar mais relacionada aos compostos orgânicos do que aos óxidos de ferro. Na análise de determinação de ácidos orgânicos de baixa massa molecular constatou-se a ocorrência dos ácidos acético, butírico, succínico, málico, malônico, tartárico, oxálico e cítrico, sendo o acético, butírico e succínico os de valores mais expressivos, que podem estar contribuindo para o processo de formação dos Espodossolos ao promover, junto à outros materiais orgânicos, a solubilização e translocação de íons ao longo do perfil, favorecendo o acúmulo de complexos organometálicos em profundidade e, assim, a formação e o desenvolvimento dos horizontes B espódicos. Os principais componentes da fase mineral da fração argila dos horizontes espódicos são os minerais caulinita e, possivelmente, vermiculita com hidróxi entre camadas (VHE), este último em quantidades muito pequenas. Quartzo, mica e traços de caulinita foram observados na fração silte e apenas quartzo na fração areia. Foram constatadas diferenças químicas, físicas, morfológicas e mineralógicas entre os Espodossolos da Formação Barreiras e os da restinga. As muçunungas pretas e brancas apresentaram apenas diferenças morfológicas e químicas entre si.
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    Caraterização de Pó de Despoeiramento da Fabricação de Ligas de Manganês e Avaliação de seu Potencial Agronômico
    (Universidade Federal de Viçosa, 2007-08-27) Cunha, Fernando de Jesus; Dias, Luiz Eduardo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788182U8; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; Fontes, Renildes Lúcio Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781182P3; http://lattes.cnpq.br/6437601476755221; Mello, Jaime Wilson Vargas de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4789445D2; Matos, Antonio Teixeira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783529H2
    O Pó de Despoeiramento (PD) é um resíduo sólido industrial proveniente dos processos da metalurgia do minério de manganês (Mn). Este material contém concentração significativa de Mn. A unidade industrial responsável pela produção de aproximadamente 2000 toneladas/mês de PD s é a Rio Doce Manganês (RDM), empresa do grupo da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), atualmente, Companhia VALE. Os PD s foram caracterizados quimicamente (etapa 1) e em seguida, avaliados como fonte de Mn para plantas de soja (Glicine max L.), da variedade Conquista e plantas de eucalipto (Eucalyptus globulus), do híbrido Urograndis, em casa de vegetação (etapa 2). Para a etapa 1 da pesquisa, foram escolhidos dez materiais de PD s coletados nas unidades industriais de Barbacena/MG, Ouro Preto/MG, Salvador/Ba e Corumbá/MS, respectivamente. As amostras de PD s foram analisadas segundo os procedimentos de lixiviação e solubilização de resíduos sólidos (ABNT NBR 10005 e 10006, 2004). Os teores de metais dos PD ́s foram quantificados por meio de espectrometria em emissão ótica com plasma acoplado induzido (ICP-OES) e espectrometria por absorção atômica (AAS). Em seguida, foi realizado o experimento em casa de vegetação (etapa 2), utilizando-se amostras de dois Latossolos (LVa), um argiloso (TG) e outro arenoso (TM), das cidades Viçosa/MG e Três Marias/MG, respectivamente. Como fontes de Mn, foram avaliadas amostras dos PD s in natura proveniente de cinco unidades industriais da RDM/CVRD e dois fertilizantes preparados a partir dos PD s: o sulfato de manganês (SM-PD) e o óxido de manganês (OM- PD). Foi incluído como tratamento controle um outro fertilizante sulfato de manganês comercial (SM-Com). Os materiais foram aplicados em quantidade equivalente às doses 0,0; 2,5; 5,0; 7,5 e 30,0 mg kg -1 de Mn, com exceção do OM-PD aplicado apenas nas doses 2,5 e 30,0 mg kg -1 de Mn. As plantas foram coletadas e secas em estufas com ventilação forçada de ar quente. Em seguida, determinaram-se os teores de P, Mn, Zn, Cu, Fe, Cr, Ni, Ti e Se, com ixextração de ácido nítrico e perclórico (3:1), por espectrometria de emissão óptica com plasma acoplado induzido (ICP-OES). Os dados foram submetidos à análise de regressão linear múltipla, avaliando-se a produção da massa de matéria seca, concentração e acúmulo dos elementos químicos na parte aérea e raízes das plantas de soja e eucalipto. Os resultados obtidos com os extratos solubilizados (etapa 1), apresentaram teores de As, Pb, Se, Hg, Mn, Fe e Al em valores acima dos limites máximos estabelecidos pela ABNT (Anexo G, ABNT NBR 10004, 2004). Por outro lado, os teores de metais encontrados nos extratos lixiviados não resultaram em valores elevados, segundo a referida norma. Não houve resposta significativa com as fontes de Mn aplicadas nos tratamentos, no que diz respeito à produção da massa de matéria seca das plantas de soja e eucalipto (etapa 2). Não houve também, acúmulo de metais pesados nos tecidos das mesmas em níveis que representassem qualquer risco ao seu desenvolvimento. Os PD s in natura disponibilizaram Mn às plantas cultivadas, em quantidades comparáveis às liberadas ao SM-PD, OM- PD e o SM-Com. Conclui-se que, tanto os PD s in natura, quanto aos materiais produzidos a partir dos PD s (SM-PD e OM-PD) foram eficientes como fontes de Mn às plantas de soja e eucalipto cultivadas em casa de vegetação. Os resultados obtidos indicam que o uso do PD pode ser viável, como fonte de Mn para a indústria de fertilizantes.
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    Condutividade hidráulica, porosidade e resistência à penetração em Latossolos artificialmente compactados
    (Universidade Federal de Viçosa, 2007-02-23) Romero, Euriel Millán; Fernandes, Raphael Bragança Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728400J8; Costa, Liovando Marciano da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787252H9; Ruiz, Hugo Alberto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783550T5; Jucksch, Ivo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723123H4; Sans, Luiz Marcelo Aguiar; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787518J6
    A compreensão e a quantificação do impacto do uso e manejo do solo na sua qualidade física, como a prevenção da compactação, são fundamentais no desenvolvimento de sistemas agrícolas sustentáveis. Foram objetivos deste trabalho, realizado com amostras de um Latossolo Vermelho argiloso e um Latossolo Vermelho Amarelo muito argiloso, quantificar a condutividade hidráulica em meio saturado, a macro e a microporosidade em resposta ao índice de compactação (IC), definido pela relação entre a densidade do solo e a densidade máxima determinada pelo ensaio de Proctor. Também quantificar a resistência à penetração, em resposta ao IC e ao potencial da água do solo, e calcular o intervalo hídrico ótimo (IHO), visando sua utilização como indicador da qualidade física do solo. O IHO é uma área delimitada por relações de quatro variáveis dependentes com a densidade do solo: porosidade de aeração, conteúdo de água base volumétrica determinada a -100 hPa e a -15.000 hPa e conteúdo de água base volumétrica que permite manter a resistência à penetração num valor prefixado i. As unidades experimentais foram cilindros de solo artificialmente compactados para atingir IC no intervalo de 0,70 a 1,00. A resistência à penetração foi determinada, adicionalmente, no intervalo delimitado pelos potenciais extremos de -60 e -15.000 hPa. Os resultados experimentais permitiram concluir que: a condutividade hidráulica e a macroporosidade são reduzidas com o incremento do IC e o incremento da microporosidade é inferior à diminuição da macroporosidade em resposta à compactação; a resistência à penetração aumenta com o incremento da compactação e a diminuição do potencial da água do solo. O LVA, com maior conteúdo de água nos potenciais de trabalho, apresentou menores valores de resistência à penetração e diferenças menos acentuadas, em resposta ao potencial, que o LV; a determinação do IHO é complemento adequado para diminuir perdas de produtividade em resposta à compactação, por estabelecer limites de restrição à aeração do sistema radicular e de resistência do solo ao crescimento das raízes; a convergência de resultados é indicativa da importância do uso de valores relativos, como o IC, na comparação de características de solos, em que os valores absolutos apresentam acentuada divergência; o IC na faixa de 0,70 a 0,85 não oferece restrições ao crescimento das plantas. Valores superiores indicam, inicialmente, restrições à aeração do solo e, quando na faixa de 0,95 a 1,00, impedimento ao crescimento de raízes pela resistência à penetração.
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    Mudanças na matéria orgânica do solo causadas pelo tempo de adoção de um sistema agrossilvopastoril com eucalipto
    (Universidade Federal de Viçosa, 2007-08-01) Vergütz, Leonardus; Silva, Ivo Ribeiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799432D0; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; Novais, Roberto Ferreira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783732H4; http://lattes.cnpq.br/1282294478259902; Costa, Maurício Dutra; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728228J5; Jucksch, Ivo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723123H4
    A matéria orgânica do solo (MOS) é a principal propriedade indicadora da sustentabilidade de um sistema de cultivo, principalmente em solos sob condições tropicais. Além disso, ela é o maior compartimento de C orgânico no ciclo global deste elemento, sendo extremamente importante para a manutenção dos seus estoques no ambiente. Sistemas agrossilvopastoris (SASPs) representam práticas de manejo agroflorestal que têm como principal objetivo permitir maior diversidade e sustentabilidade do sistema. Sendo assim, espera-se que eles mantenham ou até mesmo elevem os estoques de carbono (C) do solo, quando comparados a uma área sob vegetação nativa, que neste caso é o Cerrado. Uma medida para se comparar sistemas produtivos é o índice de manejo do C (IMC) proposto por Blair et al. (1995), que compara sistemas produtivos com relação à área de referência. Para isso esse índice se baseia em medida não muito confiável de labilidade do C (C oxidável por permanganato de potássio). Os objetivos deste trabalho foram estudar o impacto dos SASPs de cultivo do eucalipto em diferentes frações de C e de N da MOS, como variável do tempo de implantação dos SASPs, tendo a área de vegetação nativa como referencial (Cerrado). Adicionalmente, propõe-se modificação no IMC proposto por Blair et al. (1995). Para isso, foi amostrada uma cronosseqüência composta por seis tempos de implantação dos SASPs, onde o tempo zero foi representado pela área de referência (Cerrado) e os demais com dois, três, quatro, sete e dez anos de implantação. Foram coletadas amostras de solo das camadas de 0-10, 10- 20, 20-40, 40-60 e 60-100 cm, na linha e na entre-linha de cultivo do eucalipto. Foi feita a caracterização física e química desses solos, assim como as determinações de C orgânico total (COT), N total (NT), C na matéria orgânica leve (MOL), N na MOL e C oxidável por permanganato de potássio, como uma medida de labilidade do C (CL). A partir desses dados foram calculados o IMCCL, proposto por Blair et al. (1995) e o IMCCMOL, que é o índice modificado. Os estoques de COT apresentaram perda inicial de C para as camadas superficiais de 0-10 e 10-20 cm na linha e 0-10 e 20-40 cm na entre-linha, com tendência de recuperação ao final do ciclo (dez anos). As camadas mais profundas (60-100 cm), tanto para a linha quanto para a entrelinha, apresentaram acúmulo inicial de C, sendo maior na linha de plantio do que na entre-linha. Porém, esse acúmulo não foi sustentável e as perdas de C nessa camada foram maiores quanto maior for o ciclo. Para o estoque total de C na camada de 0-100 cm, o manejo da linha de plantio manteve os estoques de COS, enquanto na entre-linha há tendência de perda inicial de C num primeiro momento, sem que esses níveis retornem aos originais (Cerrado) no final do décimo e último ano analisado. As principais mudanças nos estoques de NT ocorreram nas camadas mais profundas (20-40 e 60-100 cm). Nestas camadas, após perda acentuada de N, houve tendência de acúmulo desse elemento ao longo do tempo de implantação dos SASPs. Porém esse acúmulo não foi sustentável e ao final do período estudado esses valores eram menores que os originais (Cerrado). Essa mesma tendência foi observada para o estoque de N na camada de 0-100 cm, sendo que para a entre-linha de plantio essas alterações foram mais acentuadas. A fração da MOL foi a que apresentou as maiores alterações, confirmando sua sensibilidade a alterações de manejo. As perdas de C e N da MOL também foram maiores para a entre-linha de plantio de eucalipto do que para a linha. O C lábil (CL), assim como o índice calculado a partir dele (IMCCL) não possibilitaram ajustes dos seus resultados como variável do tempo de implantação dos SASPs. Entretanto o IMC modificado, calculado a partir do C da MOL (IMCCMOL), apresentou bons ajustes para todas as camadas estudadas. Além disso, apresentou correlação mais elevada com o COT, mostrando-se mais indicado para a comparação dos sistemas de manejo estudados. A partir dos resultados desse estudo pode-se perceber a importância de se estudar camadas mais profundas de solo, já que essas camadas podem apresentar perdas de C significativas e de difícil recuperação. A implantação dos SASPs acarretou diminuição dos estoques de COT das camadas superficiais, sendo que o tempo necessário para a recuperação dos estoques originais está além do período de tempo máximo estudado. A fração mais sensível ao manejo adotado foi a MOL livre.
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    Caracterização pedológica de arqueo-antropossolos no Brasil: sambaquis da Região dos Lagos (RJ) e terras pretas de índio na região do baixo rio Negro/Solimões (AM)
    (Universidade Federal de Viçosa, 2007-08-13) Corrêa, Guilherme Resende; Oliveira, Maria Cristina Tenório de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783506H4; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703656Z4; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723204Y8; http://lattes.cnpq.br/6331488245672722; Ker, João Carlos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763842Z5; Lima, Hedinaldo Narciso; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794101U0
    Dentre os chamados solos antropogênicos, o presente estudo enfoca os Arqueo-antropossolos. Estes mostram grau de pedogênese bastante avançado, possuindo testemunhos de sua origem antrópica, na forma de atributos químicos, mineralógicos e feições micromorfológicas. Encontram-se, ainda, restos de cerâmicas (para os povos ceramistas), restos de conchas e esqueletos (onde o pH é mais elevado) e outros materiais de difícil degradação, como instrumentos da indústria lítica ou restos parcialmente carbonizados. Esses solos originaram se através de atividades antrópicas em períodos Pré-históricos, remontando testemunhos culturais ainda pouco conhecidos, nos quais os estudos pedológicos podem auxiliar na reconstituição de seu ambiente de formação. Os Arqueo-antropossolos mais expressivos do Brasil são encontrados principalmente na região amazônica, onde podem ocupar áreas de algumas dezenas de hectares, com espesso horizonte de solo alterado e elevada fertilidade em comparação aos solos do entorno, sendo conhecidos regionalmente como Terra Preta de Índio. Nas regiões costeiras ou em antigos sistemas fluvio-marinhos, ocorrem os Sambaquis, constituídos basicamente de grandes amontoados antrópicos de restos de conchas, submetidos a intensa pedogênese, sendo quimicamente muito ricos em P, Ca e Mg, principalmente. Com o intuito de desenvolver o conhecimento pedológico sobre os Arqueo-antropossolos, estudou-se os processos antrópicos e pedogenéticos que resultaram em alguns tipos de solos, relacionando-os à capacidade de suporte do meio, comparando-os e classificando-os através de sua caracterização física, química e microquímica. Foi verificado a manutenção de elevados valores de nutrientes por longos períodos nos solos de TPI, contrariando os padrões de fertilidade regionais esperados, devendo-se esses à existência de reservas em diferentes compartimentos ainda não totalmente degradados como: Ca e P presentes nas apatita biogênica, ainda encontradas no solo; K e Na presentes nos abundantes fragmentos de cerâmicas; Cu, Mn e Zn com boa estabilidade em associação a colóides orgânicos, abundantes em horizontes antrópicos. Nas TPI de várzea, muitos elementos de horizontes não antrópicos se sobrepõem aos antrópicos, ao contrário do que foi verificado nas TPI de terra firme, mesmo sem processo significativo de pedobioturbação e eluviação nas áreas de várzea, evidenciando a associação de materiais aportados da várzea na formação das TPI em área de terra firme.Os Arqueo- antrossolos de sambaquis apresentam como principais fontes de P e Ca tecido ósseo, carapaças de moluscos e espinhas de peixes, além de outras fontes mais prontamente disponíveis, não mais presentes no solo, como conteúdos menos densos e maciços (não ósseo) de moluscos, peixe e animais terrestres. Esses conteúdos, mais prontamente degradáveis, seriam os responsáveis pela elevação inicial dos valores de Ca e P, proporcionando um bloqueio à dissolução das formas de apatita de osso mais estáveis. Nos horizontes mais velhos (ocupações humanas mais remotas), o plasma do solo é composto principalmente por estrutura microgranular de fosfatos de cálcio neoformados.
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    Geoambientes, pedogênese e uso da terra no setor norte do Parque Nacional da Serra do Divisor, Acre
    (Universidade Federal de Viçosa, 2007-07-26) Mendonça, Bruno Araujo Furtado de; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723204Y8; Lani, João Luiz; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076P1; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703656Z4; http://lattes.cnpq.br/8081324794152785; Costa, Liovando Marciano da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787252H9; Simas, Felipe Nogueira Bello; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766936J5
    O Parque Nacional da Serra do Divisor, localizado na região do Alto Juruá, no extremo oeste do Estado do Acre, possui extensão territorial de 784.077 hectares coberta, em grande parte, por vegetação florestal primária, apresentando elevada biodiversidade. No presente trabalho, foram caracterizadas e mapeadas as unidades geoambientais e o uso da terra no setor norte do Parque (319.373 ha), bem como estudados aspectos pedogenéticos ao longo de uma topossequência na Serra do Divisor e solos aluviais do Rio Môa, no noroeste do Acre. Para a identificação, caracterização e delineamento das unidades geoambientais foram utilizados dados pedológicos, geomorfológicos e florísticos, obtidos do Zoneamento Ecológico-Econômico do Acre (2006), dados de altimetria da imagem SRTM (Shuttle Radar Topographic Mission), mosaico digital semi-controlado de aerofotos verticais, perfis de solos e observações de campo. O uso da terra foi mapeado e quantificado, por meio da imagem do satélite Landsat 5 TM de 2005 (bandas 5,4 e 3) e as aerofotos verticais, além das observações de campo. No estudo pedológico, foram analisados atributos físicos, químicos, mineralógicos e micromorfológicos dos solos da Serra do Divisor e várzea do Rio Môa, elucidando-se os fatores e os processos de formação desses solos no noroeste do Acre. Foram identificadas 9 unidades geoambientais, a saber: (i) Encostas e vales profundos florestados da Serra do Divisor em solos pouco desenvolvidos; (ii) Topos serranos com Floresta de Ceja sob solos arenosos; (iii) Encostas e Vales encaixados florestados com solos eutróficos; (iv) Planície Fluvial do Alto Rio Môa com solos eutróficos; (v) Vales do Alto Rio Môa com Florestas de Bambu sob solos eutróficos; (vi) Colinas e Tabuleiros Dissecados Florestados do Alto Rio Môa e Azul com solos eutróficos; (vii) Colinas e Tabuleiros Florestados com solos alumínicos; (viii) Planície Fluvial do Médio Rio Môa e afluentes com solos alumínicos e; (ix) Depósitos arenosos de sopé com Buritizais em solos distróficos. O uso da terra foi classificado em áreas com atividade agropecuária e áreas em regeneração, representando 1,15% e 0,43% do setor norte e entorno do PNSD, respectivamente. De modo geral, o Noroeste do Acre apresenta ambientes característicos da região Andina, destacando-se a Floresta de Ceja no topo da Serra do Divisor. Estas elevações constituem importantes ecossistemas com elevada biodiversidade, representando um grande atrativo para pesquisa científica e ecoturismo na região. O uso da terra prevalece nas margens dos rios, indicando atividades com baixo impacto. São necessários aprofundamentos no zoneamento do Parque, em razão do baixo impacto no uso da terra. Os solos da Serra do Divisor apresentam acúmulo expressivo de material orgânico nos horizontes superficiais, devido, em grande parte, à pobreza química do material de origem, com teores elevados de Al trocável, ou ainda, associado a uma cobertura vegetal de difícil decomposição. A textura arenosa destes solos, com elevada porosidade, associada à precipitação elevada da região, favorece a migração dos compostos orgânicos ligados a formas pouco cristalinas de Fe e Al. As descontinuidades sedimentológicas representam um fator dominante na gênese dos solos da várzea do Rio Môa. Estes solos apresentam evidências da presença de minerais 2:1 com hidroxi entrecamadas nos horizontes subsuperficiais.