Solos e Nutrição de Plantas
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Item Alterações nos teores e taxas de substituição do carbono de frações da matéria orgânica em solos cultivados com eucalipto(Universidade Federal de Viçosa, 2009-07-28) Schulthais, Fernanda; Silva, Ivo Ribeiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799432D0; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; Novais, Roberto Ferreira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783732H4; http://lattes.cnpq.br/5073093473103546; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Leite, Fernando Palha; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4797343U5A literatura apresenta muita controvérsia no que se refere ao aumento e, ou, diminuição dos estoques de C orgânico no solo ou de suas frações devido à implantação de espécies florestais. Nesse contexto, os métodos físicos de separação da matéria orgânica do solo (MOS), aliados à técnica de composição isotópica do C permitem o entendimento da alteração que o C sofre no solo e nos diferentes compartimentos da MOS, tais como a avaliação e quantificação das possíveis entradas de C por meio da cultura implantada e, também, das perdas que o novo cultivo causa ao C do solo oriundo da cultura anterior. Tudo isso é facilitado quando ocorre a substituição de vegetação C3 por C4 ou o contrário, visto que o metabolismo dessas plantas apresenta discriminação diferenciada do 13C, diferença que também ocorre no solo quando esses resíduos são nele aportados. Assim, o objetivo desse trabalho foi determinar as mudanças do C nas frações da MO em solos cultivados com eucalipto. Foram coletadas amostras em solos com eucalipto, pastagem e mata nativa nas camadas de 0-10, 10-20, 20-40, 40-60, 60-80 e 80-100 cm em quatro repetições. Os usos selecionados foram: mata nativa (MN), eucalipto na 5ª rotação (Euc. 5R), eucalipto na 1ª rotação aos cinco anos (Euc. 1R5A) e pastagem adjacente (Past. 1R5A) e também eucalipto na 1ª rotação aos dois anos (Euc. 1R2A) e pastagem adjacente (Past. 1R2A). As amostras coletadas foram submetidas a um fracionamento físico, dando origem a duas frações distintas: matéria orgânica particulada (MOP) e matéria orgânica associada aos minerais (MAM). Essas frações tiveram o C e a abundância natural de 13C analisados em espectrômetro de massas de razão isotópica de fluxo contínuo. Os dados foram analisados considerando-se um delineamento de amostragem, e, à partir das quatro repetições, foram obtidas as médias e os respectivos erros-padrão, para cada camada dos solos nos diferentes usos. Os teores de C foram, de modo geral, maiores nos solos sob a mata nativa, embora em algumas comparações esses valores tenham sido próximos daqueles sob o eucalipto e pastagem. Os teores de C do solo do Euc. 5R (Eucalipto na 5ª rotação) e Euc. 1R5A (Eucalipto 1ª rotação aos cinco anos de idade) foram menores que aqueles sob a MN (Mata nativa), enquanto para o solo sob o Euc. 1R2A (Eucalipto 1ª rotação aos doisanos de idade), esses teores foram semelhantes ou maiores para as primeiras camadas amostradas. Dentre os usos do solo amostrados, a MN e o Euc. 5R apresentaram os maiores teores de C na MOP. Os solos com o Euc. 1R5A, Euc. 1R2A e Past. 1R5A foram aqueles que apresentaram os maiores decréscimos dos teores de C nessa fração quando comparados à MN. A alteração do uso do solo acarretou aumentos expressivos nos teores de C da MAM em relação à MN, principalmente nas áreas sob o Euc. 1R5A, Euc. 1R2A, Past. 1R5A e Past. 1R2A. A abundância natural do 13C possibilitou o cálculo da taxa de ciclagem de ciclagem das frações MOP e MAM que foram de, aproximadamente, 8,33 e 0,5 % ao ano, respectivamente, indicando a maior sensibilidade da MOP às alterações de uso do solo.Item Aspectos fisiológicos e nutricionais associados à produção do cafeeiro com alinhamento de plantio norte-sul(Universidade Federal de Viçosa, 2013-07-31) Borghetti, Renato Antônio; Müller, Caroline; http://lattes.cnpq.br/1280369660687848; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Novais, Roberto Ferreira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783732H4; http://lattes.cnpq.br/7025330276676493; Araujo, Wagner Luiz; http://lattes.cnpq.br/8790852022120851; Schulthais, Fernanda; http://lattes.cnpq.br/5073093473103546A produção e a qualidade da bebida do café podem variar significativamente em relação a aspectos nutricionais, fisiológicos, genéticos e edafoclimáticos. Dentre esses aspectos, a irradiância apresenta forte influência nas características fisiológicas, interferindo na quantidade e qualidade dos frutos produzidos. Com o estabelecimento de lavouras cafeeiras em regiões de temperatura média mais elevada e de relevo mais plano, como nos Cerrados em geral, observações de campo demostram a influência da orientação do alinhamento de plantio de café no comportamento da cultura, quanto às faces de exposição das folhas. Portanto, o objetivo deste trabalho foi estudar a influência do alinhamento norte-sul quanto aos aspectos relacionados à produção, qualidade de café, nutrição e fisiologia em região de Cerrado. O estudo foi realizado em duas áreas de plantio comercial de café - Coffea arabica L. Topázio (área I) e Coffea arabica L. Catuaí (área II), com fileiras de plantio orientadas no sentido norte-sul, na região do Triângulo Mineiro, município de Araxá MG. Em cada área foram colhidas dez plantas sequenciais com cinco repetições por área; cada lado da planta foi colhido separadamente. Retirou-se uma amostra de 4 kg de frutos frescos em cada lado, que foram devidamente lavados e separados em cereja, verde e boia. Após a secagem, foram realizadas as análises de qualidade de bebida dos grãos de café cereja. Para as análises de tecido foliar, trocas gasosas (A), carboidratos, pigmentos fotossintéticos, e composição isotópica do carbono δ13C, foram selecionadas cinco plantas por área, que tiveram as posições apical, mediana e basal do dossel avaliadas em cada lado da planta em diferentes épocas. A produção de café cereja da área I (variedade Topázio) foi 54 % superior no lado leste em relação ao lado oeste e com menor produção de frutos verdes. Entretanto, para a área II (variedade Catuaí), não houve vidiferenças na produção e na porcentagem média das classes de maturação. As notas obtidas pelos grãos de café cereja quanto a bebida não diferiram em relação as faces de exposição ao sol, para ambas as áreas analisadas, assim como para as demais variáveis qualitativas estudadas. As concentrações foliares de macro e micronutrientes estão dentro da faixa adequada recomendada para a cultura e, em ambas as áreas experimentais, as variedades não apresentaram, de modo geral, diferenças significativas nos teores de nutrientes entre os lados da planta. Sob radiação fotossintéticamente ativa (RFA) saturante, os lados leste e oeste apresentaram altas taxas de A no período da manhã, sendo as variações em A relacionadas a limitações na condutância estomática (gs). A discriminação isotópica do carbono (δ13C) e a concentração de clorofila total na parte basal foram superiores no lado oeste para a área I (variedade Topázio) e não apresentaram diferenças para a área II (variedade Catuaí).Item Contribuição de resíduos de milho e de soja para o carbono e suas frações em amostras de solos submetidas a cultivos sucessivos e à aplicação de fósforo(Universidade Federal de Viçosa, 2012-11-30) Schulthais, Fernanda; Silva, Ivo Ribeiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799432D0; Soares, Emanuelle Mercês Barros; http://lattes.cnpq.br/2680869902625278; Novais, Roberto Ferreira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783732H4; http://lattes.cnpq.br/5073093473103546; Villani, Ecila Mercês de Albuquerque; http://lattes.cnpq.br/3982959345685556; Costa, Liovando Marciano da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787252H9; Silva, Carlos Alberto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784980Z6A substituição da vegetação natural para implantação de cultivos pode contribuir para a redução dos teores de matéria orgânica do solo (MOS) e da qualidade de suas propriedades químicas, físicas e biológicas. Assim, tem se buscado entender os fatores que podem contribuir para a manutenção e, ou, para os aumentos dos teores de MOS de modo que sua sustentabilidade, ao longo dos ciclos de cultivo, seja mantida. Portanto, para o presente trabalho, foram conduzidos dois experimentos que tiveram como objetivos: avaliar alterações em propriedades químicas de solos, como consequência da entrada de C de resíduos oriundos de cultivos sucessivos de milho ou de soja, em amostras de um solo anteriormente sob mata nativa e, o efeito da aplicação de resíduos de raiz e parte aérea de plantas de milho e de soja em amostras de um solo previamente incubadas com uma fonte solúvel de P sobre a estabilização do C adicionado. Para o experimento 1, foram coletadas amostras das camadas de 0-20 e 40-60 cm de um Latossolo Vermelho argiloso sob mata nativa. Subamostras de 3 dm³ foram acondicionadas em vasos e cultivadas com milho ou soja, além de uma testemunha (sem planta), durante oito cultivos sucessivos em casa de vegetação. Antes de qualquer cultivo (cultivo 0) e ao final dos cultivos 2, 4, 6 e 8 foram coletadas amostras de material vegetal e de solo para análises. Nas amostras de material vegetal foram determinados os teores de P, K, Ca, Mg, S, Fe, Zn, Mn e Cu. Nas amostras de solo foram determinados os teores de P pelos extratores Mehlich-1, Bray-1 e Resina, P remanescente, K disponível, Ca2+, Mg2+, Al3+, H+Al, C e N total e C e N lábil. O esquema experimental adotado foi um fatorial 2x3, correspondendo às duas camadas de solo utilizadas e às espécies (milho e soja) e à testemunha (sem planta), disposto em blocos casualizados com seis repetições num esquema de parcela subdividida do tipo plantas perenes . Após a análise de variância foram testados contrastes ortogonais para cada variável em estudo. A produção de matéria seca e os teores de nutrientes na parte aérea e raízes das plantas de milho e soja foram alterados pela imobilização temporária dos nutrientes nos resíduos dessas culturas. A adição de resíduos de plantas de milho ou soja durante os cultivos sucessivos contribuíram para o aumento dos teores de C total (CT) do solo em relação à testemunha (sem planta). Os maiores teores de P disponível pelos extratores Mehlich-1 e Bray-1 nos solos cultivados na profundidade de 40-60 cm evidenciam a utilização de mecanismos pelas plantas que proporcionam maiores teores de P disponível no solo. Os maiores teores de C lábil (CL) nos solos cultivados parece ter contribuído para o bloqueio dos sítios de adsorção dos oxiidróxidos de Fe e Al pelo P adicionado e, apesar da incorporação dos resíduos aos solos, ao final de cada cultivo, os teores de K foram drasticamente reduzidos, principalmente para os solos cultivados com milho, enquanto os teores de Ca2+ e de Mg2+ não sofreram essas reduções. Para o experimento 2, foi utilizada a mesma amostra da camada de 40-60 cm utilizada no experimento 1. Essa amostra foi dividida em subamostras que foram incubadas com doses crescentes de P, de acordo com sua capacidade máxima de adsorção de P (CMAP). Decorridos 120 dias, essas subamostras receberam doses crescentes de C na forma de resíduo de raiz ou parte aérea de milho ou de soja. Os tratamentos constituíram o fatorial 4x[(2x2x3)+1] correspondentes às quatro doses de P aplicadas (0; 0,25; 0,5 e 1,0 vez o valor da CMAP), às duas espécies utilizadas (milho e soja), e aos seus compartimentos (raiz e parte aérea), às três doses de resíduos aplicadas (5, 10 e 25 g kg-1 de C) mais a testemunha (0 g kg-1 de C), dispostos em blocos casualizados com três repetições. Durante o período de incubação foi medido o efluxo de CO2 das subamostras. Decorrido o período da incubação, essas subamostras tiveram o CL determinado e também foram submetidas a um fracionamento físico para obtenção das frações matéria orgânica particulada (MOP) e matéria orgânica associada aos minerais (MAM). Essas frações tiveram seus teores de C e N totais determinados. A incorporação de resíduos de raízes promoveu o maior acúmulo do C do solo comparativamente à adição de resíduos de parte aérea. A aplicação das doses crescentes de P associadas à incorporação de doses crescentes de resíduos favoreceu o aumento dos teores de CT do solo e de suas frações MOP e MAM. Mesmo com a adição das doses mais elevadas de C, as amostras de solo não foram saturadas por C orgânico, tomando como referência o teor de C na camada superficial sob mata nativa (0-20 cm) como referência de saturação.Item Desinfestação química para semeio e recultivo in vitro de orquídeas e sua influência sobre a nutrição das plântulas(Universidade Federal de Viçosa, 2011-07-07) Fontes, Andréia Aline; Venegas, Victor Hugo Alvarez; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727865T0; Novais, Roberto Ferreira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783732H4; http://lattes.cnpq.br/2388947927894697; Otoni, Wagner Campos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786133Y6O uso de desinfestantes químicos como a água sanitária comercial (ASC) para esterilização dos meios de cultura para a propagação in vitro de orquídeas mostra-se uma técnica eficiente e de baixo custo em alternativa ao uso da autoclave e câmara de fluxo laminar (CFL). Todavia, algumas dúvidas sobre o tipo e volume de recipientes utilizados e o efeito sobre a nutrição das plântulas ainda persistem. Este trabalho teve como objetivo avaliar o uso da ASC na esterilização de meios de cultura para o semeio e recultivo de orquídeas, assim como avaliar o efeito deste em diferentes tipos de recipientes para o semeio e sobre o estado nutricional das plântulas recultivadas. No primeiro experimento, relativo ao semeio, foram utilizadas sementes de Laelia tenebrosa Rolfe, composto por um fatorial (3 × 5) + 3, sendo: três tipos de recipientes (vidro com capacidade para 340 mL e polipropileno com capacidades para 140 e 340 mL); cinco concentrações da ASC aplicadas aos meios de cultura, 2, 5, 10, 20 e 40 mL L-1; e três tratamentos controle, com autoclavagem dos meios e semeadura em condições de CFL, sem o uso da ASC, nos três recipientes. No segundo experimento (recultivo) foram utilizadas plântulas de Cattleya kerri Brieger & Bicalho. As doses de ASC adicionadas ao meio de cultura foram 2; 5; 10; 20; 30; 35 e 38 mL L-1, e as doses pulverizadas sobre as plântulas no recultivo foram 5; 12,5; 25; 50; 75; 87,5 e 95 mL L-1. O tratamento controle teve o meio autoclavado e o recultivo em condições de CFL. A proporção de sementes germinadas, sementes oxidadas e plântulas, assim como a matéria seca dos protocórmios foram maiores no tratamento controle. As crescentes doses da ASC adicionadas ao meio de cultura tiveram piores resultados na germinação nos recipientes de vidro em relação aos de polipropileno, entre os quais não houve diferenças de produção em relação às doses adicionadas. No recultivo, entre os frascos autoclavados e os esterilizados com a menor dose de ASC, não houve diferenças significativas entre as variáveis número de brotações, raízes e folhas, altura média e matéria seca. O aumento da dose de ASC influenciou negativamente o crescimento e exerceu pouca influência sobre o estado nutricional das plântulas.Item Enriquecimento e alocação de 13C em plantas de eucalipto(Universidade Federal de Viçosa, 2009-03-23) Machado, Daniel Nolasco; Silva, Ivo Ribeiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799432D0; Loureiro, Marcelo Ehlers; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780851Y3; Novais, Roberto Ferreira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783732H4; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4732933H4; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; Cantarutti, Reinaldo Bertola; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780430A1Nas últimas décadas, a utilização de isótopos estáveis em várias áreas de pesquisa vem se destacando, como na análise de fluxos e rotas metabólicas, análise de efeitos de estresses em plantas e, em grande escala, no estudo da matéria orgânica do solo (MOS). Estudos de alterações e dinâmica da MOS usando a variação da abundância natural do 13C, requerem mudanças na razão isotópica do C. Uma das alternativas é enriquecer o material vegetal (planta) com 13C, via fixação de 13CO2, de modo que a razão isotópica seja distinta daquela da MOS original. O objetivo deste trabalho foi investigar a homogeneidade do enriquecimento e alocação de 13C em diferentes partes da planta de eucalipto, com idade variando de 4 a 8 meses. No processo de marcação, três plantas de eucalipto cultivadas em solução nutritiva foram expostas a uma atmosfera enriquecida com 13CO2, em uma câmara de vidro (448 dm3), com temperatura em torno de 24 ºC e concentração de CO2 monitorada por um espectrômetro de massa de razão isotópica (IRMS) em amostras de ar retiradas ao longo do processo (126 dias com três pulsos de 13CO2 semanais). Após o período de marcação, as plantas foram separadas em folha (folha-fonte e folha-dreno), galho, casca, lenho e raiz, e analisadas, obtendo-se a δ13CPDB das mesmas: folha-fonte (828,07), folha-dreno (645,72), galho (672,49), casca (691,86), lenho (632,02) e raiz (536,55 ). O padrão de alocação e enriquecimento de 13C entre as partes das plantas foi homogêneo, embora com diferenças numéricas da ordem de 291 na δ13CPDB. As plantas de eucalipto mantiveram uma alta taxa de absorção de CO2 e, consequentemente, uma alta taxa fotossintética em concentrações de CO2 muito acima (180,4 mmol L-1 7.934 ppmv) do encontrado na atmosfera (8,64 mmol L-1 380 ppmv). O 13C fixado durante o dia foi liberado em menor escala na respiração noturna em comparação com o 12C.Item Estoques e qualidade da matéria orgânica em solos cultivados com cafeeiro sob diferentes manejos, em regiões de Minas Gerais(Universidade Federal de Viçosa, 2010-04-26) Gebrim, Fabrício de Oliveira; Silva, Ivo Ribeiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799432D0; Venegas, Victor Hugo Alvarez; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727865T0; Novais, Roberto Ferreira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783732H4; http://lattes.cnpq.br/3302314858252327; Martinez, Hermínia Emília Prieto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788276P4; Silva, Carlos Alberto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784980Z6A constituição da matéria orgânica do solo (MOS) é bastante complexa, sendo formada por diversas frações com tempos de residência variando desde meses até milhares de anos. Sua manutenção é relevante para a sustentabilidade da produtividade das culturas. Dessa maneira, o presente trabalho teve como objetivo avaliar alterações nos estoques de Carbono Orgânico Total (COT), Carbono Lábil (CL), Carbono Não-Lábil (CNL), Nitrogênio Total (NT) e o Índice de Manejo do Carbono (IMC) no solo e nas frações da Matéria Orgânica Particulada (MOP) e Matéria orgânica Associada aos Minerais (MAM), causadas por diferentes práticas de cultivo do cafeeiro. Avaliou-se também o efeito do tempo de cultivo, do esqueletamento, da densidade de plantio e do cultivo irrigado ou de sequeiro sobre essas formas de MOS. Para a avaliação do efeito do tempo de cultivo, foram selecionadas áreas com cafeeiro com 10 e 30 anos de cultivo na cidade de Araguari-MG (Triângulo Mineiro), tendo a vegetação de Cerrado como referência; em outra região, foram selecionadas áreas com cafeeiros não esqueletado, esqueletado e uma área adjacente de mata, utilizada como referência, na cidade de Machado-MG (Sul de Minas), uma área com diferentes densidades de plantio, com a combinação de dois espaçamentos entre plantas (0,5 e 1,0 m) e três de entrelinhas (1,0; 2,0 e 4,0 m), tendo-se como solo referência uma mata adjacente, sendo essa área localizada na cidade de Martins Soares MG (Região da Zona da Mata Mineira) e, por último, na região do Vale do Jequitinhonha, na cidade de Capelinha-MG, foram selecionadas áreas com cafeeiro irrigado e de sequeiro e uma área de Cerrado adjacente como referência. As amostras de solo foram coletadas nas camadas de 0-10; 10-20; 20-40; 40-60; 60-80 e 80-100 cm, na linha e na entrelinha de plantio para as áreas do Triângulo Mineiro, Sul de Minas e Vale do Jequitinhonha, e para a área do Zona da Mata Mineira foram coletadas até 60 cm. Foram determinados os teores totais de COT e NT, CL, CNL e de C e N nas frações MOP e MAM, e, posteriormente, calculados os seus estoques nas camadas analisadas. Para a região do Vale do Jequitinhonha também foi determinada a razão isotópica do 13C/12C. Observou-se que o cultivo do cafeeiro proporcionou mudanças nos estoques e na qualidade da MOS, sendo que, para a regiãodo Triângulo Mineiro, Sul de Minas e Vale do Jequitinhonha essas mudanças causaram aumento nos estoques de MOS; porém, para a região da Zona da Mata houve diminuição nos estoques de MOS. Na primeira região (Triângulo Mineiro), o tempo de cultivo do cafeeiro causou aumentos nos estoques de C do solo contribuindo para que o Índice de Manejo do Carbono (IMC) fosse maior que 100 %, até a profundidade 0 a 40 cm, indicando efeito positivo na manutenção da MOS nos solos cultivados com cafeeiro. Por último, o estoque C da MOP foi maior para o cafeeiro Velho (30 anos de cultivo) em relação ao Novo (10 anos de cultivo), indicando que o tempo de cultivo está propiciando um maior aporte de C nesta fração (MOP). Para a segunda área (Sul de Minas), a poda do cafeeiro (esqueletamento) proporcionou aumentos e, ou, a manutenção nos estoques de MOS, de modo particular na entrelinha do tratamento esqueletado, onde houve maior deposição dos resíduos vegetais; todavia, os estoques foram menores na linha, quando comparados à referência (Mata). O IMC da área esqueletada foi superior a 100 % (referência), de modo particular na entrelinha do tratamento esqueletado. Na terceira região (Zona da Mata), os estoques de COT na mata foram superiores em 28 e 29 % aqueles encontrados na linha e entrelinha (respectivamente). Observou-se tendência de maior estoque de C nos espaçamentos mais adensados (1 x 0,5 e 1 x 1 m). Todavia, o IMC foi menor do que 100 % em todos os espaçamentos estudados, tanto na linha quanto na entrelinha. Na última região (Vale do Jequitinhonha), o café irrigado proporcionou aumentos nos estoques de COT, em especial na linha de plantio. O café irrigado também proporcionou aumentos nos estoques de CL, especialmente na entrelinha de plantio. Além disso, o cafeeiro irrigado também proporcionou maiores estoques de C nas frações MOP e MAM. Por último, os valores de δ do 13C (razão isotópica 13C/12C) indicou um aporte de C proveniente do cafeeiro na MOS, tanto em relação ao solo quanto às frações da MOP e MAM, em especial no café irrigado. Portanto, os manejos adotados devem ser analisados caso a caso, a fim de se ter previsão sobre alterações nos estoques e na qualidade da MOS.Item Fósforo extraído com resinas trocadoras de íons e Mehlich-1 de Latossolos, submetidos a fontes e doses de fósforo e tempos de contato(Universidade Federal de Viçosa, 2012-05-18) Freitas, Irio Fernando de; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; Novais, Roberto Ferreira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783732H4; Martinez, Hermínia Emília Prieto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788276P4; Cantarutti, Reinaldo Bertola; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780430A1Apesar do grande número de publicações voltadas para a avaliação da disponibilidade de P por diferentes métodos de extração, persistem ainda muitas indagações sobre o assunto. O objetivo deste trabalho foi comparar os extratores Mehlich-1, Resina Aniônica e Resina Mista, quanto à avaliação da disponibilidade de P em diferentes solos, utilizando fertilizante solúvel e fosfatos naturais reativo e não reativo, em diferentes doses de P e tempos de contato. O experimento foi conduzido em condições de laboratório em temperatura ambiente (25 a 35 oC), nas dependências do Departamento de Solos da Universidade Federal de Viçosa, em blocos casualizados, no fatorial [(3 × 3 × 2) +3]x 4, com quatro repetições, sendo três Latossolos com diferentes constituições texturais: um LV, muito argiloso; um LVA, franco-argilo-arenoso e um LA, franco-arenoso; três fontes de P: superfosfato triplo, fosfato reativo de Gafsa; e fosfato natural de Araxá, em duas doses de P: 75 e 150 mg dm-3 , mais a dose 0 para cada solo; e em quatro tempos de contato fosfatosolo: 15, 30, 60 e 120 dias. As amostras dos solos foram coletadas na profundidade de 0 a 20 cm, passadas em peneira de 2 mm, homogeneizadas e submetidas à caracterização física e química. A acidez dos solos foi corrigida de acordo com o método da saturação por bases, elevando-a para 60 % com a aplicação de CaCO3 e MgCO3, na relação molar de 4:1, sendo que para o LA não houve necessidade de correção. Essas amostras foram mantidas por 30 dias com a umidade na capacidade de campo. Após esse período, os solos foram secos e destorroados e fracionados em porções de 1 dm3 para aplicação dos tratamentos. Foram coletadas amostras nos tempos de contato estabelecidos e determinadas as concentrações do P-disponível pelos três extratores. Verificou-se, de modo geral, redução no teor do P-disponível pelos extratores Mehlich-1, Resina Mista (RM) e Resina Aniônica (RA), com o aumento do tempo de contato das fontes de P com os solos. Considerando-se as três fontes de P, essas reduções dos teores foram mais pronunciadas quando se utilizou o superfosfato triplo, com o fosfato reativo em posição intermediária e o fosfato de Araxá o menos sensível ao efeito do tempo. Observou-se que a RA extraiu menores teores de P, nos três solos, quando as fontes foram os fosfatos naturais, ao passo que a RM aproxima-se dos valores obtidos pelo extrator Mehlich-1, no LV(argiloso) e LVA (textura média), para o fosfato reativo. Para o fosfato de Araxá, observaram-se valores de P bem mais elevados para o extrator Mehlich-1 do que para as Resinas, devido ao caráter ácido desse extrator. Para o superfosfato triplo, ambas as Resinas extraíram teores mais elevados de P do que o Mehlich-1, em decorrência do desgaste deste extrator, de modo particular no LV e LVA.Item Indicadores fisiológicos do status de nitrogênio em plantas de eucalipto(Universidade Federal de Viçosa, 2013-03-28) Ferreira, Eric Victor de Oliveira; Silva, Ivo Ribeiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799432D0; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; Novais, Roberto Ferreira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783732H4; http://lattes.cnpq.br/8711223656250765; Araujo, Wagner Luiz; http://lattes.cnpq.br/8790852022120851; Vergütz, Leonardus; http://lattes.cnpq.br/1282294478259902; Costa, Liovando Marciano da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787252H9; Gonçalves, José Leonardo de Moraes; http://lattes.cnpq.br/5480431457277580Embora o nitrogênio (N) seja um nutriente requerido em grandes quantidades pelas plantas, os efeitos de sua aplicação na produção de matéria seca do eucalipto são divergentes, existindo também diferenças nutricionais entre espécies desse gênero. As análises foliares são um método auxiliar de avaliação do status nutricional das plantas, principalmente no caso do N em que o diagnóstico da sua disponibilidade para as plantas, baseado em análises do solo, é dificultado pela complexidade de suas reações no solo. O teor foliar de N total tem sido a ferramenta mais amplamente utilizada para verificação de possíveis deficiências deste nutriente nas plantas. Contudo, algumas limitações de seu uso com respeito a esta proposta têm sido relatadas. Dessa maneira, os objetivos deste trabalho foram avaliar indicadores alternativos do status de N, como teores de N-NH4 +, N-NO3 -, N/P foliar, clorofila, atividade foliar das enzimas redutase do nitrato (RN) e glutamina sintetase (GS) e leituras de clorofila pelo SPAD (Soil Plant Analysis Development), em substituição ao seu teor total, em clones de eucalipto cultivados em diferentes condições de disponibilidade de N. Adicionalmente, o comportamento diferencial desses clones com relação ao crescimento, nutrição mineral e trocas gasosas também foi avaliado. Para tanto, foram conduzidos dois experimentos, sendo um em casa de vegetação e outro em campo. No primeiro caso, foi utilizado um fatorial 2 x 6 em delineamento de blocos casualizados, sendo dois clones de eucalipto (VM-01 e I-144) e seis doses de N (0; 0,74; 2,93; 4,39, 5,85 e 8,00 mmol L-1 de NH4NO3) em solução nutritiva. O experimento de campo constituíu-se de um fatorial 2 x 2 x 2 x 3 em delineamento inteiramente casualizado, com duas épocas de amostragem (seca e chuvosa), duas regiões (Pompeu e João Pinheiro-MG), dois clones (VM-01 e I- 144) e três posições de coleta das folhas na copa das árvores (base, meio e ápice). Os teores de N-NH4 + (raiz) e N-NO3 - (raiz e folha) representaram bem o status de N dos clones em casa de vegetação, porém eles não apresentaram o mesmo comportamento em plantas cultivadas a campo. A N/P, clofofila e as leituras SPAD tiveram comportamento similar à aplicação de N (modelos quadrático e raiz quadrático) em casa de vegetão, com maiores coeficientes de correlação (r) para o clone VM-01. Nas diferentes épocas de avaliação no campo, tanto a N/P quanto a clorofila, não refletiram o real status de N dos solos. As leituras SPAD não foram consideradas boas indicadoras do status de N, pois o clone que tinha maiores valores (I-144) foi o que apresentou os menores teores foliares de N total. Este último não foi considerado um bom indicador do status de N, visto que o mesmo não apresentou os mais altos valores de r em casa de vegetação. Ainda assim, desses indicadores avaliados, ele refletiu melhor as variações no status de N dos solos nas diferentes épocas de avaliação sob condições de campo. O clone I-144 absorveu menos N (e sintetizou menos proteína), porém apresentou maior atividade da RN e da GS com maior produção de matéria seca, comparativamente ao VM-01, em casa de vegetação. A atividade dessas enzimas foi negativamente influenciada pelo maior suprimento de N, provavelmente por um efeito inibidor tanto do NO3 - (substrato da RN) como do NH4 + (substrato da GS) em altas concentrações. Tanto em casa de vegetação como em campo, as maiores atividades da RN e GS estiveram associadas à menor disponibilidade de N no meio de cultivo das plantas, como, a princípio, uma maior eficiência enzimática nesta condição. A atividade das referidas enzimas apresentou também correlação negativa com o teor foliar de N total dos clones cultivados em casa de vegetação, com destaque para RN. Os clones apresentaram comportamento diferencial à aplicação de N em solução nutritiva, com o VM-01 sendo superior em altura, altura/diâmetro do colo e teores de macronutrientes e de Cu, Fe, Mo e Zn. Porém, o clone I-144 teve maior produção de matéria seca da raiz e total, raiz/parte aérea e diâmetro do colo, além de maior condutância estomática (gs) e transpiração (E). Portanto, o clone I-144, independentemente do menor teor foliar de N total, reduziu e assimilou mais N, o que se converteu em melhor crescimento, assim apresentando maior eficiência de utilização deste nutriente.Item Lixiviação de fósforo, bases, ânions inorgânicos e ácidos orgânicos em solos tratados com camas de aviário(Universidade Federal de Viçosa, 2006-05-10) Gebrim, Fabrício de Oliveira; Novais, Roberto Ferreira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783732H4; http://lattes.cnpq.br/3302314858252327; Silva, Ivo Ribeiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799432D0; Fernandes, Raphael Bragança Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728400J8; Jordão, Cláudio Pereira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787122Y1; Cardoso, Irene Maria; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761766J0A utilização de dejetos de animais na agricultura cresce de maneira significativa a cada ano, devido, principalmente, à expansão da criação intensiva de animais, impulsionada pelo aumento das exportações. Com o decreto lei que proíbe a utilização dos dejetos de aves na alimentação animal, intensificou-se ainda mais o seu uso na agricultura. Porém, há ainda uma lacuna quanto à informação científica sobre o uso desses dejetos, em razão de se não saber o quanto deste material pode ser utilizado de modo a ter uma agricultura menos agressiva ao ambiente. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a lixiviação de formas de P e de Ca, Mg, K e Na, em colunas de solos fertilizados com camas de aviário. Em um experimento verificaram-se as perdas por lixiviação de formas de P em solos, constituídos por cinco anéis sobrepostos, com 5 cm de diâmetro e 10 cm de altura cada um, submetidas a fluxos de percolação de água. Foram utilizadas amostras de dois Latossolos Vermelho-Amarelos texturas argilosa e média. Os solos receberam, previamente, quatro doses de P na forma de KH2PO4, correspondentes a 0; 12,5; 25 e 50 % da capacidade máxima de adsorção de P (CMAP), homogeneizadas com todo o volume de solo das colunas e deixados em incubação por 60 dias. No anel superior, aplicou-se, homogeneamente, cama de aviário nas doses equivalentes a 0, 20, 40, 80, e 160 t ha-1 com base no peso do material seco. Os tratamentos foram estabelecidos segundo o esquema fatorial: quatro níveis da CMAP x cinco doses de cama de aviário x dois solos, com três repetições, dispostas em blocos casualizados. As colunas foram submetidas a 10 percolações com água deionizada, em duas aplicações semanais, durante 35 dias, de modo a atingir um volume correspondente a 1.200 mm de chuvas. Nos percolados foram determinados: a forma inorgânica de P (P reativo, Pi) a forma orgânica de P (P não-reativo, Po). Na oitava percolação, foram também determinados: P dissolvido total (percolado que passou em filtro com diâmetro de poros de 0,45 µm) e P particulado total (retido no filtro de 0,45 µm). No final do experimento, o P no solo de cada anel foi extraído pelos extratores Mehlich-1 (HCl 0,05 mol L-1 e H2SO4 0,0125 mol L-1) e Olsen (NaHCO3 0,5 mol L-1, pH 8,5), sendo determinadas, para este ultimo extrator, as formas Pi e Po. Com o aumento da dose de cama de aviário, as perdas de P por percolação foram, em média, 6,4 vezes maiores na forma de P não-reativo (Po) que na P-reativo (Pi). Tanto a fertilização mineral prévia com P como a aplicação de doses crescentes de cama de aviário causaram a descida de P nas colunas de solo, extraído tanto pelo Mehlich-1 e pelo NaHCO3 (Olsen). O nível crítico ambiental (NCA), teor de P disponível no solo acima do qual a percolação de Preativo aumenta exponencialmente, foi em torno de 100 e 150 mg dm-3 para o Mehlich-1 e 40 e 60 mg dm-3 para o Olsen, para os solos, textura média e argilosa, respectivamente. Em condições de solos intemperizados, com acúmulo de P residual ao longo dos cultivos, as perdas de P por lixiviação no perfil podem ser significativas, de modo particular quando recebem cama de aviário. Em um segundo experimento verificou-se o efeito da aplicação de cama de aviário na lixiviação de Ca, Mg, K e Na em solos e sua associação com ânions inorgânicos e ácidos orgânicos com baixa massa molecular. Amostras de dois Latossolos Vermelho-Amarelos, um textura média e outro argilosa, foram colocados em colunas de PVC semelhantes àquelas utilizadas no experimento anterior. O solo no anel superior recebeu, homogeneamente, uma dose de cinco camas de aviário, correspondente a 160 t ha-1, base material seco, comparativamente à testemunha (sem cama de aviário). Os tratamentos foram definidos segundo o fatorial 5 x 2, com cinco camas e dois solos, em três repetições dispostas em blocos casualizados. As colunas foram submetidas a 10 percolações com água deionizada, duas vezes por semana, até atingir o volume de água correspondente a 1.200 mm de chuvas. Nos lixiviados foram analisadas as concentrações de Ca, Mg, K e Na, dos ânions Cl-, NO3- e SO4 2- e de ácidos orgânicos de baixa massa molecular. Houve grande lixiviação de bases metálicas nas colunas, de modo geral até a terceira percolação. Este fato foi causado pela adição dessas bases, em doses elevadas, pelas camas de aviário e, também, aparentemente, pelo efeito de ânions acompanhantes: Cl-, NO3- e SO4 2- no solo textura média e Cl-, NO3- no solo textura argilosa e, de maneira muito menos expressiva, pelo efeito complexante das bases por ácidos orgânicos de baixa massa molecular. O efeito de lixiviação do ácido acético ocorreu, provavelmente, como ânion acompanhante das bases.Item Mudanças na matéria orgânica do solo causadas pelo tempo de adoção de um sistema agrossilvopastoril com eucalipto(Universidade Federal de Viçosa, 2007-08-01) Vergütz, Leonardus; Silva, Ivo Ribeiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799432D0; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; Novais, Roberto Ferreira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783732H4; http://lattes.cnpq.br/1282294478259902; Costa, Maurício Dutra; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728228J5; Jucksch, Ivo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723123H4A matéria orgânica do solo (MOS) é a principal propriedade indicadora da sustentabilidade de um sistema de cultivo, principalmente em solos sob condições tropicais. Além disso, ela é o maior compartimento de C orgânico no ciclo global deste elemento, sendo extremamente importante para a manutenção dos seus estoques no ambiente. Sistemas agrossilvopastoris (SASPs) representam práticas de manejo agroflorestal que têm como principal objetivo permitir maior diversidade e sustentabilidade do sistema. Sendo assim, espera-se que eles mantenham ou até mesmo elevem os estoques de carbono (C) do solo, quando comparados a uma área sob vegetação nativa, que neste caso é o Cerrado. Uma medida para se comparar sistemas produtivos é o índice de manejo do C (IMC) proposto por Blair et al. (1995), que compara sistemas produtivos com relação à área de referência. Para isso esse índice se baseia em medida não muito confiável de labilidade do C (C oxidável por permanganato de potássio). Os objetivos deste trabalho foram estudar o impacto dos SASPs de cultivo do eucalipto em diferentes frações de C e de N da MOS, como variável do tempo de implantação dos SASPs, tendo a área de vegetação nativa como referencial (Cerrado). Adicionalmente, propõe-se modificação no IMC proposto por Blair et al. (1995). Para isso, foi amostrada uma cronosseqüência composta por seis tempos de implantação dos SASPs, onde o tempo zero foi representado pela área de referência (Cerrado) e os demais com dois, três, quatro, sete e dez anos de implantação. Foram coletadas amostras de solo das camadas de 0-10, 10- 20, 20-40, 40-60 e 60-100 cm, na linha e na entre-linha de cultivo do eucalipto. Foi feita a caracterização física e química desses solos, assim como as determinações de C orgânico total (COT), N total (NT), C na matéria orgânica leve (MOL), N na MOL e C oxidável por permanganato de potássio, como uma medida de labilidade do C (CL). A partir desses dados foram calculados o IMCCL, proposto por Blair et al. (1995) e o IMCCMOL, que é o índice modificado. Os estoques de COT apresentaram perda inicial de C para as camadas superficiais de 0-10 e 10-20 cm na linha e 0-10 e 20-40 cm na entre-linha, com tendência de recuperação ao final do ciclo (dez anos). As camadas mais profundas (60-100 cm), tanto para a linha quanto para a entrelinha, apresentaram acúmulo inicial de C, sendo maior na linha de plantio do que na entre-linha. Porém, esse acúmulo não foi sustentável e as perdas de C nessa camada foram maiores quanto maior for o ciclo. Para o estoque total de C na camada de 0-100 cm, o manejo da linha de plantio manteve os estoques de COS, enquanto na entre-linha há tendência de perda inicial de C num primeiro momento, sem que esses níveis retornem aos originais (Cerrado) no final do décimo e último ano analisado. As principais mudanças nos estoques de NT ocorreram nas camadas mais profundas (20-40 e 60-100 cm). Nestas camadas, após perda acentuada de N, houve tendência de acúmulo desse elemento ao longo do tempo de implantação dos SASPs. Porém esse acúmulo não foi sustentável e ao final do período estudado esses valores eram menores que os originais (Cerrado). Essa mesma tendência foi observada para o estoque de N na camada de 0-100 cm, sendo que para a entre-linha de plantio essas alterações foram mais acentuadas. A fração da MOL foi a que apresentou as maiores alterações, confirmando sua sensibilidade a alterações de manejo. As perdas de C e N da MOL também foram maiores para a entre-linha de plantio de eucalipto do que para a linha. O C lábil (CL), assim como o índice calculado a partir dele (IMCCL) não possibilitaram ajustes dos seus resultados como variável do tempo de implantação dos SASPs. Entretanto o IMC modificado, calculado a partir do C da MOL (IMCCMOL), apresentou bons ajustes para todas as camadas estudadas. Além disso, apresentou correlação mais elevada com o COT, mostrando-se mais indicado para a comparação dos sistemas de manejo estudados. A partir dos resultados desse estudo pode-se perceber a importância de se estudar camadas mais profundas de solo, já que essas camadas podem apresentar perdas de C significativas e de difícil recuperação. A implantação dos SASPs acarretou diminuição dos estoques de COT das camadas superficiais, sendo que o tempo necessário para a recuperação dos estoques originais está além do período de tempo máximo estudado. A fração mais sensível ao manejo adotado foi a MOL livre.Item Nutrição e fertilização de orquídeas in vitro e em vasos(Universidade Federal de Viçosa, 2005-07-11) Rodrigues, Donizetti Tomaz; Dias, José Maria Moreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783068Z8; Venegas, Victor Hugo Alvarez; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727865T0; Novais, Roberto Ferreira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783732H4; http://lattes.cnpq.br/4103022759238316; Cantarutti, Reinaldo Bertola; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780430A1; Grossi, José Antônio Saraiva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784442D6A nutrição de plantas ornamentais é um importante fator para a obtenção de mudas e flores de qualidade. De modo geral, estudos de nutrição para essas plantas são escassos, em particular para as orquídeas, que apresentam um amplo campo para novas pesquisas. Sendo assim, os principais objetivos deste trabalho foram: estudar o comportamento de plantas de orquídeas cultivadas in vitro, submetidas a diferentes composições químicas de meios; estudar o efeito da adição de fertilizantes orgânicos e, ou, químicos e a de calcário no substrato de cultivo. Para os cultivos in vitro, foram realizados estudos com o objetivo de avaliar as respostas das plantas a diferentes doses e composições minerais no meio, sendo, para isso, utilizados os meios Knudson C e de Novais, ou fertilizantes NPK como fontes de nutrientes. Em experimentos em vasos, foram realizados dois estudos: um testando diferentes fertilizantes orgânicos (um comercial e outro doméstico, sendo o último composto por torta de mamona, farinha de ossos e cinzas), ou, minerais (Peters® ou nitrato de Ca), aplicados individualmente ou em conjunto, e um outro testando de doses de calcário no substrato de cultivo de plantas do gênero Epidendrum. Os resultados obtidos in vitro mostraram ser viável a simples utilização de fertilizantes NPK no meio de cultivo para orquídeas, sendo o crescimento máximo das mudas obtido com a dose de 5 g L-1. A aplicação simultânea dos fertilizantes orgânico doméstico e Peters® levou a um significativo aumento no crescimento das plantas, sendo que a aplicação isolada destes dois fertilizantes não resultou em diferenças significativas entre eles. O fertilizante orgânico comercial proporcionou sintomas de toxicidade por B nas plantas, comprovados pela análise de tecidos. A aplicação de calcário resultou em incremento na produção de matéria seca total e no número de folhas de plantas, entretanto, sem diferenças significativas em termos de altura de plantas, o que resultou em plantas com entre-nós mais curtos, indicando uma provável deficiência de Zn.Item Papel da hipoxia e do manganês na tolerância diferencial de clones de eucalipto à Seca de Ponteiro do Vale do Rio Doce(Universidade Federal de Viçosa, 2013-06-27) Lacerda, Fellip Januário Pinheiro; Araujo, Wagner Luiz; http://lattes.cnpq.br/8790852022120851; Silva, Ivo Ribeiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799432D0; Novais, Roberto Ferreira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783732H4; http://lattes.cnpq.br/8105526566136569; Mattiello, Edson Marcio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762958P3; Villani, Ecila Mercês de Albuquerque; http://lattes.cnpq.br/3982959345685556A Seca de Ponteiro de Eucalipto do Vale do Rio Doce (SPEVRD) é um distúrbio fisiológico que se caracteriza por necroses amarronzadas na inserção de ramos secundários e pecíolos, culminando com intensa desfolha e, em casos mais extremos, com a morte de plantas. Esse problema vem apresentando estreita correlação com ambiente de hipoxia (baixo potencial redox) e excesso de Mn no lençol freático. Assim, este trabalho teve como objetivo compreender os mecanismos envolvidos na tolerância diferencial de clones de eucalipto à SPEVRD e sua relação com a hipoxia e o excesso de Mn. Para isso, três experimentos foram conduzidos. Experimento I: Os tratamentos foram conduzidos em um esquema fatorial 2 x 2 x 5 sendo: dois clones um sensível (1213) e outro tolerante (2719) à SPEVRD; duas concentrações de O2 em solução normal (8 mg L-1 de O2) e hipoxia (1 mg L-1 de O2), e cinco concentrações de Mn (MnCl2.4H2O) 0; 5; 10; 30 e 90 mg L-1. Ao fim da condução do experimento, cada planta foi separada em folhas velhas (maduras), novas, caule e raiz, e secas em estufa. Estas amostras foram moídas e submetidas à digestão nítrico-perclórica para a determinação do teor de Mn. Experimento II: Os tratamentos consistiram em um esquema fatorial 2 x 4, sendo: dois clones um sensível (1213) e outro tolerante (2719) e quatro concentrações de O2 em solução nutritiva 1; 4; 6 e 8 mg L-1 de O2. O comprimento do sistema radicular e parte aérea foram medidos aos 0 e 21 dias de condução do experimento. Ao final de 14 dias, alguns atributos fisiológicos foram avaliados: fotossíntese, condutância estomática, transpiração e concentração interna de CO2. Em seguida, foram tomadas amostras do ápice de raiz para análises anatômicas. Ao final do experimento, as plantas foram colhidas e separadas em folhas velhas, novas, caule e raiz e secas em estufa. Posteriormente, as amostras foram submetidas à digestão para determinação dos teores de macro e micronutrientes. Experimento III: Os tratamentos consistiram em um esquema fatorial 2 x 2 x 2, sendo os dois clones de eucalipto 1213 (sensível) e 2719 (tolerante); duas concentrações de O2 normal (8 mg L-1) e hipoxia (6 mg L-1), e duas concentrações de Mn 30 e 300 mg L-1. O comprimento do sistema radicular foi medido nos tempos 0, 2, 5, 10, 15, 18 e aos 27 dias de condução do experimento. O ganho em altura da parte aérea e ao longo do período experimental foi medida no início e ao final (27 dias) do experimento. Ao final do experimento, antes da colheita, foi quantificado o etileno emitido pelas plantas. Em seguida, as mudas foram colhidas e separadas em folhas maduras, novas, caule e raiz, e secas em estufa. Posteriormente, foram determinados os teores de macro e micronutrientes. A condição de hipoxia reduziu a matéria seca dos componentes da planta, o crescimento radicular e tamanho das plantas, sendo que a maioria destes atributos foi mais afetada para o clone 1213 (sensível). O crescimento radicular foi o melhor indicador da condição de estresse causado pela hipoxia, com seu crescimento inibido mais para o clone 1213; o Mn não influenciou esta modificação. A condição de hipoxia ocasionou a formação de aerênquima no sistema radicular e o incremento de etileno na parte aérea de ambos os clones, sendo que este foi mais intenso para o clone 1213 (sensível). O clone 2719 (tolerante) respondeu mais rapidamente à hipoxia do que o clone sensível (1213), reduzindo a abertura estomática e, consequentemente, a taxa fotossintética, transpiração e concentração interna de CO2 a menores valores que o clone sensível (1213). Em condição de hipoxia e excesso de Mn, o clone sensível (1213) apresentou sintoma de toxidez de Mn como necroses amarronzadas e encarquilhamento de folhas novas, seguida pela perda de dominância apical. A deficiência de O2 no sistema radicular foi o primeiro fator a predispor os clones a SPEVRD, diferentemente do excesso de Mn que parece atuar em longo prazo para a completa expressão dos sintomas de Seca de Ponteiro.Item Respostas fisiológicas à hipóxia e a manganês em clones de eucalipto com tolerância diferencial à Seca de Ponteiros do Vale do Rio Doce(Universidade Federal de Viçosa, 2013-07-31) Harguindeguy, Ignácio; Araujo, Wagner Luiz; http://lattes.cnpq.br/8790852022120851; Novais, Roberto Ferreira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783732H4; http://lattes.cnpq.br/0447184013579092; Leite, Fernando Palha; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4797343U5; Vergütz, Leonardus; http://lattes.cnpq.br/1282294478259902A Seca de Ponteiros do Eucalipto do Vale do Rio Doce (SPEVRD) é uma anomalia que afeta cultivos de eucalipto em várias regiões do Brasil, cujas causas ainda não são completamente entendidas. Os sintomas deste distúrbio ocorrem na época de transição do período chuvoso para o seco, em maior incidência em áreas com drenagem deficiente e elevação do lençol freático quando precedidos por uma intensa época chuvosa. Em adição, o acúmulo de Mn também parece estar relacionado à SPEVRD, observando-se teores mais elevados deste nutriente nas folhas das plantas com sintomas. Assim, a presente proposta teve como objetivo compreender as possíveis causas iniciais da SPEVRD bem como identificar possíveis mecanismos fisiológicos, enzimáticos e, ou, fermentativos de tolerância superior do clone de Eucalyptus 2719 a esta anomalia, em relação ao clone sensível híbrido de urograndis 1213. Foi conduzido um experimento em hidroponia, em esquema fatorial 2 x 2 x 2 com dois clones (2719 e 1213), duas concentrações de O2 (8 e 4 mg L-1) e duas de Mn (1,39 e 300 mg L-1), utilizando-se três repetições em delineamento em blocos casualisados. Foram utilizadas mudas com aproximadamente 40 dias de idade mantidas em solução nutritiva de Clark por mais 30 dias e em seguida foram aplicados os tratamentos por 11 dias. Ao final, avaliaram-se as trocas gasosas das plantas e amostras de folhas e raízes foram coletadas. Ambos os clones tiveram reduções na produção de matéria seca de raízes por efeito da hipóxia, mas apenas o tolerante (2719) suspendeu o crescimento das folhas, mantendo a proporção entre folhas e raízes semelhante independente do tratamento, enquanto o sensível (1213) teve um aumento dessa relação devido à queda de produção de raízes e manutenção do crescimento aéreo. O clone sensível acumulou mais Mn nas folhas novas em relação ao clone tolerante. Em ambos os clones, a taxa fotossintética e a condutância estomática foram reduzidas pela hipóxia, sendo que a concentração interna de carbono manteve-se alta, indicativo de limitações bioquímicas à fotossíntese. Em função da manutenção dos teores de clorofilas danos celulares podem acontecer caso a energia absorvida não seja dissipada corretamente. Estes danos foram comprovados pela elevação dos teores de malonaldeído (MDA) nas folhas do clone sensível, fato não observado no tolerante. Em folhas, embora a atividade da superóxido dismutase (SOD) tenha sido superior no clone tolerante, tanto a atividade da catalase quanto a capacidade antioxidante total foram similares entre os clones, evidenciando que o clone tolerante provavelmente evita os danos por mecanismos preventivos à formação das espécies reativas de oxigênio (ERO) e não apenas desintoxicando-as. Nas raízes, os teores de MDA foram também superiores no clone sensível, especialmente no tratamento com excesso de Mn. O clone tolerante teve uma maior atividade da SOD e maior capacidade antioxidante nas raízes. As atividades da álcool desidrogenase (ADH), da alanina transaminase (AlaT) e da aspartato transaminase (AspT) elevaram-se sob hipóxia, com maior elevação da ADH no clone sensível, que demostra possuir um metabolismo mais intenso, o que explica ao menos parcialmente, os maiores danos. O clone tolerante ativa respostas características de quiescência, traduzindo-se em maior sobrevivência de raízes profundas em condições de hipóxia. Tomados em conjunto, essa resposta deve conferir ao clone tolerante à SPEVRD maior tolerância também ao déficit hídrico, evitando danos e desordens nutricionais que podem levar ao surgimento dos sintomas da SPEVRD. Por outro lado, o clone sensível possui respostas de escape à hipóxia, que em campo podem lhe conferir maior susceptibilidade ao déficit hídrico, como também ao excesso de Mn nas folhas e iniciar possíveis danos e processos que provoquem esta anomalia.Item Studying the soil compartment of the global carbon cycle(Universidade Federal de Viçosa, 2011-08-12) Vergütz, Leonardus; Silva, Ivo Ribeiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799432D0; Novais, Roberto Ferreira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783732H4; http://lattes.cnpq.br/1282294478259902; Silva, Luis Henrique Mendes da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728684Y0; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; Cerri, Carlos Eduardo Pellegrino; http://lattes.cnpq.br/1117896124904968Mudanças climáticas globais causadas pelo aumento da concentração de CO2 atmosférico tem estimulado uma melhor compreensão do ciclo global do C. Os solos representam um dos maiores compartimentos de C na Terra, contendo mais C que na biomassa vegetal e na atmosfera. Além disso, o C orgânico do solo (COS) também é um compartimento bastante dinâmico. Portanto, compreender o papel do COS para o ciclo global do C e como ele é afetado por diferentes condições edafoclimáticas se faz extremamente importante, especialmente para países como o Brasil, onde a maioria das emissões de gases causadores do efeito estufa são provenientes de mudanças de uso do solo e atividades agropecuárias. O objetivo geral deste trabalho foi estudar quantitativa e qualitativamente o COS, visando a melhor compreensão dos fatores que levam à sua estabilização. Para isso foram investigados três estágios que afetam a ciclagem do C nos solos, sendo eles: as concentrações e eficiências de reabsorção global do C e de nutrientes em plantas terrestres (Chapter 1), o estudo da estrutura e do comportamento dos ácidos húmicos pela técnica de titulação calorimétrica isotérmica (microcalorimetria) (Chapter 2) e a influência das argilas e de condições climáticas nos estoques de COS no Brasil (Chapter 3). Do primeiro estudo (Chapter 1) resultaram novas estimativas globais de concentrações e de eficiências de reabsorção de nutrientes. Neste trabalho foi incorporada a perda de massa que ocorre nas folhas durante a senescência, fato esse até então desconsiderado em estimativas globais e responsável pela subestimação da real reabsorção de C e nutrientes. Em geral, as folhas verdes perdem 24% de sua massa seca durante o processo de senescência. Levando essa perda em consideração as reabsorções de C, N, P, K, Ca e Mg foram de 23,2; 62,1; 64,9; 70,1; 10,9 e 28,6%, respectivamente. Esses resultados devem levar à melhoria de modelos que explicitamente representam a ciclagem de C e nutrientes, além de permitir que os pesquisadores que trabalham com modelagem associem os ciclos de outros nutrientes ao nível de grupos de plantas e ecossistemas. No segundo trabalho (Chapter 2) empregou-se uma técnica relativamente nova para o estudo da estrutura e comportamento dos ácidos húmicos. A partir desta análise foi possível demonstrar que existe uma estrutura básica (monômeros) dos ácidos húmicos e que, ao contrário do que o usual modelo supramolecular prega, essa estrutura básica não é formada por unidades simples fracamente unidas passíveis de sofrer divisões ou mudanças conformacionais durante interação. Adicionalmente, esses monômeros se mostraram similares no ambiente, não importando sua fonte, composição ou processo de estabilização. Finalmente, no último trabalho (Chapter 3) foram analizados os estoques de COS em áreas de vegetação nativa, eucalipto e pastagem de três principais biomas brasileiros. Em geral, os estoques de COS na camada de 0-100 cm para as áreas de vegetação nativa, eucalipto e pastagem de todos os biomas em conjunto foram 137,3; 127,9 e 127,1 t ha-1, respectivamente. Este tipo de trabalho em escala regional é necessário para melhorar as estimativas globais de COS. Neste trabalho foi mostrado que partículas de argila de solos argilosos, especialmente nas camadas mais profundas, ainda não se encontram saturadas com COS, indicando que existe a possibilidade de aumento do sequestro de C em solos brasileiros. Adicionalmente, o aumento da mineralização do COS após mudança de uso do solo se correlacionou positivamente com o aumento da temperatura, indicando que a oxidação do COS será ainda maior em um cenário de mudanças climáticas globais. Em geral, este trabalho contribui de diferentes maneiras para a melhor compreensão do compartimento solo no ciclo global do C.