Solos e Nutrição de Plantas
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Item Arsenic biogeochemistry in contaminated soils from mining sites at Minas Gerais state, Brazil(Universidade Federal de Viçosa, 2008-09-24) Lima, Daniela Miranda de; Euclydes, Rosane Maria de Aguiar; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786094T9; Abrahão, Walter Antônio Pereira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798343H6; Mello, Jaime Wilson Vargas de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4789445D2; http://lattes.cnpq.br/4751054005085758; Nalini Júnior, Hermínio Arias; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721648H2; Silva, Juscimar da; http://lattes.cnpq.br/1823571141094864O arsênio é um elemento reconhecidamente tóxico e carcinogênico, mesmo quando presente em concentrações relativamente baixas, que tem afetado milhões de pessoas em diversas partes do mundo. Por esta razão, vários países têm incentivado o desenvolvimento de pesquisas relacionadas ao comportamento ambiental do As. Atualmente há preocupação em compreender os processos que controlam a mobilidade do arsênio em áreas contaminadas. O conhecimento de aspectos relacionados ao transporte, adsorção, oxirredução e biotransformação do arsênio em solos, sedimentos e recursos hídricos é fundamental para o manejo adequado e mitigação dos riscos gerais relacionados com a contaminação por arsênio. Algumas espécies de microalgas são capazes de se desenvolver, absorver e bioacumular compostos de arsênio em meio contaminado. Considera-se que estes microorganismos utilizam a metilação do arsênio como mecanismo de detoxificação do meio onde crescem. A metilação é considerada um mecanismo de descontaminação ambiental porque, em geral, as formas inorgânicas de arsênio são mais tóxicas do quc as orgânicas e também o arsenito é potencialmente mais móvel que outras espécies de arsênio. Desta forma, o propósito geral deste estudo foi gerar conhecimento científico para melhorar a compreensão acerca do ciclo biogeoquímico do arsênio em águas e solos contaminados de regiões tropicais. Em vista do exposto, a pesquisa foi conduzida em três experimentos. No primeiro, algumas espécies de microalgas foram isoladas de amostras de solos contaminados por As provenientes de áreas impactadas pela atividade de mineração do ouro em Minas Gerais, Brasil. Foi avaliado o potencial de bioacumulação do arsênio de três gêneros: Chlorella sp., Anki.strodesmus sp. e Nostoc (Nostoc cf. calcicola and Nostoc muscorum) em meio contendo alta concentração deste elemento. Em uma segunda etapa, foi avaliada a dinâmica de espécies solúveis de As nos mesmos solos do primeiro experimento a fim de investigar a presença de compostos metilados sob condições anaeróbicas. No terceiro experimento, foi avaliada a biotransformação de diferentes espécies de arsênio por Chlorella sp. c Nostoc cf. calcicola. O crescimento das microalgas foi afetado pela adição de quanlidades crescentes de arsenato, embora o decréscimo no conteúdo de clorofila "a" não tenha sido tão drástico. As clorofitas apresentaram maior produção de biomassa e tolerância ao As do que as cianófitas, mas todos os genêros foram capazes de acumular o arsênio do meio. A bioacumulação aumentou com o aumento da concentração de arsênio no meio, chegando a 13% do arsênio adicionado ao meio de cultivo pela Chlorella sp. and Ankistrodesmus sp. E 5.6 % pela Nostoc cf. calcicola and N. Muscorum. A incubação anaeróbica proporcionou condições para a mobilização do As, Fe e Mn por meio da dissolução redutiva. O arsenito Íbi a principal espécie de As mobilizada durante todo o período experimemtal. A mobilização de As variou entre amostras, dependendo do teor de As total e da relação óxidos de ferro amorfos/oxidos de Fe bem cristalizados (Feo/Fed) nos solos. A liberação do As das amostras provenientes da Formação Paracatu (PF) e Sequência Riacho dos Machados (RMS) aumentou até 12 - 20 dias após incubação com subsequente decréscimo. Nas amostras do solo de Santa Bárbara (SB), o As liberado aumentou até o final do periodo experimental. Uma concentração extremamente alta de As foi liberada das amostras provenientes de Nova Lima (NL), cerca de 6.6 mg L-¹, na condição de escuro. O arsênio liberado em todas as amostras foi maior que o limite para água potável recomendado pela OMS. As microalgas Chlorella sp. e Nostoc cf. calcicola foram capazes de bioacumular diferentes formas de arsênio, entretanto não foram detectadas mudanças significativas nas espécies de As adicinadasao meio. Apenas uma parte do arsnitoadicionado foi oxidada para arsnato. A Chlorella sp. foi mais eficiente em bioacumular o arsênio do que a Nostoc cf. Calcícola. A clorófita acumulou, em média, 2726 ug g-¹, ao passo que a cianófita acumulou 1832 ug g-¹, na presença de espécies inorgânicas. As especies metiladas foram menos tóxicas e menos bioacumuladas do que o arsenato, o qual por sua vez foi menos tóxico e mais bioacumulado do que o arsenito. A despeito da biometilação não ter sido detectada nas condições experimentais utilizadas, as quanlidades de As bioacumuladas pelas microalgas foram suficientemente altas para considerar as clorófitas e cianófitas estudadas como bioindicadores e para fins de remediação de áreas contaminadas por As.Item Bioremediation of brazilian soils contaminated with used lubricating oil(Universidade Federal de Viçosa, 2013-02-04) Adeyemo, Adebayo Jonathan; Silva, Ivo Ribeiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799432D0; Fernandes, Sergio Antônio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4760152Y5; Mello, Jaime Wilson Vargas de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4789445D2; http://lattes.cnpq.br/6698327538227831; Costa, Maurício Dutra; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728228J5; Villani, Ecila Mercês de Albuquerque; http://lattes.cnpq.br/3982959345685556; Abrahão, Walter Antônio Pereira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798343H6Petróleo é o recurso energético mais amplamente distribuído no mundo e o mais importante poluente ambiental. Petróleos, derivados de petróleo e os resíduos industriais que contêm petróleo, ocupam o segundo lugar entre os poluentes, perdendo apenas para a poluição radioativa no que se refere a danos causados aos ecossistemas. A contaminação dos solos por compostos orgânicos, principalmente hidrocarbonetos, é comum entre os países que produzem e industrializam petróleo, representando grande ameaça ao homem e ao meio ambiente em geral. Diferentes métodos de tratamento têm sido empregados para eliminar a contaminação dos solos. A biorremediação é uma estratégia que usa meios biológicos para degradar, estabilizar e/ou remover contaminantes do solo, sendo tecnologia ´´verde´´ alternativa na remediação de solos contaminados com hidrocarbonetos. A biorremediação fornece benefícios econômicos e de alta tecnologia para remover concentrações de poluentes, sejam eles individuais ou misturas. O planejamento de estratégias de biorremediação de ambiente terrestres e aquáticos contaminados tem por base a existência de microrganismos naturais que degradam petróleo com diferentes afinidades pelas frações, fertilizantes (nitrogênio, fósforo e potássio). Amnite p1300, o qual consiste de mistura de bacterianas de Bacillus subtilis, Bacillus megaterium, Pseudomonas putida, Pseudomonas fluorescens, Phanerochaete chrysosporium, Rhodococcus rhodocrous em cereais (farelo), entre outros possui significativo potencial de degradação de poluentes. Tem sido demonstrado que essas bactérias podem usar poluentes recalcitrantes como fonte de energia. A remediação de poluentes dos solos requer o estudo da diversidade desses microrganismos no ambiente e a determinação da capacidade de diferentes microorganismos e seus diferentes agrupamentos para degradar poluentes na presença de elevadas concentrações de poluição por petróleo. Isto é importante porque tem sido observado que a introdução de uma simples cerpa oxidante de petróleo em ambiente contaminado não assegura limpeza por completo. Este trabalho teve como objetivo principal investigar a eficiência de um produto comercial na biodegradação de óleos lubrificantes usados presentes no solo. A taxa de biodegradação de resíduos de óleo lubrificante foi estudada em laboratório. Uma amostra de solo modelo de 300 g foi contaminado com 1,5, 3,0 e 4,5 % (w/w) de óleo de motor usado à temperatura ambiente em condições laboratoriais usando microcosmo de 1L. O microcosmo foi usado para simular o efeito comparativo da adição de óleo usado e a bioremediação usando um coquetel microbiano disponível comercialmente que degrada hidrocarbonetos (Amnite p1300) como o tratamento de crescimento microbiano, para elevar a biodegradação de hidrocarbonetos em solos contaminados com diferentes concentrações, adição de nutrientes (NH4)2SO4 e K2HPO4) como tratamento de bioestimulação, atenuação natural e o solo controle tratado com azida de sódio (NaN3) sobre a comunidade microbiana em diferentes tipos de solos. A contagem de bactérias que utilizam hidrocarboneto foi elevada nos solos tratados com a mistura de bactérias comercial, com adição de nutrientes e na atenuação natural (apenas solo) comparado com o solo controle tratado com azida de sódio durante o período do estudo. Os solos contaminados com petróleo e adicionadas de Aminte P1300 mostraram elevada redução no total de hidrocarbonetos de petróleo em todos os níveis de contaminação quando comparado com outros tratamentos em todos os tipos de solos. A avaliação da atividade biológica do solo como instrumento para monitorar o processo de degradação dos solos modelos foi feita através da contagem das bactérias degradadoras de hidrocarbonetos (HDB), atividades biológica como (CO2), pH e porcentagem de degradação do óleo. A correlação entre estes parâmetros e o nível de resíduos de hidrocarbonetos foi determinada. O conteúdo hidrocarboneto resíduos correlacionou se negativamente com hidrocarbonetos utilizados, evolução de CO2, pH e porcentagem de degradação de óleo (P < 0,01). nos solos argilosos e arenosos. A completa biodegradação de C10-C14 e a degradação substancial de C15-C28 das frações de hidrocarbonetos e PAHs foi registrada com o tratamento de adição de Amnite P1300 nos solos alterados durante o período do estudo. Sugerindo assim elevado potencial do produto em aumentar a biodegradação de hidrocarbonetos. Os resultados revelaram o potencial de remediação de Amnite p1300 na degradação de hidrocarbonetos de cadeia longa, como os óleos lubrificantes usados. Concluímos que a contaminação de solos com hidrocarbonetos tem efeito negativo no solo, e a extensão e duração desses efeitos vai depender da natureza dos hidrocarbonetos contaminantes e das características do solo. Entretanto, o efeito inibitório dos óleos lubrificantes usado é mais pronunciado em solos arenosos do que em solos argilosos e tem efeito tóxico na germinação de sementes e crescimento de raízes.Item Contaminação do solo por alguns resíduos de curtume(Universidade Federal de Viçosa, 2008-02-29) Oliveira, Regina de Carvalho; Abrahão, Walter Antônio Pereira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798343H6; Carneiro, Maria Eleonora Deschamps Pires; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787901P4; Mello, Jaime Wilson Vargas de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4789445D2; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4705375J7; Queiroz, Maria Eliana Lopes Ribeiro de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781671U3; Freire, Maria Betânia Galvão dos Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723248A0; Fernandes, Raphael Bragança Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728400J8Em razão da elevada carga orgânica e de nutrientes na composição dos resíduos de curtumes, sua utilização na agricultura, em especial para as pequenas empresas, apresenta-se como uma alternativa provisória para a reciclagem desses resíduos. No entanto, a presença de elementos tóxicos como sódio e cromo, entre outros elementos, geralmente contidos nos resíduos de curtume, pode proporcionar impactos negativos ao meio ambiente. Nesse sentido, este estudo foi desenvolvido no intuito de: (i) caracterizar a composição química de alguns resíduos de curtume, (ii) caracterizar quimicamente amostras de solo contaminadas com resíduos de curtume por mais de 10 anos, além de avaliar a degradação de resíduos de curtume quando adicionados aos solos em condições ambientais controladas e avaliar a capacidade máxima de adsorção e mobilidade do cromo em solos. Quatro tipos de resíduos foram amostrados: resíduo 1 (SR), resíduo 2 (LL/SGP), resíduo 3 (LS/SGP) e resíduo 4 (LS/TC) em microrregiões de Minas Gerais. Todos os resíduos apresentaram altos teores totais de Ca, Mg, S, N e C, indicando seu uso potencial como fonte de nutrientes para as plantas. Por outro lado, os elevados teores de Cr encontrados nos resíduos bem como a presença de Cr na forma hexavalente não recomenda sua utilização. Amostras compostas (n=5) de um Argissolo Vermelho Amarelo antropizado nas profundidades 0-2 e 0-30 cm, no Município de São Gonçalo do Pará, MG foram usadas para avaliar a contaminação no local. Para o ensaio de degradação dos resíduos, sob condições ambientais controladas, foi utilizado um Latossolo Vermelho Amarelo (LVA) distrófico argiloso, incubado com resíduo de curtume e sais de Cr p. a. O solo coletado na área de descarte apresentou quantidades expressivas de resíduos, o que proporcionou elevadas concentrações de C, N, Cr tanto na profundidade de 0-2 cm quanto na profundidade de 0-30 cm. Os teores de Cr obtidos pelo método EPA-3051 se encontram acima do valor de intervenção (400 mg kg-1). Apesar destes resíduos de curtume apresentarem alto conteúdo de C e terem baixa relação C/N, os valores de CO2 emanados dos solos incubados com os resíduos, os teores de C e N na maior parte da fração humina e os espectros de FTIR dos solos contaminados na profundidade de 0-2 e 0-30 cm sugerem que a matéria orgânica (MO) dos resíduos de curtume é constituída, predominantemente, por compostos recalcitrantes. Além disto verificou-se que, de modo geral, os valores de C-CO2 parecem ter relação direta com os valores da relação IH (índice de hidrofobicidade), C-ácido húmico e C-ácido fúlvico dos resíduos de curtume do que propriamente com os teores de Cr nos resíduos. No ensaio de adsorção de Cr(III) e Cr(VI) utilizou sais p.a aplicados em solos e minerais sintéticos (gibbsita e hematita). A mobilidade de Cr(III) e Cr(VI) foram avaliadas em colunas de solo preenchidas com dois tipos de solo (um com textura argilosa e o outro com textura franco arenosa) tratadas com resíduos de curtume (resíduo 1-SR, resíduo 2-LL/SGP, resíduo 3-LS/SGP, resíduo 4-LS/TC) e sais p.a (CrCl3 6H2O e K2CrO4). As colunas foram lixiviadas 14 vezes, uma vez por semana com água deionizada. O volume total de água aplicado nas colunas foi de aproximado de 1.300 mm. Os dados de adsorção ajustaram-se adequadamente aos modelos de Langmuir e Freundlich, tanto para o Cr na forma tri quanto hexavalente. A aplicação de Cr trivalente provocou decréscimo nos valores de pH dos lixiviados em ambos os solos, por outro lado, o pH aumentou com a aplicação de Cr hexavalente. A aplicação dos resíduos da indústria de couro não contribuiu para o aumento da mobilidade de Cr nas colunas de solo. Pelo contrário, a lixiviação de Cr, foi menor, para os tratamentos com os resíduos em relação à testemunha.Item Determinação de valores orientadores de investigação para elementos-traço em solos do Estado de Minas Gerais(Universidade Federal de Viçosa, 2011-07-29) Fernandes, Patrícia Rocha Maciel; Abrahão, Walter Antônio Pereira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798343H6; Mello, Jaime Wilson Vargas de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4789445D2; http://lattes.cnpq.br/5131303799048241; Silva, Juscimar da; http://lattes.cnpq.br/1823571141094864; Guilherme, Luiz Roberto Guimarães; http://lattes.cnpq.br/9956829222003643A existência de áreas contaminadas é um dos problemas ambientais mais relevantes devido à sua complexidade e implicações sobre a saúde humana e meio ambiente. Ao contrário do que se verifica para a poluição do ar e das águas superficiais, para a poluição do solo não existe uma abordagem internacional padronizada. Em razão disso, o órgão ambiental deve estabelecer valores orientadores que possibilitem ações legais para o controle do aporte de substâncias químicas no solo. No Brasil, os valores para o gerenciamento de áreas contaminadas foram estabelecidos pela Resolução CONAMA Nº 420 de 28 de dezembro de 2009: valor de referência de qualidade (VRQ); valor de prevenção (VP) e valor de investigação (VI). Este último é a concentração de determinada substância no solo acima da qual existem riscos potenciais, diretos ou indiretos, à saúde humana, considerando um cenário de exposição padronizado, definido a partir de métodos de avaliação de risco à saúde humana. Esta avaliação é utilizada para estimar o risco à saúde humana causado pela exposição do homem a uma determinada substância ou grupo de substâncias presentes no meio físico e para estabelecer concentrações que orientem as medidas de intervenção. O presente estudo teve como objetivo derivar valores de investigação para elementos-traço em solos do Estado de Minas Gerais baseados em métodos de avaliação de risco à saúde humana. Para a derivação dos valores de investigação foram definidos os cenários de uso e ocupação do solo (agrícola, residencial e industrial), as vias de exposição que representam o caminho do contaminante desde a fonte de contaminação até o receptor e as equações de quantificação de risco. Foi realizado o levantamento dos parâmetros do meio físico e parâmetros exposicionais para o Estado de Minas Gerais a partir de processos de áreas contaminadas gerenciadas pela Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM) e em estudos acadêmicos e o levantamento de parâmetros físico-químicos e toxicológicos dos elementos-traço considerados em banco de dados toxicológicos internacionais. Para o cálculo dos valores de investigação foram realizadas três derivações considerando: 1) apenas as vias de exposição de contato direto (solo superficial): inalação de vapores e partículas, contato dérmico, ingestão de solo e ingestão de vegetais; 2) todas as vias de exposição com o Fator de Diluição pela Lixiviação (LDF) = 1,19, que influencia a via de exposição ingestão de água subterrânea a partir da lixiviação do solo subsuperficial contaminado e 3) todas as vias de exposição com o Fator de Diluição pela Lixiviação (LDF) =10, valor adotado pela CETESB em 2001 para o cálculo dos valores de investigação que são atualmente utilizados pelo CONAMA. Também foi realizada uma análise de sensibilidade com o objetivo de identificar a variação dos valores de investigação em função dos parâmetros do meio físico específicos para o Estado. Os Valores de Investigação mais restritivos foram obtidos a partir do LDF=1,19, seguidos dos valores obtidos com o LDF=10 e os valores menos restritivos foram obtidos quando se considerou apenas as vias de contato direto. Os valores de investigação calculados neste trabalho, de maneira geral são discrepantes dos utilizados atualmente pelo Estado de Minas Gerais. Deve-se levar em conta que os valores utilizados atualmente no Estado foram derivados considerando uma metodologia de avaliação de risco diferente da utilizada pelo presente estudo. Quanto à análise de sensibilidade desenvolvida, pode-se observar que os valores de investigação são diretamente proporcionais à velocidade de Darcy e inversamente proporcionais a porosidade total e taxa de infiltração no solo. Destes parâmetros o de maior sensibilidade para o cálculo dos valores de investigação foi a taxa de infiltração de água no solo.Item Drenagem ácida e mobilização de elementos traço em geomateriais de minério de vanádio e urânio(Universidade Federal de Viçosa, 2013-07-31) Santos Junior, Luiz dos; Abrahão, Walter Antônio Pereira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798343H6; Mello, Jaime Wilson Vargas de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4789445D2; http://lattes.cnpq.br/6648155665007232; Azevedo, Mônica de Abreu; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4782410Z5; Mendonça, Bruno Araujo Furtado de; http://lattes.cnpq.br/8081324794152785O Brasil é um país cujas riquezas minerais contribuem de forma expressiva para a economia. No entanto, a mineração pode ocasionar sérios impactos negativos ao meio ambiente. Dentre os problemas decorrentes dessa atividade, a drenagem ácida de mina (DAM) apresenta grande destaque, pois durante o processo ocorre a redução do pH e aumento da solubilidade e mobilização de elementos traço. Nesse contexto, o objetivo do trabalho consistiu em avaliar o risco de geração de drenagem ácida e contaminação ambiental pela mobilização de elementos como Al, As, Co, Fe, Mn, Ni, S e V em materiais provenientes de uma mineração do estado da Bahia e Minas Gerais. Particularmente, este estudo buscou ajustar métodos de extração sucessiva para avaliar a cinética da DAM e a mobilização dos elementos estudados com economia de tempo em relação aos métodos dinâmicos. Para isso, foram coletadas amostras em uma mina de vanádio em Maracás, Bahia, e em uma mina de urânio em Caldas, Minas Gerais. Foram realizados, nas amostras coletadas, testes estáticos por meio do potencial de acidificação e neutralização, determinando o balanço acido-base e testes testes dinâmicos através de colunas de lixiviação e pilhas de lixiviação. As extrações sucessivas foram feitas utilizando como oxidante o H2O2. Além disso, realizou-se uma extração sequencial para identificar as fases associadas ao As de algumas amostras. As amostras de Maracás também foram submetidas aos testes de solubilização e lixiviação conforme determinação da ABNT pela norma NBR 10.004/04. Para as amostras de Maracás, o pH ao longo das lixiviações oscilou entre 7 e 8, somente uma amostra apresentou valores de pH próximos a 4,5. Isso indica que nessa amostra a geração da drenagem ácida foi pequena no período considerado, mesmo o BAB indicando potencial para a ocorrência de tal problema. Além disso, algumas amostras apresentaram, ao longo das lixiviações, altas concentrações de As, Co, Ni e V acima do limite estabelecido pelo CONAMA através das resoluções n° 430 (2011) e 357 (2005). Por meio dos resultados da extração sequencial e de outros trabalhos realizados, foi constatado que o As mobilizado em uma das amostras de Maracás é proveniente dos sulfoarsenetos de Co e Ni e também do As adsorvido nos óxidos de Fe presentes. As correspondências entre colunas de lixiviação e extrações sucessivas para a mobilização de As e S de uma das amostras de Maracás foram feitas a partir das equações de regressão ajustadas pelo modelo de Boltzmann. Para as amostras de Caldas, ao longo das lixiviações realizadas, os valores de pH apresentaram-se abaixo de 4,5, indicando a geração de acidez pela oxidação dos sulfetos, conforme sugerido pelo BAB positivo encontrado para as amostras. Além disso, houve mobilização de Fe e S durante as lixiviações, sugerindo a oxidação da pirita presente nas amostras liberando Fe, S e acidez na solução lixiviada. Após a realização das extrações sucessivas para uma das amostras percebeu-se que não houve correspondência entre as mobilizações dos elementos nas extrações sucessivas e nas pilhas de lixiviação.Item Effectiveness and stability of aluminium and iron oxides nanoparticles for arsenate adsorption(Universidade Federal de Viçosa, 2008-06-16) Silva, Juscimar da; Abrahão, Walter Antônio Pereira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798343H6; Ciminelli, Virgínia Sampaio Teixeira; http://lattes.cnpq.br/3590884268165249; Mello, Jaime Wilson Vargas de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4789445D2; http://lattes.cnpq.br/1823571141094864; Caldeira, Claudia Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727341T5; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723204Y8; Fontes, Maurício Paulo Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721443T4; Gasparon, MassimoThe geochemical fates of arsenic and iron are closely correlated that methods of arsenic removal from water are based on the high affinity of this metalloid with Fe (hydr)oxides nanominerals. Nevertheless, in anoxic environment dissimilatory iron reducing bacteria play a fundamental role in catalysing the redox transformations that ultimately control the mobility of As in aquatic environment. Aluminium nanominerals are ubiquitous and also have great affinity for arsenic. Additionally, under reducing conditions, Al is rather stable and its presence in the Fe (hydr)oxides framework enhance their stability, as well reported in the literature. Thus, by associating the higher binding affinity of Fe (hydr)oxides for arsenic and the higher stability of Al under anoxic conditions can be an advantageous alternative for removing arsenic from water. In this study, we investigated the influence of structural Al in the Raman vibrational stretching modes of goethite and arsenate phases formed on its surface and on other Al and Fe (hydr)oxides, as well as their potential in adsorbing arsenic. The stability of arsenic retained by aluminium and iron (hydr)oxides under anoxic conditions in the presence of S. putrefaciens cells, and phosphate or carbonate competing anions was also investigated. Poorly crystalline aluminium hydroxide [Al(OH)3], gibbsite (Gb), 2-line ferrihydrite (Fh), hematite (Hm), goethite (Gt), and three Al-substituted goethites (AlGt) containing 13, 20, and 23 cmol mol-1 of Al were synthesised and characterised chemically and physically. These adsorbents without and with arsenate were investigated by X-ray diffraction, diffuse reflectance, and Raman spectroscopy. Adsorption kinetics at two different solid:solution ratios, 2.0 and 5.0 g L-1, and adsorption isotherms were obtained after equilibrating the samples with arsenate solution under constant shaking. As(V) adsorption maxima was measured at different pH ranging from 3 to 9. The adsorbents were anaerobically incubated under N2 atmosphere and supernatants were periodically sampled to evaluate the contents of soluble As. Presence of structural Al increased the specific surface area and the As adsorption capacity of the Gt. The general effects of the structural Al were to reduce Gt crystallinity and displace spectral lines. Such structural disorder was clearly identified by Raman spectroscopy and X-Ray diffraction. Changes in vibrational frequencies and linewidths due to structural Al resulted in loss and overlap of many Gt active bands. These effects increased as the degree of substitution increased. Raman technique also confirmed the co-occurrence of magnetite in AlGt13 sample, as indicated by XRD. As-O vibrational bands were visualised on all Raman spectra, except for pure Gt probably due to its lowest content of adsorbed As(V). Positions of As-O vibrational band suggested that As(V) was strongly retained on the minerals as innersphere surface complexes. In spite of the fast equilibrium, the increase in solid concentration limited the efficiency and velocity of arsenic adsorption. The As(V) adsorption maxima decreased in the following order: Al(OH)3 > Fh > AlGt13 > AlGt20 > AlGt23 > Gb > Hm > Gt. Nevertheless, by calculating adsorption capacities in terms of surface area, Gb, Gt, and Hm showed higher As(V) loading capacity. This suggest that available reactive sites were not fully occupied by arsenate on the amorphous and Alsubstituted (hydr)oxides. No relationship was observed between medium particle size and maxima adsorption. This suggests re-aggregation of the particles during the particle size measurement, or imperfections on the surface of the particles increasing their net charge, resulting in high adsorption density. The behaviour of all samples was strongly dependent on pH, and the maximum adsorption was achieved in slightly acidic conditions. In general, Al hydroxides were more efficient than Fe (hydr)oxides to remove As(V) from water. The presence of structural Al enhanced considerably the efficiency of the goethites which showed to be promising as adsorbents to remove arsenic from contaminated water. We found that S. putrefaciens cells were able to bind on mineral surfaces and utilise both noncrystalline and crystalline iron (hydr)oxides as electron acceptor releasing arsenic into solution. Al-substituted goethites presented a decrease in the fraction of soluble iron and mobilised arsenic as structural Al increased. The expected relationship between specific surface area and reductive dissolution of Fe and As was also affected by the increment in structural Al. Phosphate and carbonate affected the kinetics of iron reduction due to precipitation of soluble iron as metastable mineral phases (e.g. vivianite and siderite). It seems that analogous mineral phases of phosphates served as a sink for As limiting its mobilisation. Phosphate competed strongly with arsenate and its efficiency seemed to be governed by the nature of the binding mechanism between As and adsorbent surface. Higher fraction of arsenic was desorbed by phosphate from gibbsite followed by AlGts. Conversely, only Gb showed significant amounts of arsenate displaced by carbonate. In spite of low crystallinity, Al(OH)3 was the most efficient in retaining arsenate on its surface followed by Fh and Hm.Item Filtros de solo, laterita e calcário para remoção de arsênio em águas de drenagem ácida(Universidade Federal de Viçosa, 2009-12-07) Veloso, Renato Welmer; Abrahão, Walter Antônio Pereira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798343H6; Dias, Luiz Eduardo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788182U8; Mello, Jaime Wilson Vargas de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4789445D2; http://lattes.cnpq.br/1650625645480275; Soares, Evaldo Rodrigues; http://lattes.cnpq.br/9121083129505538; Silva, Juscimar da; http://lattes.cnpq.br/1823571141094864A exposição dos sulfetos ao ar atmosférico promove a sua oxidação, o que pode resultar na acidificação de águas de drenagem e a mobilização de metais pesados e de metalóides. A mobilização de arsênio (As) pode ser um sério problema decorrente de atividades antropogênicas, na presença de minerais sulfetados, como a arsenopirita (FeAsS). O uso de britas de calcário é uma prática bastante utilizada para neutralizar a drenagem ácida. Neste processo ocorre a limitação da mobilização de metais por precipitação, co-precipitação e adsorção em óxidos de Fe recentemente precipitados. O presente trabalho avaliou a eficiência de filtros de brita calcária na remoção de As; e a neutralização da drenagem ácida, em condições de campo. Também foi avaliada a estabilidade do As em sedimentos próximos a área de exploração de ouro, por meio análises químicas de extrações seqüenciais. Paralelamente, foi avaliada a eficiência de protótipos de filtros horizontais contendo materiais de solo em conjunto com filtros de brita calcária na neutralização da acidez e remoção de As de solução ácida, em laboratório. Em condições de campo, foram coletadas amostras de água e de sedimentos em córregos de áreas próximas a mineralização de ouro. As amostras de água foram coletadas nos períodos chuvoso e seco, ao passo que os sedimentos foram coletados apenas no período chuvoso. Foram determinados pH, Eh, condutividade elétrica (CE), oxigênio dissolvido e temperatura das amostras de água, imediatamente após a coleta e em laboratório foram determinadas as concentrações de As . Nos sedimentos foram determinados a textura, a densidade de partícula, o pH em água, a acidez potencial, o As-remanescente, o carbono orgânico (CO), os teores de As, Al, Ca, Mg e P extraídos por Mehlich-3, extrações seqüenciais de As, e os teores totais de As e Fe. Para avaliação dos protótipos, em laboratório, foram aplicadas soluções ácidas com aproximadamente 58 mg.L-1 de As através de módulos de PVC preenchidos com laterita (LAT), com Latossolo Vermelho-Amarelo (SOLO), com uma mistura do SOLO e um resíduo orgânico, na proporção 3:1 (SOLO+RO), e com brita calcária (BRITA). Foram realizados 12 ciclos de filtração, totalizando uma aplicação de 6,2; 67,2; 99,7; 20,2; 10,1 g de As, Fe, S, Mg e Ca por filtro, respectivamente. Foram monitorados o tempo de residência da solução nos filtros e os valores de pH, CE, acidez e teores de As, Fe, S, Mg e Ca nas soluções de entrada e saída dos filtros. Em condições de campo, as concentrações de As nas águas foram baixas, com exceção de dois pontos que apresentaram valores acima de 100 ug L-¹. Não se observou um comportamento consistente do As nas águas em relação às épocas de coleta, mas houve uma tendência de diminuição nas concentrações de As no período seco. De modo geral,o teor de As nos sedimentos apresentou certa relação com o teor de matéria orgânica. Verificou-se que os sedimentos e os filtros de brita calcária desempenham importante função no controle da mobilidade do As em cursos d água afetados por drenagem ácida. Nos sedimentos, o As está associado a frações mais estáveis, em média 58 % do total ligado a óxidos de Fe e à fração residual, de mobilidade praticamente nula. Em laboratório, os protótipos dos filtros de brita calcária retiveram aproximadamente 26 e 23 % do As e Fe aplicados, respectivamente. Não houve remoção significativa de sulfatos ou alteração significativa do pH nas soluções filtradas para todos os protótipos de filtros. No entanto, foram observados níveis significativos de neutralização da acidez total na solução filtrada, diretamente relacionados com os tempos de residência. Os protótipos com SOLO+RO apresentaram os maiores tempos de residência. O uso de filtros contendo solo associados a filtros de brita calcária promoveu retenções de até 2,6 e 2,45 vezes mais As e Fe, respectivamente, em relação aos filtros de brita apenas. O protótipo de composição LAT/BRITA/SOLO apresentou maior capacidade de remoção, cerca de 70 % do As aplicado, e maior taxa de remoção de As, cerca de 1,2 mg min-¹. No entanto, o tempo de residência dos protótipos com materiais de solo foi acentuadamente superior aos de brita calcária, o que pode ser uma desvantagem para seu emprego. Não obstante, o uso de materiais de solo em conjunto com brita calcária pode ser uma estratégia importante nos períodos de chuva para aumentar a segurança do sistema de remoção do As e neutralização da acidez das águas de drenagem.Item Micronutrientes e metais pesados em fosfogesso – acúmulo, mobilidade e fator de transferência em latossolos de cerrado(Universidade Federal de Viçosa, 2009-07-21) Silva, David Faria da; Cantarutti, Reinaldo Bertola; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780430A1; Abrahão, Walter Antônio Pereira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798343H6; Mello, Jaime Wilson Vargas de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4789445D2; http://lattes.cnpq.br/1409724205521378; Jacomino, Vanusa Maria Feliciano; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4797258P3; Silva, Juscimar da; http://lattes.cnpq.br/1823571141094864O sulfato de cálcio dihidratado (CaSO4.2H2O), fosfogesso, também denominado de gesso agrícola, é um dos principais resíduos gerados na produção de fertilizantes fosfatados por meio do processo de solubilização da rocha fosfática com ácido sulfúrico. A taxa de geração é de ,aproximadamente, 4,8 t para cada tonelada de ácido fosfórico produzido, sendo sua principal forma de descarte o empilhamento em áreas ao redor das fábricas. No entanto, esse tipo de disposição final pode gerar impactos ao meio ambiente, como por exemplo, a lixiviação e escoamento superficial de elementos tóxicos, como F־ e metais pesados, resultando na contaminação dos recusrsos hídricos e na liberação de aerossóis causados por erosão eólica nas pilhas. Uma das maneiras de minimizar tais impactos é a reciclagem deste resíduo, utilizando-o, por exemplo, na agricultura. Nesse sentido, o uso de fosfogesso como condicionador de solos tem se mostrado uma alternativa viável para o aproveitamento desse resíduo na agricultura. Entretanto, é necessário considerar os teores de alguns metais pesados e outros elementos tóxicos nesse material, que pode limitar o seu uso. É importante ressaltar que o gesso é classificado como resíduo sólido de classe IIA – não perigoso e não inerte, por apresentar teores de arsênio, fluoretos, alumínio, ferro, manganês e sulfatos acima do limite máximo permitido nos testes de solubilização, de acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. Em vista do exposto, este trabalho teve como objetivo avaliar a utilização de fofosfogesso, proveniente de uma empresa de produção de ácido fosfórico, bem como avaliar a contaminação das plantas, dos solos e da água de drenagem. Foram coletadas amostras de fosfogesso de uma pilha ativa regularmente utilizada para aplicação direta na agricultura. Amostras dos 30 pontos de coleta foram secas em estufa a 60 ºC, peneiradas em malha de 0,250 mm (60 Mesh) e analisadas. Foram realizados cultivos com milho e soja em vasos de 25 dm3 contendo solos tratados com doses crescentes do condicionador aplicado na camada superficial (0-18 cm de profundidade). Foram utilizadas amostras de um Latossolo Vermelho-Amarelo e um Latossolo Amarelo, provenientes das cidades de Sete Lagoas e Três Marias, ambas regiões do Cerrado do Estado de Minas Gerais. As soluções lixiviadas dos vasos de milho e soja, foram coletadas periodicamente e analisadas para a determinação da concentração de metais pesados. A partir dos resultados obtidos pode-se concluir que não se verificou contaminação expressiva de solos, plantas e águas de drenagem, a curto prazo, em decorrência da utilização do fosfogesso. Não obstante, recomenda-se que as reaplicações devam ser criteriosamente avaliadas, do ponto de vista ambiental, principalmente em solos arenosos e com lençol freático muito próximo à superfície.Item Teor e distribuição de elementos terras raras e comparação de métodos de extração de elementos traço em solos brasileiros(Universidade Federal de Viçosa, 2014-02-17) Paye, Henrique de Sá; Gasparon, Massimo; Mello, Jaime Wilson Vargas de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4789445D2; http://lattes.cnpq.br/5692181977444636; Abrahão, Walter Antônio Pereira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798343H6; Bellato, Carlos Roberto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727950A6; Caldeira, Claudia Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727341T5Terras raras são elementos estratégicos para o país. Formam um grupo de 17 elementos químicos, que se assemelham em razão de suas propriedades químicas, magnéticas e de fluorescência, que os tornam insumos insubstituíveis na indústria de alta tecnologia. Considerando o rápido aumento da demanda de terras raras para uso na tecnologia de ponta, a contaminação do meio ambiente por esses elementos e outros elementos associados é passível de aumentar. Neste caso, conhecer os teores naturais ou background concentration de elementos terras raras (ETR) e outros elementos traço (ET) em solos é fundamental para o monitoramento dos impactos das atividades humanas e compreender a extensão da influência antrópica sobre o meio ambiente. No Brasil vários estudos buscaram determinar os teores naturais de alguns ET em solos de algumas regiões com objetivo de estabelecer valores de referência para o monitoramento da qualidade ambiental. Entretanto, estudos sobre teores de ETR em solos brasileiros são escassos e nenhum estudo procurou estabelecer os valores de background para esses elementos. Além disso, vários questionamentos em relação à seleção correta do método de extração de ET visando o diagnóstico ambiental e o estabelecimento de padrões de qualidade para solos têm sido recorrentes. Nesse sentido, o presente trabalho teve como objetivo determinar os teores naturais e a distribuição de ETR em 144 amostras de solos brasileiros, investigar a relação entre a distribuição desses elementos e alguns atributos de solo e estabelecer o background. Ainda, foram comparados dois métodos de extração de elementos traço, EPA 3050B (extração pseudototal) e HNO3+HF em chapa aquecedora (extração total), em um material de referência certificado (MRC) e em 30 amostras de solo, tendo em vista a obtenção dos valores de referência de qualidade do solo (VRQs). Dezesseis ETR (Sc, Y, La, Ce, Pr, Nd, Sm, Eu, Gd, Tb, Dy, Ho, Er, Tm, Yb and Lu) e 10 ET (As, Ba, Co, Cr, Cu, Mo, Ni, Pb, Sb, Zn) foram analisados por espectrometria de massa com plasma acoplado indutivamente (ICP-MS). Os resultados mostraram ampla variabilidade dos teores de ETR entre as amostras de solo. As rochas alcalinas foram responsáveis pelos maiores teores médios da maioria dos ETR encontrados nos solos, seguidos pelas rochas sedimentares, sedimentos argilosos inconsolidados, rochas metamórficas, rochas ígneas básicas, sedimentos siltosos e arenosos inconsolidados e rochas ígneas ácidas. Entre os atributos de solos que, em geral, mostraram maior correlação linear (p < 0,05) com os teores de ETR estão os óxidos de Fe, Ti, Al, Mn, argila e matéria orgânica. Gráficos Q- Q normal e boxplot foram eficientes para reconhecer padrões de dados e detectar valores discrepantes da base de dados analítico e, portanto, determinar os valores limite (threshold values) e definir a faixa de variação do background. Quanto aos métodos analíticos, ambos apresentaram alta precisão (coeficiente de variação < 4%) para todos os elementos no MRC, sendo o método de extração total, o que apresentou a maior precisão média (0,58 %) para os 10 ET. Quanto à exatidão, altas percentagens de recuperação (91 103 %) para todos os ET, exceto Sb (83 %) e Mo (47 %), foram obtidos pelo método de digestão total para o MRC. Por outro lado, as percentagens de recuperação obtidas pelo método pseudototal foram, em geral, baixas (4 79 %). Em média, os teores de ET extraídos pelo método de digestão total foram significativamente superiores (p < 0,05) aos extraídos pelo método pseudototal para as amostras de solo. A análise de regressão confirmou que os métodos diferem estatisticamente, embora sejam altamente correlacionados para todos os elementos, exceto para Ba. Valores de referência de qualidade para ET, estabelecidos a partir de dados obtidos pelo método HNO3+HF em chapa aquecedora, foram superiores aos obtidos pelo método EPA 3050B para todos os elementos. Além disso, vários VRQs apresentaram-se superiores aos valores de prevenção estabelecidos pelo CONAMA.Item Utilização de escória de aciaria como corretivo da acidez de solos para cultivos de soja e cana-de-açúcar e avaliação da contaminação ambiental(Universidade Federal de Viçosa, 2006-03-27) Corrêa, Mauro Lúcio Torres; Mello, Jaime Wilson Vargas de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4789445D2; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4782674U3; Jordão, Cláudio Pereira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787122Y1; Carneiro, Maria Eleonora Deschamps Pires; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787901P4; Fontes, Renildes Lúcio Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781182P3; Abrahão, Walter Antônio Pereira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798343H6O emprego de escórias de siderurgia como fertilizantes e corretivos da acidez de solos tem se mostrado uma alternativa viável para o aproveitamento desses resíduos na agricultura. Entretanto, é necessário considerar a concentração de metais pesados e outros elementos tóxicos nesses materiais, que podem limitar seu uso. Em vista do exposto, este trabalho teve como objetivo avaliar a utilização de amostras de escórias obtidas a partir do processo de refino do aço do conversor de oxigênio LD (Linz-Donawitz), provenientes da Cia. Siderúrgica de Tubarão (CST), para a correção da acidez de solos a serem cultivados com soja e cana-de-açúcar; bem como avaliar a contaminação das plantas, dos solos e das águas de drenagem. Foram coletadas amostras de calcários e escórias com granulometria inferior a 50 mm, peneiradas (< 1 mm) e analisadas para determinação das concentrações de CaO, MgO e metais pesados. Foram realizados dois cultivos sucessivos de soja, variedade M-Soy 8400, nos quais as doses dos corretivos foram misturadas à camada superficial dos solos (0-20 cm de profundidade). Os cultivos foram realizados em vasos com 30 dm3 de amostras de Latossolos Vermelho-amarelos coletadas em Sete Lagoas e João Pinheiro, Minas Gerais. Para o ensaio com cana-de-açúcar, variedade RB855536, 205 dm3 de Latossolo Vermelho-amarelo, coletado em Oratórios, Minas Gerais, e Latossolo Amarelo, de Linhares, Espírito Santo, foram acondicionados nos vasos, respeitando-se a seqüência de horizontes de cada perfil identificado no campo. Na camada de 0 a 20 cm de profundidade, foram aplicadas as doses de corretivos, duas escórias e um calcário de forma similar ao procedimento utilizado em cultivos de campo. Foram coletadas, periodicamente, as soluções lixiviadas dos vasos cultivados com cana-de-açúcar, que foram analisadas para se determinar as concentrações de metais pesados. A partir dos resultados obtidos pode-se concluir que: as escórias LD, da CST, mostraram-se tecnicamente viáveis para corrigir a acidez e neutralizar o Al trocável dos solos; bem como para fornecer Ca e Mg para as plantas; a eficiência das escórias LD foi ligeiramente inferior à do calcário comercial, em curto prazo; e não se verificou a contaminação expressiva dos solos, plantas e águas de drenagem e plantas em curto e médio prazo pelo uso das escórias LD. Não obstante, recomenda-se que as reaplicações devam ser criteriosamente avaliadas, do ponto de vista ambiental, pricipalmente em solos arenosos com lençol freático muito próximo à superfície e em solos com elevadas concetrações de Mn e,ou Cr. Recomenda-se, ainda, um rigoroso controle de qualidade quanto às concentrações de metais pesados das escórias LD, especialmente Mn, Cr e Ni.Item Valores de referência de qualidade para metais pesados em solos no Estado do Espírito Santo(Universidade Federal de Viçosa, 2008-12-08) Paye, Henrique de Sá; Abrahão, Walter Antônio Pereira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798343H6; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703656Z4; Mello, Jaime Wilson Vargas de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4789445D2; http://lattes.cnpq.br/5692181977444636; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Silva, Juscimar da; http://lattes.cnpq.br/1823571141094864; Costa, Aureliano Nogueira da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788668Z1O desenvolvimento equilibrado e sustentável requer controle eficiente dos efeitos ambientais dos processos produtivos. Para isso, os órgãos de monitoramento ambiental necessitam de indicadores capazes de servir como referência para a avaliação continuada dos impactos ambientais causados pelas atividades antrópicas. Dessa forma, é evidente a necessidade de estabelecer valores orientadores que permitam identificar áreas poluídas ou contaminadas e, concomitantemente, avaliar o potencial de risco ao meio ambiente e à saúde humana. O conhecimento dos teores naturais de uma determinada substância é o mais simples e direto método para o estabelecimento de valores orientadores. Dessa forma, a adoção de valores de referência de qualidade (VRQ) se impõe no contexto como uma excelente ferramenta para identificar áreas contaminadas e contaminantes de interesse, em locais específicos, de modo a fornecer uma orientação quantitativa em estudos de avaliação de risco, e na tomada de decisão nas questões de prevenção, remediação, reciclagem e disposição de resíduos em solos. Nesse sentido, o presente estudo tratou de caracterizar geoquimicamente 56 amostras representativas de solo, nas bacias hidrográficas Riacho, Reis Magos e Santa Maria da Vitória no Estado do Espírito Santo, com a finalidade de obter os teores naturais de metais pesados e investigar os principais fatores envolvidos na distribuição desses elementos nos solos. A partir dessas informações, foram estabelecidos os valores de referência de qualidade (VRQ) utilizando-se para isso, técnicas de análise univariada e multivariada. Para tanto, foram determinados os teores totais de As, Cd, Co, Cr, Cu, Fe, Mn, Mo, Ni, Pb, Ti, V e Zn, por ataque ácido, com digestão em forno microondas, conforme o protocolo analítico SW-846 3052 da Environmental Protection Agency (U.S.EPA). A dosagem dos elementos foi obtida por espectrofotometria de emissão óptica com plasma induzido (ICP OES). Os teores médios encontrados para a maioria dos metais pesados estudados foram, em geral, inferiores aos reportados na literatura internacional. Os teores de cádmio ficaram abaixo do limite de detecção (LD) do método para todas as amostras. A partir das correlações de Pearson e da análise de componentes principais (ACP) foi possível selecionar os atributos dos solos (Fe, areia silte+argila e carbono orgânico) que melhor se correlacionaram com os teores de metais pesados e verificar a importância dessas variáveis nos resultados. A análise de agrupamento hierárquico (AAH) possibilitou a formação de grupos e indicou que a distribuição de metais pesados nos solos do ES pode ser explicada principalmente pelo tipo de relevo (geomorfologia) e pela geologia. A análise discriminante (AD) possibilitou avaliar o grau de acerto na distribuição das amostras entre os grupos, e também permitiu alocar novas amostras nos grupos previamente formados, a partir das funções de classificação. Os VRQ foram obtidos a partir do percentil 75 e 90 da distribuição de freqüência dos resultados analíticos se encontram próximos ou abaixo daqueles obtidos para o Estado de São Paulo e para solos brasileiros. Os valores correspondentes aos percentis 75 e 90 obtidos para o conjunto de 56 amostras de solo podem ser considerados os VRQ´s ou backgroud. Os VRQ obtidos para solos do Espírito Santo a partir do percentil 75 e 90 para os seguintes metais pesados em mg kg-1 são: As (< 12,83 14,28), Cd ( < 0,13), Co (10,21 14,56), Cr (54,13 68,81), Cu (5,91 10,78), Mn (137,80 253,01), Mo (1,74 3,36), Ni (9,17 17,22), Pb (< 4,54 8,92), Ti (8775,97 10188,89), V (109,96 129,35) e Zn (29,87 49,32). A adoção de VRQ´s obtidos para grupos de solos tem a vantagem de representar convenientemente as situações anômalas. Obviamente, esses valores tornam menos complexa e laboriosa a gestão das áreas contaminadas ou suspeitas de contaminação. Portanto, sugere-se que os maiores e menores valores dos percentis 75 e 90 obtidos para os diferentes grupos sejam considerados a flutuação do background ou a faixa de Valores de Referência de Qualidade para metais pesados nos solos das Bacias Hidrográficas do Riacho, Reis Magos e Santa Maria da Vitória no Estado do Espírito Santo.